confrarias portuguesas da época moderna - Universidade Católica ...
confrarias portuguesas da época moderna - Universidade Católica ...
confrarias portuguesas da época moderna - Universidade Católica ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
A maior parte dos ingressos nas <strong>confrarias</strong> efectuavam-se nos dias<br />
de festa do seu orago ou de algumas <strong>da</strong>s celebrações que promoviam.<br />
Quanto aos ritmos <strong>da</strong>s entra<strong>da</strong>s, eles diferiam consoante alguns aspectos<br />
que ain<strong>da</strong> não estão suficientemente estu<strong>da</strong>dos. Na Confraria <strong>da</strong><br />
Senhora do Rosário dos Pretos de São Francisco do Porto, na déca<strong>da</strong><br />
de 1760, ocorreu o número mais elevado de ingressos anuais de escravos,<br />
ao mesmo tempo que se assistiu ao decréscimo <strong>da</strong> curva <strong>da</strong>s entra<strong>da</strong>s<br />
dos homens livres. A mesma <strong>da</strong>ta, no caso <strong>da</strong> Irman<strong>da</strong>de do Sagrado<br />
Coração de Jesus de Semide, assinalou uma quebra substancial<br />
de adesão, recupera<strong>da</strong> apenas no século seguinte. Esta irman<strong>da</strong>de<br />
apresenta, aliás, alguns números que nos obrigam a uma certa reflexão.<br />
Os primeiros 3-4 anos de existência corresponderam ao período<br />
<strong>da</strong> maior captação dos seus membros, decrescendo a partir de 1740.<br />
CONFRARIA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS DE SEMIDE<br />
ENTRADA DE IRMÃOS - ADESÕES (1737-1860)<br />
Adesões<br />
ri £ Ji: K — — 2 22 — 22 —<br />
Í É Í É É É S I Í S I I I<br />
No século XIX assistiu-se à retoma dos quantitativos dos novos<br />
irmãos. O mais surpreendente foram os números atingidos no último<br />
decénio em análise, se tivermos em conta que a irman<strong>da</strong>de se desenvolveu<br />
sob a protecção <strong>da</strong>s beneditinas de Santa Maria de Semide,<br />
numa conjuntura liberal, anti-congregacionista. Poderá este facto<br />
ser explicado pela desagregação de fórmulas de enquadramento até<br />
então forneci<strong>da</strong>s pelas Ordens Religiosas e pela procura de respostas<br />
alternativas no movimento confraternal? Por outro lado, e se atendermos<br />
ao ponto de vista devocional, que significado deveremos atribuir<br />
ao afrouxamento dos ingressos durante a segun<strong>da</strong> metade do<br />
século XVIII? Recor<strong>da</strong>mos que a historiografia tradicional realça a