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Baixar material educativo em PDF - Arte na Escola

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2<br />

Trama inventiva<br />

Falar s<strong>em</strong> palavras. Falar a si mesmo, ao outro. <strong>Arte</strong>, linguag<strong>em</strong><br />

não-verbal de força estranha que ousa, se aventura a tocar assuntos<br />

que pod<strong>em</strong> ser muitos, vários, infinitos, dos mundos das<br />

coisas e das gentes. São invenções do persistente ato criador<br />

que elabora e experimenta códigos imantados <strong>na</strong> articulação de<br />

significados. Sua riqueza: ultrapassar limites processuais, técnicos,<br />

formais, t<strong>em</strong>áticos e poéticos. Sua ressonância: provocar,<br />

incomodar, abrir fissuras <strong>na</strong> percepção, arranhar a sensibilidade.<br />

A obra, o artista, a época geram linguagens ou cruzamentos e<br />

hibridismo entre elas. Na cartografia, este curta-metrag<strong>em</strong> é<br />

impulsio<strong>na</strong>do para o território das Linguagens Artísticas como<br />

possibilidade de desvendar como elas se produz<strong>em</strong>.<br />

O passeio da câmera<br />

Num dia de exposição <strong>em</strong> um museu, pessoas transitam, passam<br />

e olham as obras. A câmera nos mostra a reação dos espectadores<br />

diante de um quadro que não v<strong>em</strong>os. Desperta nossa<br />

curiosidade: para qual quadro olham? Alguns olham distraidamente,<br />

outros teorizam. Um vigia (<strong>na</strong> pele de Leo<strong>na</strong>rdo Villar)<br />

passa pela frente do quadro. Pára, olha, se espanta, sorri e é,<br />

literalmente, captado por ele.<br />

O que v<strong>em</strong>os, <strong>em</strong> seguida, é uma sucessão de planos <strong>em</strong> que<br />

aparec<strong>em</strong> as torres, as portas <strong>em</strong> forma de arco, os imensos<br />

espaços vazios, estranhas frutas colocadas <strong>em</strong> primeiro plano,<br />

cavalos, descampados, estátuas e texturas. No universo de De<br />

Chirico, o vigia, como um caminhante, vagueia num passeio<br />

onírico, atravessando espaços silenciosos, entre luz e sombra.<br />

A imag<strong>em</strong> do tr<strong>em</strong> estático, numa estação s<strong>em</strong> nome, parece<br />

perdida <strong>em</strong> fragmentos da m<strong>em</strong>ória do perso<strong>na</strong>g<strong>em</strong>. O t<strong>em</strong>po<br />

se inverte, subverte. Torres gigantescas, rampas infinitas. Paisagens<br />

urba<strong>na</strong>s no inconsciente, ao pé de chaminés. Sons acompanham<br />

esta caminhada, ruídos da cidade e do tr<strong>em</strong>, músicos<br />

dão o ritmo da viag<strong>em</strong>.

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