sumário - Eletronorte
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Peixes de criação - O nosso barco virtual também navega<br />
pelos lagos das hidrelétricas, aqueles contidos por grandes<br />
barragens de onde sai a energia elétrica que abastece a<br />
economia do País. A <strong>Eletronorte</strong> está fazendo estudos ambientais<br />
para a implantação de parques aqüícolas no lago<br />
de Tucuruí, por solicitação da Secretaria de Aqüicultura e<br />
Pesca, da Presidência da República. O objetivo é a produção<br />
de peixes em gaiolas, em larga escala. Esse trabalho<br />
conta também com a parceria do Ibama, da Sectam, o<br />
órgão estadual de meio ambiente do Pará, e outros órgãos<br />
e instituições, para atender a toda a legislação e exigências<br />
ambientais.<br />
“A proposta é utilizar 0,25 % do lago de Tucuruí para<br />
produzir cerca de nove mil toneladas de pescado por ano. O<br />
estudo, que será utilizado em outros reservatórios hidrelétricos,<br />
é direcionado às populações ribeirinhas. Estamos controlando<br />
os desembarques pesqueiros, que é quando a frota<br />
artesanal desembarca em Tucuruí e em outras cidades do<br />
entorno da hidrelétrica. Verifi camos que eles correspondem<br />
a seis ou sete mil toneladas por ano. Nos parques aqüícolas,<br />
com áreas de 120 a 150 hectares, estarão<br />
desembarcando cerca de nove mil toneladas<br />
de peixes, provando que é possível utilizar<br />
os recursos hídricos de forma racional e<br />
sustentável, e contribuir com a redução da<br />
fome no Brasil e no mundo”.<br />
Peixes que fi caram em Tucuruí - Lembra<br />
ainda Juras que as regiões Sul e Sudeste,<br />
em virtude do inverno rigoroso, produzem<br />
uma safra que dura entre seis a oito meses<br />
de pesca. Já na região dos trópicos, a<br />
produção é contínua o ano todo, com duas<br />
safras. “Na margem esquerda de Tucuruí, perto de Jacundá<br />
e Novo Repartimento, fi caram árvores submersas. Nelas, os<br />
peixes encontram abrigo. Lá fi cam protegidos das redes dos<br />
pescadores e dos peixes predadores maiores. Se a madeira<br />
continuar ali pelos próximos 100 anos, decompondo-se<br />
lentamente, muitas espécies serão preservadas. É uma<br />
área de esconderijo, alimentação e reprodução. As ovas dos<br />
peixes podem fi car incrustadas nos troncos das árvores a<br />
até quarenta metros de profundidade”.<br />
Hoje, constata-se que as espécies existentes há 25 anos<br />
a montante da hidrelétrica acomodaram-se ao ambiente<br />
lêntico (local com água parada e limpa): o tucunaré, a<br />
pescada e vários tipos de piranhas proliferaram-se. Já no<br />
ambiente de água corrente, a jusante da barragem, ocorrem<br />
vários tipos de bagres. “Hoje há menos espécies, mas em<br />
contrapartida temos no lago muitos indivíduos por espécie.<br />
A biomassa, o volume e o peso dos peixes que são desembarcados<br />
no lago alcançam cerca de seis mil toneladas por<br />
ano. Antes da formação do lago, esse peso não chegava<br />
a seiscentas toneladas. Constatamos que as espécies não<br />
existentes no ambiente acima de Marabá migraram para<br />
outras áreas do Rio Tocantins e retornam ao lago para se<br />
alimentar e reproduzir, e depois sobem novamente o rio.<br />
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