14.04.2013 Views

amálgama de mitos - Facom - Universidade Federal da Bahia

amálgama de mitos - Facom - Universidade Federal da Bahia

amálgama de mitos - Facom - Universidade Federal da Bahia

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Junguiana, ou, Psicologia Transpessoal. Por essa incursão oriental <strong>de</strong> Jung, nasceram os<br />

conceitos <strong>de</strong> arquétipo e símbolo, absolutamente eficazes para se tentar compreen<strong>de</strong>r a<br />

função psicossocial <strong>da</strong>s narrativas míticas e os seus processos <strong>de</strong> contínua reatualização<br />

através dos tempos históricos.<br />

Para Jung, o arquétipo seria:<br />

OIÁ<br />

BETHÂNIA: <strong>amálgama</strong> <strong>de</strong> <strong>mitos</strong><br />

“disposições inerentes à estrutura do sistema nervoso que conduziriam a<br />

produção <strong>de</strong> representações sempre análogas ou similares. Do mesmo modo<br />

que existem pulsões her<strong>da</strong><strong>da</strong>s para agir <strong>de</strong> modo sempre idêntico (instintos),<br />

existiriam tendências her<strong>da</strong><strong>da</strong>s para construir representações análogas ou<br />

semelhantes” 4<br />

É justamente a noção <strong>de</strong> arquétipo nos mol<strong>de</strong>s junguianos, que afirmam a existência <strong>de</strong><br />

uma base psíquica comum a todos os seres humanos (inconsciente coletivo), que<br />

explicaria porque em lugares, épocas distantes e diferentes aparecem contos <strong>de</strong> fa<strong>da</strong>s,<br />

<strong>mitos</strong>, rituais dogmáticos <strong>de</strong> religiões, estilos artísticos, conclusões filosóficas – as<br />

chama<strong>da</strong>s produções do inconsciente – com temas idênticos, ou às vezes muito<br />

similares, como é o caso do dilúvio bíblico que se assemelha a outras histórias <strong>de</strong><br />

inun<strong>da</strong>ções recorrentes em algumas literaturas míticas espalha<strong>da</strong>s pelo mundo.<br />

Além dos arquétipos, os <strong>mitos</strong> possuem em sua constituição narrativa, elementos<br />

muito mais complexos e <strong>de</strong> difícil leitura racional: os símbolos. Segundo a leitura<br />

conceitual <strong>de</strong> Jung, “um símbolo não traz explicações; impulsiona para além <strong>de</strong> si<br />

mesmo na direção <strong>de</strong> um sentido ain<strong>da</strong> distante, inapreensível, obscuramente<br />

pressentido e que nenhuma palavra <strong>da</strong> língua fala<strong>da</strong> po<strong>de</strong>ria exprimir <strong>de</strong> maneira<br />

satisfatória”. 5 Os símbolos estão ligados às áreas mentais do humano que não po<strong>de</strong>m ser<br />

racionaliza<strong>da</strong>s <strong>de</strong>ntro dos mol<strong>de</strong>s científicos (ain<strong>da</strong>) atuais. Eles se expressam<br />

significativamente sem ser explicativos, seriam atos ou marcas no inconsciente humano<br />

4 SILVEIRA, op.cit., p. 68.<br />

Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.<br />

14

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!