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UM MUNDO UMA ENERGIA - Edp

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on<br />

<strong>ENERGIA</strong> SEM LIMITES · JANEIRO 2009 · Nº11<br />

ENCONTROS<br />

2008<br />

<strong>UM</strong><br />

<strong>MUNDO</strong><br />

<strong>UM</strong>A<br />

<strong>ENERGIA</strong><br />

· SANTA MARIA DA FEIRA<br />

· LISBOA<br />

· MADRID<br />

· GIJÓN<br />

· BILBAO<br />

CO 2 FREE<br />

EMISSÕES<br />

DOS ENCONTROS<br />

NEUTRALIZADAS


Entregar<br />

e acreditar<br />

Pediram-me para escrever o editorial deste número da<br />

ON. Faço-o com gosto. Escrevi na revista da EDP,<br />

pela última vez, no número do primeiro trimestre de<br />

1998. Dei ao editorial o título "Por morrer uma andorinha".<br />

Fi-lo por, tal como na canção imortalizada por<br />

Carlos do Carmo, acreditar que, depois do penoso<br />

Inverno de 1998, a Primavera regressaria à EDP,<br />

renovada pela esperança simbolizada na cor, beleza e perfume das<br />

flores e purificada pelo verde das jovens folhas.<br />

A vida é feita de encontros. A maioria, agradáveis e que deixam<br />

saudades. Mas também de desencontros. Procuramos esquecê-los,<br />

embora alguns representem lições e ajudem a perceber melhor<br />

o complexo ser que é o homem. Quero falar dos primeiros,<br />

recordando uma importante mensagem transmitida nos recentes<br />

Encontros Gerais de Colaboradores.<br />

Todas as organizações geram sucessos e insucessos. Criam ilusões<br />

e desilusões. Sofrem das imperfeições da capacidade humana. São generosas<br />

e egoístas. Albergam homens e mulheres fantásticos e outros<br />

que têm dificuldade em enquadrar-se. Periodicamente, necessitam de<br />

correcções. Correm riscos agravados pela difícil previsibilidade das<br />

mudanças do meio envolvente. Nos últimos vinte anos, assistimos à<br />

queda do Muro de Berlim. Ao desfazer do Império Soviético. À unificação<br />

da Alemanha. À criação do Euro. Ao alargamento da União<br />

Europeia para 27 membros, nos quais se incluem vários ex-satélites da<br />

União Soviética. Ao desmembramento da Jugoslávia. Ao nascimento<br />

de novos países. À pneumonia do comunismo. À gripe do capitalismo.<br />

À revelação da outra face do liberalismo. Às fragilidades do mercado<br />

de capitais. Aos pés de barro do sistema financeiro. À reconquista<br />

do papel de protector-mor do Estado. À insegurança gerada pelos<br />

fundamentalismos. À existência de centenas de milhões de seres<br />

humanos que continuam a viver na mais degradante miséria. Nestes<br />

vinte anos, a EDP teve momentos altos e baixos. Os seus dirigentes de<br />

topo souberam definir caminhos. Os quadros intermédios tiveram a<br />

capacidade para dar corpo ao desenho das acções, sem as quais as<br />

estratégias não passam de vistosos power points. Os trabalhadores<br />

António de Almeida<br />

PRESIDENTE DO CONSELHO GERAL DE SUPERVISÃO DA EDP<br />

editorial<br />

edp<br />

foram os artífices anónimos, sem os quais nada teria sido conseguido.<br />

A EDP está presente em Portugal, Brasil, Bélgica, Espanha, EUA,<br />

França, Polónia, Roménia e Macau. Tem objectivos bem definidos<br />

e ambiciosos, mas realizáveis. Doseou bem os riscos. Está a desenvolver<br />

um plano de investimentos de cerca de 12 mil milhões de<br />

euros. Soube criar o equilíbrio entre compromissos e recursos. Comprometeu-se<br />

a privilegiar os investimentos em Portugal. Representa<br />

um importante empregador. Criou oportunidades profissionais para<br />

talentos internos. Ajustou os custos para níveis consentâneos com<br />

a sua actividade. Ganhou posição no negócio do gás natural.<br />

Encontrou as parcerias certas. Percebeu a dinâmica da inovação num<br />

sector tão tradicional como o da electricidade. Consolidou e alargou<br />

o núcleo duro de accionistas. Soube resistir às tentações dos<br />

resultados imediatos, preferindo criar condições de futuro, como<br />

aconteceu com a extensão do domínio hídrico. Transformou-se no<br />

quarto operador mundial nas eólicas. Assumiu a responsabilidade<br />

social de devolver à sociedade parte dos lucros que auferiu. Deu<br />

corpo a um modelo de governo de empresa, no qual as funções de<br />

gestão e de supervisão se entrelaçam para a criação de valor.<br />

A EDP é a maior empresa nacional. Sólida. Rentável. Respeitada.<br />

Temos motivos para nos sentirmos orgulhosos. Tal como António<br />

Mexia transmitiu durante os Encontros, duas palavras-chave<br />

para o sucesso são entregar e acreditar. Para desenhar estratégias é<br />

preciso visão, mas há modelos e consultores especialistas. Para os<br />

comunicar, existem técnicas sofisticadas. Para preparar planos de acção,<br />

há experiência acumulada. O mais importante consiste em entregar<br />

no momento certo. É aí que muitas organizações, com excelentes<br />

planos de negócios, falham. A EDP entregou tudo a que se<br />

havia comprometido para o último triénio. E foi capaz de entregar,<br />

porque o seu elemento humano acreditou. Não o acreditar da<br />

essência da fé, mas o acreditar do querer realizar.<br />

Vamos prosseguir o nosso percurso. Atentos. Ambiciosos. Diligentes.<br />

Determinados. Exigentes. Responsáveis. Solidários. Orgulhosos. Não<br />

desistiremos de entregar, porque vamos continuar a acreditar na EDP<br />

e em nós próprios, seja qual for a estação do ano. on<br />

On | 3


índice<br />

Janeiro<br />

*<br />

Os dados estão<br />

lançados até 2012<br />

ficha técnica<br />

On é uma edição bimestral<br />

Proprietário EDP – Energias de Portugal, SA<br />

Praça Marquês de Pombal, 12, 1250-162 Lisboa Tel: 210 012 680<br />

Fax: 210 012 910 gmc@edp.pt<br />

Director Paulo Campos Costa<br />

Editora Peninsula Press SL<br />

Rua dos Correeiros 120, 4º esq , 1100-168 Lisboa<br />

Administrador executivo Stella Klauhs info@peninsula-press.com<br />

Redacção José Couto Nogueira (editor), Joana Peres (redactora),<br />

Nuno Santos e Marta Conceição (arte), Alexandre Almeida,<br />

Adelino Oliveira e José Caria (fotografia), Ana Godinho (revisora)<br />

Coordenação EDP Margarida Glória<br />

Distribuição gratuita Portugal - 23.000 exemplares;<br />

Espanha- 3.500 exemplares; Brasil- 3.200 exemplares<br />

Tipografia MIRANDELA - Artes Gráficas, SA<br />

Rua Rodrigues Faria nº 103, 1300-501 Lisboa<br />

Telf. +351 21 361 34 00 (Geral)<br />

Fax. +351 21 361 34 69<br />

Isenta de registo na E.R.C., ao abrigo do decreto regulamentar 8/6, artigo 12º nº1-a<br />

4 | On<br />

3<br />

6<br />

8<br />

capital humano compromissos conciliação editorial<br />

Encontros 2008<br />

Editorial António de Almeida<br />

fala-nos do passado, do presente<br />

e do brilho do futuro<br />

Bolsa Na nossa empresa, as<br />

boas acções têm-se mostrado o<br />

activo mais sustentável<br />

Capital Humano Prémios,<br />

Sorrisos, Valores e Respostas.<br />

As pessoas felizes trabalham<br />

melhor<br />

22<br />

Espírito Inovador<br />

A sustentabilidade vista por Sílvio<br />

Balhau, um inventor made in EDP<br />

52<br />

Alta Voltagem<br />

Nuria Chinchilla<br />

e Francisco Gay Puyal<br />

explicam-nos como conciliar<br />

a vida pessoal e profissional


56<br />

58<br />

64<br />

bolsa sustentabilidade edp way inovação desafios índice<br />

Compromissos Prioridades para<br />

2012 de cada empresa do Grupo<br />

e para com o mercado<br />

EDP Way Os bastidores dos<br />

Encontros 2008 e uma viagem<br />

animada até ao Pavilhão Atlântico<br />

Sustentabilidade Neutralização<br />

de emissões de co2<br />

nos Encontros<br />

24<br />

Um mundo,<br />

uma energia<br />

O Plano.<br />

Os Negócios.<br />

Os Objectivos.<br />

Os Desafios.<br />

O Grupo<br />

até 2012.<br />

On | 5


os cordões da bolsa<br />

6| On<br />

edp<br />

BOLSA NACIONAL GANHA<br />

mais de 3% num dia de recuperação<br />

das bolsas mundiais<br />

JORNAL DE NEGÓCIOS, SARA ANTUNES, 8 DEZEMBRO<br />

A BOLSA NACIONAL AVANÇAVA MAIS DE 3%,<br />

acompanhando a tendência positiva que se vive um<br />

pouco por todo o mundo. O PSI-20 beneficiava dos<br />

ganhos de todos os títulos que o compõem, com<br />

destaque para a EDP e PT que subiam mais de 4%.<br />

O principal índice da bolsa nacional valorizava<br />

3,40% para os 6.226,15 pontos, com os 20 títulos que<br />

DESEMPENHO EDP<br />

10 OUTUBRO - 18 DEZEMBRO 2008<br />

2,8<br />

2,7<br />

2,6<br />

2,5<br />

2,4<br />

2,3<br />

2,2<br />

2,1<br />

2,0<br />

2,8<br />

o compõem em alta. Os principais congéneres<br />

europeus seguiam com ganhos entre 5 e 7%, a beneficiar<br />

de um anúncio feito nos EUA. Os índices<br />

asiáticos também encerraram com fortes ganhos na<br />

sessão de hoje.<br />

Barack Obama revelou que vai implementar o<br />

maior pacote de investimento em infra-estruturas<br />

3,0<br />

nos EUA desde os anos 50, com o objectivo de fomentar<br />

a economia. Esta medida foi bem recebida<br />

pelos mercados bolsistas, com os investidores a fazerem<br />

subir as acções.<br />

Em Portugal, a EDP e a PT eram quem mais impulsionava<br />

o PSI-20 ao subirem 4,80% para os 2,465<br />

euros e 4,20% para 6,18 euros, respectivamente. on<br />

08.10.01 08.11.04 08.12.18<br />

2,7


<strong>ENERGIA</strong><br />

DÁ GÁS<br />

À BOLSA<br />

QUE SEGUE<br />

A GANHAR<br />

2%<br />

AGÊNCIA<br />

FINANCEIRA,<br />

CARLA PINTO<br />

SILVA,<br />

24 NOVEMBRO<br />

EM LISBOA, O PSI-20<br />

segue a subir 1,91%<br />

para os 5.962,97<br />

pontos, com 16 das 20<br />

empresas cotadas a<br />

subirem. A impulsionar<br />

está o sector da<br />

energia.<br />

Lá por fora, na Europa,<br />

os ganhos variam<br />

entre os 1,51% de<br />

Frankfurt e os 2,18%<br />

de Londres. A animar<br />

está a notícia de que o<br />

Citigroup vai receber<br />

uma garantia do<br />

Governo norteamericano<br />

de 306 mil<br />

milhões de dólares<br />

(243,2 mil milhões<br />

de euros), depois de<br />

as suas acções terem<br />

desvalorizado 60%<br />

da semana passada.<br />

Por cá, o destaque vai<br />

para a Galp Energia que<br />

dispara 4,27% para os<br />

7,44 euros e para a EDP<br />

Renováveis que soma<br />

3,84% para os 4,67<br />

euros.<br />

A puxar para cima está<br />

ainda a Portugal<br />

Telecom que avança<br />

2,55% para os 5,43<br />

euros e a EDP que<br />

progride 1,92% para os<br />

2,54 euros. on<br />

4,91<br />

4,78<br />

4,65<br />

4,52<br />

4,39<br />

4,26<br />

4,13<br />

4,00<br />

4,89<br />

08.11.28<br />

edp<br />

os cordões da bolsa<br />

A EDP RENOVÁVEIS<br />

esteve entre as melhores<br />

do sector na Europa<br />

DIÁRIO ECONÓMICO, EUDORA RIBEIRO, 15 DEZEMBRO 2008<br />

A EDP RENOVÁVEIS ENCERROU A SESSÃO A CRESCER 3,56%<br />

para os 4,66 euros, tendo liderado os ganhos na Euronext<br />

Lisbon. Já no sector europeu, a empresa liderada por Ana<br />

Maria Fernandes foi uma das que registou um maior<br />

ganho intraday.<br />

A energética foi a sexta empresa que mais valorizou<br />

entre as 20 que compõem o índice BE 500 Energy Index,<br />

apresentando uma performance melhor do que a média<br />

do sector, que cresceu hoje 1,88%.<br />

DESEMPENHO EDP RENOVÁVEIS<br />

28 NOVEMBRO - 18 DEZEMBRO 2008<br />

"A EDP Renováveis e as congéneres estão a reagir<br />

positivamente às notícias que reiteram as metas da União<br />

Europeia no que diz respeito à utilização de energias<br />

renováveis", disse um operador à Reuters.<br />

Note-se que o Parlamento Europeu, a Comissão Europeia<br />

e a presidência da União Europeia estabeleceram um<br />

acordo informal para o pacote de combate às alterações<br />

climáticas, que estabelece a meta de utilização de 20% de<br />

energia a partir de fontes de energia renováveis em 2020. on<br />

5,23<br />

08.12.18<br />

On | 7


capital humano<br />

PESSOAS FELIZES TRABALHAM MELHOR<br />

PRÉMIOS DE MÉRITO<br />

8| On<br />

edp<br />

O DESEMPENHO, ENVOLVIMENTO, COMPETÊNCIA E ESPÍRITO DE EQUIPA FORAM DESTACADOS NAS VÁRIAS<br />

EMPRESAS DO GRUPO. FIQUE A CONHECER AS CARAS E OS PROJECTOS QUE FIZERAM A DIFERENÇA.<br />

Helder Miguel Ferreira<br />

EDP Distribuição. Em nome<br />

da equipa do Contributo para a<br />

eficiência energética (Vítor M.<br />

Rainho Martins e Graciano Jorge<br />

Costa)<br />

Apoio à eficiência energética,<br />

ao nível da iluminação<br />

pública em nove municípios<br />

da Área Metropolitana<br />

de Lisboa, abrangendo<br />

1,5 milhões de pessoas.<br />

“Não estava à espera, mas eu<br />

e a equipa estamos bastante<br />

satisfeitos. Foi bem conseguido”<br />

João Luís Marques de Almeida<br />

EDP Valor<br />

Coordenação dos trabalhos de implementação<br />

da ferramenta de compras<br />

para as empresas do Grupo EDP.<br />

"Quero deixar uma nota agradecimentos<br />

à equipa que trabalha<br />

no desenvolvimento do Sinergie,<br />

em Portugal, Espanha e Brasil, e<br />

à direcção da PNC. Foi graças à<br />

perseverança de todos que conseguimos,<br />

como disse o PCAE,<br />

ser os melhores do mundo."<br />

Paulo Martins<br />

EDP Gás<br />

Distribuição<br />

Projecto de ligação<br />

à rede nacional de<br />

transporte de gás<br />

natural de grande<br />

complexidade e que<br />

requereu recurso a<br />

técnicas inovadoras<br />

e à integração de<br />

diversos especialistas<br />

internacionais.<br />

Rui Pena<br />

EDP Distribuição. Em nome da equipa de Desenvolvimento e implementação de solução de Sistema<br />

de Mobilidade de equipas no terreno (WFM) [João Rosa, Prata Pina, Francisco Ribeiro, Paulo Conceição,<br />

Jorge Seiça, Isabel Xisto, Francisco Salvaterra, Fernando Silva, Jorge Cruz, Cláudia Filipe, Belarmino<br />

Coutinho, Pedro Carreira, Telmo Santiago, Manuel Xavier, Nela Meneses, João Patrício e Paulo Cristino]<br />

Equipa que contribuiu para o desenvolvimento e implementação de uma solução de mobilidade<br />

de equipas no terreno (WFM-GME).<br />

Domingos Baía Patrão<br />

EDP Distribuição<br />

Apoio da EDP à concretização de<br />

dois projectos de interesse nacional.<br />

O seu contributo foi fundamental<br />

para assegurar os compromissos<br />

assumidos, tendo o<br />

seu trabalho sido evidenciado<br />

pelas duas empresas envolvidas.<br />

“Estou muito satisfeito, é sempre<br />

importante quando reconhecem<br />

o nosso trabalho e o nosso<br />

empenho, e todo o cuidado<br />

que dedicamos a determinados<br />

projectos, como foi o caso.”<br />

Gilda Caetano<br />

EDP Holding, EDP Produção, NEO, EDP Comercial,<br />

EDP Distribuição e HC Energía. Em nome da equipa<br />

responsável pela Candidatura Dow Jones (Sérgio Martins,<br />

Rodrigo Braamcamp, Paula Marracho, Cristina Requicha,<br />

Bautista Rodriguez Sanches, Isabel Miguel, Fernanda<br />

Guimarães, Luís Quintela e Paula López Sánchez)<br />

O resultado colocou a EDP entre as empresas<br />

mais sustentáveis do Globo.<br />

“É muito agradável chegarmos aqui e sermos<br />

confrontados com o reconhecimento do trabalho<br />

desenvolvido. É preciso muito esforço e empenho<br />

para passarmos uma mensagem com evidências<br />

do que fazemos. A entrada no Dow<br />

Jones não precisa de um incentivo extra para continuar,<br />

porque o objectivo de todos os dias é o de<br />

empolar sempre o trabalho da EDP. O nosso<br />

objectivo agora é empenharmo-nos ainda mais.<br />

Estamos a trabalhar para manter e empolar<br />

o resultado que tivemos.”<br />

Maria Margarida Glória<br />

EDP Holding. Em nome da equipa TV Corporativa ON (Lisa<br />

Areias)<br />

Empenho no desenvolvimento e implementação da<br />

política de comunicação interna do Grupo, designadamente<br />

no projecto da TV Corporativa.<br />

"É um grande orgulho receber este prémio que é o<br />

resultado do trabalho de uma excelente equipa. Em<br />

termos de televisão corporativa, estamos a falar de<br />

um reduzido número de pessoas para o volume de<br />

trabalho que produz.<br />

Tornar a edp On uma ferramenta de comunicação<br />

que permita e difunda o conhecimento entre as<br />

diversas empresas do Grupo, as diferentes culturas<br />

e as diferentes geografias onde o Grupo desenvolve<br />

a sua actividade é o desafio."


