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O vermelho e o negro: raça e gênero na universidade brasileira

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TABELA 10<br />

VALOR MÁXIMO DE TODAS AS COORTES DA TAXA DE CONCLUSÃO DO NÍVEL SUPERIOR POR SEXO E GRUPO DE<br />

COR/RAÇA<br />

[em %]<br />

Grupo de cor/<strong>raça</strong> Homens Mulheres<br />

Brancos 12,6 12,0<br />

Pretos 2,8 3,2<br />

Pardos 3,0 3,2<br />

Amarelos 37,1 36,8<br />

Indíge<strong>na</strong>s 3,9 3,5<br />

Total 8,6 8,5<br />

Como já mencio<strong>na</strong>do, o valor modal alcançado pelos homens é ligeiramente<br />

maior do que o das mulheres para a população como um todo. Esse comportamento<br />

se reproduz em três dos grupos de cor/<strong>raça</strong>: brancos, amarelos e indíge<strong>na</strong>s (ver Tabela<br />

10). Os homens pretos e pardos apresentam valores modais inferiores aos das<br />

mulheres de mesma cor/<strong>raça</strong>. As diferenças entre os valores modais de conclusão de<br />

um curso universitário são maiores do que para o curso de segundo grau. Uma<br />

possibilidade é que o processo de reversão do hiato esteja avançando mais<br />

rapidamente nos grupos pretos e pardos, os quais, apresentando uma menor<br />

proporção de indivíduos tendo completado níveis de ensino formal, permitem um<br />

maior avanço.<br />

No entanto, esse avanço não ocorre uniformemente em todas a carreiras. Como<br />

observado <strong>na</strong> introdução, existem carreiras que são preferencialmente “escolhidas”<br />

por mulheres. O mesmo acontece com os diferentes grupos de cor/<strong>raça</strong>: existem<br />

escolhas diferenciadas. Esse tema será desenvolvido <strong>na</strong> próxima seção.<br />

6 PARTICIPAÇÃO POR SEXO E COR/RAÇA NAS DIFERENTES<br />

CARREIRAS<br />

Para podermos melhor descrever a participação por sexo e cor/<strong>raça</strong> <strong>na</strong>s diferentes carreiras<br />

definimos algumas estatísticas, a saber: razão de sexo e a razão (padronizada) de cor/<strong>raça</strong><br />

rs , , para a carreira i no instante t, é calculada como:<br />

<strong>na</strong>s carreiras. A razão de sexo, i t<br />

rs<br />

homens<br />

i,<br />

t,<br />

⋅<br />

i,<br />

t =<br />

mulheresi,<br />

t,<br />

⋅<br />

onde homens i,t,r é a população masculi<strong>na</strong> de nível superior da carreira i no instante t e<br />

de cor/<strong>raça</strong> r; e mulheres i,t,r é a população femini<strong>na</strong> de nível superior da carreira i no<br />

instante t e de cor/<strong>raça</strong> r. A ausência de um dos índices indica o somatório <strong>na</strong>quele<br />

índice. Por exemplo, a população masculi<strong>na</strong> em uma dada carreira i pode ser<br />

calculada como a soma de todas as populações masculi<strong>na</strong>s de cada cor/<strong>raça</strong> <strong>na</strong><br />

carreira:<br />

homens homens<br />

⋅ = ∑<br />

<br />

<br />

texto para discussão | 1052 | out 2004 21

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