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A juíza pediu para o rapaz se aproximar, mas uma<br />
reação avarenta partiu da advogada, que lhe segurou e disse<br />
que não havia obrigação dele fazer tal ato. De qualquer<br />
forma, Francisco o fez e aproximando-se da Excelentíssima<br />
ouviu apenas uma indagação de porque. Ela insistiu que o<br />
jovem não tinha culpa direta, mas o corpo do júri, todo formado<br />
por homens, se reuniu para a decisão.<br />
Tempos depois, todos voltaram à sala. A advogada<br />
soltava doces palavras no ouvido do agora preocupado<br />
carpinteiro Francisco, o júri deu a ordem e a juíza seria a<br />
porta-voz do resultado. Em frases curtas, ela revelou o desejo<br />
dele (júri): Francisco não poderia mais viver. Deveria ser<br />
encaminhado a última instância, ou seja, nada menos que a<br />
pena de morte, devido aos não apenas cinco, mas agora oito<br />
vítimas que já se tinha conhecimento.<br />
Com seus poderes e outros interesses, a juíza então<br />
declarou que Francisco, tendo culpa direta ou não, iria cumprir<br />
prisão perpétua por cometer o crime de ser irresistível e<br />
incapaz de viver numa sociedade com outras mulheres.<br />
Não havia como recorrer mas a advogada nunca<br />
desistiu.<br />
Duas semanas depois, estava escuro na cela de<br />
Francisco. Era madrugada e ele dormia. Ouviu-se uma voz.<br />
Era a juíza.<br />
f.<br />
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