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Pornessência - Rodrigo Adamski

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A juíza pediu para o rapaz se aproximar, mas uma<br />

reação avarenta partiu da advogada, que lhe segurou e disse<br />

que não havia obrigação dele fazer tal ato. De qualquer<br />

forma, Francisco o fez e aproximando-se da Excelentíssima<br />

ouviu apenas uma indagação de porque. Ela insistiu que o<br />

jovem não tinha culpa direta, mas o corpo do júri, todo formado<br />

por homens, se reuniu para a decisão.<br />

Tempos depois, todos voltaram à sala. A advogada<br />

soltava doces palavras no ouvido do agora preocupado<br />

carpinteiro Francisco, o júri deu a ordem e a juíza seria a<br />

porta-voz do resultado. Em frases curtas, ela revelou o desejo<br />

dele (júri): Francisco não poderia mais viver. Deveria ser<br />

encaminhado a última instância, ou seja, nada menos que a<br />

pena de morte, devido aos não apenas cinco, mas agora oito<br />

vítimas que já se tinha conhecimento.<br />

Com seus poderes e outros interesses, a juíza então<br />

declarou que Francisco, tendo culpa direta ou não, iria cumprir<br />

prisão perpétua por cometer o crime de ser irresistível e<br />

incapaz de viver numa sociedade com outras mulheres.<br />

Não havia como recorrer mas a advogada nunca<br />

desistiu.<br />

Duas semanas depois, estava escuro na cela de<br />

Francisco. Era madrugada e ele dormia. Ouviu-se uma voz.<br />

Era a juíza.<br />

f.<br />

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