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Livro em PDF - Racionalismo Cristão

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Índice<br />

Luiz de Mattos - 01/02/1930.................................................................................................4<br />

Monsenhor Moreira - 01/02/1930........................................................................................4<br />

Roosevelt - 01/02/1930 ..........................................................................................................4<br />

Luiz de Mattos - 08/02/1930.................................................................................................7<br />

Monsenhor Moreira - 08/02/1930........................................................................................8<br />

Luiz de Mattos - 08/03/1930.................................................................................................9<br />

Maria Thomazia - 29/03/1930............................................................................................10<br />

Monsenhor Moreira - 29/03/1930......................................................................................11<br />

Paulo Crato - 05/04/1930....................................................................................................12<br />

Monsenhor Moreira - 05/04/1930......................................................................................14<br />

Luiz de Mattos - 08/04/1930...............................................................................................15<br />

Luiz Alves Thomaz - 26/04/1930 .......................................................................................16<br />

Eunyce - 26/04/1930............................................................................................................17<br />

Luiz de Mattos - 03/05/1930...............................................................................................18<br />

Henrique de Castro - 03/05/1930.......................................................................................19<br />

Vasco da Gama - 03/05/1930..............................................................................................21<br />

Pitágoras - 31/05/1930 ........................................................................................................21<br />

Monsenhor Moreira - 31/05/1930......................................................................................22<br />

Luiz de Mattos - 31/05/1930...............................................................................................23<br />

Monsenhor Moreira - 07/06/1930......................................................................................24<br />

Luiz de Mattos - 07/06/1930...............................................................................................25<br />

Pitágoras - 07/06/1930 ........................................................................................................25<br />

Pinheiro Machado - 14/06/1930.........................................................................................27<br />

Monsenhor Moreira - 14/06/1930......................................................................................28<br />

Luiz de Mattos - 14/06/1930...............................................................................................28<br />

Luiz de Mattos - 12/07/1930...............................................................................................29<br />

Monsenhor Moreira - 12/07/1930......................................................................................32<br />

Monsenhor Moreira - 19/07/1930......................................................................................32<br />

Pedro Lessa - 19/07/1930....................................................................................................32<br />

Luiz de Mattos - 19/07/1930...............................................................................................33<br />

Manifestação do espírito de João Pessoa, <strong>em</strong> sessão pública de 28/07/1930 .................34<br />

Luiz de Mattos - 30/08/1930...............................................................................................38<br />

Paulo Barreto - 30/08/1930 ................................................................................................38<br />

Monsenhor Moreira - 06/09/1930......................................................................................39<br />

Luiz de Mattos - 06/09/1930...............................................................................................40<br />

Rio Branco - 06/09/1930 .....................................................................................................41<br />

Luiz de Mattos - 13/09/1930...............................................................................................42<br />

Monsenhor Moreira - 13/09/1930......................................................................................44<br />

Monsenhor Moreira - 20/09/1930......................................................................................44<br />

Monsenhor Moreira - 27/09/1930......................................................................................45<br />

Luiz de Mattos - 27/09/1930...............................................................................................45<br />

Paulo Crato - 11/10/1930....................................................................................................47<br />

Luiz de Mattos - 11/10/1930...............................................................................................47<br />

Pinheiro Machado - 11/10/1930.........................................................................................48<br />

Monsenhor Moreira - 18/10/1930......................................................................................48


Luiz de Mattos - 18/10/1930...............................................................................................49<br />

Pio X - 25/10/1930 ...............................................................................................................49<br />

Monsenhor Moreira - 25/10/1930......................................................................................50<br />

João Pessoa - 25/10/1930 ....................................................................................................50<br />

Monsenhor Moreira - 01/11/1930......................................................................................51<br />

Luiz de Mattos - 01/11/1930...............................................................................................51<br />

Monsenhor Moreira - 15/11/1930......................................................................................52<br />

Luiz de Mattos - 15/11/1930...............................................................................................53<br />

Luiz de Mattos - 22/11/1930...............................................................................................53<br />

Monsenhor Moreira - 06/12/1930......................................................................................54<br />

Monsenhor Moreira - 06/12/1930......................................................................................55<br />

Luiz de Mattos - 06/12/1930...............................................................................................55<br />

Monsenhor Moreira - 13/12/1930......................................................................................56<br />

Não identificado - 13/12/1930 ............................................................................................57<br />

Luiz de Mattos - 20/12/1930...............................................................................................58<br />

Paulo Crato - 20/12/1930....................................................................................................59<br />

Monsenhor Moreira - 20/12/1930......................................................................................60<br />

Monsenhor Moreira - 27/12/1930......................................................................................62<br />

Luiz de Mattos - 27/12/1930...............................................................................................62


Luiz de Mattos - 01/02/1930<br />

S<strong>em</strong>pre que causticava as almas com a palavra forte, chorava a minha alma, com o<br />

desejo de levantá-las.<br />

S<strong>em</strong>pre que vos pedia e l<strong>em</strong>brava para que estudass<strong>em</strong> a Doutrina e, assim, less<strong>em</strong><br />

as suas obras, era unicamente para que nunca lhe pudess<strong>em</strong> deturpar uma palavra só que<br />

fosse.<br />

A Doutrina, ou a nossa Doutrina, como queiram, não pode ser deturpada, n<strong>em</strong><br />

mesmo que sofram as criaturas moralmente.<br />

Tu, Antonio, não deixes passar absolutamente nada, no que diz respeito a Princípios<br />

e Regulamentos, exige obediência cega, pois o astral inferior a todos se apega para ver se tu<br />

cedes.<br />

Sabes perfeitamente, e eu tenho certeza disso: que onde não há ord<strong>em</strong>, entra a<br />

desord<strong>em</strong>; portanto a ti compete escutar palavra por palavra, mas ninguém t<strong>em</strong> o direito de<br />

deturpar a Doutrina.<br />

Ouvi-me b<strong>em</strong>, aquilo que aqui se pratica é coisa mais elevada do que vós todos<br />

pensais.<br />

Monsenhor Moreira - 01/02/1930<br />

Como s<strong>em</strong>pre, lições, e boas, recebeis, como s<strong>em</strong>pre, desejo que aproveiteis e que<br />

façais bom uso dessas mesmas lições.<br />

Continuai a procurar, pelo menos, chegar a uma pequena perfeição, visto perfeição<br />

completa não existir na Terra, porque se aqui vos encontrais é porque todos, mas todos, sois<br />

imperfeitos e viestes para vos aperfeiçoar.<br />

Essa perfeição é que nós quer<strong>em</strong>os, por isso procurai aperfeiçoar-vos, r<strong>em</strong>odelandovos<br />

nos vossos hábitos, nos vossos vícios para que possais produzir alguma coisa e dar por<br />

b<strong>em</strong> <strong>em</strong>pregado o t<strong>em</strong>po passado nesta Casa.<br />

Ficai com a minha irradiação, que ela vos possa fortificar, como s<strong>em</strong>pre, eis os<br />

meus desejos.<br />

Roosevelt - 01/02/1930<br />

Quando <strong>em</strong> cumprimento do nosso dever, examinamos os auras de cada um de vós,<br />

não podeis imaginar o que neles constatamos. Muitos d<strong>em</strong>onstram s<strong>em</strong>pre boa vontade,<br />

desejo de lutar, mas a maioria d<strong>em</strong>onstra também no seu aura a fraqueza, a dúvida e a<br />

vacilação. Aqui, v<strong>em</strong>os como que uma pedra <strong>em</strong>pedernida, que, apesar das lições tantas<br />

vezes repetidas, ainda não conseguimos d<strong>em</strong>oli-la, amolecê-la, torná-la maleável. Ali, outra<br />

menos <strong>em</strong>pedernida, mas ainda escrava do vício, e, portanto, necessitando de constante<br />

lapidação, a qual é feita por meio de admoestações severas, mas conselhos valiosos. Acolá,<br />

outra livre de vícios, mas ainda <strong>em</strong>pedernida pela indolência ou pela dúvida, porque todo o<br />

indolente duvida, não quer dar trabalho ao raciocínio e, s<strong>em</strong> este <strong>em</strong> ação, nada assimila<br />

com acerto. Além, outra cheia de vacilações, não sabendo qual o caminho a seguir, se deve<br />

dar ouvidos a este, ou àquele, ou trilhar pelo caminho que reputa verdadeiro; enfim, são tão<br />

variadas as figuras que apresentam os vossos auras ao examiná-los, que não pod<strong>em</strong>os


deixar de admoestar <strong>em</strong> tese, a fim de que a carapuça sirva a este ou àquele, e possam as<br />

vossas almas ir adquirindo, <strong>em</strong>bora mecanicamente, aquilo que mais necessitam, que é a<br />

força da vontade, e a ponham pouco a pouco <strong>em</strong> ação para o b<strong>em</strong> a fim de se corrigir<strong>em</strong>.<br />

É difícil, não há dúvida, esclarecer as almas, porque, <strong>em</strong>bora o esclarecimento seja<br />

fácil e acessível a todas, pela sua simplicidade, n<strong>em</strong> todas se acham preparadas para o<br />

receber, é preciso muita paciência, muito sofrimento para que elas acord<strong>em</strong>, e por vezes, até<br />

sacudi-las asperamente para reagir<strong>em</strong> contra a indolência que as domina.<br />

O nosso desejo é tão somente esclarecer-vos, preparar-vos para a luta, como<br />

soldados valentes e disciplinados. Não vos negamos alguma boa vontade, porque, se a não<br />

possuísseis, não vos quedaríeis aqui, mas o que vos falta, e muito, é força de vontade, a<br />

qual devia caracterizar todos os vossos atos, quer na vossa vida física, quer na espiritual.<br />

Tendes vontade, mas essa vontade é fraca; aquilo que dais ainda é muito pouco <strong>em</strong><br />

comparação àquilo que podíeis dar. Logo, amigos, não deveis estranhar que nós vos<br />

venhamos s<strong>em</strong>pre, s<strong>em</strong>pre admoestar; enquanto não vos virmos perfeitos e preparados para<br />

a luta, enquanto não estiverdes devidamente esclarecidos, tendo que nos ouvir, a fim de que<br />

possais adquirir alguma coisa, e, se assim não fosse, quantos de vós não vos desviaríeis do<br />

caminho do dever e vos quedaríeis no turbilhão do mundo, entregues ao astral inferior?<br />

T<strong>em</strong>os muito que fazer, não há dúvida, há muito assunto a tratar, mas, para<br />

podermos tratar de assuntos de importância, quais sejam os referentes à Doutrina, para seu<br />

desenvolvimento, é preciso que vós estejais preparados para nos compreender. Na Doutrina<br />

há muito ainda que explanar, há pontos que ela somente de leve toca e que por nós têm de<br />

ser desdobrados, mas internamente desdobrados. E como pod<strong>em</strong>os nós pregar tais lições, se<br />

aqueles que nos ouv<strong>em</strong> ainda não nos compreend<strong>em</strong>, visto não ter<strong>em</strong> conseguido a<br />

r<strong>em</strong>odelação dos seus usos e costumes, o alijamento dos vícios, e, sobretudo, a indolência<br />

que tanto <strong>em</strong>bota o raciocínio?<br />

Pouco a pouco ir<strong>em</strong>os produzindo aquilo que desejamos, tudo t<strong>em</strong> que vir a seu<br />

t<strong>em</strong>po, quer queiram, quer não; porém l<strong>em</strong>brai-vos de que, se cairdes, será muito difícil<br />

levantar-vos.<br />

Portanto, amigos, vamos, caminhai devagar, mas devagar para chegar longe, porque<br />

tudo que é feito com precipitação, nunca <strong>em</strong> absoluto chega ao ponto terminal.<br />

A propagação da Doutrina , faz-se cada vez mais notória, e mais ainda se fará por<br />

intermédio das nossas obras, e das nossas explanações; e, à medida que essa propaganda vai<br />

sendo feita, as almas se vão acostumando a ouvir-nos e, pouco a pouco, terão compreensão,<br />

entrar<strong>em</strong>os no terreno verdadeiro, científico, desdobrando minuciosamente todas as partes a<br />

que se refer<strong>em</strong> todas as histórias, todos os compêndios, que tão erroneamente por aí<br />

exist<strong>em</strong> a entorpecer a inteligência <strong>em</strong> vez de abri-la e esclarecê-la.<br />

Assim sendo, muito t<strong>em</strong>os que fazer, mas, para que o possamos fazer com casa<br />

sólida, compreensível a todos, é preciso que vós vos presteis com o vosso apoio, formando<br />

uma boa corrente, a fim de que nela nos possamos firmar e transmitir aquilo que quer<strong>em</strong>os.<br />

Os corpos sólidos no Planeta Terra, <strong>em</strong>bora aparent<strong>em</strong>ente desprovidos da vida<br />

inteligente, possu<strong>em</strong>, como já deveis saber, uma partícula <strong>em</strong> estado latente, a incitá-los e<br />

movimentá-los; não há dúvida que não podeis ver uma pedra mover-se, n<strong>em</strong> sentir a sua<br />

respiração, mas a podeis ver chorar e esse chorar é a seiva e, desde que a seiva existe, é<br />

porque ela possui vida; mas, se fordes afirmar a qualquer criatura que tenha um pouco de<br />

estudo e muito preconceito, que a pedra, o granito possu<strong>em</strong> uma partícula da Inteligência<br />

Universal e que, portanto, possu<strong>em</strong> vida, ouvireis, não há dúvida, uma resposta irrisória, e<br />

não chegareis a um acordo para explicar; essa vida não se deve confundir com a vida da


partícula já evoluída, como seja a dos animais e, mais ainda, a do hom<strong>em</strong>; no entanto, entre<br />

vós mesmos, há criaturas que ainda não compreend<strong>em</strong> a ação da Força parcelada pelos<br />

reinos da natureza.<br />

É preciso, portanto, que raciocinais e pondereis d<strong>em</strong>oradamente, a fim de que não<br />

façais com que sobre vós pair<strong>em</strong> dúvidas, pois, <strong>em</strong> absoluto, pod<strong>em</strong> existir.<br />

Quando nós afirmamos que do Grande Foco part<strong>em</strong> centelhas ou partículas de luz,<br />

que, espalhadas por todo o Universo, estão a incitar corpos, desde o pequeno grão de areia<br />

ao hom<strong>em</strong>, <strong>em</strong> tudo se notando a ação da Força, não deveis confundir as causas com os<br />

efeitos. Em tudo há uma partícula da Inteligência Universal, porém essa partícula está<br />

s<strong>em</strong>pre de acordo com o corpo que a reveste; assim é ela pesada, densa ou leve e diáfana,<br />

pois, à medida que evolui, se torna mais leve, mais pura e isto se dá também com o Planeta<br />

Terra.<br />

Não confundais aquilo que lerdes, que ouvirdes, e sim procurai s<strong>em</strong>pre raciocinar e<br />

muitíssimo, pois só por esse meio é que evitareis os erros de inteligência.<br />

Com respeito à água, já tendes dissertado, e com acerto, o afirmo: mas, como a<br />

muitos faz confusão o ela passar a corpo sólido, líquido e gasoso, <strong>em</strong> virtude de processos<br />

químicos, vimos dizer que esse princípio obedece às leis de química e nada, <strong>em</strong> absoluto,<br />

têm com a água no seu estado natural, como parte componente da Natureza e necessária à<br />

vida de tudo que existe no Planeta Terra.<br />

A Química é um compêndio que precisa ser seriamente estudado, porque é<br />

importante; <strong>em</strong> Química encontrareis fenômenos que despertarão a vossa atenção; nela tudo<br />

obedece ao calor e ao frio, e, assim, todos os processos, principiando pelo mercúrio, pelo<br />

óxido de zinco, de ferro, etc. : tudo obedece a essa mesma ação calorífica ou refrigeradora.<br />

Precisais, portanto, de muita calma e atenção para que vos possamos ir esclarecendo<br />

pouco a pouco. E já que tanto vos interessais por esta parte, ide estudando e dando opinião<br />

àquilo que estudais para que nós vos possamos elucidar pouco a pouco, mas de acordo com<br />

o vosso raciocínio, que deve estar s<strong>em</strong>pre <strong>em</strong> atividade e estudo, para que b<strong>em</strong> possais<br />

compreender e assimilar aquilo que vos queiramos, desde que possamos, explanar.<br />

Estudai, portanto, preparai-vos porque s<strong>em</strong> preparo nada conseguireis.<br />

À Doutrina cabe o papel importante de, não só revolucionar tudo que de errado<br />

existe, para que dessa revolução possa vir o acordar das almas e o seu esclarecimento, mas,<br />

sobretudo, expurgar de todos os compêndios, o que esteja errado, a fim de que todas as<br />

almas sigam pelo caminho racional e científico, pondo de lado o caminho cheio de mitos,<br />

de dogmas, de sobrenaturais, que só têm servido para atrofiar e retardar o progresso moral.<br />

Procurai tudo submeter aos vossos princípios, baseados nos dois el<strong>em</strong>entos<br />

componentes do Universo: Força e Matéria, porque, neles baseados, as conclusões vos<br />

virão s<strong>em</strong>pre certas.<br />

Dentro, portanto, desses dois el<strong>em</strong>entos, sua composição, seu desenvolvimento,<br />

tudo tendes que ver, estudar e resolver, para que não impere <strong>em</strong> absoluto, como t<strong>em</strong><br />

imperado até aqui, a dúvida, a vacilação e a sugestão.<br />

Muitas almas se deixam sugestionar por este ou aquele autor, por este ou aquele<br />

professor e, assim, <strong>em</strong> vez de desdobrar o seu raciocínio, pôr <strong>em</strong> ação a sua inteligência,<br />

limitam-se a repetir o que por vezes encerra grandes e pesadíssimos erros.<br />

Assim sendo, o papel do Racionalista <strong>Cristão</strong> é importantíssimo, enveredando por<br />

todos os ramos, quer <strong>em</strong> história, quer <strong>em</strong> ciência, quer <strong>em</strong> química, quer <strong>em</strong> geografia,<br />

para que tudo seja clareado, ao ponto que todos se convençam e se compenetr<strong>em</strong> de que no<br />

mundo apenas dois el<strong>em</strong>entos exist<strong>em</strong>: Força e Matéria, e que só baseados neles se deve


esolver, estudar e compreender tudo que nele se passa, tudo que nele existe; fora disso, é<br />

erro grave; todavia, deveis fazer justiça aos bons autores, aqueles que, sobretudo,<br />

procuraram ou procuram investigar, e que têm desejo de saber e ensinar.<br />

Raciocinai, portanto, estudai, procurai cumprir melhor os vossos deveres porque nós<br />

muito t<strong>em</strong>os a fazer e não pod<strong>em</strong>os estar perdendo t<strong>em</strong>po a chamar a vossa atenção,<br />

constant<strong>em</strong>ente, sobre este ou aquele ponto, sobre este ou aquele assunto, sobre esta ou<br />

aquela fraqueza, mas não o deixar<strong>em</strong>os de fazer, desde o momento <strong>em</strong> que o mereçais,<br />

porque deixar de fazê-lo seria faltar aos nossos deveres.<br />

Em primeiro lugar estão as vossas almas, o seu progresso, e não pod<strong>em</strong> progredir,<br />

s<strong>em</strong> se esclarecer, s<strong>em</strong> se dominar<strong>em</strong> no seu Eu físico, e depois, então, poderão entrar no<br />

terreno científico, para que possais dar largas às vossas almas e tudo possais compreender,<br />

mas, enquanto vos conservardes <strong>em</strong>pedernidos, é difícil penetrarmos nesse terreno<br />

explanativo.<br />

Luiz de Mattos - 08/02/1930<br />

A onda devastadora do astral inferior não se manifesta como muitos de vós julgais,<br />

mas sim lentamente, indiretamente, até atacar diretamente; razão por que deveis estar todos<br />

prevenidos e precavidos para que ela passe s<strong>em</strong> deixar vestígio, prejudicar e perturbar.<br />

A guerra do astral inferior à Doutrina é titânica e constante e, não podendo atingir<br />

diretamente este ou aquele instrumento, ataca-o indiretamente até conseguir o que deseja, o<br />

que, por vezes, não consegue <strong>em</strong> virtude de nossa intervenção. Tende cuidado, toda a<br />

cautela, para que não sejais vítimas da ação maléfica do astral inferior, pois só podeis ser<br />

vítimas se vos casardes com o seu fluido deletério, se derdes entrada ao mesmo, porque<br />

então a perturbação e o avassalamento serão um fato; no mais tudo se resolve, tudo há de<br />

caminhar como for possível; dentro dos Princípios, é trabalhar e lutar, não há que fugir,<br />

n<strong>em</strong> que t<strong>em</strong>er, eles são a vossa salvação quer na vida material, quer na Doutrina.<br />

Já vos t<strong>em</strong>os dito, e não poucas vezes, que o ser conforme é, assim terá; conforme<br />

pensar, assim atrairá. Se o ser cumpre o seu dever, está dentro das leis naturais, que tudo<br />

reg<strong>em</strong>, está s<strong>em</strong>pre b<strong>em</strong> assistido, será s<strong>em</strong>pre beneficiado; ao passo que aquele que não<br />

cumpre o seu dever, <strong>em</strong>bora o finja, que não t<strong>em</strong> convicção do dever cumprido, e, portanto,<br />

a tranqüilidade que esta convicção lhe dá, t<strong>em</strong> que sofrer as conseqüências dos atos<br />

desonestos, as quais serão funestas. N<strong>em</strong> pod<strong>em</strong> deixar de ser, pois já tendes visto muitas<br />

criaturas baquear na luta, desencarnando pr<strong>em</strong>aturamente, porque saíram do caminho da<br />

honra imposto pelo <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong>. Essas criaturas não desencarnariam<br />

pr<strong>em</strong>aturamente se tivess<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre <strong>em</strong> mente os nossos salutares conselhos e paternais<br />

admoestações. Mas, se desencarnam, é porque não têm o devido cuidado consigo, com os<br />

seus pensamentos, com o seu corpo; não põ<strong>em</strong> <strong>em</strong> prática, porque não quer<strong>em</strong>, aquilo que<br />

lhes l<strong>em</strong>bramos e aconselhamos.<br />

É preciso que não vos esqueçais que não basta vir constant<strong>em</strong>ente a estas sessões,<br />

mostrar desejo de trabalhar por esta Doutrina, e continuardes a praticar desatinos,<br />

leviandades, entregando-vos ao desânimo, deixando o corpo enfraquecer, arraigando a idéia<br />

de que nós tudo faz<strong>em</strong>os e que a nossa proteção basta para que as criaturas fiqu<strong>em</strong><br />

invulneráveis e não sofram <strong>em</strong> absoluto coisa alguma, pois é erro grave. Nós auxiliamos,


sim, beneficiamos todos aqueles que trabalham desinteressadamente pela Doutrina, mas<br />

não pod<strong>em</strong>os fazer impossíveis, e é impossível tudo que está fora das Leis Naturais.<br />

É preciso que a criatura a si própria imponha uma norma de conduta, tenha<br />

disciplina, saiba viver, e, sobretudo, se conduzir de maneira a que não venha a sofrer, quer<br />

física, quer moralmente, não se deixando desviar do caminho encetado, para mais tarde<br />

continuar no vício, no deboche, na vida libertina e animal que levava antes de se esclarecer;<br />

se depois de esclarecida volta a viver essa vida infeliz, prova não haver compreendido a<br />

Doutrina e seus princípios e que nada aprendeu durante o t<strong>em</strong>po que passou por esta Casa.<br />

Muitas falências t<strong>em</strong>os constatado, mas afirmamos-vos que só baqueiam,<br />

desencarnam pr<strong>em</strong>aturamente e vão à falência aqueles que, <strong>em</strong>bora se digam esclarecidos,<br />

não sab<strong>em</strong> aproveitar os esclarecimentos que receb<strong>em</strong>, pondo <strong>em</strong> prática aquilo que lhes<br />

diz<strong>em</strong>os, conduzindo-se pelo caminho fácil, reto e seguro ditado por nós. Facílimo,<br />

portanto, de ser seguido, s<strong>em</strong> prejuízo para a alma e muito menos para o corpo. Agora,<br />

querer milagres, isso é impossível, porque o milagre e o sobrenatural são produtos da<br />

ignorância humana e, assim sendo, os esclarecidos não pod<strong>em</strong> <strong>em</strong> absoluto estar atidos a<br />

eles. O Astral Superior não t<strong>em</strong> a possibilidade de vos vir arrancar àqueles que vós próprios<br />

atrais, pelos pensamentos de fraqueza e de dúvida, pois não falha a lei de atração.<br />

Não vos iludais, os fatos que observais são todos ex<strong>em</strong>plos vivos para neles vos<br />

mirardes, podendo assim vos precaver e conduzir como criaturas esclarecidas e cônscias<br />

dos seus deveres. Ponde <strong>em</strong> prática as nossas recomendações, porque elas são s<strong>em</strong>pre<br />

necessárias e nunca de mais.<br />

Cumpri, portanto, o vosso dever certos de que conforme fizerdes assim tereis.<br />

Não vos deveis preocupar <strong>em</strong> absoluto com comentários de qu<strong>em</strong> quer que seja,<br />

n<strong>em</strong> tampouco com aquilo que possa suceder a este ou aquele. Desde que vos conserveis no<br />

vosso posto cumprindo os vossos deveres, vendo somente aquilo que deveis ver, pouco vos<br />

importando com a vida da A ou de B e muito menos com aquilo que possam dizer de vós,<br />

estais dentro dos Princípios.<br />

Assim fazendo, sereis instrumentos do Astral Superior, mas, se vos desviardes, se<br />

vos indolentizardes, se vos entregardes à fraqueza, também o sereis do astral inferior, como<br />

as muitas criaturas que freqüentaram esta Casa, que nela trabalharam e que depois se<br />

deixaram desgarrar, unicamente, por não ter<strong>em</strong> cuidado e convicção plena do dever a<br />

cumprir.<br />

Monsenhor Moreira - 08/02/1930<br />

Em princípios de ord<strong>em</strong> e disciplina, toda a energia; do Regulamento não deveis<br />

sair uma só linha; s<strong>em</strong> disciplina, s<strong>em</strong> método e ord<strong>em</strong> nada se pode conseguir no Planeta<br />

Terra.<br />

Assim sendo, esta Doutrina obedece a Princípios e Regulamentos irrevogáveis, tudo<br />

t<strong>em</strong> que ser submetido ao Astral Superior, que a dirige e governa. Qu<strong>em</strong> não se quiser<br />

submeter a esse Regulamento e Disciplina que procure outro meio, mas não venha servir de<br />

<strong>em</strong>pecilho à marcha calma da Doutrina. Doutrina é Doutrina, não se deve misturar <strong>em</strong><br />

absoluto com as coisas da Terra, com os pequenos “nada”, com as misérias terrenas, porque<br />

ela deve estar s<strong>em</strong>pre acima de tudo isso.


