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trabalho escravo nas Freguesias do Espírito - Programa de Pós ...

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inicia<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> povoamento da região Norte da Província com a fundação <strong>de</strong> São<br />

Mateus e Linhares, e da região Sul, com a fundação <strong>de</strong> Itapemirim . 115<br />

Foram eleitas para o início da presente apreciação ape<strong>nas</strong> as vilas localizadas na<br />

região Central da Província, que formavam os arre<strong>do</strong>res da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vitória e<br />

mantinham com a Capital estreitos laços econômicos e sociais, ou seja, Cariacica,<br />

Vila <strong>do</strong> <strong>Espírito</strong> Santo, Viana, Carapina, Serra, Nova Almeida, Santa cruz e,<br />

consequentemente, os povoa<strong>do</strong>s existentes nos arre<strong>do</strong>res <strong>de</strong>ssas localida<strong>de</strong>s. Essa<br />

região também abrangia a Comarca <strong>de</strong> Vitória, divisão jurídica da Província <strong>do</strong><br />

<strong>Espírito</strong> Santo.<br />

Os caminhos coloniais da Província capixaba se iniciaram com a Vila <strong>do</strong> <strong>Espírito</strong><br />

Santo, primeira vila capixaba. Ela foi aban<strong>do</strong>nada pelos colonos portugueses <strong>de</strong>vi<strong>do</strong><br />

aos constantes ataques indíge<strong>nas</strong>, após o ano <strong>de</strong> 1551. 116 Eles refugiaram-se na<br />

proprieda<strong>de</strong> pertencente à Duarte <strong>de</strong> Lemos, <strong>de</strong>pois chamada <strong>de</strong> Vila da Vitória. A<br />

Vila <strong>do</strong> <strong>Espírito</strong> Santo se transformou <strong>de</strong> se<strong>de</strong> <strong>do</strong> governo em territórios inóspitos.<br />

Segun<strong>do</strong> Derenzi<br />

61<br />

os campos <strong>de</strong> Piratininga, os areais <strong>de</strong> Aribiri, os baixios da costa, visita<strong>do</strong>s<br />

pelos Tapuias, tornaram-se inóspitos. Lá ficaram as roças, os engenhos e<br />

os barracos <strong>de</strong> Vila Velha. As lavouras se abrem pelo la<strong>do</strong> norte e<br />

transpõem o continente pelo braço da “passagem”. 117<br />

Na Vila <strong>do</strong> <strong>Espírito</strong> Santo foi construí<strong>do</strong> um forte por Fernan<strong>do</strong> <strong>de</strong> Sá, em 1558, <strong>de</strong><br />

on<strong>de</strong> se iniciou o comércio marítimo com várias partes <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, comércio que<br />

seria aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong> em pouco tempo. A vila era chamada pelos indíge<strong>nas</strong> <strong>de</strong> Mboab<br />

que significava al<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> gente calçada, ou calça<strong>do</strong>s. A partir <strong>de</strong> 1835, o lugar<br />

funda<strong>do</strong> por Vasco Fernan<strong>de</strong>s Coutinho passou a fazer parte da jurisdição da<br />

Comarca <strong>de</strong> Vitória. Contu<strong>do</strong>, essa não foi, certamente, toda a história da Vila <strong>do</strong><br />

115 Sobre a fundação <strong>de</strong> São Mateus, Linhares e Itapemirim. Ver: VASCONCELLOS, 1978.<br />

VASCONCELLOS, 1858, p. 134, 140, 208. OLIVEIRA, 1850, p.250. SALETTO, 1996, p. 29.<br />

116 Não se sabe com exatidão a data da mudança <strong>do</strong>s colonos da Vila <strong>do</strong> <strong>Espírito</strong> Santo para a futura<br />

Vila da Victoria. Sabe-se ape<strong>nas</strong> que em 1551 os colonos já se encontravam estabeleci<strong>do</strong>s na<br />

proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Duarte <strong>de</strong> Lemos, futuramente chamada <strong>de</strong> Vila da Victória. Ver: DERENZI, Luiz<br />

Serafim. Biografia <strong>de</strong> uma ilha. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Pongetti, 1965, p. 33.<br />

117 DERENZI, 1965, p.35.

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