O vermelho e o negro: raça e gênero na universidade brasileira
O vermelho e o negro: raça e gênero na universidade brasileira
O vermelho e o negro: raça e gênero na universidade brasileira
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
7 RELAÇÃO ENTRE REPRESENTATIVIDADES DE SEXO E<br />
COR/RAÇA<br />
Para melhor quantificar a impressão de que carreiras masculi<strong>na</strong>s apresentam uma<br />
proporção maior de brancos e amarelos e que as femini<strong>na</strong>s apresentam uma<br />
proporção maior de pretos, pardos e indíge<strong>na</strong>s, optamos por apresentar um conjunto<br />
de gráficos (ver Gráficos 21 a 32) para cada combi<strong>na</strong>ção dos censos após 1980 e os<br />
grupos de cor/<strong>raça</strong>. Nesses gráficos, cada ponto representa uma carreira. No eixo das<br />
abscissas temos em escala logarítmica as informações da razão de sexo e no eixo das<br />
orde<strong>na</strong>das temos a informação da razão padronizada do grupo de cor/<strong>raça</strong>. Além<br />
disso, apresentamos a reta de mínimos quadrados ordinários e o intervalo de<br />
confiança de 95%.<br />
Mais uma vez, constata-se que quanto mais femini<strong>na</strong> a carreira, maior a<br />
proporção de pretos, pardos e indíge<strong>na</strong>s, o inverso acontecendo com brancos e<br />
amarelos. Além disso, cumpre notar que as razões de sexo por grupo de cor/<strong>raça</strong> são<br />
altamente correlacio<strong>na</strong>das, isto é, carreiras com proporcio<strong>na</strong>lmente mais homens<br />
brancos têm, também proporcio<strong>na</strong>lmente, mais homens pardos, pretos, amarelos e<br />
indíge<strong>na</strong>s. No entanto, é <strong>na</strong>s profissões mais femini<strong>na</strong>s que existem, em linhas gerais,<br />
mais pretos, pardos e indíge<strong>na</strong>s. Essas observações são consistentes com o fato de que<br />
o avanço tem sido maior entre as mulheres pretas e pardas do que entre os homens do<br />
mesmo grupo racial. Existem, porém, algumas exceções notáveis. Essas exceções são<br />
os pontos mais distantes da reta de regressão (que descreveria a “relação” típica entre a<br />
razão de sexo e a razão padronizada de presença do grupo de cor/<strong>raça</strong> <strong>na</strong> carreira) e,<br />
em geral, deveriam estar fora do intervalo de confiança de 95%.<br />
Razão padronizada da presença de brancos<br />
1,10<br />
1,05<br />
1,00<br />
0,95<br />
0,90<br />
0,85<br />
0,80<br />
GRÁFICO 21<br />
BRASIL: RAZÃO PADRONIZADA DA PRESENÇA DE BRANCOS VERSUS RAZÃO DE<br />
SEXO NA POPULAÇÃO TOTAL POR CARREIRA DE NÍVEL SUPERIOR — 1980<br />
79<br />
77<br />
68<br />
45<br />
78<br />
91<br />
83<br />
50<br />
81<br />
72<br />
94<br />
80<br />
82<br />
76<br />
43<br />
74<br />
49 71<br />
62<br />
61<br />
59<br />
46 6369<br />
7551<br />
85<br />
65<br />
60<br />
58<br />
66<br />
88<br />
53<br />
57<br />
54<br />
64<br />
96<br />
97<br />
93<br />
86<br />
95<br />
89<br />
73<br />
48<br />
6756<br />
47<br />
44 87<br />
52 70<br />
90<br />
0,01 0,10 1,00<br />
Razão de sexo <strong>na</strong> população total<br />
10,00 100,00<br />
texto para discussão | 1052 | out 2004 29<br />
55<br />
84