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confrarias portuguesas da época moderna - Universidade Católica ...

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<strong>da</strong>s novas fórmulas <strong>da</strong> pie<strong>da</strong>de tridentina 20 . Por outro lado, as <strong>confrarias</strong><br />

teocêntricas apresentavam, na área de Gaia, uma percentagem<br />

muito abaixo do que seria de esperar. Dentro deste tipo de associações,<br />

saliente-se ain<strong>da</strong> a escassez de invocações de irman<strong>da</strong>des do Divino<br />

Espírito Santo, provavelmente relaciona<strong>da</strong> com o esforço desenvolvido<br />

pelas autori<strong>da</strong>des eclesiásticas para efectivar a desestruturação<br />

destas organizações. Nas proximi<strong>da</strong>des do Fundão, a sua presença<br />

era mesmo nula. Contudo, a significativa quanti<strong>da</strong>de de ermi<strong>da</strong>s<br />

ali existentes que apresentavam denominações do Espírito Santo<br />

não deixa esconder a relevância local deste culto por volta de 1758 2I .<br />

40<br />

CONFRARIAS PORTUGUESAS - DEVOÇÕES TRIDENTINAS (ca. 1758)<br />

35 - • —<br />

30 -•<br />

§9 Confrarias Rosário<br />

20 - - llll — D Confrarias Ss.mo Sacramento<br />

'5 - m i I—- d Confrarias Almas<br />

Fundão Alcobaça Gaia Lisboa<br />

30 Sobre a desconfiança dos bispos franceses do século XVIII no que se re-<br />

fere a estas invocações, cf. Louis Châtellier, A Religião dos Pobres. As Missões<br />

Rurais na Europa e a Formação do Catolicismo Moderno. Séc. XVI-XIX. Lisboa:<br />

Estampa. 1995, p. 256. M.-H. Froeschlé-Chopard constatou idêntico procedimento<br />

na Provença (cf. Espace e Sacré.... p. 162). Para o caso português, Maria Manuela<br />

Rodrigues apresenta números mais significativos <strong>da</strong>s invocações do santorai. Con-<br />

tudo. esta autora indica frequências relativas aos anos entre 1650 e 1749, sendo<br />

preciso ter em conta que inclui períodos em que o culto aos santos era mais signi-<br />

ficativo, como na centúria de seiscentos (cf. «Confrarias <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong>de do Porto...»,<br />

p. 383). Um estudo relativo ao concelho <strong>da</strong> Feira confirma-nos esta ideia: as asso-<br />

ciações religiosas de invocação de santos passam de 33 para 14,8% do século XVII<br />

para o seguinte. Existiam, contudo, áreas onde o esforço <strong>da</strong> Igreja para secun<strong>da</strong>rizar<br />

as antigas <strong>confrarias</strong> de invocação de santos não teve, aparentemente, tanto sucesso.

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