“ Acho que estes Encontros têm uma<br />

mais-valia de unificar e dar conhecimento<br />

dos planos e das estratégias da EDP.<br />

Acho que a presença de todos os grupos<br />

pode ajudar em termos estratégicos,<br />

em termos de visão, para ficarmos<br />

todos a pensar da mesma maneira<br />

ao sabermos qual é o nosso papel<br />

dentro da empresa. Não só clarificar,<br />

mas motivar nesse aspecto.<br />

”<br />

edp<br />

capital humano<br />

PESSOAS FELIZES TRABALHAM MELHOR<br />

O QUE SE DISSE NOS ENCONTROS<br />

FALÁMOS COM ALGUNS COLABORADORES DO<br />

GRUPO E QUISEMOS SABER QUAIS AS SUAS<br />

OPINIÕES QUANTO AOS PLANOS DE NEGÓCIO,<br />

O QUE ACHAVAM DESTE TIPO DE EVENTO E O QUE<br />

GOSTARIAM DE TRANSMITIR A ANTÓNIO MEXIA.<br />

AQUI FICAM ALGUNS COMENTÁRIOS<br />

“<br />

É uma boa ideia.<br />

A administração esclarece o plano de negócios e depois<br />

daquela timidez inicial, segue-se um conjunto<br />

de questões pertinentes, não só sobre o core business<br />

”<br />

On | 9


capital humano<br />

10 | On<br />

edp<br />

PESSOAS FELIZES TRABALHAM MELHOR<br />

PRÉMIOS DE MÉRITO<br />

Alberto Carlos David Lemos<br />

EDP Distribuição<br />

Contributo para a concretização do piloto WFM, um projecto<br />

inovador ao nível da localização de infra-estruturas<br />

chave, através de GPS.<br />

Manuel Gaudêncio<br />

EDP Soluções Comerciais. Em nome da equipa do Contact<br />

Center Seia (Isabel Pinho)<br />

Contribuição decisiva para a eficiente implementação do<br />

backup do canal telefónico da EDP (Contact Center de Seia).<br />

Jaime Rojo Castro<br />

Neo - EDP Renováveis.<br />

Responsável de ICYMA<br />

França-Bélgica<br />

O ano de expatriação<br />

em Bruxelas permitiu a<br />

implementação dos<br />

primeiros parques da<br />

Neo na Bélgica, e contribuiu<br />

activamente no<br />

desenvolvimento da<br />

Neo em França.<br />

“Para mim, este prémio<br />

é o reconhecimento<br />

de toda a equipa da<br />

EDP renováveis por um<br />

trabalho pioneiro que<br />

começámos em Abril.<br />

Estou muito feliz”<br />

Nuno Miguel Nunes Guedes<br />

EDP Produção. Em nome da equipa da Direcção da Produção<br />

Hidráulica – preparação da aquisição, integração e<br />

exploração das centrais mini-hídricas da Pebble-Hydro (José<br />

Manuel Teixeira Silva, Marisa Estela Santos, Jorge Manuel<br />

Ferreira e Vítor José Pereira Garrido)<br />

Manuel Eduardo Guedes<br />

EDP Produção. Em nome da equipa da Direcção de Desenvolvimento<br />

do Negócio, Direcção de Planeamento e Controlo<br />

e Direcção de Projectos e Investimentos – preparação dos<br />

processos de concurso no âmbito do Programa Nacional de<br />

Barragens (Virgílio Manuel Torrado Mendes, Alcina Lurdes<br />

Pereira Silva, João Carlos Nogueira Flores e Fernando Manuel<br />

Monteiro)<br />

Equipa com participação decisiva no processo de<br />

candidatura ao concurso relativo ao Programa Nacional<br />

de Barragens.<br />

David Talaván<br />

EDP Renováveis. Em nome da equipa responsável pela<br />

implementação do programa LEAN na EDP Renováveis (David<br />

Talaván, Francisco Cid Morientes, Antonio Amaya Meléndez<br />

de Arvás, Nuno Moutinho, Pablo Alexandre Primo)<br />

“É um reconhecimento especial tanto para mim como<br />

para toda a equipa do trabalho de um ano e meio. O<br />

maior desfio foi constituir a equipa de trabalho e analisar<br />

como poderíamos avançar com as melhorias”<br />

José Carlos Joaquim<br />

EDP Soluções Comerciais<br />

Apoio à gestão da mudança decorrente da implementação<br />

de novos processos/Sistemas de Informação, nomeadamente<br />

à nova lei que regula os serviços públicos essenciais.<br />

Eduardo Moura<br />

Fundação EDP<br />

Contributo para o<br />

novo posicionamento<br />

do Museu da Electricidade,<br />

cobrindo<br />

as áreas de Energia,<br />

Cultura, Educação,<br />

Ambiente, Ciência,<br />

Lazer e Sustentabilidade,<br />

de que resultou<br />

ser hoje o terceiro<br />

museu mais visitado<br />

do país.<br />

Pedro del Rosal e Emilio Fernández<br />

HC Energía. Em nome da equipa de modernização dos despachos<br />

de geração e distribuição (Luis Manuel Fernandez López, Fernando<br />

Caldera Álvarez, Quintín Corrionero Salinero, Luis Patallo Fernández<br />

e Marta Cano Santiago)<br />

O projecto consistiu na substituição das equipas que permitem<br />

o telecontrolo de toda a geração eléctrica da HC Energía,<br />

assim como das redes de distribuição e transporte.<br />

Durante a fase de instalação não se registaram incidentes<br />

que alterassem o funcionamento dos grupos de geração e<br />

das redes.


“ São objectivos exigentes<br />

até 2012, e, para os conseguir,<br />

a empresa tem que estar<br />

disciplinada e focada.<br />

E estamos numa época<br />

conturbada e agora a economia<br />

não está nos seus melhores<br />

momentos, portanto penso<br />

que esta mensagem forte<br />

do presidente de exigências<br />

que fez à Holding, de alguma<br />

forma implícitas, me pareceram<br />

totalmente correctas<br />

e importantes.<br />

”<br />

edp<br />

capital humano<br />

PESSOAS FELIZES TRABALHAM MELHOR<br />

O QUE SE<br />

DISSE NOS<br />

ENCONTROS<br />

“ Em dois anos de casa, António Mexia<br />

teve uma liderança exemplar.<br />

Acho que, a nível de comunicação,<br />

tem sido exemplar. Tanto o PCAE<br />

como a alta direcção acompanham<br />

a empresa sempre para<br />

haver melhorias ou então<br />

para continuar o que é bom.<br />

”<br />

On | 11


capital humano<br />

PESSOAS FELIZES TRABALHAM MELHOR<br />

12 | On<br />

edp<br />

PRÉMIOS DE MÉRITO<br />

Duarte Bello<br />

EDP Holding. Em nome da equipa IPO EDP Renováveis<br />

(Rui Cabrita, Estrella Martin Segurado,<br />

Javier Rivera Vizcarrondo, João Metello, João Gouveia,<br />

Joaquim Barbosa, José Manuel Galvão Rocha<br />

Novais Gonçalves e Miguel Ribeiro Ferreira)<br />

Equipa representativa do sucesso da EDP<br />

na colocação em bolsa da EDP Renováveis.<br />

“Este reconhecimento representa uma<br />

quantidade enorme de pessoas que trabalharam<br />

no IPO da EDP Renováveis. Acho<br />

que foi, como o próprio António Mexia referiu,<br />

um passo muito importante e o<br />

maior IPO da Europa este ano. Acho que,<br />

como tudo na vida, também tivemos sorte<br />

na altura do IPO, mas tenho imenso orgulho<br />

em ter representado ali no palco<br />

essa equipa.”<br />

María Esteban<br />

Goutayer<br />

HC Energía. Em nome da<br />

equipa que gere o Centro de<br />

Atendimento ao Cliente “Call<br />

Center” (Beatriz Cabal Ordóñez,<br />

María Angeles García<br />

Alonso e Elena Vigil-Escalera<br />

MENA)<br />

Pelo quarto ano consecutivo,<br />

recebeu o prémio de<br />

melhor Centro de Relação<br />

com Clientes de Energia<br />

no Salón Profesional del<br />

Call Center y las Soluciones<br />

CRM, organizado pelo<br />

IFAES (International Faculty<br />

of Executives).<br />

Carlos Pinto de Almeida<br />

EDP – Holding. Em nome da equipa da Implementação do Scirf (Ana Paula Alberto, Filomena Maria<br />

Gonçalves, Hugo Manuel Assunção, Jorge Campeão De Freitas, Maria João Marques Leitão, Odete<br />

Camposinhos Araújo, Elisabete Rolim e Pedro Dias Vicente)<br />

Equipa que trabalhou no projecto transversal a todas as empresas do Grupo, visando<br />

uma maior responsabilização dos seus colaboradores no atingimento dos objectivos globais<br />

considerados (sistema de controlo interno sobre o reporte financeiro).<br />

“É um compromisso assumido pelo Grupo em implementar um sistema de controlo<br />

interno robusto e com normas e padrões do mercado internacional. Este prémio é atribuído<br />

a toda equipa, e no projecto estão envolvidas mais de 60 pessoas de todo o<br />

Grupo EDP. Foi uma grande surpresa e agradecemos este mérito sensibilizados.”<br />

Yolanda Echauri<br />

Martinez. Em nome da euipa<br />

de Migração de clientes à TUR<br />

(Silvia Alvarez, Laura Tueros, Sofía<br />

Pastor, Jon Arrieta, María<br />

Lobo, José Yusta, Iván Nieto, Carlos<br />

Arias, Bakarne Etxebarria,<br />

Arabella Lambarri, Alvaro Marcé<br />

y Ana Ana Abeledo)<br />

A migração de clientes que<br />

estavam no mercado regulado<br />

e passaram para a TUR.<br />

Foi necessário trabalhar de<br />

forma multidisciplinar (Regulação,<br />

Sistemas, Ciclo Comercial,<br />

Mercado regulado,<br />

Serviços Jurídicos, Administração<br />

e Finanças) internamente<br />

e de forma coordenada<br />

com a HC e EDP.<br />

Juan Miguel Sánchez Alcântara<br />

HC Energía. Em nome da equipa de trabalho<br />

de Análise e Melhoria das condições de Operação<br />

e Manutenção de Redes (José Mª Rey Paredes,<br />

Alberto Alonso Buelga, Alfredo García Ramos,<br />

Braulio Moro Iribarren, Jose Antonio Jove<br />

Alvarez, Carlos Pérez Trashorras, Enrique Pérez<br />

Hernández, Joaquín Cabezas Berdasco, Joaquín<br />

Cachón Miranda, Luis Miguel Arniella Cano, Rafael<br />

Juan Barrera e Manuel López Fernández)<br />

Algumas acções propostas foram implementadas<br />

no Programa LEAN. Os resultados<br />

foram espectaculares e passou-se de<br />

um TIEPI de 113 minutos em 2006, a 59 minutos<br />

em 2007, sendo este o valor mais baixo<br />

registado em toda a história da HC Energía,<br />

e 48 minutos nos dez primeiros meses<br />

de 2008.<br />

Henar Parra<br />

HC Energía. Em nome da equipa<br />

de Montagem e Comissionamento<br />

da EDP e HC Energía - Geração<br />

pelo início de actividade<br />

da Central Térmica de Ciclo Combinado<br />

Soto 4<br />

(José Paulo Pisco Matos; Daniel<br />

González-Lamuño Leguina; Juan<br />

Carlos; Díaz-Caneja Castro; António<br />

Carvalho Silva; Carlos António;<br />

Cadêncio Pato; Javier Martínez<br />

López; José Maria Aguiar<br />

Fernandes; Bruno Vasco Neves<br />

Travassos; António Coelho da Silva;<br />

Alberto Miranda Ferreira;<br />

João Mário Monteiro dos Anjos;<br />

Raul Fernandes Silva Matos; Carlos<br />

Villanueva Prado; Jorge Muñiz<br />

Garcia; José Jorge Ramos e<br />

Alejandro Alonso Chamorro)<br />

Alvaro Marcé<br />

Naturgas. Em nome da equipa da<br />

Aquisição da Gas Mérida (Lorenzo Alvarez,<br />

María Lobo, José Sampedro, Irene<br />

Alvarez, Erika Carretón y Carlos<br />

Arias)<br />

A compra da Gas Mérida foi analisada<br />

e preparada durante o passado<br />

mês de Agosto. Uma equipa multidisciplinar(Planificação,Administração<br />

e Finanças, Mercado Regulado,<br />

Serviços Jurídicos) trabalhou estreitamente<br />

com a EDP Gás, para a validação<br />

e negociação da aquisição.<br />

Trata-se de uma companhia com<br />

100 Km de rede e uma facturação,<br />

en 2007, de 1,7 milhões de euros.<br />

Trata-se de uma empresa com um<br />

importante potencial de crescimento,<br />

e está previsto um investimento<br />

de 3,8 milhões de euros nos próximos<br />

quatro anos.


