13.04.2013 Views

ATA 5 reuniao ordinaria corrigida 25_08.pdf - Portal Conselhos MG ...

ATA 5 reuniao ordinaria corrigida 25_08.pdf - Portal Conselhos MG ...

ATA 5 reuniao ordinaria corrigida 25_08.pdf - Portal Conselhos MG ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS<br />

SECRETARIA DE ESTADO DE ESPORTES E DA JUVENTUDE<br />

CONSELHO ESTADUAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGAS – CONEAD<br />

Ata da V Reunião Ordinária do Conselho Estadual de Políticas Públicas sobre Drogas<br />

Aos vinte e cinco do mês de agosto do ano de 2009, às 10h00min, no auditório do Conselho<br />

Regional de Farmácia – CRF<strong>MG</strong> - localizado na Rua Sergipe, nº 28 bairro Funcionários em Belo<br />

Horizonte – Minas Gerais, reuniram-se os membros do Conselho Estadual Antidrogas -<br />

CONEAD, sob a presidência do excelentíssimo senhor Dr. Aloísio Andrade, presidente deste<br />

conselho. Estavam presentes os excelentíssimos senhores conselheiros, André Lemos Klausing<br />

da Secretaria de Estado de Esportes e da Juventude, Reinaldo Silva Pimentel representante da<br />

Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, Ana Regina Machado da Secretaria de Estado<br />

da Saúde, Anselmo Domingos Vieira e Antônio Maurício Fortini, da Secretaria de Estado de<br />

Governo, Liza Bosco Nery representando o suplente Eros Biondini, da Assembléia Legislativa<br />

de Minas Gerais, Cícero Bittencourt e Fernanda Peixoto S. Melo representantes da<br />

Superintendência da Vigilância Sanitária, Mirna Dayrell Xavier Segantini do Serviço Voluntário<br />

de Assistência Social - SERVAS, Augusto Jacob de Vargas Netto e Marcos Eugênio Dornas, da<br />

Ordem dos Advogados do Brasil, Cap. Hudson Matos Ferraz Júnior da Polícia Militar, Rodrigo<br />

Pascoal Ulhoa Cintra da Polícia Civil, Luciano Martins Rena do Conselho Regional de<br />

Farmácia - CRF<strong>MG</strong>, Ricardo Hernane Lacerda Gonçalves de Oliveira do Conselho Regional de<br />

Medicina – CRM<strong>MG</strong>, Jorge Carlos Borges de Souza da Associação Comercial de Minas Gerais<br />

- AC Minas , Ronaldo Guilherme Vitelli Viana e Carla Fernandes Moura representando Tácito<br />

Avelar e Silva da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, Ana Luiza César Viana,<br />

da Federação Brasileira das Comunidades Terapêuticas, Wellington Antônio Vieira e Íris de<br />

Lourdes Campos da Federação de Comunidades Terapêuticas Evangélica do Brasil, Onésimo<br />

Aguiar, da Grande Oriente do Estado de Minas Gerais – GOE<strong>MG</strong> – Jaci Teixeira e Silva, do<br />

Conselho Metropolitano de Belo Horizonte – SSVP, Dilma A. Alves de Abreu Rocha da<br />

assessoria jurídica e Secretária Executiva deste Conselho. Foram justificadas as ausências dos<br />

conselheiros, Ronaldo Araújo Pedron, da Secretaria de Estado da Defesa Social, Leonardo<br />

Távora Castelo Branco do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, Christianne Cotrim<br />

Assad Bensoussan, do Ministério Público do Estado de Minas Gerais Dener Onestaldo Barcala<br />

Nolasco Pereira do Serviço Voluntário de Assistência Social - SERVAS, Vânia Regina de Sá, do<br />

Conselho Regional de Farmácia, Tatiana Tscherbakowski de Guimarães Mourão da<br />

Universidade Federal de Minas Gerais, Antônio Carlos Cruvinel e Adriano Mesquita Carneiro<br />

do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais. Não Foram justificadas as ausências dos<br />

conselheiros, Arnaldo Madruga Fernandes da Secretaria de Estado de desenvolvimento Social,<br />

Ludmilla Feres Faria da Secretaria de Estado da Defesa Social, Marlene A. Marques Conti e<br />

Kátia Regina Bibiano Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais, Marta Elizabeth de<br />

Souza da Secretaria de Estado da Saúde, Célio Moreira, da Assembleia Legislativa de Minas<br />

Gerais, Ivenne de Castro Sepe da Superintendência de Vigilância Sanitária, Alessandro Moretti e<br />

Alexandre Chaves de Andrade da Polícia Federal, Cleverson Natal de Oliveira da Polícia<br />

Militar, Andréa Ferreira Silva e Araújo da Polícia Civil, Geraldo Borges Júnior do Conselho<br />

Regional de Medicina – CRM<strong>MG</strong>, Waleska Teixeira Caiaffa da Universidade Federal de Minas<br />

Gerais – UF<strong>MG</strong>, Júlio Coelho de Lima Filho da Câmara de Dirigentes Lojistas – CDL, José<br />

Orvile Carneiro da Associação Comercial de Minas Gerais – AC Minas, Marcos Antônio dos<br />

Santos da Federação Brasileira das Comunidades Terapêuticas, Hamilton Henrique Siqueira e<br />

1


Eliana Conceição Fonseca dos <strong>Conselhos</strong> Municipais Antidrogas – COMAD, Adalberto<br />

Rigueira Viana – Maçonaria, Silvania Coelho Barrozo do Conselho Metropolitano de Belo<br />

Horizonte – SSVP.<br />

Dr. Aloísio deu início à reunião colocando em discussão a ata da última reunião ordinária,<br />

facultando aos conselheiros, sugestões, modificações ou de acréscimos. Como não houve<br />

manifestações em relação a estes itens, ele aprovou o texto da 4° reunião ordinária. Na sequência<br />

cumprimentou a todos e apresentou a pauta, dando inicio ao primeiro tópico, que dizia respeito à<br />

realização das Conferências municipais e também da proposta da Quarta Conferência estadual de<br />

políticas públicas sobre drogas. Em relação às conferências Municipais, várias pré-conferências<br />

foram realizadas. Nas páginas do Observatório Mineiro OMID estão descritas a relação das<br />

cidades onde foram realizadas até o dia 24/08. Nesta semana está planejado para acontecerem<br />

nas cidades de Caeté, de Sabará e de Conquista. Em virtude da vigência da epidemia da nova<br />

gripe, temos tido um número menor de participantes, uma vez que as autoridades sanitárias têm<br />

desencorajado grandes concentrações de público, como foi o caso de J.Monlevade, aonde a préconferência<br />

tinha previsão de 400 a 500 pessoas, e compareceram apenas 60 pessoas. Citou<br />

ainda que há uma conferência estadual prevista para o SESC nas datas de 29 e 30 de setembro e<br />

1 de outubro, em que a previsão será em torno de 1000 pessoas, e que não há ainda uma posição<br />

das autoridades sanitárias. Ainda a respeito das conferências municipais enfatizou, que vêem<br />

apresentando características de melhora em relação à consistência do conteúdo dos debates, com<br />

aumento do conhecimento de causa por parte das instituições e de seus representantes. Hoje a<br />

percepção é outra, como foram os casos das cidades de Lavras, e de J.Monlevade. Fez menção a<br />

O. Preto, que não realizou sua pré-conferência, uma vez que não contava com o seu conselho de<br />

políticas públicas sobre drogas, e por esta razão agregou-se ao Alto Paranaíba, que compreende<br />

