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relatório crítico do projecto de vida ao projecto de cuidados para ...

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Mas por outro la<strong>do</strong>, <strong>ao</strong> termos acesso a informação bibliográfica por exemplo da linha<br />

francófona da Europa constatávamos que esses países tinham Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Psicogeriatria,<br />

Hospitais Geriátricos (Charazac, P. 2004) e <strong>de</strong>pois constatávamos <strong>ao</strong> acompanhar utentes<br />

<strong>ao</strong> Hospital X que estava “entupi<strong>do</strong>” <strong>de</strong> macas e que na sua gran<strong>de</strong> maioria eram <strong>de</strong><br />

pessoas i<strong>do</strong>sas que estavam horas intermináveis <strong>para</strong> serem assisti<strong>do</strong>s muitos não<br />

resistiam <strong>ao</strong> “stress emocional” e que ainda as respostas <strong>do</strong>s médicos e técnicos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

era o estigma “veio <strong>de</strong> um Lar não é?” foram tempos muito difíceis e ainda bem que as<br />

coisas estão a mudar.<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da <strong>de</strong>nominação que se possa dar seja <strong>de</strong> Lar <strong>de</strong> I<strong>do</strong>sos, casa <strong>de</strong><br />

repouso, estrutura organizativa resi<strong>de</strong>ncial, “unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuida<strong>do</strong>s continua<strong>do</strong>s”, residências<br />

assistidas ou mansões geriátricas, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> surgirem lares dizen<strong>do</strong>-se<br />

especializa<strong>do</strong>s em “Psiquiatria”, em “Alzheimer”, mesmo nestes e na maioria <strong>do</strong>s lares ou<br />

estrutura resi<strong>de</strong>nciais existe e possivelmente existirá sempre uma população muito<br />

diversificada quer em termos <strong>de</strong> patologias ou até motivações pelas quais recorrem a um<br />

Lar<br />

Mas pensamos que em meios <strong>de</strong> tanta diversida<strong>de</strong>, existe uma invariante fundamental na<br />

recuperação, no tratamento, na estabilização e na dignificação <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> terminal da <strong>vida</strong><br />

que é – a dimensão relacional.<br />

Des<strong>de</strong> a entrada no Lar à constituição <strong>de</strong> diferentes e possíveis <strong>projecto</strong>s <strong>de</strong> <strong>vida</strong>, até <strong>ao</strong><br />

cuidar como <strong>projecto</strong> <strong>de</strong> dignificar o esta<strong>do</strong> terminal, a qualida<strong>de</strong> da relação ou o tipo mais<br />

apropria<strong>do</strong> <strong>de</strong> “relacionamento” é o aspecto mais invariante pela sua importância e pela<br />

forma como a própria psicologia enquanto disciplina po<strong>de</strong> contribuir como uma parte<br />

fundamental <strong>de</strong> um <strong>projecto</strong> e po<strong>de</strong> <strong>de</strong>senhar as linhas <strong>de</strong> intervenção e objectivos<br />

enquanto filosofia <strong>do</strong> <strong>projecto</strong> e <strong>do</strong> cuidar em relação <strong>ao</strong>s lares resi<strong>de</strong>nciais.<br />

Pensamos mesmo que o papel <strong>do</strong> psicólogo visto nesta perspectiva é imprescindível nos<br />

lares ou estruturas resi<strong>de</strong>nciais porque se morre por relacionamento ina<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> por parte<br />

das famílias, <strong>do</strong>s funcionários e <strong>de</strong> uns utentes relação <strong>ao</strong>s outros, por incompreensão das<br />

solicitações <strong>do</strong> utente, por atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sa<strong>de</strong>quadas, por <strong>de</strong>pressão, por incompreensão <strong>do</strong><br />

próprio comportamento, por intolerância às angústias <strong>do</strong>s utentes, por diversas formas <strong>de</strong><br />

“hospitalismo”, e compreen<strong>de</strong>r estas nuances, interpretá-las e pô-las em <strong>projecto</strong> nas suas<br />

formas <strong>de</strong> prevenção, intervenção, tratamento ou formação é da disciplina da psicologia.<br />

O Tipo <strong>de</strong> População<br />

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