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o estudo da transmissão hereditária de caracteres freqüentes

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associados ao sexo. O fenótipo M+ seria, pois o fenótipo dominante e uma conseqüência <strong>da</strong><br />

homozigose do gene A, alelo <strong>de</strong> a (genótipo AA), ou <strong>de</strong> heterozigose <strong>de</strong>sses genes (genótipo Aa).<br />

Nesse contexto, os casais M+ × M- <strong>de</strong>vem incluir duas classes <strong>de</strong> casais, do ponto <strong>de</strong> vista<br />

genotípico (AA × aa e Aa × aa). Visto que somente os casais Aa × aa dão origem a filhos M+ (Aa) e<br />

M- (aa) com a mesma probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> (50%), enquanto todos os filhos dos casais AA × aa são M+<br />

(Aa), está claro que o percentual <strong>de</strong> indivíduos M- entre os filhos <strong>de</strong> casais M+ × M- tem que ser<br />

menor que 50%, o que, <strong>de</strong> fato, foi observado (33%).<br />

Os casais M+ × M+, por sua vez, <strong>de</strong>vem, <strong>de</strong> acordo com a hipótese genética, incluir três tipos<br />

<strong>de</strong> casais quanto ao genótipo (AA × AA, AA × Aa e Aa × Aa) dos quais apenas um tipo (Aa × Aa) tem<br />

25% <strong>de</strong> probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>da</strong>r origem a filhos M-, isto é, com genótipo aa. Disso resulta, portanto,<br />

que, entre os filhos <strong>de</strong> casais M+ × M+ o percentual esperado <strong>de</strong> indivíduos M- <strong>de</strong>ve ser inferior a<br />

25 %, o que, <strong>de</strong> fato, se observou (10%).<br />

A aceitação completa <strong>da</strong> hipótese monogênica, estabeleci<strong>da</strong> com base na distribuição<br />

familial observa<strong>da</strong>, será alcança<strong>da</strong> se, na prole <strong>de</strong> casais M+ × M- e M+ × M+ nos quais os cônjuges<br />

M+ são filhos <strong>de</strong> um genitor M (pai ou mãe), as proporções fenotípicas não se <strong>de</strong>sviarem<br />

significativamente <strong>da</strong>s espera<strong>da</strong>s segundo a referi<strong>da</strong> hipótese. Isso porque, se a hipótese monogênica<br />

estiver correta, um indivíduo M+ cujo pai ou mãe é M- <strong>de</strong>ve ser, seguramente, heterozigoto Aa, pois<br />

esse indivíduo recebeu, com certeza, um gene a do genitor M (aa). Em conseqüência, quando<br />

heterozigotos M+ (Aa) são casados com pessoas M- (aa) eles <strong>de</strong>vem gerar filhos M+ (Aa) e M- (aa)<br />

na razão men<strong>de</strong>liana <strong>de</strong> 1:1. Os casais M+ × M+ que são Aa × Aa <strong>de</strong>vem, por sua vez, gerar filhos<br />

M+ e M- na razão 3: 1 porque as proporções genotípicas espera<strong>da</strong>s são AA : Aa : aa :: 1: 2: 1, <strong>de</strong><br />

sorte que a distribuição fenotípica será A_: aa :: 3: 1 pois os indivíduos com genótipo AA não se<br />

distinguem <strong>da</strong>queles com genótipo Aa. A razão 3: 1 também é chama<strong>da</strong> <strong>de</strong> razão men<strong>de</strong>liana.<br />

Com a aplicação <strong>de</strong> conhecimentos elementares <strong>de</strong> Genética <strong>de</strong> Populações, a serem<br />

fornecidos em capítulos do volume do mesmo autor sobre essa especiali<strong>da</strong><strong>de</strong>, a hipótese monogênica<br />

também po<strong>de</strong>ria ser aceita antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar as razões 1: 1 e 3: 1 <strong>de</strong> indivíduos M+ e M- na prole,<br />

respectivamente, <strong>de</strong> casais M+ × M- e M+ × M+ cujos cônjuges M+ são filhos <strong>de</strong> pai ou mãe M-.<br />

Isso porque, com conhecimentos <strong>de</strong> Genética <strong>de</strong> Populações po<strong>de</strong>mos estimar com gran<strong>de</strong> precisão<br />

o número esperado <strong>de</strong> filhos M+ e M- nos três tipos <strong>de</strong> casais, como se fez na Tabela 3.2. Nessa<br />

tabela po<strong>de</strong>-se constatar que os números observados estão extremamente próximos dos esperados<br />

segundo a hipótese monogênica, o que nos permite atribuir a associação familial encontra<strong>da</strong> à ação<br />

<strong>de</strong> um par <strong>de</strong> alelos autossômicos.<br />

Um outro exemplo, que serve para ilustrar bem o modo pelo qual, a partir <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos familiais,<br />

se infere o mecanismo <strong>de</strong> <strong>transmissão</strong> monogênica <strong>de</strong> <strong>caracteres</strong> <strong>freqüentes</strong> com relação <strong>de</strong><br />

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