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AGOSTINHO ALVES BARBOSA (Bate Asa) - Oktiva

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Tenho um filho que trabalha como cobrador na mesma empresa em que eu<br />

trabalhei, a Autoviária, hoje Rota Sol. Fui eu quem ajeitou para ele conseguir<br />

entrar lá. Mas eu quebrei a cabeça com meu filho lá na empresa! Ele não queria<br />

trabalhar. Na primeira vez, ficou um ano e pouco e pediu para sair. Depois pedi<br />

para o dono para ele voltar.... Ele foi e saiu de novo! Depois mais uma vez! Daí eu<br />

disse: “- Olha, se você sair agora, não conte comigo”. Ele ainda está lá. Vai fazer<br />

onze anos de trabalho. Isso é bom para ele. E não tinha alternativa melhor. Como<br />

eu disse: pelo ganho é um emprego bom. Ganha bem, paga bem e ainda tem<br />

mais este direito de vale transporte.<br />

Cobrador é uma boa profissão. Ganha mais que um salário. Hoje, o cobrador está<br />

ganhando numa faixa de quatrocentos reais. E eu, depois de 31 anos de serviço<br />

na empresa, tinha algumas regalias, principalmente no horário de trabalho. Era<br />

porque eu era muito antigo e sempre fiz tudo o que quiseram. Hoje, se fosse<br />

escolher, eu seria cobrador de novo... pelo ganho, que é bom.<br />

Por outro lado, a vida de cobrador é dura e é cansativa. A vida de motorista<br />

também é... Aliás, quando se trata de transporte coletivo, tudo é difícil. Cobrador é<br />

marcado, motorista é marcado. É uma classe marcada que nem soldado de<br />

polícia.

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