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feam<br />
4.1 O MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR NA RMBH<br />
A Região Metropolitana de Belo Horizonte – RMBH situa-se na região Metalúrgica do<br />
Estado de Minas Gerais, uma das mais ricas do País em recursos minerais. Inclui, além da<br />
capital, mais 32 municípios: Contagem, Betim, Pedro Leopoldo, Vespasiano, Sabará, Caeté,<br />
Lagoa Santa, Confins, São José da Lapa, Santa Luzia, Ribeirão das Neves, Esmeraldas,<br />
Raposos, Nova Lima, Rio Acima, Ibirité, Florestal, Mateus Leme, Juatuba, Igarapé, São<br />
Joaquim de Bicas, Mário Campos, Sarzedo, Brumadinho, Rio Manso, Itaguara, Baldim,<br />
Jabuticatubas, Nova União, Capim Branco, Matozinhos e Taquaraçu de Minas.<br />
A RMBH é responsável por 66% da atividade mineradora do Estado, destacando-se a<br />
extração de minério de ferro, manganês, ouro e calcário. A indústria é o grande fator de<br />
desenvolvimento da região pela elevada concentração de empresas de médio porte e alto<br />
nível tecnológico, com destaque para os setores de metalurgia, de materiais elétricos, de<br />
comunicação, de transporte e de plásticos. Nessa região, estão instaladas indústrias de<br />
grande porte ligadas aos setores siderúrgico, de minerais não metálicos (cimento e cal), de<br />
petróleo, e à indústria automobilística. A agropecuária ocupa somente 4% da população<br />
economicamente ativa, em geral, com produtos hortifrutigranjeiros. A RMBH responde por<br />
cerca de 32% do PIB de Minas Gerais.<br />
O clima é subtropical, com verão chuvoso e inverno seco. A temperatura média mensal é<br />
23 o C no verão (dezembro a março) e 19 o C no inverno (junho a setembro), quando ocorre o<br />
fenômeno de inversão térmica. A precipitação anual é de cerca de 1.450mm e a direção<br />
predominante de vento é Leste.<br />
O monitoramento da qualidade do ar na Região Metropolitana de Belo Horizonte iniciou-se<br />
em 1977 e, com várias interrupções, perdurou até 1992, período em que foram empregados<br />
equipamentos manuais, projetados e construídos no próprio Estado.<br />
De 1977 a 1984, foram ativados vários pontos de amostragem para a avaliação sistemática<br />
das concentrações de Partículas Sedimentáveis, utilizando o “Método do Jarro de<br />
Sedimentação”.<br />
A partir de 1984 este monitoramento foi suspenso com a implantação de uma rede de<br />
amostragem de Partículas Totais em Suspensão - PTS, utilizando Amostradores de Grandes<br />
Volumes de Ar (Hi-Vol) – e taxa de Sulfatação Total (ST) – empregando o método da vela de<br />
peróxido de chumbo. A rede foi operada no período de 1984 a 1988 e, no auge de seu<br />
funcionamento, atingiu um total de 12 estações para o monitoramento de PTS e 34 para ST.<br />
De 1988 até 1990 o monitoramento foi suspenso, sendo retomado no período de 1991 até<br />
1992 quando a FEAM, utilizando os antigos equipamentos (Hi-Vol) acima mencionados,<br />
mediu as concentrações de PTS em seis pontos selecionados da RMBH.<br />
A partir de 1992 consolidou-se a necessidade de investimento em equipamentos<br />
tecnologicamente mais avançados para monitorar, em tempo real e contemplando um maior<br />
conjunto de poluentes, as condições de qualidade do ar da região conurbada de Belo<br />
Horizonte, Contagem e Betim, de elevado adensamento populacional que agrega o maior<br />
pólo industrial e a maior frota de veículos de Minas Gerais.<br />
Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM<br />
Av. Prudente de Morais, 1671 – Santa Lúcia – Belo Horizonte – <strong>MG</strong> / CEP: 30.380-000 Fone: (031) 298-6200 – Fax: (031) 298-6394 - E-mail: feam@feam.br<br />
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