O. Branco, e Congonhas. Com esta solução adotada por Ouro Preto surgiu a proposta para os<br />

municípios que não contam com o Conselho Municipal e nem têm condições imediatas da sua<br />

formação, utilizarem temporariamente o Conselho da Infância e Adolescente. Por sua vez, este<br />

Conselho desempenharia este papel, criando uma câmara técnica ou uma comissão interna.<br />

Exemplificou com o Conselho da Infância e da Adolescência de Ouro Preto, que criou uma<br />

comissão com cinco membros que se responsabilizaram por estas funções. A idéia é de<br />

aproveitar esta solução adotada por Ouro Preto, ou seja, os municípios que ainda não tivessem o<br />

seu COMAD, ou que não teriam as condições de montá-lo de imediato, poderiam criar uma<br />

comissão e/ou uma câmara técnica dentro do Conselho da Infância e Adolescência.<br />

Neste momento, Dr.Aloísio interrompeu o seu relato e solicitou aos novos conselheiros que se<br />

apresentassem. Seguiram-se então as apresentações:<br />

Dr.Cícero Bitencourt, formação em medicina, estou como assessor da Superintendência de<br />

Vigilância Sanitária, representando o Superintendente. Dr.Cícero sugeriu que seria muito<br />

interessante que o CONEAD entrasse em contato com a Superintendência Estadual de Saúde<br />

(conta com 28 regiões de saúde no estado), a fim de aproveitar a interface existente entre ela e os<br />

municípios. Ressaltou ainda que, a conferencia na área de saúde é o momento principal na qual a<br />

população e a comunidade tomam conhecimento daquilo que acontece, e têm oportunidade de<br />

opinar sobre o que teria que ser feito pelo poder público.<br />

Meu nome é Fernanda, também trabalho na Superintendência de Vigilância Sanitária, e como o<br />

Dr. Cícero falou, nós estamos representando a superintende. Minha formação é de Bioquímica<br />

farmacêutica, e compartilho com as colocações do Dr. Cícero, e não tenho nada acrescentar.<br />

Luciano Martins Rena: Poucas vezes compareço, sou do CRF<strong>MG</strong>, no atual momento nossa<br />

Vice-Presidente encontra-se licenciada e pelo estatuto como Secretário Geral, eu assumo o cargo<br />

de Vice-Presidente do Conselho.<br />

2


Reinaldo Pimentel: Estou representado a Dra. Márcia Martini por compromissos anteriormente<br />

agendados não pode comparecer. Sou diretor de apoio aos conselhos estaduais de direito e<br />

articulação de movimento social.<br />

Íris Campos: Estou representando a FETEB no lugar do pastor Jânio.<br />

André Klausing: Formação em relações internacionais e em direito, assessor da superintendente<br />

das políticas desportivas regionais, Juliana Minardi. Salientou sua expectativa em tentar uma<br />

integração entre a aérea de esportes e as ações antidrogas.<br />

Ricardo Harnane: Represento o Conselho regional de medicina<br />

Dr.Aloísio deu boas vindas aos novos conselheiros e agradeceu ao Dr. Luciano do CRF<strong>MG</strong> pelo<br />

acolhimento que este Conselho vem oferecendo ao CONEAD.<br />

Dr.Aloísio retomou a sua fala focalizando o evento que foi realizado pela Secretaria de Defesa<br />

Social, que foi a Conferencia Estadual sobre Segurança Pública. Esta conferência foi<br />

preparatória para a Conferência Nacional, que será realizada neste final de semana em Brasília.<br />

Se algum conselheiro quisesse participar que se comunique o mais rápido possível. Continuou o<br />

seu relato: Eu participei do encontro estadual e fiquei muito satisfeito com a organização e com<br />

os subsídios que a organização forneceu para os debatedores, uma vez que encontros com muita<br />

gente (700 pessoas), e com tempo relativamente pequeno, é sempre difícil de chegar a<br />

conclusões brilhantes ou criativas. Houve todo um preparo anterior com textos e uma série de<br />

instrumentalizações técnicas, que subsidiaram a votação das propostas, das diretrizes, e das<br />

metas. Dr. Aloísio pediu desculpas aos Conselheiros pelo fato de ter mudado a data da reunião<br />

ordinária mensal , pois teve que ir a Brasília encontrar-se com o Gal. Uchoa afim definir uma<br />

serie de questões, inclusive sobre a data da conferência nacional. O Gal. Uchoa não fez previsão<br />

de uma possível data para o evento.<br />

Será realizado aqui em Belo Horizonte nos dias 17, 18, 19 de setembro o II Fórum técnico de<br />

cooperação entre os conselhos estaduais, e a II Reunião do Fórum nacional dos conselhos<br />

estaduais. Recomendou que os conselheiros anotassem desde já nas suas agendas de<br />

compromissos a fim de participarem do Fórum. Neste segundo Fórum será definido o Regimento<br />

interno, para o seu aparelhamento institucional, a fim de contribuir com a SENAD com questões<br />

contextualizadas e contemporâneas da nossa realidade. Como desdobramento deste Fórum a<br />

SENAD será estimulada a realizar a Conferência Nacional.<br />

Coincidentemente ao nosso evento, haverá outro evento importante que é a reunião da CICAD,<br />

Comissão Interamericana Antidrogas da OEA, envolvendo países do Canadá a Argentina. O<br />

Brasil foi escolhido como coordenador dessa reunião (São Paulo), que tem como objetivo a<br />

definição de novas estratégias da OEA para o cone sul e a América Central. Quem representa o<br />

Brasil é o Gal. Uchoa. Essa comissão interamericana tem um rodízio na sua presidência, sendo<br />

que o Presidente é substituído a cada dois anos, alternando com o seu vice-presidente. O Brasil<br />

exerceu esse papel de coordenador há quatro anos, sendo que a presidência atual esta a cargo do<br />

México.<br />

Agora iremos discutir um pouco sobre a lei antitabaco que foi motivo de varias reuniões com a<br />

Comissão Especial que teve como objetivo principal fornecer subsídios ao executivo e ao<br />

legislativo. O dep. Alencar da Silveira juntamente com o dep. Gilberto Abramo, fizeram a<br />

proposta do projeto de lei de nº 3035/2009, que propunha o estabelecimento de critérios para a<br />

lei antitabaco. Dr. Dilma passou-me a definição recente da comissão de fiscalização financeira e<br />

orçamentária, aonde vem à tona a lei 12903 de 1998, e a proposição do projeto de lei 3035/2009,<br />

das quais serão os nossos objetos de análise. Segundo o parecer da comissão eles colocaram que<br />

3


a lei de 1998 referencia e utiliza também o substitutivo nº 3, e que este substitutivo altera alguns<br />

artigos da lei de 1998.<br />

Chamo a atenção dos conselheiros que por ventura não tenham atentado, a descrição de local<br />

aberto ao ar livre, tem-se a leitura de que onde haja teto, seja ele de laje, de toldo, seja ele de<br />

policarbonato, diferentemente da lei do Estado de S.Paulo, que estabelece que havendo uma<br />

parede seria suficiente para ser considerado local fechado. Isso tem dado origem a uma série de<br />

recursos na justiça uma vez que a interpretação sobre paredes abre estas possibilidades.<br />

