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Agenda 21- Da teoria a prática

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22<br />

do “ter” mais para “ser” mais, marginalizando<br />

e empobrecendo milhões de pessoas.<br />

Nesse sentido, lembrou-se que a<br />

educação pode cumprir um dos principais<br />

objetivos anunciados discursivamente que<br />

é formar o cidadão crítico, o “cidadão<br />

com cidadania”, reflexivo, com conhecimento<br />

político e sociocultural.<br />

Dentro dessa proposta, o currículo na<br />

educação formal foi discutido como uma<br />

possibilidade de se tornar um instrumento de construção de uma cultura de<br />

participação e para tanto deve ser elaborado através de um planejamento<br />

participativo, de caráter humanizador.<br />

A partir dessas reflexões, o grupo levantou alguns desafios para a formação<br />

continuada em educação ambiental na escola:<br />

Falta de formação dos professores em educação ambiental;<br />

A Educação Ambiental deve ser tratada como uma disciplina da grade<br />

curricular ou ser trabalhada interdisciplinarmente? Como?<br />

Dificuldade de inserir a temática e ações educativas efetivas em relação à<br />

inclusão social, uma vez que embora a lei regulamente, o professor não é<br />

preparado adequadamente para isso.<br />

A privatização do ensino está prejudicando o ensino público;<br />

Questionamento: O professor tem autonomia?<br />

Falta de reflexão na ação. Ações pontuais de educação ambiental, muitas<br />

vezes sem conexão com a realidade vivida, sem o local onde a escola<br />

está inserida;<br />

Temática pautada muitas vezes na informação sobre o meio ambiente,<br />

sem a necessária reflexão crítica, contextualização, inserção social.<br />

A questão das políticas públicas e da responsabilidade de cada um em<br />

cobrar seus representantes foi um tópico bastante discutido. O fato de muitas<br />

vezes votarmos, mas não fiscalizamos, reflete uma postura acomodada, que<br />

demonstra a real necessidade de maior participação política da sociedade,<br />

que deve ir além do voto.<br />

Outro ponto importante levantado nesse terceiro encontro foi a determinação<br />

de quais seriam os tijolos da base do muro. Segundo o grupo, as ques-<br />

<strong>Agenda</strong> <strong>21</strong> e Educação Ambiental para a Sustentabilidade - <strong>Da</strong> Teoria à Prática<br />

tões mais desafiadoras e que, portanto, representariam os alicerces desse<br />

muro seriam:<br />

Ética profissional e pessoal. Há muita dificuldade para que todos realizem<br />

um trabalho pedagógico pautado na ética, já que as atitudes reais<br />

estão relacionadas a valores muito pessoais, subjetivos (cultura nem sempre<br />

consciente para o educador). Por isso, muitas vezes, a <strong>prática</strong> pedagógica<br />

não reflete o discurso do professor ou a <strong>teoria</strong> que fundamenta a<br />

educação ambiental para a sustentabilidade;<br />

Conhecimento versus informação. O acesso à informação não garante<br />

que haja apropriação significativa do conhecimento, nem mudança automática<br />

de valores e atitudes;<br />

Construção de uma cultura de participação. Necessidade de uma educação<br />

voltada para a formação, cidadão de fato, não o cidadão de papel.<br />

Resgate de valores histórico-culturais. O resgate das raízes históricas e<br />

culturais permite uma tomada de consciência crítica e aproximação com<br />

os problemas da sociedade em que vivemos;<br />

Projeto político pedagógico que contemple a realidade local.<br />

Currículo humanizador, elaborado com objetivo de formação do cidadão<br />

consciente, capaz de participar em ações de intervenção e transformação<br />

social;<br />

Ação política & Ação social; gestão participativa.<br />

Construção do texto coletivo “Os desafios para uma Formação<br />

Continuada em Educação Ambiental” – a partir das reflexões acima, o GT<br />

1 construiu um texto coletivo, que trouxe a colaboração de todos os participantes,<br />

os desafios e esperanças que todos escreveram, refletindo um pensamento<br />

e uma proposta coletiva para a educação ambiental:<br />

A formação continuada em educação ambiental só será realidade no<br />

momento em que formos capazes de ampliar nossos horizontes, valores e<br />

respeito mútuo, tornando-nos cidadãos e cidadãs “com cidadania”: políticos,<br />

participantes, conhecedores e co-responsáveis. A mudança externa<br />

com relação à degradação ambiental que estamos vivenciando só será efetiva<br />

e eficaz quando nos tornamos capazes de transformar nossas próprias<br />

idéias em ações.

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