Trabalhar, todos dev<strong>em</strong> trabalhar e muito; todos têm por dever lutar, mas o que nós<br />

não pod<strong>em</strong>os admitir, é que nas nossas Casas se humilhe e espezinhe qu<strong>em</strong> quer que seja.<br />

Todos são iguais, perante o cumprimento das obrigações – o dever; mas n<strong>em</strong> todos<br />

são iguais <strong>em</strong> espiritualidade, razão por que n<strong>em</strong> todos possu<strong>em</strong> a mesma assimilação<br />

espiritual, e, portanto, o mesmo desejo, a mesma aspiração de alma.<br />

A Doutrina t<strong>em</strong> Regulamentos, t<strong>em</strong> os seus Princípios, é dentro deles que se deve<br />

agir, pois a Doutrina não pode estar atida a este ou àquele capricho, seja de qu<strong>em</strong> for. Ela é<br />

independente, pertence ao Astral Superior, é ele qu<strong>em</strong> a dirige e governa; os instrumentos<br />

são apenas para a vida material, para a marcha material, mas esses, <strong>em</strong> absoluto, se pod<strong>em</strong><br />

antepor à marcha da Doutrina.<br />

Sabeis perfeitamente do que ela carece, do que ela necessita, deveis fazer o possível<br />

para que ela não sofra <strong>em</strong> absoluto necessidade material alguma, não seja atrofiada,<br />

impedida de caminhar na sua marcha larga, devastadora de trevas, mas esclarecedora de<br />

almas.<br />

Tudo deve ser feito com raciocínio, dentro dos moldes da razão e do bom senso,<br />

tendo cuidado para não se entregar<strong>em</strong> à expansão própria do seu Eu, satisfazendo apenas a<br />

sua vontade, porque isso é prejudicial.<br />

Na parte espiritual da Doutrina, ela caminha, conforme é preciso caminhar e nós<br />

nada t<strong>em</strong>os a dizer daquilo que se t<strong>em</strong> feito e do que se continua a fazer. Mas, na parte<br />

material da Doutrina, há muito a desejar, nós não nos envolv<strong>em</strong>os com esta parte; por ela<br />

responde qu<strong>em</strong> de direito, porém, quando pod<strong>em</strong>os, tudo procuramos fazer a fim de que ela<br />

não sofra e venha afetar a tranqüilidade, a calma que é preciso existir entre os nossos<br />

instrumentos; respeitamos o livre-arbítrio de todos, porque não pode deixar de ser por<br />

menos, pois cada um responde pelo que faz. Todavia, l<strong>em</strong>bramos que não confundais<br />

Doutrina com pessoas, Doutrina com caprichos; Doutrina é Doutrina, caprichos são<br />

caprichos e misérias são misérias.<br />

Portanto procurai cumprir o vosso dever, cada um de acordo com as suas posses,<br />

obedecendo cegamente à disciplina e regulamentos, pois, apoiados neles, tudo fareis para<br />

que a Doutrina caminhe e prossiga de acordo com a nossa vontade e com o nosso desejo,<br />

enfim.<br />

Ficai com a minha irradiação, que ela possa fortificar as vossas almas e abrir o<br />

vosso raciocínio, eis o que eu desejo.<br />

Luiz de Mattos - 08/03/1930<br />

No cumprimento do dever se dev<strong>em</strong> querer colocar todos, mas esse cumprimento do<br />

dever não consiste, como já vos t<strong>em</strong>os dito diversas vezes, na freqüência a esta Casa.<br />

Seria, por vezes, preferível que a ela viess<strong>em</strong> menos vezes, mas que soubess<strong>em</strong><br />

cumprir melhor os vossos deveres. Não há dúvida de que a vossa freqüência assídua é uma<br />

prova de que tendes boa vontade, desejo de r<strong>em</strong>odelar-vos; porém, da freqüência a esta<br />

Casa ao cumprimento do dever, há muita diferença, há muita distância.<br />

As nossas explanações, quaisquer que elas sejam, visam somente a um fim: o<br />

esclarecimento de todos aqueles que nos procuram, quer ignorantes, quer já meio<br />

esclarecidos; n<strong>em</strong> todas as nossas explanações calam fundo nas vossas almas; n<strong>em</strong> todos<br />

aproveitam como deviam aproveitar. No entanto, as lições são dadas, o t<strong>em</strong>po passa,


poucos são aqueles que se procuram regenerar, e melhor cumprir os seus deveres. Nós<br />

cumprimos s<strong>em</strong>pre os nossos, com paciência, estamos esperando que cumpram os vossos.<br />

Pregar <strong>em</strong> vão, nunca pregamos, porque se vós não aproveitais, outros aproveitarão.<br />

A humanidade t<strong>em</strong> que acordar pela dor. Isso o afirmamos constant<strong>em</strong>ente, vós<br />

próprios, por vezes, precisais dessa dor para reconhecerdes que tendes-vos conservado<br />

muito indolent<strong>em</strong>ente, deixando passar o t<strong>em</strong>po s<strong>em</strong> ligardes importância a sérios deveres.<br />

Tudo no Planeta Terra é efêmero, tudo é passageiro; no entanto essa ef<strong>em</strong>eridade<br />

deixa sinais indeléveis nos corpos astrais das almas daqueles que se vão deixando levar<br />

pelo descaso às coisas sérias da vida, que se entregam ao vício e à indolência espiritual.<br />

Sinais ou manchas esses que, para fazê-los desaparecer, é preciso depois um sacrifício<br />

inaudito, muito sofrimento.<br />

Todas as almas, quando ainda <strong>em</strong> estado de ignorância, têm desculpa. Mas, mesmo<br />

assim, elas só consegu<strong>em</strong> resgatar as suas faltas, por meio de uma vontade forte, de uma<br />

educação, <strong>em</strong>bora materializada, mas de severos princípios, pois muito concorr<strong>em</strong> para<br />

fazer com que as almas encarnadas, e já adultas, se saibam dominar no seu Eu, concorrendo<br />

por esse princípio educativo para a r<strong>em</strong>odelação de si próprias. R<strong>em</strong>odelação essa que será<br />

mais rápida e concreta, quando conhecer<strong>em</strong> os Princípios básicos da moral verdadeira,<br />

contidos no livro Espiritismo racional e científico cristão, e cotidianamente nesta Casa<br />

explanados.<br />

Tratai, portanto, de desanuviar o vosso aura, de limpar as vossas almas, procurando<br />

melhor cumprir os vossos deveres, tomando mais a sério aquilo que vos aconselhamos.<br />

Maria Thomazia - 29/03/1930<br />

Tudo passa, tudo se esquece, tudo, enfim, desaparece. Porém a alma é que nunca<br />

fenece, pois é Luz, e com ela vive também tudo que a ela se agrega: as boas ou más ações,<br />

os vícios ou as virtudes.<br />

Tudo desaparece, materialmente falando, mas espiritualmente tudo se torna <strong>em</strong><br />

relevo na alma, que é eterna. No entanto, quantos seres perambulam por este mundo de<br />

misérias aumentando os seus vícios, os seus erros, as suas maldades e os seus crimes, s<strong>em</strong><br />

se importar<strong>em</strong> com as suas almas? Mas, se aos ignorantes isso acontece, ainda têm<br />

desculpa, porque se mais não dão é porque para isso não foram preparados. Mas, quanto<br />

aos esclarecidos, esses não têm desculpa alguma, vê<strong>em</strong> e ouv<strong>em</strong> constant<strong>em</strong>ente as nossas<br />

admoestações e conselhos, folheiam as nossas obras, diz<strong>em</strong>-se muito cristãos e, no entanto,<br />

são-no somente na forma, quando são. Pois, cristãos, poucos, muito poucos o são, o que<br />

mais faz<strong>em</strong> é aumentar as suas dívidas <strong>em</strong> vez de diminuí-las.<br />

De que lhes vale vir a uma Casa como esta, onde se prega a Verdade nua e crua, se<br />

explana a Doutrina mais sã, mais pura que à Terra veio, se continuam a aninhar, <strong>em</strong> suas<br />

almas, a perversidade, a maldade, o egoísmo, o ódio, a inveja, enfim, todos esses vermes<br />

roedores que tanto prejudicam o progresso espiritual de todas as almas?... É mais do que<br />

t<strong>em</strong>po para acordar!<br />

Onde está a vossa força de vontade para a corrigenda dos vossos vícios? Onde está o<br />

vosso esclarecimento, enfim? Consiste ele porventura na vinda assiduamente a esta Casa e<br />

na freqüência, ainda por benevolência das Forças Superiores, às suas correntes? Consiste<br />

ainda o esclarecimento <strong>em</strong> dizer-se Racionalista e pregar muita moral e não praticar coisa


alguma? Consiste, ainda, o esclarecimento <strong>em</strong> apresentar constant<strong>em</strong>ente os seus pedidos<br />

de “conselhos” e <strong>em</strong> obedecer fielmente às determinações, isto, ainda, com intuito de<br />

assegurar a vida física por interesse puramente material, desprezando as religiosidades e os<br />

médicos? Não. Se isso tudo fazeis, é porque quereis passar por muito bom. Nós tudo v<strong>em</strong>os<br />

refletir nos vossos auras; as vossas almas deixam transparecer todas as suas misérias, todos<br />

os seus vícios, enfim.<br />

Progresso, verdadeiro progresso, muito pouco constatamos.<br />

Entre aqueles que me vão ouvir, eu não posso negar que exist<strong>em</strong> criaturas de muito<br />

boa vontade, que possu<strong>em</strong> de fato o desejo de fazer alguma coisa <strong>em</strong> prol das suas almas e<br />

que possu<strong>em</strong> interesse pela Doutrina, mas o Eu, os vícios, os caprichos, as vaidades, as<br />

pessoinhas, estas ainda continuam a imperar, abafando as qualidades da alma que todas<br />

possu<strong>em</strong>. Vão deixando transparecer somente os vícios do espírito, não só provenientes das<br />

encarnações anteriores, como ainda aumentados nesta, após mesmo o esclarecimento, e é<br />

isso que mais nos custa, é vermos que pouco, muito pouco, têm aproveitado com a<br />

passag<strong>em</strong> por esta Casa e com os esclarecimentos recebidos constant<strong>em</strong>ente. No entanto,<br />

era já mais do que t<strong>em</strong>po de <strong>em</strong>endar-vos, é mais do que t<strong>em</strong>po de, <strong>em</strong> vez de procurardes<br />

tratar do vosso Eu, entregando-vos somente à vossa matéria, aos vossos vícios, procurásseis<br />

instruir mais as vossas almas, procurásseis dominar mais o vosso Eu e assim cumprir<br />

melhor os vossos deveres.<br />

T<strong>em</strong>os muito que fazer, mas não pod<strong>em</strong>os deixar de vos vir falar para que possais<br />

ouvir a Verdade, e, assim, não vos iludirdes, julgando-vos já muito puros, muito<br />

esclarecidos, supondo não precisardes, <strong>em</strong> absoluto, de mais nada.<br />

Ainda estais <strong>em</strong> princípio, e muitos já se estão mostrando cansados. A indolência se<br />

apodera das almas, quando o momento é de lutas, e lutas não se faz<strong>em</strong> com indolências<br />

n<strong>em</strong> muito menos com subterfúgios. Todos são verdadeiramente esclarecidos e se o não são<br />

completamente é porque o não quer<strong>em</strong>. Logo, não têm desculpa, é mais um aviso que eu<br />

vos dirijo e para o qual l<strong>em</strong>bro que tenhais mais consideração do que tendes tido com os<br />

que já vos foram feitos.<br />

Raciocinai, amigos, deixai-vos de indolência e procurai ser mais enérgicos no<br />

pensar do que na língua. Deixai os erros, os defeitos dos vossos companheiros e tratai<br />

somente de vós próprios. Deixai as mazelas de terceiros e procurai ver as vossas, que por<br />

vezes são muito maiores do que aquelas que procurais pôr <strong>em</strong> relevo para abafar as vossas.<br />

Raciocinai, portanto, tende um pouco mais de cautela e procurai ser aquilo que a<br />

Doutrina quer que sejais e que não é tão difícil assim.<br />

Monsenhor Moreira - 29/03/1930<br />

Um pouco hoje, outro pouco amanhã, as vossas almas irão aproveitando alguma<br />

coisa; é s<strong>em</strong>pre a nossa esperança.<br />

Não nos sentimos felizes quando nestas sessões t<strong>em</strong>os que vos admoestar.<br />

Seria muito mais agradável dissertarmos sobre assuntos de importância,<br />

desdobrando ou desenvolvendo Princípios da nossa Doutrina, os quais ating<strong>em</strong> a todos os<br />

pontos, e para todos têm explicação; conforme a ocasião, assim nós desc<strong>em</strong>os até vós,<br />

observando e chamando a vossa atenção, ou dando as nossas lições.


Assim sendo, eu concito-vos a que procureis de agora para frente proceder s<strong>em</strong>pre<br />

de maneira a que não mereçais admoestações, n<strong>em</strong> corrigendas, que não nos façam estar<br />

s<strong>em</strong>pre a chamar-vos ao cumprimento do vosso dever.<br />

Tomai, portanto, muito cuidado e procurai compreender melhor a Doutrina, porque<br />

ela, de fato, merece melhor compreensão.<br />

B<strong>em</strong> sab<strong>em</strong>os que na Terra tudo é perturbação, mas o que não deveis ser é levianos<br />

e fracos, pois, sendo-o, ides de encontro aos princípios explanados pela Doutrina, deixais<br />

de cumprir vossos deveres. Tomai mais sentido, tendo mais tento naquilo que fazeis,<br />

procurai ser mais comedidos <strong>em</strong> tudo, até no comer e no beber.<br />

Sabeis perfeitamente que o uso do álcool, fora da nossa terapêutica, é<br />

expressamente proibido por nós, e, no entanto, alguns de vós esquec<strong>em</strong>-se disso, b<strong>em</strong> como<br />

de que também não dev<strong>em</strong> fumar e exercer outros vícios.<br />

Tendes livre-arbítrio, mas, como me cabe a chefia espiritual da Doutrina, não posso<br />

deixar passar o momento, que é oportuno, s<strong>em</strong> vos chamar a atenção, pois esses vícios são<br />

prejudiciais, mas muito prejudiciais, não só às vossas almas, porque as perturbam, como<br />

aos vossos corpos, porque os envenenam.<br />

É preciso, portanto, que tenhais mais força de vontade na corrigenda dos vossos<br />

vícios, pois, sabendo educar a vontade, tudo podeis conseguir para o b<strong>em</strong> da alma e do<br />

corpo.<br />

Muito cuidado, portanto, procurai de agora para frente ser um pouco mais<br />

cautelosos e melhores cumpridores dos seus deveres.<br />

Nós aqui estamos s<strong>em</strong>pre prontos a satisfazer-vos os vossos desejos, quando são<br />

elevados, quando diz<strong>em</strong> respeito à explanação da Doutrina, portanto, para que tudo se possa<br />

fazer, precisais primeiramente corrigir-vos, educando as vossas almas, para que possais<br />

receber, então, os muitos esclarecimentos que vos reservamos.<br />

Por hoje basta, ficai com a minha irradiação de carinho e de grande desejo de vos<br />

ver s<strong>em</strong>pre elevados, e que ela exerça a influência que eu desejo <strong>em</strong> vossas almas, por<br />

vezes fracas e volúveis.<br />

Paulo Crato - 05/04/1930<br />

Entre os espíritos kardecistas, o médium é como que uma criatura privilegiada. E<br />

assim se deixam governar por ele, fazendo só aquilo que ele queira.<br />

No <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong>, a mediunidade é compreendida por um prisma superior:<br />

o médium não é uma criatura privilegiada, mas, sim, acessível como todos, a erros e faltas,<br />

mais perseguido do que aqueles que o não são, já pela sua mediunidade desenvolvida, já<br />

por ser o alvo das setas do astral inferior, que os ataca de preferência.<br />

Assim sendo, deve o médium ter todo o apoio espiritual daqueles que seus<br />

companheiros são, deve ter a irradiação de valor, garantia daqueles que formam as<br />

correntes, para que ele possa cumprir o seu dever, pois não o poderá cumprir havendo a<br />

irradiar sobre ele dúvidas, fraquezas e malquerenças.<br />

A mediunidade é coisa muito séria; por vezes, seria preferível não desenvolvê-la a<br />

tê-la desenvolvido e não cumprir<strong>em</strong> os deveres. Mas ninguém t<strong>em</strong> o direito de humilhar<br />

médium algum, n<strong>em</strong> tampouco censurar aquilo que ele produz; cada um dá o que t<strong>em</strong>. E se<br />

perfeições houvess<strong>em</strong> na Terra, este mundo não seria um alambique depurador, porque<br />

então não existiria mais necessidade de depuração; se aqui se encontram, é porque todos


são criminosos e, assim sendo, cumpr<strong>em</strong> sentenças; e se todos aqui permanec<strong>em</strong> <strong>em</strong><br />

resgate de faltas, não se pod<strong>em</strong> rir uns dos outros, n<strong>em</strong> tampouco comentar e ridicularizar<br />

qu<strong>em</strong> quer que seja. Nós apenas exigimos dos nossos instrumentos a disciplina e<br />

obediência aos nossos Princípios, o mais eles dão aquilo que pod<strong>em</strong> dar e de acordo com<br />

as suas possibilidades.<br />

Entre os nossos médiuns não há nenhum privilegiado, n<strong>em</strong> nenhum superior ou<br />

inferior, há apenas a mediunidade mais desenvolvida ou menos desenvolvida, mas isso <strong>em</strong><br />

absoluto significa superioridade.<br />

Todos estão sujeitos a erros, não só provenientes da fraqueza da corrente que, por<br />

vezes, é b<strong>em</strong> fraca, como também do seu espírito que, estando perturbado, ou cansado, o<br />

corpo, não pode produzir com a clareza precisa, aquilo que é necessário. Mas, erram todos<br />

aqueles que, <strong>em</strong> vez de possuír<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre o desejo de satisfazer, auxiliar e elevar os seus<br />

companheiros, não o faz<strong>em</strong> com a devida sinceridade.<br />

As faltas cometidas por este ou aquele, não compete a ninguém comentá-las n<strong>em</strong><br />

pô-las a nu; somente o presidente poderá admoestar ou aconselhar aquele que por ventura<br />

faltou ao cumprimento do dever; mas, esse mesmo, o fará de maneira a que não ofenda e<br />

assim não venha a prejudicar ainda mais com a sua admoestação pouco raciocinada.<br />

É preciso, portanto, que todos se compenetr<strong>em</strong> de que aqui não impera, <strong>em</strong><br />

absoluto, a vontade de qu<strong>em</strong> quer que seja; a única vontade que persiste e preside <strong>em</strong> todos<br />

os nossos trabalhos e <strong>em</strong> todos os assuntos referentes à Doutrina é a nossa vontade, ela se<br />

faz sentir através das nossas comunicações, orais ou escritas, ela está s<strong>em</strong>pre <strong>em</strong> ação,<br />

bastando que aqueles a qu<strong>em</strong> compete ser nossos instrumentos, estejam s<strong>em</strong>pre alerta e<br />

procur<strong>em</strong> raciocinar. Muitas vezes as nossas ordens não vão de acordo com o pensar<br />

daqueles que as ped<strong>em</strong>; mas, por vezes, não se faz esperar por muito t<strong>em</strong>po para que eles<br />

sintam o efeito daquilo que nós diss<strong>em</strong>os.<br />

Logo, todos dev<strong>em</strong> raciocinar, e nunca, <strong>em</strong> absoluto, querer fazer obra sua, porque<br />

a obra é do Espaço e, sendo do Espaço, às Forças Superiores pertence e não aos<br />

encarnados. Não consentimos, tampouco, que se censure ou comente aquilo que se passa<br />

nestas ou noutras sessões; fora desta Casa não se deve falar <strong>em</strong> espiritismo, assim ordenam<br />

os nossos regulamentos e obras. Portanto, qu<strong>em</strong> não cumpre o que lá está, não cumpre o<br />

seu dever, pratica um crime, e está sujeito às conseqüências.<br />

Entre todos aqueles que trabalham nesta Casa, deve reinar a máxima harmonia e<br />

nunca os “disse que disse”, os melindres, ou maledicência; todos se dev<strong>em</strong> respeitar, falar<br />

apenas o preciso, educando s<strong>em</strong>pre a vontade para o b<strong>em</strong>, provando haver educação e<br />

compostura racionais.<br />

Todos dev<strong>em</strong> cuidar dos seus afazeres, viver nas suas casas, cuidar de si e não se<br />

importando, <strong>em</strong> absoluto, com a propalação da Doutrina, porque ela não precisa da vossa<br />

propaganda; mas, se quiserdes propagá-la, fazei-o com o vosso procedimento correto, boas<br />

ações, na prova da vossa conduta, e nunca no muito palavreado; pois só assim fazendo é<br />

que podeis ser dignos do respeito de todos, sendo propagadores dos belos princípios desta<br />

Doutrina.<br />

Não vos iludais, pois. Para que não haja desculpas, vindo a sofrerdes as<br />

conseqüências dos desmandos, é que nós constant<strong>em</strong>ente vos estamos chamando a atenção.<br />

Procurai todos cumprir os vossos deveres, quer médiuns, quer esteios e que possais<br />

lucrar alguma coisa, progredindo espiritualmente nesta encarnação, com mais vantag<strong>em</strong> do<br />

que tendes feito nas encarnações anteriores.


Monsenhor Moreira - 05/04/1930<br />

Os t<strong>em</strong>as são velhos, mas os decifradores são novos; e <strong>em</strong>bora velhos os t<strong>em</strong>as e<br />

novos os decifradores, poucos são aqueles que raciocinam e procuram decifrar, tomando<br />

para si a parte que lhes compete, e deixando a outra para aqueles a qu<strong>em</strong> lhes diz respeito.<br />

Todos se diz<strong>em</strong> muito bons, muito puros, mas nós de palavras e de pureza aparente<br />

não quer<strong>em</strong>os saber, quer<strong>em</strong>os obras e fatos.<br />

Os ataques à Doutrina recrudesc<strong>em</strong> dia a dia e têm de recrudescer, porque assim é<br />

necessário; quanto mais <strong>em</strong> evidência ela se tornar, mais atacada será; porém, mais<br />

satisfeitos nos sentir<strong>em</strong>os, porque, então, constatam que, de fato, ela exerce a influência e é<br />

o que nós desejamos. Mas, para enfrentar os ataques das criaturas despeitadas, vaidosas,<br />

prepotentes e tolas, é preciso que estejais calmos, que saibais raciocinar como esclarecidos,<br />

que saibais o que dizer, por que viveis, e o que fazeis com referência à Doutrina, para,<br />

quando interrogados, responder à altura dos vossos cargos, à altura dos vossos lugares, à<br />

altura, enfim, do praticante de uma Doutrina, que é a honradez personificada; e não pod<strong>em</strong><br />

falar de fronte erguida aqueles que têm faltas, que não têm qualidades, obras morais, valor,<br />

trabalho e sobretudo o espírito de justiça.<br />

Deveis fazer justiça ao vosso próprio inimigo, contra toda e qualquer calúnia e<br />

mentira atacada sobre vós. Deveis s<strong>em</strong>pre falar a verdade <strong>em</strong>bora <strong>em</strong> vosso desabono;<br />

como apóstolos da Verdade, deveis dizê-la s<strong>em</strong>pre, s<strong>em</strong>pre, mesmo que essa verdade vos<br />

vá ferir se praticastes faltas; se sois admoestados, o vosso dever é saber fazer justiça a vós<br />

próprios.<br />

Não é d<strong>em</strong>ais quando vos aconselhamos a que estudais, estudando-vos também a<br />

vós próprios, esclarecendo-vos e instruindo-vos cada vez mais, não só na leitura das nossas<br />

obras, como na de autores importantes, de algum valor. Essa instrução é-vos necessária,<br />

para que possais <strong>em</strong> todo e qualquer t<strong>em</strong>po, <strong>em</strong> toda e qualquer parte, saber o que dizeis e<br />

como deveis agir. É preciso que nunca caiais <strong>em</strong> contradição, porque é uma má<br />

recomendação, é uma prova de que não estais b<strong>em</strong> firmados na Doutrina, não conheceis<br />

b<strong>em</strong> os seus Princípios e, portanto, aqueles que vos ouv<strong>em</strong> e que já estão de prevenção,<br />

sagazes e fiéis instrumentos do astral inferior, vê<strong>em</strong> nas vossas dúvidas, nas vossas<br />

contradições, um pretexto para censura e uma prova para as suas maldades.<br />

Parti destes Princípios: a Doutrina é uma e única; os seus Princípios são únicos;<br />

para defendê-la é preciso basear-vos nos seus Princípios, dentro deles tudo podeis dizer,<br />

fora deles não caiais na tolice de dizer coisa alguma, porque errais, e errando, é certo que<br />

não podeis sair b<strong>em</strong>.<br />

Esclarecei-vos, portanto; as nossas obras aí estão, passam pelas vossas mãos muitas<br />

vezes, e, no entanto, o que elas encerram, poucos compreend<strong>em</strong>; não é preciso estardes<br />

com elas o dia inteiro nas mãos, a ler, a ler, folhear, folhear, mas s<strong>em</strong> compreender coisa<br />

alguma. Lede quando livres da vida material, procurando gravar b<strong>em</strong>, compreender<br />

melhor, discernir com acerto, pois assim é que é ler; agora, ler s<strong>em</strong> procurardes<br />

compreender o que estais lendo, repetir, por vezes, palavras que não compreendeis, não é<br />

ler, não é saber ler, n<strong>em</strong> tampouco saber raciocinar.<br />

Nós quer<strong>em</strong>os criaturas raciocinadoras, esclarecidas de fato; quer<strong>em</strong>os criaturas<br />

leais e sinceras, e só pod<strong>em</strong> ser leais e sinceros aqueles que compreend<strong>em</strong> e sab<strong>em</strong><br />

discernir com acerto os Princípios da Doutrina.


Procurai fazer o que vos digo, porque, então, ter<strong>em</strong>os apoio na Terra, fiéis<br />

instrumentos para dizer as verdades nuas e cruas, confundindo os pretensiosos e viciados.<br />

Luiz de Mattos - 08/04/1930<br />

Pelo médium Rosa Chiari (<strong>em</strong> Belo Horizonte, MG)<br />

No cumprimento sagrado do dever aqui estou entre vós, fazendo-vos sentir meu<br />

irradiar.<br />

Aqui estou para esclarecer-vos nos pontos da Doutrina que se refer<strong>em</strong> ao<br />

desenvolvimento da energia da vontade.<br />

Há um ditado que diz: “Querer é poder”; e vós já o tendes ouvido mais de uma vez<br />

nesta Casa de trabalho, dando-se o mesmo com os vossos companheiros <strong>em</strong> Doutrina <strong>em</strong><br />

todas as nossas Casas. Muito consegue a alma no desenvolvimento da energia da vontade;<br />

muito ela consegue quando sabe desenvolver, de fato, as faculdades da vontade para o<br />

b<strong>em</strong>, cumprindo os seus deveres. A energia desenvolvida, a verdadeira energia, que dev<strong>em</strong><br />

possuir os nossos instrumentos, praticando-a, não é aquela que possui o hom<strong>em</strong> ignorante,<br />

e sim a que nasce dos ex<strong>em</strong>plos de valor, honra e moral; é esta a energia nascida da natural<br />

autoridade que dá o dever cumprido, e que nós, a nossa Doutrina, vos ensinamos a possuir;<br />

porém, por vezes, esqueceis-vos dos vossos deveres, saindo da disciplina, método e<br />

regulamento nossos, n<strong>em</strong> cumpris o dever material n<strong>em</strong> espiritual.<br />

Não é, portanto, a energia de “franzir de olhos”, a brutalidade física, que se precisa<br />

nas Casas do Espiritismo Racional e Científico <strong>Cristão</strong>; essa traz a desarmonia e pode levar<br />

os seres a perigosa obsessão.<br />

Tende muito cuidado, não confundais energia com irritação; praticai sim, a<br />

energia que vos ordena o método, a compostura racional; não useis palavras que não<br />

compreendais; elas levantam a dúvida de todos, e a repugnância a muitos dos que vos<br />

ouv<strong>em</strong>. E isso d<strong>em</strong>onstra apenas que não compreendestes ainda a nossa Doutrina. Mostrais<br />

que não sois Racionalistas <strong>Cristão</strong>s; pois n<strong>em</strong> raciocinais, n<strong>em</strong> tendes moral elevada:<br />

Cristã. Estais fartos de saber que todos os excessos são prejudiciais, e revert<strong>em</strong>, única e<br />

exclusivamente <strong>em</strong> prejuízo daqueles que são recalcitrantes.<br />

Muito, mas mesmo muito, consegu<strong>em</strong> as almas pelos feitos que realizam na Terra<br />

<strong>em</strong> b<strong>em</strong> do Todo, quando são desprendidas; porém, muito mais conseguiriam os nossos<br />

instrumentos se seguiss<strong>em</strong> à risca o método e a disciplina desta bela Doutrina.<br />

Eu desejo-vos metódicos, calmos, disciplinados, não usando palavras confusas, não<br />

sendo déspotas <strong>em</strong> comando; mas, sim, coordenados, comedidos <strong>em</strong> modos, gestos, e<br />

palavras; altivos sim, mas brutos nunca.<br />

Não mandeis imperiosamente, e sim altruisticamente. Imitai as Forças Superiores;<br />

elas tudo sab<strong>em</strong>, tudo vê<strong>em</strong> e tudo pod<strong>em</strong>. Sede instrumentos nossos; portanto recebeis as<br />

nossas ordens, e os nossos esclarecimentos; deveis falar com delicadeza compatível ao<br />

grau de moral que cada um d<strong>em</strong>onstre possuir dentro da Doutrina.<br />

É essa a energia que recomendamos para com todos que à nossa Casa vêm; sejam<br />

brancos ou sejam pretos. Todos são irmãos <strong>em</strong> essência, só se dev<strong>em</strong> selecionar pela<br />

moral. Entretanto são muitos ainda os nossos instrumentos, principalmente, os auxiliares<br />

na Assistência a não compreender<strong>em</strong> o que seja energia espiritual. Ela faz parte da moral,


do dever cumprido, do mando s<strong>em</strong> império, do saber mandar, do saber obedecer, vivendo<br />

com saúde física e tranqüilidade espiritual.<br />

Não obstante a grande batalha já vencida, muitas há ainda por vencer; reclamamos<br />

precisamente energia espiritual; s<strong>em</strong> a brutalidade dos homens.<br />

Todos vós que aqui estais, e todos aqueles que aqui não estão, mas que desta<br />

tom<strong>em</strong> conhecimento, procurai modificar os vossos gestos, maneiras e hábitos, causa única<br />

dos vossos sofrimentos neste planeta de misérias, se não quiserdes ter um desgraçado fim<br />

na vida terrena, e uma continuação de torturas na vida eterna.<br />

Fugi do caminho envenenado, se de fato pretendeis a salvação e progresso das<br />

vossas almas já b<strong>em</strong> retardatárias!<br />

Que infelicidade quando se constata nada ter feito para o progresso da alma <strong>em</strong><br />

consecutivas vidas terrenas!<br />

Nas nossas Casas não há esposas, amigos e parentes, e sim Regulamentos e<br />

Princípios aos quais todos dev<strong>em</strong> obedecer, se é que desejam cumprir os deveres a que se<br />

comprometeram.<br />

Se quiserdes conseguir a salvação, ponde de parte a brutalidade <strong>em</strong> vossos gestos e<br />

maneiras, porque <strong>em</strong>panam o vosso íntimo. E só podereis dizer que a Doutrina é vossa,<br />

sabendo honrá-la e servi-la.<br />

Não abandoneis a luta; aquele que ainda não possui energia racional deve corrigirse<br />

das maneiras e hábitos defeituosos, mas desejando s<strong>em</strong>pre seguir na grande nau do<br />

progresso comum.<br />

S<strong>em</strong>pre que me for permitido aqui estarei com o chicote da verdade para vos<br />

acordar.<br />

Convido-vos agora, a elevar comigo o pensamento às Forças Superiores, e que<br />

procureis conhecer a lei da atração, o valor da irradiação, a suavidade de suas lindas, puras<br />

e simples palavras, que, na sua maviosidade, deixam transparecer valor e diplomacia a<br />

encaminhar-vos para uma vida de pureza.<br />

Luiz Alves Thomaz - 26/04/1930<br />

Não tenho um só momento na vida física <strong>em</strong> que não penso na obra daqueles que<br />

me deram os esclarecimentos da Verdade para lapidar o espírito e alcançar a paz eterna.<br />

Uma criatura esclarecida, desejosa de cumprir o seu dever, e tendo consciência de<br />

que o cumpre, sente um prazer imenso na alma, enfrenta corajosamente os sofrimentos,<br />

porque sabe que veio para aprender, para sofrer, e sabe também qual o final da sua<br />

desencarnação.<br />

Mas devo dizer-vos que, no meio de criaturas <strong>em</strong>pedernidas e más, às vezes, uma<br />

alma passa por perversa – não pode suportar aquilo que vai de encontro ao raciocínio –<br />

entretanto, essa alma é amiga de toda a gente, e mormente daqueles por qu<strong>em</strong> se interessa<br />

verberando e elucidando para o cumprimento do dever e da honra.


