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título do trabalho completo: letra maiúscula, negrito ... - X CELSUL

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Anais <strong>do</strong> X Encontro <strong>do</strong> <strong>CELSUL</strong> – Círculo de Estu<strong>do</strong>s Linguísticos <strong>do</strong> Sul<br />

UNIOESTE - Universidade Estadual <strong>do</strong> Oeste <strong>do</strong> Paraná<br />

Cascavel-PR | 24 a 26 de outubro de 2012 | ISSN 2178-7751<br />

estadunidenses por meio da análise acústica da duração de VOT (Voice Onset Time), que<br />

consiste no intervalo existente entre a soltura <strong>do</strong>s articula<strong>do</strong>res na consoante oclusiva e o<br />

início <strong>do</strong> vozeamento <strong>do</strong> segmento seguinte.<br />

A escolha por analisar o da<strong>do</strong> fonético por meio da mensuração <strong>do</strong>s índices de VOT<br />

pressupõe uma perspectiva dinâmica de aquisição de língua estrangeira. Em outras palavras,<br />

buscou-se olhar para os fenômenos de aspiração e sonorização das oclusivas em termos de<br />

gradiência, ao invés de tratá-los relativamente a sua ausência ou presença nos sistemas<br />

fonético-fonológicos. O que passa a ter centralidade aqui é o que aproxima a produção <strong>do</strong><br />

aprendiz da produção <strong>do</strong> nativo, ou seja, parte-se da hipótese de que os aprendizes realizam a<br />

aspiração, porém mais brevemente que os nativos. Não se trata, portanto, de conceber que os<br />

aprendizes devam aprender a produzir um aspecto sonoro novo, mas de fazê-los produzir tal<br />

aspecto com maior duração.<br />

2 Hipótese e objetivos<br />

Sabe-se que, em início de sílaba tônica, as consoantes oclusivas surdas <strong>do</strong> inglês, a<br />

saber: [p], [t] e [k], apresentam um ruí<strong>do</strong> aspira<strong>do</strong> de duração considerável após a soltura <strong>do</strong>s<br />

articula<strong>do</strong>res, exceto quan<strong>do</strong> precedidas de [s] na mesma sílaba.<br />

É sabi<strong>do</strong> ainda que tal fenômeno aparentemente não ocorre no PB, ou pelo menos, não<br />

nos mesmos níveis encontra<strong>do</strong>s na língua inglesa. Dessa forma, é espera<strong>do</strong> que falantes de PB<br />

aprendizes de inglês apresentem certa dificuldade na realização de segmentos aspira<strong>do</strong>s e que,<br />

portanto, através de uma análise acústica, ostentem índices de VOT consideravelmente mais<br />

baixos na L2 <strong>do</strong> que aqueles apresenta<strong>do</strong>s por falantes nativos.<br />

Além disso, as consoantes oclusivas sonoras <strong>do</strong> inglês caracterizam-se por um baixo<br />

índice de sonoridade quan<strong>do</strong> comparadas àquelas presentes no PB. Espera-se, dessa forma,<br />

que os aprendizes brasileiros apresentem índices mais altos de sonoridade na produção da L2,<br />

o que deverá ser comprova<strong>do</strong> por uma análise acústica que venha a medir os valores de VOT<br />

exibi<strong>do</strong>s por falantes nativos e aprendizes.<br />

A partir da análise acústica da produção de aprendizes brasileiros de língua inglesa e<br />

falantes nativos de inglês americano, será possível traçar uma comparação mais acurada entre<br />

L2 e língua-alvo, uma vez que os da<strong>do</strong>s terão si<strong>do</strong> coleta<strong>do</strong>s sob as mesmas condições.<br />

Assim sen<strong>do</strong>, este <strong>trabalho</strong> visa verificar como as consoantes oclusivas são realizadas por<br />

aprendizes brasileiros de inglês e seus falantes nativos, especialmente com relação à duração<br />

de VOT. Além disso, objetiva-se comparar a produção nos <strong>do</strong>is grupos e identificar o quanto<br />

falta para que se equiparem.<br />

3 Caracterização das consoantes oclusivas<br />

As consoantes oclusivas, também chamadas plosivas, têm como característica<br />

primordial um bloqueio momentâneo total <strong>do</strong> trato vocal, ou seja, uma oclusão articulatória<br />

em algum ponto <strong>do</strong> trato. Na língua inglesa, bem como no português, tal oclusão localiza-se<br />

essencialmente nos pontos bilabial, alveolar e velar. Embora a língua inglesa conte ainda com<br />

a oclusiva glotal [ʔ], sua realização se dá em contextos muito específicos. Ela aparece, por<br />

exemplo, na expressão de negação normalmente transcrita ortograficamente como uh-uh e<br />

foneticamente transcrita como [ʔʌʔʌ]. Surge ainda como alofone <strong>do</strong> [t] em palavras como<br />

beaten, kitten e fatten, ou diante de oclusivas surdas em palavras como rap, rat e rack<br />

(LADEFOGED, 2001). Por essa razão, tomamos a decisão de não contemplar a oclusiva<br />

glotal nesta pesquisa.<br />

2

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