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“Não dispenso nenhum dos tradicionais rituais,
desde enfeitar a casa, a mesa, a trocar presentes,
ir à Missa do Galo, fazer árvore de Natal e presépio„
A relações públicas dedicou o seu mais recente livro ao fi lho, Manuel Maria,
de 22 anos, com quem diz ter uma relação de “forte cumplicidade”
Lux – É empresária, relações públicas, consultora,
faz assessoria de imagem, escreve...
Como é que consegue gerir o seu tempo?
Vicky Fernandes – Com muita difi culdade,
como qualquer mulher comum. Hoje, o nosso
dia-a-dia exige muito trabalho, é muito
intenso, com muito stress.
Lux – Acaba de lançar “Chic em Qualquer
Ocasião”. Considera que este tipo de
publicações continua a ser necessário,
numa época em que cada vez mais se
confunde status com poder de compra,
e cada vez menos com boas maneiras?
V.F. – Hoje em dia, faz mais sentido do que
supomos. Ninguém nasce ensinado, só que
hoje o problema reside em saber onde estão
essas regras, quem as ensina... Antigamente,
era na família, no ritual das refeições, que
as pessoas aprendiam a sentar-se, a usar os
talheres, a comer a sopa sem fazer barulho...
Com a correria dos nossos dias, o microondas,
os tabuleiros em frente à televisão ou
ao computador, não há tempo para partilhar
experiências e valores. E depois descobre-
-se que, afi nal, as regras até fazem falta: não
sabemos o que vestir num jantar formal, como
devemos cumprimentar pessoas que nunca
vimos e conversar com elas, como enfrentar
a quantidade de talheres e copos, como
enviar convites, como receber os convidados...
Há coisas que o dinheiro não compra.
Lux – Continua a ser eleita uma das mulheres
portuguesas mais elegantes e foi escolhida
para ser a imagem em Portugal de uma
marca de produtos de cosmética. Sente-se
orgulhosa com estas distinções?
V.F. – Claro que sim. O facto de ser embaixadora
em Portugal da conhecida marca
de âmbito internacional de cosméticos Ren,
a par de personalidades como Carolina
Herrera, Kate Hudson, Jude Law, Kate Moss,
Kate Winslett e Uma Thurman, obviamente
que me deu grande motivo de satisfação.
Além de acreditar na marca e de me identifi
car com ela, pela sua qualidade, por utilizar
ingredientes bioactivos puros não sintéticos,
defender o meio ambiente e não fazer
testes em animais.
Lux – Quinze anos depois, como é que mantém
acesa a chama do seu casamento?
V.F. – A partilha, no nosso dia-a-dia, é feita
com muito carinho, amor, respeito e admiração,
os condimentos essenciais para
manter a chama acesa.
Lux – E com o seu fi lho, Manuel Maria, como
é que é a sua relação?
V.F. – O meu fi lho foi das coisas mais importantes
que me aconteceram na vida. Ser mãe
humanizou-me. Dediquei ao meu fi lho o meu
último livro, no qual lhe agradeci o ter-me
ensinado o sentido da vida. A nossa relação é
de forte cumplicidade. Aprecio nele a verticalidade,
o sentido de humor e a humanidade.