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sumário - Eletronorte

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Em suma, todas as espécies que existiam<br />

antes da formação do reservatório da hidrelétrica<br />

ainda estão lá. Apenas algumas<br />

não podem ser comercializadas. Abaixo da<br />

barragem, o jaraqui e o mapará tiveram seus<br />

estoques reduzidos, mas ainda existem em<br />

boa quantidade”, afi rma Juras.<br />

Peixes que controlam epidemias - Na<br />

Amazônia existem muitos ambientes propícios<br />

à sobrevivência dos peixes. Qualquer<br />

um a bordo de nossa canoa virtual pode<br />

pressentir em tantas águas profundas e<br />

margens quilométricas que ainda há muitas<br />

espécies a serem descobertas. Na literatura<br />

constam em torno de dois mil tipos de peixes.<br />

Alguns se alimentam dos nutrientes ou<br />

de outros elementos existentes apenas em<br />

determinados lugares que, se destruídos,<br />

os danos serão incalculáveis, pois podemos<br />

perder a chance de obter os princípios<br />

físico-químicos para a cura de muitas doenças,<br />

entre outras utilidades. De acordo com Juras, há<br />

peixes que se alimentam de larvas de mosquitos, e com<br />

isto controlam males como a dengue e a malária. “O mais<br />

importante desses estudos é conhecer a função dos peixes<br />

na natureza. O governo brasileiro tem feito investimentos, por<br />

intermédio de vários órgãos da Amazônia, como o Instituto<br />

Nacional de Pesquisas da Amazônia - Inpa, em Manaus, e<br />

o Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém. A <strong>Eletronorte</strong>,<br />

em conjunto com essas e outras instituições, também tem<br />

realizado pesados investimentos em pesquisas. Catalogamos<br />

cinqüenta novas espécies, principalmente na família das<br />

piranhas. Há ainda outras sem valor econômico, mas com<br />

enorme importância ecológica”.<br />

Peixes que se disfarçam - Há uma teoria sobre as espécies<br />

endêmicas, aquelas que ocorrem em um só local. Dizem os<br />

cientistas que na era geológica pleistoceno, há cerca de 150<br />

milhões de anos, parte da região do Amazonas, Roraima e a<br />

área de Belém fi cavam submersas no mar. Havia lá ilhotas<br />

que hoje são morros. Nas lagoas em volta desses morros,<br />

desenvolveram espécies de características únicas. Com o<br />

abaixamento do nível dos mares, essas áreas fi caram isoladas,<br />

formando os chamados hot spots (pontos quentes). As<br />

colorações originais dos peixes, aves, lagartas e borboletas<br />

vêm dos próprios pigmentos desenvolvidos para protegeremse.<br />

Por exemplo, o tucunaré tem na cauda um formato de<br />

olho que confunde seus predadores; outros apresentam colorações<br />

ilusórias dando a impressão de que são maiores. E o<br />

predador foge. Essa capacidade genética de mesclarem-se<br />

ao ambiente chama-se mimetismo. Os peixes que adornam<br />

os aquários têm essa riqueza de nuances, que mudam a<br />

cada estação do ano. De acordo com Juras, “geralmente são<br />

peixes pequenos que entram nos espaços entre rochas e<br />

lá se alimentam, ao mesmo tempo em que fogem dos seus

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