CAPA LUX 505 RODAPEÌ•.indd - Lux - Iol

Em cima, Helena Sacadura Cabral, grande amiga
da escritora, e Manuel Luís Goucha. Em baixo, Leonor
Xavier, amiga dos tempos da faculdade, e Manuel
Freire. Ao lado, Maria Barroso e Jorge Salavisa
relação fortíssima”, confessa.
Para Catarina, também ela jornalista
e escritora, nem sempre é
fácil separar a escritora da mãe:
“Conheço-a tão bem que é difícil
ler os livros dela sem pensar
que são dela, mas também não
me perturba por aí além”, ri-se.
É evidente a cumplicidade que as
une, também nas letras, mas Catarina
ressalva que a mãe é isso
mesmo, mãe e não uma amiga.
“A leitura une-nos muito mais
do que a escrita. Conversamos
muito sobre os livros que
lemos, mas quase nada sobre
os que escrevemos, talvez para
nos protegermos uma à outra.
É um bocado desinteressante
eu saber sempre o que ela está a
pensar e vice-versa. Somos muito
cúmplices. Ela liga-me 400 vezes
por dia e ainda acha que tenho
10 anos, mas uma coisa é a minha
mãe e outra são as minhas amigas.
A minha mãe não é minha amiga, é
a minha mãe. Há coisas que eu lhe
digo e não digo às minhas amigas,
e há coisas que eu digo às minhas
amigas e não lhe digo a ela. E ela
faz o mesmo”, assegura.
Entre os convidados estavam
muitos admiradores e também
amigos da escritora, como Leonor
Xavier. “Eu e a Alice somos
da mesma geração e amigas
desde os tempos da faculdade.
Tenho uma grande admiração
e intimidade com ela e estivemos
sempre juntas em momentos
cruciais das nossas vidas. Raro
é o dia em que não falamos uma
com a outra”, confi dencia. Para
Rui Zink, “se a literatura infantil
não tivesse sido durante tantos
anos uma fase invisível, há muito
que já teríamos reconhecido
ter em Portugal escritores de
“Somos muito
cúmplices.
Ela liga-me
400 vezes
por dia
e ainda acha
que tenho
10 anos„
Catarina Fonseca, fi lha