A minha proposta é que façamos uma rápida leitura da lei de 1988, a fim de termos a clareza<br />

sobre o que está em vigor e nesse projeto. No meu entendimento o conselho poderá atuar na<br />

etapa de regulamentação da lei. A lei de 1998 foi sancionada no governo Eduardo Azeredo e que<br />

teve como proposta a normatização mínima na questão do tabagismo passivo.<br />

Dr. Aloísio iniciou a leitura do Art. 1º -<br />

“O Estado adotará.............”, e continuou os seus comentários:<br />

Então os conselheiros podem ver que é uma lei tímida e refere-se basicamente ao serviço<br />

público, direcionada ao funcionalismo. Então eu penso que esse posicionamento referente ao<br />

substitutivo nº 3 é insuficiente, inclusive por estabelecer a figura hedionda dos chamados<br />

fumódromos. No texto da lei este local não conta com detalhamentos técnicos referentes à<br />

ventilação e a exaustão do ar impregnado pela fumaça. Eu entendo que este tópico deverá ser<br />

reavaliado no processo da regulamentação. A Dr. Dilma fez contato com o gabinete do dep.<br />

Alencar da Silveira, e o presidente da comissão do legislativo o dep. Jose Maria e o relator que é<br />

o dep. Adelmo Leão. Eu tenho a consciência que do ponto de vista prático nos teremos que<br />

avançar, uma vez que lei de 1998 restringe o uso de tabaco apenas nas repartições públicas. Por<br />

último eles acrescentam supermercados e centros comerciais, mas não definem nada sobre<br />

restaurantes, bares, o que poderemos modificar com a nossa contribuição. Vamos convidar os<br />

dep. Gilberto Abramo, Alencar da Silveira e Adelmo para discutirmos em uma reunião<br />

extraordinária as nossas sugestões baseadas na Lei de 1998.<br />

Feito isso, Dr.Aloísio passou para o tema seguinte referente ao pedido de pauta pelos<br />

conselheiros Ronaldo Viana e Pastor Wellington. O primeiro falaria sobre o Programa Papo<br />

Legal e sobre problemas ocorridos em algumas Comunidades Terapêuticas de Uberlândia, que<br />

foram fechadas por ordem da justiça.Sobre o mesmo tema falaria o Conselheiro Wellington e a<br />

conselheira Ana Luíza falaria sobre a FEBRACT.<br />

Antes de dar a palavra para o conselheiro Ronaldo Viana, Dr.Aloísio solicitou que fosse<br />

projetada a proposta da logomarca do CONEAD, para o conhecimento dos conselheiros e suas<br />

respectivas opiniões. Em seguida falou brevemente sobre a logomarca:<br />

A agência de publicidade que nos assistiu foi a New, a mesma que atendeu a todos os conselhos<br />

seguindo as orientações do IGS. O IGS, Instituto de Governança Social esta ligado<br />

institucionalmente e pessoalmente ao Vice Governador o professor Antonio Augusto Anastásia.<br />

O IGS vem desenvolvendo um trabalho especial a fim de reestruturar e apoiar os <strong>Conselhos</strong> nas<br />

mais diversas ações. No nosso caso, trabalhamos com o raciocínio do triangulo que identifica<br />

Minas, envolvido por mãos em tons de verde que representam a esperança, a união, e a<br />

cooperação entre as pessoas das instituições. Seguem um pouco o modelo do IGS e do CEMAIS,<br />

como já disse, são instituições não governamentais que têm como objetivo fazer a conexão do<br />

que é governo com o que não é governo. O IGS vem desenvolvendo esse trabalho ao longo dos<br />

últimos três anos, sendo que ontem tivemos uma reunião em que nos apresentaram as atividades<br />

que iremos desenvolver neste segundo semestre. No material distribuído aos senhores no início<br />

4


da reunião foi entregue a cópia um folder em que constam as atividades a serem desenvolvidas.<br />

Está agendada, para o dia 23 setembro, a realização de um seminário com os conselheiros que<br />

representam os órgãos governamentais.<br />

O conselheiro Ronaldo Viana pediu a palavra.<br />

Ronaldo: Só para esclarecer, você está falando que esta ação será dirigida apenas para os<br />

Conselheiros que representam o governo?<br />

Dr. Aloísio: Esta 1ª etapa é só governamental. Na verdade temos dois segmentos, o<br />

governamental e o não governamental. Em relação a esta estrutura a proposta deles é de que haja<br />

não um alinhamento, (porque parece ser a idéia de não uniformidade), mas que haja entre os<br />

órgãos do governo presentes como representantes dos <strong>Conselhos</strong> uma coerência na sua ação.<br />

Porque que eu falo em coerência! Porque segundo o relato deles, são várias as situações em que<br />

os conselheiros que representam o Governo do Estado votam contra o interesse do Estado nos<br />

<strong>Conselhos</strong>. O que é contra interesse do Estado? Qual que é o interesse do Estado? É o interesse<br />

que está alinhado na política do governo.<br />

Então por exemplo, se o governo entende de que não tem verba para fazer uma iniciativa e o<br />

Conselho leva aquela proposta para votação e o Conselheiro que representa o Governo do Estado<br />

vota a favor de uma iniciativa que não tem verba viabilizada, entende-se isto como uma<br />

incoerência. Neste ponto eu sugiro que o CONEAD organize um encontro dos Conselheiros, que<br />

representam as instituições não governamentais, nos mesmos moldes que o IGS estará<br />

realizando com os representantes governamentais. O objetivo então, volto a dizer, é de buscar<br />

soluções coerentes na construção dos instrumentos de realização.<br />

Ronaldo: Eu quero fazer um comentário acerca disso pois tenho uma visão diferente da sua., Eu<br />

acredito que esse tipo de ação, não deveria ser feita no Conselho, teria que ser feita fora do<br />

Conselho. Se é uma ação de governo uma necessidade do Governo de alinhamento dos seus<br />

representantes, deveria então ser fora do governo, porque querendo ou não isso acabaria<br />

valorizando e ressaltando mais ainda essa posição dualista que não é a realidade do Conselho.<br />

O Conselho deve buscar uma unidade na diversidade, deve buscar que as instituições todas<br />

representadas pelas pessoas que essas instituições julgaram serem capazes de aqui estarem para<br />

representá-las, que elas tenham a liberdade de expor, de discutir e de conversar. Se não, nós<br />

perderíamos a razão de ser dos próprios conselhos! Essa é a minha visão, algo que deveria ser<br />

feito não na interferência do governo. Quero aproveitar também a oportunidade para colocar que<br />

essa marca é muito bonita, é linda, mas essa marca fala da marca do governo, não fala da marca<br />

de uma instituição que seria aquela instituição que respeita a diversidade de imagens, e de<br />

formas. Por várias vezes, por vários anos foi sugerido que se fizesse um concurso para que todas<br />

as pessoas pudessem dar opiniões de qual seria a marca que melhor ilustraria e conceituaria o<br />

conselho. E nesse instante a gente vê uma marca que trás diretamente a imagem do governo e<br />

deste governo. Eu não sou contra este governo, pelo contrário, eu sou muito grato a este<br />

Governo, mas neste instante entendo que essa não é uma ação que respeita a democracia que nós<br />

estamos buscando.<br />

Dr. Aloísio: Que seja anotada a posição do Conselheiro Ronaldo. O triângulo vem sendo usado<br />

como símbolo de Minas ha longa data! Não é desse Governo que ele representa a bandeira de<br />