Eunyce - 26/04/1930<br />

Muito se t<strong>em</strong> feito, mas muito ainda há a fazer. E, no entanto, vós julgais que já<br />

fizestes o bastante, e por esse motivo tendes direito a um repouso, <strong>em</strong>bora imposto por vós<br />

próprios.<br />

A Doutrina na sua explanação progride gigantescamente; mas não penseis que ela<br />

caminha com a rapidez que queríamos; vós também podeis fazer mais do que fazeis;<br />

vindes para aqui, sentais-vos à mesa, entregais-vos ao peso do vosso corpo, permaneceis<br />

adormecidos, indolent<strong>em</strong>ente, não cumpris os vossos deveres. Se é para isso que aqui<br />

vindes, se é somente para fazer ato de presença, não precisamos, <strong>em</strong> absoluto, da vossa<br />

estadia, n<strong>em</strong> dos vossos atos de presença; se não trabalhais com o desprendimento que<br />

deve caracterizar todo aquele que se diz instrumento da Verdade, também nada fazeis; se<br />

vindes aqui apenas por interesse material, de saúde, isso não satisfaz, porque d<strong>em</strong>onstrais<br />

baixeza, pouco raciocínio, pouca compreensão sobre a Doutrina.<br />

A que vindes aqui? Trabalhar para o progresso das vossas almas?... Muito pouco<br />

trabalhadores sois! Fatigais-vos depressa, não dais às almas tudo de que elas precisam.<br />

Muito se t<strong>em</strong> feito, repito; mas, muito mais há a fazer. Quanto mais a época se<br />

complica, mais trabalho há na Doutrina a fim de se tornar evidente; a época torna-se cada<br />

vez mais crítica; a Doutrina por seu turno torna-se cada vez mais necessária.<br />

Há crises de tudo, começando pela de caráter; é a Doutrina que t<strong>em</strong> de impor esse<br />

caráter, é a Doutrina que manda dizer a Verdade, a fim de que os homens s<strong>em</strong> brio, s<strong>em</strong><br />

vergonha, s<strong>em</strong> lealdade, s<strong>em</strong> desprendimento aprendam nela, por intermédio da sua<br />

explanação, aquilo que eles não sab<strong>em</strong>, e que <strong>em</strong> parte alguma poderiam aprender.<br />

A revolução que se t<strong>em</strong> de operar <strong>em</strong> todos os ânimos, <strong>em</strong> todas as almas é<br />

justamente o <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong> que a vai fazer pela sua explanação certa, segura e<br />

inabalável – a Verdade é Doutrina irrefutável.<br />

Os fenômenos dão-se; os fatos apresentam-se; mas os instrumentos do Redentor,<br />

por vezes, concorr<strong>em</strong> para implantar nos espíritos ignorantes, infelizes, desgraçados que<br />

aqui aportam, a dúvida, a vacilação, e é isso um crime, porque concorre para a perda<br />

espiritual de certas almas.<br />

Lastimamos aqueles que, após tantos anos nesta Casa, não hajam compreendido os<br />

fins a que se destina a Doutrina.<br />

Saibam todos que qualquer adversidade havida <strong>em</strong> vossa vida, para ela<br />

concorrestes, pelas facilidades, pelas condescendências, pela perturbação, ou má<br />

compreensão do que nós explanamos, mas a Doutrina não t<strong>em</strong> culpa, <strong>em</strong> absoluto; ela<br />

merece que vós a respeiteis mais um pouco; e se ela não vos convém, porque fostes feridos<br />

na vaidade por uma qualquer conseqüência toda própria das vossas más ações, dos vossos<br />

maus pensamentos, dos vossos descuidos, enfim, só vos resta um caminho, deixá-la.<br />

A vossa pequenez d<strong>em</strong>onstra b<strong>em</strong> a pouca compreensão que tendes daquilo que<br />

mais sério existe na Terra. Procurar desculpa para as vossas infelicidades e descuidos,<br />

envolvendo a qu<strong>em</strong> deveis respeitar, é implantar a dúvida, a vacilação nas almas<br />

ignorantes, infelizes, que aportam a esta Casa. No entanto, isso presenciamos e não poucas<br />

vezes; se não sabeis ser precavidos, sede ao menos discretos; se não sabeis respeitar a<br />

Doutrina como ela merece, com lealdade, com franqueza, raciocinando sobre todos os seus<br />

pontos, e deixando as conveniências pessoais, procurando somente dizer a Verdade, senti-


la, tornando-a evidente, vencendo-vos nas vossas pessoinhas, vaidade ofendida, melindres,<br />

então é preferível não vos dizerdes instrumentos do Astral Superior.<br />

A Doutrina não precisa da propaganda de ninguém, ela mesma se propaga pelas<br />

suas obras, pelos seus fatos; mas também é triste que entre criaturas dizendo-se<br />

conhecedoras dela e freqüentando esta Casa há anos, paire ainda a dúvida, a vacilação e<br />

não só a aninh<strong>em</strong>, como a transmitam aos incautos, aos ignorantes, aqueles que ainda nada<br />

viram e que muito precisam ver para obter<strong>em</strong> o seu esclarecimento.<br />

Raciocinai, portanto, procurai produzir mais do que produzis e, se não vos achais<br />

com forças de sustentar a carga, então, sede francos, sede leais para com a Doutrina; outros<br />

a hão de servir de melhor vontade do que a servis.<br />

A vossa instrução, quanto aos Princípios da mesma, é ainda muito pequena, está<br />

ainda pela rama; se não procurais esclarecer-vos mais um pouco, não podeis, está visto,<br />

assimilá-los conforme eles dev<strong>em</strong> ser assimilados; por vezes, as vossas faltas, os vossos<br />

erros, estão justamente nisso; não só não sabeis estudar, não só não vos preparais, como até<br />

deixais de concorrer, evitando mesmo, para que os vossos filhos se esclareçam, que eles<br />

compreendam e estud<strong>em</strong> a Doutrina; não só sois criminosos para com vós próprios, mas<br />

muito mais criminosos para com aqueles que vos foram entregues, justamente, para os<br />

esclarecerdes e encaminhardes no caminho real, não os deixando à vontade, entregues a si<br />

próprios, às suas tendências danificadoras e prejudiciais.<br />

Acordai, porque ainda é t<strong>em</strong>po; se não quiserdes acordar, não vos podeis queixar de<br />

ninguém e sim e, unicamente, de vós próprios.<br />

Deixai-vos de melindres, deixai-vos de vaidades tolas, procurai ser mais<br />

precavidos, compreendei a Doutrina pelo lado que ela mais carece, que é a sua explanação,<br />

o desdobramento dos seus Princípios; deixai as vossas pessoinhas de lado, cumpri os<br />

vossos deveres como instrumentos da mais bela das Doutrinas. Ela veio à Terra, para tudo<br />

colocar nos seus devidos lugares.<br />

Raciocínio, portanto, eu vos peço, mais uma vez, a fim de que não vos tenhais de<br />

arrepender mais tarde; e assim como, agora, eu cumpro o meu dever, desejo que todos vós<br />

cumprais o vosso.<br />

Luiz de Mattos - 03/05/1930<br />

A reencarnação é o veículo de que as almas se serv<strong>em</strong> para fazer seu progresso;<br />

mas a reencarnação, por vezes, é perdida <strong>em</strong> virtude da educação ser errônea.<br />

Assim sendo, o grave probl<strong>em</strong>a a resolver é o da educação.<br />

Já não me refiro só à educação das crianças, mas sim à dos adultos, dos pais, pois<br />

não possuindo eles educação racional, também a não pod<strong>em</strong> ministrar às crianças.<br />

Muitas são as almas que vêm encarnar e perd<strong>em</strong> a encarnação, o t<strong>em</strong>po, <strong>em</strong>bora<br />

vivam muitos anos; porém, escravas de uma educação viciosa, errônea, cheia de<br />

preconceitos, de toleimas, não faz<strong>em</strong> aquilo para que vieram encarnar, viv<strong>em</strong><br />

vegetativamente, não produz<strong>em</strong> coisa alguma; vê<strong>em</strong> crescer a carne – corpo – mas a alma<br />

continua <strong>em</strong>brutecida, atrofiada, perturbada, não fazendo o menor esforço para o<br />

desenvolvimento da inteligência.<br />

Esta Casa, através do que nela se explana diariamente, é uma escola, porém, para<br />

que os pais melhor a aproveitass<strong>em</strong>, seria preciso obrigá-los à matrícula, para receber<strong>em</strong>


todos os ensinamentos el<strong>em</strong>entares, de estudo e de educação familiar, único meio de<br />

aproveitamento para as almas a encarnar.<br />

Sente-se a necessidade da r<strong>em</strong>odelação de usos e costumes, mas só se pod<strong>em</strong><br />

r<strong>em</strong>odelar os usos e costumes e vencer as dificuldades que se apresentam, cada vez mais<br />

assustadoras, por meio de uma educação racional e científica.<br />

Começai vós, no entanto, que nos ouvis constant<strong>em</strong>ente, a procurar r<strong>em</strong>odelar os<br />

vossos vícios, procurando impor a vós próprios uma norma de vida cristã, racional,<br />

metódica, honrada, enfim, procurando dar ex<strong>em</strong>plos aos vossos filhos, mas ex<strong>em</strong>plos sãos<br />

e naturais e não artificiais, incutindo-lhes o amor ao trabalho, o amor à Verdade, à<br />

lealdade, à convicção <strong>em</strong> si próprios, encaminhando-os no caminho reto do dever,<br />

ensinando-lhes tudo que lhes possa ser útil à luta pela vida.<br />

É preciso melhorar a situação moral; infelizmente a esta Casa vêm criaturas que<br />

não sab<strong>em</strong> cumprir os seus deveres, principalmente, para com os seus filhos; não têm a<br />

noção exata do que seja o dever de um pai ou de uma mãe.<br />

Criar filhos não é satisfazê-los <strong>em</strong> todos os seus desejos, achar-lhes muita graça, e,<br />

com a desculpa de que são almas já evoluidíssimas, não os castigar e repreender como é<br />

necessário. Não dev<strong>em</strong> castigar brutalmente, mas sim moralmente. A dor física depressa<br />

passa, entretanto a moral é durável, estimula e corrige o caráter.<br />

É preciso que todos se habitu<strong>em</strong> a obedecer, a ser independentes sim, mas não<br />

perdendo nunca o respeito àqueles a qu<strong>em</strong> estão entregues; no entanto v<strong>em</strong>os e<br />

constatamos constant<strong>em</strong>ente que isso não se dá; todos falam muito, mas poucos põ<strong>em</strong> <strong>em</strong><br />

prática aquilo que falam.<br />

É preciso que se convençam de que a Doutrina não veio para os adultos, mas sim<br />

para as crianças; nós, dos adultos, pouco esperamos, mas das crianças esperamos muito e<br />

muito.<br />

O nosso interesse foi s<strong>em</strong>pre grande pelas crianças, sentimos profundamente<br />

quando as crianças são desviadas do caminho por suas próprias almas.<br />

A maioria das almas de certa elevação escolh<strong>em</strong> de preferência o meio racionalista<br />

porque já sab<strong>em</strong> que ali está, ao menos, a s<strong>em</strong>ente do <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong>; elas vêm atrás<br />

dessa s<strong>em</strong>ente para crescer e produzir outras s<strong>em</strong>entes, espalhando a Doutrina que as<br />

esclarece e fortifica; mas, quantas vêm desejosas de progresso, desejosas de luz, ansiosas<br />

por uma vitória completa do seu progresso espiritual e, depois de certo t<strong>em</strong>po, devido ao<br />

meio, deixam-se baquear, transviar, perd<strong>em</strong> por completo aquilo que vinham fazer!<br />

É preciso, portanto, que todos se convençam da necessidade que têm de completar a<br />

educação; nenhum de vós se pode já julgar muito perfeito, muito bom; ainda tendes muito,<br />

muito a r<strong>em</strong>odelar, ainda há muitos vícios que deveis corrigir, a fim de que possais cumprir<br />

os vossos deveres para convosco e para com aqueles que vos estão entregues.<br />

Portanto procurai cumprir melhor os vossos deveres e ficai com a minha irradiação<br />

de amigo que s<strong>em</strong>pre vos soube querer e que s<strong>em</strong>pre procurou incitar nas vossas almas o<br />

desejo de b<strong>em</strong> fazer <strong>em</strong> prol da Doutrina e sobretudo <strong>em</strong> prol dessas almas evoluidíssimas<br />

que até vós vêm com desejo sequioso de progresso.<br />

Henrique de Castro - 03/05/1930<br />

Pouco a pouco novos horizontes se descortinam para as almas investigadoras e<br />

desejosas de progresso; enquanto estas caminham a passos largos, não só estudando, como


trabalhando, outras se conservam rastejando, porque, não só não quer<strong>em</strong> dar-se ao trabalho<br />

de estudar, como ainda a indolência não lhes permite romper com as vaidades sociais e<br />

suas próprias comodidades.<br />

Não quer<strong>em</strong>os adeptos n<strong>em</strong> crentes, n<strong>em</strong> faz<strong>em</strong>os questão de possuir grande<br />

número; mas desejamos que os poucos que se conservam perto da Doutrina, a<br />

compreendam, a assimil<strong>em</strong> e ponham <strong>em</strong> prática, livres de interesses, aquilo que ela<br />

ensina.<br />

É preciso que estejais preparados para suportar abalos e dores morais, s<strong>em</strong> que<br />

façam estr<strong>em</strong>ecer a vossa convicção. Aquele que se sinta estr<strong>em</strong>ecido, e não só a dúvida o<br />

domine como até a externe, esse nunca teve convicção de coisa alguma, nunca<br />

compreendeu a Doutrina, n<strong>em</strong> a procurou compreender.<br />

É preciso, portanto, que vos convençais de que todo aquele que trabalha de perto<br />

para a Doutrina, <strong>em</strong> prol da mesma, que se diz seu soldado, seu instrumento, esse t<strong>em</strong> por<br />

obrigação saber encarar tudo quanto lhe possa acontecer, com a sobranceria, a lealdade, a<br />

calma que lhe deve ser peculiar. O que assim não fizer não t<strong>em</strong>, <strong>em</strong> absoluto, confiança<br />

n<strong>em</strong> convicção como diz possuir.<br />

Sabeis, também, que os instrumentos da Doutrina são perseguidos pelas irradiações<br />

malévolas dos despeitados e, quando as descargas fluídicas do astral inferior ao serviço<br />

deles não os ating<strong>em</strong>, procuram por diferentes maneiras atingir aqueles que mais de perto<br />

de si viv<strong>em</strong> justamente para os abalar, para os fazer esmorecer, para os fazer recuar do<br />

caminho do dever.<br />

Eis a razão por que vos prevenimos s<strong>em</strong>pre, preparando-vos o espírito para assim<br />

suportardes todos os ataques contra vós armados.<br />

Não deveis, portanto, somente vos limitar àquilo que vedes e apalpais; é preciso<br />

que estudeis, é preciso que investigueis, para que, quando fordes atacados, saibais vos<br />

precaver, e se porventura fordes atingidos <strong>em</strong> qualquer ponto, por descuido, não vos deveis<br />

deixar dominar n<strong>em</strong> tampouco abalar, porque, se possuís convicção absoluta daquilo que<br />

sois, do que deveis ser e do que é a Doutrina, nada deve fazer-vos recuar do caminho do<br />

dever.<br />

Não deveis, <strong>em</strong> absoluto, estar atidos a milagres, mas deveis ter a convicção do que<br />

vos deve caracterizar nos maiores perigos da vossa vida física, nos maiores transes da<br />

vossa luta moral. A convicção, plena e absoluta na Doutrina, através dos conhecimentos<br />

nela adquiridos, leva-vos à vitória desde que a vossa vontade esteja educada para vencer.<br />

Confiar na Doutrina é ter confiança cada um <strong>em</strong> si próprio; a Doutrina de nada vos<br />

pode valer se não tiverdes confiança absoluta <strong>em</strong> vós próprios e se não tiverdes uma<br />

vontade fort<strong>em</strong>ente educada para o b<strong>em</strong>.<br />

A Doutrina vos esclarece, a Doutrina vos instrui, as Forças Superiores esparg<strong>em</strong><br />

seus fluidos sobre todos aqueles que se colocam <strong>em</strong> condições para receber esses<br />

benefícios para curar os seus corpos, para aliviar as suas dores, mas não lhes pode dar<br />

juízo, não lhes pode dar raciocínio, não lhes pode dar convicção, não lhes pode fazer<br />

irradiar com valor, não lhes pode, portanto, orientar todas as dificuldades por mais fáceis<br />

que sejam.<br />

A lei de atração é um fato, desde que ela seja estabelecida nós aí estamos <strong>em</strong><br />

cumprimento do nosso dever, mas se ela falha e se o astral inferior t<strong>em</strong> entrada, nós nada<br />

mais pod<strong>em</strong>os fazer.<br />

A verdade, portanto, amigos, é uma e única; e nós vos esclarec<strong>em</strong>os b<strong>em</strong>, já vos<br />

diss<strong>em</strong>os que não quer<strong>em</strong>os fanáticos, mas criaturas cônscias dos seus deveres, que


aciocin<strong>em</strong>, que saibam aquilo que faz<strong>em</strong> e como faz<strong>em</strong> e que tenham, sobretudo, vontade,<br />

porque, uma vez que possuam vontade, venc<strong>em</strong> tudo na vida; mas, infelizmente, alguns de<br />

vós estais atidos a uma proteção mítica, a uma proteção sobrenatural, como coisa que nós<br />

pudéss<strong>em</strong>os estar à vossa disposição <strong>em</strong> qualquer ocasião que queirais.<br />

Raciocinai, já é mais do que t<strong>em</strong>po!<br />

O que vindes fazer aqui há tantos anos? Ouvir, ouvir, e não nos ligar importância!...<br />

Isso de nada vale. Vir receber os benefícios do Redentor e não saber aproveitar as suas<br />

lições, também de nada vale.<br />

Procurai ter mais cautela, raciocinai muitíssimo, e, sobretudo, tende um pouco mais<br />

de convicção, porque essa convicção é que garante a vossa estadia no planeta Terra, e essa<br />

convicção só a podeis possuir quando souberdes b<strong>em</strong> cumprir os vossos deveres, quer<br />

espiritualmente, quer materialmente.<br />

Traçai uma norma de vida, prudente e valorosa, dentro dela aja s<strong>em</strong>pre, cumpra<br />

escrupulosamente os vossos deveres, tendo método e disciplina nas vossas casas; educai os<br />

vossos filhos, procurai estimular-lhes fort<strong>em</strong>ente a vontade, ensinar-lhes a reagir, incutindo<br />

neles não a convicção <strong>em</strong> forma mítica e opiniões tolas, mas a convicção plena de que<br />

quando cumpr<strong>em</strong> o seu dever, quando sab<strong>em</strong> b<strong>em</strong> irradiar serão s<strong>em</strong>pre b<strong>em</strong> sucedidos e<br />

terão s<strong>em</strong>pre o que desejam.<br />

Dentro desses princípios e de acordo com a nossa disciplina, com a calma, o<br />

sossego, a paz que deve reinar <strong>em</strong> todos os lares, vós sereis felizes, relativamente neste<br />

mundo, e depois de partirdes dele, ireis então ver o progresso espiritual que alcançastes<br />

uma vez que cumpristes o vosso dever e seguistes as nossas determinações.<br />

Vasco da Gama - 03/05/1930<br />

O barco balança, o mar está encapelado, mas o barco não soçobrará, basta que para<br />

isso tenha no l<strong>em</strong>e um bravo, resoluto, que o saiba conduzir e assim não se desvie da rota<br />

traçada que lhe indica a bússola.<br />

Avante, pois, no cumprimento do vosso dever, haja o que houver; <strong>em</strong>bora a<br />

t<strong>em</strong>pestade aumente, não vos amedronteis com o coriscar dos raios, das faíscas, o ribombar<br />

do trovão, o encapelamento do mar!<br />

Eis o que vos desejo e para o que concito-vos ao cumprimento do dever.<br />

Pitágoras - 31/05/1930<br />

Da diafanização do mundo Terra depende a evolução dos espíritos nele encarnados.<br />

Essa evolução faz<strong>em</strong>-na os espíritos conforme o meio <strong>em</strong> que encarnam, o país aonde<br />

vieram, e a atividade e meios que encontram para dar expansão à sua inteligência. Espíritos<br />

há que, vindo encarnar <strong>em</strong> lugares relativamente atrasados, deles sa<strong>em</strong> <strong>em</strong> busca de<br />

conhecimentos a satisfazer seus <strong>em</strong>preendimentos, e assim, vão fazendo o seu progresso;<br />

fenômenos esses, muitas vezes observados e aos quais não ligam a importância devida.<br />

Almas aos milhares vêm a este Planeta encarnar com fins altruístas e não só de<br />

levar por diante aquilo que escolheram para progresso seu, como ainda para ativar o<br />

progresso intelectual, material e moral do lugar a que vieram.


É progressiva a atividade no Universo. Constante a rotação dos mundos que rolam<br />

no Espaço, todos obedecendo à mesma sabedoria, às leis da criação e evolução; evolu<strong>em</strong><br />

os atrasados e se formam outros para os substituir pela ord<strong>em</strong> da sucessão.<br />

Nesse afã contínuo, pois, encontra-se s<strong>em</strong>pre a Força a incitar, a movimentar, a<br />

criar, a produzir; enfim, <strong>em</strong> tudo existe a Força Inteligente, e a sua ação é sentida por<br />

aqueles que queiram raciocinar e ver um pouco mais além daquilo que apalpam e cheiram.<br />

A atividade, portanto, que se observa <strong>em</strong> todo o Universo é feita pela Força, o<br />

primeiro el<strong>em</strong>ento componente, que tudo promove, que tudo incita, que tudo movimenta,<br />

que não se faz sentir somente na <strong>em</strong>anação dos corpos materiais <strong>em</strong> evolução neste<br />

Planeta, mas sim <strong>em</strong> tudo que existe no Universo.<br />

Estudai-a, portanto, <strong>em</strong> todo o seu desenvolvimento, examinando todas as suas<br />

parcelas, procurando, enfim, conhecê-la a fundo, e dareis um grande passo na vossa<br />

instrução espiritual. Os complicados teor<strong>em</strong>as, os graves probl<strong>em</strong>as da vida espiritual, não<br />

se resolv<strong>em</strong> com tanta facilidade como julgais.<br />

A manifestação da Força fora da matéria, que observais constant<strong>em</strong>ente nas nossas<br />

sessões, não é o bastante para completar a vossa instrução espiritual, precisais estudar não<br />

só todos os fenômenos da vida como as vossas próprias pessoas, para que possais então<br />

encontrar o X de todos os probl<strong>em</strong>as, resolver as hipóteses e todos os teor<strong>em</strong>as.<br />

Monsenhor Moreira - 31/05/1930<br />

Como s<strong>em</strong>pre, é preciso de vez <strong>em</strong> quando estar a recomendar àqueles que tomam<br />

conta da nossa grande assistência o máximo cuidado, a máxima tolerância, mas a máxima<br />

energia; dizendo energia, já sab<strong>em</strong> perfeitamente como se a deve <strong>em</strong>pregar.<br />

É preciso que aqueles que estão encarregados de tomar conta do lado das senhoras,<br />

prest<strong>em</strong> muita atenção e, sobretudo, previnam a essas que procur<strong>em</strong> cumprir aquilo que o<br />

Regulamento referente às mães lhes ensina, porque as nossas sessões têm sido perturbadas<br />

por falta de execução desse Regulamento.<br />

Uma vez limpas as crianças, b<strong>em</strong> alimentadas e educadas, não pod<strong>em</strong>, <strong>em</strong> absoluto,<br />

a não ser que estejam grav<strong>em</strong>ente enfermas, perturbar a ord<strong>em</strong> e o silêncio como têm feito<br />

ultimamente.<br />

Aquelas que são antigas aqui não merec<strong>em</strong> tolerância; e as que são novas é preciso<br />

instruí-las. Quando estivermos <strong>em</strong> doutrinação, assim que começar<strong>em</strong> a chorar, é<br />

conveniente mandá-las imediatamente lá para dentro, a fim de evitar que aqueles que vêm<br />

aqui com interesse, não ouçam, e percam, por vezes, o fim daquilo que precisam ouvir.<br />

É preciso que as mães deix<strong>em</strong> de ser bisonhas para ser umas mulheres que<br />

compreendam o seu dever e ponham <strong>em</strong> prática aquilo que constant<strong>em</strong>ente ouv<strong>em</strong>, porque,<br />

vir para aqui por hábito, trazer os filhos mal educados, mas assediados, s<strong>em</strong> o necessário<br />

para eles, é uma grande indolência que nós não pod<strong>em</strong>os consentir que continue. Ou<br />

educam os filhos e a si próprias, ou então, ser<strong>em</strong>os forçados a impedir-lhes que aqui<br />

venham.<br />

N<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre as crianças choram por má assistência, a maior parte das vezes o<br />

faz<strong>em</strong> por lhes faltar o necessário; logo, é preciso que tenham mais cuidado e estejam mais<br />

atentas ao que se passa do que com o sentido de sair mais depressa, ou então de dormir,<br />

como acontece.


É preciso, portanto, que os encarregados, com jeito, mas com energia, vão<br />

ensinando as mulheres a ser<strong>em</strong> verdadeiras mães e não bisonhas, repito.<br />

Por hoje basta, porque muito ouvis, mas pouco por vezes aproveitais.<br />

Luiz de Mattos - 31/05/1930<br />

“Na Terra como na Terra”, eis uma expressão vulgar, proferida por muitos de vós.<br />

Sim, na Terra como na Terra, mas é preciso que não confundais a vida terrena com<br />

a vida espiritual. Na Terra como na Terra, quando tratais exclusivamente da vossa vida<br />

material; mas, quando se trata da vida espiritual, a Terra desaparece para imperar<strong>em</strong> os<br />

deveres da alma.<br />

Realmente, n<strong>em</strong> todos compreend<strong>em</strong> a expressão que usam, e daí, por vezes,<br />

errar<strong>em</strong> e muito.<br />

Se estais na Terra, é claro que tendes que viver a vida material, própria do vosso<br />

meio, e de acordo com as vossas necessidades corporais; mas isso não vos impede de que<br />

vivais também a vossa vida espiritual; esta b<strong>em</strong> precisa para vos tornar mais leve e mais<br />

suave a vossa travessia por este Planeta depurador.<br />

Se a vossa vida espiritual não se faz, ou por outra, se a não viveis, tendes que<br />

sofrer, invariavelmente, na vossa vida material; assim como tendes apego à matéria,<br />

desejando-a conservar, tê-la s<strong>em</strong>pre ao abrigo das int<strong>em</strong>péries próprias do mundo físico <strong>em</strong><br />

que viveis, também precisais viver espiritualmente, dar algum t<strong>em</strong>po à alma, para que se<br />

ponha <strong>em</strong> contato com as Forças Superiores, recebendo alento, limpando-se astralmente, e,<br />

assim, possa conservar-se lúcida para melhor cumprir o seu dever.<br />

Tendes muito apego à matéria, mas não cuidais da alma, e, como sabeis, se a alma<br />

está doente, se a alma é fraca, se a alma está avassalada, ela t<strong>em</strong> que sofrer,<br />

invariavelmente, as conseqüências desse avassalamento ou enfermidade. B<strong>em</strong> sabeis, as<br />

enfermidades são todas psíquicas e não fisiológicas! Muitos quer<strong>em</strong> fazer sentir que essa<br />

nossa afirmativa é errônea, é falha de base, mas nós repetimos, e repetir<strong>em</strong>os eternamente,<br />

que todas as enfermidades são psíquicas e não fisiológicas. Assim sendo, atacam a alma e<br />

esta, combalida e perturbada, combale e perturba também, por sua vez, o corpo; carro que<br />

serve de locomoção à alma, mas se lhe falta a engrenag<strong>em</strong> para se movimentar, se a<br />

mesma é deficiente ou imperfeita, naturalmente que ele sentirá a diferença e não poderá<br />

mais funcionar com regularidade.<br />

Razão por que, não deveis descuidar a vossa vida espiritual, entregando-vos única e<br />

exclusivamente à vida material. Nós, nos nossos Princípios e Regulamentos, estabelec<strong>em</strong>os<br />

ou ensinamos-vos como deveis viver essas duas vidas, ambas necessárias, mas separadas<br />

completamente uma da outra. No entanto, poucos são aqueles que as sab<strong>em</strong> viver com<br />

moderação e desprendimento. Quando entregues à vida material, esquec<strong>em</strong>-se, por<br />

completo, de que são ou se diz<strong>em</strong> ser esclarecidos; a ela se entregam como qualquer<br />

ignorante e, por vezes, muito pior ainda. Entretanto, os nossos ensinamentos têm sido<br />

bastantes para que compreendeis que é preciso comedimento <strong>em</strong> todos os atos da vossa<br />

vida na Terra.<br />

Ao viver a vossa vida material, deveis vivê-la com moderação, <strong>em</strong>pregando toda a<br />

vossa atividade para angariar honestamente o mais possível, pois não podeis lesar<br />

propositalmente a qu<strong>em</strong> quer que seja, porque isso é um crime; ganhar o mais possível,<br />

mas prejudicar, absolutamente nunca.


Muitos julgam que ganhar a vida é lesar, é procurar prejudicar aqueles que por sua<br />

vez, também procuram com sacrifícios ganhar a sua, e isso não é procedimento de um ser<br />

esclarecido. Trabalhar o mais possível, fazer valer o seu trabalho é justo e razoável, mas<br />

extorquir, explorar, isso não e nunca.<br />

Assim sendo, não compreendeis b<strong>em</strong> como deveis viver material e espiritualmente,<br />

porque qu<strong>em</strong> vive materialmente da maneira como vos apresento, não pode ter uma vida<br />

espiritual tranqüila, sossegada e benéfica.<br />

Raciocinai s<strong>em</strong>pre sobre as lições que aqui constant<strong>em</strong>ente recebeis; errais muitas<br />

vezes por falta de compreensão; mas, por isso mesmo, estamos nós repisando<br />

constant<strong>em</strong>ente e aconselhando-vos incessant<strong>em</strong>ente: aproveitai os conselhos, as<br />

repetições das nossas ordens ou admoestações, porque não só vos pod<strong>em</strong> beneficiar, como<br />

vos pod<strong>em</strong> ensinar o caminho certo que deveis trilhar, evitando aquele que vos prejudique<br />

e atrase.<br />

Agora, elevai comigo o vosso pensamento pela Irradiação.<br />

Monsenhor Moreira - 07/06/1930<br />

No exercício da Doutrina há s<strong>em</strong>pre conselhos a dar: hoje, é um que tropeça;<br />

amanhã, é um que se esquece dos seus deveres. Hoje, é uma falta de disciplina; amanhã, é<br />

uma falta de regulamento e assim, de quando <strong>em</strong> quando, s<strong>em</strong>pre aparece um “QUE” para<br />

corrigir, para admoestar, para constatar, enfim.<br />

Não pod<strong>em</strong>os, está claro, vos vir constant<strong>em</strong>ente apontar este ou aquele ponto,<br />

consertar isto ou aquilo, porque muito t<strong>em</strong>os a fazer e principalmente nesta época, mas, no<br />

entanto, nunca é d<strong>em</strong>ais recomendar àqueles que têm a responsabilidade da Doutrina, o<br />

máximo cuidado, a máxima vigilância, para que não tenhamos nós que vir apontar<br />

constant<strong>em</strong>ente faltas, erros e descuidos que não têm razão de ser.<br />

Em qualquer um dos nossos Filiados, deve-se observar a nossa disciplina, o mesmo<br />

regulamento que na Casa Chefe. Se essa disciplina e esse regulamento não são observados,<br />

então, medidas dev<strong>em</strong> ser tomadas e admoestações se têm a fazer.<br />

Os médiuns, colocando-se <strong>em</strong> condições, pod<strong>em</strong> com facilidade transmitir as<br />

nossas admoestações, os nossos conselhos, as nossas corrigendas, mas, se não estão <strong>em</strong><br />

condições, a obrigação do Presidente é tudo examinar, tudo ver, analisar, raciocinar e, por<br />

vezes, submeter à nossa apreciação, principalmente quando diz respeito a qualquer<br />

deliberação a tomar. Isso porque, uma vez que submetais a qualquer apreciação,<br />

reforçando a corrente, pod<strong>em</strong>os dar com mais acerto aquilo que não pode ser<br />

espontaneamente.<br />

Creio que me compreendeis e mais claro não posso ser; sabeis perfeitamente que<br />

nós estamos s<strong>em</strong>pre alerta, mas os nossos instrumentos n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre o estão, e, assim,<br />

quando vos admoestamos, é preciso que vejais s<strong>em</strong>pre a melhor maneira de tudo resolver.<br />

Enfim, não nos pod<strong>em</strong>os queixar, porque muito faz<strong>em</strong>os, mas como não vos<br />

iludimos, sabeis perfeitamente que o progresso da Doutrina não se faz tão rapidamente<br />

como era de nossa vontade.<br />

Eis a razão por que estamos s<strong>em</strong>pre a admoestar-vos, não para humilhar-vos, mas<br />

para que não vos descuideis e procureis cada vez melhor cumprir os vossos deveres como<br />

nós o faz<strong>em</strong>os.


