Download - Projeto Segurança Humana
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mastigar a comida. Portanto, não tem sentido a tal “brincadeira”.<br />
Agora, a responsabilidade não é só sua. A direção, os educadores, os funcionários da escola, o pessoal do grêmio,<br />
todo mundo tem que se envolver na prevenção às situações de bullying e das outras violências que acontecem<br />
na escola.<br />
Na prática<br />
RODA DE CONVERSA – Reúna o grupo e comece a roda dizendo que, geralmente, quando falamos em<br />
violência pensamos em pessoas malvadas que agridem, roubam, matam e sequestram. Entretanto, se<br />
prestarmos atenção, veremos que existem outras formas de violência e que elas estão presentes o tempo<br />
todo nas relações entre as pessoas. Por exemplo:<br />
l quando um pai ou uma mãe bate em um filho ou uma filha;<br />
l quando uma pessoa se utiliza de outra – por meio da autoridade, da ameaça, da diferença de idade – para<br />
obter prazer sexual;<br />
l quando uma pessoa trata a outra como coisa, impedindo que a vontade, o desejo e a atividade do outro<br />
seja concretizada;<br />
l quando características como cor, sexo, origem, idade e diversidade sexual servem para justificar grosserias<br />
e preconceitos.<br />
Peça que o grupo pense em algumas violências que acontecem na escola e na comunidade e escreva-as em<br />
um papel grande. Quando se esgotarem as contribuições, abra para o debate a partir das seguintes<br />
perguntas?<br />
1. Como vocês definiriam violência?<br />
2. Por que as violências existem?<br />
3. Como diminuir as situações de violência na escola e na comunidade? O que nós podemos fazer?<br />
OFICINA – Antes da oficina, copie e recorte as situações abaixo:<br />
Melissa tem uma deficiência física e caminha com certa dificuldade. A classe dela fica no 3º andar e ela<br />
demora um tempão para chegar na sala. Quando ela chega, o pessoal bate palma e ela fica super<br />
constrangida. Devo procurar o grêmio para sugerir que sejam feitas mudanças na escola pensando em<br />
pessoas que tem necessidades especiais como a Melissa?<br />
Meu amigo Érico vive sendo chamado de gay pelos meninos da classe. Eu não sei se ele é gay ou não é<br />
e isso não faz diferença nenhuma para mim. Só não acho justo que um grupo de meninos e meninas<br />
vivam tirando um sarro da cara dele. Devo procurar a direção da escola para pedir que tomem<br />
providências?<br />
Meu filho João, de 11 anos, é xingado pelos seus colegas de 4 olhos, cegueta malagueta e outros<br />
nomes que tenho vergonha de falar. Ele se esconde na biblioteca enquanto seus colegas de sala<br />
brincam no recreio. Cada dia ele fica mais quieto e com mais medo dos colegas. Devo tirá-lo dessa<br />
escola e procurar por outra?<br />
A Tamara, aluna da 6ª série, estava na minha aula na sala de informática e, como já havia feito toda a<br />
tarefa, deixei que ela entrasse no Facebook. De repente, vi que ela estava chorando. Perguntei o que<br />
tinha acontecido e ela não me disse. A Raquel, sua amiga, me contou que postaram uma foto da<br />
Tamara no Facebook e escreveram que, para dar jeito na feiúra dela, só tinha um jeito: colocar um saco<br />
na cabeça. Devo conversar com a mãe dela?<br />
Peça que formem quatro grupos e distribua as tiras com as cenas para cada um deles. Peça que cada<br />
grupo leia a história e que, no final, responda a questão. Explique, ainda, que cada grupo deverá<br />
apresentar a cena e a resposta que deram de um jeito criativo. Pode ser dramatizando, como um<br />
telejornal, por mímica etc.. Quando todos terminarem, explique que se diz que uma pessoa é violenta<br />
quando ela usa a força física ou o poder que tem sobre a outra pessoa com intenção de machucar ou<br />
magoar. Enfatize que ninguém nasce violento e, sim, aprende a ser assim. E já que não faz parte da<br />
biologia, é possível aprender a conversar e a negociar para resolver os conflitos.<br />
78 Guia de Educação Integral em Sexualidade Entre Jovens