You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Pornescência<br />
Aos quinze anos pecou. Assim pensara o pobre e<br />
inocente menino, que ainda todas as manhãs de domingo<br />
freqüentava a igreja. Era noite de verão, papai e mamãe<br />
dormiam em um quarto da casa da vovó e ele na sala. A casa<br />
era pequena e sua priminha o fez companhia. Enquanto ele<br />
dormia no chão, ela dormia no sofá. “Ai, ai que calor”, suspirou<br />
Aninha ao seu lado. Gentil e educado, prontificou-se<br />
em abrir a janela. Ao virar-se, sentiu a silhueta dos seios de<br />
sua prima tocar seu rosto. Pensou ter se descuidado e não<br />
ter visto ela. Pediu desculpas e Aninha não deu bola. Na<br />
cabeça de Chiquinho, mesmo com um corpo bastante avantajado<br />
para um menino de sua idade, até então só passavam<br />
jogos, desenhos, rock n’ roll e até mesmo algumas meninas<br />
que ele vira em revistinhas de seus amigos. De repente, ele<br />
sente alguma coisa procurar seu corpo. Percebe a mão de<br />
Aninha, e o seu rosto observando-o. Chiquinho, nervoso,<br />
não sabia o que dizer mas sentia um calor subir-lhe. “Você é<br />
tão baby, priminho”, disparou ela. Quase totalmente paralisado,<br />
o máximo que ele consegue responder é um: “É?!”<br />
Logo Aninha estava em seus braços. Um beijo atiça<br />
o tesão do menino que parece acordar, com uma mão, acaricía<br />
a nuca dela, forte, cada dedo massageia o inicio de suas<br />
costas e começa a puxar levemente os cabelos. Ela morde<br />
sua orelha e desce o pescoço, lambe embaixo do queixo. Ele<br />
geme no ouvido dela. Não entende. Pode ser sonho. Percebe<br />
que não e suspira com voz grave: “me ensina tudo?”<br />
7