“ É um momento importante para<br />

que todos saibamos quais as linhas<br />

estratégicas pelas quais nos vamos<br />

guiar, também conhecer um pouco<br />

melhor a empresa e, sobretudo,<br />

permite-nos encontrar colegas<br />

de outras áreas, o que,<br />

no ambiente normal de trabalho,<br />

não é possível acontecer.<br />

Uma oportunidade de partilhar<br />

experiências. Eu diria<br />

a António Mexia, que continue<br />

a apostar nas energias renováveis,<br />

penso que é o futuro e é um<br />

bom futuro para a EDP.<br />

”<br />

edp<br />

capital humano<br />

PESSOAS FELIZES TRABALHAM MELHOR<br />

O QUE SE<br />

DISSE NOS<br />

ENCONTROS<br />

“ Estes encontros são muito importantes para mim.<br />

Eu costumo dizer que sou de uma família EDP<br />

e tenho muito orgulho em trabalhar no Grupo.<br />

É importante, na medida em que nós vamos mudando<br />

de departamento e é uma maneira de nos<br />

conhecermos melhor porque, no fundo, somos muitos<br />

e não nos conhecemos pessoalmente. Gostaria de dizer<br />

ao PCAE que continue a lutar para que<br />

esta empresa seja, cada vez mais e mais rentável.<br />

”<br />

On | 13


capital humano<br />

PESSOAS FELIZES TRABALHAM MELHOR<br />

O primeiro olhar<br />

14 | On<br />

edp<br />

MARINA SANTOS FERNANDES ESTÁ<br />

A ESTAGIAR NO DEPARTAMENTO<br />

DE MARCA E COMUNICAÇÃO.<br />

PEDIMOS-LHE PARA NOS DAR <strong>UM</strong>A<br />

IMPRESSÃO DO QUE VIU NA SUA<br />

PRIMEIRA PANORÂMICA DOS<br />

ENCONTROS.<br />

“O relógio marcava as 9 horas quando cheguei ao<br />

Pavilhão Atlântico e me encontrei com os restantes<br />

convocados para este dia.<br />

Surpreendentemente, e apesar de sermos perto<br />

de duas mil pessoas, pairava no ar um sentimento<br />

de familiaridade entre todos. Era como um (re)encontro<br />

de amigos que não se vêem há algum tempo<br />

e que aproveitaram aquela oportunidade para<br />

falar sem pressas, ou sem o stress do dia-a-dia.<br />

Notava-se que as pessoas estavam radiantes por<br />

participar neste acontecimento, o que contribuía<br />

para que todos estivessem descontraídos e com um<br />

espírito mais informal do que o que normalmente<br />

teriam nos locais de trabalho.<br />

As fotografias, que estavam na tela gigante na<br />

entrada e nas salas onde decorreram as conferências,<br />

também contribuíram para isso, pois as pessoas<br />

paravam e comentavam as diferentes imagens.<br />

No fundo, sentia-se que este era, efectivamente,<br />

um Encontro feito por e para os funcionários<br />

da EDP.<br />

Durante as apresentações, mais do que apresentar<br />

os Planos de Negócio, os oradores aproveitaram<br />

para agradecer a todos os colaboradores a<br />

sua prestação, valorizando-os e reconhecendo o<br />

seu esforço, pois, tal como o presidente executivo<br />

António Mexia referiu, ‘fazemos melhor juntos do<br />

que separados’.<br />

Se inserirmos este elogio no actual paradigma<br />

económico a que, por exemplo, assistimos no domínio<br />

de notícias mais pessimistas, como os despedimentos,<br />

a situação em que a Bolsa se encontra<br />

e os problemas que o petróleo atravessa, estas<br />

palavras foram reconfortantes, motivadoras, transmitiram<br />

segurança aos visados e uma sensação de<br />

dever cumprido.<br />

No fim, o balanço do meu primeiro Encontro é<br />

extremamente positivo, pois pude assistir a um<br />

(re)encontro de uma família (mais do que a um encontro<br />

de milhares de pessoas), em que foram<br />

transmitidas mensagens inspiradoras e onde todos<br />

os funcionários sentiram que o seu trabalho era reconhecido<br />

e valorizado.” on


“ É uma forma<br />

de nos encontrarmos,<br />

porque ao longo do ano não<br />

temos hipótese, de rever<br />

amigos e companheiros.<br />

Estes Encontros<br />

funcionam mais como<br />

um complemento<br />

da informação que<br />

temos da empresa<br />

por outros meios.<br />

”<br />

edp<br />

capital humano<br />

PESSOAS FELIZES TRABALHAM MELHOR<br />

O QUE SE<br />

DISSE NOS<br />

ENCONTROS<br />

“ Acho que os objectivos estão em linha com<br />

o que tem vindo a ser proposto até agora<br />

e também estão em linha com o que são<br />

as condições actuais de mercado.<br />

”<br />

On | 15


capital humano<br />

PESSOAS FELIZES TRABALHAM MELHOR<br />

16 | On<br />

edp<br />

“ Para mim este Encontro é a possibilidade<br />

de comunicação interna e interacção de todas<br />

as geografias e pessoas. Nós temos pessoas de norte<br />

a sul do país, cada uma está com as suas preocupações<br />

do dia-a-dia, não conhece a realidade na totalidade<br />

e aqui tem a oportunidade de as conhecer<br />

de forma muito viva e directa.<br />

O modelo teve duas situações: as sessões de cada<br />

empresa e depois a junção num só Grupo, que também<br />

traz grandes vantagens, possibilita comparar<br />

as realidades sectoriais com a realidade global.<br />

O modelo em si, de três sessões, quanto a mim, devia<br />

passar a ser de uma só, um dia só, com uma mensagem<br />

muito forte e um espaço lúdico muito, muito forte.<br />

”<br />

O QUE SE<br />

DISSE NOS<br />

ENCONTROS<br />

“<br />

Tenho orgulho em trabalhar<br />

numa empresa como a EDP<br />


AS RESPOSTAS<br />

dos administradores<br />

edp<br />

capital humano<br />

PESSOAS FELIZES TRABALHAM MELHOR<br />

ANTÓNIO MEXIA, PITA DE ABREU E CRUZ MORAIS FALARAM DOS TEMAS ELEITOS PELOS COLABORADORES<br />

NA INTRANET, ESCLARECENDO ALG<strong>UM</strong>AS DÚVIDAS. FALARAM OLHOS NOS OLHOS A CERCA DE OITO MIL<br />

COLABORADORES.<br />

PITA DE ABREU<br />

EM DISCURSO DIRECTO<br />

“Os dois temas de recursos humanos que apareceram<br />

como mais votados foram a questão do rejuvenescimento<br />

e a da conciliação entre a vida pessoal e<br />

profissional. Aproveito para falar de mais um ou dois.<br />

Os projectos dos recursos humanos têm a finalidade<br />

de responder especificamente às necessidades da empresa<br />

e do seu envolvimento com o contexto.<br />

Quanto ao rejuvenescimento: 10% das pessoas que<br />

vão trabalhar na EDP até 2012, 2013, atingirão o número<br />

máximo de anos de serviço, e portanto vão sair<br />

por aposentação. Isso significa que, se nós queremos<br />

uma empresa que seja perene, precisamos de ter pessoas<br />

novas. Aproveito para dizer que, ao contrário do<br />

que corre, não há PAE para o ano de 2009, o programa<br />

de redução de efectivos acabou em 2007. Para<br />

2009, não há nenhuma lista com pessoas a pré-reformar-se<br />

ou a rescindir contrato. Vão ser saídas naturais.<br />

O rejuvenescimento está a ser feito com uma<br />

intensificação dos contactos da empresa com as<br />

escolas – a ideia é “vender” a empresa como um bom<br />

local de trabalho. Temos a nosso favor várias coisas –<br />

um dos prémios que recebemos recentemente foi por<br />

pertencermos ao lote das empresas onde é melhor<br />

trabalhar; António Mexia disse há pouco que os inquéritos<br />

que temos mostram que, à saída da universidade,<br />

a EDP é um local de atracção, as pessoas querem<br />

vir trabalhar para a EDP. Eu costumo dizer que quando<br />

vim para a EDP, aqui há 30 anos, era como ir para<br />

o Benfica, fazer parte de uma equipa muito boa, vencedora<br />

a nível internacional. Isto há 30 anos. Agora<br />

talvez seja como ir para o Barcelona porque a EDP é<br />

mais multinacional. Mas, é verdade, vir para a EDP é<br />

bom. E que papel é que nos compete, a cada um de<br />

nós, no rejuvenescimento? É o de servirmos de embaixadores<br />

da empresa. De facto, esta empresa tem<br />

condições particularmente boas para que cada pessoa<br />

se possa desenvolver.<br />

Voltando à minha experiência pessoal, nestes últimos<br />

30 anos não estive mais do que três anos na<br />

mesma função e já fiz muita coisa diferente. Não há<br />

muitas empresas no mercado que permitam a um<br />

profissional desempenhar tantas funções diferentes.<br />

E agora, há mais uma coisa que não havia no tempo<br />

em que eu entrei, que é poder ir para o Brasil, para os<br />

EUA e para Espanha e vice-versa. O sector da energia<br />

é entusiasmante porque, de repente, começou a acontecer<br />

um número de coisas – e não estou a falar só da<br />

liberalização e da questão das eólicas.<br />

Outra coisa que estamos a fazer é renegociar o<br />

acordo colectivo de trabalho. O acordo tem 30 anos<br />

e, entretanto passou-se muita coisa, a relação laboral<br />

é diferente agora do que era e necessita de ser adaptada.<br />

A EDP não tem problemas em cumprir os compromissos<br />

que tem com os seus trabalhadores do ponto<br />

de vista, por exemplo, das pensões ou da assistência<br />

na saúde. Tem que ser racional, tem que ser sustentada.<br />

O fundo de pensões da EDP está dotado com<br />

todo o dinheiro que é preciso para pagar as pensões<br />

de reforma das pessoas que têm direito a complemento<br />

de reforma. Há outras empresas que têm o<br />

problema de não ter o seu fundo de pensões devidamente<br />

dotado, mas nós não temos; a EDP foi gerando<br />

nos últimos anos lucros suficientes para evitar isso.<br />

Uma parte da riqueza criada pela EDP vai para o seu<br />

pessoal. Parte da riqueza que criamos vai para a sociedade<br />

através da Fundação (que para o ano terá 10<br />

milhões de euros), outra parte é entregue aos accionistas,<br />

através dos dividendos, uma outra, ainda, fica<br />

na própria empresa como reserva para crescer, e finalmente<br />

há uma parcela que vai para os trabalhadores<br />

como prémios e de outras formas.<br />

Finalmente, o Conciliar. Sabemos que cada vez a<br />

vida profissional é mais exigente, cada vez trabalhamos<br />

com mais intensidade e, portanto, há que<br />

criar condições para que se restabeleça o equilíbrio<br />

entre a vida profissional e a vida pessoal; as pessoas<br />

só funcionam bem se tiverem uma vida pessoal<br />

equilibrada. A EDP está preocupada com isso e há<br />

um conjunto de medidas que estão incluídas no programa<br />

Conciliar para esse fim. Um folheto que vos<br />

foi distribuído refere o conjunto de medidas que, já<br />

este ano, foram adoptadas. Uma é o apoio ao nascimento.<br />

Cada criança que nascer, filha de um trabalhador<br />

ou adoptada, tem depositados 500 euros<br />

na sua conta. Outra medida, também para apoio aos<br />

pais, é dar uma licença adicional de 15 dias à mãe<br />

antes do parto. Espero que um dia o pai seja também<br />

abrangido para, depois do parto, ajudar a mãe<br />

a tratar da criança. Há também para os filhos; está<br />

neste momento em curso um processo de selecção<br />

de candidaturas para o Prémio Cidadania Júnior, e<br />

qualquer um dos nossos filhos pode concorrer a esse<br />

prémio. Não se pretende apenas premiar quem é o<br />

melhor aluno na escola, pretende-se premiar quem,<br />

além disso, de facto, pratique actividades de voluntariado<br />

ou outras que indiciem que será um bom cidadão.<br />

A questão da flexibilização do regime de trabalho<br />

numa empresa como a nossa, que é industrial, envolve<br />

alguns problemas, não se pode flexibilizar com muita<br />

facilidade mas já foi atribuído um endereço de email<br />

a todos os colaboradores e isto é um primeiro<br />

passo para permitir que, em certas circunstâncias, as<br />

pessoas possam trabalhar em casa, e que, quando<br />

têm que dar um apoio à família maior, tenham meios<br />

informáticos que permitam fazê-lo.<br />

E porque a nossa empresa está muito inserida na<br />

sociedade, todas as pessoas têm direito a meio-dia<br />

por mês para fazer trabalho de voluntariado numa<br />

das organizações que estão definidas.<br />

Há mais medidas de facilitação da vida pessoal que<br />

vão ser implementadas ao longo do tempo. O nosso<br />

objectivo, como António Mexia referiu, é o de criar<br />

condições para as pessoas serem felizes no trabalho,<br />

pois só trabalha bem quem é feliz.<br />

Olhem para o mundo à vossa volta; neste momento,<br />

como sempre foi, é muito bom ser da EDP. Mas nós<br />

queremos que seja ainda melhor.”<br />

On | 17


capital humano<br />

PESSOAS FELIZES TRABALHAM MELHOR<br />

18 | On<br />

edp<br />

CRUZ MORAIS<br />

EM DISCURSO DIRECTO<br />

“A inovação e o relacionamento com os clientes<br />

foram dois dos temas mais votados na intranet.<br />

E ainda bem, porque são, de facto, dois temas<br />

chave, como aliás António Mexia teve a oportunidade<br />

de referir na sua apresentação. Eu iria<br />

reforçar apenas alguns pontos, começando pela<br />

inovação.<br />

Como é do conhecimento de todos, o sector<br />

energético atravessa, neste momento, um processo<br />

de mudança sem precedentes ao longo das<br />

últimas décadas. Estas alterações derivam de vários<br />

factores. Um deles é o aumento constante do<br />

preço da energia que se deve, por um lado, a uma<br />

evolução crescente da procura e, por outro lado,<br />

ao aumento do custo de exploração das novas reservas<br />

de combustíveis fósseis que vão sendo encontradas.<br />

Outro factor que determina o paradigma<br />

em que estamos a viver é as emissões de CO2.<br />

Existe hoje um consenso quase total sobre o efeito<br />

dos gases de estufa nas alterações climáticas,<br />

nomeadamente no aquecimento global. O problema<br />

não é estático e tende a agravar-se, à medida<br />

que os consumos crescem. E deixem-me dizer-vos<br />

que a previsão é de que os consumos , em<br />

2050, dupliquem, ou mesmo tripliquem, relativamente<br />

a 2000.<br />

As respostas a estes problemas são essencialmente<br />

duas: Produzir energia com menos emissões<br />

de CO2 — daí a utilização das renováveis —<br />

e contrariar a tendência do crescimento do con-<br />

sumo através da eficiência energética. E são estes<br />

dois factores – produção a partir de energias<br />

renováveis, ou com baixas emissões de CO2, e eficiência<br />

energética – que estão a provocar alterações<br />

estruturais no sector energético.<br />

Por outro lado, verificam-se também alterações<br />

fundamentais do ponto de vista comercial.<br />

A abertura do mercado, que hoje é total em Portugal,<br />

mas sobretudo o aumento da pressão competitiva,<br />

vêm alterar o equilíbrio do mercado em<br />

que temos vindo a actuar. A inovação desempenha<br />

um papel chave como elemento diferenciador<br />

para a EDP conservar uma forte capacidade competitiva.<br />

Quando falamos de inovação, falamos num<br />

sentido amplo. Inovação não apenas na componente<br />

tecnológica que nos habituámos a assumir,<br />

mas também a inovação nas formas de comunicar<br />

— por exemplo, na forma como apresentamos<br />

os nossos produtos ou serviços. A inovação revela-se<br />

nos sistemas e nos processos que apoiam<br />

as nossas operações. O processo de inovação é<br />

por isto um processo global que envolve todas as<br />

áreas e todos os colaboradores do Grupo.<br />

É devido à importância de inovar que no ano<br />

passado foi criada a EDP Inovação. O objectivo é<br />

promover uma cultura de inovação, acompanhar<br />

o desenvolvimento de novas tecnologias e identificar<br />

novas oportunidades em áreas de negócio<br />

relacionadas com o sector energético.<br />

Em que áreas estamos a actuar, ao nível da<br />

EDP Inovação? Como já aqui foi referido, nas renováveis<br />

estamos a analisar alternativas, quer das<br />

ondas, quer do vento offshore (no mar); por isso,<br />

investimos directamente em projectos como sejam<br />

o Pelamis, aqui ao largo de Espinho, ou o Infloat,<br />

para o aproveitamento de energia eólica em<br />

mar alto.<br />

Há, ainda, um grande foco no desenvolvimento<br />

das redes inteligentes com o Inovgrid — um<br />

projecto chave, pois através da obtenção de informação<br />

na baixa tensão, permitirá a telecontagem<br />

e a telegestão em todas as redes. Isto é também<br />

um elemento fundamental para que possamos<br />

vir a integrar e gerir a microgeração e a introdução<br />

dos veículos eléctricos.<br />

Os veículos eléctricos também são uma área<br />

importante a desenvolver. Acreditamos que são<br />

o futuro para melhorar a qualidade de vida dentro<br />

das nossas cidades. Obviamente, para o veículo<br />

eléctrico funcionar precisa de energia eléctrica,<br />

e esse é o nosso negócio. É uma enorme<br />

oportunidade para a EDP, não só para fornecer<br />

electricidade, mas também para participar na cadeia<br />

de valor associada ao veículo eléctrico.<br />

Como dissemos, a inovação não é só tecnológica;<br />

já temos muitos exemplos de outras áreas<br />

de inovação, aqui na EDP. Podemos referir-nos a<br />

produtos como o MyEnergy, que proporciona aos<br />

nossos clientes a possibilidade de aderir à microgeração;<br />

o lançamento da factura electrónica; a<br />

prestação de serviços de eficiência energética<br />

aos nossos clientes; e também o programa ECO<br />

(que, deixem-me dizer, é completamente inovador).<br />

A EDP foi a primeira empresa, o ano passado,<br />

a distribuir mais de 650 mil lâmpadas eficientes.<br />

Outros exemplos de inovação são, por exemplo,<br />

na área da comunicação, a TV Corporativa, a<br />

edp ON, uma forma de comunicação completamente<br />

nova em todas as geografias do Grupo<br />

EDP; e, também na área do conhecimento, a<br />

WikiEDP, um repositório fundamental de conhecimento<br />

partilhado entre todas as pessoas da EDP.<br />

A inovação pode ser feita centralizadamente,<br />

mas deve ser fomentada a todos os níveis; para<br />

isso temos o projecto Clickidea, que já recolheu<br />

inúmeras sujestões. Não precisam de ser ideias<br />

absolutamente transformadoras ou tecnológicas,<br />

mas às vezes pequenas mudanças em processos,<br />

em modelos, permitem melhorar ou optimizar a<br />

nossa actividade. A inovação é algo que tem de<br />

estar imbuído na nossa cultura.<br />

Quanto aos clientes: Os clientes são, naturalmente,<br />

a razão de ser de todas as empresas. Para<br />

a EDP, os clientes têm que ser, cada vez mais, o<br />

centro das nossas atenções. O sector eléctrico<br />

está completamente aberto, mas a liberalização<br />

efectiva tem tardado a avançar. O avanço decisivo<br />

dar-se-á quando as tarifas acabarem. Como<br />

provavelmente já sabem, está previsto que as tarifas<br />

para todos os clientes de média, alta e muito<br />

alta tensão deixem de existir no dia 1 de Janeiro<br />

de 2010. Isto quer dizer que os clientes vão ter<br />

de escolher um comercializador. Uma boa carteira<br />

de clientes é indispensável para colocar um dos<br />

nossos produtos fundamentais, que é a produção<br />

de energia eléctrica. O mesmo se vai passar com<br />

o gás: as tarifas de gás estão também a terminar<br />

e, portanto, todos os clientes vão ficar no mercado<br />

livre. A EDP beneficia da condição extremamente<br />

favorável de ser um operador global: tem<br />

energia eléctrica, tem gás, e tanto pode fornecêlos<br />

em Portugal como em Espanha. A curto prazo,<br />

iremos seguramente também fazer ofertas<br />

duais aos nossos clientes. Deixem-me reforçar:<br />

os clientes são o nosso foco e por isso temos de<br />

constantemente desenvolver novos produtos e<br />

serviços para melhorar o relacionamento com<br />

eles.<br />

Para concluir, é absolutamente fundamental<br />

para nós o enfoque na inovação e no cliente porque<br />

estas são duas das peças chave que, juntamente<br />

com a actividade do ambiente e com a criação<br />

de valor, todos esperam de nós. São os factores<br />

fundamentais para sermos uma empresa<br />

verdadeiramente sustentável.”


edp<br />

capital humano<br />

PESSOAS FELIZES TRABALHAM MELHOR<br />

On | 19


Parcerias<br />

SATISFAÇÃO DOS CLIENTES<br />

PRÉMIOS SORRISO<br />

20 | On<br />

edp<br />

Carlos Terra Latoeiro e Arnaldo Varandas<br />

Loja de Chaves<br />

“É sempre reconfortante e gratificante, recebermos este prémio, pelo nosso<br />

trabalho durante o ano de 2008. Como disse o PCAE, é preciso encarar com honestidade<br />

o nosso cliente”, afirmou Carlos Terra Latoeiro.<br />

Fernanda Oliveira e Alcino Bastos<br />

Loja de Chaves<br />

O Serviço ao Cliente assume-se, cada vez mais, como<br />

diferenciador na satisfação dos clientes. Em 2008, a EDP<br />

distinguiu através do Prémio Sorriso, os colaboradores do<br />

Antendimento Presencial que mais se destacaram.<br />

Parabéns!<br />

António Pina Reis<br />

Responsável pela Loja da Guarda


Carlos Corujas<br />

Coordenador de Agentes<br />

António Tavares, Fátima Pina e José Fernando Gonçalves<br />

Loja da Guarda<br />

António Graça Santos<br />

Coordenador Regional<br />

“Sou coordenador, responsável<br />

pela gestão da<br />

região centro que abrange<br />

todo um conjunto de<br />

lojas e agentes. Estou na<br />

área comercial desde<br />

1992 mas já trabalho na<br />

EDP há 31 anos. O meu<br />

desafio é manter bem<br />

alto 120 colaboradores<br />

que trabalham comigo<br />

porque este prémio só se<br />

deve a eles, eu estou aqui<br />

quase a representá-los.<br />

Este prémio é deles.”<br />

edp<br />

Maria Filomena, Maria do Carmo e Maria do Castelo<br />

Loja de Santarém<br />

Parcerias<br />

SATISFAÇÃO DOS CLIENTES<br />

“Trabalhamos nesta loja há seis anos. Este prémio significa o reconhecimento do trabalho,<br />

reconhecimento de investimento da nossa parte junto dos clientes, porque todos os<br />

dias temos que demonstrar muita capacidade, muitas vezes de engolir determinadas coisas<br />

e mostrar o nosso melhor serviço. Os nossos clientes também se sentem agradados<br />

com a nossa postura. Na forma de tratar os clientes, mostramos sempre o sorriso, é um<br />

dos pontos principais, não transportamos os nossos problemas pessoais para loja, e estamos<br />

dispostos a atendê-los com boa disposição e a tentar arranjar soluções para os<br />

seus problemas. Nada nos é imposto, está mesmo dentro de cada um de nós, e a chave<br />

para este sucesso é o grande espírito de equipa, o grande trabalho de grupo e de interajuda<br />

que manifestamos a cada momento. Temos um colega que não está aqui, que é o<br />

