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trabalho escravo nas Freguesias do Espírito - Programa de Pós ...

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RESUMO<br />

A presente dissertação, De porta a<strong>de</strong>ntro a porta afora: <strong>trabalho</strong> <strong>escravo</strong> <strong>nas</strong><br />

freguesias <strong>do</strong> <strong>Espírito</strong> Santo (1850-1871), possui o objetivo <strong>de</strong> apresentar os<br />

principais aspectos <strong>do</strong> <strong>trabalho</strong> realiza<strong>do</strong> por <strong>escravo</strong>s em freguesias <strong>do</strong> <strong>Espírito</strong><br />

Santo, em especial Vitória, Capital da Província, e vilas vizinhas, no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1850<br />

a 1871. Os principais grupos <strong>de</strong> fontes analisa<strong>do</strong>s foram os autos criminais da<br />

Comarca <strong>de</strong> Vitória (divisão judiciária da Província) e os periódicos jornalísticos<br />

Correio da Victoria, Jornal da Victoria e o <strong>Espírito</strong>-Santense. Analisou-se, também, o<br />

1º Livro <strong>de</strong> classificação <strong>de</strong> <strong>escravo</strong>s para serem libertos <strong>do</strong> município <strong>de</strong> Vitória e<br />

os ofícios envia<strong>do</strong>s por autorida<strong>de</strong>s públicas à Câmara Municipal <strong>de</strong> Vitória. Por<br />

meio <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong>sses <strong>do</strong>cumentos, verificou-se, primeiramente, que as escravarias<br />

locais eram, em sua maioria, peque<strong>nas</strong> e médias, formadas por um número<br />

equilibra<strong>do</strong> <strong>de</strong> homens e mulheres e uma significativa quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> crianças. Esses<br />

aspectos levaram à constatação da importância fundamental <strong>do</strong> arranjo familiar na<br />

formação e ampliação das escravarias localizadas no município <strong>de</strong> Vitória e<br />

vizinhanças. Essa conformação <strong>do</strong>s plantéis <strong>de</strong> cativos possibilitou, também,<br />

verificar que o <strong>trabalho</strong> <strong>escravo</strong> <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> nessa região contava com a intensa<br />

participação das mulheres e <strong>de</strong> crianças em to<strong>do</strong>s os tipos <strong>de</strong> ocupações. O<br />

cotidiano <strong>de</strong> <strong>trabalho</strong> <strong>de</strong>sses cativos revelou, inclusive, que eles <strong>de</strong>senvolviam<br />

quase indistintamente tarefas tipicamente rurais e urba<strong>nas</strong>, apontan<strong>do</strong> para certa<br />

ausência <strong>de</strong> diferenciação ou especialização entre os cativos ou seu emprego<br />

exclusivo nessas modalida<strong>de</strong>s. Finalmente, percebemos com esta dissertação, que<br />

a modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>trabalho</strong> <strong>do</strong> <strong>escravo</strong> jamais impediu a viva sociabilida<strong>de</strong> entre os<br />

cativos e outros estratos sociais, marcada por larga mobilida<strong>de</strong> espacial e laços que<br />

ultrapassavam frequentemente os limites <strong>do</strong> cativeiro.<br />

Palavras-chave: Escravidão, Trabalho <strong>escravo</strong>, Família escrava, <strong>Espírito</strong> Santo.<br />

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