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Agenda 21- Da teoria a prática

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uma multiplicidade de papéis sociais, que se entrecruzam e fortalecem<br />

para a transformação da realidade.<br />

Para um melhor relacionamento do grupo é importante estabelecer,<br />

logo no primeiro encontro, um Pacto de Convivência. Essa<br />

atividade pressupõe que as “regras” de funcionamento do grupo<br />

serão pactuadas coletivamente. Pode-se utilizar uma cartolina ou<br />

pedaço de papelão para as anotações. O Pacto deve sempre estar<br />

exposto e necessita de revisão a cada encontro, pois se os grupo<br />

cresce, as pessoas novas necessitam entender a dinâmica de funcionamento.<br />

Questões como pontualidade, atenção, respeito, saber<br />

ouvir, manter o foco no tema, entre outras, podem constar desse<br />

documento. Esta atividade divide a responsabilidade pela harmonia<br />

e bom relacionamento do grupo entre todos os sujeitos-protagonistas<br />

que dele fazem parte.<br />

3. CONCEITOS E PRESSUPOSTOS EM ATIVIDADES COLABORATIVAS<br />

– Estes são alguns valores que devem ser trabalhados junto ao grupo.<br />

Um trabalho verdadeiramente participativo deve ter alguns sentimentos<br />

visando ao fortalecimento de um espírito coletivo, de ganhos mútuos.<br />

Participar é relacionar-se, portanto a base de um trabalho coletivo é o<br />

diálogo.<br />

Atividades que envolvem a participação estimulam a co-responsabilidade<br />

pelos processos e a aprendizagem social. O exercício em equipe<br />

melhora as condições para a tomada de decisões, aperfeiçoa as formas<br />

de articulação e representação de interesses diversos e conflituosos,<br />

sobretudo “dos excluídos da sociedade”;<br />

A abordagem participativa é “um processo mais difícil e demorado,<br />

porém aumenta as possibilidades de fortalecimento social e político<br />

da população”. Uma experiência dessas certamente acaba inspirando<br />

outras, provocando multiplicação de ações, formação de<br />

redes de comunicação, e ampliando as parcerias, além de outros<br />

ganhos;<br />

<strong>Agenda</strong> <strong>21</strong> e Educação Ambiental para a Sustentabilidade - <strong>Da</strong> Teoria à Prática<br />

Criação de um “objetivo do grupo” – proposição para que o grupo<br />

pense numa frase ou pensamento que o norteie. Esta frase expressará<br />

o objetivo desta união de atores sociais. Isto será um elo de ligação<br />

entre os participantes e a “razão” de estar lá! Esse objetivo deve<br />

sempre ser revisto. Se as pessoas incorporarem o objetivo dentro do<br />

grupo o trabalho se fortalece através da formação de um “sujeito coletivo”,<br />

que se constrói e atualiza permanentemente, aperfeiçoando<br />

o processo. A frase escolhida será a identificação do grupo, numa<br />

intervenção pela comunidade, como as caminhadas ou as entrevistas.<br />

Este objetivo deve ser apresentado às pessoas que perguntarem<br />

sobre a ação do grupo. É um “cartão de apresentação”.<br />

4. SAÍDA A CAMPO – Este é o momento de vivenciar a comunidade, o local,<br />

de trocar percepções, conhecimentos e contatos. Para que nenhuma<br />

informação se perca, o grupo deve adotar algumas orientações:<br />

Buscar desenvolver o sentimento de pertencimento ao espaço, apropriar-nos<br />

do nosso local.<br />

Três personagens importantes devem compor as saídas a campo: mediador,<br />

anotador e observador/comentador.<br />

O Mediador facilitará o trabalho do grupo em campo, estimulando as<br />

percepções, trocas e diálogos. Deve sempre evitar emitir suas sensações,<br />

pois pode contrariar a opinião dos observadores, desestimulando<br />

futuras manifestações. Um bom mediador precisa fazer muitas perguntas,<br />

saber organizar as manifestações, acolher as diversas opiniões<br />

e sempre buscar um consenso.<br />

O Anotador é a memória do grupo, sempre anotando as informações<br />

que surgem do grupo, como dados,<br />

datas, contatos, novas pessoas a<br />

serem convidadas a participar do grupo,<br />

histórias, entre outras informações<br />

importantes para serem utilizadas no<br />

processo. A informação deve ser sistematizada<br />

e compartilhada com o restante<br />

do grupo.<br />

Para que nada se perca numa atividade<br />

de campo, devemos, sempre que possível,<br />

ter dois anotadores no grupo. Caso tenhamos mais que um

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