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Versão eletrônica - Furb

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2.0- CONSTRUINDO UMA DRAMATURGIA: CAMINHOS E OPÇÕES<br />

METODOLÓGICAS<br />

Na proposta de montagem do oitavo semestre do curso de Teatro,<br />

juntamente com o professor diretor, Roberto Murphy, da disciplina de Prática de<br />

Montagem III, tanto o texto, quanto o espetáculo foram concebidos em conjunto pelo<br />

grupo de alunos e professor, objetivando uma prática colaborativa.<br />

Iniciamos com o processo de montagem na disciplina de Dramaturgia II, onde<br />

analisamos, através de um fichamento e discussão do livro “A vida em Comum” de<br />

Tzevetan Todorov, que trata da antropologia universal, um estudo do homem, sua<br />

relação com a sociedade e consigo mesmo. “A antropologia geral situa-se, pois, no<br />

meio caminho entre as ciências humanas e a filosofia, sem se opor a nenhuma delas,<br />

ou melhor, construíndo uma ponte de ligação entre ambas”.(TODOROV. 1996, p. 9 ).<br />

Todorov aborda o tema a sociedade no indivíduo e não o indivíduo na<br />

sociedade, como normalmente somos vistos “Tratar não do lugar do homem na<br />

sociedade, mas, ao contrário, do lugar da sociedade no homem. O que significa, na<br />

verdade, o fato amplamente aceito de que o homem é um ser social?” (Todorov. 1996,<br />

p. 10). Segundo ele, o homem é formado pelo seu meio e as relações que ele foi<br />

submetido ao crescer e ser identificado pelo olhar de sua mãe, primeiro ser humano<br />

que oferece o espelho de um olhar ao filho. Neste momento o ser humano estabelece<br />

como que seu segundo nascimento, o nascimento da consciência humana. A<br />

consciência de ser homem de existir nesta condição. As relações estabelecidas na<br />

infância determinarão o comportamento deste novo ser pelo tempo de existência.<br />

O autor de “A Vida em Comum”, acredita na necessidade de o ser humano<br />

ser reconhecido pelo olhar do outro, o que pode causar um sentimento de não<br />

reconhecimento. Tanto o olhar de reconhecimento materno, como o da sociedade é o<br />

que o personagem principal de nosso espetáculo, Segismundo, está privado. Essa<br />

privação inicial constrói um ser sem idéia real de si mesmo de suas capacidades e de<br />

sua face.<br />

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