Fernando, que diz que nós somos como irmãos e é aí que vamos buscar força para ultrapassar<br />

e encarar com um sorriso todos os desafios que nos são propostos.”<br />

Gabriel Fonseca e Luís Raposo<br />

Coordenador de Agentes e Agente Externo (Electro Raposo)<br />

“Há mais de 10 anos que sou agente da EDP. É muito importante receber este prémio.<br />

O cliente é a parte principal de toda esta situação, tentamos atendê-lo da melhor maneira<br />

possível e com a correcção devida”, afirmou Luís Raposo<br />

On | 21


novador<br />

ESPÍRITO<br />

O VEÍCULO DO FUTURO<br />

a partir de ferro-velho<br />

O QUINTAL E A VIDA DE SÍLVIO BALHAU, <strong>UM</strong> REFORMADO DA EDP COM 79 ANOS , CONTINUAM<br />

A DAR FRUTOS. PEDIMOS A ANTÓNIO MARQUES, DA TV ON, QUE O FOSSE VISITAR E NOS<br />

CONTASSE SOBRE O SABER E A CRIATIVIDADE DESTE HOMEM QUE, APESAR DA IDADE, CONTINUA<br />

LIGADO À CORRENTE.<br />

ENTRE LIMOEIROS E LARANJEIRAS CARREGADOS<br />

e um gato que se passeia fugidio, as portas de pequenas<br />

arrecadações poeirentas e com teias de aranha,<br />

abrigam os passatempos do Sr. Balhau. A chuva cai miudinha<br />

e insistente. O Inverno é só mais uma fase da vida,<br />

a vida que a par da família e da arte de saber são os<br />

três grandes amores do Sr. Sílvio Balhau.<br />

O quintal da casa conheceu dias animados; crianças<br />

brincavam, ouvia-se o cacarejar da criação. Veio<br />

a idade, foi-se a saúde e já nem se faz grande arroteio<br />

na terra.<br />

O cansaço causado por uma doença e cirurgia no<br />

coração que funciona com cuidados e menos-mal,<br />

amanhado está agora, orientam-lhe os passatempos<br />

para tarefas que não sejam muito cansativas.<br />

Atrás de cada porta há um posto de rádio amador,<br />

uma serralharia, uma carpintaria… esta última recordando<br />

o honrado ofício de seu pai, a serra eléctrica que<br />

ele próprio construiu, entre correia, motor reaproveitado<br />

e lâmina. O dia cinza e a fraca luz amarelada da<br />

lâmpada deixam uma quase penumbra, na qual surgem<br />

entre os seus dedos dispostos, magros braços de<br />

madeira, encomenda do padre da terra, Taveiro, modelos<br />

para um Cristo inteiro sofrido na cruz.<br />

Dentro da arrecadação defronte, está um exemplar<br />

22 | On<br />

acabado das verdadeiras ocupações: as máquinas. Uma<br />

engenhoca pintada de castanho-escuro, as suas iniciais<br />

enlaçadas, o corpo feito de tubos, parte de uma bicicleta,<br />

até que Sílvio Balhau transformou ferro velho numa<br />

máquina de moer café. O pó fino vai caindo, aromatizando<br />

o ar.<br />

Ao lado, a máquina onde picava couves para a criação<br />

e que funciona mal é ligada. As rodas dentadas retiradas<br />

de uma bicicleta, o veio feito de arame de uma<br />

mola, cada máquina parece retirada de um filme “Mad<br />

Max”, feita de pedaços que a civilização rejeitou. E, como<br />

no filme, as peças mexem e giram nas suas imperfeições<br />

aparentemente insustentáveis e picam as folhas<br />

de couve-galega que o Sr. Sílvio vai pondo na calha. Faz<br />

a comutação da maquineta e, agarrando num balde de<br />

milho despeja-o no depósito, saindo abaixo o cereal<br />

triturado com a medida desejada.<br />

É o resultado do trabalho de Sílvio Balhau, chefe de<br />

laboratório de Medidas e Telecomunicações da Região<br />

Centro da EDP e já reformado desde 1992, por motivos<br />

de saúde.<br />

Hoje, passados dezasseis anos sobre a sua passagem<br />

à reforma, a voz embarga-se quando fala com<br />

orgulho da EDP, “Uma empresa muito diferente de<br />

quando a deixei. Hoje é uma grande empresa interna-<br />

cional e tem muito para crescer. Assim, quem esteja à<br />

frente dela consiga levá-la, porque quanto maior é, mais<br />

difícil será governá-la”.<br />

Como mais há para mostrar, devagar mas firme, caminha<br />

até ao telheiro, passando pela máquina de cortar<br />

relva da sua autoria, uma verdadeira escultura de<br />

peças de metal agora ferrugento.<br />

Como se constrói um veículo<br />

do futuro com ferro-velho<br />

A resguardo da chuva pelo telheiro, estão dois… veículos,<br />

o expoente das suas criações. Um triciclo e um<br />

quadriciclo, inteiramente retirados do ferro-velho em<br />

peças que se juntaram ao longo dos meses, principalmente<br />

oriundas de bicicletas, dando origem a veículos<br />

com acelerador, travões, motores, baterias,<br />

piscas, luzes, rádio, assentos tira-


dos de cadeiras de escritório.<br />

E funcionam! A electricidade! Veículos do futuro<br />

nascendo de lixo passado.<br />

“Com base na ideia de que temos que mudar o sistema<br />

a gasolina para sistemas eléctricos, eu fiquei<br />

muito feliz em obter uma coisa que me dá 25 km/h.<br />

É uma brincadeira que me satisfaz plenamente” comenta<br />

Sílvio Balhau enquanto liga a chave, saindo de<br />

casa com um veículo de cada vez para a rua, ali junto<br />

à sua porta. Enquanto os sinos da torre da igreja tocam<br />

e o sol espreita no fim de tarde, Sílvio passa<br />

silencioso e veloz impelido por dois motores recuperados<br />

de trotinetas japonesas.<br />

“São dois motores especiais de corrente contínua.<br />

Têm quatro escovas, dois pares de pólos. O meu úni-<br />

co mérito é ter reparado e concebido o carro.”<br />

As baterias recuperadas, retiradas de computadores<br />

geram energia para 3 ou 4 quilómetros, mais do<br />

que suficiente para levar o reformado da EDP até ao<br />

centro de Taveiro, autorizado pelo comandante local<br />

da GNR que, à falta de legislação precisa sobre o assunto,<br />

não levanta objecções à sua circulação. As baterias<br />

esgotadas do quadriciclo, quatro de 12 amperes/hora<br />

em duas séries em paralelo, são suficientes<br />

apenas para 3 ou 4 minutos.<br />

“As baterias são muito antigas. Lá para Abril, Maio,<br />

quando passar o Inverno compro baterias novas e já<br />

terei autonomia para 20 quilómetros. Por agora, vai<br />

dando satisfação e para as experiências vai dando<br />

muito bem.”<br />

Assim, aquela máquina terá que esperar até à<br />

Primavera, quando melhores dias chegarem e justificarem<br />

o investimento para o quadriciclo atingir maior<br />

autonomia.<br />

Por agora, vai falando com orgulho da sua criação:<br />

” O acelerador é muito bem concebido! No fundo, é um<br />

transístor onde passeia um campo magnético. E, à medida<br />

que o campo magnético vai passando em frente<br />

ao transístor, vai-lhe mudando as características, o que<br />

permite depois o oscilador que vai comandar o motor<br />

em onda quadrada, dar a aceleração que eu quero.<br />

Praticamente, a partir do zero, está no máximo.”<br />

Sílvio Balhau tem-se conduzindo assim: dando<br />

tudo o que pode, à sua vida, à sua família e à arte<br />

de saber. on<br />

inovador<br />

ESPÍRITO<br />

On | 19


novador<br />

ESPÍRITO<br />

O VEÍCULO DO FUTURO<br />

a partir de ferro-velho<br />

O QUINTAL E A VIDA DE SÍLVIO BALHAU, <strong>UM</strong> REFORMADO DA EDP COM 79 ANOS , CONTINUAM<br />

A DAR FRUTOS. PEDIMOS A ANTÓNIO MARQUES, DA TV ON, QUE O FOSSE VISITAR E NOS<br />

CONTASSE SOBRE O SABER E A CRIATIVIDADE DESTE HOMEM QUE, APESAR DA IDADE, CONTINUA<br />

LIGADO À CORRENTE.<br />

ENTRE LIMOEIROS E LARANJEIRAS CARREGADOS<br />

e um gato que se passeia fugidio, as portas de pequenas<br />

arrecadações poeirentas e com teias de aranha,<br />

abrigam os passatempos do Sr. Balhau. A chuva cai miudinha<br />

e insistente. O Inverno é só mais uma fase da vida,<br />

a vida que a par da família e da arte de saber são os<br />

três grandes amores do Sr. Sílvio Balhau.<br />

O quintal da casa conheceu dias animados; crianças<br />

brincavam, ouvia-se o cacarejar da criação. Veio<br />

a idade, foi-se a saúde e já nem se faz grande arroteio<br />

na terra.<br />

O cansaço causado por uma doença e cirurgia no<br />

coração que funciona com cuidados e menos-mal,<br />

amanhado está agora, orientam-lhe os passatempos<br />

para tarefas que não sejam muito cansativas.<br />

Atrás de cada porta há um posto de rádio amador,<br />

uma serralharia, uma carpintaria… esta última recordando<br />

o honrado ofício de seu pai, a serra eléctrica que<br />

ele próprio construiu, entre correia, motor reaproveitado<br />

e lâmina. O dia cinza e a fraca luz amarelada da<br />

lâmpada deixam uma quase penumbra, na qual surgem<br />

entre os seus dedos dispostos, magros braços de<br />

madeira, encomenda do padre da terra, Taveiro, modelos<br />

para um Cristo inteiro sofrido na cruz.<br />

Dentro da arrecadação defronte, está um exemplar<br />

22 | On<br />

acabado das verdadeiras ocupações: as máquinas. Uma<br />

engenhoca pintada de castanho-escuro, as suas iniciais<br />

enlaçadas, o corpo feito de tubos, parte de uma bicicleta,<br />

até que Sílvio Balhau transformou ferro velho numa<br />

máquina de moer café. O pó fino vai caindo, aromatizando<br />

o ar.<br />

Ao lado, a máquina onde picava couves para a criação<br />

e que funciona mal é ligada. As rodas dentadas retiradas<br />

de uma bicicleta, o veio feito de arame de uma<br />

mola, cada máquina parece retirada de um filme “Mad<br />

Max”, feita de pedaços que a civilização rejeitou. E, como<br />

no filme, as peças mexem e giram nas suas imperfeições<br />

aparentemente insustentáveis e picam as folhas<br />

de couve-galega que o Sr. Sílvio vai pondo na calha. Faz<br />

a comutação da maquineta e, agarrando num balde de<br />

milho despeja-o no depósito, saindo abaixo o cereal<br />

triturado com a medida desejada.<br />

É o resultado do trabalho de Sílvio Balhau, chefe de<br />

laboratório de Medidas e Telecomunicações da Região<br />

Centro da EDP e já reformado desde 1992, por motivos<br />

de saúde.<br />

Hoje, passados dezasseis anos sobre a sua passagem<br />

à reforma, a voz embarga-se quando fala com<br />

orgulho da EDP, “Uma empresa muito diferente de<br />

quando a deixei. Hoje é uma grande empresa interna-<br />

cional e tem muito para crescer. Assim, quem esteja à<br />

frente dela consiga levá-la, porque quanto maior é, mais<br />

difícil será governá-la”.<br />

Como mais há para mostrar, devagar mas firme, caminha<br />

até ao telheiro, passando pela máquina de cortar<br />

relva da sua autoria, uma verdadeira escultura de<br />

peças de metal agora ferrugento.<br />

Como se constrói um veículo<br />

do futuro com ferro-velho<br />

A resguardo da chuva pelo telheiro, estão dois… veículos,<br />

o expoente das suas criações. Um triciclo e um<br />

quadriciclo, inteiramente retirados do ferro-velho em<br />

peças que se juntaram ao longo dos meses, principalmente<br />

oriundas de bicicletas, dando origem a veículos<br />

com acelerador, travões, motores, baterias,<br />

piscas, luzes, rádio, assentos tira-


dos de cadeiras de escritório.<br />

E funcionam! A electricidade! Veículos do futuro<br />

nascendo de lixo passado.<br />

“Com base na ideia de que temos que mudar o sistema<br />

a gasolina para sistemas eléctricos, eu fiquei<br />

muito feliz em obter uma coisa que me dá 25 km/h.<br />

É uma brincadeira que me satisfaz plenamente” comenta<br />

Sílvio Balhau enquanto liga a chave, saindo de<br />

casa com um veículo de cada vez para a rua, ali junto<br />

à sua porta. Enquanto os sinos da torre da igreja tocam<br />

e o sol espreita no fim de tarde, Sílvio passa<br />

silencioso e veloz impelido por dois motores recuperados<br />

de trotinetas japonesas.<br />

“São dois motores especiais de corrente contínua.<br />

Têm quatro escovas, dois pares de pólos. O meu úni-<br />

co mérito é ter reparado e concebido o carro.”<br />

As baterias recuperadas, retiradas de computadores<br />

geram energia para 3 ou 4 quilómetros, mais do<br />

que suficiente para levar o reformado da EDP até ao<br />

centro de Taveiro, autorizado pelo comandante local<br />

da GNR que, à falta de legislação precisa sobre o assunto,<br />

não levanta objecções à sua circulação. As baterias<br />

esgotadas do quadriciclo, quatro de 12 amperes/hora<br />

em duas séries em paralelo, são suficientes<br />

apenas para 3 ou 4 minutos.<br />

“As baterias são muito antigas. Lá para Abril, Maio,<br />

quando passar o Inverno compro baterias novas e já<br />

terei autonomia para 20 quilómetros. Por agora, vai<br />

dando satisfação e para as experiências vai dando<br />

muito bem.”<br />

Assim, aquela máquina terá que esperar até à<br />

Primavera, quando melhores dias chegarem e justificarem<br />

o investimento para o quadriciclo atingir maior<br />

autonomia.<br />

Por agora, vai falando com orgulho da sua criação:<br />

” O acelerador é muito bem concebido! No fundo, é um<br />

transístor onde passeia um campo magnético. E, à medida<br />

que o campo magnético vai passando em frente<br />

ao transístor, vai-lhe mudando as características, o que<br />

permite depois o oscilador que vai comandar o motor<br />

em onda quadrada, dar a aceleração que eu quero.<br />

Praticamente, a partir do zero, está no máximo.”<br />

Sílvio Balhau tem-se conduzindo assim: dando<br />

tudo o que pode, à sua vida, à sua família e à arte<br />

de saber. on<br />

inovador<br />

ESPÍRITO<br />

On | 19


objectivos<br />

PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />

26 | On<br />

edp produção<br />

EDP PRODUÇÃO<br />

essencial para<br />

ultrapassar desafios<br />

DESENVOLVER O PIPELINE ; A<strong>UM</strong>ENTAR A EXCELÊNCIA E FLEXIBILIDADE DA<br />

EXPLORAÇÃO E CRIAR <strong>UM</strong>A EMPRESA MAIS PARTICIPATIVA QUE ASSOCIE O<br />

