Livro em PDF - Racionalismo Cristão

Assim sendo, eu concito-vos a que procureis de agora para frente proceder sempre
de maneira a que não mereçais admoestações, nem corrigendas, que não nos façam estar
sempre a chamar-vos ao cumprimento do vosso dever.
Tomai, portanto, muito cuidado e procurai compreender melhor a Doutrina, porque
ela, de fato, merece melhor compreensão.
Bem sabemos que na Terra tudo é perturbação, mas o que não deveis ser é levianos
e fracos, pois, sendo-o, ides de encontro aos princípios explanados pela Doutrina, deixais
de cumprir vossos deveres. Tomai mais sentido, tendo mais tento naquilo que fazeis,
procurai ser mais comedidos em tudo, até no comer e no beber.
Sabeis perfeitamente que o uso do álcool, fora da nossa terapêutica, é
expressamente proibido por nós, e, no entanto, alguns de vós esquecem-se disso, bem como
de que também não devem fumar e exercer outros vícios.
Tendes livre-arbítrio, mas, como me cabe a chefia espiritual da Doutrina, não posso
deixar passar o momento, que é oportuno, sem vos chamar a atenção, pois esses vícios são
prejudiciais, mas muito prejudiciais, não só às vossas almas, porque as perturbam, como
aos vossos corpos, porque os envenenam.
É preciso, portanto, que tenhais mais força de vontade na corrigenda dos vossos
vícios, pois, sabendo educar a vontade, tudo podeis conseguir para o bem da alma e do
corpo.
Muito cuidado, portanto, procurai de agora para frente ser um pouco mais
cautelosos e melhores cumpridores dos seus deveres.
Nós aqui estamos sempre prontos a satisfazer-vos os vossos desejos, quando são
elevados, quando dizem respeito à explanação da Doutrina, portanto, para que tudo se possa
fazer, precisais primeiramente corrigir-vos, educando as vossas almas, para que possais
receber, então, os muitos esclarecimentos que vos reservamos.
Por hoje basta, ficai com a minha irradiação de carinho e de grande desejo de vos
ver sempre elevados, e que ela exerça a influência que eu desejo em vossas almas, por
vezes fracas e volúveis.
Paulo Crato - 05/04/1930
Entre os espíritos kardecistas, o médium é como que uma criatura privilegiada. E
assim se deixam governar por ele, fazendo só aquilo que ele queira.
No Racionalismo Cristão, a mediunidade é compreendida por um prisma superior:
o médium não é uma criatura privilegiada, mas, sim, acessível como todos, a erros e faltas,
mais perseguido do que aqueles que o não são, já pela sua mediunidade desenvolvida, já
por ser o alvo das setas do astral inferior, que os ataca de preferência.
Assim sendo, deve o médium ter todo o apoio espiritual daqueles que seus
companheiros são, deve ter a irradiação de valor, garantia daqueles que formam as
correntes, para que ele possa cumprir o seu dever, pois não o poderá cumprir havendo a
irradiar sobre ele dúvidas, fraquezas e malquerenças.
A mediunidade é coisa muito séria; por vezes, seria preferível não desenvolvê-la a
tê-la desenvolvido e não cumprirem os deveres. Mas ninguém tem o direito de humilhar
médium algum, nem tampouco censurar aquilo que ele produz; cada um dá o que tem. E se
perfeições houvessem na Terra, este mundo não seria um alambique depurador, porque
então não existiria mais necessidade de depuração; se aqui se encontram, é porque todos