Luiz de Mattos - 07/06/1930<br />

Lutar é o dever de todo hom<strong>em</strong> na Terra, mas para que o hom<strong>em</strong> possa e saiba lutar<br />

é preciso não só raciocinar, mas, sobretudo, que ele saiba irradiar, pois irradiar, tanto se<br />

pode irradiar ao astral inferior, por meio de pensamentos baixos, de inferioridade, de<br />

inveja, de ódio, egoísmo, maldade, vaidade, enfim, como se pode irradiar às Esferas<br />

Superiores, pensamentos de altruísmo, de persistência, de honradez, de ponderação,<br />

moderação e espírito de justiça. Mas o irradiar, a que me refiro, é o irradiar às Esferas<br />

Superiores, está claro.<br />

Para o hom<strong>em</strong> poder irradiar, enfim, é preciso que ele saiba raciocinar, para que,<br />

pensando e medindo b<strong>em</strong> os seus atos, raciocinando sobre todas as suas palavras, não<br />

cometa erros, que depois lhe venham a fazer sofrer e muito; é para ter s<strong>em</strong>pre o<br />

pensamento b<strong>em</strong> encaminhado, presidido por uma honradez a toda a prova; e possuir valor,<br />

e desprendimento. Naturalmente que o hom<strong>em</strong>, <strong>em</strong>preendendo qualquer luta, dela deve<br />

sair vencedor e, só não sairá aquele que não pensar como digo e não fizer como aconselho.<br />

Na Terra muitas são as ciladas e as quedas, muitos são os precipícios cavados não<br />

só pelos descuidos, como ainda pela inveja e pelos inimigos astrais que procuram s<strong>em</strong>pre o<br />

ensejo de vos envolver na sua onda, para vos perturbar e, enfim, para prejudicar a<br />

Doutrina.<br />

Os precipícios, os encontrais neste planeta de misérias, a cada passo, sob os pés<br />

quando não procurais pisar firme pela estrada da vida; <strong>em</strong> qualquer ponto que esteja o ser,<br />

está sujeito a eles, bastando para isso o descuido, que ele se deixe dominar pelo seu eu,<br />

pela vaidade e se entregue, enfim, àquilo que lhe apraz, esquecendo-se que conforme<br />

pensar, assim atrairá.<br />

Por isso, repito, para que possais lutar com vantag<strong>em</strong> e dessa luta sairdes vitoriosos,<br />

é preciso que saibais raciocinar e irradiar.<br />

Quando vos sentirdes acabrunhados, enfraquecidos, quando qualquer sofrimento<br />

mais forte vos acometer, quando qualquer abalo vos fizer estr<strong>em</strong>ecer a alma, se souberdes<br />

irradiar elevando o vosso pensamento às Esferas Superiores, e não vos entregardes à<br />

indolência, ao marasmo, ao medo, ao receio, <strong>em</strong> breve a crise passará e a vossa alma se<br />

tornará <strong>em</strong> equilíbrio, calma e tranqüila, podendo raciocinar com mais acerto do que até ali<br />

e resolver da melhor maneira possível as dificuldades que se apresentam.<br />

Guardai b<strong>em</strong> esse meu conselho, que vos deve ser necessário e muito salutar.<br />

Pitágoras - 07/06/1930<br />

De descoberta <strong>em</strong> descoberta vai a humanidade, já pela sua evolução espiritual, já<br />

pelo progresso natural por que passa o planeta Terra, adquirindo conhecimentos<br />

importantes; as invenções, as criações, enfim, da alma humana <strong>em</strong> progresso ativo e<br />

constante assim vos o d<strong>em</strong>onstram.<br />

Como deveis constatar hoje <strong>em</strong> dia, com muita facilidade, o hom<strong>em</strong> pode ganhar o<br />

necessário para si e para os seus; é só questão de saber trabalhar e aproveitar o seu t<strong>em</strong>po.<br />

O hom<strong>em</strong>, hoje, encontra nas máquinas o necessário para não gastar a sua vida<br />

orgânica, material e, sim, <strong>em</strong>pregar somente a sua inteligência, a sua intelectualidade, no<br />

que t<strong>em</strong> a fazer para vencer. Já não cansa os seus braços a movimentar aquilo que as


máquinas faz<strong>em</strong> com muita facilidade. Isso não só ativa o progresso industrial, mas<br />

também o progresso espiritual das criaturas, porque, conforme vão evoluindo,<br />

materialmente falando, o ambiente vai passando por transformações; pouco a pouco, vãose<br />

tornando os seres mais espiritualizados pelos conhecimentos que vão adquirindo, pela<br />

prática, pelo que vê<strong>em</strong>, pelo que observam e pelo que sent<strong>em</strong>, enfim.<br />

Esse progresso que se nota dia a dia, repito, muito concorre para o progresso<br />

espiritual das criaturas, porque, conforme são os meios, pesados, tacanhos, de que o<br />

hom<strong>em</strong> t<strong>em</strong> de lançar mão para <strong>em</strong>pregar a sua atividade, assim também ele se conserva<br />

tacanho e pesado, não procurando raciocinar e agindo quase que instintivamente. Mas, se<br />

ele t<strong>em</strong> meios para não só despertar a sua curiosidade, mas, sobretudo, fazer seu raciocínio<br />

interessar-se pelas engrenagens, pelas complicações que vai pouco a pouco presenciando e<br />

que despertam a sua curiosidade, obrigando-o a estudar, esse hom<strong>em</strong> quase que se torna<br />

mais espiritualizado, começa a se sentir mais leve, com mais conhecimentos e capaz,<br />

portanto, de melhorar e mais ainda produzir. Isso, refiro-me àqueles que, como operários,<br />

trabalham e viv<strong>em</strong> sujeitos ao trabalho e aos patrões, mas aqueles que engendram, aqueles<br />

que, pelo estudo e mesmo s<strong>em</strong> ser pelo estudo, mas pela inteligência, pelo grão de<br />

espiritualidade que traz a sua alma, criam, produz<strong>em</strong> e põ<strong>em</strong> <strong>em</strong> execução o que<br />

engendram, isso, então, é uma d<strong>em</strong>onstração clara, nítida e certa de que a evolução do<br />

espírito é um fato e que essa evolução se faz constatar cada dia com mais evidência.<br />

Quantas vezes um analfabeto que, não tendo n<strong>em</strong> instrução, n<strong>em</strong> tampouco meios,<br />

começa engendrando, vai produzindo, vai fazendo, e põe <strong>em</strong> execução o seu plano tão<br />

difícil, de que, na maioria das vezes, os próprios engenheiros, analisando a sua obra,<br />

admiram-se, devido à deficiência de instrução. No entanto, produziu porque a inteligência<br />

não está no corpo, não se sujeita ao meio, não se encerra somente no perímetro ocupado<br />

pelo próprio ser, mas sim reside na alma, e esta não se limita a pequenas coisas, está<br />

s<strong>em</strong>pre e s<strong>em</strong>pre a engendrar e a descortinar.<br />

Assim sendo, muitas e muitas invenções e criações, que observais e que até delas<br />

vos servis neste Planeta <strong>em</strong> depuração, já <strong>em</strong> franco progresso, são produzidas por seres<br />

pobres, s<strong>em</strong> instrução, mas ricos <strong>em</strong> espiritualidade, ricos <strong>em</strong> valor, ricos <strong>em</strong> vontade para<br />

o trabalho, para a produção.<br />

O progresso é constante e ininterrupto; no planeta Terra, não pode ele ser limitado<br />

somente àqueles que cursam Acad<strong>em</strong>ia, que cultivam a inteligência, por vezes, muito mais<br />

tacanha do que a do hom<strong>em</strong> do campo, do que a do operário, que trabalha para o seu<br />

patrão, criando aquilo que o patrão não pode imaginar, apesar de toda a sua instrução.<br />

A instrução muito auxilia o progresso <strong>em</strong> geral; ela é indispensável a todos; porém,<br />

<strong>em</strong> virtude dos falsos princípios trilhados pela maioria da humanidade, muitos dos<br />

instruídos inferiorizam-se, porque, confiantes na erudição, chasqueiam dos que sab<strong>em</strong><br />

menos, indolentizam-se, e desconhec<strong>em</strong> que a inteligência é propriedade da alma, e que<br />

esta, por vezes não possuindo erudição, t<strong>em</strong> os conhecimentos da realidade da vida, <strong>em</strong><br />

virtude de já ter passado <strong>em</strong> outras encarnações por várias Acad<strong>em</strong>ias, e que, não tendo<br />

feito bom uso dos conhecimentos ilustrativos, volta depois <strong>em</strong> meio mais rude, mas mais<br />

certo, mais seguro para a sua evolução espiritual; julgar o hom<strong>em</strong> pela erudição é erro<br />

grave.<br />

A instrução vale, pois, de muito à alma, mas não se a confunda com a inteligência,<br />

com a espiritualidade; ela, não há dúvida de que lapida a alma, lhe facilita a sua carreira, a<br />

sua estadia neste planeta de sofrimentos, mas não é isso o bastante para fazer o seu<br />

progresso.


O que todos precisam é de amor ao trabalho. De nada adianta inteligência se o<br />

trabalho não se faz notório, se o trabalho não é querido; deve ser, portanto, cultivada a<br />

inteligência aliada à educação para o labor.<br />

Todos dev<strong>em</strong>, portanto, preparar os filhos para o trabalho, ensinando-lhes a ser<br />

laboriosos, porque sendo inteligentes e instruídos, muito mais poderão produzir. Os<br />

malandros e indolentes pod<strong>em</strong> possuir instrução e inteligência, mas a preguiça não os<br />

deixa pôr <strong>em</strong> prática aquilo que conhec<strong>em</strong> <strong>em</strong> teoria.<br />

Raciocinai, porque estes pontos não são só para ser<strong>em</strong> ouvidos, mas sim para que<br />

os ponhais <strong>em</strong> prática, e pouco a pouco possais ir compreendendo tudo, tudo que vedes e<br />

observais, analisando com o vosso raciocínio esclarecido, chegando ao ponto que nós<br />

desejamos.<br />

Pinheiro Machado - 14/06/1930<br />

“É pelo estudo, pelo raciocínio e pelo sofrimento derivado da luta contra os nossos<br />

maus hábitos, que o espírito se depura e ascende mais rapidamente para vós”. Porventura<br />

já d<strong>em</strong>orastes o vosso pensamento sobre estas significativas palavras, que proferis, mas<br />

talvez não saibais sentir? Já procurastes d<strong>em</strong>orar o vosso raciocínio sobre o que seja o<br />

estudo, o raciocínio e o sofrimento derivado da luta contra os vossos maus hábitos, contra<br />

as vossas imperfeições? Será estudar, somente ler as nossas obras, folheá-las rapidamente?<br />

Porventura o vosso modo de agir e de pensar atestará s<strong>em</strong>pre o raciocínio? Por certo que<br />

não. Se o raciocínio vosso fosse s<strong>em</strong>pre claro, certo e seguro, muitas falhas e faltas<br />

deixaríeis de ter e de praticar.<br />

E o sofrimento derivado dos vossos maus hábitos, das vossas imperfeições?<br />

Porventura sofreis alguma coisa, tendes algum trabalho, combatendo os vossos maus<br />

hábitos, as vossas imperfeições?<br />

Maus hábitos e imperfeições não se limitam somente à prática do mal pr<strong>em</strong>editado,<br />

crimes, enfim. Maus hábitos e imperfeições possu<strong>em</strong> todos; <strong>em</strong> maior ou menor número.<br />

Maus hábitos são todos os atos praticados, que vão de encontro não só aos princípios por<br />

nós fartamente explanados, como também os que são contra a razão e bom senso.<br />

Entre os maus hábitos e as imperfeições, figuram todos os vícios morais e físicos,<br />

inclusive o fumo e o álcool.<br />

Muitos dos que freqüentam as nossas Casas ainda não fizeram o menor esforço para<br />

vencer<strong>em</strong>, mesmo, estes dois últimos.<br />

Se tivésseis tido uma educação racional, aprimorada, não teríeis tais vícios, não<br />

sofreríeis as conseqüências provenientes dessa falta de educação.<br />

Todos vós tendes que vos educar, <strong>em</strong>bora vos julgueis muito delicados, muito<br />

certos, muito justiceiros, tendes e muito que corrigir.<br />

Quantas vezes essa cortesia, essa condescendência, essa justiça não encobr<strong>em</strong> o<br />

despeito, não encobr<strong>em</strong> a vingança, não encobr<strong>em</strong> muitos outros sentimentos, que só as<br />

almas observam porque reflet<strong>em</strong> nos auras de cada um! Quantas vezes sois delicados na<br />

forma, mas não no fundo!<br />

Quantas vezes o não sois na forma, n<strong>em</strong> no fundo! Quantas vezes partis para o<br />

mundo Astral, com a convicção de ter cumprido o vosso dever.<br />

É de lutas, portanto, a vida do ser humano na Terra e não é digno de viver aquele<br />

que não sabe lutar, que não saber vencer-se, que não t<strong>em</strong> energia suficiente para vencer <strong>em</strong>


todas as dificuldades da vida terrena por mais difíceis que pareçam, por mais obscuras que<br />

sejam.<br />

Aquele que sabe lutar para vencer t<strong>em</strong> a ajudá-lo a assistência do Astral Superior, o<br />

qual está s<strong>em</strong>pre a animá-lo para o cumprimento do dever, para resistir às dores morais<br />

produzidas pela ingratidão dos seus, e daqueles que se diz<strong>em</strong> seus amigos, nunca o<br />

deixando ficar acabrunhado, ou combalido; pois, logo que o ser se saiba elevar pelo<br />

pensamento, está sendo irradiado, recebendo efluviações da força reanimadora para não<br />

enfraquecer na luta pela vida.<br />

Princípios são Princípios; coloque-se o ser dentro deles e será intangível,<br />

invencível.<br />

Monsenhor Moreira - 14/06/1930<br />

“Só a Verdade vos fará livres”, disse Jesus, o Cristo, e nós o afirmamos, ou<br />

continuamos a afirmar: só o ser leal, sincero, e verdadeiro é que pode ser livre. Mas a<br />

lealdade a que nos referimos precisa existir no caráter, no sentimento, para assim inspirar<br />

respeito.<br />

A Verdade, portanto, deve ser dita, sentida e expressada s<strong>em</strong>pre, s<strong>em</strong>pre, seja<br />

quando for, mesmo contra vós próprios.<br />

Sede leais, sede sinceros, sede verdadeiros, uni-vos todos com o mesmo ideal e<br />

sereis recompensados pelo ameno sofrimento que possa advir dessa lealdade, dessa<br />

sinceridade e dessa união.<br />

A união faz a força: uni-vos, portanto, porque nós precisamos de vós, mas<br />

quer<strong>em</strong>os-vos seres convictos, leais e sinceros para que possais não só servir à Doutrina,<br />

mas fazer o vosso progresso espiritual.<br />

Luiz de Mattos - 14/06/1930<br />

A vida é a luta destinada ao hom<strong>em</strong> na Terra, e a convicção de si próprio é a espada<br />

que garante todas as vitórias.<br />

Velha é essa nossa afirmativa e, no entanto, velhos são os que nos ouv<strong>em</strong>, mas<br />

poucos aqueles que nos compreend<strong>em</strong>.<br />

Se a luta é a vida destinada ao hom<strong>em</strong>, por que razão não sabeis lutar, e não sois<br />

soldados valentes, prontos a atacar o inimigo, frente a frente, s<strong>em</strong> t<strong>em</strong>er coisa alguma, <strong>em</strong><br />

vez de indolent<strong>em</strong>ente vos conservardes à retaguarda, medrosamente fugirdes? Por que<br />

razão não marchais com passo firme, de fronte erguida e convicção plena na vitória?<br />

Quantas vezes, nós malhamos, malhamos e continuamos a malhar, e vós nos ouvis,<br />

e continuais a ouvir, mas tudo entra por um ouvido e sai por outro, não acolheis <strong>em</strong> vossas<br />

almas as nossas admoestações, as nossas observações, os nossos conselhos, s<strong>em</strong>pre<br />

salutares!<br />

De grandes lutas t<strong>em</strong> sido a vida de todos os homens de real valor nesse planeta de<br />

misérias. De lutas insanas t<strong>em</strong> sido a vida das almas evoluídas que até este presídio têm<br />

descido para mais rapidamente ascender<strong>em</strong> ao seu ponto de partida.<br />

Lutar é o dever de todo hom<strong>em</strong>.


Aquele que não sabe lutar, <strong>em</strong>preendendo coisas úteis e proveitosas, a si e à<br />

humanidade, não t<strong>em</strong> valor, não é um hom<strong>em</strong>, mas sim um boneco.<br />

Se a vida é a luta destinada ao ser humano na Terra, este ser t<strong>em</strong> por dever lutar. A<br />

luta começa desde os verdes anos, e se manifesta nas traquinagens, nos estudos, na<br />

indolência, na inquietude, enfim, nos pequenos nadas que são muita coisa. Cresce, a luta<br />

redobra, nos estudos, no trabalho, a vencer as dificuldades que apresenta esse trabalho. Se<br />

constitui família, mais ainda aumenta a luta, pesa a responsabilidade da família; vêm os<br />

filhos, redobra ela, para o hom<strong>em</strong> que sabe lutar, está visto, porque para o indolente, tudo<br />

está b<strong>em</strong>, pouca importância liga à manutenção dos seus, à educação e instrução dos filhos.<br />

Luta, enfim, com a educação dos filhos, preparando-os para também por si lutar<strong>em</strong>;<br />

sofre, por vezes, grandes desgostos, mas luta s<strong>em</strong>pre e s<strong>em</strong>pre até que chegue o t<strong>em</strong>po de o<br />

espírito deixar o corpo. As vossas explosões de gênio (como dizeis) acarretam grandes<br />

dissabores, graves conseqüências até; quantas vezes o mau ex<strong>em</strong>plo que dais com a tal<br />

energia explosiva, tão mal compreendida, que <strong>em</strong>pregais quer no seio da vossa família,<br />

quer mesmo aqui, dentro desta Casa, nas nossas Sessões, cujo mau ex<strong>em</strong>plo não atinge só<br />

os vossos, mas ainda aqueles que a esta Casa vêm.<br />

Quantos, quando aqui, se portam muito b<strong>em</strong>, possu<strong>em</strong> muita cortesia, são muito<br />

distintos, muito leais, e, fora daqui, são completamente o contrário; no lar são uns<br />

verdadeiros déspotas, nada possuindo de compostura, honra e valor, mas sim, e somente, a<br />

animalidade <strong>em</strong> ação. Pretendendo dar uma boa educação aos filhos, quer<strong>em</strong> obrigá-los a<br />

muito, mas não procuram dar o ex<strong>em</strong>plo, que é tudo. Muita exigência, muito repreender,<br />

muita gritaria, muita cara feia e, no entanto, tão fracos ex<strong>em</strong>plos... mas, tão fracos!<br />

Racionalista, propriamente dito, nenhum de vós o é, porque o Racionalista encerra<br />

a perfeição, cumpre aquilo que as nossas obras encerram, segue à risca o que lhe<br />

aconselhamos.<br />

Essa maneira de viver, esse modo de agir no lar ou fora dele, <strong>em</strong> vez de beneficiar,<br />

só prejudica, porque <strong>em</strong> vez de conseguir a harmonia, a união no lar, provoca o despeito, a<br />

raiva, as odiosidades das companheiras mal esclarecidas, e mesmo, dos próprios filhos.<br />

É preciso, portanto, que procureis assimilar b<strong>em</strong> os nossos conselhos, as nossas<br />

admoestações, cumprindo o que encerram as palavras da Irradiação ao Astral Superior.<br />

Raciocinai, estudai e, sobretudo, corrigi os vossos maus hábitos e as vossas imperfeições, e<br />

sereis, de fato, criaturas a caminhar para a perfeição, cumprindo na Terra os deveres como<br />

seres esclarecidos e verdadeiros Racionalistas.<br />

Luiz de Mattos - 12/07/1930<br />

O Eu humano impera, e de uma maneira desenfreada, mesmo entre aqueles que<br />

faz<strong>em</strong> parte desta Doutrina, e que receb<strong>em</strong> constant<strong>em</strong>ente esclarecimentos.<br />

Para contê-lo, deviam ser suficientes os Princípios e a disciplina rigorosa desta<br />

Doutrina; porém, notamos que aparent<strong>em</strong>ente d<strong>em</strong>onstram conter os ímpetos do corpo,<br />

mas não os da alma.<br />

Esquec<strong>em</strong>-se de que o que não vê<strong>em</strong> os encarnados, v<strong>em</strong>o-lo nós através dos seus<br />

auras. Portanto, todo o nosso malhar, todo o nosso repisar, todas as nossas admoestações<br />

para poderdes conter o Eu, a vaidade, as vontadinhas humanas, nunca são d<strong>em</strong>ais; pois,<br />

para confirmação do que vos diz<strong>em</strong>os, basta ferir a vaidade deste ou daquele que<br />

imediatamente dão a perceber aquilo que de fato ainda são.


A regeneração das almas é um probl<strong>em</strong>a que ainda não está resolvido; poucos são<br />

aqueles que se prestam a receber e a pôr <strong>em</strong> prática as lições que constant<strong>em</strong>ente ouv<strong>em</strong>.<br />

Assim sendo, não é d<strong>em</strong>ais que venhamos l<strong>em</strong>brar os vossos deveres; b<strong>em</strong> quisera deixar<br />

de fazê-lo, mas é impossível, porque há momentos e ocasiões <strong>em</strong> que nós t<strong>em</strong>os que ser<br />

claros para que aqueles que b<strong>em</strong> intencionados, desejosos de algo fazer, nos compreendam<br />

e procur<strong>em</strong> tomar a parte que lhes caiba.<br />

Todo espírito encarna para lapidar-se, desejando resgatar, por vezes, graves faltas;<br />

ressentindo-se das encarnações anteriores, está cheio de vícios e de misérias, porém,<br />

quando alcança o esclarecimento da Verdade, pode perfeitamente expurgar-se logo que<br />

cumpra os seus deveres. Mas, repetimos, o que faz perder as almas é a vaidade, a<br />

presunção: uns por se julgar<strong>em</strong> muito esclarecidos e, portanto, aptos a ser<strong>em</strong> censores;<br />

outros, não querendo ser censores, mas deixando-se indolentizar, baloiçam nas perenes<br />

ilusões da vida terrena.<br />

É preciso que todos se compenetr<strong>em</strong> dos seus deveres, agindo como homens<br />

honrados, leais amigos, verdadeiros, unidos para o mesmo fim, trabalhando pelo mesmo<br />

ideal.<br />

É preciso que todos se respeit<strong>em</strong>, se estim<strong>em</strong> e toler<strong>em</strong>; e, <strong>em</strong> vez de estar<strong>em</strong> uns a<br />

fustigar os outros, molestando-se, procur<strong>em</strong>, todos unidos, deliberar para o mesmo fim,<br />

trocando idéias, mas s<strong>em</strong> que essas idéias sejam preconcebidas. Enfim, <strong>em</strong> vez de se<br />

guerrear<strong>em</strong> intimamente, quando não têm a corag<strong>em</strong> de o fazer externamente, deviam<br />

procurar irradiar pensamentos de valor sobre aqueles que, mais fracos e pusilânimes, se<br />

deixam levar na onda. Mas, infelizmente, isso não faz<strong>em</strong>!<br />

Todos estão suscetíveis ao erro, ninguém é infalível; o que se julgar infalível corre<br />

grave, mas b<strong>em</strong> grave perigo, porque mais depressa do que, por vezes, julga, está falido.<br />

É preciso, portanto, que procureis raciocinar, que tenhais um pouco mais de<br />

cuidado no vosso julgamento, que <strong>em</strong>bora vos pareça justiceiro, por vezes, encerra graves<br />

e graves erros.<br />

Esta Casa é uma escola, nela se pratica a Doutrina da Verdade; sendo uma escola,<br />

todos aqueles que a freqüentam são alunos e não mestres, os mestres somos nós e lições<br />

não vos têm faltado.<br />

Se nela se pratica a Doutrina da Verdade, todos vós tendes por dever absoluto ser<br />

verdadeiros; como dóceis discípulos receber as lições, aproveitá-las e pô-las <strong>em</strong> prática;<br />

como sinceros e leais, dizer s<strong>em</strong>pre a Verdade fira a qu<strong>em</strong> ferir, doa a qu<strong>em</strong> doer, mas essa<br />

Verdade deve ser presidida pela Justiça, não devendo esquecer cada um de que o ser<br />

honrado propriamente dito é aquele que possui valor, ponderação, moderação e justiça;<br />

valor na luta, ponderação <strong>em</strong> todos os seus atos, <strong>em</strong> todas as suas palavras, tudo<br />

subordinando a um raciocínio longo, claro, certo e seguro; moderação <strong>em</strong> todos os seus<br />

ímpetos, <strong>em</strong> toda a sua vida física; justiça, exercê-la com o espírito de justiça, que é o que<br />

mais vos falta.<br />

Esta Casa, sendo uma escola, t<strong>em</strong> as suas Filiais; essas Filiais têm por dever de<br />

tudo, tudo, dar satisfação ao Presidente Material da Casa Matriz.<br />

As deliberações, por menores que pareçam, dev<strong>em</strong> ser comunicadas<br />

mat<strong>em</strong>aticamente; tudo quanto se passa deve ser relatado com a máxima clareza, verdade e<br />

sinceridade, e isso dev<strong>em</strong> fazer para a boa ord<strong>em</strong> do serviço geral.<br />

Se nos fosse possível dispor de gente suficiente teríamos um Fiscal, dois, três,<br />

conforme fosse preciso para correr os nossos Filiados, fiscalizando e orientando dentro dos


Princípios e de acordo com a disciplina que deve ser a mesma <strong>em</strong> toda e qualquer parte <strong>em</strong><br />

que se pratica o <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong>.<br />

Mas, já que não nos é possível ter gente suficiente para tal serviço, é preciso que<br />

todos, mas todos, dê<strong>em</strong> ciência à Casa Chefe daquilo que se passa material ou<br />

espiritualmente desde que se refira a assuntos da Doutrina. Assim fazendo, tudo isto fica<br />

arquivado na Casa Chefe, e de todas as resoluções, tudo quanto sucede nos Filiados, serão<br />

os seus Presidentes s<strong>em</strong>pre b<strong>em</strong> orientados, b<strong>em</strong> encaminhados para b<strong>em</strong> cumprir<strong>em</strong> os<br />

seus deveres. Esses Presidentes, conforme dev<strong>em</strong> saber a parte do capítulo referente a si e<br />

às Sessões, dev<strong>em</strong> cumprir à risca aquilo que lá está. Desde que cumpram a disciplina, o<br />

regulamento e não saiam dos Princípios por nós explanados e exigidos e que sejam postos<br />

<strong>em</strong> prática, estão cumprindo o seu dever, nada dev<strong>em</strong> t<strong>em</strong>er, estão dentro da disciplina e<br />

do método impostos pela Doutrina; fora disso, é cair <strong>em</strong> erro e de um erro vai a outro erro,<br />

até vir a falência.<br />

Não se dev<strong>em</strong> descuidar um só momento; o raciocínio deve presidir a todos os seus<br />

atos, porque não se dev<strong>em</strong> esquecer de que, sendo instrumentos da Doutrina, são os mais<br />

visados pelo astral inferior.<br />

Dev<strong>em</strong> ouvir também os seus companheiros, quando esses companheiros são<br />

dedicados, b<strong>em</strong> intencionados, leais e sinceros; ouvindo-os, trocarão idéias e essas idéias<br />

dev<strong>em</strong> estar s<strong>em</strong>pre de acordo com os Princípios e de acordo com as ordens recebidas da<br />

Casa Matriz. Se assim fizer<strong>em</strong>, se tudo andar <strong>em</strong> ord<strong>em</strong> e se tudo obedecer à mesma<br />

disciplina e método, cumprirão os seus deveres, serão fiéis instrumentos das Forças<br />

Superiores e chegarão ao término da sua viag<strong>em</strong> por este mundo, partindo dele com a<br />

consciência tranqüila que advém de b<strong>em</strong> haver<strong>em</strong> cumprido o seu dever, quer para com a<br />

Doutrina, quer para consigo próprios. Mas, se isso não fizer<strong>em</strong>, caro lhes há de custar.<br />

Assim sendo, Wald<strong>em</strong>ar (refere-se ao Presidente do Filiado de Belo Horizonte, que<br />

se achava presente à Sessão) t<strong>em</strong> por dever acatar todas estas minhas recomendações,<br />

(assim como todos os Presidentes que ler<strong>em</strong> estas minhas determinações); se isso fizeres,<br />

cumprirás s<strong>em</strong>pre o teu dever.<br />

Deves estar s<strong>em</strong>pre alerta, estudar, estudar s<strong>em</strong>pre e cada vez mais; procura<br />

desenvolver-te pela leitura de boas obras e procura s<strong>em</strong>pre desdobrar os Princípios com a<br />

máxima clareza; respeita a todos, mas acima de todos, às Forças Superiores; acata as suas<br />

ordens e determinações e quando tenhas qualquer dúvida, aberta e sinceramente dirige-te a<br />

esta Casa, para poderes receber as instruções que precisares.<br />

Avante! Cumpre s<strong>em</strong>pre o teu dever: com a máxima boa vontade, com o desejo<br />

s<strong>em</strong>pre de acertar, porque nós procuramos amparar-te, procuramos dar-te o conforto moral<br />

de que precisas para b<strong>em</strong> levares a término a tua espinhosa carga.<br />

É preciso, portanto, que tenhas confiança <strong>em</strong> nós, que somos os leais amigos,<br />

sinceros e verdadeiros daqueles que quer<strong>em</strong> e d<strong>em</strong>onstram boa vontade <strong>em</strong> nos servir.<br />

Estamos s<strong>em</strong>pre, portanto, a amparar todas as almas que desejam cumprir o seu<br />

dever e a tua será uma das amparadas por nós desde que procures cumprir tudo quanto nós<br />

te determinamos.<br />

T<strong>em</strong> ânimo forte, portanto, procura cumprir cada vez melhor os teus deveres e<br />

sentir-te-ás tranqüilo porque então terás a consciência do teu dever cumprido.