Minas. Acho que o conselheiro está um pouquinho equivocado no raciocínio, porque a bandeira<br />

de Minas é utilizada nas várias atividades realizadas por instituições de Minas. Não vejo nada de<br />

antidemocrático. Quanto ao concurso chegamos a realizar há alguns anos atrás, mas houveram<br />

problemas de toda ordem, como o tipo de material enviado, o tipo de marca proposta sempre<br />

continha alguma deficiência técnica. Havia, obviamente, a necessidade da criação da marca.Nem<br />

5


nós e nem nenhuma marca é definitiva, então isso pode ser modificado. Agora a idéia de que um<br />

triângulo vermelho seja representação do governo atual, eu pessoalmente não concordo. Acho<br />

que é uma visão limitada porque o triângulo é da bandeira de Minas e se o governo de Minas usa<br />

a bandeira de Minas como símbolo, isso não pode nos fazer entendê-la como mal vinda. Quanto<br />

ao fato da reunião realizar-se no conselho ou não, lembro ao conselheiro que é pai de cinco<br />

filhos, e que tem uma experiência muito grande nisso! Isto nos remete ao dito, de quando<br />

queremos conhecer os amigos de nossos filhos, nós realizamos a reunião dentro de casa. Não<br />

acho que os conselheiros que representam as instituições governamentais, que são do Conselho<br />

Estadual, tenham que reunirem em outro lugar, que não no Conselho.<br />

O Conselheiro Ronaldo Viana retomou a palavra para discorrer sobre o programa Papo Legal.<br />

Ronaldo: Para as pessoas que não conhecem o Papo Legal, comunico que no folder estão<br />

informações sobre o seminário relativo as próximas ações prioritárias do programa. Neste<br />

instante traz notícias sobre o que nós temos realizado desde o inicio do programa. Em 17/03 foi<br />

feita a assinatura do termo de parceria e no dia 14 de abril, foi disponibilizado o recurso, quando<br />

então iniciamos o trabalho de diagnóstico relativo a 1ª fase do Programa Papo Legal. Este<br />

diagnóstico consiste em visitas técnicas realizadas nas instituições em sete localidades de <strong>MG</strong>.<br />

Este é um projeto piloto que busca a implantação de uma rede de prevenção articulada com o<br />

governo e com instituições não governamentais.<br />

Pastor Wellington: Na verdade eu acho muito jóia o Papo Legal. Tenho acompanhado, mas é<br />

necessário disponibilizar para os conselheiros a execução do Papo Legal, com o<br />

acompanhamento de uma câmara técnica. O Papo Legal foi lançado na cidade de Lagoa Santa e<br />

nós não fomos contemplados. Lagoa Santa quer assinar, se tiver o termo de cooperação técnica<br />

hoje, amanhã o prefeito assina, porque já foi lançado lá e teve um efeito muito bom.<br />

Ronaldo: Essa aliança estratégica que é a assinatura do termo de cooperação técnica é uma ação<br />

intra governamental, assim nós não temos o conhecimento de fatores que possam existir e que<br />

estão adiando ou protelando a assinatura do termo de cooperação técnica. A ação que nós<br />

estamos realizando nas localidades existe 100% de aceitabilidade, as pessoas estão envolvidas e<br />

nessas localidades que foram citadas e que ainda não tem o termo de cooperação técnica estão<br />

desenvolvendo maravilhosamente todo o programa e o diagnóstico tem sido realizado. As<br />

pessoas do serviço público, as pessoas da sociedade civil têm participado e colaborado sem<br />

problema algum. Então acho uma questão só burocrática, é uma questão mesmo de tempo,<br />

porque aqui na capital e nos grandes municípios existem dificuldades de marcação e encontro. A<br />

outra questão referente ao termo de parceria está publicada no site da SEPLAG.<br />

Obrigatoriamente nós temos que apresentar os relatórios gerenciais do 1º trimestre que já está<br />

editado no site da SEPLAG, e no site da Terra da Sobriedade. Por obrigatoriedade também do<br />

termo e agora terminando este 2º trimestre, vamos gerar mais uma vez o relatório gerencial.<br />

Além deste relatório gerencial existe o relatório da comissão de avaliação do qual o Dr. Aloísio<br />

Andrade como presidente do Conselho faz parte da comissão e acompanha o que está sendo<br />

realizado.<br />

Pastor Wellington: Só para finalizar o caso de BH. Belo Horizonte está assinando o termo de<br />

cooperação técnica, e é uma falta de interesse, BH sempre ficou dormindo para as coisas da ação<br />

antidrogas, isso que na verdade nos deixa muito triste.<br />

Ronaldo: Não sei se se pode afirmar que é falta de interesse do município.<br />

6


Pastor Wellington: Na verdade é o seguinte, eu recebo pessoas como a Terra da Sobriedade,<br />

como outras instituições também recebem pessoas para tratar. Desde o último prefeito houve<br />

uma sensibilidade, sentamos com o prefeito antes de tomar posse, mas a gente não vê nenhuma<br />

ação nessa questão do tratamento e nem da prevenção da dependência química. Se há um<br />

programa do Papo Legal em BH, eu queria tirar uma moção aqui do conselho para sensibilizar o<br />

prefeito assinar o termo de cooperação técnica do Programa Papo Legal. Então vamos fazer isso,<br />

porque na verdade a gente precisa ver BH fazer alguma coisa, porque BH está dormindo.<br />

Anselmo: Concordo com as palavras do Pastor Wellington e penso que o presidente deveria dar<br />

essa ciência ao Conselho com relação a relatórios executados e parabenizo o seu serviço por<br />

estar sendo muito bem executado. Com relação a logomarca, acho que esse símbolo de<br />

logomarca foi usada por vários governos,e nós não temos nada contra o governo não, muito pelo<br />

contrário, eu penso que ela ficou de bom tamanho, não é do atual governo e se fosse não haveria<br />

mal nenhum, concorda!?<br />

Ronaldo: Concordo plenamente. Não que eu queira polemizar, e ser chato na colocação! Só digo<br />

que uma ação, um evento, um programa do conselho que inclusive faria o Conselho conhecido e<br />

buscando outras pessoas na criatividade pudessem apresentar e até definir os objetivos do<br />

próprio Conselho, essa que foi a minha colocação e essa questão nós todos estamos aqui com a<br />

folha é só a gente vê não posso chamar de semelhança, chamo de identidade de marca que está<br />

apresentada pelo IGS. Eu concordo que se fosse fazer alusão apenas a este governo eu também<br />

concordaria com isso. Sou muito grato porque neste governo eu não só como coordenador de<br />

uma ação que hoje está na sociedade através do Programa Papo Legal, que é dar valor a<br />

prevenção más também como membro de comunidade terapêutica, que em nenhum momento da<br />

história houve tanto apoio, reconhecimento e investimento do governo como este daqui às<br />

comunidades. Se fosse só por isso e por gratidão, melhor seria colocar então exatamente aquela<br />

marca do governo.<br />

Dr. Jacob: Senhor presidente, eu estou entendendo o caríssimo Ronaldo. Ele quer é proteger esse<br />

Conselho. Ao mostrar essa marca parece que nós estamos subordinados moralmente, de alguma<br />

forma ao governo. Apenas isso, eu acredito que ele não quis expor sobre isso, mas é uma<br />

situação de dependência dos nossos pareceres, das nossas ações. Eu digo sempre isso, se os<br />

governos são bons para o povo, nós temos que aplaudir, não é porque eu sou do PSDB, que eu<br />

tenho que aplaudir as ações do PSDB. O que o Ronaldo está querendo dizer é exatamente isso!<br />

