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engenhos da região, on<strong>de</strong> o saber/fazer, passa<strong>do</strong> <strong>de</strong> geração em geração, era construí<strong>do</strong><br />
observação e na prática cotidiana.<br />
UMA VERDADE VISTA NOS CORPOS: O SABER MÉDICO NOS CASOS DE INFANTICÍDIO<br />
EM FORTALEZA NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX.<br />
Marla Albuquerque Ataí<strong>de</strong><br />
Mestranda em História - UFC<br />
O objetivo <strong>de</strong>sta comunicação é apresentar uma parte <strong>do</strong> primeiro capítulo <strong>de</strong> minha Dissertação<br />
em <strong>de</strong>senvolvimento no Curso <strong>de</strong> Mestra<strong>do</strong> em História da UFC. Neste tópico, preten<strong>do</strong> discutir<br />
o Saber Médico nos casos <strong>de</strong> infanticídio. Assim, partirei <strong>de</strong> alguns casos analisa<strong>do</strong>s por mim<br />
nos processos-crime para enten<strong>de</strong>r a intervenção <strong>de</strong>ste Saber no enriquecimento <strong>do</strong><br />
conhecimento acerca da prática <strong>do</strong> infanticídio em Fortaleza na primeira meta<strong>de</strong> <strong>do</strong> Século XX.<br />
Nas análises <strong>de</strong>stes processos, encontraremos Médicos que procediam aos exames cadavéricos<br />
na criança, aos exames <strong>de</strong> verificação <strong>de</strong> recente parto nas mulheres (exame <strong>de</strong> parto suposto)<br />
e ainda ao chama<strong>do</strong> exame pericial realiza<strong>do</strong> na acusada <strong>de</strong> infanticídio Francisca Rodrigues.<br />
Este, resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> 45 dias <strong>de</strong> observação sobre a mesma, com o intuito <strong>de</strong> atestar ou não a<br />
“imbecilida<strong>de</strong> nativa”, que se atestada a tornaria incapaz <strong>de</strong> imputação criminal, entre outros<br />
da<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s importantes.<br />
CEMITÉRIO DE SÃO BENEDITO-CEARÁ:<br />
MEMÓRIA, CULTO E DEVOÇÃO A JOÃO DAS PEDRAS.<br />
Michelle Ferreira Maia<br />
Em Abril <strong>de</strong> 1978 morreu eletrocuta<strong>do</strong> João Ferreira Gomes em São Benedito-Ceará, a morte<br />
<strong>de</strong>corria-se <strong>de</strong> uma tentativa <strong>de</strong> furtar a casa <strong>do</strong> Sr. Epifânio, esta que protegida por uma fiação<br />
elétrica vitimou o infrator que morreu no ato <strong>do</strong> impacto com os fios, sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>ssa forma, vitima<strong>do</strong><br />
por sua tentativa <strong>de</strong> furto como também pela própria fiação. Se por um la<strong>do</strong>, este fato marcava a<br />
última tentativa <strong>de</strong> furto <strong>de</strong> João das Pedras, assim popularmente conheci<strong>do</strong> como o ladrão que<br />
tirava <strong>do</strong>s ricos para dar aos pobres, por outro la<strong>do</strong> construía-se a partir <strong>de</strong> então memórias não<br />
somente sobre a morte em si, mas <strong>de</strong> vários momentos da vida <strong>de</strong> João das Pedras. As<br />
histórias sobre seus furtos e fugas, sobre sua morte compõem construções <strong>de</strong> senti<strong>do</strong>s,<br />
significa<strong>do</strong>s sobre este sujeito, memórias que são presentes no cotidiano <strong>de</strong> São Benedito.<br />
Porém, os vestígios sobre a vida e morte <strong>de</strong> João das Pedras remontam a narrativas orais, e<br />
isso suscita a questão <strong>de</strong> qual o passa<strong>do</strong> que se quis registrar, preservar nos livros relaciona<strong>do</strong>s<br />
à historiografia local. No entanto, o trabalho com as fontes orais nesta pesquisa nos possibilita<br />
observar que o que <strong>de</strong> fato é esqueci<strong>do</strong>, pela escrita ganha por outro la<strong>do</strong> expressivida<strong>de</strong> na<br />
oralida<strong>de</strong>. Neste artigo, porém, abor<strong>do</strong> apenas o espaço <strong>de</strong> culto e <strong>de</strong> <strong>de</strong>voção, analisan<strong>do</strong> a<br />
relação <strong>do</strong>s sujeitos com este espaço e questionan<strong>do</strong> como e em torno <strong>de</strong> quê são construídas<br />
as memórias sobre João das Pedras.<br />
“A FORÇA DOS CATRAEIROS NAS LUTAS<br />
DE CONTESTAÇÃO À OLIGARQUIA ACIOLINA”<br />
Nágila Maia <strong>de</strong> Moraes<br />
A presente pesquisa tem o objetivo <strong>de</strong> analisar a lutas <strong>de</strong> contestação a oligarquia acciolina,<br />
ten<strong>do</strong> como ponto <strong>de</strong> partida a Greve organizada pelos catraieiros <strong>de</strong> fortaleza, após a Lei<br />
Fe<strong>de</strong>ral que obrigava estes a se alistarem para a Armada da Marinha <strong>do</strong> Brasil. Na manhã <strong>do</strong> dia<br />
03 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1904 os grevistas foram surpreendi<strong>do</strong>s pela força policial, que agiram <strong>de</strong><br />
ASS OCI AÇ ÃO NAC IONAL DE HISTÓRIA – ANP UH CEARÁ 33