REJUVENESCIMENTO COM A TRANSMISSÃO DE CONHECIMENTO É O DESAFIO<br />

COLOCADO PARA OS PRÓXIMOS ANOS.<br />

DO PONTO DE VISTA DA EDP PRODUÇÃO, OS<br />

Encontros de 2008 cumpriram, uma vez mais, os<br />

seus objectivos. Para além de momentos de agradável<br />

convívio e descontracção, proporcionaram<br />

aos presentes uma visão mais concreta da realidade<br />

do Grupo.<br />

Na reunião sectorial da EDP Produção avaliaram-se<br />

as metas atingidas e apresentaram-se as linhas<br />

estratégicas para o futuro próximo.<br />

A apresentação de Manso Neto foi muito elucidativa,<br />

esclarecendo uma série de dúvidas quanto<br />

aos projectos do Grupo — não que tenha revelado<br />

algum “segredo”, mas porque uma conversa na primeira<br />

pessoa, feita de improviso, é sempre muito<br />

mais esclarecedora do que toda a documentação que<br />

se pudesse conhecer. E podia ver-se a satisfação da<br />

plateia com os resultados que, como muito bem destacou,<br />

só foram possíveis com o empenho de todos.<br />

Assim, é mais fácil e gratificante enfrentar os<br />

grandes os desafios que se perspectivam. Não só<br />

técnicos, como também ao nível da organização e<br />

Recursos Humanos.<br />

O facto é que nos próximos anos — entre 2009<br />

e 2012 — a EDP Produção vai investir cerca de 2<br />

mil milhões de euros, como estava previsto antes<br />

do actual cenário recessivo. O ritmo de crescimento<br />

está assegurado por uma combinação de factores<br />

que permitem ultrapassar as condicionantes<br />

difíceis da economia mundial.<br />

Da parte dos colaboradores será necessário<br />

muito empenho, e alguma dose de imaginação e<br />

flexibilidade, para levar a efeito este propósito.<br />

Manso Nato salientou os objectivos mais concretos:<br />

realizar o pipeline de projectos em tempo<br />

e com eficiência de custos, optimizar a exploração<br />

dos centros produtores, criar novas valências,<br />

acompanhar novos desenvolvimentos na área I+D,<br />

aprofundar o nosso relacionamento com os diversos<br />

stakeholders externos, continuar a evoluir nos<br />

processos de controlo ambiental e saber ajustar a<br />

estrutura de Recursos Humanos às necessidades<br />

reais da companhia.<br />

Quem exerce a sua função na área da Produção,<br />

sente que este período vai ser, seguramente,<br />

de uma exigência enorme, mas também proporcionará<br />

momentos irrepetíveis, só possíveis de<br />

comparar com os idos anos 50 — o último período<br />

em que se investiu pesadamente em Portugal<br />

nos recursos hidroeléctricos.<br />

De Tunes a Miranda, não falta na empresa<br />

quem tenha consciência desta realidade. O sentimento<br />

generalizado é de grande confiança e alinhamento<br />

com a estratégia preconizada. Todos compreendem<br />

que, para além da boa prática de gestão<br />

empresarial que representam estes investimentos,<br />

está, igualmente, em jogo a economia do país —<br />

que verá a sua dependência das importações de<br />

combustível reduzida — e a melhoria das condições<br />

de vida dos portugueses, ao terem acesso a<br />

uma energia mais racional e menos poluidora. on


INVESTIMENTO ANUAL<br />

(valores em milhões de euros)<br />

496<br />

346<br />

150<br />

2008<br />

415<br />

345<br />

435<br />

345<br />

74<br />

96<br />

67<br />

28<br />

2009 2010 2011 2012<br />

Centrais em exploração Nova capacidade<br />

No período 2008/2012 o investimento acumulado será de cerca de 2.133 M¤ dos quais 1.718 em Nova Capacidade<br />

e 415 em Centrais em Exploração<br />

425<br />

362<br />

353<br />

325<br />

edp produção<br />

EVOLUÇÃO DA POTÊNCIA INSTALADA<br />

9 029<br />

Potência no final de 2007<br />

2 651<br />

PRO - Hidroeléctricos<br />

1 724 117 25 94 1 894<br />

PRO - Ciclos combinados<br />

PRE - Hídrica<br />

PRE - Cogeração<br />

· A potência a entrar em serviço no período 2008-17 é de 4.611 MW<br />

· A potência a descomissionar no período (CG, TN, BR e SB) é de 1.894 MW<br />

objectivos<br />

PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />

11 737<br />

Potência no final de 2007<br />

9 925<br />

Notas: Valor da potência considerado a 100% em todos os projectos * A descomissionar em Janeiro de 2013<br />

PRE - Biomassa<br />

Potência descomissionada<br />

Potência no final de 2012<br />

SETÚBAL<br />

946 *<br />

On | 27


objectivos<br />

PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />

PARA A EDP DISTRIBUIÇÃO, 2008 FOI O ANO DA<br />

consolidação das profundas transformações trazidas<br />

pelo processo de reestruturação, iniciado<br />

em meados de 2007. O objectivo é transformar a<br />

empresa numa referência mundial em eficiência<br />

operativa. Para tal, foram traçados cinco eixos de<br />

actuação a desenvolver no período 2007/2010:<br />

1 - Reorganizar o negócio da Distribuição;<br />

2 - Optimizar o investimento;<br />

3 - Reduzir os custos operacionais;<br />

4 - Melhorar a qualidade do fornecimento;<br />

5 - Melhorar as condições regulatórias.<br />

ADEQUAR A ORGANIZAÇÃO<br />

Neste âmbito, a constituição do Comercializador de<br />

Último Recurso (EDP Serviço Universal), determinou<br />

a separação efectiva entre o comercializador<br />

vinculado e o Operador de Rede de Distribuição.<br />

Foi lançado o PAE (Plano de Adequação de<br />

Efectivos) que permitiu a saída de cerca de 12%<br />

de colaboradores mas viabilizou o início do processo<br />

de rejuvenescimento.<br />

28 | On<br />

edp distribuição<br />

2008<br />

ANO DE CONSOLIDAÇÃO<br />

NÃO HÁ DÚVIDAS DE QUE O NEGÓCIO DA DISTRIBUIÇÃO SE ESTÁ A TRANSFORMAR DE FORMA<br />

SIGNIFICATIVA E, <strong>UM</strong> CICLO DE MUDANÇA EXIGE <strong>UM</strong>A CUIDADA PREPARAÇÃO DO FUTURO.<br />

Reflexos positivos foram, também, o acréscimo<br />

em cerca de 30% das horas de formação por<br />

trabalhador e a redução da taxa de absentismo.<br />

A revisão da estrutura organizativa, agora<br />

mais ágil e com um modelo geográfico mais eficiente,<br />

implicou centenas de mudanças ao nível<br />

de local de trabalho e a rotação ao nível das actividades<br />

desenvolvidas. Também se investiu na<br />

criação de melhores condições de trabalho, através<br />

de uma racionalização traduzida num investimento<br />

de cerca de 6 milhões de euros em novas<br />

instalações e na remodelação das já existentes,<br />

ao mesmo tempo que se reduziram custos<br />

operacionais com a desactivação de 42 instalações<br />

arrendadas.<br />

Ao nível do OPEX, avalia-se em cerca de 6% a<br />

redução até final de 2008, para o que contribuiu<br />

uma nova orientação na área do outsourcing.<br />

Na vertente da segurança, merece destaque<br />

o Programa “Ligado à Vida” que envolveu cerca<br />

de 3.500 pessoas da empresa e dos prestadores<br />

de serviços, um sério contributo no esforço de<br />

prevenção e redução de acidentes.<br />

A política de transparência do Grupo deu mais<br />

um passo com a revisão do Código de Conduta da<br />

EDP Distribuição que vêm estabelecer os princípios<br />

e as normas que asseguram a independência<br />

no exercício das actividades que competem<br />

ao Operador de Rede de Distribuição. Foi iniciado<br />

o processo de revisão dos indicadores chave<br />

do desempenho ligados quer ao controlo de gestão<br />

quer à avaliação de performance.<br />

No âmbito das condições regulatórias verificase<br />

que o peso da tarifa de rede na tarifa final tem<br />

vindo a decrescer. 2008 trouxe um facto negativo:<br />

a exclusão dos contadores da base de activos<br />

remunerados da tarifa. Por outro lado, a ERSE estabeleceu<br />

para a empresa e para o novo período<br />

regulatório metas de eficiência anuais muito ambiciosas,<br />

incluindo na sua proposta um aumento<br />

de 0,55% na taxa de remuneração de activos.<br />

OPTIMIZAR AS OPERAÇÕES E O<br />

INVESTIMENTO<br />

Neste âmbito, há várias iniciativas a assinalar:<br />

· A conclusão da instalação de telecontagem


em todos os clientes de Média Tensão, fazendo<br />

com que mais de 50% da energia actualmente entregue<br />

em Portugal seja medida deste modo;<br />

· O desenvolvimento do Plano de Promoção de<br />

Eficiência do Consumo, patrocinado pela ERSE,<br />

em que foram despendidos mais de 6M¤;<br />

· A aprovação da Política de Gestão Ambiental<br />

e a criação de um Plano que muito contribuiu para<br />

a integração da EDP no Dow Jones Sustainability<br />

Indexes, e a implementação de um sistema de<br />

gestão ambiental (em curso);<br />

· A melhoria significativa da Qualidade de Serviço,<br />

associada à implementação de sistemas técnicos<br />

de vanguarda que alavancam o conhecimento<br />

e a mobilidade: Genesys, um sistema de supervisão,<br />

em tempo real da rede de Média e Alta Tensão;<br />

Rede Activa, um sistema de gestão de incidentes<br />

na rede; WFM, um sistema de gestão da<br />

mobilidade das equipas integrado com os sistemas<br />

técnicos de exploração da rede.<br />

Ao nível da Qualidade Serviço, a melhoria tem<br />

sido contínua e sustentada, bem ilustrada por<br />

uma diminuição em cerca de 75% do valor do TIE<br />

nos últimos sete anos, agora estabilizado nos 130<br />

minutos, para além da redução de assimetrias entre<br />

as várias zonas do país;<br />

· O estabelecimento do novo contrato de Empreitada<br />

Contínua (PEC);<br />

· A criação do Consórcio EME2, com a Efacec,<br />

para a manutenção de subestações, uma alternativa<br />

aos modelos de outsourcing e insourcing.<br />

· A Gestão das Operações, um sistema que permite<br />

gerir, controlar e identificar os tempos de<br />

trabalho das operações.<br />

Apostou-se numa política de proximidade com<br />

a ERSE na preparação do novo período regulatório.<br />

Paralelamente, foram desenvolvidos planos de<br />

investimento e desenvolvimento de redes regionais.<br />

Foi ainda criado um Comité de Investimento<br />

que decide colegialmente sobre investimentos<br />

e localizações.<br />

Procurou-se, ainda, criar uma cultura de Gestão<br />

de Projectos just-in-time, reforçar a Normalização,<br />

o desenvolvimento de projectos-tipo de<br />

instalações.<br />

PREPARAR O FUTURO<br />

Plano de Investimento 2009-2011<br />

Dentro do Plano há a destacar as novas ligações<br />

ou, reforço das existentes com a Rede Nacional<br />

de Transporte (RNT), reforços da Rede Nacional<br />

de Distribuição, e preparação da rede de<br />

distribuição para o impacte da ligação de Produtores<br />

em Regime Especial (microprodutores<br />

incluídos).<br />

Os investimentos serão orientados para a expansão<br />

da rede (65%), para a sua renovação<br />

(24%) e para a modernização (8%), com um valor<br />

global a rondar os 980M¤, privilegiando as redes<br />

de Média e Alta Tensão.<br />

Em 2001, cumprido o Plano, existirão mais<br />

NO COMPASSO DO TEMPO,<br />

PODE DIZER-SE QUE A EDP<br />

DISTRIBUIÇÃO:<br />

· Definiu um caminho estratégico;<br />

· Fez a reestruturação da organização<br />

e dos recursos;<br />

· Criou um Programa que analisa<br />

transversalmente a Empresa, identifica<br />

as oportunidades, propõe soluções e antecipa<br />

o futuro;<br />

· Associou-se aos mais qualificados<br />

parceiros para a criação de uma plataforma<br />

tecnológica de 3ª Geração.<br />

540 km de linhas de Alta Tensão, 6800 km de linhas<br />

de Média Tensão e 32 novas subestações.<br />

Definiu-se um Programa Distribuição 2010 que<br />

integra 10 projectos e a participação de mais de<br />

400 pessoas.<br />

Ideias com Sol — Identificação e implementação<br />

de boas ideias no funcionamento.<br />

HR Futuro — Implementação de programas<br />

edp distribuição<br />

objectivos<br />

PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />

de desenvolvimento pessoal, de adequação de<br />

efectivos e de estabilização da actividade core.<br />

Link — Aproximação da empresa ao cliente,<br />

melhorando a articulação entre as áreas técnica<br />

e comercial.<br />

Gerir + — Programa que abarca o controlo interno,<br />

a gestão do risco e iniciativas de benchmarketing<br />

interno e externo.<br />

ECOdis — Implementação de um Sistema de<br />

Gestão Ambiental e a Internalização dos Encargos<br />

Ambientais.<br />

LeanPlus — Redesenho dos Processos chave<br />

do negócio.<br />

QST 2010 — Projectos que integram o telecomando,<br />

automatização e seccionamento da rede<br />

de distribuição, os sistemas de protecção e a operacionalidade<br />

em situações de rede perturbada.<br />

BestCapex — Optimização do Ciclo de Planeamento<br />

integrado da rede; avaliação e selecção<br />

de investimentos e criação de modelos de eficácia<br />

para a utilização dos principais activos da empresa.<br />

M2M — Análise e definição da gestão de activos<br />

e do respectivo desempenho para a optimização<br />

da política de Manutenção.<br />

InovGrid — Um Sistema Eléctrico de Distribuição<br />

Inteligente e amigo do Ambiente, centrado<br />

na telegestão de energia. on<br />

On | 29


objectivos<br />

PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />

30 | On<br />

edp renováveis<br />

EDP RENOVÁVEIS<br />

a força da<br />

natureza<br />

EM 2012, O INVESTIMENTO FEITO NA EDP RENOVÁVEIS DEVERÁ REPRE-<br />

SENTAR 62% DO TOTAL INVESTIDO PELO GRUPO E CHEGARÁ A ESSE ANO<br />

COM MAIS DE 10.000 MW INSTALADOS, O DOBRO DOS PREVISTOS PARA O<br />

FINAL DE 2008.<br />

NA CAPITAL DO PAÍS VIZINHO, A REUNIÃO ENTRE<br />

a administração e colaboradores do Grupo teve<br />

lugar no Círculo de Belas Artes, a 3 de Dezembro.<br />

As renováveis foram destaque obrigatório neste<br />

evento em que a maior parte dos 400 trabalhadores<br />

presentes eram quadros da EDP Renováveis<br />

(EDPR).<br />

O encontro serviu para reafirmar a aposta do<br />

Grupo nesta área de negócios. Em 2012, o investimento<br />

feito na EDPR deverá representar 62%<br />

do total investido pelo Grupo EDP, sublinhou<br />

Ana Maria Fernandes, CEO da EDPR. Desde<br />

2005 até ao final do terceiro trimestre do ano em<br />

curso, o investimento acumulado em renováveis<br />

atingia os 3,2 mil milhões de euros, o equivalente<br />

a 42% do investimento global do Grupo no<br />

mesmo período.<br />

A decisão de reforçar o peso das renováveis no<br />

portfólio do Grupo não ignora a actual conjuntu-<br />

ra económica. “A crise financeira e económica implica<br />

maior exigência e rigor”, admitiu a gestora,<br />

maior selectividade nos investimentos e atenção à<br />

eficiência. Mesmo sendo já um benchmark no<br />

mercado, o rácio MW em operação/trabalhador<br />

será melhorado, passando de 8,1 no final de 2008<br />

para 12,8 em 2012. Nessa altura, a sub-holding deverá<br />

ter mais de 800 trabalhadores.<br />

No final de 2008, o quadro de pessoal estimado<br />

é de 626, repartido pelas plataformas europeia<br />

e americana. “Uma equipa internacional muito<br />

qualificada”, sublinhou Ana Maria Fernandes. No<br />

total, os trabalhadores EDPR representam 10 nacionalidades<br />

e 68% têm formação superior (licenciaturas,<br />

mestrados e doutoramentos). É esta a equipa<br />

que vai executar os objectivos traçados de modo<br />

a chegar a 2012 com mais de 10.000 MW instalados,<br />

o dobro dos previstos para o final do ano em<br />

curso. on<br />

A EDP RENOVÁVEIS ASS<strong>UM</strong>IRÁ <strong>UM</strong> PAPEL DE DIFUSÃO DAS MELHORES PRÁTICAS,<br />

CAPTURA DE SINERGIAS E OPTIMIZAÇÃO DOS RECURSOS H<strong>UM</strong>ANOS<br />

COMPETÊNCIAS ESTRATÉGICAS<br />

E DE COORDENAÇÃO<br />

Dirigir a expansão global selectiva e desenvolvimento internacional<br />

Integrar a visão estratégica e gestão do portfólio, optimizando os recursos<br />

Alavancar sinergias baseadas na escala para o aumento da eficiência<br />

Assegurar a coordenação entre os negócios e implementação de melhores práticas<br />

nas várias plataformas


A EDP RENOVÁVEIS CONTRIBUIRÁ PARA O ÊXITO DO GRUPO EDP<br />

E O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL E PESSOAL DE TODOS<br />

