tese mestrado-ribas - Embrapa Acre, 30 anos fazendo ciência
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1. INTRODUÇÃO<br />
A fragmentação de contínuos florestais expõe as populações a problemas<br />
ecológicos e genéticos causados pela endogamia e perda de variação por deriva<br />
genética. As reduções na variabilidade genética das populações de espécies<br />
arbóreas podem causar a perda da capacidade reprodutiva, da resistência a<br />
doenças e da plasticidade das populações em se adaptarem às mudanças<br />
ambientais, tornando-as suscetíveis à extinção (HEYWOOD e STUART, 1994).<br />
Logo após a formação dos fragmentos florestais, a maioria das espécies<br />
permanece nos fragmentos por algum tempo. Contudo, os problemas causados<br />
pelo desequilíbrio do ecossistema atuam de modo a favorecer o predomínio de<br />
poucas ou de uma única espécie sobre as demais. Não obstante, pequenos<br />
fragmentos florestais ainda possuem importante valor para a manutenção da<br />
biodiversidade, embora sejam influenciados pelo tamanho, pela forma e pelo grau<br />
de isolamento entre eles, e deles em relação a grandes áreas remanescentes<br />
(TURNER e CORLETT, 1996).<br />
A conservação dos recursos genéticos pode ser realizada em condições<br />
naturais em que se encontram (conservação in situ), ou fora dela (conservação ex<br />
situ). A conservação in situ é a mais recomendada, por possuir vantagens<br />
econômicas, genéticas e ecológicas sobre a ex situ (ERIKSSON et al., 1993).<br />
Várias espécies dependem das ações conservacionistas, tanto em virtude da<br />
continuidade da exploração dos recursos florestais, quanto da falta de<br />
conhecimentos sobre a classificação de áreas ideais ou do seu tamanho ideal para<br />
preservação, o que possibilita manter as condições ecológicas suficientes para<br />
continuidade do processo evolutivo (ZUIDEMA et al., 1996).<br />
Sob o ponto de vista da conservação genética, a criação de pomares de<br />
sementes, compostos por indivíduos obtidos por amostragem estratificada em<br />
subpopulações, pode favorecer a recombinação genética e, conseqüentemente, a<br />
recuperação de alelos perdidos por algumas subpopulações, que, muitas vezes<br />
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