Versão eletrônica - Furb

Cena 9
Clarim e a sua voz dispersa = Fala do destino que traçaram para Segismundo e avalia
algo sobre a formatação de um criminoso. Se assim plantaram, assim colherão.
Cena 10
Clarim e sua voz dispersa e Rosaura = Rosaura chega trazendo a angústia de não
encontrar quem procura. Clarim lhe diz sobre o “sonho” que o rei encomendou e a
necessidade de interferir, não deixando que os presságios se confirmem e o príncipe
possa ter outra referência, além daquela que estão 'armando' para ele. Ela decide
interceder quando e o quanto possível. Anunciam a mudança de ares. O show devia
começar naquele exato momento.
Cena 11
Um clima de show em um cabaré vagabundo se instaura e diversos personagens-tipo
confundem-se com os demais personagens que até agora estiveram no espetáculo,
exceção feita aos signos e guardas. Todos tomam ares de um artificialismo sem igual.
Tudo se torna exagerado e forçado. Há muita música e uma sensação de embriagues.
É um típico clima brechtiano. Clotaldo, Estrela e Astolfo perambulam pelo espaço como
marionetes, tais como os personagens que representam os 4 poderes. Clarim e sua voz
dispersa sente-se à vontade para agir e interagir num ambiente como aquele. O caos é
a tônica da cena, demonstrando a “babel” humana, sua sociedade e seu
funcionamento. Além disso, demonstrar o quanto estranhos são os hábitos do indivíduo
em sociedade e o quanto a própria sociedade se policia e se monitora, tornando-se não
humana.
Cena 12
Os quatro poderes tomam a cena juntamente com Segismundo, os demais ficam em
segundo plano, em movimentos lentos e caricatos. Os 4 vestem Segismundo com os
tons do “sonho”. Apresentam-se e percebem-se. Cada poder está pintado com cores
42