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Agenda 21- Da teoria a prática

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fio e não uma limitação para a implantação de um processo de educação<br />

ambiental em formação continuada.<br />

Durante o tempo que o grupo teve para escrever os desafios em seus<br />

“tijolos”, alguns integrantes tiveram dificuldades e solicitaram a ajuda da<br />

monitora para conseguirem sintetizar seus pensamentos em uma palavra ou<br />

expressão. Os agrupamentos de palavras e expressões propostas foram:<br />

Falta de participação e ação<br />

Falta de paciência e persistência<br />

Falta de visão dos problemas ambientais e falta de percepção<br />

Falta de união e cooperação<br />

Dificuldade de motivação<br />

Medo do novo<br />

Falta de identidade com o ambiente<br />

REFLEXÕES DO GRUPO:<br />

Ao analisar os tijolos, o grupo refletiu que os desafios identificados nas<br />

tarjetas formam um “muro”, uma verdadeira barreira para se atingir os<br />

objetivos da educação ambiental transformadora e desencadear processos<br />

de formação continuada em educação ambiental, para educadores formais<br />

e não-formais; uma barreira à ação e mobilização dos educadores e da<br />

escola, o que faz com que a paciência, persistência e união entre os diversos<br />

atores envolvidos sejam imprescindíveis para o desencadeamento do<br />

processo.<br />

Esses valores estão muitas vezes ausentes e necessitam se tornar aliados<br />

– são ainda desafios a serem transformados em potencialidades no trabalho<br />

educativo.Toda essa falta de valores essenciais foi apontada pelo grupo<br />

como um dos principais motivos de falta de motivação, que tem ainda que<br />

se deparar com um desafio maior que é o medo do novo e a resistência<br />

às mudanças, que fazendo as pessoas “travarem, não podendo caminhar”.<br />

Além disso, a falta de cooperação e união acaba conduzindo a um aumento<br />

do individualismo na resolução dos problemas o que promove resoluções<br />

baseadas numa versão parcial da realidade.<br />

Um ponto específico colocado foi o medo de como a mudança será<br />

aceita não só dentro da escola, mas com os pais. Nesse momento, um dos<br />

integrantes relatou uma experiência de atividade diagnóstica proposta em<br />

<strong>Agenda</strong> <strong>21</strong> e Educação Ambiental para a Sustentabilidade - <strong>Da</strong> Teoria à Prática<br />

seu trabalho, com os pais dos alunos, fazendo-os analisar e refletir sobre um<br />

painel de fotos do local (região onde moram), permitindo que resgatassem<br />

suas origens e as relações afetivas que tinham com o local onde vivem.<br />

O GT 1 finalizou a oficina com uma visão de inter-relação entre todos<br />

os desafios e constatou que a solução muitas vezes se encontra no próprio<br />

desafio, se modificarmos o olhar – é difícil desvincular o desafio da solução.<br />

As palavras que o grupo colocou como desafios/obstáculos representam uma<br />

série de valores que remetem à idéia de solução a partir do momento que se<br />

troca a “falta de...” por “presença de...”.<br />

OFICINA: ÁRVORE DA ESPERANÇA<br />

Retomamos as discussões propostas no muro dos desafios em nosso terceiro<br />

encontro. A facilitadora atentou para a questão de como os desafios<br />

que apareceram nesse muro estavam muito centrados<br />

em virtudes desejáveis, mas de forma abstrata.<br />

Poucos desafios práticos e pontuais foram<br />

colocados, além do fato de não aparecerem os<br />

sujeitos nas ações propostas. A questão levantada<br />

foi: onde estão os sujeitos das ações? Essa falta de<br />

identificação do sujeito parece ser o reflexo não<br />

só da alienação da sociedade moderna, pautada<br />

em sucessivas gestões políticas autoritárias, burocráticas<br />

e hierarquizadas (sobretudo na América<br />

Latina) com os especialistas-tecnocratas planejando<br />

sem a participação popular, mas também<br />

de uma cultura de origem histórica em nosso<br />

país, escravista e colonialista, que reproduz o<br />

modelo da comunidade dependente, à espera da<br />

solução que virá sempre dos entendidos, de cima<br />

para baixo, ou seja, de uma cultura paternalista,<br />

patriarcalista.<br />

O grupo tomou como exemplo ilustrativo de nossa participação como<br />

sujeitos das transformações a discussão sobre o consumo como uma ferramenta<br />

de mudança, quando existe essa consciência voltada para a sustentabilidade<br />

e co-responsabilidade. Pode-se contribuir dessa forma para quebrar<br />

o ciclo de produção predatória, lucro e acúmulo, sempre alimentado<br />

pelo consumo supérfluo, desnecessário, fortalecido pela cultura simbólica<br />

<strong>21</strong>

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