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se fixaram num local da parte Oeste da Cida<strong>de</strong> que mais tar<strong>de</strong> seria conheci<strong>do</strong> por Jardim<br />

Iracema. Essa mesma memória nos mostra que nesse local havia uma temporalida<strong>de</strong> e uma<br />

realida<strong>de</strong> bem diferentes daquela presenciada nos bairros centrais <strong>de</strong> Fortaleza <strong>de</strong>sse mesmo<br />

perío<strong>do</strong>. Dessa forma, esse trabalho <strong>de</strong> pesquisa vem com a aspiração <strong>de</strong> perceber como esses<br />

mora<strong>do</strong>res vivenciaram essa realida<strong>de</strong> no seu cotidiano, além <strong>de</strong> buscar suas antigas<br />

experiências, antes <strong>de</strong> chegarem ao bairro, e como faziam <strong>de</strong>las seus projetos para o novo local<br />

<strong>de</strong> moradia. Esses caminhos são <strong>de</strong> real importância, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> buscar apreen<strong>de</strong>r parte das<br />

experiências sociais pelas quais passaram esses mora<strong>do</strong>res.<br />

ESTAÇÃO MEMÓRIA<br />

A construção <strong>de</strong> memórias orais a partir da<br />

Estrada <strong>de</strong> Ferro <strong>do</strong> Crato (1926 - 1989)<br />

Ana Isabel Ribeiro Parente Cortez<br />

Mestranda em História Social – UFC<br />

Quan<strong>do</strong> interroga<strong>do</strong>s a respeito da ferrovia que funcionou na cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Crato em mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong><br />

século XX, os nossos entrevista<strong>do</strong>s narraram diversas lembranças relacionadas a este evento. A<br />

partir <strong>de</strong>sse momento passamos a perceber que essas memórias forjadas nas entrevistas<br />

guardavam algumas especificida<strong>de</strong>s, tais como o fato <strong>de</strong> que estas narrações são feitas a partir<br />

<strong>do</strong> que está em jogo no presente, produzidas a respeito <strong>de</strong> assuntos seleciona<strong>do</strong>s pela memória<br />

e que são elaboradas por indivíduos que têm aspirações sobre o futuro. Isto é, são testemunhos<br />

subjetivos. Dessa forma, a pesquisa objetiva compreen<strong>de</strong>r como se constroem as lembranças<br />

elaboradas ten<strong>do</strong> como ponto <strong>de</strong> partida o evento da chegada <strong>do</strong> trem na cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Crato<br />

(última estação da Estrada <strong>de</strong> Ferro <strong>de</strong> Baturité). E que se forjaram principalmente a partir <strong>de</strong><br />

<strong>do</strong>is marcos na memória <strong>de</strong>ssas pessoas: os anos <strong>de</strong> 1926 e 1989. O recorte temporal da<br />

pesquisa se inicia com o ano em que chegou o primeiro trem no Crato e transita pelos vários<br />

anos in<strong>do</strong> até o momento em que se extinguiu o transporte <strong>de</strong> passageiros. Utilizamos como<br />

fonte principal <strong>de</strong> pesquisa a História Oral por compreen<strong>de</strong>rmos que ela revela vestígios que nos<br />

possibilitam vislumbrar e analisar formas <strong>de</strong> elaboração <strong>de</strong> memória. Trata-se <strong>do</strong> meu projeto <strong>de</strong><br />

Mestra<strong>do</strong> em História Social <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Ceará, sob orientação da<br />

Profa. Dra. Kênia Sousa Rios.<br />

FORTALEZA NOS PRIMEIROS ANOS DE TV:<br />

“COTIDIANO, MEMÓRIA E CULTURA - 1960-1965"<br />

Ana Queza<strong>do</strong><br />

Com esse trabalho hora em <strong>de</strong>senvolvimento no mestra<strong>do</strong> em História Social, lanço esforços<br />

para compreen<strong>de</strong>r como a inserção da televisão alterou num perío<strong>do</strong> histórico a dinâmica <strong>de</strong><br />

Fortaleza e o cotidiano <strong>de</strong> seus mora<strong>do</strong>res, investigan<strong>do</strong> as novas práticas culturais que se<br />

estabeleceram na cida<strong>de</strong>, as alterações nas relações familiares e da vizinhança e a recepção ou<br />

o “uso” (De Certeau, 1994) <strong>do</strong>s primeiros programas <strong>de</strong> tv. A primeira emissora a se instalar na<br />

Capital é a TV Ceará, pertencente aos Diários Associa<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Assis Chateaubriand, que ven<strong>de</strong>u<br />

ações aos mora<strong>do</strong>res da cida<strong>de</strong> para arrecadar dinheiro e colocar em funcionamento o novo<br />

veículo. A pesquisa se inicia no ano <strong>de</strong> fundação da emissora, inaugurada em novembro <strong>de</strong><br />

1960, e prossegue até 1965 quan<strong>do</strong> a chegada <strong>do</strong> vi<strong>de</strong>otape e a o Regime Militar mudam a<br />

programação. Além <strong>de</strong> <strong>de</strong>poimentos <strong>de</strong> pessoas comuns que vivenciaram o perío<strong>do</strong> estuda<strong>do</strong><br />

(história oral), utilizo como fontes jornais e revistas, crônicas e livros <strong>de</strong> memórias.<br />

ASS OCI AÇ ÃO NAC IONAL DE HISTÓRIA – ANP UH CEARÁ 17

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