Livro em PDF - Racionalismo Cristão

É progressiva a atividade no Universo. Constante a rotação dos mundos que rolam
no Espaço, todos obedecendo à mesma sabedoria, às leis da criação e evolução; evoluem
os atrasados e se formam outros para os substituir pela ordem da sucessão.
Nesse afã contínuo, pois, encontra-se sempre a Força a incitar, a movimentar, a
criar, a produzir; enfim, em tudo existe a Força Inteligente, e a sua ação é sentida por
aqueles que queiram raciocinar e ver um pouco mais além daquilo que apalpam e cheiram.
A atividade, portanto, que se observa em todo o Universo é feita pela Força, o
primeiro elemento componente, que tudo promove, que tudo incita, que tudo movimenta,
que não se faz sentir somente na emanação dos corpos materiais em evolução neste
Planeta, mas sim em tudo que existe no Universo.
Estudai-a, portanto, em todo o seu desenvolvimento, examinando todas as suas
parcelas, procurando, enfim, conhecê-la a fundo, e dareis um grande passo na vossa
instrução espiritual. Os complicados teoremas, os graves problemas da vida espiritual, não
se resolvem com tanta facilidade como julgais.
A manifestação da Força fora da matéria, que observais constantemente nas nossas
sessões, não é o bastante para completar a vossa instrução espiritual, precisais estudar não
só todos os fenômenos da vida como as vossas próprias pessoas, para que possais então
encontrar o X de todos os problemas, resolver as hipóteses e todos os teoremas.
Monsenhor Moreira - 31/05/1930
Como sempre, é preciso de vez em quando estar a recomendar àqueles que tomam
conta da nossa grande assistência o máximo cuidado, a máxima tolerância, mas a máxima
energia; dizendo energia, já sabem perfeitamente como se a deve empregar.
É preciso que aqueles que estão encarregados de tomar conta do lado das senhoras,
prestem muita atenção e, sobretudo, previnam a essas que procurem cumprir aquilo que o
Regulamento referente às mães lhes ensina, porque as nossas sessões têm sido perturbadas
por falta de execução desse Regulamento.
Uma vez limpas as crianças, bem alimentadas e educadas, não podem, em absoluto,
a não ser que estejam gravemente enfermas, perturbar a ordem e o silêncio como têm feito
ultimamente.
Aquelas que são antigas aqui não merecem tolerância; e as que são novas é preciso
instruí-las. Quando estivermos em doutrinação, assim que começarem a chorar, é
conveniente mandá-las imediatamente lá para dentro, a fim de evitar que aqueles que vêm
aqui com interesse, não ouçam, e percam, por vezes, o fim daquilo que precisam ouvir.
É preciso que as mães deixem de ser bisonhas para ser umas mulheres que
compreendam o seu dever e ponham em prática aquilo que constantemente ouvem, porque,
vir para aqui por hábito, trazer os filhos mal educados, mas assediados, sem o necessário
para eles, é uma grande indolência que nós não podemos consentir que continue. Ou
educam os filhos e a si próprias, ou então, seremos forçados a impedir-lhes que aqui
venham.
Nem sempre as crianças choram por má assistência, a maior parte das vezes o
fazem por lhes faltar o necessário; logo, é preciso que tenham mais cuidado e estejam mais
atentas ao que se passa do que com o sentido de sair mais depressa, ou então de dormir,
como acontece.