Isso transparece a quem de fora ver essa logomarca, acha que nós somos subordinados aos<br />

interesses do governo e que não é bem isso.<br />

Dr. Aloísio: Só Lembrando aos conselheiros que a marca do IGS não é a marca do governo, é a<br />

marca do Instituto de Governança Social, que é uma instituição não governamental é uma<br />

OSCIP.<br />

Voltando ao tema anterior para nós terminarmos. A questão do Papo Legal em que foi criado<br />

essa comissão de avaliação, e o meu nome foi colocado a minha revelia, uma vez que eu não fui<br />

consultado sobre a minha disponibilidade de tempo para participar. Para minha surpresa quando<br />

chegou o 1º relatório, e senhorita Márcia que é responsável na Subsecretaria me disse que eu<br />

tinha dois dias para dar o parecer, e que tinha urgência numa série de relatório sobre prestações<br />

de contas. Eu fiquei muito desconfortável obviamente pela celeridade, pois fui comunicado que<br />

eu estava na comissão na hora de dar o parecer. Então o que eu quero trazer aqui ao conselho é<br />

que para que eu assine o próximo relatório, eu vou depender da Câmara de Prevenção aprovar. A<br />

partir daí aí pedirei a Márcia que os relatórios sejam enviados com antecedência. Não fiz<br />

nenhum protesto em função de entender que sobre o passado o que conta é a melhora do futuro,<br />

7


então nesse caso já estou trazendo a público que vou assinar o relatório desde que a Câmara<br />

Técnica de Prevenção que foi quem deu parecer sobre o Papo Legal.<br />

Ronaldo: Cabe um esclarecimento aqui...<br />

Dr. Aloísio: Que não seja uma discussão, Conselheiro!<br />

Ronaldo: Depois eu falo com o governo e ele fala com você, acerca dos objetivos e das leis que<br />

instituem a comissão de avaliação.<br />

Dr. Aloísio: Estou falando a respeito dos prazos dados para que um membro da comissão fazer<br />

essa avaliação, e que qualquer nome indicado, seja ele representante governamental ou não,<br />

deverá ser consultado com antecedência.<br />

Ana Luiza: Eu gostaria de falar sobre a FEBRACT. Eu pedi uma pauta para esclarecer uma<br />

dúvida porque estivemos em uma reunião do governo e da rede complementar de suporte social<br />

quando, o Subsecretário comentou a respeito de uma visita da Vigilância Sanitária junto com a<br />

equipe da subsecretaria para o fechamento de um estabelecimento que mantinha pacientes em<br />

cárcere privado, de onde houveram várias denúncias. Aquela de Uberlândia que saiu na mídia foi<br />

amplamente divulgada e que se dizia comunidade terapêutica. Inclusive a FEBRACT não<br />

manifestou porque não considerou esta entidade uma instituição terapêutica pelas próprias<br />

normas. Existe uma legislação que vigora e estabelece critérios mínimos para que seja uma<br />

comunidade terapêutica do Ministério da Saúde, e também existe um Código de ética das<br />

federações. Esta entidade não estava registrada nessas legislações, mas apesar disso aconteceram<br />

umas visitas, e eu gostaria de esclarecer se foi dado conhecimento ao Conselho, porque a<br />

Federação das Comunidades Terapêuticas da Delegacia de Minas Gerais não foi informada ou<br />

convocada. Gostaria de solicitar este tipo de informação de quando houvesse. Caso tenha havido<br />

a presença do Conselho e se foi convocado uma visita com participantes do Conselho de que a<br />

Federação fosse avisada, que nesse caso específico não foi.<br />

Dr. Aloísio: O que houve foi uma ação do Ministério Público que gerou através do<br />

posicionamento do promotor uma interferência da Subsecretaria e não do Conselho, na tentativa<br />

de apagar o incêndio diante de uma comoção social. Foram três instituições que sofreram<br />

intervenção por parte do Ministério Público que prendeu os coordenadores da Instituição sem<br />

nenhum tipo de aviso anterior. Os dependentes químicos em tratamento foram colocados na rua<br />

de maneira muito abrupta. Então quem interferiu foi a subsecretaria, o Conselho não foi<br />

comunicado do fato, pois foi uma coisa que aconteceu no fim de semana. Não sei se o pastor<br />

Wellington tem mais alguma informação.<br />

Pastor: Eu estava de folga, quando cheguei a BH recebi uma mensagem sobre o fechamento de<br />

uma comunidade terapêutica em Minas, então eu fui pesquisar. Na verdade a Secretaria estava<br />

tentando falar comigo. O secretário Cloves falou sobre a situação que tinha acontecido, o mesmo<br />

narrado pela conselheira Ana Luiza. Quando houve a apuração com os internos, constataram que<br />

além de cárcere privado o pessoal estava sofrendo abusos, pessoas sendo machucadas, sendo<br />

jogadas dentro da piscina, e até cavando no chão com colher de mesa. Naquele momento o<br />

secretário nos fez uma convocação a fim de nos reunirmos para tomar conhecimento do que<br />

estava acontecendo uma vez que existe uma rede de suporte social de atenção ao dependente<br />

químico no Estado. A FETEB foi convocada, e como sou conselheiro o sou membro da<br />

federação pedi ao secretário que disponibilizasse um carro a afim de podermos apurar a situação<br />

no local dos acontecimentos. Não sei se foram feitos contatos com o conselho ou com a<br />

FEBRACT, mas havia um representante da FEBRACT lá, que é o conselheiro Marcos. Eu de<br />

8


pronto fui, eu queria saber o quê que estava acontecendo porque existem duas instituições que<br />

são credenciadas na rede de esporte social, e que são filiadas da FETEB na cidade, a SER e a<br />

Salva Vidas. Fomos a cidade com o promotor que nos disse o seguinte: A coisa é muito mais<br />

séria do que vocês imaginam! Não existem dois serviços e sim dezessete serviços sendo que dez<br />

são de internações involuntárias. Lá tivemos então uma reunião com o pessoal da Vigilância<br />

Sanitária, da Saúde Mental, e do CAPS AD. O promotor falou em fechar outras comunidades,<br />

até então eu não tinha participado e foi feito assim, não um convite, mas uma convocação do que<br />

aconteceria na cidade na sexta-feira. Fomos lá para ver o que tinha sido previsto. Assustou-nos<br />

muito, tanto da forma que a polícia chegou com GATE, cachorro, Polícia Civil, Polícia Militar,<br />

gritos vindos de dentro da comunidade de pessoas que estavam lá internadas involuntariamente.<br />

Estes indivíduos clamavam que queriam ficar para tratarem-se porque fora da instituição não<br />

conseguiriam sobreviver. Numa das instituições visitadas constatamos que existiam boas<br />

condições físicas, e que contava com equipe técnica composta por profissionais adequados para<br />

o trabalho. Não se tratava de uma comunidade terapêutica e sim de uma clínica de tratamento<br />

para dependentes químicos. O que mais nos assustou foi a família da qual fizemos contato na<br />

porta da instituição dizendo o seguinte : “ Agora vocês vão voltar para BH, o promotor vai para<br />

casa, e a minha filha eu vou levar para casa. Mas amanhã provavelmente eu estarei fazendo o<br />

velório dela”. São algumas situações que precisam ser repensadas, nós voltamos chocados com<br />

esta situação. Por isso Dr. Aloísio eu tomei a liberdade de fazer essa correspondência e<br />

protocolar junto ao Conselho e gostaria que contasse em ata justamente para analisarmos esta<br />

questão da abertura indiscriminada de comunidades terapêuticas e casas de recuperação em<br />

nosso Estado. Para se ter uma idéia, essa semana em Montes Claros abriram cinco, e para nós<br />

que estamos em uma rede organizada, tentando organizar os nossos serviços, tem sido algo<br />

desleal. A Vigilância sanitária nos exige a contratação do técnico especializado na área de<br />

dependência química, os internos precisam de atendimento, de passarem por oficinas, e de laudo<br />

psiquiátrico para a iniciarem o tratamento. E o que vemos são pessoas recebendo pessoas para<br />

poderem tratar ou destratar! Precisamos normatizar a abertura dessas comunidades.<br />

