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relatório crítico do projecto de vida ao projecto de cuidados para ...

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lidar com as suas limitações e fraquezas. Quan<strong>do</strong> esse for o <strong>de</strong>sejo da pessoa, o Lar <strong>de</strong>ve<br />

também facilitar a aproximação com Deus e, <strong>para</strong> os que estejam em fase terminal, <strong>de</strong>ve<br />

ser-lhes proporcionada a pre<strong>para</strong>ção <strong>para</strong> a morte e o relembrar das suas <strong>vida</strong>s com a<br />

maior dignida<strong>de</strong>.<br />

3. „um senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> pertença e posse’: é igualmente importante que a pessoa tenha o<br />

sentimento <strong>de</strong> pertença em relação <strong>ao</strong> Lar. „Pertença‟ significa fazer parte <strong>de</strong>, enquanto<br />

„posse’ indica também ser <strong>de</strong>tentor <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>. Ouvimos com frequência as pessoas<br />

referirem-se <strong>ao</strong> Lar como sen<strong>do</strong> a casa <strong>do</strong>s resi<strong>de</strong>ntes. No entanto, à pergunta on<strong>de</strong> é a sua<br />

casa, muitos respon<strong>de</strong>rão ser on<strong>de</strong> a família mora. E se lhes perguntarmos on<strong>de</strong> gostariam<br />

mais <strong>de</strong> morar, alguns prefeririam voltar <strong>para</strong> as famílias, <strong>para</strong> um outro Lar ou residência<br />

a<strong>de</strong>quada à sua situação, mas próximo da mesma. De on<strong>de</strong> se conclui que, se pu<strong>de</strong>ssem<br />

escolher, muitos <strong>do</strong>s que vivem nos Lares escolheriam viver noutro lugar qualquer. Por isso<br />

é que se torna difícil quan<strong>do</strong> se tenta incutir nos resi<strong>de</strong>ntes este sentimento <strong>de</strong> pertença e<br />

<strong>de</strong> posse.<br />

Um <strong>do</strong>s meios <strong>de</strong> favorecer tais sentimentos passa pelo encorajamento e a abertura a que<br />

os resi<strong>de</strong>ntes tomem parte activa, tanto quanto o <strong>de</strong>sejarem, em to<strong>do</strong>s os assuntos <strong>do</strong> Lar.<br />

Por exemplo, um <strong>do</strong>s aspectos que nos faz sentir em casa é o estarmos ro<strong>de</strong>a<strong>do</strong>s daquilo<br />

que é nosso, <strong>do</strong>s objectos e das recordações que fazem senti<strong>do</strong> apenas <strong>para</strong> nós próprios,<br />

pela <strong>de</strong>coração <strong>ao</strong> nosso gosto e escolhida por nós. Assim, <strong>de</strong>vemos esperar que sejam os<br />

resi<strong>de</strong>ntes a <strong>de</strong>corar e a mobilar os seus quartos <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com as suas preferências.<br />

Depois, achar normal que, segun<strong>do</strong> a personalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada pessoa, a um quarto limpo e<br />

arruma<strong>do</strong>, com as cores todas a condizer se siga outro <strong>de</strong>sarruma<strong>do</strong> e <strong>de</strong>cora<strong>do</strong> com um<br />

gosto completamente diferente. Para além disso, há ainda o envolvimento na <strong>de</strong>coração <strong>do</strong>s<br />

espaços comuns.<br />

E há também o papel que cada um po<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhar na sua comunida<strong>de</strong>. Des<strong>de</strong> a<br />

<strong>de</strong>cisão mais séria à mais ligeira, a pessoa <strong>de</strong>ve sentir-se livre <strong>de</strong> participar na <strong>vida</strong> <strong>do</strong> meio<br />

on<strong>de</strong> vive.<br />

‘Posse’ pressupõe a entrega <strong>de</strong> dinheiro <strong>para</strong> o pagamento <strong>de</strong> quaisquer bens ou serviços,<br />

o que <strong>de</strong> facto acontece nos Lares, da<strong>do</strong> que os resi<strong>de</strong>ntes pagam as <strong>de</strong>spesas da sua<br />

estadia. To<strong>do</strong>s os resi<strong>de</strong>ntes pagam uma percentagem da sua pensão social e os que têm a<br />

sorte <strong>de</strong> estar emprega<strong>do</strong>s darão uma contribuição mais elevada. Sem a contribuição<br />

financeira <strong>do</strong>s resi<strong>de</strong>ntes, seria certo que os Lares enfrentariam maiores dificulda<strong>de</strong>s na sua<br />

gestão. Logo, o seu acto <strong>de</strong> pagamento confere-lhes o sentimento <strong>de</strong> possessão.<br />

4. „contribuin<strong>do</strong>, <strong>de</strong> algum mo<strong>do</strong> e <strong>de</strong>ntro das suas possibilida<strong>de</strong>s, <strong>para</strong> o seu<br />

funcionamento e <strong>de</strong>senvolvimento‟: mencionámos já como é que o envolvimento <strong>do</strong>s<br />

resi<strong>de</strong>ntes nas <strong>de</strong>cisões e a sua contribuição financeira lhes proporcionará o sentimento <strong>de</strong><br />

ser o proprietário da sua casa.<br />

Mas os resi<strong>de</strong>ntes po<strong>de</strong>m também <strong>de</strong>sempenhar certas acti<strong>vida</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong> dia-a-dia <strong>do</strong> Lar,<br />

contribuin<strong>do</strong> assim <strong>para</strong> o seu bom funcionamento. Nalguns Lares há resi<strong>de</strong>ntes a trabalhar<br />

nos serviços administrativos, outros dão „uma mãozinha‟ nas tarefas <strong>do</strong>mésticas ou ajudam<br />

a supervisionar os mapas <strong>do</strong>s horários <strong>do</strong> pessoal. Outros ainda, ocupam-se em aten<strong>de</strong>r a<br />

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