OBJECTIVO PRIORIDADES ESTRATÉGICAS<br />

Ser um líder mundial<br />

em energias renováveis,<br />

referência na criação de valor,<br />

com base numa organização<br />

dinâmica e com uma forte<br />

cultura de “delivery”,<br />

maximizando sinergias entre<br />

plataformas e oportunidades<br />

para as equipas<br />

Crescimento selectivo, entre rentabilidade e risco, consolidando<br />

mercados existentes e criando oportunidades de elevado potencial<br />

Potenciar a EDP Renováveis de modo a garantir as melhores<br />

práticas, capturar sinergias e optimizar recursos, obtendo<br />

eficiência e alinhamento entre as várias geografias<br />

Manter a capacidade de execução para cumprir/exceder<br />

os objectivos ao nível das plataformas, optimizando os recursos<br />

energéticos e financeiros<br />

edp renováveis<br />

Risco<br />

controlado<br />

objectivos<br />

PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />

EIXOS ESTRATÉGICOS DO GRUPO EDP<br />

Eficiência<br />

superior<br />

Crescimento<br />

rentável<br />

On | 31


objectivos<br />

PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />

32 | On<br />

edp valor<br />

EDP VALOR<br />

um caminho partilhado<br />

DECORRIDOS SETE ANOS SOBRE A SUA CRIAÇÃO, A EDP VALOR CAMINHA HOJE SOBRE TERRENO SEGURO,<br />

CIENTE DOS DESAFIOS E METAS ESTABELECIDAS NO SEU PLANO DE NEGÓCIOS, CELEBRANDO OS OBJECTIVOS<br />

JÁ ALCANÇADOS POR TODOS QUANTOS CONSTITUEM A EMPRESA DE SERVIÇOS PARTILHADOS DO GRUPO EDP.<br />

O SURGIMENTO DAS REUNIÕES<br />

sectoriais no Encontro EDP foi uma<br />

aposta ganha no universo da comunicação<br />

interna, possibilitando às<br />

empresas do Grupo um canal de comunicação<br />

privilegiado, enquadrado<br />

num evento de escala nacional.<br />

Foi neste contexto que a EDP Valor<br />

reuniu, na Feira e em Lisboa, e<br />

apresentou o Plano de Negócios<br />

2009/12 aos seus colaboradores.<br />

O projecto começou em 2001 e, sete<br />

anos volvidos, a EDP Valor é uma<br />

empresa consolidada e pronta para<br />

novos desafios. A sua missão, “criar<br />

valor para os accionistas e clientes<br />

através da prestação de serviços de<br />

suporte ao nível das melhores práticas<br />

do mercado, com colaboradores<br />

motivados”, continua viva.<br />

Após várias reestruturações que<br />

marcaram a evolução da empresa, a<br />

EDP Valor tem actualmente seis plataformas<br />

de serviços e uma área de<br />

pessoal corporativo, e conta com cerca<br />

de 550 colaboradores que garantem<br />

serviços partilhados no Grupo.<br />

PRIORIDADES<br />

ESTRATÉGICAS<br />

O Plano de Negócios 2009/12 define<br />

três prioridades estratégicas<br />

para a actividade da EDP Valor: optimizar<br />

o quadro de RH e promover<br />

o seu rejuvenescimento e requalificação;<br />

concretizar uma redução<br />

superior a 10% dos custos operacionais,<br />

a preços constantes; e alargar<br />

a prestação de serviços e âmbito<br />

geográfico.<br />

O NOSSO ACTIVO<br />

Uma empresa nova com colaboradores<br />

experientes seria uma forma<br />

simplista de caracterizar a Valor.<br />

Com uma média etária significativa,<br />

o enfoque na optimização do<br />

quadro de recursos humanos, con-


siderando o seu rejuvenescimento<br />

e requalificação continua a ser<br />

uma das prioridades identificadas,<br />

numa empresa que tem como<br />

principal activo, as Pessoas.<br />

Neste âmbito, a EDP Valor levou<br />

a cabo, em 2008, um conjunto<br />

de iniciativas de desenvolvimento<br />

organizacional, definidas<br />

no seu plano de comunicação,<br />

que visam essencialmente fomentar<br />

a partilha de experiências.<br />

O desenvolvimento do nosso<br />

sistema de ideias, as iniciativas<br />

“Valorizar Jovens” ou “Um<br />

dia com Valor” são exemplos de<br />

acções que mobilizam energia e<br />

competências, colocando-as ao<br />

serviço de uma cultura de inovação<br />

e de proximidade ao cliente.<br />

REDUZIR CUSTOS<br />

Esta máxima é, e será sempre,<br />

um dos diapasões pelos quais a<br />

Valor regerá a sua actividade, e<br />

por isso, um dos três vectores<br />

identificados no Plano de Negócios<br />

2009-12.<br />

A evolução dos custos previstos<br />

no plano estará totalmente<br />

controlada, graças a uma forte<br />

disciplina sobre as áreas chave<br />

da empresa; a diminuição prevista<br />

de custos totais é conseguida<br />

com a optimização e renovação<br />

do quadro de pessoal, considerando<br />

serviços de outsourcing<br />

e arranque do Contact Center.<br />

A implementação de ferramentas<br />

de apoio à gestão de serviços<br />

tem contribuído de forma<br />

acentuada para a concretização<br />

deste objectivo, sendo o modelo<br />

edp valor<br />

objectivos<br />

PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />

global de negociação Sinergie o<br />

exemplo mais expressivo.<br />

EXPANDIR<br />

A situação actual do Grupo EDP<br />

permite pensar no alargamento<br />

da prestação de serviços a outras<br />

geografias, que não apenas a<br />

Espanha.<br />

A EDP Valor está a trabalhar<br />

no alargamento das suas actividades,<br />

tanto para a Península<br />

Ibérica, como em termos globais,<br />

nas áreas em que se analisa a<br />

hipótese de ganho evidente.<br />

A carteira de Seguros de todas<br />

as empresas do Grupo e as<br />

compras de montante acima de<br />

75 mil euros, registadas pelo<br />

Sinergie, são serviços de âmbito<br />

global. A uniformização do guia<br />

de soluções formativas e a criação<br />

de centrais ibéricas para a<br />

tesouraria e tratamento de facturas<br />

e o estudo de viabilidade<br />

para processamento ibérico de<br />

vencimentos, são outros exemplos<br />

das sinergias que a Valor<br />

pretende capturar, com claro enfoque<br />

na eficiência e qualidade<br />

de serviço.<br />

No Encontro EDP 2008, o<br />

presidente do CA da EDP Valor,<br />

Nuno Alves, teve oportunidade<br />

de mostrar o seu regozijo com<br />

os resultados obtidos pela empresa,<br />

definidos no anterior<br />

plano de negócios, referindo<br />

que os colaboradores se devem<br />

orgulhar do seu contributo. A<br />

EDP Valor vai continuar a trabalhar<br />

para ser, em 2012, ainda<br />

mais forte. on<br />

On | 33


objectivos<br />

PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />

34 | On<br />

edp valor<br />

OPTIMIZAR O QUADRO DE RECURSOS H<strong>UM</strong>ANOS E PROMOVER O SEU REJUVENESCIMENTO E REQUALIFICAÇÃO,<br />

CONCRETIZAR <strong>UM</strong>A REDUÇÃO SUPERIOR A 10% DOS CUSTOS OPERACIONAIS E ALARGAR A PRESTAÇÃO DE<br />

SERVIÇOS E ÂMBITO GEOGRÁFICO SÃO AS PRIORIDADES ESTRATÉGICAS PARA OS PRÓXIMOS ANOS


objectivos<br />

PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />

36 | On<br />

edp gás<br />

EDP GÁS<br />

negócio ibérico<br />

ESTÃO PREVISTOS MAIS DE 320 MILHÕES DE EUROS DE INVESTIMENTO, ONDE SOBRESSAEM NOVOS PROJECTOS<br />

DE INFRAESTRUTURAS DE TRANSPORTE EM ESPANHA E DISTRIBUIÇÃO EM PORTUGAL E ESPANHA. <strong>UM</strong> ESFOR-<br />

ÇO QUE PERMITIRÁ ATINGIR, EM 2012, CERCA DE 550 KM DE REDE DE TRANSPORTE E MAIS DE 9.600 KM DE REDE<br />

DE DISTRIBUIÇÃO, CHEGANDO A MAIS DE <strong>UM</strong> MILHÃO DE PONTOS DE ABASTECIMENTO NA PENÍNSULA IBÉRICA.


O PLANO DE NEGÓCIOS DO GRUPO EDP PARA<br />

o sector do Gás Ibérico é sobretudo ambicioso:<br />

o EBITDA deverá crescer 7,5% entre 07-12 (CAGR)<br />

atingindo os 270 M€ em 2012. Os eixos estratégicos<br />

do Grupo foram incorporados e encontra-se<br />

neste Plano a dose certa de controlo de risco e ambição,<br />

no investimento e crescimento, com forte<br />

contenção nos custos (apenas 20% da margem).<br />

A IMPORTÂNCIA<br />

DO GÁS NA VIDA DA EDP<br />

Rentabilidades garantidas: os negócios regulados<br />

em Portugal e em Espanha, no período do Plano,<br />

mantêm um peso de cerca de 80% nos resultados<br />

da Unidade, contribuindo para a manutenção do<br />

perfil de risco no Grupo.<br />

Complementaridade com o negócio eléctrico:<br />

num mercado em que as centrais de ciclo combinado<br />

a gás natural continuarão a ter um papel<br />

preponderante na geração térmica, o negócio<br />

grossista e retalhista de gás natural reduz o risco<br />

de operação dos contratos de fornecimento das<br />

centrais, trazendo, para além de um negócio próprio,<br />

a flexibilidade que o fornecimento de gás<br />

natural não tem.<br />

Oferta Dual: a EDP pode alavancar o seu<br />

mercado próprio, muito associado à electricidade,<br />

com a oferta da diversidade energética à sua<br />

base de Clientes. Conseguirá, deste modo, captar<br />

sinergias operacionais no Front Office e Back<br />

Office comercial, importantes para os dois produtos<br />

conseguindo, ao mesmo tempo, fortalecer<br />

a relação com os seus Clientes.<br />

Com estes eixos em mente, o Plano de Negócios<br />

de 09-12 está construído tendo em conta os<br />

compromissos anteriores do Plano 07-10 e a sua<br />

revisão, à luz de novos objectivos de penetração<br />

no mercado, crescimento de infraestruturas e<br />

obtenção de sinergias com outras empresas do<br />

Grupo em Portugal e Espanha. Estes objectivos<br />

levam o Plano de Negócios criado a privilegiar:<br />

A satisfação das necessidades adicionais<br />

de aprovisionamento implicando uma prospecção<br />

intensiva e imaginativa com contratos<br />

mais flexíveis, parcerias com fornecedores, integração<br />

parcial a montante. A importância<br />

destes contratos ressalta dos objectivos de<br />

multiplicação da capacidade instalada em<br />

CCGT de 2,4x até 2011, da obtenção de um<br />

milhão de pontos de abastecimento no mercado<br />

a retalho, e 30 TWh de gás veiculado<br />

em 2012. Estes objectivos serão suportados por<br />

uma cada vez mais efectiva gestão integrada<br />

do portfólio de Gás que atingirá mais de<br />

5 bcm anuais no final do período.<br />

edp gás<br />

objectivos<br />

PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />

O previsto reforço do investimento, tendo<br />

em consideração a estabilidade dos cash<br />

flows gerados pelos negócios regulados, reflecte<br />

a aposta na estabilidade, num mercado de<br />

variáveis cada vez mais voláteis. No período<br />

do plano está prevista a realização de mais de<br />

320 M€ de investimento, onde sobressaem novos<br />

projectos de infraestruturas de Transporte<br />

(80 M€) em Espanha e Distribuição (230<br />

M€) em Portugal e Espanha. Este importante<br />

esforço permitirá atingir, em 2012, cerca de 550<br />

Km de rede de Transporte e mais de 9.600 Km<br />

de rede de Distribuição, chegando a mais de<br />

um milhão de pontos de abastecimento na Península<br />

Ibérica.<br />

O crescimento comercial no médio prazo,<br />

com um mercado ibérico progressivamente<br />

mais liberalizado (em Espanha desde já e em<br />

Portugal totalmente liberalizado em 2010), estará<br />

sustentado no crescimento da rede de distribuição,<br />

no aproveitamento das infraestruturas<br />

comerciais existentes, na gestão da cadeia<br />

de valor desde o aprovisionamento até à<br />

comercialização e sobretudo na integração das<br />

carteiras de clientes eléctricos e de gás em<br />

Portugal e em Espanha, garantindo-se a colagem<br />

da estratégia comercial à evolução das<br />

margens implícitas em cada mercado (produto<br />

e geografia).<br />

Um cuidado reforçado numa equipa jovem<br />

e dinâmica, com elevado nível de formação<br />

literária, que transporta para o Grupo novas<br />

formas de olhar os problemas e encontra soluções<br />

inovadoras. Esta valência é determinante<br />

face às dificuldades dos actuais mercados mundial<br />

e ibérico de gás que obrigam a contemplar<br />

soluções mais abrangentes das praticadas nos<br />

modelos tradicionais de negócio ou na análise<br />

de novas oportunidades de crescimento. on<br />

On | 37


objectivos<br />

PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />

38 | On<br />

hc energía<br />

O PLANO DE NEGÓCIOS 2009-20012 DO GRUPO<br />

EDP supõe para a HC Energía a chave para culminar<br />

a transformação que começou em 2005,<br />

com a estabilização dos seus accionistas (Grupo<br />

EDP e Cajastur). Se bem que a companhia<br />

sempre se caracterizou por ser uma empresa dinâmica,<br />

com capacidade de adaptação e com<br />

um capital humano de grande qualidade. Características<br />

estas que se acentuaram com a aceleração<br />

do processo de mudança, que produziu<br />

uma situação nova tanto internamente, como<br />

em torno do mercado da energia em causa.<br />

A partir de agora, neste plano, desenha-se<br />

um novo cenário com prioridades estratégicas<br />

muito claras e realizáveis nas diferentes linhas<br />

de negócio para as quais, não obstante, será necessário<br />

um esforço de todos.<br />

Na geração, onde em 2008 entraram em funcionamento<br />

mais de 800 MW de ciclo combinado,<br />

está em curso um importante investimento para<br />

um novo grupo de gás e, está a estudar-se a viabilidade<br />

de novos projectos de cogeração. Adicionalmente,<br />

o Grupo aposta na importância da Central<br />

de Aboño, única, tanto pela sua situação geográfica<br />

junto ao mar, como pela queima de gases siderúrgicos.<br />

Neste contexto, o parque de Geração que<br />

Mas<br />

Energía<br />

A HC ENERGÍA TRAÇOU <strong>UM</strong> NOVO CENÁRIO COM PRIO-<br />

RIDADES ESTRATÉGICAS MUITO CLARAS NAS DIFEREN-<br />

TES LINHAS DE NEGÓCIO. <strong>UM</strong> PLANO AMBICIOSO QUE<br />

PREVÊ <strong>UM</strong> INVESTIMENTO DE MAIS DE 700 MILHÕES DE<br />

EUROS NO SECTOR ELÉCTRICO ENTRE 2009-2012, AOS<br />

QUAIS SE SOMAM OS FORTES INVESTIMENTOS NO<br />

NEGÓCIO DO GÁS EM PARALELO COM O DA HC ENERGÍA.<br />

hoje apresenta uma estrutura muito diferente da<br />

de há três anos, deve estar preparado para um funcionamento<br />

ainda mais flexível do que o actual.<br />

Na Distribuição, com o novo marco regulatório,<br />

a qualidade de serviço, que nos últimos<br />

anos vem registando valores históricos, bem acima<br />

da média do sector, será uma vantagem competitiva<br />

que servirá para expandir o negócio além<br />

da tradicional área de influência.<br />

A cobertura comercial da geração continuará<br />

a ser um elemento fundamental, tanto nos<br />

clientes empresariais como nos particulares. A<br />

oferta dual de gás e electricidade fará com que


o peso da actividade comercial cresça.<br />

Junto com as três principais linhas de negócio,<br />

o plano, cujos objectivos passam por recuperar os<br />

bons níveis de rentabilidade da HC Energía, levanta<br />

outras prioridades estratégicas que têm que ver<br />

com a gestão regulatória – aspecto chave num momento<br />

em que o sector atravessa importantes problemas<br />

–: a eficiência e o controlo de custos; o progresso<br />

continuado em áreas como Meio Ambiente,<br />

Prevenção e Segurança para que contemple não<br />

só os próprios colaboradores mas todos os vendedores;<br />

e uma melhoria na Política de Recursos<br />

Humanos que implique todos e permita manter o<br />

conhecimento dentro da companhia.<br />

O Plano de Negócios dá enfoque à necessidade<br />

de fazer estas transformações num momento difícil.<br />

Apesar de as transformações levadas a cabo nos<br />

últimos anos, a regulação actual para a geração é menos<br />

favorável que a vivida anteriormente, e o preço,<br />

tanto dos combustíveis como dos direitos de<br />

emissões de CO2, fizeram com a geração a carvão<br />

perdesse competitividade. Foi perante este contexto<br />

que nasceu o Plano de Negócios que foi apresentado<br />

nos Encontros do Grupo a todos aqueles que<br />

fazem parte da companhia. Trata-se de um Plano<br />

ambicioso que prevê um investimento de mais de<br />

hc energía<br />

objectivos<br />

PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />

700 milhões de euros no negócio eléctrico em Espanha<br />

para o período 2009-2012, ao qual se somam<br />

os fortes investimentos no negócio do gás que caminha<br />

em paralelo com o da HC Energía. Ambos<br />

os negócios se incluem num projecto de<br />

dimensões maiores. É o desafio de António<br />

Mexia, presidente do Conselho de Administração<br />

do Grupo EDP.<br />

Em Espanha, tanto o conselheiro delegado da<br />

HC Energía, João Manso Neto, como o presidente<br />

da companhia, Manuel Menéndez, deixaram<br />

uma mensagem clara: “este plano diz respeito a<br />

todos nós”. on<br />

On | 39


objectivos<br />

PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />

40 | On<br />

edp comercial<br />

EDP COMERCIAL<br />

olhar atento aos clientes<br />

NA REUNIÃO SECTORIAL DA EDP COMERCIAL FEZ-SE <strong>UM</strong>A RETROSPECTIVA DE 2008, DESTACARAM-SE PROTÓTIPOS<br />

EM ÁREAS INOVADORAS, FALOU-SE DO PROJECTO HEDGE E FORAM LANÇADOS OS DESAFIOS PARA ESTE ANO.