Dr. Aloísio: Só para terminar esse assunto. Foi solicitado pela FETEB uma proposta de<br />

normatização e nesta ocasião mostrei para o conselheiro Wellington que o Conselho tinha uma<br />

proposta de resolução datada de agosto de 2006, que dispunha sobre os procedimentos de<br />

registro das instituições e entidades afins no Estado de Minas Gerais, que atendem aos usuários<br />

de álcool e outras drogas nas áreas de prevenção, pesquisa, tratamento e reinserçãoocial. Sendo<br />

assim, dentro dessa solicitação, vamos estabelecer como ponto a ser discutido pela Câmara<br />

Técnica de Prevenção uma reunião na semana que vem para discutirmos e elaborarmos esta<br />

resolução. Esta proposta de 2006 não foi efetivada justamente pôr estar em vias de acontecer a<br />

revisão da RDC 101 pala VISA Nacional em Brasília. Está acolhida esta solicitação da FETEB,<br />

e já fica estabelecida na próxima semana a reunião da Câmara Técnica de Prevenção e<br />

Tratamento para discutirmos e elaborarmos esta resolução.<br />

Ana Luiza: Eu não terminei a minha pauta da FEBRACT. Muito brevemente eu gostaria de<br />

informar também, que ontem na Assembléia Legislativa houve uma homenagem para as<br />

instituições pertencentes a Rede Complementar de Suporte Social e Dependente Químico que é a<br />

rede instituída pela política estadual sobre drogas. O Deputado Eros Biondini fez uma<br />

homenagem a todas as instituições e quando cheguei nós estranhamos a ausência do senhor na<br />

solenidade. Foi constatado que houve um problema de divulgação. A Paula nos informou que foi<br />

enviado o convite e o Conselho não esteve presente.<br />

Dr. Aloísio: Não recebemos esse convite, nem por parte do Deputado, nem por parte da<br />

Assembléia, nem por parte da FEBRACT, nem por parte de ninguém! Então, se não foi omissão,<br />

infelizmente foi um boicote.<br />

9


Ana Luiza: Eu gostaria de comunicar que nós fomos homenageados.<br />

Dr. Aloísio: Quando você recebe o título de cidadão honorário e faz o convite, várias pessoas<br />

vão distribuí-los. Se a responsabilidade é unicamente do Deputado Eros Biondini, vou dirigir<br />

então meu protesto exclusivamente ao gabinete dele.<br />

Ana Luiza: Para encerrar a nossa pauta, eu gostaria de comunicar que a Terra da Sobriedade em<br />

convênio com o governo, através da Subsecretaria, e com a Rede Complementar, escrevemos e<br />

publicamos este livro sobre o uso do trabalho nas comunidades terapêuticas. Em outro convênio<br />

celebrado com a SENAD a Terra da Sobriedade editou esta cartilha que diz respeito ao art. 28<br />

dos grupos de transgressores, com distribuição gratuita.<br />

Ana Regina: Em relação a essa ação em Uberlândia, nós, da Coordenação da Saúde Mental, não<br />

fomos comunicados. Nós tivemos algumas informações da Coordenação Municipal de Saúde<br />

Mental, que também se queixou de não participar da ação. Eu estive em Uberlândia em junho na<br />

semana de prevenção e tive a oportunidade de conversar com o promotor. Ele falou das<br />

dificuldades, e de uma situação mais antiga que já existia. A vigilância sanitária estava<br />

comparecendo a este espaço, mas tendo muita dificuldade de intervir até pôr questões políticas.<br />

Havia uma preocupação quanto ao repasse efetuado pelo poder público do município para esse<br />

espaço. Então eu acho que as preocupações apontadas pelo o pastor Wellington são muito<br />

pertinentes. É importante pensar que se houvesse uma articulação melhor, com os dois CAPS<br />

AD de Uberlândia e as comunidades que recebem recursos do poder público, estes indivíduos<br />

não ficariam desassistidos. Acho que faltou uma melhor articulação. Gostaria de completar que<br />

na RDC 101, a atribuição da Vigilância Sanitária é de acompanhamento, monitoramento e de<br />

inspecionar o espaço. Em relação a abertura, só queria reforçar o que o pastor Wellington falou,<br />

acho importante que existam outros mecanismos de regulamentação, de controle. A vigilância<br />

sanitária segue o que está na RDC 101. A informação sobre a instituição deveria ser repassada<br />

pelo Conselho, ou seja, a vigilância vai aonde o conselho informa que existe, ela não tem<br />

nenhuma responsabilidade sobre a abertura desse espaço. Não sei como a gente poderia no<br />

conselho caminhar para uma regulamentação e quais outros órgãos poderiam estar envolvidos.<br />

Pastor Wellington: Sou presidente do Conselho de Lagoa Santa. O Conselho tutelar nos fez uma<br />

denúncia de que uma comunidade estava chegando na cidade. Fizemos uma comissão e fomos lá<br />

visitar essa comunidade. Ao que nos foi apresentado, eles faziam doação de feijão regularmente.<br />

O feijão que estava sendo doado estava cheio de bicho. Nós não tivemos possibilidade de entrar<br />

na cozinha, a piscina estava verde, um destrato tremendo! Então fizemos um relatório,<br />

chamamos a pessoa que estava organizando a instituição, e passamos a visitar o local de 15 em<br />

15 dias. No dia da nossa visita tinha menor e quando o conselho tutelar foi lá eles falaram que<br />

não havia. Demos os prazos e nos primeiros 30 dias não fizeram nada, alegaram uma série de<br />

fatores. Avisamos que a instituição não deveria internar mais e comunicamos ao Ministério<br />

Público. Fui pessoalmente à vigilância sanitária do município, protocolei, e sabe o quê que o<br />

moço me falou: Nós não podemos fazer nada!<br />

Protocolei para Heloísa que deve passar para o Estado para poder fazer uma ação lá. Eu me<br />

prontifiquei com a pessoa responsável, para receber todas as pessoas que estão lá, ou seja, nós<br />

iríamos colocar o pedido de vagas na rede. Eu iria ficar com três pessoas, a Reviver e Barão de<br />

Cocais mais algumas pessoas.<br />

Capitão Ferraz: Boa tarde a todos, satisfação em revê-los, depois de uma ausência de quase um<br />

semestre. Gostaria de manifestar sobre alguns pontos sendo a primeira a questão da logomarca.<br />

