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título do trabalho completo: letra maiúscula, negrito ... - X CELSUL

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Anais <strong>do</strong> X Encontro <strong>do</strong> <strong>CELSUL</strong> – Círculo de Estu<strong>do</strong>s Linguísticos <strong>do</strong> Sul<br />

UNIOESTE - Universidade Estadual <strong>do</strong> Oeste <strong>do</strong> Paraná<br />

Cascavel-PR | 24 a 26 de outubro de 2012 | ISSN 2178-7751<br />

Portanto, a despeito da classificação <strong>do</strong> PB como uma língua desprovida de aspiração,<br />

é possível observar que os aprendizes brasileiros estão certamente aspiran<strong>do</strong> as consoantes<br />

oclusivas surdas quan<strong>do</strong> da sua produção em língua inglesa. Isso pode ser interpreta<strong>do</strong> como<br />

um esforço em direção ao refinamento da pronúncia <strong>do</strong>s aprendizes brasileiros visan<strong>do</strong> a<br />

adequá-la às características <strong>do</strong> sistema fonético-fonológico da L2.<br />

O passo seguinte é observar como se dá a produção das oclusivas sonoras para os <strong>do</strong>is<br />

grupos. Como anteriormente menciona<strong>do</strong>, a língua inglesa caracteriza-se por possuir um VOT<br />

entre -20 ms até +20 ms, o que coincide com as taxas de vozeamento. Valores negativos<br />

ocorrem quan<strong>do</strong> o vozeamento precede o burst em alguns milissegun<strong>do</strong>s (KENT &READ,<br />

1992).<br />

Em uma análise acústica, a duração <strong>do</strong> VOT será calculada, portanto, com base na<br />

observação da presença da barra de sonoridade no espectrograma. Quanto menores os valores<br />

absolutos de VOT, maior é a sonoridade da consoante, uma vez que ela é medida<br />

acusticamente <strong>do</strong> burst para trás.<br />

O primeiro <strong>do</strong>s informantes nativos (N1) causou certa surpresa, pois em boa parte de<br />

seus da<strong>do</strong>s observaram-se valores negativos bem abaixo <strong>do</strong>s -20 ms (Figura 3), o que<br />

aproximaria sua produção daquela apresentada pelos aprendizes brasileiros. Entretanto, é<br />

preciso notar que, em várias ocasiões, o VOT possuía valor zero, o que não ocorreu no grupo<br />

<strong>do</strong>s aprendizes.<br />

FIGURA 3: Oscilograma e espectrograma da segunda repetição da palavra deed pelo<br />

informante estadunidense N1. Entre as linhas pontilhadas, destaca-se a presença da<br />

barra de sonoridade no espaço imediatamente anterior ao burst da consoante inicial [d].<br />

A Figura 3 mostra o oscilograma e espectrograma da segunda repetição da palavra<br />

deed pelo primeiro informante estadunidense. A barra de sonoridade corresponde ao sinal<br />

cinza escuro na parte inferior da janela espectrográfica entre as linhas pontilhadas. É possível<br />

notar que o informante N1 apresentou vozeamento durante toda a oclusão, inclusive no<br />

momento imediatamente anterior à soltura, o que caracteriza um VOT de -108 ms. Esse valor<br />

não é normalmente descrito pela literatura como típico para falantes nativos, mas pode se<br />

dever ao fato de que a consoante oclusiva alveolar está entre <strong>do</strong>is sons vozea<strong>do</strong>s. Ressalta-se,<br />

porém, que apesar de os aprendizes apresentarem índices de VOT muito semelhantes a este, a<br />

diferença fica por conta de que o informante N1 também possui certo número de da<strong>do</strong>s cujo<br />

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