Monsenhor Moreira - 12/07/1930<br />

Nestas Sessões desc<strong>em</strong> as almas evoluídas para vos esclarecer, como <strong>em</strong> família se<br />

reún<strong>em</strong> todos, para receber as deliberações nossas e os nossos conselhos. Juntamente com<br />

essas deliberações e conselhos, receber os nossos fluidos. Esses fluidos que a muitos<br />

parece nada, mas, no entanto, vão eles beneficiar as almas, tornando-as mais leves e mais<br />

lúcidas para poder<strong>em</strong> assimilar melhor aquilo que ouv<strong>em</strong>, como ainda este líquido irá curar<br />

muitas feridas e acalmar muitas, mas mesmo muitas almas sofredoras.<br />

Desejamos que todos vós, aproveitando aquilo que ouvis, possais aproveitar o<br />

vosso t<strong>em</strong>po, não perdendo um só minuto e para que não vos esqueçais de que no<br />

pensamento está todo o valor, toda a vossa segurança, quando b<strong>em</strong> irradiado.<br />

Procurai, agora, fazer uma Irradiação sincera, a fim de que possam por meio dela<br />

descer até vós as almas vossas amigas que só procuram o ensejo de vos vir beneficiar.<br />

“Grande Foco, etc., etc.”<br />

Tudo se consegue quando acima das criaturas se coloca o dever a cumprir.<br />

Não vos dev<strong>em</strong>, portanto, molestar as censuras daqueles que tinham por dever ser<br />

mais cristãos, mas sim procurai cumprir melhor do que até aqui os vossos deveres; o que já<br />

lá vai não t<strong>em</strong> mais que voltar, mas vós podeis com tudo isso, lucrar alguma coisa; para<br />

bom entendedor meia palavra basta.<br />

Monsenhor Moreira - 19/07/1930<br />

Depois do que ouvistes só me resta confirmar e desejar que aproveiteis. Não é<br />

preciso dirigir-me nominalmente àqueles a qu<strong>em</strong> mais compete compreender essas lições.<br />

Podíamos chamar a atenção individualizando mas não é necessário, falamos <strong>em</strong><br />

tese, para bom entendedor, meia palavra basta; todos vós deveis aproveitar as doutrinações<br />

que vos são dirigidas, cabe a cada um uma boa parte.<br />

Cumpri, portanto, cada um o vosso dever e deixai entregue a nós a parte principal,<br />

porque esta não vos compete; nós apenas quer<strong>em</strong>os que saibais agir como nossos<br />

instrumentos. Nós não precisamos de conselhos, n<strong>em</strong> tampouco de incentivo,<br />

incentivamos-vos a vós, que vos achais neste planeta de sofrimentos, sujeitos à perturbação<br />

própria do meio e à ação maléfica não só dos inimigos astrais, como materiais, mas isso é o<br />

bastante para que vos precavenhais e saibais que a lei de atração é um fato e que acima das<br />

misérias humanas estão as Forças Superiores que velam por vós e que, sobretudo, tudo<br />

faz<strong>em</strong> pela defesa da sua Doutrina.<br />

Pedro Lessa - 19/07/1930<br />

A Doutrina evolui irradiando com intensidade por toda a parte, mas para se firmar,<br />

ela encontra o terreno falho, ruim, o meio pervertido, a humanidade desvairada, os seus<br />

instrumentos fracos e pusilânimes, mas, apesar de tudo isso, ela se firma e firma-se por<br />

quê? Porque não depende dos homens, não depende das criaturas, porque, se dependesse<br />

deles, n<strong>em</strong> a terça parte teria feito do que já fez.


Firma-se, sim, não ostensivamente, mas revoltosamente; firma-se, sim, não<br />

revolucionariamente, mas fermentando essa revolução, digo fermentando, porque se os<br />

ânimos não se d<strong>em</strong>onstram revolucionados, é porque ela não se tornou ainda b<strong>em</strong> <strong>em</strong><br />

evidência; o fermento lá está e aqueles que o receb<strong>em</strong>, sent<strong>em</strong> a sua influência;<br />

d<strong>em</strong>onstram-no claramente atacando-a na parte mais sensível que ela possui. Mas isso<br />

pouco importa, porque acima de tudo isso está a nossa vontade que é inquebrantável.<br />

Sab<strong>em</strong>os perfeitamente que na Terra não possuímos segurança; sab<strong>em</strong>os<br />

perfeitamente que a sua Justiça não é b<strong>em</strong> dada; sab<strong>em</strong>os perfeitamente que o juízo dos<br />

homens é muito falho, mas sab<strong>em</strong>os também que, acima de tudo isso, estão os desígnios<br />

das Forças Superiores, que não se confund<strong>em</strong> com a Justiça terrena, não se acovardam,<br />

enfrentam todo e qualquer ataque.<br />

A Doutrina, pois, repito, firma-se, firma-se, e firmar-se-á cada vez mais, e, quanto<br />

mais ela se firmar e mais notada for a sua influência, mais atacada será. Se, pelo contrário,<br />

ela se tornar obscura, limitando-se a um meio restrito e diminuto, naturalmente que não<br />

pode sofrer ataque de espécie alguma, visto não exercer influência sólida no meio a que é<br />

acessível e b<strong>em</strong> recebida. Mas, se ela não se limita a esse meio e se estende, se propaga,<br />

naturalmente, <strong>em</strong>bora não seja intensivamente, é contudo intensa a sua campanha, porque<br />

ataca justamente os poderes daqueles que mais sent<strong>em</strong> a sua influência. Estudai cada vez<br />

mais para que possais tirar as conclusões necessárias de todas as campanhas sofridas pela<br />

Doutrina; que elas vos possam servir de estímulo, que elas vos possam servir de ex<strong>em</strong>plo<br />

para serdes mais ativos e enérgicos no cumprimento dos vossos deveres.<br />

Não contamos <strong>em</strong> absoluto com a Justiça terrena, dela não faz<strong>em</strong>os caso. O que<br />

quer<strong>em</strong>os são fatos, o quer<strong>em</strong>os são ex<strong>em</strong>plos, o que quer<strong>em</strong>os são d<strong>em</strong>onstrações claras,<br />

nítidas e seguras do que seja a influência nossa, da nossa Doutrina.<br />

O juízo dos homens para nós é coisa secundária, mas os nossos instrumentos têm<br />

por dever, acima de tudo colocar o seu raciocínio, agir convenient<strong>em</strong>ente, agir sobretudo,<br />

com prudência, seguindo os excelentes conselhos do bom instrumento nosso, o seu<br />

advogado. Se assim fizer<strong>em</strong>, pod<strong>em</strong> estar certos da vitória, porque a assisti-lo e a<br />

acompanhá-lo me encontro eu, que muito me interesso pela nossa causa e, conhecendo<br />

como ninguém os poderes da humanidade, o valor da Justiça terrena, a subserviência e a<br />

corrupção dos Juízes, sei perfeitamente como agir e, encontrando instrumentos seguros, de<br />

qualquer maneira agirei. Até lá, damos t<strong>em</strong>po ao t<strong>em</strong>po.<br />

Luiz de Mattos - 19/07/1930<br />

A luta é a vida destinada ao hom<strong>em</strong> na Terra. Quantas vezes tendes ouvido falar<br />

assim, no entanto, quando a luta se torna mais pesada e acirrada, não vos procurais conter e<br />

colocar-vos <strong>em</strong> condições de b<strong>em</strong> lutar para melhor vencer.<br />

A luta é a vida destinada ao ser humano na Terra, esse ser, quando esclarecido, t<strong>em</strong><br />

ainda mais necessidade de lutar e saber vencer.<br />

Não é com violências, com arrufos, com impaciência, n<strong>em</strong> com leviandade que se<br />

vence; não é tampouco com descanso e indiferença, mas, sim, sendo perspicaz, inteligente,<br />

esperto e, sobretudo, sabendo-se conduzir de maneira que o astral inferior não tome conta<br />

de si. Ser um instrumento dócil das Forças Superiores e não um joguete das forças<br />

inferiores.


Quanto mais revolto está o mar, maior deve ser a confiança. Quanto maior for a<br />

t<strong>em</strong>pestade, mais confiança deve reinar nas almas esclarecidas e nada mais agradável para<br />

vós do que a luta <strong>em</strong> prol de uma Doutrina como esta.<br />

A mim s<strong>em</strong>pre me foi agradável lutar <strong>em</strong> prol da Doutrina; nunca tive receio de<br />

coisa alguma e por isso mesmo venci s<strong>em</strong>pre, porque não me deixava abater ao primeiro<br />

ataque, n<strong>em</strong> me at<strong>em</strong>orizavam as criaturas.<br />

A alma encarnada, quando movida por um fim altruísta, t<strong>em</strong> o pensamento s<strong>em</strong>pre<br />

acima das misérias humanas e, assim como não faz mau juízo de ninguém, também mesmo<br />

s<strong>em</strong> saber atrai el<strong>em</strong>entos de força que a ajudam a tudo vencer.<br />

Fui para vós o ex<strong>em</strong>plo vivo, que ele vos preste para também saberdes vencer <strong>em</strong><br />

todos os ataques contra vós cometidos.<br />

Quando se sabe ser instrumento das Forças Superiores, mas real instrumento,<br />

calmo, comedido e sensato, nada, <strong>em</strong> absoluto, pode acontecer. Por isso, armados pela<br />

convicção <strong>em</strong> vós próprios e <strong>em</strong> nós, resolutos para a luta, confiantes nos Princípios da<br />

Doutrina e naquilo que os vossos Superiores vos ordenam, marchai, porque podeis ter a<br />

certeza da vitória.<br />

Quanto mais revoltados estiver<strong>em</strong> os ânimos, quanto mais t<strong>em</strong>pestuosa estiver a<br />

atmosfera da Terra, mais enérgica é a nossa ação Astral. Quanto mais revolucionados<br />

estiver<strong>em</strong> os ânimos contra a nossa Doutrina, mais se avolumam as nossas palavras <strong>em</strong><br />

defesa dessa mesma Doutrina. Basta somente que aqueles que se diz<strong>em</strong> nossos<br />

instrumentos o saibam ser de fato, prest<strong>em</strong>-se a servir-nos de arrimo, prest<strong>em</strong>-se de esteios<br />

para nós podermos então completar a obra.<br />

Por isso, vos previno mais uma vez que tenhais confiança absoluta <strong>em</strong> vós próprios,<br />

ânimo forte e procureis cumprir s<strong>em</strong>pre o vosso dever para com vós próprios; ânimo forte<br />

e procureis cumprir s<strong>em</strong>pre o vosso dever para com a Doutrina e para convosco,<br />

esquecendo-vos dos homens e das misérias terrenas, para só fazer imperar o vosso<br />

pensamento e a vossa convicção.<br />

Não há nada a t<strong>em</strong>er quando se bate por uma Doutrina como esta. Aquele que<br />

vacila e t<strong>em</strong> receio é um covarde e d<strong>em</strong>onstra não ter aprendido coisa alguma, n<strong>em</strong><br />

compreendido e atingido o fim desta Doutrina, que prepara o hom<strong>em</strong> para a luta e não para<br />

ser um covarde, para enfrentar todos os ataques e não para se conservar tímido.<br />

Avante pois, caminhai como soldados disciplinados, metódicos e respeitadores e só<br />

tendes que vos regozijar quando terminada a vossa luta, assim dais aos mundos de luz para<br />

gozar da vida Eterna.<br />

Acima das Forças Superiores, só as Forças Superiores. Acima da Doutrina, só a<br />

Doutrina. Com esta divisa tudo podeis enfrentar, basta apenas firmeza de pensamento,<br />

calma absoluta e convicção plena daquilo que sois e do que deveis ser <strong>em</strong> face da<br />

Doutrina.<br />

Manifestação do espírito de João Pessoa, <strong>em</strong> sessão pública de 28/07/1930<br />

Espírito: – Não haverá um desgraçado que faça justiça a um bandido covarde, a um<br />

assassino infame... antes que eu morra?!...<br />

Presidente: – Amigo, a ignorância da vida é a mãe de muitos crimes e de muitas<br />

misérias. Mas, porventura, já não morreu o teu corpo?<br />

Espírito : – Quase... ainda não...


Presidente : – Vê tu como é triste o estado das almas, como tu, que ainda não<br />

reconheceste a separação do corpo que te serviu de carro; supondo-te ainda ligado a ele,<br />

como se vida física ainda tivesses, e pudesses ainda dar ordens materiais a qu<strong>em</strong> quer que<br />

fosse.<br />

Espírito : – Morri... estou aqui falando, observam-me e não me respond<strong>em</strong>?...<br />

Presidente – Morreu o teu corpo, mataram-no, mas não mataram a alma, e se não<br />

fosse o teu estado de perturbação, se não fosse o casamento do teu pensamento com o dos<br />

outros, também assassinos, estarias livre desse atentado, não serias vítima, ou quando o<br />

fosses, seria como o foi, mas à traição, Pinheiro Machado; porém um hom<strong>em</strong> que t<strong>em</strong><br />

encargos nunca se expõe como tu te expuseste, não sabendo conter-te, n<strong>em</strong> dominar os<br />

teus ímpetos, para apenas seres o servidor da Nação.<br />

Maldito egoísmo, maldito pensamento de ódio e ciúme que se apodera das almas<br />

encarnadas, cegando-as de tal maneira que nada mais vê<strong>em</strong> que não seja o saciar dos seus<br />

desejos.<br />

Espírito – Enganas-te! Eu não faria tanto, <strong>em</strong>bora tivesse os meus ressentimentos<br />

b<strong>em</strong> graves, porque me feriram a mim; mas não teria corag<strong>em</strong> de roubar a vida ao meu<br />

s<strong>em</strong>elhante. Sei perfeitamente que rixas velhas entre nós existiam, sei perfeitamente que<br />

não havia possibilidade de uma reconciliação, mas nunca eu faria àquele, aquilo que ele<br />

me fez.<br />

B<strong>em</strong> sei que se aproveitou do momento crítico, b<strong>em</strong> o sei; mas, como nunca t<strong>em</strong>i os<br />

homens, assim me expus e nunca julguei que me pegasse tão de improviso, porque, <strong>em</strong><br />

defesa minha, eu seria b<strong>em</strong> valente, mas o destino, ou a sorte, ou seja lá o que for assim o<br />

quis, e eu tenho que me curvar.<br />

Presidente – Enganas-te! As almas, quando deixam o corpo físico, têm por dever<br />

elevar-se para saber<strong>em</strong> fazer justiça. E tu ainda te estás ressentindo do teu estado de<br />

perturbação, para defender a tua individualidade. No entanto, esqueces-te de que os<br />

homens pod<strong>em</strong> enganar-se uns aos outros, mas não se enganam os espíritos.<br />

Se tu fosses a justiça personificada, se tu fosses o hom<strong>em</strong> possuidor de<br />

pensamentos, como acabas de dizer, não dirias as palavras que proferiste quando te<br />

começaste a te manifestar, mandando que matass<strong>em</strong>...<br />

Quanto maior for o atentado, maior deve ser o desprendimento e elevação da alma.<br />

É, agora, o teu estado irr<strong>em</strong>ediável; portanto o teu dever, se não estivesses<br />

envolvido <strong>em</strong> má assistência, era imediatamente religares-te às Forças Superiores e pedires<br />

cl<strong>em</strong>ência para os bandidos que apenas supõ<strong>em</strong> que a justiça é o bacamarte.<br />

O que falta ao povo, à humanidade, é a instrução, é a educação de Princípios, e<br />

esses precisam nascer do lar, precisam nascer da escola, a fim de que, no futuro, não haja<br />

imitadores daquele que te tombou no campo da luta; pois, para ele, e para os seus, a justiça<br />

é o homicídio, é o bacamarte, e isso não se admite entre brasileiros no século <strong>em</strong> que<br />

estamos. Mas, não te julgamos superior aos d<strong>em</strong>ais, porque tu apenas viste o que eles<br />

continuam vendo, o interesse pessoal, o interesse político, o interesse material, e, quando<br />

os homens se deixam mover por esses interesses, o seu fim terá de ser s<strong>em</strong>pre miserável.<br />

Portanto, não era o interesse propriamente da Pátria, não era o interesse propriamente de<br />

um povo, não era o interesse da Justiça, era o interesse de coisas puramente pessoais.<br />

Espírito – Falas b<strong>em</strong>! Mas, qual é o político, qual é o hom<strong>em</strong> de governo,<br />

principalmente neste país, que não visa acima de tudo, ao seu interesse pessoal?


Presidente – Enganas-te! Grandes políticos t<strong>em</strong> tido esta Pátria e grandes há de<br />

continuar a ter porque ela está predestinada a dar lições ao mundo, quer sobre política, quer<br />

sobre todos os assuntos, que digam respeito ao engrandecimento desta mesma Pátria.<br />

Espírito – Não no momento atual!<br />

Presidente – No momento atual, sim! Estão, porém, retraídos, porque nesta época<br />

só impera o interesse, e não lhes dão o valor que merec<strong>em</strong>.<br />

Espírito – Mas o momento não requer covardia!...<br />

Presidente – O momento requer prudência, o momento requer clarividência!...<br />

Espírito – Desgraçado Brasil!...<br />

Presidente – Desgraçados os espíritos que, como tu, apenas vão dando de herança<br />

aos da sua geração o sangue!<br />

Espírito – As minhas intenções atuais, com respeito à minha Pátria, eram as<br />

melhores.<br />

Presidente – Também não as negamos, apenas repisamos na parte <strong>em</strong> que devias<br />

ser mais prudente. Não te negamos valor, não te negamos alguma superioridade, porém,<br />

pelo teu pensar e agir confundias-te...<br />

Espírito – Mas, se eu me sentia rodeado de criaturas, covardes umas, interesseiras<br />

outras... na maioria, somente gente deste calão?!...<br />

Presidente – E culpa de qu<strong>em</strong>? Culpa de todo aquele que chega ao Congresso, ao<br />

Governo e não procura legislar e mandar, baseando-se <strong>em</strong> princípios racionais e<br />

científicos, cuidando da instrução do povo, esclarecendo-o, vivendo para ele e somente<br />

para ele!<br />

O mal v<strong>em</strong> de longe; ele ainda continuará por muito t<strong>em</strong>po, justamente porque<br />

impera o egoísmo e nada mais.<br />

Espírito – Percebo qual é o mal: é o dinheiro, é o dinheiro a causa de tudo, é com<br />

ele que se compram as consciências e se faz a política!<br />

Presidente – Quando o povo for esclarecido, o dinheiro não corromperá as<br />

consciências.<br />

Dê<strong>em</strong> instrução ao povo, eduqu<strong>em</strong>-no para o trabalho e para o amor à Pátria,<br />

esclarecendo-o sobre a sua composição física e espiritual e terá concorrido para a paz<br />

mundial, para a harmonia entre os povos, tendo por única Pátria – o UNIVERSO.<br />

Espírito – Sei perfeitamente que faltas e b<strong>em</strong> graves cometi; agora melhor do que<br />

então eu posso julgar-me; mas não posso deixar de fazer sentir o estado atual do nosso<br />

país, que é b<strong>em</strong> crítico.<br />

Todo aquele que, como patriota, queira proceder b<strong>em</strong>, t<strong>em</strong> que sofrer muito, ou<br />

então, sucumbirá na luta como eu.<br />

B<strong>em</strong> sei que o que me fez baquear mais depressa foi a vingança, foi o ódio...<br />

infelizmente, ele impera com intensidade levando os homens à faca, à garrucha, à<br />

espingarda, <strong>em</strong> qualquer luta de ânimos irritados.<br />

Assim sendo, é muito difícil governar; só qu<strong>em</strong> passa por esse transe é que pode<br />

avaliar da sua dificuldade.<br />

Se houvesse uma compreensão exata do dever, naturalmente, que o despotismo e os<br />

interesses pessoais desapareciam para imperar, então, o interesse do país.<br />

Não há dúvida de que no nosso Brasil exist<strong>em</strong> homens valentes; uma mocidade que<br />

promete. Mas que, infelizmente, está sendo muito mal encaminhada.


Desde jov<strong>em</strong>, os homens sofr<strong>em</strong> o ambiente da corrupção, da subserviência, da<br />

falta de independência de caráter dos pais, servindo aos governos e não à Pátria; apenas<br />

vendo o interesse pecuniário, pendendo para o lado daquele que mais der.<br />

Disseste b<strong>em</strong>, a educação é a causa de tudo isso! Porque se houvesse uma educação<br />

verdadeira, patriótica, para os homens, eles, naturalmente, seriam s<strong>em</strong>pre honestos,<br />

procederiam s<strong>em</strong>pre com lisura. Ainda os há, não há dúvida, mas é <strong>em</strong> pequeno número, e<br />

os que vão vindo agora, vão-se viciando; isso é uma verdade, que a minha experiência<br />

constatou. E, no entanto, se houvesse criaturas capazes de preparar homens para a luta, <strong>em</strong><br />

defesa de um ideal elevado, naturalmente que a situação se modificaria.<br />

O que se passa no nosso Brasil ocorre <strong>em</strong> todo o mundo, é o mal da época;<br />

ressent<strong>em</strong>-se os homens de uma educação corroída e de um patriotismo falho.<br />

Procurei cumprir o meu dever, porém, oxalá o possa cumprir melhor ao voltar à<br />

Terra.<br />

Resta-me, agora, juntar-me aos grandes amigos que aqui me trouxeram, dentre os<br />

quais destaco Delfim Moreira, Afonso Pena, Rio Branco Pai, Joaquim Nabuco, Rio Branco<br />

Filho, Campos Salles, Cruz e Souza, e também Siqueira Campos, alma valorosa e lutadora,<br />

cujo valor faz obscurecer todos os seus erros de inteligência. Oxalá pudess<strong>em</strong> os meus,<br />

vendo-os, sentir o que eu sinto; a noção real da vida, o verdadeiro patriotismo, que não está<br />

no egoísmo limitado a uma só Terra, mas a todo o Universo.<br />

O meu desejo, agora, é que o mundo inteiro tenha bons governadores; só então,<br />

poderá haver felicidade entre os governados.<br />

Pobre Brasil!... Grande, rico, exuberante, mas tão mal dirigido!...<br />

A culpa é nossa; e oxalá pudess<strong>em</strong> os que ficam reconhecê-la a t<strong>em</strong>po para<br />

poder<strong>em</strong>, então, governar com mais justiça, imperando ela na Terra.<br />

A vingança e o ódio ofuscam-nos as almas de tal maneira, que nada pod<strong>em</strong>os fazer;<br />

é depois que desencarnamos, que reconhec<strong>em</strong>os os grandes males praticados, e v<strong>em</strong>os com<br />

grande tristeza que muito mais podíamos ter feito do que fiz<strong>em</strong>os, quer <strong>em</strong> prol do país,<br />

quer <strong>em</strong> benefício de toda a humanidade.<br />

Nada mais quero.<br />

João Pessoa<br />

Presidente – Disse o grande historiador Dr. Mello Morais – o Velho – numa das<br />

suas obras raras, “que nada havia a esperar dos políticos do seu t<strong>em</strong>po e mesmo daqueles<br />

que se sucedess<strong>em</strong> até à Quarta geração”.<br />

Assim sendo, amigo, com Mello Morais – o Velho – estão todos aqueles que como<br />

ele pensam; sendo ele o maior historiador que a História nos aponta <strong>em</strong> sensatez e<br />

honradez, esteve s<strong>em</strong>pre ao par dos fatos do seu país e até dos d<strong>em</strong>ais povos; procurou<br />

s<strong>em</strong>pre e s<strong>em</strong>pre a orig<strong>em</strong> dos mesmos para não relatar nada que não fosse a verdade;<br />

razão por que não lhe foi difícil fazer a revisão certa dos homens, políticos de hoje e dos<br />

que ainda lhes sucedam por algum t<strong>em</strong>po.<br />

Assim sendo, quando ele deixou essa obra, talvez o fizesse esperançado <strong>em</strong> que se<br />

foss<strong>em</strong> modificando as criaturas, tornando-se, sucessivamente, melhores; mas, como tudo<br />

obedece a princípios, sujeitos às leis naturais que reg<strong>em</strong> o Universo, não pode a geração<br />

atual, como talvez até a terceira (supomos estar na segunda descrita por Morais – o Velho),<br />

ou quarta, fazer coisa alguma, visto que estão influenciando os maus princípios herdados<br />

de uma política bandalheira, escravocrata, feudal e ordinária, nascida de um imperialismo<br />

aguerrido, vindo de Portugal e de Espanha, <strong>em</strong> virtude das guerrilhas políticas existentes


entre esses dois países, estando nós, Brasil-Colônia, e Portugal sob o domínio espanhol<br />

influenciado pela nociva Roma Papal, que procurou s<strong>em</strong>pre escravizar as almas,<br />

torturando-as, moral e fisicamente, <strong>em</strong>brutecendo-as (...); dessa má forma de governo,<br />

pois, tiv<strong>em</strong>os que sofrer as conseqüências das invasões ao Norte, mesclando o caráter, e de<br />

cujo mal sofre ainda uma grande parte da geração atual e talvez até à quarta. Dessa <strong>em</strong><br />

diante, é de esperar-se que se definam os caracteres que imperaram nas almas lusobrasileiras,<br />

quando a irradiar para o cumprimento do dever, com a altivez que s<strong>em</strong>pre<br />

presidiu desde a expulsão dos Holandeses às d<strong>em</strong>ais batalhas havidas para honra e glória<br />

daqueles que sab<strong>em</strong> lutar e pertencer ao Brasil.<br />

Até lá, resta haver prudência, educação, e persistência para o trabalho honrado.<br />

Luiz de Mattos - 30/08/1930<br />

Confiança absoluta, valor e convicção <strong>em</strong> vós próprios.<br />

Trabalhar, trabalhar muito, eis o que deveis fazer. Confiar, desconfiando s<strong>em</strong>pre,<br />

agir com mais ponderação e sobretudo olhar as coisas por um prisma mais espiritual e mais<br />

prático.<br />

Na Terra como na Terra, mas as coisas espirituais dev<strong>em</strong> ser tratadas com a mesma<br />

espiritualidade que merec<strong>em</strong>. Agir como criaturas esclarecidas, trabalhar e lutar como<br />

criaturas valorosas, mas perspicazes e, ao mesmo t<strong>em</strong>po, ponderadas; se isso fizerdes sereis<br />

um belo instrumento da Doutrina; ela caminhará com presteza, com clareza e sobretudo<br />

com firmeza; se isso não fizerdes, sois maus instrumentos, estais, portanto, sujeito ao<br />

avassalamento do astral inferior e à perda do vosso t<strong>em</strong>po.<br />

Se começastes por que razão não continuais?<br />

Aproveitai o t<strong>em</strong>po, portanto , sede leais servidores das Forças Superiores, porque<br />

só lucrarão as vossas almas.<br />

Lutai, pois; lutai com valor, esclarecei cada vez mais as vossas almas, procurai darlhes<br />

o alimento de que elas carec<strong>em</strong> para que não venham a falir e a não cumprir até ao fim<br />

o seu dever, eis o que eu vos l<strong>em</strong>bro como amigo leal vosso e desejoso do vosso progresso<br />

espiritual.<br />

Paulo Barreto - 30/08/1930<br />

O caminhar da Doutrina, <strong>em</strong>bora vos pareça lento, é contudo eficaz.<br />

Não há dúvida de que, se pudéss<strong>em</strong>os fazer, fazer galopar a Doutrina na sua<br />

explanação, diss<strong>em</strong>inando os seus ensinamentos <strong>em</strong> toda a parte onde ela pudesse chegar,<br />

isso nos seria agradável e nos sentiríamos felicíssimos se tal se desse; mas também seria<br />

querermos o impossível, visto que a época ainda não é aquela apropriada para receber tão<br />

sãos ensinamentos, n<strong>em</strong> tão pouco eficaz.<br />

A Doutrina vai-se fazendo sentir como é necessário, vai-se propagando como é<br />

possível, e vós não vos deveis entristecer com isso, pelo contrário, deveis-vos sentir<br />

felicíssimos porque, <strong>em</strong>bora vos pareça lenta, nós achamos até b<strong>em</strong> regular a sua marcha.