A REUNIÃO SECTORIAL DA EDP COMERCIAL<br />

decorreu no dia 28 de Novembro, no Pavilhão<br />

Atlântico, e começou com uma apresentação de<br />

Jorge Araújo Pires sobre o projecto SMILE. Na<br />

apresentação seguinte, Vasco Coucello fez uma retrospectiva<br />

de 2008. A campanha de comunicação<br />

do edp5D, “Eu vivo noutra dimensão”, e as campanhas<br />

de eficiência energética (como a oferta de<br />

lâmpadas economizadoras, entre outras), o envio<br />

de SMS promocionais e novos parceiros 5entidos,<br />

foram algumas das acções dirigidas aos Clientes<br />

do edp5D durante 2008.<br />

Relativamente ao segmento dos Clientes empresariais,<br />

o ano de 2008 foi marcado por uma redução<br />

da competitividade do mercado liberalizado,<br />

face ao mercado regulado, consequência do<br />

aumento significativo da estrutura de custos de<br />

fornecimento neste mercado. Assim, procedeu-se<br />

à transferência da esmagadora maioria dos Clientes<br />

para o mercado regulado durante o primeiro<br />

trimestre de 2008.<br />

O reforço de relações de parceria e proximidade<br />

com os Clientes adquiriu particular importância.<br />

Neste âmbito, e durante o segundo semestre<br />

de 2008, foi lançada a campanha de consultoria<br />

energética, especificamente para Clientes com um<br />

consumo acima de 2GWh/ano. Foi também dado<br />

um maior enfoque à recuperação da dívida de<br />

Clientes, fundamentalmente através do estabelecimento<br />

de acordos de pagamento, o que já permitiu<br />

o recebimento de 1,5M€.<br />

Em 2008, a comercialização de Serviços de<br />

Energia atingiu a ordem de 10M€ em cerca de 250<br />

instalações servidas, tendo representado cerca de<br />

um terço das visitas da equipa comercial B2B. Foram<br />

referidos os projectos mais significativos, com<br />

destaque para a conclusão do fornecimento e montagem<br />

da Central Térmica Solar da CGD, para a<br />

gestão da implementação das medidas empresariais<br />

do PPEC e a remodelação eléctrica de grandes<br />

instalações industriais.<br />

Foi ainda destacada a execução de protótipos<br />

em áreas inovadoras de eficiência energética e<br />

solar térmico e o desenvolvimento da oferta para<br />

PMEs com a execução de pilotos, apresentando<br />

pela primeira vez, a estes Clientes, um portfólio<br />

de serviços de poupança e segurança.<br />

A reunião da EDP Comercial contou também<br />

com a participação de Pedro Neves Ferreira, que<br />

apresentou as perspectivas do projecto HEDGE<br />

para 2009. O Projecto HEDGE tem como principal<br />

objectivo a definição da estratégia de cobertura<br />

da posição grossista do Grupo EDP. Daí a sua<br />

importância para a actividade comercial, uma vez<br />

que a EDP Comercial é também um instrumento<br />

que permite reduzir o risco de colocação da<br />

produção.<br />

O encontro sectorial terminou com a intervenção<br />

de Jorge Cruz de Morais, que fez um resumo<br />

das perspectivas para 2009, prevendo-se que a EDP<br />

Comercial venha a retomar a sua actividade sobretudo<br />

no segmento B2B. on<br />

edp comercial<br />

objectivos<br />

PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />

O REFORÇO DE RELAÇÕES DE<br />

PARCERIA E PROXIMIDADE COM<br />

OS CLIENTES ADQUIRIU PARTICU-<br />

LAR IMPORTÂNCIA. NESTE ÂMBI-<br />

TO, E DURANTE O SEGUNDO<br />

SEMESTRE DE 2008, FOI LANÇA-<br />

DA A CAMPANHA DE CONSULTO-<br />

RIA ENERGÉTICA, ESPECIFICA-<br />

MENTE PARA CLIENTES COM <strong>UM</strong><br />

CONS<strong>UM</strong>O ACIMA DE 2 GWH/ANO.<br />

On | 41


objectivos<br />

PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />

42 | On<br />

soluções comerciais<br />

SOLUÇÕES<br />

COMERCIAIS<br />

capacidade<br />

de antecipação<br />

O SECTOR ENERGÉTICO CONTINUARÁ A OBSERVAR PROFUNDAS TRANSFOR-<br />

MAÇÕES, EM PARTICULAR AO NÍVEL DO ENQUADRAMENTO REGULATÓRIO<br />

E NO COMPROMISSO PARA CRIAÇÃO DE VALOR, SENDO IMPERATIVA <strong>UM</strong>A<br />

REACÇÃO TÁCTICA ASSENTE NA CAPACIDADE DE PREVISÃO E EXECUÇÃO.<br />

OS ENCONTROS COM OS COLABORADORES DA<br />

EDP realizaram-se num momento propício a balanços<br />

e perspectivas: de facto, as realizações do<br />

ano de 2008 já permitiam, com bastante rigor, prever<br />

o fecho do respectivo exercício e, por outro<br />

lado, a construção do Plano de Negócios 2009-2012<br />

estava exactamente na fase de conclusão.<br />

Por isso, o conselho de administração da EDP<br />

Soluções Comerciais optimizou a oportunidade<br />

proporcionada pelas reuniões sectoriais para, face<br />

a face com os seus colaboradores, lhes dar a conhecer<br />

os principais feitos de 2008 – enfatizando que<br />

eram de todos, pelo que todos estavam de parabéns<br />

– e lhes apresentar os desafios que se perfilam<br />

até 2012, garantindo a sua confiança na capacidade<br />

de realização da equipa que têm orgulho<br />

em liderar.<br />

Assim, em 2008, e apesar dos condicionalismos<br />

que parametrizaram a actividade da empresa – em<br />

particular a Lei 12/98, o binómio liberalização/preços<br />

regulados e as alterações regulatórias, que implicaram<br />

adaptações urgentes dos processos e um<br />

aumento significativo do número de operações – a<br />

EDP Soluções Comerciais vai concretizar todos os<br />

macro-objectivos que definiu em consonância com<br />

os Eixos Estratégicos do Grupo – Eficiência Superior,<br />

Risco Controlado e Crescimento Orientado.<br />

Este sucesso foi suportado por três importantes<br />

pilares que foram construídos sobre uma<br />

organização renovada:<br />

• a implementação de um novo modelo de<br />

relação com os Clientes;<br />

• a optimização da gestão dos processos;<br />

• e, naturalmente, as pessoas, para as quais<br />

foram orientadas várias iniciativas que<br />

demonstram a real preocupação com o seu<br />

bem-estar e com o desenvolvimento de uma<br />

cultura de meritocracia e de fortalecimento de<br />

competências.<br />

Mantendo-se as grandes linhas de orientação<br />

estratégica do Grupo, também a EDP Soluções<br />

Comerciais, no seu Plano de Negócios 2009-2012,<br />

deu continuidade às suas directivas estratégicas e<br />

manteve os objectivos que tem vindo a perseguir,<br />

acrescentando apenas, no âmbito da redução de<br />

custos e da política de sustentabilidade da EDP,<br />

a ambição de ter 850.000 Clientes finais com factura<br />

electrónica, em 2012.<br />

ALGUNS INDICADORES DA ACTIVIDADE DA EDP SC<br />

Tendo em vista a previsível evolução do mercado,<br />

na qual se incluem como principais desafios<br />

a liberalização, também do gás, e a implementação<br />

do sistema de redes inteligentes, o foco continua<br />

a ser colocado na contenção dos custos e na<br />

qualidade do serviço prestado, factores críticos de<br />

sucesso na contribuição da EDP SC para a concretização<br />

dos resultados do Grupo.<br />

O caminho continua a ser um desafio com<br />

muitas variáveis ainda não dominadas. O sector<br />

energético continuará a observar profundas transformações,<br />

em particular ao nível do enquadramento<br />

regulatório e no compromisso para criação<br />

de valor, sendo imperativa uma reacção táctica assente<br />

na capacidade de previsão, antecipação e<br />

execução. on


MACRO-OBJECTIVOS<br />

EDP SOLUÇÕES COMERCIAIS<br />

soluções comerciais<br />

• Reduzir os custos operacionais por cliente final<br />

• Maximizar o grau de cumprimento dos níveis de serviço<br />

das operações comerciais<br />

• Garantir o cumprimento dos níveis de serviço de atendimento<br />

• Reduzir o volume de dívida vencida gerida para os nossos<br />

clientes institucionais<br />

• Cumprir os objectivos de vendas acordados com os nossos clientes<br />

• Maximizar a rentabilidade do negócio “não core”<br />

objectivos<br />

PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />

CONCRETIZAÇÕES<br />

(2008 Esperado)<br />

• 12,3%<br />

• 100%<br />

• 100%<br />

• 39 %<br />

• 100%<br />

• 35%<br />

On | 43


objectivos<br />

PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />

44 | On<br />

edp inovação<br />

PROMOVER<br />

A INOVAÇÃO<br />

A EDP INOVAÇÃO FOI<br />

CONSTITUÍDA EM JANEIRO<br />

DE 2007, NA SEQUÊNCIA<br />

DO MODELO DE<br />

ORGANIZAÇÃO DA<br />

INOVAÇÃO PARA O GRUPO.<br />

COM A SUA GÉNESE<br />

NA LABELEC, FOI<br />

DECIDIDO AUTONOMIZAR<br />

A FUNÇÃO DE “PROMOÇÃO<br />

DE INOVAÇÃO”,<br />

CONFERINDO-LHE <strong>UM</strong>A<br />

MAIOR VISIBILIDADE<br />

E PROMOVENDO <strong>UM</strong>A<br />

ESTREITA RELAÇÃO COM<br />

AS UNIDADES DE NEGÓCIO.<br />

A INOVAÇÃO TECNOLÓGICA, E/OU DE MODELO<br />

de negócio, é crítica para a diferenciação e competitividade<br />

empresarial, nos segmentos de maior<br />

intensidade competitiva. A EDP opera num mercado<br />

liberalizado, já com forte concorrência em<br />

determinados segmentos do negócio.<br />

Os players do sector (utilities), em geral, têm<br />

procurado desenvolver actividades nas áreas de<br />

crescimento proporcionado pela aposta (política,<br />

regulatória, etc.) nas energias renováveis e na eficiência<br />

energética; assim, assiste-se a forte competição<br />

por sites e pontos de ligação para desenvolvimento<br />

de geração renovável de grande escala,<br />

diversas iniciativas no âmbito da microgeração e<br />

um crescimento generalizado da oferta de serviços<br />

na área da eficiência energética, por parte das<br />

principais utilities.<br />

Também motivado pela forte penetração de<br />

energias renováveis na rede de distribuição de<br />

energia eléctrica, em particular numa óptica de<br />

microgeração, torna-se necessário reequacionar a<br />

gestão do sistema eléctrico, conferindo-lhe mais<br />

inteligência e suportando-se essa inteligência no<br />

desenvolvimento tecnológico (comunicações, contagem<br />

de energia, integração de sistemas). A subida<br />

do preço dos combustíveis fósseis, associada ao<br />

desenvolvimento de tecnologias de armazenamento<br />

(baterias), começa também a viabilizar possíveis<br />

soluções de mobilidade eléctrica, determinando<br />

o acompanhamento por parte dos players energéticos.<br />

Face às tendências identificadas e cruzando-as<br />

com a missão da EDP Inovação (transformar<br />

ideias, novo conhecimento e tecnologias em valor,<br />

promovendo uma cultura de Inovação no<br />

Grupo EDP), foi reenquadrada a estratégia de<br />

inovação do Grupo EDP, tendo-se identificado<br />

um conjunto de áreas prioritárias, nas quais estamos<br />

focados:<br />

• Energia Offshore (Ondas e Eólica Offshore)<br />

• Energia Solar (Fotovoltaico e Térmica)<br />

• Redes Inteligentes (InovGrid)<br />

• Veículos Eléctricos<br />

• Eficiência energética<br />

Para além das cinco áreas estratégicas prioritárias,<br />

a EDP Inovação está também atenta, e desenvolvendo<br />

algumas iniciativas, em áreas complementares<br />

como a mitigação ambiental da actividade<br />

da EDP (sequestro de CO2, etc.), a microgeração<br />

renovável/eficiente ou o armazenamento energético.<br />

É também importante notar que a EDP depende<br />

fortemente de processos para gerir a sua<br />

operação e busca soluções que alavanquem a sua<br />

presença Global. Uma nova geração de Sistemas<br />

permitirá a evolução de uma organização hierárquica<br />

para uma organização em rede.<br />

ORGANIZAÇÃO<br />

A EDP Inovação é constituída pelas seguintes Áreas<br />

de Actividade:


