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KARLA DANIELE DE SOUZA ARAÚJO GULART A ... - UFPE PPGL

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afunilamos nosso foco para um elemento bastante presente na sala de aula e que participa<br />

intensamente desse processo de tentativas e mudanças dentro do ensino: o Livro Didático de<br />

Português (LDP), mais especificamente o LD para o Ensino Médio.<br />

Mas, tomando por empréstimo a pergunta de Bunzen (2005: 10), ―podemos ainda hoje<br />

falar em livro didático‖? Pensamos que sim, se, ao invés de simplesmente analisarmos uma<br />

coleção X para julgá-la como adequada ou não a um ensino de base sociodiscursiva,<br />

tomarmos o livro como um meio de unir as reflexões acadêmicas à prática do professor.<br />

Obviamente não esperamos que o LD seja o responsável pelas mudanças desejadas para o<br />

ensino de língua, tampouco que substitua a reflexão e a formação docente, mas percebemos<br />

que inevitavelmente ―os manuais didáticos transitam pelas teorias linguísticas, numa tentativa<br />

de atender aos critérios estabelecidos pelo PNLD e às diretrizes dos PCN‖ (DIONISIO,<br />

2001:1), o que nos leva a vê-los como uma importante ferramenta nesse processo de<br />

mudanças no ensino de língua materna, como um indicador, visto que materializam uma<br />

perspectiva teórica, política e metodológica.<br />

Ainda assim, era preciso fazer outro recorte metodológico, pois buscar a prática da AL<br />

em todas as situações possíveis num Livro Didático torna-se tarefa vaga e demasiado ampla.<br />

Pensamos então que um dos pressupostos teóricos desse eixo de ensino é que,<br />

obrigatoriamente, esteja articulado aos outros dois eixos, de produção e leitura de textos, já<br />

que fora dos usos reais a reflexão sobre a língua gira em torno de si própria. Tendo em vista<br />

que tal articulação claramente fundamenta essa prática e está prevista nas Orientações<br />

Curriculares para o Ensino Médio (OCEM) (BRASIL, 2006), nas Orientações Educacionais<br />

Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN+ Ensino Médio) (BRASIL,<br />

2002) e é um dos critérios do Programa Nacional do Livro para o Ensino Médio (PNLEM)<br />

(BRASIL, 2008), partimos do pressuposto que a integração entre a Análise Linguística e os<br />

outros eixos já esteja presente nos livros didáticos, ainda que convivendo com o ensino de<br />

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