sumário - Eletronorte
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ordenamento territorial e a instalação dos comitês das<br />
bacias hidrográfi cas, estabelecendo as áreas para a extração<br />
da madeira, agricultura, mineração etc. “A falta<br />
desse macroplanejamento, que deve ser feito a partir das<br />
microbacias, afeta a saúde dos rios e lagos, o território<br />
livre dos peixes. Rios que atravessam metrópoles podem<br />
ser recuperados, sendo necessário que, ao dar o licenciamento,<br />
o órgão ambiental competente exija que as<br />
empresas tratem seus resíduos e devolvam suas águas<br />
em qualidade igual ou superior a que elas captaram na<br />
natureza. Não adianta multar, tem que conscientizar<br />
para não se jogar o lixo nos rios e dar condições para o<br />
hábito da reciclagem”.<br />
Nas regiões Sul e Sudeste, os agentes<br />
poluidores são os detritos, detergentes, ácidos<br />
e outros tipos de esgotos industriais. Já<br />
na Região Norte, os desmatamentos abrem<br />
clareiras nas fl orestas desnudando o solo.<br />
“As gotas de chuva caem com a velocidade<br />
média de setenta quilômetros por hora. Se<br />
não há a vegetação para amortecer o impacto,<br />
elas assoreiam o terreno provocando a<br />
erosão. Os primeiros cinqüenta centímetros<br />
do solo são repletos de nutrientes e matérias<br />
orgânicas. As enxurradas levam o fósforo,<br />
nitrogênio e outros elementos químicos para<br />
os rios. A conseqüência é o aparecimento<br />
de macrófi tas aquáticas (aguapés), vegetação que, em<br />
excesso, provoca proliferação de mosquitos e problemas<br />
para a navegação e usinas hidrelétricas, entre outros danos”,<br />
comenta Juras.<br />
Peixes que curam - Segue o nosso barco virtual rio abaixo<br />
e, aqui e acolá, passamos por cardumes meio santos. Salvar<br />
enfermos e debilitados: esta é a nova e promissora aplicação<br />
para os subprodutos dos peixes. Juras, da <strong>Eletronorte</strong>, em<br />
conjunto com a professora Alpina Begossi, da Unicamp, e<br />
o professor Renato Silvano, da Universidade Federal do Rio<br />
Grande do Sul, estudam espécies amazônicas como surubim,<br />
tucunaré, jaraqui, traíra e pacu, como complemento na<br />
dieta alimentar de populações humanas carentes, pois têm<br />
proteínas que regeneram rapidamente o organismo, principalmente<br />
após cirurgias. “É uma alimentação especializada<br />
para hospitais, clínicas e casas de saúde. Os nutricionistas<br />
podem ministrar aos seus pacientes dietas com esses peixes,<br />
pois já constatamos que a recuperação das pessoas chega<br />
a ser até quatro vezes mais rápida do que com as comidas<br />
tradicionais”, atesta Juras.<br />
Peixes que encantam - O nosso barco chega agora aos<br />
igarapés. Lá, Juras nos aponta belos exemplares que os<br />
colecionadores conhecem bem, entre centenas de outros:<br />
néon, guppy, aruanã, espada, plati, cará, lambari, piaba,<br />
trairinha, piabinha e cascudo, que é um peixe muito feio,<br />
mas bastante vendido, pois come o lodo das pedras e limpa<br />
os vidros do aquário. A comercialização desses pequeninos<br />
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