Acho que faltou um pouco de inspiração de quem elaborou a logomarca,<br />

10


Ela é a mesma da outra, mas ficou legal, ficou ótima. Falo da minha preocupação e ao mesmo<br />

tempo eu acho que é um processo natural da questão do Papo Legal, não somente de elaborar<br />

uma política, sendo que o grande ápice da política é a questão da avaliação. Esse processo,<br />

acredito que tenha se passado no conselho e que certamente foi feito a sugestão do conselheiro<br />

presidente. Eu acredito também que a câmara técnica de prevenção é o setor competente para<br />

proferir as manifestações sobre isso em tempo oportuno. Seria necessário que o conselho<br />

solicitasse toda documentação que reformulou o projeto, pois o projeto tinha uma perspectiva,<br />

houve uma reformulação e para que nós possamos proferir qualquer manifestação formal temos<br />

que ter conhecimento pleno da questão. Acho que podemos analisar a questão de mérito não<br />

entrando nessa questão fiscal contábil, que não é competência nossa, a não ser que a detectemos<br />

facilmente. Concordo com a postura do pastor Wellington nesse sentido e faço uma ressalva<br />

sobre a prerrogativa do uso da força que é sempre muito complicado. Nós temos que fazer o<br />

nosso papel de polícia, e a PM<strong>MG</strong> tem consciência da mazela que é causada pela questão das<br />

drogas. Mas eu acredito que falta muito pastor, e não entendo que uma resolução do conselho<br />

seja suficiente, acho que tem que ter a resolução do conselho, mas com poder de lei.<br />

Ronaldo: Primeiramente eu gostaria de pedir uma pauta na próxima reunião para a apresentação<br />

detalhada das atividades e execução do programa com a presença da supervisora do Estado e que<br />

também fosse feito um convite ao subsecretario Cloves para que esteja presente a fim de<br />

contribuir com esta apresentação.<br />

No sábado eu tive a grata felicidade ou infelicidade de receber e acolher em nossa comunidade<br />

um farmacêutico que saiu dessa comunidade que foi fechada em Uberlândia e que relatou<br />

detalhadamente as agressões sofridas inclusive com choque anal, agressões que causaram-lhe<br />

fratura da costela. Fiquei abismado! Você com tanta formação? Uma pessoa tão esclarecida?<br />

Porque você se submeteu a isso! ”Minha esposa mandou que eu fosse internado a força, então<br />

fui removido e no caminho já tomei a minha primeira surra. Em dois meses apanhei seis vezes,<br />

não tinha como sair ou fugir, pois várias vezes houveram ameaças vindas de uma tal máfia das<br />

comunidades que dizia que se houvesse qualquer tipo de denúncia seriamos perseguidos, e os<br />

familiares seriam prejudicados”.<br />

Porque que você em dois meses não fez nada para sair dessa situação?<br />

Ele me disse o seguinte: ”que após um mês eu já estava julgando merecedor daquele<br />

tratamento”.<br />

Dr. Jacob: É difícil avaliar o que uma família sofre diante de uma situação dessa, tanto é<br />

verdade, que esse mesmo ao final disse que era merecedor desse castigo. Porque, o que ele fez<br />

com a família, ninguém consegue avaliar.<br />

Ronaldo: Não culpei a família. O que eu disse que, uma pessoa vulnerável se acredita ser<br />

realmente merecedora de castigo, quando não é necessário e não precisa.<br />

Lisa: Gostaria de pedir desculpas a você e a todos os membros do conselho. Eu sou da assessoria<br />

parlamentar do deputado Eros Biondini, e foi passado uma lista para nossa assessoria de<br />

comunicação, Vou verificar o que aconteceu, foi divulgado a três semanas atrás e eu peço<br />

desculpas porque a sua presença teria feito muita diferença no evento. A Subsecretaria sobre<br />

drogas também estava responsável pela divulgação, eles também receberam os convites, Zezé e<br />

o Paulo.<br />

11


Vigil. Sanitária (Fernanda): Primeiro gostaria de deixar claro que eu não tenho ciência dessa<br />

ação que de como foi realizada do detalhamento que foi tomado pela Vigilância Sanitária. Então<br />

não poderia estar aqui trazendo alguma justificativa, algo que acrescentasse nessa situação<br />

especifica. A título de esclarecimento, eu trabalho na gerencia de vigilância de medicamentos e<br />

congêneres e o tratamento voltado pra esse tipo de situação é a gerencia de serviços de saúde.<br />

Mas eu gostaria só de comentar algumas questões não esquecendo a questão social. A<br />

Vig.Sanitária enquanto instituição e com toda sua missão e objetivo, acredito que o fechamento<br />

dessas instituições mesmo não tendo detalhes da ação, pelo que já foi citado aqui por diversos<br />

conselheiros, que fica claro que houveram motivos para a Vigilância Sanitária realizar o<br />

fechamento.<br />

Dr.Cícero: Vou apenas complementar o que ela disse. Realmente o assunto aqui mais genérico é<br />

da parte da Secretaria Estadual da Saúde. E na Secretaria quem está mais envolvida com isso, é a<br />

área de saúde mental, sendo que em algumas situações as duas podem caminhar juntas. Eu<br />

gostaria de fazer um comentário que em tudo da nossa vida hoje pode haver exploradores que<br />

visam só lucros. Vou fazer uma pequena comparação, existem asilos pôr aí falsificados. Então<br />

realmente é aonde nós podemos pensar que existem abusos. Com respeito a estes<br />

estabelecimentos eu vou dizer o seguinte, não têm comprovação, não tem coisa nenhuma! Há<br />

pouco tempo escutei um comentário que essas comunidades terapêuticas então sendo<br />

organizadas por grupos do tráfico de drogas.<br />

Dr.Aloísio: Gostaria de agradecer a presença do Dr. Cícero. Pessoa com experiência de longa<br />

data na área da saúde, irá certamente contribuir em muito para a consistência do conselho.<br />

Cap. Ferraz: Dois detalhes que faltam. Não acredito que o Conselho dentro do seu regimento<br />

interno tenha a necessidade dessa capilaridade de intervenção, e sim de assessoria que deveria<br />

para isso ter sido constituído em lei. Deveria intervir de alguma maneira no próprio sistema de<br />

políticas antidrogas o qual eu acho que deveria ter um encaminhamento também do conselho<br />

para que fosse observado isso com os atores do governo inclusive a própria PM. Acho que para<br />

casos pontuais é obrigação do governo, através dos seus atores e foi para isso que nós nos<br />

organizamos. Por isso, deveremos fazer esse encaminhamento para que os atores do governo<br />

tomem conhecimento mais amplo sobre esta questão. A falta de comunicação compromete a<br />

finalidade do sistema.<br />

Não concordo muito com a palavra do nosso conselheiro da Vigilância Sanitária, temos uma<br />

grande preocupação em tirar esse entendimento de que comunidade terapêutica tem algum tipo<br />

de vínculo com ações do crime. A PM<strong>MG</strong>, está tentando através de seus documentos internos<br />

modificar esse conceito, estamos falando em questão de trabalho. Historicamente ainda não<br />

temos relatos de algum tipo de situação envolvendo a mercadância de drogas vinculada às<br />

comunidades. Nas estatísticas de acompanhamento da policia militar, não temos esse tipo de<br />

informação. Então eu peço prudência nesse tipo de situação porque os nossos documentos são<br />

públicos e podem ser interpretados de qualquer maneira por qualquer tipo de pessoa.<br />

Dr. Rodrigo: Até por uma questão de ordem Senhor Presidente. Sou representante da polícia<br />

civil e enquanto instituição que atua na repressão e na investigação criminal, gostaria que o<br />

senhor pudesse formalizar essa denúncia para nós, com mais informações, com mais detalhes até<br />

para que possamos dar prosseguimento a alguma investigação. Corraborando com a palavra do<br />