Não é para a humanidade atual que esta Doutrina foi feita, mas sim para gerações<br />

vindouras.<br />

É preciso, portanto, que não vos iludais; nós não contamos, <strong>em</strong> absoluto, com<br />

qualquer um dos adultos presentes e que nos ouv<strong>em</strong> constant<strong>em</strong>ente nas nossas<br />

explanações, <strong>em</strong>bora d<strong>em</strong>onstr<strong>em</strong> boa vontade e desejo de progredir, o que não negamos,<br />

entretanto não pod<strong>em</strong>os afiançar que essa vontade seja eterna, sólida, irrefutável e que<br />

jamais se deix<strong>em</strong> abalar e cair como muitos têm caído.<br />

Aqueles que nos ouv<strong>em</strong> e que aqui vêm unicamente por interesse, para curar os seus<br />

corpos, com esses, então, não pod<strong>em</strong>os contar com nenhum; satisfeitos nas suas<br />

necessidades, eles viverão depois a seu bel prazer, pouco se importando, que a Doutrina<br />

caminhe ou não, que ela se faça sentir ou não, desde o momento que os cura, é o bastante.<br />

Portanto, assim sendo, não quer<strong>em</strong>os que vos iludais. Como já vos t<strong>em</strong>os prevenido<br />

diversas vezes, não trabalhamos para os adultos, mas sim para essas almas que reencarnam<br />

desejosas de muito fazer, ansiosas de progresso, cheias de desejo e valor. Dessas mesmas,<br />

ainda ver<strong>em</strong>os algumas e, não poucas, que falharão, porque, se o momento ainda não é<br />

aquele propício para que elas se desenvolvam e se solidifiqu<strong>em</strong> <strong>em</strong> princípios que vão<br />

bebendo desde crianças, elas, naturalmente, sofr<strong>em</strong> a influência desse meio, e muitas não<br />

conseguirão aquilo que desejam. Porém muitas outras virão. A Doutrina caminhará e<br />

progredirá cada vez mais, tornando-se sólida, mais nítida e compreensível. Irá, pouco a<br />

pouco, preparando os meios para que esses meios não falh<strong>em</strong> e as almas possam neles<br />

florescer e frutificar.<br />

Trabalhai, portanto; a Doutrina aí está, resta-vos somente fortificar a vossa vontade,<br />

auxiliando as Forças Superiores, b<strong>em</strong> cumprindo os vossos deveres e, se assim fizerdes, ela<br />

caminhará com passos firmes e a sua explanação se tornará cada vez mais <strong>em</strong> evidência.<br />

A afluência a esta Casa é grande e, quanto maior ela for, mais a Doutrina se<br />

espalhará, se os que agora aqui vêm não aproveitam, outros aproveitarão; resta-nos,<br />

portanto, a esperança de muito e muito fazermos <strong>em</strong> prol das almas esclarecidas que<br />

reencarnam desejosas de progresso, ansiosas por lutar.<br />

Cumpri, portanto, todos vós, os vossos deveres, porque nós cumprimos os nossos<br />

com respeito à Doutrina, levando-a por diante, solidificando-a o mais possível e fazendo<br />

com que ela floresça e frutifique.<br />

Monsenhor Moreira - 06/09/1930<br />

Os Trabalhos caminham com regularidade e disciplina, mas não é d<strong>em</strong>ais<br />

recomendar-vos muita atenção.<br />

Sab<strong>em</strong>os perfeitamente que a virtude cansa, mas vós não tendes o direito de vos<br />

sentirdes já cansados.<br />

B<strong>em</strong> fracos lutadores sereis se vos cansardes na luta: d<strong>em</strong>onstrareis que não tendes<br />

aquela vontade, aquele irradiar, aquele desejo de vos prestardes como instrumentos nossos,<br />

apenas vindes entregar-vos ao sono e ficais fazendo ato de presença e isso é um grande mal,<br />

não só para as nossas sessões particulares como para as públicas.<br />

De nada vos vale fazer ato de presença se mentalmente não procurais cumprir o<br />

vosso dever; sacudir os assistentes anormais com o vosso pensamento b<strong>em</strong> longe, na vossa<br />

vida material, nas vossas preocupações, completamente abstraídos, é erro grave.


Quando a corrente nos falha, grande trabalho nos dais para podermos cumprir o<br />

nosso dever, principalmente, nas sessões públicas, onde se pode dar um avassalamento não<br />

havendo corrente, não havendo uma boa irradiação.<br />

Todos aqueles que se acham próximos dum avassalamento, a formar corrente e a<br />

segurá-lo, são avassalados pela assistência do mesmo, quando não encontramos apoio<br />

neles; <strong>em</strong> vez de nos ajudar<strong>em</strong> aumentam-nos o trabalho e o sofrimento, t<strong>em</strong>os de nos<br />

servir de el<strong>em</strong>entos que nos ajud<strong>em</strong> a desobssedar os que se diz<strong>em</strong> ser nossos instrumentos.<br />

É preciso, portanto, que eduqueis o vosso pensamento e procureis saber irradiar,<br />

reagir e cumprir melhor os vossos deveres.<br />

Eis o que me compete dizer-vos por hoje, como vosso Presidente Astral.<br />

Luiz de Mattos - 06/09/1930<br />

A explanação da Doutrina é clara, ela não se faz apenas verbalmente durante as<br />

nossas sessões, mas, sim, mais por intermédio das nossas obras já espalhadas por toda a<br />

parte.<br />

A correspondência também influi nessa mesma explanação, por isso deve ser feita<br />

com toda a atenção, <strong>em</strong>bora muita não a mereça, porém é dever vosso fazer o melhor<br />

possível para que os ignorantes compreendam o que ela seja e como a dev<strong>em</strong> praticar.<br />

As nossas obras são, portanto, de grande importância; nelas deve presidir a máxima<br />

clareza para que a compreensão se torne fácil; quanto mais se propagar<strong>em</strong> as obras, tanto<br />

mais a Doutrina se espalhará.<br />

Deveis, por isso, esforçar-vos para que elas se torn<strong>em</strong> <strong>em</strong> evidência, e o mais rápido<br />

possível. Quanto à nossa importante obra A vida fora matéria, é de máxima necessidade a<br />

sua apresentação.<br />

Assim sendo, deve aquele que está encarregado de por isso zelar apressá-la, porque<br />

o momento é propício. Ela revolucionará muitas almas, mas, ao mesmo t<strong>em</strong>po, hão de<br />

acalmar-se com a clarividência dos fatos.<br />

As nossas obras, portanto, dev<strong>em</strong> ser explanadas com mais carinho; é b<strong>em</strong> verdade<br />

que não deve haver esbanjamentos e, por isso mesmo, tudo dev<strong>em</strong> fazer o mais<br />

modestamente possível; porém as obras são a nossa principal preocupação; desejamos a sua<br />

divulgação, elas são o veículo propagador da nossa Doutrina.<br />

As palavras ouv<strong>em</strong>-se hoje e esquec<strong>em</strong>-se amanhã, mas o que está escrito, gravado<br />

fica, e, se um não aproveita, outros aproveitarão, mesmo quando elas já estejam no cesto<br />

dos papéis sujos, um pedaço só que seja pode, por vezes, abrir o entendimento de uma alma<br />

que nos possa prestar grandes serviços. Não vos deveis, portanto, descuidar. B<strong>em</strong> sab<strong>em</strong>os<br />

que tudo fazeis para cumprir os vossos deveres, mas, para que não haja lacunas e para que<br />

tudo saia da maneira mais elucidativa e esclarecedora, sejam os Princípios respeitados, a<br />

explanação clara e sobretudo uma apresentação interessante que prenda a atenção, ao<br />

mesmo t<strong>em</strong>po que caustique e esclareça.<br />

Cumpri, portanto, o vosso dever como nós cumprimos o nosso.


Rio Branco - 06/09/1930<br />

Para que um ser se possa esclarecer e dizer-se esclarecido é preciso primeiro que se<br />

saiba dominar e para se saber dominar é preciso educar a vontade. Do domínio do Eu<br />

depende o bom esclarecimento de cada um, porque, conhecer as teorias desta Doutrina, não<br />

praticando seus Princípios, não é ser esclarecido.<br />

Não negamos boa vontade a muitos daqueles que às nossas Casas vêm, mas essa<br />

boa vontade não encerra tudo.<br />

— Mas, direis vós, como dominar o nosso Eu mais do que já faz<strong>em</strong>os para cumprir<br />

o nosso dever?<br />

Não podeis dominar o vosso Eu porque não procurais reconhecer os vossos defeitos,<br />

as vossas fraquezas. Defeitos, todos possu<strong>em</strong>, <strong>em</strong> mais alto ou menor grau. Infelizmente, a<br />

vaidade e o preconceito imperam ainda <strong>em</strong> grande escala entre vós.<br />

Julgais que muito fazeis, que já tendes progredido muito e que os vossos<br />

esclarecimentos vos bastam para garantir a vossa felicidade espiritual, e, assim sendo,<br />

julgais que fazeis s<strong>em</strong>pre justiça, que sois mui valorosos, que sois mui ponderados,<br />

moderados, quando, por vezes, grandes e grandes injustiças praticais com os vossos<br />

próprios companheiros.<br />

Quantas e não poucas vezes o valor vos falta na luta e as dúvidas lá estão a ruminar<br />

nas vossas almas!<br />

Examinai b<strong>em</strong> as vossas consciências neste momento de paz e sossego e verificai<br />

que o que vos digo é um fato e, para que possais vencer todas essas dificuldades,<br />

dominando-vos, que é a maior dificuldade para vós, é necessário que vos compenetreis,<br />

mas compenetreis b<strong>em</strong> dos vossos deveres.<br />

Essa compenetração não se faz somente com a leitura das nossas obras, com a<br />

decoração dos nossos Princípios e com a vinda assídua às nossas Casas, mas sim<br />

raciocinando s<strong>em</strong>pre muito, ponderando todos os atos, todas as palavras, levando uma vida,<br />

cuja conduta seja aquela que nós exigimos e, olhai que não exigimos muito, porque só<br />

desejamos que sejais valorosos, ponderados, moderados e justiceiros.<br />

Constant<strong>em</strong>ente estar a admoestar-vos, deixai que vos diga, é para nós bastante<br />

penoso.<br />

T<strong>em</strong>os tanto assunto a tratar, t<strong>em</strong>os tanta matéria a desdobrar e não o faz<strong>em</strong>os, por<br />

quê?<br />

Porque primeiro precisamos preparar os nossos instrumentos, torná-los rijos como a<br />

rocha, fiéis servidores da Doutrina, para que, então, nos possam compreender, suportando o<br />

<strong>em</strong>bate das ondas revoltosas do planeta Terra; essas ondas não são visíveis aos olhos<br />

materiais, mas se desenvolv<strong>em</strong>, se avolumam e acomet<strong>em</strong> todos aqueles que trabalham por<br />

esta Doutrina.<br />

Todos aqueles que não estão devidamente preparados sent<strong>em</strong>-se abalados, resvalam<br />

no abismo da falência.<br />

Mas, como o nosso interesse é salvar todas as almas, fazer com que elas partam<br />

deste mundo com a consciência do dever cumprido, eis porque constant<strong>em</strong>ente estamos a<br />

admoestar-vos para que não vos descuideis, para que não vos julgueis já muito fortes, muito<br />

convictos e muito senhores dos vossos deveres. A vossa obrigação é aproveitar,


caminhando com firmeza, ocupando o t<strong>em</strong>po, tendo confiança absoluta nas Forças<br />

Superiores, mas concorrendo também para merecerdes a sua confiança.<br />

Assim sendo, tudo vencereis, a Doutrina será compreendida e melhor praticada e,<br />

vós vos sentireis mais leves, os sofrimentos menos agudos e a vida se vos tornará mais<br />

calma, mais tranqüila, mas fácil de viver.<br />

Luiz de Mattos - 13/09/1930<br />

A convicção de um ser esclarecido reflete-se na sua maneira de viver e de agir.<br />

Não é convicto o ser que não respeita as nossas observações, os nossos conselhos,<br />

porque a falta de respeito àquilo por nós determinado é uma prova de que a convicção não é<br />

aquela que de fato devia ser.<br />

Todo aquele que faz parte de uma Doutrina como esta t<strong>em</strong> que respeitar os<br />

Princípios da mesma, e esses, todos vós, ao menos teoricamente, os conheceis. Além disso,<br />

não pod<strong>em</strong>, n<strong>em</strong> dev<strong>em</strong> falar <strong>em</strong> assuntos da Doutrina fora desta Casa; é regulamento<br />

velho, e, no entanto, muitos entend<strong>em</strong> que pod<strong>em</strong>, e que até é uma grande coisa para a<br />

Doutrina, falar nela, explicá-la a ignorantes ou seres de má vontade.<br />

Quando muito, se t<strong>em</strong> grande interesse no esclarecimento dos seres, pod<strong>em</strong> oferecer<br />

as nossas obras, mas muito naturalmente e não como qu<strong>em</strong> as deseja impingir à força.<br />

É erro grave, portanto, abalançar-se a falar sobre assuntos de importância, muitas<br />

vezes não sabendo se expressar como dev<strong>em</strong>.<br />

Todo aquele que se diz Racionalista, freqüentador do Redentor e convicto da<br />

Doutrina que nele se pratica, não deve também, mas nunca absolutamente, falar da vida<br />

alheia, n<strong>em</strong> se importar com a vida ou modo de viver dos seus companheiros.<br />

Qu<strong>em</strong> b<strong>em</strong> faz, para si o faz. Ninguém t<strong>em</strong> o direito de ser juiz senão de si próprio.<br />

Todos dev<strong>em</strong> olhar para si procurando cumprir os seus deveres, pois estar a apontar faltas e<br />

fraquezas dos companheiros é um grave erro.<br />

Todo aquele que freqüenta o Redentor t<strong>em</strong> ainda por dever ter convicção plena <strong>em</strong><br />

si próprio, não estar atido às Forças Superiores, à espera de que oper<strong>em</strong> milagres, porque<br />

eles não exist<strong>em</strong>.<br />

Todos dev<strong>em</strong> tratar-se espiritual e fisicamente para que não venham a sofrer as<br />

conseqüências do seu estado de avassalamento ou de enfraquecimento físico.<br />

É isso uma das garantias dos seres que freqüentam esta Casa: fortificar<strong>em</strong>-se<br />

espiritualmente e fisicamente; não estar<strong>em</strong> atidos a que nós os sustent<strong>em</strong>os com os nossos<br />

fluidos e os preserv<strong>em</strong>os de todo e qualquer avassalamento.<br />

Quer<strong>em</strong>os que tenhais confiança <strong>em</strong> nós absoluta, no des<strong>em</strong>penho dos vossos<br />

deveres com respeito à Doutrina. Quanto ao resto, amigos, cabe-vos a vós próprios ter uma<br />

norma de vida que vos garanta a vossa estabilidade e segurança no planeta Terra.<br />

Nós não pod<strong>em</strong>os carregar montes de carne; pod<strong>em</strong>os beneficiar, sim, quando<br />

atraídos, mas n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre essa lei de atração se faz, e nós s<strong>em</strong> ela não pod<strong>em</strong>os descer à<br />

Terra.<br />

Tratai, portanto, de ter confiança <strong>em</strong> vós próprios, de ser leais, ponderados,<br />

recatados ou moderados e justiceiros.


Não deveis, n<strong>em</strong> por palavras, n<strong>em</strong> por pensamentos, faltar com a justiça a qu<strong>em</strong><br />

quer que seja; deveis <strong>em</strong> tudo, e por tudo, ter <strong>em</strong> mira a verdade; e essa, n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre é dita<br />

com o desprendimento e com a verdadeira sinceridade que devia ser.<br />

Olhai que nós tudo v<strong>em</strong>os no vosso aura; não nos podeis enganar.<br />

Apontamo-vos as fraquezas, os defeitos para que vós possais ir, pouco a pouco,<br />

corrigindo.<br />

Perfeições não exist<strong>em</strong> na Terra; todo aquele que se julga uma perfeição é quase<br />

s<strong>em</strong>pre o mais imperfeito, o mais cheio de misérias, não passa de um tolo.<br />

Tomai, portanto, b<strong>em</strong> nota no que vos acabo de dizer, porque muitas são as vezes<br />

que vos falamos e depressa vos esqueceis.<br />

Não deveis <strong>em</strong> absoluto, vós que trabalhais nesta Casa, melindrar-vos por isto ou<br />

aquilo, com este ou aquele.<br />

No cumprimento do vosso dever podeis cometer falhas porque não sois infalíveis,<br />

mas, quando chamamos à ord<strong>em</strong>, o vosso dever é <strong>em</strong>endar-vos e não melindrar-vos como<br />

constant<strong>em</strong>ente o fazeis, porque nesse melindre vai s<strong>em</strong>pre irritação e com a irritação vai<br />

s<strong>em</strong>pre uma má irradiação; e essa má irradiação contra aquele que encargos sérios t<strong>em</strong> nos<br />

Trabalhos desta Casa, não só vos afeta a vós próprios, porque vos perturba, como também<br />

afeta aquele que está encarregado da ord<strong>em</strong>.<br />

É preciso que tudo vejais por um prisma mais racional, mais humano, mais<br />

espiritual.<br />

Ainda vedes tudo terra-a-terra, cheios de preconceitos e melindres. Tocar nas vossas<br />

pessoinhas é ficardes logo cheios de ofensas, de melindres tolos.<br />

Achais que sois infalíveis, quando se aqui viestes encarnar é porque faltas e muitas<br />

tendes a resgatar.<br />

É preciso, portanto, que vos resolveis a corrigir-vos, porque o pior cego é aquele<br />

que não quer ver; o pior surdo é aquele que não quer ouvir, e muitos de vós sois cegos e<br />

surdos propositais.<br />

Nestas sessões não nos cansamos de vos aconselhar com um único intento: ver-vos<br />

s<strong>em</strong>pre elevados, firmes nos vossos postos, cumpridores dos vossos deveres.<br />

Quando nos ouvirdes, não deveis, <strong>em</strong> absoluto, atribuir a idéias preconcebidas dos<br />

médiuns, porque estas não pod<strong>em</strong> existir, o médium que t<strong>em</strong> idéias preconcebidas não<br />

cumpre o seu dever. E podeis ter certeza absoluta de que não há aqui idéias preconcebidas<br />

entre aqueles que se diz<strong>em</strong> instrumentos das Forças Superiores; pod<strong>em</strong> errar por indolência,<br />

mas o desejo de todos é cumprir<strong>em</strong> os seus deveres. Assim sendo, prestam-se como<br />

instrumentos, se não se prestass<strong>em</strong>, nós seríamos os primeiros a chamar a atenção. Para nós<br />

só há o cumprimento do dever, e desde o momento que o não cumpram, não pod<strong>em</strong>os<br />

deixar de chamar a atenção.<br />

A garantia desta Doutrina está na sua disciplina, método e execução dos seus<br />

regulamentos.<br />

Aqueles que não cumpr<strong>em</strong> essa disciplina, que não obedec<strong>em</strong> a esse método e<br />

regulamento não pod<strong>em</strong>, <strong>em</strong> absoluto, estar cumprindo o seu dever.<br />

Assim sendo, nós t<strong>em</strong>os por dever chamar a vossa atenção toda vez que<br />

encontramos falhas refletidas no vosso modo de agir ou de pensar.<br />

Cuidado, portanto, muito cuidado, quer<strong>em</strong>os-vos todos unidos, leais, sinceros,<br />

trabalhadores infatigáveis, cuidando cada um de si próprio e somente de si próprio, olhando<br />

a Doutrina por um prisma mais superior e os vossos companheiros como amigos e não<br />

como inimigos.


Nesta Casa não pode haver rivalidades, despeitos, n<strong>em</strong> raivas, n<strong>em</strong> ódios, porque<br />

aqueles que aninhar<strong>em</strong> tais sentimentos são criaturas inferiores, provam que nada<br />

aprenderam até hoje, apesar de nos ouvir<strong>em</strong> constant<strong>em</strong>ente, e, infelizmente, isso<br />

constatamos; parece incrível, mas é verdade.<br />

Não pod<strong>em</strong>os, está visto, deixar passar s<strong>em</strong> vos chamar a atenção, quando deveis<br />

todos vós ser unidos, ao menos <strong>em</strong> pensamentos elevados, próprios de seres esclarecidos.<br />

Enfim, não t<strong>em</strong> convicção e não é esclarecido o ser que não se sabe conduzir<br />

mentalmente com a lealdade e a sinceridade que dev<strong>em</strong> caracterizar toda criatura que se diz<br />

esclarecida.<br />

Cumpri, portanto, os vossos deveres, tende mais cuidado com o vosso modo de<br />

pensar, não vos esqueçais de que as nossas obras são dicionários valiosos para aqueles que<br />

quer<strong>em</strong> raciocinar.<br />

Monsenhor Moreira - 13/09/1930<br />

Tudo passa na vida no planeta Terra.<br />

Por que razão não aproveitar esses minutos que possuís e que vos oferece a<br />

Doutrina?<br />

Senti-vos, porventura, já cansados de trabalhar por ela, ou serão os pesos da virtude<br />

que imped<strong>em</strong> que caminheis com mais desenvoltura e des<strong>em</strong>baraço?<br />

Aproveitai o vosso t<strong>em</strong>po, aproveitai-o, porque, se não o aproveitardes, o prejuízo<br />

será vosso.<br />

Tendes tudo e a Doutrina não vos pede nada; ela, dos seus instrumentos, apenas<br />

deseja que eles cumpram os seus deveres.<br />

Aqueles que muito fizer<strong>em</strong> pela Doutrina, muito farão <strong>em</strong> benefício da sua alma;<br />

não porque seja um interesse trabalhar pela Doutrina, não deveis fazer nada por interesse<br />

espiritual, mas é que, se souberdes trabalhar por ela, vos modificareis, vos corrigireis, e<br />

suavizareis, ao menos, a vossa estadia neste planeta.<br />

Cumpri, portanto, os vossos deveres, cumpri-os porque não fazeis mais do que<br />

aquilo que deveis.<br />

A Doutrina nada vos pede, tudo vos dá e, vós sois s<strong>em</strong>pre uns ingratos, porque<br />

entendeis que s<strong>em</strong>pre recebeis pouco.<br />

Tende, portanto, mais cautela, sede mais zelosos, sede mais sinceros e fiéis<br />

cumpridores dos vossos deveres.<br />

Monsenhor Moreira - 20/09/1930<br />

Princípios da Doutrina, regulamentos da mesma, explanações sobre a Doutrina,<br />

ordens das Forças Superiores, eis ao que deveis s<strong>em</strong>pre e s<strong>em</strong>pre obedecer.<br />

No desenvolver dos Princípios da Doutrina há muito que fazer, há muito que falar,<br />

há muita matéria para desdobrar. Na disciplina e método da Doutrina está a vossa garantia;<br />

nas explanações, admoestações e ordens estão os nossos avisos.


Nada deveis desprezar, deveis tudo analisar, tomando cada um a parte que vos cabe,<br />

sabereis como vos deveis conduzir, podendo, então, vos dizer fiéis instrumentos das Forças<br />

Superiores.<br />

Enquanto isso não fizerdes, ouvis maquinalmente tudo, mas nada de certo podeis<br />

gravar nas vossas almas.<br />

Estudai, analisai, portanto, tudo atentamente e, não vos faltarão assuntos novos, nós<br />

vos elucidar<strong>em</strong>os para que vos torneis cada vez mais esclarecidos, e assim possais cumprir<br />

fielmente os vossos deveres.<br />

Monsenhor Moreira - 27/09/1930<br />

As nossas lições só aproveitam a qu<strong>em</strong> t<strong>em</strong> vontade de r<strong>em</strong>odelar-se.<br />

L<strong>em</strong>brando, esclarecendo, admoestando, ensinando, enfim, nada mais faz<strong>em</strong>os do<br />

que cumprir o nosso dever.<br />

Aqueles que quiser<strong>em</strong> ser bons alunos tom<strong>em</strong> <strong>em</strong> consideração aquilo que diz<strong>em</strong>os,<br />

cumpram o que aconselhamos, corrijam o que admoestamos, procurando cumprir o seu<br />

dever; os que isso não fizer<strong>em</strong>, o mal será todo deles, terão que pagar caríssimo, porém não<br />

têm do que se queixar.<br />

Tudo facilitamos, toleramos, suportamos, condescend<strong>em</strong>os, enquanto respeitam a<br />

nossa Casa.<br />

Obras não vos faltam, ex<strong>em</strong>plos também não, se não aprenderdes, é porque sois<br />

mesmo muito <strong>em</strong>pedernidos, ou muito indolentes.<br />

Raciocinai, portanto, sede cautelosos e procurai assimilar e compreender um pouco<br />

mais a Doutrina.<br />

A Doutrina não veio à Terra só para curar corpos, veio também para esclarecer<br />

almas e isso nós faz<strong>em</strong>os todos os dias.<br />

Aqueles que não se queiram esclarecer, que façam o que entender<strong>em</strong>, desprez<strong>em</strong> o<br />

que de melhor lhes é dado; mais tarde é que sentirão a falta.<br />

Luiz de Mattos - 27/09/1930<br />

Todos têm deveres a cumprir, <strong>em</strong>bora de maior ou de menor responsabilidade. As<br />

almas, quando resolv<strong>em</strong> encarnar, traçam o seu plano e nele se acham encerrados os<br />

deveres; portanto, fugir ao cumprimento desses deveres é erro grave. Conhecê-los e praticálos<br />

é o dever de todos, porém muitos não o faz<strong>em</strong>, julgam que cumprir o dever é trabalhar<br />

para ganhar o necessário para o seu sustento e dos seus, pagando as suas dívidas; não há<br />

dúvida de que aquele que assim procede é um hom<strong>em</strong> de b<strong>em</strong>, mas nisso não se encerra a<br />

honradez do hom<strong>em</strong>, n<strong>em</strong> se limitam os deveres desse mesmo hom<strong>em</strong>. Há os deveres da<br />

educação da família que são muito mais importantes, há os deveres impostos pela<br />

organização dessa mesma família, pelo respeito que deve existir no lar e que muitos<br />

desprezam e ao qual não ligam importância.<br />

E para cumprir fielmente esses deveres é preciso que o hom<strong>em</strong> se dê ao respeito, se<br />

imponha pelas suas ações, pelas suas obras e não somente pelas suas palavras. É preciso


que, para se impor ao respeito, não seja ríspido d<strong>em</strong>ais, querendo imitar os carrascos, mas<br />

também é preciso que não seja bonacheirão d<strong>em</strong>ais, indolente d<strong>em</strong>ais, enfim, um boneco<br />

dessa mesma família.<br />

Sabeis perfeitamente o que é a família: uma reunião de almas que vieram à Terra<br />

para cumprir deveres, uma reunião de inimigos que se guerreiam, mas que se un<strong>em</strong> e se<br />

contêm, pela educação racional. Assim sendo, é preciso que haja equilíbrio e, para que esse<br />

equilíbrio se estabeleça, é necessário que o chefe de família saiba cumprir o seu real dever,<br />

não pague somente as dívidas, não traga somente para casa o necessário e, por vezes, até o<br />

supérfluo, para a família gastar e esbanjar à vontade, mas sim, e sobretudo, que se saiba<br />

impor pelo respeito, pela sua honradez, pelo seu critério, que saiba, enfim, ser um hom<strong>em</strong>,<br />

valoroso, simples e justiceiro.<br />

Há criaturas que são a aberração da natureza, viv<strong>em</strong> sob dois extr<strong>em</strong>os que vós não<br />

deveis, <strong>em</strong> absoluto, adotar, mas que muitos adotam: o exagero, ou o desleixo; severidade<br />

d<strong>em</strong>ais ou nenhuma.<br />

Não deveis ser exagerados, deveis procurar ser amados e não t<strong>em</strong>idos. Corrigir com<br />

energia, mas não com d<strong>em</strong>asiada rispidez; ser enérgicos, mas não brutos, porque a<br />

brutalidade e a irritação acarretam graves conseqüências para o lar, são a atração do astral<br />

inferior. Não deveis ser carrascos, mas também não deveis ser bonzinhos, satisfazendo<br />

desejos desordenados, fazendo vontade, tudo deixando correr à revelia, não ligando<br />

importância <strong>em</strong> absoluto ao que se passa dentro ou fora do lar. N<strong>em</strong> um, n<strong>em</strong> outro extr<strong>em</strong>o<br />

deveis imitar, mas sim deveis vos conduzir dentro da sensatez, do bom senso, e do<br />

raciocínio.<br />

Deveis ser clarividentes e procurar ver o melhor meio de conduzir aqueles que vos<br />

foram confiados. Estudar as suas índoles, verificar o seu progresso ou atraso, enfim, obrigálos<br />

a ser laboriosos, ter o seu t<strong>em</strong>po ocupado com coisas úteis, não os afastar de vós com<br />

rispidez, ao contrário, chamá-los a vós pelos bons conselhos, pela maneira amena de vos<br />

impordes e, sobretudo, pela energia, mas energia racional, quando lhes corrigirdes os seus<br />

defeitos. Saber conversar, instruí-los sobre os Princípios doutrinários que nós vos<br />

procuramos, constant<strong>em</strong>ente, incutir na alma; fazei com que tenham respeito a si próprios.<br />

Saibam irradiar, saibam conter-se, saibam r<strong>em</strong>odelar-se, saibam, enfim, ser honestos, e<br />

procurar ser honrados <strong>em</strong> todas as suas ações na vida material, fazendo com que não<br />

percam as suas encarnações, que cumpram os seus deveres, até ao fim, para que mais tarde<br />

não venham a sofrer as conseqüências. Enfim, deveis ser bons chefes de família, cumprir os<br />

vossos deveres. E dizendo chefes de família, digo-vos que deveis saber ser homens;<br />

dirigindo-me aos homens como cabeças, dirijo-me também às mulheres como zeladoras dos<br />

lares, a essas, cabe o grande e importante papel na formação do caráter daqueles que vieram<br />

encarnar no seu meio.<br />

Deles depende, por vezes, e não poucas, o equilíbrio moral e material das almas.<br />

Não sabendo se impor, n<strong>em</strong> tampouco incutir nos filhos o respeito aos pais, são elas as<br />

primeiras a concorrer para que esses odei<strong>em</strong> os pais e deix<strong>em</strong> de respeitá-los. Produz-se o<br />

desequilíbrio, a desarmonia e outras coisas mais. Quer ao hom<strong>em</strong>, quer à mulher cab<strong>em</strong><br />

grandes responsabilidades, e nós não nos t<strong>em</strong>os cansado de vos aconselhar. Quando a<br />

mulher não sabe cumprir o seu dever, não sabe ser mãe zelosa e cuidadosa, ao hom<strong>em</strong><br />

compete impor esses mesmos deveres e exigir que eles se cumpram. Por hoje basta, se<br />

souberdes aproveitar a lição, <strong>em</strong>bora ela vos pareça banal, é contudo necessária e útil para<br />

ao menos recordar os vossos deveres. Para serdes uns bons Racionalistas não é o bastante


vir com freqüência às nossas sessões, é preciso saberdes cumprir os vossos deveres também<br />

nos lares, enfim, dar provas cabais de esclarecimento <strong>em</strong> todas as ações da vida material.<br />

Paulo Crato - 11/10/1930<br />

Aproxima-se o t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que as almas necessitam de esclarecimento e calma, quer<br />

trabalhando nesta Casa ou nos seus Filiados, quer nas suas casas, todos dev<strong>em</strong> pensar e agir<br />

cristã e calmamente, não atrapalhando o Espaço, não se desviando do b<strong>em</strong> pensar, para que<br />

nós possamos firmar na corrente apoiados <strong>em</strong> criaturas esclarecidas.<br />

Se abandonais a corrente do Espaço, praticais um grande crime, desviando-vos do<br />

cumprimento do dever e fazendo com que impere o astral inferior.<br />

Escutai-nos, dai-nos bastante atenção, porque é necessária; não tomais as coisas<br />

como deveis e depois não vos queixeis do que vos possa acontecer.<br />

Luiz de Mattos - 11/10/1930<br />

Na Terra como na Terra.<br />

Doutrina é Doutrina e vida material é vida material.<br />

Não confunda uma coisa com outra.<br />

Quando a perturbação se dá, há o desequilíbrio espiritual, é esse desequilíbrio que<br />

concorre para os avassalamentos.<br />

Evitar a perturbação é o dever de todo o ser esclarecido, mas no mais, aja como é<br />

preciso agir na Terra, na vida material, pois confundir a vida material com a espiritual é um<br />

grave erro.<br />

Assim sendo, uma vez nesta Casa, de portas a dentro, todos dev<strong>em</strong> procurar cumprir<br />

as suas obrigações espirituais. A vida material, as contrariedades materiais, os desenganos,<br />

os prejuízos ficam lá fora.<br />

Aqui dentro é procurar cumprir o dever espiritual; aqueles que não tiver<strong>em</strong> a força<br />

de vontade precisa para fazer essa ginástica de pensamento mais vale que desistam de<br />

trabalhar na Doutrina.<br />

É preciso, portanto, que tenham muita cautela, saibam ser homens cumpridores dos<br />

deveres, compreendendo e encarando a Doutrina por um prisma superior.<br />

Não dev<strong>em</strong>, <strong>em</strong> absoluto, comentar os atos daqueles a qu<strong>em</strong> cabe a responsabilidade<br />

da Doutrina, por mais de leve que seja, porque um comentário qualquer acarreta grandes e<br />

pesadas irradiações, que muito pod<strong>em</strong> prejudicar a própria marcha da Doutrina.<br />

Aquele, portanto, que censurar oculta ou abertamente os dirigentes materiais da<br />

Doutrina, por qualquer falta ou erro involuntariamente cometido, é um criminoso, porque<br />

concorre para estabelecer-se a corrente atrativa do astral inferior, para perturbar aqueles que<br />

precisam mais do que ninguém estar calmos <strong>em</strong> vista da responsabilidade que lhes pesa<br />

sobre os ombros e sobretudo da responsabilidade que assumiram para com as Forças<br />

Superiores.<br />

Raciocine e não me obrigue a falar mais claro, porque passarei a dizer os nomes e,<br />

então, será tarde para se arrepender<strong>em</strong>.


