17.04.2013 Views

Download - Projeto Segurança Humana

Download - Projeto Segurança Humana

Download - Projeto Segurança Humana

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

A HISTóRIA DA SOFIA<br />

Eu adorava ir à escola, mas, atualmente, minha vontade é parar de estudar. Tudo começou quando eu fiquei com o<br />

Rui em uma festa. A gente só deu uns malhos e uns beijos. Quando cheguei na escola na segunda feira, uns<br />

meninos começaram a me zoar e a dizer que eu `dei` para o Rui e que eu era uma vagabunda. Fui falar com minhas<br />

amigas e elas estavam estranhas. Falei que não tinha rolado nenhuma transa e elas disseram que eu estava<br />

mentindo. Que todo mundo viu que a coisa estava ‘quente’ entre nós dois na festa. Disseram, também, que o Rui era<br />

um babaca e que eu escolhia muito mal os meus ficantes. Fiquei passada com essa história e tentei tocar a vida para<br />

frente. Só que a fofoca não parou. Isso já faz três meses e todo dia é um sofrimento ir para a escola. Até minhas<br />

notas pioraram.<br />

A história da Sofia, infelizmente, é igual a de muitas outras meninas. Ela não apanhou, mas divulgaram na escola<br />

uma situação que não era verdadeira e, em vez das amigas darem uma força, a Sofia acabou ficando sem amigas.<br />

Ela sofreu um tipo de violência que não causa dor física nem lesões, mas que doeu tanto que até comprometeu sua<br />

vontade de aprender. Sofia passou por uma situação chamada violência MORAL.<br />

Outra história, outra violência<br />

Da mesma forma que Sofia, Pedro também passou por uma experiência<br />

muito ruim na escola:<br />

Eu detesto esportes e não sou de muita conversa. Quando eu estudava em outra escola, tinha um grupo de<br />

meninas e meninos que zoavam o tempo inteiro da minha cara. Era eu chegar na sala de aula que começava a<br />

chover bolinhas de papel e xingamentos. Todo dia era a mesma coisa. Eu falei com uma professora e ela me disse<br />

para fingir que não estava acontecendo nada porque, assim, meus colegas iam parar de me azucrinar porque eu<br />

não dava bola. Juro que tentei fazer isso, mas tinha hora que me dava uma vontade danada de chorar. Certo dia, eu<br />

cheguei na escola meio atrasado e um dos caras pôs o pé na minha frente e eu levei um tombo. Foi a maior<br />

gozação. Meus olhos se encheram de lágrimas e foi a conta para eles me chamarem de ‘bichinha’. Contei para a<br />

minha mãe o que estava acontecendo e ela me mudou de escola.<br />

No caso do Pedro, a violência também partiu dos colegas da escola. Só que aí tem uma diferença: a situação de<br />

violência foi repetitiva. Ou seja, todos os dias esses colegas zoavam dele xingando, jogando bolinhas de papel ou<br />

passando-lhe uma rasteira. Esse tipo de violência tem um nome que, provavelmente, vocês já ouviram falar:<br />

BULLYING.<br />

Essa palavra esquisita vem da língua inglesa e não tem uma boa tradução ainda em português, seria mais ou menos<br />

algo como ‘intimidação’ ou ‘amedrontamento’.<br />

Na história do Pedro, a primeira coisa que caracteriza o bullying é que se trata de um fenômeno de grupo<br />

em que a agressão acontece entre pessoas que tem mais ou menos a mesma idade e que<br />

convivem em um mesmo espaço.<br />

Até um tempo atrás, situações como essas eram tratadas como<br />

‘brincadeirinhas’ e que a melhor coisa para se<br />

fazer era fingir que não estava acontecendo<br />

nada e que, assim, parariam de te amolar. A<br />

professora do Pedro fez isso e cometeu<br />

outro tipo de violência conhecida pelo nome<br />

de violência INSTITUCIONAL.<br />

São as situações em que<br />

as pessoas falam mal umas<br />

das outras, inventando coisas<br />

que não aconteceram e<br />

fofocando para a escola toda.<br />

É a violência praticada<br />

pelas instituições – escolas,<br />

serviços de saúde, delegacias<br />

– por profissionais que<br />

deveriam proteger as pessoas.<br />

Cyberbullying<br />

Você costuma bater papo com seus<br />

amigos e amigas utilizando sites de relacionamento como, o<br />

Messenger, Facebook, Orkut, Twitter ou algum outro?<br />

Ou ainda, costuma se comunicar com eles e elas utilizando e-mails,<br />

sites, blogs, celulares?<br />

Guia de Educação Integral em Sexualidade Entre Jovens<br />

75

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!