Capitão, acho que enquanto conselheiros devemos ter realmente muito cuidado, pois o que é<br />

trazido perante a este conselho podem gerar especulações, então em questões pontuais deverão<br />

ser formalizadas para que possamos tomar as providencias pertinentes.<br />

12


Dr. Aloísio: obrigado Dr.Rodrigo, alguma manifestação a mais, conselheiros.<br />

Dr. Jacob: Eu estou raciocinando com o que o Ronaldo disse. Todo o drogado tem que querer<br />

recuperar. Há dias saiu na televisão o caso de um engenheiro que se drogava, e que queria parar.<br />

Houve uma preparação para ele se internar e ele então disse que iria usar até no último dia por<br />

esta razão. Usou na frente de muita gente e disse que iria internar-se. Quando chegou o pessoal<br />

para apanhá-lo ele disse não iria internar-se!<br />

Será que nós, para recuperarmos esse sujeito, não deveríamos exercer certa força para que ele<br />

fosse até ao tratamento e descubrisse lá a verdadeira vontade.<br />

Dr. Aloísio: Esse tema é filosoficamente complexo, já que a dependência química é um<br />

adoecimento na área da vontade, assim como os quadros depressivos. Se você respeitar a opinião<br />

de um suicida que quer se suicidar, e você deixar, psiquiatricamente isso está contra indicado. Eu<br />

concordo inteiramente com o raciocínio que o Ronaldo fez no que diz respeito a um tratamento<br />

de comunidade terapêutica que a internação involuntária para a desintoxicação até para dar a<br />

essa pessoa a opção de sã consciência para ela. Aí a dizer “que quero voltar a usar droga”,<br />

significam internações de curto prazo. Graças a Deus, na grande maioria das dependências são<br />

necessários de sete a dez dias para desintoxicação. Acho que o Ronaldo falou foi isso. A<br />

comunidade terapêutica é uma instância que não cabe a questão da involuntariedade. Ou o<br />

sujeito quer ou não quer.<br />

Vou pedir aos conselheiros três minutos de relógio para poder fazer uma leitura rápida de um<br />

texto que foi publicado no Estado de Minas, que foi escrito pelo Bomathiasen, que é o novo<br />

representante do escritório das Nações Unidas sobre drogas e crimes.<br />

Antes de fazer a leitura do texto para nós terminarmos, gostaria de deixar convocada a reunião<br />

da Câmara Técnica de Prevenção e Tratamento para a próxima semana, afim de discutirmos a<br />

resolução que deverá servir como base para estimular a criação do projeto de lei, que definirá<br />

essa questão das condições mínimas para a criação de uma Comunidade Terapêutica. Inclusive<br />

com o material da DRC 101, e da nossa resolução.<br />

O título do texto é: Políticas Ante-drogas. Ele é o novo representante das Nações Unidas e a sua<br />

fala aqui nos dá uma noção, não como algo brilhante nem muito novo, mas representa a posição<br />

das Nações Unidas.<br />

Texto impresso.<br />

Publicação do Jornal Estado de Minas dia 22/09/2009<br />

Políticas antidrogas _ Bo Mathiasen<br />

“Os governos e as sociedades de diversos paises estão enfrentando um novo desafio: como se<br />

preparar para responder ao surgimento de substancias psicoativas cada vez mais diversificadas e<br />

com efeitos cada vez mais potentes? Essas mudanças fazem com que o debate em torno das<br />

políticas sobre drogas fique ainda mais complexo. Não se trata apenas de contrapor uma postura<br />

“liberal” a favor da legalização a uma posição “conservadora” de controle. É preciso avaliar o<br />

impacto social, de saúde e de segurança publica relacionado às drogas. Um exemplo é o da<br />

maconha hidropônica, cultivada em ambientes fechados, que possui um poder alucinógeno até<br />

quatro vezes maior do que o da maconha tradicional. Mais difícil ainda é a questão do crack,<br />

uma droga derivada da cocaína que chegou à maioria dos grandes centro urbanos brasileiros e<br />

cuja dimensão ainda não é plenamente conhecida.<br />

13


Quantos às restrições ao uso de tabaco e de álcool, há muitas campanhas pro - legalização das<br />

drogas. Essas campanhas costumam ignorar o fato de que, enquanto o tabaco e o álcool atingem<br />

entre <strong>25</strong>% e 50% das pessoas – um problema comparativamente muito menor do que o das<br />

drogas legais. Isso quer dizer que sob a perspectiva de saúde o controle associado a programas<br />

de prevenção está funcionando na prática. A edição 2009 do Relatório Mundial sobre Drogas,<br />

publicado recentemente pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UnoDC),<br />

mostra que, globalmente, nos últimos anos, a produção e o consumo de drogas vêm se mantendo<br />

praticamente estáveis – ainda que, nos países em desenvolvimento, inclusive no Brasil,<br />

observem-se pequenos índices de crescimento, principalmente entre as drogas sintéticas.<br />

Entretanto, não se pode pensar apenas em termos de controle. A recomendação das Nações<br />

Unidas aos Estados membros é que se desenvolvam cada vez mais políticas de saúde para<br />

usuários de drogas, tratando-os como pessoas que precisam de acesso ao atendimento-e não de<br />

punição criminal. È importante compreender que, ainda que sejam estimuladas nos países<br />

mudanças de legislação no sentido de aplicar penas alternativas aos usuários, há consenso entre<br />

os Estados-membros sobre a posição de manter as drogas ilegais, uma eventual legalização<br />

implicaria um custo social e a exigência de um aparato de proteção de proporções eu a maior<br />

parte dos países não teria condições de oferecer. Afinal, as drogas não são prejudiciais porque<br />

são ilegais, são ilegais justamente porque são prejudiciais.<br />

A aparente contradição entre legalização ou não tende a tirar a discussão do foco que realmente<br />

interessa e que, na verdade, revela muito mais convergências do que divergências: a busca por<br />

uma abordagem equilibrada entre as ações de prevenção, incluindo o amplo acesso aos serviços<br />

de saúde para os usuários, e as ações de repressão, focadas no controle ao crime organizado<br />

transnacional e aos grandes financiadores do tráfico. Se as convergências forem mais observadas<br />

do que as divergências, o debate em relação às políticas sobre drogas poderá se converter em um<br />

processo que efetivamente resulte em benefícios concretos para todos.”<br />

Dr. Aloísio : Este é o raciocínio do comandante chefe aqui das Nações Unidas pra o CONE.<br />

Então eu quero deixar aqui o agradecimento a todos os Conselheiros, pedir desculpas pela nossa<br />

mudança de data de reunião e quero já a principio fazer a sugestão de na próxima 2ª feira dia 31<br />

às 10:30, nós vamos tentar viabilizar a reunião de Câmara técnica de prevenção e tratamento pra<br />

discussão da resolução. Com relação a questão da lei antitabaco, vamos ver se conseguimos a ida<br />

de pelo menos um dos três deputados, de preferência o Adelmo Carneiro, é o relator da matéria<br />

pra que a gente possa estar discutindo com ele. Então obrigado a todos, que Deus os<br />

Quero deixar os meus agradecimentos a todos os Conselheiros e pedir desculpas pela nossa<br />

mudança da data da reunião, e confirmá-la para a próxima 2ª feira, dia 31, às 10:30 horas. Com<br />

relação à questão da lei antitabaco, vamos ver se conseguimos a vinda de pelo menos um dos<br />

três deputados, de preferência o Deputado Adelmo Carneiro, que é o relator da matéria.<br />

Então obrigado a todos, que Deus os acompanhe!<br />

14

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!