Pinheiro Machado - 11/10/1930<br />

Se de lutas inglórias é o momento atual na Terra, de lutas glorificadas é o momento<br />

atual no Espaço.<br />

Enquanto os homens desordenadamente se digladiam ambicionando e usurpando<br />

posições que não merec<strong>em</strong>, as almas, no Espaço, travam lutas titânicas para a todos<br />

esclarecer e, por meio desse esclarecimento, com os ex<strong>em</strong>plos frisantes, observados, dia a<br />

dia, acordam os seres, encaminhando-os para a razão e bom senso.<br />

Se houvesse o esclarecimento necessário e preciso, a vida na Terra seria mais calma,<br />

mais amena, os sofrimentos não seriam tão grandes e tão graves.<br />

Mas, enquanto a humanidade não se convencer de que precisa de esclarecimento, de<br />

que deve viver uma vida mais útil, não de gozos, e prazeres materiais, esse estado de coisas<br />

não pode, <strong>em</strong> absoluto, cessar.<br />

Mas vocês, seres esclarecidos, têm por obrigação tudo saber analisar e com a<br />

superioridade precisa, tudo colocar no seu devido lugar, procurando raciocinar, sendo<br />

prudentes, ponderados, moderados e justiceiros.<br />

Não dev<strong>em</strong> confundir-se com o resto da humanidade gananciosa, odienta, invejosa e<br />

viciosa.<br />

Dev<strong>em</strong> com sobranceria encarar a situação, vencê-la da melhor maneira possível,<br />

colocando-se s<strong>em</strong>pre à altura de seres esclarecidos, cônscios de seus deveres e, sobretudo,<br />

fazendo jus à sua Escola que os prepara como homens valentes, mulheres valorosas e seres<br />

perfeitamente equilibrados.<br />

Monsenhor Moreira - 18/10/1930<br />

Trabalh<strong>em</strong> para a divulgação da Doutrina, para sua rápida explanação, para sua<br />

extensão, e com isso concorr<strong>em</strong> para o esclarecimento de muitas almas, e esse<br />

esclarecimento evitará muitos males.<br />

Enquanto a Doutrina não for conhecida, compreendida e praticada como deve ser,<br />

não pode haver a tranqüilidade e equilíbrio que todos almejam.<br />

Nós cumprimos o nosso dever; vocês procur<strong>em</strong> fazer o mesmo.<br />

De nada lhes serv<strong>em</strong> os comentários, de nada lhes serv<strong>em</strong> as lamúrias, as lástimas,<br />

porque isso nada r<strong>em</strong>ediará. Esclarecer, sim, eis o seu dever, mas, mesmo nesse<br />

esclarecimento, dev<strong>em</strong> ser prudentes, fugindo s<strong>em</strong>pre do terreno pessoal, vaidade,<br />

saliência, evidência tola, do contrário, pod<strong>em</strong> sofrer as conseqüências das más irradiações e<br />

da maldade humana, porque com elas casaram.<br />

Dev<strong>em</strong> explanar a Doutrina, sim, por intermédio das nossas obras, mas falar muito<br />

pouco, e aquilo que de melhor possam aconselhar é encaminhar as criaturas para esta Casa,<br />

onde melhores esclarecimentos receberão.<br />

Assim prevenindo-os, cumpro o meu dever, certo de que me faço compreender.<br />

Trabalh<strong>em</strong>, mas trabalh<strong>em</strong> com raciocínio, com moderação, não querendo correr<br />

muito para não se cansar<strong>em</strong>.


Luiz de Mattos - 18/10/1930<br />

Lutar é o dever de todo hom<strong>em</strong> na Terra, mas uma luta proveitosa, progressiva e<br />

que dela possa advir algum proveito ao b<strong>em</strong> geral do país, ou da humanidade. Mas lutar<br />

egoisticamente, animalizadamente, desenfreadamente, perdendo almas, perturbando almas,<br />

atrasando o progresso das almas, é um absurdo, é uma insensatez.<br />

Não é com violência que se consegue a paz, o sossego, o b<strong>em</strong>-estar geral, é com o<br />

esclarecimento que cada um vai tendo, e que vai adquirindo pouco a pouco, à medida que a<br />

sua alma vai bebendo ensinamentos que até então não lhe foram ministrados, e que muito<br />

necessários são para o seu bom encaminhamento neste planeta de sofrimentos.<br />

Como dev<strong>em</strong> verificar, vocês, seres esclarecidos, o mundo atravessa uma crise geral<br />

de caráter, de honra e de honestidade.<br />

O momento crítico por que atravessam todos os países e, este principalmente, já era<br />

de esperar, e por nós há muito e muito prevenido. Constant<strong>em</strong>ente advertíamos sobre este<br />

ponto, e eis o momento chegado para que ponham o raciocínio <strong>em</strong> ação, analisando assim<br />

os fatos e procurando tirar deles o proveito necessário para um melhor encaminhamento<br />

neste planeta.<br />

Enquanto a humanidade não se esclarecer, enquanto não se conhecer como Força e<br />

Matéria, enquanto não se inteirar do poder da lei de atração, há de sofrer as conseqüências<br />

dessa ignorância.<br />

A orientação sectarista e religiosa, principalmente a Católica Apostólica Romana,<br />

para esse estado crítico t<strong>em</strong> encaminhado muitas almas, e a sua influência, atualmente, é<br />

tão funesta, que não pod<strong>em</strong> imaginar. Incrível! Que num século deste possam se dizer<br />

encaminhadores de outras almas, e aninhar tanta perversidade, ter<strong>em</strong> tanta, mas tanta<br />

corag<strong>em</strong> de tramar tanta miséria. Mas é um fato, e é preciso que isso assim se passe e assim<br />

se dê para que aqueles que ainda não acordaram, acord<strong>em</strong>, e aqueles a qu<strong>em</strong> a ignorância, a<br />

cegueira proposital lhes t<strong>em</strong> sido agradável, agora chegu<strong>em</strong> a aceitar a Verdade, até então<br />

desprezada.<br />

Não dev<strong>em</strong>, portanto, se at<strong>em</strong>orizar n<strong>em</strong> perturbar.<br />

Encar<strong>em</strong> a situação com sobranceria, com valor, mas procur<strong>em</strong> dela tirar o proveito<br />

necessário para melhor esclarecimento das vossas almas.<br />

Pio X - 25/10/1930<br />

Vós deveis-vos sentir satisfeitos porque vai o <strong>Racionalismo</strong> pôr o pé no terreno<br />

(como se diz na Terra).<br />

Agora, resta confiança e não perder o momento que se vai dar e que se vai oferecer,<br />

para que vós, esclarecidos, aproveiteis a ocasião.


Monsenhor Moreira - 25/10/1930<br />

Tudo v<strong>em</strong> a seu t<strong>em</strong>po, o t<strong>em</strong>po tudo faz. Resta-vos esperar, e, como s<strong>em</strong>pre, nas<br />

ocasiões oportunas, investirmos com valor, atacando e defendendo para fazer imperar a<br />

Verdade.<br />

O t<strong>em</strong>po urge, a ocasião é propícia e nós tudo faz<strong>em</strong>os para aproveitá-la. Vós, pelo<br />

vosso lado, como bons instrumentos, deveis auxiliar-nos para que a campanha seja gloriosa<br />

e a vitória seja alcançada.<br />

João Pessoa - 25/10/1930<br />

“Não há mal que s<strong>em</strong>pre dure, n<strong>em</strong> b<strong>em</strong> que nunca se acabe.” Eis o ditado popular<br />

que pod<strong>em</strong>os aplicar no momento.<br />

O mal era grande; já foi cortado <strong>em</strong> parte, mas precisa sê-lo pela raiz. É um<br />

probl<strong>em</strong>a difícil, mas com o t<strong>em</strong>po pode se resolver.<br />

Trabalhar, todas nós, almas, trabalhamos para o progresso. Não t<strong>em</strong>os lugar<br />

determinado, visto não possuirmos torrões de terra e ser a nossa Pátria o Universo, mas a<br />

nossa atenção volta-se, é claro, para este país, predeterminado a grandes coisas, ninho de<br />

almas valorosas e evoluídas, mas, infelizmente, tão cruelmente causticado, <strong>em</strong> virtude dos<br />

maus cidadãos.<br />

E para que tudo se resolva e para que a calma reine afinal, ainda há muito que fazer,<br />

e o trabalho é quase todo nosso, visto que na Terra todos estão sujeitos às correntes do mal,<br />

e para que essas correntes não produzam o desequilíbrio, é preciso que nós estejamos<br />

s<strong>em</strong>pre alerta, limpando aqueles a qu<strong>em</strong> cabe responsabilidade atual, e que, assim como<br />

muito pod<strong>em</strong> fazer pelo progresso deste país, também muito pod<strong>em</strong> concorrer para sua<br />

maior desgraça.<br />

Não quer<strong>em</strong>os alimentar-vos ilusões; elas, entre esclarecidos, não dev<strong>em</strong> existir.<br />

O primeiro passo está dado; agora, resta que os outros passos também sejam dados<br />

com a firmeza necessária, s<strong>em</strong> tropeços e, sobretudo, s<strong>em</strong> que a inveja, a vaidade e o<br />

egoísmo continu<strong>em</strong> a imperar, visto ter<strong>em</strong> sido, s<strong>em</strong>pre, a desgraça da humanidade.<br />

Nós, almas evoluídas, encarregadas de esclarecer a humanidade, não t<strong>em</strong>os partido<br />

algum; para nós só têm valor aqueles que cumpr<strong>em</strong> os seus deveres para consigo próprios,<br />

para com as suas almas, fazendo o seu progresso, produzindo aquilo que eles pod<strong>em</strong> e<br />

dev<strong>em</strong> dar para com a Pátria.<br />

Nós quer<strong>em</strong>os apenas que a ord<strong>em</strong>, o equilíbrio, o raciocínio e a calma imper<strong>em</strong> no<br />

planeta Terra, para que dessa calma e desse raciocínio possam as almas aproveitar a sua<br />

estadia e sua permanência neste meio infecto e vil, onde elas são obrigadas a vir encarnar<br />

para melhor fazer<strong>em</strong> o seu progresso espiritual.<br />

Assim sendo, pugnamos todas pela ord<strong>em</strong>, pela disciplina e sobretudo, pela<br />

clarividência que acompanha a todas que governam e que têm a seu encargo o destino dos<br />

povos.<br />

Não pens<strong>em</strong> que, após a nossa desencarnação, ainda se conserv<strong>em</strong> nas nossas almas,<br />

os partidos A ou B, a satisfação deste ou daquele núcleo, o desejo de possuir este ou aquele


posto. Não. Não julgu<strong>em</strong> tampouco, conforme quer fazer sentir o povo ignorante, que as<br />

almas possam ressuscitar <strong>em</strong> defesa do seu partido.<br />

Nós quer<strong>em</strong>os justiça; nós, o que quer<strong>em</strong>os, é lealdade; nós, o que quer<strong>em</strong>os, é o<br />

verdadeiro patriotismo.<br />

Nós, após a desencarnação, não t<strong>em</strong>os Pátria, mas zelamos por todos aqueles que<br />

nos merec<strong>em</strong> consideração e respeito, e não é digno de viver o hom<strong>em</strong> que não sabe<br />

respeitar os desígnios da Terra <strong>em</strong> que veio encarnar. E nós, almas já livres da matéria, já<br />

livres das grandezas e misérias da Terra, não nos pod<strong>em</strong>os prender a um pedaço de terra,<br />

dev<strong>em</strong>o-nos prender, sim, à grandeza das almas, desejando vê-las s<strong>em</strong>pre elevadas,<br />

progredindo e fazendo progredir.<br />

Não t<strong>em</strong>os, portanto, partido algum, quer<strong>em</strong>os justiça, quer<strong>em</strong>os lealdade; não<br />

somos presidentes de coisa alguma, apenas procuramos presidir as ações das almas b<strong>em</strong><br />

intencionadas, inteligentes, e desejosas de muito fazer.<br />

A luta é titânica, o momento assim requer, e nós nele nos encontramos para defesa<br />

do Todo e para felicidade geral daqueles que possu<strong>em</strong> um ideal nobre. Defendendo os<br />

desígnios deste grande país, julgamos cumprir um dever espiritual, visto estar ele fadado a<br />

grandes coisas provenientes do seu grande solo, e das inúmeras almas evoluídas que nele<br />

encarnam, e que vêm sequiosas de luz, de progresso e de muito fazer.<br />

Concitamo-vos, portanto, a que procureis irradiar pensamentos de valor, para que<br />

aqueles que agora estão encarregados da ord<strong>em</strong>, disciplina e de tudo metodizar e de tudo<br />

colocar nos seus verdadeiros lugares, o consigam e não se deix<strong>em</strong> envolver na mísera<br />

vaidade, no mísero egoísmo, na mísera vingança, que muito têm concorrido para a desgraça<br />

dos povos.<br />

Monsenhor Moreira - 01/11/1930<br />

A Doutrina, <strong>em</strong>bora caminhando vagarosamente, vai atingindo o seu fim. Ela<br />

começa a entrar numa fase interessante.<br />

Não vos deveis deixar levar por ilusões fagueiras, n<strong>em</strong> por grandes acontecimentos,<br />

mas vos podeis regozijar, entretanto, com a sua marcha, e que vos garanto ser progressiva,<br />

b<strong>em</strong> mais do que julgais.<br />

Tudo deveis fazer subordinando ao vosso raciocínio, tendo muita tática, muita<br />

perspicácia e, sobretudo, muita calma, para tudo assimilar, compreender, atender e<br />

responder, quando fordes inquiridos, de acordo s<strong>em</strong>pre como os nossos Princípios.<br />

Trabalhai, portanto, unidos, rejubilados, porque há razão para isso.<br />

Sede perspicazes, sede verdadeiros, sede esclarecidos, acompanhando as fases da<br />

Doutrina, compreendereis a que ponto eu me refiro e como nos sentimos felizes por assim<br />

ser.<br />

Luiz de Mattos - 01/11/1930<br />

Na Terra todos dev<strong>em</strong> viver vida regular, de acordo com as posses de cada um,<br />

porém tendo s<strong>em</strong>pre <strong>em</strong> vista que não prejudiqu<strong>em</strong> a marcha espiritual das almas.


É tola e absurda a opinião de certos e determinados seres de que, uma vez que têm a<br />

proteção e assistência das Forças Superiores e são escolhidos amiudadas vezes para as suas<br />

correntes, tudo lhes deve correr às mil maravilhas. Mas, então, nós não teríamos mais que<br />

fazer senão estar ao vosso lado, sustentando-vos nas quedas provenientes da vossa falta de<br />

raciocínio, nas vossas perturbações, nos vossos desequilíbrios morais.<br />

Nós, com a nossa assistência, com os nossos fluidos, beneficiamos aqueles que,<br />

desejosos de servir de bons instrumentos à Doutrina, a esta Casa vêm com desejo de algo<br />

fazer para o progresso espiritual. Nestas horas que aqui passam, nós com os nossos fluidos,<br />

suavizamos-lhes todos os efeitos deletérios produzidos pelas descargas astrais inferiores<br />

sobre o seu perispírito, sobre o seu corpo, e, por meio das nossas explanações, avivamoslhes<br />

o esclarecimento, instruindo-os para que possam caminhar com retidão, lutar com<br />

corag<strong>em</strong> e assim poder<strong>em</strong> ter o êxito que desejam <strong>em</strong> todos os seus <strong>em</strong>preendimentos. Mas<br />

não pod<strong>em</strong>os evitar que A ou B se desvie da Verdade, se perturbe, se deixe entregar ao<br />

astral inferior, <strong>em</strong> virtude do seu livre-arbítrio.<br />

Assim sendo, é preciso que procureis compreender melhor a Doutrina e que a olheis<br />

não por via do interesse, mas sim com fim espiritual.<br />

Não há dúvida de que todo aquele que seguir à risca as nossas determinações, os<br />

nossos conselhos, os nossos avisos, e agir dentro dos nossos Princípios, esse t<strong>em</strong> fatalmente<br />

que ser b<strong>em</strong> sucedido na luta, mas não se deve descuidar, não se deve ser indolente, não se<br />

deve deixar levar por caprichos, pois é pela falta de raciocínio que o ser, quase s<strong>em</strong>pre,<br />

sofre os efeitos dos desmandos, das infelicidades.<br />

Ouvi, portanto, os nossos conselhos, compreendei a nossa amizade, toda pelo lado<br />

espiritual; na vossa luta material, procurai tudo superintender, tudo fiscalizar, para enfim,<br />

zelardes pelos vossos interesses, pois que só a vós cabe esse zelo. E, então, tudo velando e<br />

zelando, logo que procureis estar calmos e atentos aos vossos deveres, nós vos<br />

confortar<strong>em</strong>os, irradiando, e, se possível, até intuindo, sobre as soluções daquilo que vos<br />

pareça complicado; porém advirto-vos que nunca irradieis pensamentos ao Astral Superior<br />

pedindo-lhe solução para este ou aquele caso da vida material, porque o astral inferior,<br />

observando a vossa fraqueza e prevalecendo-se da vossa perturbação, avassala-vos e vos<br />

atrapalhará na marcha da vida.<br />

Raciocinai, raciocinai, porque o raciocínio é muito necessário a todos os seres,<br />

principalmente, aqueles que trabalham pela Doutrina e que têm interesse <strong>em</strong> algo fazer por<br />

ela.<br />

Monsenhor Moreira - 15/11/1930<br />

É preciso que acabeis de uma vez para s<strong>em</strong>pre com os preconceitos e com as<br />

bugigangas.<br />

Lutar, trabalhar, eis o vosso dever; ostentações, exibições e saliências são vaidades,<br />

que não se dev<strong>em</strong> aninhar nas vossas almas.<br />

O errar é natural, mas, uma vez apontado o erro, é <strong>em</strong>endá-lo. Não se dev<strong>em</strong><br />

enfraquecer, quando admoestados, porém também não dev<strong>em</strong> teimar no erro.<br />

Raciocinai, não vos entregueis ao preconceito, à vaidade, porque isso é<br />

encaminhardes-vos para a desgraça das almas.


Cuidado, portanto, raciocinai, tornai-vos cada vez mais lúcidos para que as vossas<br />

almas possam lucrar alguma coisa.<br />

Luiz de Mattos - 15/11/1930<br />

O progresso do planeta Terra não se pode fazer <strong>em</strong> um dia; querer o impossível é<br />

um absurdo porque denota falta de raciocínio.<br />

Erros s<strong>em</strong> conta se têm dado, e erros ainda se darão porque este mundo é cheio de<br />

imperfeições, e as almas que a ele vêm encarnar, <strong>em</strong>bora desejosas de muito fazer, sofr<strong>em</strong><br />

por vezes a influência do meio, razão por que não dão n<strong>em</strong> pod<strong>em</strong> dar tudo quanto deviam.<br />

Tudo o que de útil e proveitoso se observa atesta o progresso espiritual das almas.<br />

A evolução material do planeta dificilmente a percebereis porque torna-se<br />

imperceptível aos vossos olhos.<br />

Assim sendo, o progresso que mais notório se vos torna é o da arquitetura, da<br />

indústria, dos produtos agrícolas; esse se faz de acordo com a inteligência desenvolvida,<br />

inventando, criando mecanismos, engrenagens, enfim, uns pequeninos nadas que se tornam<br />

grandes coisas e que muito facilitam a atividade. Mas o progresso a que nós todos nos<br />

referimos e que desejamos que de fato se faça, que é o moral, esse só se poderá fazer<br />

quando todos estiver<strong>em</strong> esclarecidos.<br />

À medida que a Verdade se for espalhando, e com ela os seus esclarecimentos,<br />

surgirão almas para lutar, para trabalhar, desejosas, enfim, de progredir.<br />

O <strong>em</strong>pedernimento das almas t<strong>em</strong> por causa única a ignorância da Verdade.<br />

Assim sendo, se n<strong>em</strong> todos assimilam os Princípios Racionais e Científicos é porque<br />

lhes falta o esclarecimento racional.<br />

Procurai, portanto, esclarecer todas as almas através das nossas obras, dando-lhes<br />

ex<strong>em</strong>plos, e, à medida que a atmosfera se for desanuviando, desaparecendo as<br />

enfermidades, a loucura, um ambiente mais leve, uma atmosfera mais pura, mais diáfana,<br />

existirá, e, então, os esclarecimentos ainda serão mais claros, todas as almas farão mais<br />

rapidamente o seu progresso.<br />

Trabalhai para o esclarecimento, e não só sereis úteis à humanidade como a vós<br />

próprios.<br />

Luiz de Mattos - 22/11/1930<br />

Todos vós sabeis que o planeta Terra é um planeta de sofrimentos, portanto de<br />

depuração. Todavia há sofrimentos naturais da luta pela vida e há aqueles que são<br />

provocados pela falta de raciocínio, pelos desmandos e livre-arbítrio dos seres; a esses, não<br />

deveis atribuir um meio de depuração necessário. Não há dúvida de que eles depuram<br />

porque faz<strong>em</strong> sofrer a alma, mas, por vezes, acarretam graves <strong>em</strong>pecilhos à marcha<br />

espiritual do ser, e, portanto, não é cumprido o dever que a si impôs ao encarnar, certo de<br />

que, uma vez cumprido, teria resgatado as suas dívidas espirituais.<br />

Os sofrimentos morais, provenientes da luta pela vida natural, os que vão surgindo<br />

com a evolução das almas e de acordo com os seus <strong>em</strong>preendimentos, são os que mais


valor têm e que mais purificam as almas; porém os procurados pelo próprio livre-arbítrio do<br />

ser, pelos seus desmandos, pela falta de raciocínio, de nada val<strong>em</strong> para o progresso<br />

espiritual.<br />

Ora, um ser que sabe que não deve proceder mal, que deve dar ex<strong>em</strong>plo de honradez<br />

e critério, porque sabe que o seu dever espiritual assim lhe impõe uma conduta correta e<br />

inalterável, não devia por capricho, por livre-arbítrio, por livre e espontânea vontade<br />

desviar-se desse caminho, satisfazendo os seus desejos desordenados, esquecendo o seu<br />

dever para entregar-se àquilo que não o dignifica, que o diminui, que o ridiculariza e<br />

inferioriza, igualando-o aos irracionais, e que, portanto, naturalmente, há de vir a sofrer as<br />

conseqüências desse desmando, dessa falta de raciocínio, dessa falta de critério, de pudor, e<br />

honradez, que são a causa pro<strong>em</strong>inente das suas desgraças, procuradas pelas suas próprias<br />

mãos, <strong>em</strong> virtude do seu desequilíbrio que o fez um instrumento do astral inferior; e, como<br />

instrumento do astral inferior, prestou-se a fazer aquilo que ele queria, do que lhe<br />

resultaram intensos sofrimentos, dolorosos mesmo, mas que nada lhe adiantaram porque<br />

foram por si propositadamente procurados.<br />

Não confundais a minha maneira de explanar. As almas vêm encarnar no planeta<br />

Terra para se depurar<strong>em</strong>, e, para isso, têm de sofrer para conseguir a sua depuração, mas<br />

entre sofrimentos naturais e sofrimentos advindos do livre-arbítrio há muita diferença, b<strong>em</strong><br />

podiam deixar de passar por eles, pois que prejudicam a marcha espiritual. Raciocinai,<br />

portanto, porque ex<strong>em</strong>plos, mesmo entre vós próprios, não faltam, querendo estudar, muito<br />

tendes que aprender.<br />

Monsenhor Moreira - 06/12/1930<br />

Com o t<strong>em</strong>po tudo se fará; devagar se vai ao longe; mais depressa não pode<br />

caminhar a Doutrina.<br />

O ambiente ainda é muito pesado para que a Doutrina possa ser compreendida; a<br />

humanidade ainda está muito <strong>em</strong>brutecida para ver a clarividência que a verdade opera,<br />

abrindo novos horizontes, encaminhando-a por uma vereda mais fácil, mais salutar do que<br />

aquela que até então lhe indicaram.<br />

A Doutrina jamais estacionará; lenta ou rapidamente, ela caminha; aqueles que a<br />

aceitaram, beneficiam-se; aqueles que não a aceitaram, o mal será deles.<br />

Compenetrai-vos do que seja a Doutrina, respeitai os seus Princípios, não saiais<br />

deles, e ela caminhará s<strong>em</strong>pre, como está caminhando.<br />

Uma vez começada a luta, é dever vosso terminá-la; essa trava-se atualmente com<br />

todos, e especialmente com o sectarismo romano.<br />

S<strong>em</strong> descansar, procurai mais e melhor cumprir o vosso dever.<br />

Nós, por nossa parte, tudo faz<strong>em</strong>os e não poupamos esforços para vencer. Procurai,<br />

também vós, como instrumentos nossos, ser dignos da nossa confiança e da nossa amizade,<br />

fazendo aquilo que a Doutrina vos pede <strong>em</strong> compensação daquilo que ela vos dá.


