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relatório crítico do projecto de vida ao projecto de cuidados para ...

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Retirada <strong>do</strong> Manual <strong>de</strong> cuida<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s Lares Cheshire (2006) assente na Declaração <strong>de</strong><br />

Singapura que não retira a palavra lar mas <strong>ao</strong> <strong>de</strong>fini-la inclui na própria <strong>de</strong>finição a<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um <strong>projecto</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong>:<br />

“Um Lar <strong>de</strong>ve ser um Lugar <strong>de</strong> Acolhimento físico e encorajamento espiritual; um lugar on<strong>de</strong><br />

os resi<strong>de</strong>ntes possam adquirir o sentimento <strong>de</strong> pertença e posse, <strong>ao</strong> contribuir <strong>de</strong>ntro das<br />

suas possibilida<strong>de</strong>s <strong>para</strong> o seu funcionamento e <strong>de</strong>senvolvimento; um lugar <strong>de</strong> partilha e <strong>de</strong><br />

ajuda a outros mais necessita<strong>do</strong>s; um lugar on<strong>de</strong> se adquira autoconfiança e se <strong>de</strong>senvolva<br />

a in<strong>de</strong>pendência; um lugar on<strong>de</strong> se incentive o esforço e não a passi<strong>vida</strong><strong>de</strong>”. (Anexo 2)<br />

Embora ambos os manuais se voltem mais <strong>para</strong> a perspectiva <strong>do</strong> <strong>projecto</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> mesmo<br />

<strong>de</strong>ntro da comunida<strong>de</strong>, refere sem aprofundar aqueles que se encaminham <strong>para</strong> a morte, a<br />

qual não <strong>de</strong>ve ser vista como uma espera passiva, mas dignificada pelas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

participação, ou acrescentamos, pela estimulação e comunicação estabelecida durante<br />

prestação <strong>do</strong>s cuida<strong>do</strong>s nas acti<strong>vida</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>vida</strong> diária dignifican<strong>do</strong> aquela fase da <strong>vida</strong><br />

(lembramo-nos da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Maternagem <strong>de</strong> Winnicott).<br />

Ao longo <strong>do</strong>s anos temos <strong>de</strong>sempenha<strong>do</strong> e continuamos a <strong>de</strong>sempenhar o papel que<br />

começa a <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser função ou ter o nome <strong>de</strong> lar, ou estrutura resi<strong>de</strong>ncial <strong>para</strong> ter o nome<br />

<strong>de</strong> unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuida<strong>do</strong>s continua<strong>do</strong>s que vem assim <strong>de</strong>scrito no Plano Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

2004-2010:<br />

“A Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cuida<strong>do</strong>s Continua<strong>do</strong>s é constituída por todas as entida<strong>de</strong>s públicas, sociais e<br />

privadas, habilitadas à prestação <strong>de</strong> cuida<strong>do</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s a promover, restaurar e<br />

manter a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong>, o bem-estar e o conforto <strong>do</strong>s cidadãos necessita<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s<br />

mesmos em consequência <strong>de</strong> <strong>do</strong>ença crónica ou <strong>de</strong>generativa, ou por qualquer outra razão<br />

física ou psicológica susceptível <strong>de</strong> causar a sua limitação funcional ou <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong><br />

outrem, incluin<strong>do</strong> o recurso a to<strong>do</strong>s os meios técnicos e humanos a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s <strong>ao</strong> alivio da<br />

<strong>do</strong>r e <strong>do</strong> sofrimento, a minorar a angustia e a dignificar o perío<strong>do</strong> terminal da <strong>vida</strong>”<br />

Pensamos que as palavras Lar <strong>de</strong> I<strong>do</strong>sos começam a ser substituídas por outras mais<br />

mo<strong>de</strong>rnas seja pelo evoluir da socieda<strong>de</strong>, mas também pelo próprio estigma que a própria<br />

socieda<strong>de</strong> e comunicação social criou em termos <strong>de</strong> representações sociais em relação <strong>ao</strong>s<br />

Lares como uma espécie <strong>de</strong> “locais <strong>de</strong> tortura” ou “velhão”. No inicio na nossa acti<strong>vida</strong><strong>de</strong><br />

acerca <strong>de</strong> oito anos nesta área verificamos esse estigma até nos nossos colegas psicólogos<br />

que trabalhavam noutras áreas.<br />

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