Monsenhor Moreira - 06/12/1930<br />

Para a boa ord<strong>em</strong> e disciplina que dev<strong>em</strong> presidir as nossas Sessões Públicas,<br />

nunca é d<strong>em</strong>ais l<strong>em</strong>brar vigilância àqueles que encarregados estão da assistência.<br />

Para que tudo possa ocorrer a contento nosso, e não haja fracassos, ou perturbações,<br />

toda a observação é pouca, razão por que convém, s<strong>em</strong>pre e s<strong>em</strong>pre, chamar a atenção<br />

daqueles que des<strong>em</strong>penham cargos de maior importância durante os nossos Trabalhos.<br />

B<strong>em</strong> sab<strong>em</strong>os que todos possu<strong>em</strong> boa vontade, mas, também, reconhec<strong>em</strong>os que,<br />

por vezes, há falta de calma, o que basta para não só danificar-vos, como também perturbar<br />

a marcha dos Trabalhos.<br />

Aos assistentes, tributai muita delicadeza, aliada à energia e ao raciocínio.<br />

Há outros pontos delicados a l<strong>em</strong>brar, mas o far<strong>em</strong>os por escrito.<br />

Há uns pequenos nadas, que parec<strong>em</strong> s<strong>em</strong> importância, entretanto têm muita<br />

importância para nós. Desejamos que todos saibam cumprir os seus deveres, estejam<br />

s<strong>em</strong>pre a postos para qualquer ataque momentâneo, que possam vir a ter os assistentes.<br />

Nas nossas Sessões, receb<strong>em</strong>os toda a casta de gente; as ondas obsessoras são<br />

intensas, fortes, fortíssimas mesmo, e, se não estiverdes s<strong>em</strong>pre alerta, não estareis isentos<br />

de ser atingidos por elas.<br />

Cuidado, portanto, muito cuidado, muita perseverança, muito raciocínio, para que<br />

possais ser bons instrumentos e fiéis cumpridores das nossas ordens e princípios.<br />

Luiz de Mattos - 06/12/1930<br />

A Doutrina vos apresenta dois caminhos a seguir: um vasto, amplo e, outro,<br />

estreito, acidentado e perigoso.<br />

Aqueles que se sab<strong>em</strong> conduzir, que põ<strong>em</strong> <strong>em</strong> prática o que nós aconselhamos, estes<br />

caminharão s<strong>em</strong>pre pela vasta senda do porvir e passarão, quando totalmente esclarecidos,<br />

o cabo tormentório da vida terrena.<br />

Mas aqueles que não quer<strong>em</strong> compenetrar-se dos seus deveres, estes caminharão<br />

tropegamente, tropeçando aqui, caindo acolá, a sua vontade fraca, a sua falta de raciocínio,<br />

o seu desprezo pelas coisas sérias da vida os levarão para o abismo.<br />

E, não vos deveis admirar de vos afirmarmos que, entre milhares de criaturas que<br />

freqüentam as nossas Casas, e algumas há longos anos, poucos, muito poucos, são aqueles<br />

que estão compenetrados do que seja a Doutrina, e que caminham com segurança, que<br />

sab<strong>em</strong> o que faz<strong>em</strong> e aquilo que são.<br />

A maioria dos seres vive <strong>em</strong>botada, vive engolfada <strong>em</strong> vício, entregue a prazeres e<br />

satisfação de desejos desordenados, não faz o menor esforço para educar a vontade.<br />

Mas direis vós:<br />

— Então para que serve o esclarecimento, não são criaturas esclarecidas?<br />

Responder<strong>em</strong>os:<br />

— Esclarecidas são aquelas que compreend<strong>em</strong> a Doutrina pela maneira espiritual,<br />

pelo modo certo e sensato ditado por um raciocínio seguro e que a praticam, não<br />

fanaticamente, mas com inteligência, como criaturas equilibradas, cônscias dos seus


deveres, sabendo-se conduzir <strong>em</strong> toda a parte, não representando mal a Doutrina, quando a<br />

esclarecer e beneficiar a almas; porém pod<strong>em</strong> passar anos e anos entre nós, nos ouvir<br />

constant<strong>em</strong>ente que, se não quiser<strong>em</strong> dominar-se, conter-se e educar-se, nada adiantarão.<br />

Quantos daqueles que me rodeavam, quando encarnado, não me compreendiam,<br />

n<strong>em</strong> assimilavam o que fosse a nossa Doutrina.<br />

S<strong>em</strong>pre o Eu <strong>em</strong> ação, s<strong>em</strong>pre a satisfação desse Eu, s<strong>em</strong>pre a matéria a sobrepujar<br />

a alma, s<strong>em</strong>pre os caprichos a <strong>em</strong>botar o raciocínio.<br />

Tudo isso, quando na Terra, nos faz sofrer, mas, após a libertação do corpo, após a<br />

nossa separação desse fardo pesadíssimo, <strong>em</strong> libertação plena no nosso mundo, tudo<br />

desprezamos, deixamos de parte, para só tratarmos daquilo que interessa às almas, ao b<strong>em</strong><br />

geral da humanidade.<br />

É certo que a humanidade é pouco merecedora daquilo que lhe possamos fazer, mas<br />

pouco nos importa, precisamos é cumprir o nosso dever.<br />

Esclarecer todos os ignorantes, amparar os fracos e pusilânimes de espírito, fazê-los<br />

acordar, fazê-los estr<strong>em</strong>ecer, eis o nosso dever; e vós todos, assim deveis proceder, com<br />

paciência, moderação e persistência.<br />

Mas não conteis, <strong>em</strong> absoluto, com a gratidão humana, com as conversões, procurai,<br />

sim, esclarecer, mostrar o caminho que todos dev<strong>em</strong> palmilhar, aquele que quiser<br />

aproveitar o b<strong>em</strong> que se lhe oferece, o benefício é todo seu, se não quiser, o mal também é<br />

somente seu.<br />

Cumpri todos os vossos deveres, não vos preocupeis, <strong>em</strong> absoluto, com aquilo que<br />

não vos convém, sede esclarecidos, raciocinai, para não sofrerdes as conseqüências do mal,<br />

entregando-vos e casando-vos com seres obsedados e fracos de espírito.<br />

Monsenhor Moreira - 13/12/1930<br />

O Jesuitismo grandes males fez, mas sabei viver seguindo-lhe o ex<strong>em</strong>plo, a sua<br />

maneira de agir, a sua manha, a sua disciplina.<br />

Como os jesuítas, deveis ser disciplinados, manhosos, nunca deveis abordar a<br />

qualquer assunto de chofre, de repente, querendo incutir as vossas idéias, por mais racionais<br />

e científicas que sejam, naqueles que viv<strong>em</strong> engolfados no preconceito e misérias terrenas.<br />

Agi com cautela, com arte, que direis tudo, aniquilareis, arrasareis todos aqueles que da<br />

mentira e para a mentira viv<strong>em</strong> desavergonhadamente.<br />

Quando dissertardes sobre qualquer assunto doutrinário, não deveis impor<br />

imediatamente o ponto principal, fazei-o por meio de rodeios largos, esperteza e manha.<br />

Eis um conselho que vos dou e que muito vos servirá.<br />

Hoje, assim procedestes, amanhã, com a experiência e mais conselhos que vos<br />

vamos dando, melhor procedereis.<br />

Cuidado, portanto, sede perspicazes, estudai a humanidade, estudai-a b<strong>em</strong>, porque<br />

nunca conhecereis bastante para poderdes saber lidar com ela.


Não identificado - 13/12/1930<br />

No planeta Terra é preciso saber viver com inteligência.<br />

Aquele que nele não vive com arte e inteligência vegeta, rasteja e pouco produz.<br />

Entre os seres, há diversas classes, as quais é preciso estudar e conhecê-las para<br />

poder diferenciá-las, não por preconceito de cores, n<strong>em</strong> de inteligência, porque isso não é<br />

admissível entre esclarecidos, mas sim para selecionar aqueles que são sinceros, que são<br />

leais, e que de fato pod<strong>em</strong> produzir alguma coisa.<br />

Manha e artifício, exist<strong>em</strong> <strong>em</strong> profusão na Terra; conhecer todos esses defeitos da<br />

humanidade requer que o ser possua perspicácia, ladineza e inteligência.<br />

B<strong>em</strong> sab<strong>em</strong>os que há seres, e que muitos já conheceis por experiência, que aceitam<br />

e acolh<strong>em</strong> de pronto tudo que parta da Doutrina. Dedicam-se, às vezes, de corpo e alma, e<br />

isso está muito b<strong>em</strong>, é muito louvável, mas é preciso ter cuidado, porque a humanidade está<br />

muito viciada, dificilmente se regenera <strong>em</strong> todo o seu viver; muitas são as criaturas<br />

<strong>em</strong>purradas para produzir alguma coisa, mas a obrigação daqueles que possu<strong>em</strong><br />

esclarecimento bastante é preparar<strong>em</strong>-se para tudo que der e vier. E, para que esse preparo<br />

seja sólido, não deve haver discrepância dos Princípios, dev<strong>em</strong> aproveitar, sim, o mais que<br />

possam, tudo o que seja preciso para b<strong>em</strong> da Doutrina e sua explanação, mas não se iludam<br />

por favor; por favor porque a desilusão faz sofrer muito, e para experiência deve chegar a<br />

que <strong>em</strong> mim foi presenciada.<br />

Trabalhai todos com interesse, com dedicação mesmo, acolhei e amparai,<br />

espiritualmente, todos os que d<strong>em</strong>onstr<strong>em</strong> boa vontade, mas nunca vos apegueis a qu<strong>em</strong><br />

quer que seja.<br />

Esperai, sabei esperar, que nós tudo vos dar<strong>em</strong>os reservando a vossa vida anímica<br />

— a maior riqueza do planeta Terra — para que nunca seja abalada por desgostos e<br />

desilusões.<br />

Sentimo-nos felicíssimos, satisfeitos, com a marcha atual da nossa Doutrina. Nada<br />

t<strong>em</strong>os que vos agradecer, mas não pod<strong>em</strong>os deixar de vos fazer sentir a nossa alegria.<br />

O êxito hoje colhido pela nossa Doutrina é louvável; é benéfica mesmo a ação que<br />

ela exerceu pela sã explanação e pela sábia dissertação de um ser inteligente, acionado por<br />

nós, que tudo quer<strong>em</strong>os e faz<strong>em</strong>os pela nossa Doutrina (refere-se à Conferência feita hoje<br />

às 17 horas no Teatro João Caetano, pelo Sr. Almirante Arthur Thompson, sobre o t<strong>em</strong>a<br />

“Espiritualismo”).<br />

Sentimo-nos satisfeitos sim, por ver o vosso interesse, a vossa incansável dedicação,<br />

o vosso zelo, porém nada mais fazeis que não seja cumprir o vosso dever de gratidão, dever<br />

de seres esclarecidos, a concorrer para a explanação da mais bela das Doutrinas.<br />

De fato, instrumentos nossos são todos aqueles que concorr<strong>em</strong>, que colaboram, para<br />

qualquer êxito da nossa Doutrina; mas, assim como hoje se prestam a ser nossos<br />

instrumentos, amanhã também poderão deixar de o ser.<br />

A ação deletéria do astral inferior, a serviço de despeitados, potentados e sectaristas,<br />

tudo faz para retrogradar ou estacionar a marcha da nossa Doutrina.<br />

Assim sendo, deveis preparar aqueles que ainda são inexperientes e<br />

desconhecedores de toda a ação do astral inferior, para que não venham a deixar-se<br />

<strong>em</strong>baralhar na sua rede.


É dever vosso, portanto, prevenir, esclarecer e explicar, conservando-vos s<strong>em</strong>pre<br />

nos vossos postos, para que não sejais expostos à ação que também vos poderá atingir.<br />

Assim sendo, repetimos, não vos agradec<strong>em</strong>os, porque é à Doutrina que tudo fazeis<br />

e a vós próprios, <strong>em</strong> benefício das vossas almas, mas faz<strong>em</strong>os-vos sentir a satisfação<br />

imensa, a gratidão leal e verdadeira, que sab<strong>em</strong>os recompensar com os nossos fluidos, com<br />

a nossa ação toda espiritual e desinteressada no vosso sofrimento, alentando-vos nas vossas<br />

amarguras, e isso, vós tereis s<strong>em</strong>pre, desde que cumprais os vossos deveres <strong>em</strong> b<strong>em</strong> da<br />

nossa Doutrina.<br />

Luiz de Mattos - 20/12/1930<br />

Nós, Forças Superiores, estamos ao lado daqueles que nos sab<strong>em</strong> atrair com<br />

honestidade, ao lado daqueles que nos sab<strong>em</strong> atrair para cumprir o seu dever, e assim<br />

sendo, o ser que sabe irradiar, que sabe que t<strong>em</strong> desejo de cumprir o seu dever, deve estar<br />

s<strong>em</strong>pre preparado para saber atrair-nos.<br />

Boas lições tendes tido; constant<strong>em</strong>ente, nós vos estamos ponderando: — Sede<br />

simples, porque a simplicidade faz parte dos nossos Princípios. O ser esclarecido deve ser<br />

simples, honesto, ponderado, moderado e justiceiro, sabendo fazer justiça a si próprio, para<br />

poder fazê-la aos outros.<br />

Isto vos repetimos várias vezes, e, se isso faz<strong>em</strong>os, é porque vos precisamos l<strong>em</strong>brar<br />

que não vos esqueçais dos vossos deveres para com a responsabilidade assumida por vossa<br />

própria vontade para com a Doutrina.<br />

O ser, quando é esclarecido, possuidor de uma Doutrina como esta, deve ser<br />

justiceiro, repito, deve saber aquilo que faz, para que não seja observado por nós.<br />

Assim sendo, oxalá que as nossas recomendações constantes vos sirvam para que<br />

possais caminhar com valor, porque muito t<strong>em</strong>os que fazer <strong>em</strong> b<strong>em</strong> da humanidade; por<br />

mais difícil que vos pareça o caminho a seguir, deveis segui-lo s<strong>em</strong>pre para a frente, pois as<br />

dificuldades surgidas são s<strong>em</strong>pre da autoria do astral inferior.<br />

Nada de dificuldades, tudo é fácil na vida, quando se sabe pensar e agir; nossa<br />

Doutrina é fácil, é clara. Caminhai fort<strong>em</strong>ente, sabendo impor valor, sabendo, enfim,<br />

raciocinar, ser delicado para com todos que a vós se apresentam.<br />

Cumpri os vossos deveres, unidos como irmãos, nada de maldade, nada de<br />

injustiças, nada que possa entristecer os vossos companheiros. Lealdade é o que vos<br />

recomendo, pois se assim procederdes grande satisfação nos dareis.<br />

As misérias terrenas não se dev<strong>em</strong> enraizar nas vossas almas, deveis ter <strong>em</strong> mira<br />

s<strong>em</strong>pre o cumprimento do vosso dever espiritual, porque o resto é secundário.<br />

Cumpri, pois, os vossos deveres, sede unidos, tende calma e, sobretudo, muito<br />

raciocínio.


Paulo Crato - 20/12/1930<br />

Por muito esclarecido que seja o ser, por muita noção de dever que ele possua, não<br />

está isento de faltas; aquele que se julgar infalível é um ser desprezível, não conhece o que<br />

seja o valor, a ponderação, a moderação e a justiça, apenas julga a todos por si.<br />

O ser quanto mais esclarecido é, e, principalmente, se ele se dedica a uma Doutrina<br />

como esta, mais perseguido se torna pelo astral inferior e, ao menor descuido, esse apoderase<br />

do seu aura, larga-lhe descargas fluídicas, que não só o ating<strong>em</strong> a ele como àqueles que<br />

compõ<strong>em</strong> o seu meio, para, por esta forma, mais perturbar e danificar os nossos<br />

instrumentos.<br />

Assim sendo, podeis ser muito esclarecidos, podeis compreender a Doutrina a<br />

fundo, ter de cor as suas obras, mas, se não tiverdes força de vontade, se não possuirdes<br />

valor, se vos at<strong>em</strong>orizardes por qualquer coisa, durante a t<strong>em</strong>pestade no mar bravio da vida,<br />

onde quase s<strong>em</strong>pre as ondas são revoltas, podeis estar certos de que sereis falíveis.<br />

Aconteça o que acontecer, logo que, como esclarecidos, saibais enfrentar o vendaval<br />

desabado, sereis vencedores.<br />

Gravai b<strong>em</strong> esta minha recomendação:<br />

Há seres que se admiram de que entre seres esclarecidos haja fracassos; mas, se<br />

soubess<strong>em</strong> raciocinar, não se admirariam, porque fartos estamos de prevenir para que haja<br />

muito cuidado, que sejam fortes, que eduqu<strong>em</strong> e fortaleçam a vontade, que constituam uma<br />

forte couraça contra os ataques dos inimigos astrais. E, essa couraça está no pensamento,<br />

repelindo, irradiando e contendo os ímpetos.<br />

Ímpetos possu<strong>em</strong> todos. À primeira contrariedade, o Eu se faz sentir, mas o valor<br />

está, justamente, <strong>em</strong> conter e dominar esse Eu. Sabendo ouvir os nossos conselhos, as<br />

nossas admoestações, quando atacados, saberão todos repelir o ataque, fazendo ginástica de<br />

pensamento, porque a lei de atração é um fato. Assim como por fraqueza são atraídos<br />

el<strong>em</strong>entos deletérios, assim também, por valor, vontade forte, desejo de ser útil, são<br />

atraídos el<strong>em</strong>entos benéficos de força e vigor.<br />

Sede mais previdentes, tende mais raciocínio, ponderai b<strong>em</strong> todos os vossos atos e<br />

pensamentos, agi s<strong>em</strong>pre com muita prudência; nada de exageros, vida simples, sã, natural<br />

e, assim fazendo, sereis s<strong>em</strong>pre, s<strong>em</strong>pre b<strong>em</strong> assistidos, tereis uma vida tranqüila, gozareis<br />

de uma paz relativa e sereis s<strong>em</strong>pre b<strong>em</strong> sucedidos.<br />

Fiar-vos na nossa proteção, no nosso auxílio, s<strong>em</strong> fazerdes esforço, s<strong>em</strong> vos<br />

colocardes <strong>em</strong> condições para receber os benefícios, é um erro, porque a primeira condição<br />

está <strong>em</strong> vós próprios.<br />

Desde que vos saibais conduzir condignamente, nós estar<strong>em</strong>os convosco,<br />

invariavelmente; mas, se sairdes da linha do dever, da honra, da honestidade, da linha<br />

traçada pelo vosso próprio espírito, se descuidardes da responsabilidade <strong>em</strong> trabalhar pela<br />

Doutrina, sois seres falíveis mais dia, menos dia, porque não falha a lei de atração, e depois<br />

as conseqüências não se faz<strong>em</strong> esperar.<br />

Ex<strong>em</strong>plos não vos têm faltado, e que esses ex<strong>em</strong>plos vos possam calar fundo, que as<br />

nossas palavras, as nossas admoestações, os nossos conselhos sejam obedecidos, gravados<br />

nas vossas almas e melhor praticados do que até aqui.


Monsenhor Moreira - 20/12/1930<br />

Continuando os conselhos do vosso ex-mestre, ex-chefe material, hoje chefe astral,<br />

vendo-vos no vosso íntimo, na vossa alma, conhecendo as vossas qualidades e mazelas,<br />

porque todos vós possuis mazelas, não sois nenhuma perfeição, constatando a vontade de<br />

uns, a indolência de outros, e o desejo de acertar de muitos, ele agora melhor do que<br />

nunca vos pode aconselhar. Mas, como ele não vos fez ver tudo, a mim compete, como<br />

vosso chefe astral, l<strong>em</strong>brar-vos alguns pontos e, como estamos <strong>em</strong> família, <strong>em</strong> família<br />

dev<strong>em</strong> ficar.<br />

Aquilo que se passa nestas Sessões, ou nas Reuniões <strong>em</strong> que estas Comunicações<br />

são lidas coletivamente, onde se trata de outros assuntos referentes, exclusivamente, à<br />

Doutrina, deve obedecer a todo o sigilo, todos dev<strong>em</strong> ser prudentes e comedidos com a<br />

língua.<br />

Assim sendo, vos direi:<br />

Que nós, os vossos amigos dedicados, que só desejamos o vosso b<strong>em</strong>-estar, o vosso<br />

progresso espiritual, constatamos, nas vossas almas, lacunas que muito nos entristec<strong>em</strong>, e<br />

uma delas, é o MELINDRE. Parece incrível que ainda não tenhais a força precisa para vos<br />

conter.<br />

Nesta Casa, todos são iguais, isto é, cada um nos seus postos <strong>em</strong> cumprimento dos<br />

seus deveres.<br />

Todos estão sujeitos a erros, mas nenhum se deve regozijar com os erros que<br />

porventura possam cometer os companheiros.<br />

Há regulamentos que precisam ser respeitados, pois a disciplina é a garantia da<br />

Doutrina, e se algum sai desse regulamento, por descuido ou por má compreensão, não<br />

deve, <strong>em</strong> absoluto, ser censurado, não deve, <strong>em</strong> absoluto, ser amesquinhado, pelo contrário,<br />

o dever daqueles que observar<strong>em</strong> faltas é chegar junto a qu<strong>em</strong> de direito e a qu<strong>em</strong> se sabe a<br />

responsabilidade da Doutrina, falar como amigo, como qu<strong>em</strong> previne, como qu<strong>em</strong> l<strong>em</strong>bra e<br />

aconselha.<br />

Nós não quer<strong>em</strong>os ninguém humilhado, quer<strong>em</strong>os todos altivos no cumprimento<br />

dos seus deveres, quer<strong>em</strong>os que se respeit<strong>em</strong> uns aos outros e, sobretudo, que respeit<strong>em</strong><br />

aqueles que possu<strong>em</strong> cargos de responsabilidades nesta Casa.<br />

Para nós tanto vale o Presidente como aqueles que simplesmente sacod<strong>em</strong> <strong>em</strong><br />

nossas Sessões Públicas, mas o Presidente, o Fiscal Geral da Assistência, os d<strong>em</strong>ais<br />

auxiliares, todos têm deveres a cumprir, todos dev<strong>em</strong> ser respeitados.<br />

Ai daquele que faltar ao respeito a qualquer um deles! Ai daquele que censurar os<br />

atos de qualquer um deles!...<br />

Errar é dos homens, teimar no erro é dos irracionais. Mas, entre esclarecidos, deve<br />

haver a tolerância, pensamentos de união, e nunca de malquerença, de despique, de desejo<br />

de humilhar.<br />

Qu<strong>em</strong> se regozija com os atos ou erros cometidos por qualquer um dos<br />

companheiros é um criminoso; assim como, também, nenhum de vós ou nenhum daqueles<br />

que agora não me ouv<strong>em</strong>, mas que dev<strong>em</strong> ouvir, ler esta Comunicação, nenhum, nenhum,<br />

se deve melindrar, quando for chamado a atenção; e, se má compreensão houver na<br />

admoestação ou aviso que recebeu, deve dirigir-se imediatamente a qu<strong>em</strong> de direito, clarear<br />

o que se passou e procurar, então, certificar-se se há ou não a verdade. Assim procedendo, é


ser mais racional, mais honesto, não haverá as irradiações que vão de encontro à união que<br />

deve existir entre todos.<br />

Friso mais ainda:<br />

Na hora dos Trabalhos, tanto Antonio Cottas como Eduardo Freire, têm grandes<br />

responsabilidades na Doutrina; sobre esses dois seres reca<strong>em</strong> as maiores irradiações<br />

maléficas; portanto todos que trabalham nesta Casa se dev<strong>em</strong> unir com pensamentos<br />

cristãos, b<strong>em</strong> irradiando sobre eles, e não, <strong>em</strong> absoluto, comentar qualquer um dos seus<br />

atos, ou ordens na hora do serviço.<br />

Ouvi-me b<strong>em</strong>:<br />

Em toda a coletividade há um cabeça, a Doutrina nos pertence, nós a dirigimos e<br />

governamos, mas, na Terra, t<strong>em</strong>os os nossos instrumentos, sobre os quais recai a<br />

responsabilidade direta da Doutrina. Eles receb<strong>em</strong> as nossas intuições, portanto, dentro dos<br />

Princípios, todos têm por obrigação irradiar sobre eles pensamentos de valor e de união.<br />

Tanto Antonio Cottas como Eduardo Freire não são infalíveis, não dev<strong>em</strong> errar, mas<br />

pod<strong>em</strong> cometer qualquer falta involuntária; portanto a obrigação dos companheiros é<br />

reunir<strong>em</strong>-se, e unidos, muito naturalmente, clarear o que há, e não, <strong>em</strong> absoluto, comentar<br />

faltas, digo, com referência à ord<strong>em</strong> e à disciplina desta Casa, porque às outras, a ninguém<br />

cabe o direito de tal tratar, nós e só a nós, cabe chamar a atenção verbal ou por escrito<br />

quando for necessário.<br />

É preciso, portanto, que haja mais noção do dever, mais noção do que seja a<br />

Doutrina.<br />

Nesta Casa, ninguém é escravo, todos são considerados como merec<strong>em</strong>. Logo, todos<br />

se dev<strong>em</strong> tratar com carinho, com amizade, para que haja s<strong>em</strong>pre a máxima união,<br />

possamo-nos servir de todos vós, <strong>em</strong> conjunto, para podermos fazer aquilo que precisamos;<br />

porém, se vós vos puserdes a irradiar pensamentos maléficos, pensamentos de despique,<br />

pensamentos de inveja, pensamentos de irritação, etc., etc., sobre os vossos companheiros,<br />

ou sobre aqueles que, tendo mais responsabilidade do que vós, não pod<strong>em</strong> agradar a todos,<br />

sois uns criminosos, porque procurais perturbar esses seres, e isso não está direito.<br />

Olhai que a nós nada nos passa despercebido! Evitai, evitai, que vos cham<strong>em</strong>os à<br />

ord<strong>em</strong> pelo nome, porque se assim for preciso, assim agir<strong>em</strong>os.<br />

Doutrina é Doutrina. Princípios são Princípios. Cumpram todos os seus deveres e<br />

deix<strong>em</strong>-se de comentar os atos deste ou daquele; o máximo respeito, a máxima<br />

consideração, o máximo acatamento às nossas ordens e àqueles que as transmit<strong>em</strong>.<br />

Está clareado o assunto, sobre esses dois seres recai a responsabilidade da Doutrina<br />

na hora dos Trabalhos; porém, quer na parte administrativa, quer na parte espiritual, dev<strong>em</strong><br />

ser respeitados, não só esses como todos aqueles que estão à frente de seus desígnios, como<br />

Diretores Materiais. Todos, aviso e repito, dev<strong>em</strong> ser ouvidos, e quando haja qualquer coisa<br />

de maior é submeter à nossa apreciação, mas não se dev<strong>em</strong> colocar de alcatéia pelos cantos<br />

a censurar, a comentar aquilo que não dev<strong>em</strong>, e, por vezes, o que não ating<strong>em</strong> n<strong>em</strong><br />

compreend<strong>em</strong>.<br />

Tomai cuidado, porque já é t<strong>em</strong>po de vos r<strong>em</strong>odelardes; isso ainda são vícios<br />

jesuíticos, antigos, ressentimento da vossa educação, misérias das vossas encarnações<br />

anteriores; as quais é preciso ir r<strong>em</strong>odelando e corrigindo.<br />

Acabai com os “disse-que-disse”; acabai com os melindres; acabai com essas<br />

misérias próprias do mundo Terra, pois as almas dos que freqüentam esta Casa não as<br />

dev<strong>em</strong> aninhar.


Cuidado, portanto, e que não seja obrigado a vir prevenir-vos outra vez, porque<br />

então, isso será mais grave.<br />

Monsenhor Moreira - 27/12/1930<br />

Tudo obedecendo à disciplina e método impostos por nós, tudo caminhará b<strong>em</strong> mas,<br />

se for olvidada a disciplina, desrespeitados os regulamentos, haverá o desequilíbrio e as<br />

conseqüências não se farão esperar.<br />

Assim sendo, mais uma vez previno:<br />

A máxima obediência ao regulamento, a máxima disciplina, o máximo respeito, não<br />

vendo uns melhores do que outros, mas respeitando-se cada um a si próprio, para que então<br />

possam respeitar os outros.<br />

Nada de melindres, nada de amuos, nada, enfim, de irritações e más irradiações.<br />

Corrijam-se porque já é t<strong>em</strong>po, saibam cumprir os seus deveres e não se digam<br />

Racionalistas somente, mas sejam-no de fato <strong>em</strong> obras e palavras, eis o que me cabe dizervos<br />

por hoje.<br />

Luiz de Mattos - 27/12/1930<br />

Que a propagação da Doutrina se faça por meio de polêmicas, por meio de<br />

conferências, por meio de curas, isso é de toda conveniência, mas apenas faz calar no<br />

momento, porque depressa o preconceito abafa o alarido, a vaidade <strong>em</strong>bota a alma, a<br />

cegueira t<strong>em</strong> que ser contínua.<br />

A propagação da Doutrina feita pelas suas obras será o compl<strong>em</strong>ento da<br />

propaganda, pois será mais eficaz, mais produtiva, mais fixa, porque a obra passará de mão<br />

<strong>em</strong> mão, de geração <strong>em</strong> geração e o que está escrito e gravado permanecerá, <strong>em</strong>bora muitos<br />

negu<strong>em</strong> os fatos, as teorias, mas o que não pod<strong>em</strong> é apagar o que essas obras encerram e<br />

que jamais sairá da m<strong>em</strong>ória daqueles que lê<strong>em</strong> por curiosidade ou para saber.<br />

Que os pretensiosos as deix<strong>em</strong> atiradas, as desprez<strong>em</strong>, delas chasquei<strong>em</strong>, isso não<br />

vos deve importar, porque não tardará muito que as consult<strong>em</strong>, quando mais não seja para<br />

alívio de alguma dor... E muitos as hão de consultar para elucidação de seus estudos.<br />

Assim sendo, essas obras dev<strong>em</strong> ser propagadas quanto mais possível, não como um<br />

fim de renda, mas com um fim de benefício à Causa geral da Doutrina.<br />

Há seres que aqui vêm há muitos anos e, no entanto, não dão às nossas obras a<br />

importância que elas merec<strong>em</strong>; não as lê<strong>em</strong> com a devida atenção e muito menos praticam<br />

o que elas encerram, mas, <strong>em</strong> compensação, há muitos ignorantes da Verdade, quer no<br />

interior, quer no estrangeiro, e mesmo aqui na capital, que muita importância hão de dar a<br />

essas obras, chegarão a considerá-las mesmo como relíquias, por lhes ter<strong>em</strong> levado a<br />

clarividência do espírito, a luz para os seus olhos cansados de ver mentira, bajulação e<br />

outras misérias mais.<br />

Por isso, vos garantimos que a melhor propagação da Doutrina, a sua melhor<br />

explanação está nas suas obras. Propagar essas obras, propalá-las, expondo-as à venda,


começam a despertar a curiosidade, serão adquiridas e lidas, o conteúdo das mesmas calará<br />

na inteligência dos leitores, trazendo inúmeros benefícios à humanidade.<br />

Outra coisa mais deveis ter <strong>em</strong> mira, e que é de muita importância: a oferta de<br />

nossas obras deve ser feita a pessoas de idoneidade conhecida e que d<strong>em</strong>onstr<strong>em</strong> algum<br />

interesse pela nossa Causa; aos mais, envi<strong>em</strong>-se anúncios que despert<strong>em</strong> a curiosidade, mas<br />

não as ofereçam porque não lhes saberão dar o valor que merec<strong>em</strong>.<br />

É um erro o ofertar-se obras a criaturas prepotentes, vaidosas, presunçosas e<br />

despeitadas, elas não lhes darão valor.<br />

É preferível, às vezes, dar-se uma das nossas obras a um miserável que não possa<br />

adquiri-la, do que a um pergaminhado qualquer, que, ao receber o invólucro, atira-o à<br />

distância, não lhe dando importância alguma, visto partir de onde partiu, ao passo que,<br />

despertada a curiosidade pelo anúncio, pela propagação, irá procurá-las e, como lhe<br />

custaram, dará o apreço que merec<strong>em</strong>.<br />

A humanidade, amigos, não vale nada; os títulos, muitas vezes, cobr<strong>em</strong> grandes<br />

mazelas morais, por isso, procurai fazer o maior b<strong>em</strong> possível a todos <strong>em</strong> geral, aliviando<br />

os sofrimentos alheios, mas não vos iludindo nunca com as posições de destaque de qu<strong>em</strong><br />

quer que seja, porque pod<strong>em</strong> ser apanágios de vaidade, de miséria, de ingratidão, enfim.<br />

Agi com prudência, sede moderados, a época exige moderação, a situação é<br />

perturbadora por toda a parte; portanto é preciso que vos acauteleis, que vos ponhais de<br />

guarda, a fim de que não venhais a sofrer as conseqüências dos desmandos da humanidade,<br />

os quais se poderão agravar ainda mais com os vossos descuidos.

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