• Desenvolvimento Tecnológico (DT) – visa garantir<br />

o aproveitamento pelo Grupo EDP de oportunidades<br />

em novas tecnologias através i) da função<br />

de Observatório de Tecnologias e ii) da Gestão<br />

de Projectos de Demonstração Tecnológica;<br />

• Inovação em Produto, Organização e Processos<br />

(IPOP) – promove a geração e implementação<br />

de novas ideias e a modernização dos processos<br />

no Grupo EDP;<br />

• EDP Ventures – em 2007 foram iniciados os trabalhos<br />

preparatórios com vista à criação de um<br />

Fundo de Capital de Risco, implementado em<br />

2008.<br />

RES<strong>UM</strong>O DA ACTIVIDADE EM 2008<br />

A EDP Inovação, em estreita articulação com as<br />

Unidades de Negócio, desenvolveu um amplo leque<br />

de iniciativas e projectos, dos quais podemos<br />

destacar:<br />

• Criação da EDP Ventures – a entrada da EDP no<br />

Capital de Risco visa, além de proporcionar-lhe,<br />

uma maior visibilidade e conhecimento crítico sobre<br />

as novas tecnologias disruptivas na área de<br />

Energy Related Cleantech, antecipar, face aos seus<br />

concorrentes, a utilização de soluções e tecnologias<br />

inovadoras, criando vantagens competitivas e<br />

novas opções de crescimento, a uma escala global.<br />

A EDP Ventures tem uma dotação orçamental<br />

de 40 milhões de euros, dos quais 50% se destinam<br />

a investimentos directos em empresas de tecnologia<br />

e 50% a investimentos indirectos via outros fundos<br />

de capital de risco. O Fundo será gerido pela<br />

EDP Inovação, com recurso a uma equipa composta<br />

por profissionais com skills financeiros e tecnológicos<br />

e em estreita articulação com as diferentes<br />

Unidades de Negócio da EDP, para que os<br />

investimentos realizados estejam alinhados com a<br />

estratégia do Grupo, valorizando activos tecnológicos;<br />

• Orçamento de investimento próprio;<br />

edp inovação<br />

objectivos<br />

PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />

• Adesão à APBA – Associação Portuguesa Business<br />

Angels que funciona como ponto de encontro<br />

entre empreendedores e financiadores de novas<br />

oportunidades de negócio, permitindo o acesso<br />

ao respectivo deal flow de projectos;<br />

• Concurso interno de ideias – desenvolvimento e<br />

implementação de um sistema de Gestão de<br />

Ideias, transversal a todo o Grupo: Click Idea;<br />

• Lançamento do Prémio EDP/Richard Branson –<br />

tem como objectivo incentivar a inovação e o empreendedorismo<br />

na área do ambiente;<br />

• Proposta de criação do PCT – Pólo de Competitividade<br />

Tecnológico. O PCT deve ser aberto à<br />

participação de empresas e entidades do sector<br />

e irá ter diversos projectos âncora, nomeadamente<br />

um Centro de Energia Offshore e um Centro<br />

de Investigação Tecnológico na área do solar<br />

fotovoltaico concentrado. Pretende-se que os<br />

players do sector disponham de um fórum e trabalhem<br />

de forma concertada, com vista a identificar<br />

futuras necessidades/oportunidades e<br />

apoiar a definição de políticas de desenvolvimento,<br />

nomeadamente nas áreas de investigação e<br />

formação;<br />

• Consolidação da estratégia de tecnologia aberta<br />

na área da energia das ondas, concretizando os<br />

primeiros projectos de<br />

Além das cinco<br />

áreas<br />

estratégicas<br />

prioritárias, a<br />

EDP Inovação<br />

está atenta e,<br />

desenvolvendo<br />

algumas<br />

iniciativas, em<br />

áreas<br />

complementares<br />

demonstração tecnológica;<br />

• WindFloat – projecto<br />

de energia eólica offshore,<br />

em águas profundas,<br />

utilizando dispositivos<br />

flutuantes, liderado<br />

pela EDP. Foi submetida<br />

proposta de candidatura<br />

a financiamento<br />

da Comissão Europeia.<br />

O projecto, orçamentado<br />

em cerca de 30<br />

M€, resulta de uma<br />

parceria entre a EDP Inovação e o tecnólogo americano<br />

Principal Power, aos quais se associaram<br />

um conjunto de outras empresas especializadas<br />

em partes específicas da montagem do projecto;<br />

• Projectos na área de energia solar (MagPower,<br />

SolarSel);<br />

• Desenvolvimento do projecto aglutinador do<br />

tema “Redes Avançadas”, o Projecto InovGrid,<br />

crucial para o Grupo EDP;<br />

• Lançamento de um estudo aprofundado sobre a<br />

temática da mobilidade eléctrica, avaliando os diversos<br />

impactos para a EDP de modo a definir<br />

um posicionamento para a empresa neste domínio;<br />

• Projecto Piloto EDIFI: Eficiência energética em<br />

edifícios EDP – A EDP Inovação, em estreito<br />

contacto com a EDP Valor, elaborou em 2007 a<br />

especificação de um sistema de gestão de eficiência<br />

energética do edifício da EDP na Rua Camilo<br />

Castelo Branco, 46 em Lisboa, com aplicação<br />

On | 45


objectivos<br />

PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />

46 | On<br />

edp inovação<br />

de equipamento de monitorização e comando/automação<br />

das cargas locais. Dado o concurso<br />

lançado em 2007 ter sido anulado (só teve dois<br />

concorrentes), foi lançado novo concurso em<br />

2008. O projecto foi adjudicado recentemente,<br />

estando em fase de implementação;<br />

• Projecto OPERA (Open PLC Research Alliance)<br />

– destina-se a desenvolver uma nova geração<br />

de equipamento de acesso PLC (Power Line<br />

Communications), de forma a acelerar a adopção<br />

de equipamentos PLC de acesso em banda<br />

larga de alta qualidade e baixo custo. Este projecto<br />

é co-financiado pela Comissão Europeia.<br />

Na segunda e última fase de execução do projecto,<br />

OPERA2, a EDP (um dos membros do<br />

consórcio) contribuiu com um piloto instalado<br />

na área do Parque das Nações, no qual se processaram<br />

ensaios dos protótipos em desenvolvimento<br />

e das suas principais aplicações. O projecto<br />

deve terminar em 2008, esperando-se poder<br />

então tirar conclusões, no âmbito do consórcio,<br />

sobre a evolução e futura utilização da tecnologia<br />

PLC pelas empresas de electricidade, designadamente<br />

para suporte de aplicações core;<br />

• Realização de um piloto sobre Comunicações<br />

Unificadas, durante o 1º semestre de 2008 e, em<br />

sequência, activação e dinamização do serviço de<br />

Instant Messaging em todo o Grupo e recomendação<br />

da solução UC “as a service” a adoptar;<br />

• Desenvolvimento e implementação de uma plataforma<br />

de espaços colaborativos;<br />

• Dinamização de conferências online (Webinars)<br />

e o estabelecimento de um repositório de conferências<br />

gravadas (Webcasts).<br />

PERSPECTIVAS PARA 2009-2012<br />

Na sequência da estratégia que tem sido seguida, as<br />

linhas de actuação preconizadas para 2009-2012 são:<br />

• Prosseguir a implementação de projectos que se<br />

enquadrem nas Prioridades de Inovação;<br />

• Actuação em clientes – reforço da interligação<br />

com as Unidades de Negócio do Grupo ao nível<br />

de sourcing, estruturação e gestão de projectos<br />

de inovação; apoiar estruturação da área de<br />

inovação da Energias do Brasil;<br />

• Actuação em processos – contribuir para a adopção<br />

de melhores práticas no Grupo;<br />

• Actuação em recursos – reforço da equipa de capital<br />

de risco; reforçar skills de gestão de projectos;<br />

autonomização do Observatório Tecnológico.<br />

• Actuação financeira – utilização racional dos recursos<br />

disponíveis (EDP Ventures e orçamento<br />

de investimento); maximizar recurso a apoios ao<br />

investimento.<br />

O investimento esperado até 2012 é cerca de 44<br />

milhões de euros, dos quais 21,8 serão destinados<br />

a investimentos em projectos de ID+i e 21,7 a<br />

investimentos em VC (EDP Ventures).<br />

As principais áreas de investimento em ID+i<br />

são: Ondas, Solar fotovoltaico, Eólico Offshore,<br />

Mobilidade eléctrica e Outros.<br />

A EDP Ventures tem uma dotação orçamental<br />

de 40 milhões de euros. O Fundo de Capital de<br />

Risco da EDP será um fundo misto com investimentos<br />

directos em empresas de tecnologia (50%)<br />

e indirectos via outros fundos de capital de risco<br />

(50%). on


A VISÃO DA LABELEC É A DE PROCURAR SER <strong>UM</strong>A<br />

empresa de excelência de engenharia e prestadora<br />

eficiente de serviços altamente especializados,<br />

nos seus domínios de actividade.<br />

Na linha do que tinha vindo a ser feito nos<br />

anos anteriores, a Labelec, em 2008, prosseguirá<br />

o seu esforço de modernização, tendo em curso<br />

os seguintes Projectos:<br />

• Sistema Integrado de Gestão da Qualidade,<br />

Ambiente e Segurança (SQAS);<br />

• Aplicação informática para melhoria do processo<br />

de planeamento e gestão dos serviços<br />

a prestar aos clientes (Gestão de Actividades);<br />

• Sistema de Informação para a Avaliação de<br />

Transformadores (SIAT).<br />

A empresa mantém, igualmente, o esforço no<br />

sentido de melhorar a garantia de qualidade dos<br />

seus laboratórios, através da acreditação de novos<br />

ensaios, como factor diferenciador fundamental<br />

para a sua actuação, de forma a poder<br />

manter a credibilidade e confiança conquistada<br />

junto dos seus Clientes.<br />

A Labelec tem consciência da necessidade imperativa<br />

de continuar a evoluir de acordo com<br />

as novas necessidades do mercado, tendo presentes<br />

os desafios das novas tecnologias de produção<br />

e distribuição de energia, bem como as<br />

de informação. Para isso, continuará a procurar<br />

sistematicamente soluções inovadoras com<br />

maior valor acrescentado para os seus Clientes.<br />

PLANO DE NEGÓCIOS 2009-2012<br />

Para o período do Plano de Negócios prevê-se:<br />

• Estabilidade no que se refere aos indicadores<br />

económicos (proveitos, custos, EBITDA e<br />

resultados líquidos) e ao número de colaboradores;<br />

• Ligeira tendência de crescimento das prestações<br />

de serviços para a REN e a EDP Produção.<br />

EM SINTONIA COM O GRUPO EDP, A<br />

LABELEC PERSPECTIVA DESENVOLVER<br />

AS SEGUINTES INICIATIVAS:<br />

• Sistema de Qualidade, Ambiente e Segurança<br />

– Concluir a Implementação até ao final do<br />

1º trimestre de 2009.<br />

• Gestão da Informação – implementar, em<br />

2009, os Sistemas de Gestão das Actividades<br />

e de apoio ao SQAS e o SIAT até 2012.<br />

• Inovação:<br />

– Infranet – Modelação e Inspecção de linhas<br />

aéreas e suas faixas – projecto a concluir no<br />

período do Plano de Negócios;<br />

labelec<br />

EXCELÊNCIA ESPECIALIZADA<br />

A EMPRESA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ESPECIALIZADA NAS ÁREAS DA <strong>ENERGIA</strong> E DO AMBIENTE<br />

DESENVOLVE ACTIVIDADES NO SECTOR ELÉCTRICO, ACTUANDO NO ÂMBITO DA PRODUÇÃO, DO<br />

TRANSPORTE E DISTRIBUIÇÃO DE <strong>ENERGIA</strong> E TAMBÉM NO APOIO À MANUTENÇÃO DE INSTALAÇÕES<br />

objectivos<br />

PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />

– InovGgrid – Participação da Labelec no Projecto<br />

da EDP Distribuição.<br />

Para além destes Projectos, a Labelec perspectiva,<br />

ainda, desenvolver o seu conhecimento<br />

em novas áreas, nomeadamente nas Energias<br />

Offshore e Solar, Eficiência energética e Redes<br />

inteligentes.<br />

Trata-se de desafios importantes que a empresa<br />

tem pela frente, mas estamos seguros de<br />

que com o empenho e competência de todos, serão<br />

enfrentados com êxito indo de encontro às<br />

necessidades dos nossos Clientes.<br />

Espera-se que os projectos SQAS e Gestão das<br />

Actividades, bem como o lançamento de um conjunto<br />

de indicadores de desempenho (KPI’s) dos<br />

Departamentos, tenham impacto significativo<br />

no desenvolvimento da actividade da empresa.<br />

On | 47


objectivos<br />

PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />

edp holding<br />

O MOTOR<br />

DE ARTICULAÇÃO<br />

DO GRUPO<br />

FOI NO ÚLTIMO DIA DOS ENCONTROS EM LISBOA, NA SALA ATLÂNTICO, QUE OS COLABORADORES DA HOLDING<br />

FICARAM A CONHECER MAIS APROFUNDADAMENTE AS PRIORIDADES PARA O PERÍODO 2009-2012. DEPOIS DO<br />

CENTRO CORPORATIVO TER ASS<strong>UM</strong>IDO, EM 2007, <strong>UM</strong> PAPEL ESTRATÉGICO E AGREGADOR NA CRIAÇÃO DAS<br />

OPÇÕES DE CRESCIMENTO, OS PLANOS PARA OS PRÓXIMOS ANOS SÃO AINDA MAIS AMBICIOSOS.


ANTÓNIO MEXIA FOI CLARO AO AFIRMAR QUE<br />

“a EDP está a passar de um ciclo de transformação<br />

do negócio, com o desenvolvimento de<br />

opções estratégicas de criação de valor, para um<br />

ciclo com maior enfoque na consolidação do<br />

negócio.” E para o sucesso desta mudança,<br />

todas as pessoas que fazem parte da empresa são<br />

importantes.<br />

O presidente do Conselho de Administração<br />

Executivo salientou que todas as metas financeiras<br />

previamente estabelecidas foram cumpridas,<br />

mas acrescentou que ainda há muito trabalho a<br />

fazer. Será essencial uma forte disciplina para<br />

atingir os objectivos de custos para 2012. O rigor<br />

na execução das opções criadas implica, agora,<br />

um reforço da articulação do Centro Corporativo<br />

com o Grupo através da consolidação de processos<br />

de interacção entre negócios e geografias.<br />

A aposta é ambiciosa: “ uma EDP de excelência<br />

mais mobilizada, mais Lean, mais competitiva,<br />

mais partilhada e mais eficiente”. on<br />

FLEXIBILIDADE<br />

SOCIETÁRIA<br />

CONTROLO<br />

DE GESTÃO<br />

APROVEITAMENTO<br />

DE SINERGIAS<br />

FOMENTO DE <strong>UM</strong>A<br />

CULTURA ÚNICA<br />

edp holding<br />

objectivos<br />

PLANO DE NEGÓCIOS SECTORIAIS<br />

A EDP ESTÁ A ENTRAR<br />

N<strong>UM</strong> NOVO CICLO DE NEGÓCIO<br />

2006-2009<br />

De um ciclo de transformação do<br />

Negócio, com o desenvolvimento de<br />

opções estratégicas de criação de<br />

valor...<br />

• Forte aposta nas renováveis<br />

• Entrada em novas geografias<br />

• Ressurgimento da grande hídrica<br />

em Portugal<br />

• Reestruturação do portfólio<br />

de negócios no Brasil<br />

PRINCIPAIS RESULTADOS JÁ ALCANÇADOS DESAFIOS PARA O PRÓXIMO CICLO<br />

· Criação da EDP Renováveis<br />

· Criação da EDP Gás<br />

· Alienação de activos não-estratégicos<br />

· Alinhamento dos ciclos de planeamento e orçamentação<br />

em todos os negócios<br />

· Metodologia de desafio ao investimento transversal ao Grupo<br />

· Critérios comuns de análise de negócios<br />

· Implementação de programas de melhoria de eficiência<br />

e de redução da base de custos: Opex (150 M¤ nos 9M08);<br />

Lean (impacto anual >40M¤ até 2008)<br />

· Prioridade constante ao alinhamento de prácticas entre<br />

Negócios e geografias (Talento, SouEDP, Conciliar, ...)<br />

· Comunicação consistente dos temas da agenda estratégica<br />

· Lançamento da TV Corporativa<br />

• Aprofundamento do modelo comum de gestão<br />

2009-2012<br />

... Para um ciclo com maior<br />

enfoque na consolidação do<br />

Negócio<br />

• Entrega do valor potenciado<br />

pelas opções estratégicas desenvolvidas<br />

• “Obsessão” pela execução,<br />

tanto a nível estratégico<br />

como operacional<br />

• Consolidação de uma cultura de rigor no planeamento e controlo de gestão<br />

(benchmarking interno e aprofundando a competição por recursos)<br />

• Aprofundamento da coordenação entre projectos estruturantes em diferentes<br />

Negócios e geografias<br />

• Nova vaga do Opex<br />

• Alargamento da aplicação do Lean<br />

• Construção de um “Modus Faciendi” EDP<br />

• Mobilidade entre Negócios e geografias<br />

• Fomento de cultura de trabalho em rede sem desresponsabilização pessoal<br />

On | 49


objectivos<br />

PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />

50 | On<br />

sãvida<br />

<strong>UM</strong> FUTURO<br />

SUSTENTADAMENTE<br />

PROMISSOR<br />

NAS REUNIÕES SECTORIAIS DA SÃVIDA, EM 26 E 27 DE NOVEMBRO EM SANTA MARIA DA FEIRA E EM LISBOA, FOI<br />

APRESENTADO O PLANO DE NEGÓCIOS PARA 2009-2012 QUE TEM POR BASE O TRABALHO DESENVOLVIDO NOS<br />

ANOS ANTERIORES.


NESTAS REUNIÕES FORAM REALÇADOS OS<br />

pontos positivos e as áreas a melhorar e o conjunto<br />

de iniciativas estruturantes, enquadradas<br />

no novo Plano, cujo objectivo é tornar a Sãvida<br />

numa empresa com melhor qualidade na<br />

prestação de serviços aos utentes, assegurando<br />

a sua sustentabilidade.<br />

Como principais sucessos foram destacados<br />

a eficiência da prestação interna de serviços<br />

médicos e de enfermagem, a optimização<br />

da rede de cuidados secundários, a sistematização<br />

da comparticipação em complementaridade<br />

do SNS, e a racionalização e melhoria<br />

de Postos Médicos, como ocorreu em Setúbal,<br />

Régua, Queluz, Lisboa, Porto, Seia, Viseu<br />

e Bragança.<br />

Para os próximos anos, temos, de imediato,<br />

a utilização plena do SIGMED II, cujos<br />

desenvolvimentos futuros com o portal para<br />

os utentes vai tornar a Sãvida muito mais próxima<br />

de todos aqueles que necessitam dos<br />

seus serviços.<br />

Vamos, ainda, avançar para a revisão dos processos,<br />

a optimização dos meios logísticos (melhorias<br />

em Postos Médicos) e adequação dos<br />

meios humanos, tendo em conta a população<br />

abrangida e o desenvolvimento de parcerias.<br />

Não obstante os condicionalismos que decorrem<br />

da incerteza na política de saúde, a<br />

elevada inflação na saúde, a intervenção activa<br />

da ERS, a redução do número de utentes<br />

e o incremento do recurso às novas tecnologias<br />

da saúde, a Sãvida prepara-se para responder<br />

a estes desafios através da concretização<br />

de parcerias que irão possibilitar uma melhoria<br />

na cobertura da sua rede de serviços e<br />

fazer face ao decréscimo do número de utentes<br />

que a par da subida de idades, com naturais<br />

encargos acrescidos, exigem da Sãvida as<br />

medidas necessárias para a sua sustentabilidade<br />

presente e futura. on<br />

Organograma detalhado<br />

Mapa de Funções<br />

Regulamento Interno<br />

SIGMED II<br />

sãvida<br />

objectivos<br />

PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />

INICIATIVAS ESTRUTURANTES 2008/2009<br />

Melhorias SIGMED II<br />

Manual<br />

de Procedimentos<br />

Interno<br />

Rede de prestação<br />

médica<br />

Coordenação dos Postos<br />

Médicos<br />

Modelo de contratação<br />

de prestadores<br />

Tableaux de Bord<br />

Criação de um<br />

Portal para Utentes<br />

Optimização<br />

da prestação<br />

de serviços médicos<br />

e de enfermagem<br />

Análise e tipificação<br />

do universo de utentes<br />

Identificação das diversas estruturas da Sãvida (centrais e locais),<br />

missão e responsabilidades.<br />

Elaboração do Mapa de Funções da Sãvida, com os respectivos<br />

descritivos, responsabilidade e competências definidas, tendo<br />

em vista a uniformização dos conteúdos das funções.<br />

Elaboração de regulamento interno que defina as normas base<br />

de funcionamento das diversas estruturas, principais processos<br />

a assegurar, delegação de competências e normalização de práticas.<br />

Continuação da resolução das lacunas identificadas ao nível<br />

do registo da informação, segurança e automatismos.<br />

Criação de uma base de informação que permita calcular<br />

indicadores de actividade e de gestão.<br />

Identificação e planeamento de eventuais melhorias a introduzir<br />

no SIGMED II.<br />

Elaboração do Manual Interno tendo em vista a normalização<br />

dos procedimentos nos diversos Postos Médicos e compilações<br />

das diversas normas (internas, legais…), quer do ponto de vista<br />

administrativo, quer da actividade assistencial.<br />

Divulgação do manual de procedimentos.<br />

Divulgação da rede prestadores e convencionados com informação<br />

considerada adequada.<br />

Definição objectiva da função de coordenação dos postos médicos,<br />

na perspectiva de gestor e representante da Sãvida.<br />

Definição de objectivos e parâmetros de qualidade que incorporem<br />

a dimensão de gestão.<br />

Reflexão estratégica sobre o modelo de prestação de cuidados<br />

de saúde, face aos novos condicionalismos de mercado<br />

e de legislação laboral.<br />

Definição e uniformização das métricas de acompanhamento<br />

da actividade e resultados das diferentes estruturas.<br />

Monitorização numa base regular, com definição de acções<br />

específicas em função dos resultados.<br />

Criação de um portal para facilitar o relacionamento do utente<br />

com a Sãvida, numa primeira fase, para os trabalhadores no activo,<br />

com as funcionalidades de carácter informativo e interactivo.<br />

Divulgação de informação online sobre a rede de convencionados,<br />

com critérios de qualificação e ordenação definidos centralmente<br />

pela Sãvida, que induzam a decisão de referenciação (mantendo-se,<br />

no entanto, a liberdade de escolha).<br />

Criação de indicadores.<br />

On | 51


Conciliação da vida pessoal e profissional<br />

altavoltagem<br />

Opinião<br />

Nuria Chinchilla e Francisco Gay Puyal<br />

Conciliação<br />

da vida profissional,<br />

familiar e pessoal<br />

O PROCESSO DE MUDANÇA QUE ESTAMOS A<br />

viver em relação à conciliação da vida profissional,<br />

familiar e pessoal situou-nos num presente<br />

vivo e em ebulição. De tal maneira vivo e em<br />

ebulição, que consideramos oportuno fazer uma<br />

reflexão e uma análise dos seus fundamentos.<br />

Não é de todo fácil, à margem das mudanças<br />

induzidas pela agilíssima evolução tecnológica,<br />

encontrar exemplos de tão rápida evolução e desenvolvimento,<br />

como o que se tem verificado até<br />

agora, em torno da conciliação. Tanto ao nível<br />

do próprio conceito, como na prática.<br />

É certo que ainda estamos longe do desejável.<br />

É certo que ainda falta muito caminho para percorrer,<br />

mas vale a pena recordar que estamos a falar<br />

de uma mudança cultural que afecta toda a sociedade<br />

e, nela, todas as suas classes sociais, e consequentemente<br />

todas as pessoas. E tal requer o seu<br />

tempo, como todos nós sabemos muito bem.<br />

O nosso âmbito de especialidade é a direcção<br />

de pessoas nas organizações e, portanto, cingirnos-emos<br />

a essa questão: às pessoas enquanto<br />

pessoas e enquanto profissionais, e às empresas.<br />

Há, é claro, muitos outros âmbitos a analisar.<br />

Mas aqui iremos tratar do que conhecemos melhor.<br />

Não é por acaso que somos pioneiros na<br />

investigação, docência e divulgação no âmbito da<br />

conciliação trabalho e família, assim como na implantação<br />

e desenvolvimento de sistemas e modelos<br />

de gestão nas empresas, facilitadores da con-<br />

52 | On<br />

ciliação da vida pessoal, profissional e familiar das<br />

pessoas que as integram.<br />

A EVOLUÇÃO DO PRÓPRIO<br />

TERMO “CONCILIAÇÃO”<br />

O processo que seguiu a conciliação já tem um<br />

passado razoável, e suficientemente ilustrativo<br />

que permite a análise a partir da qual se deverá<br />

basear a reflexão.<br />

Comecemos pelo próprio termo e, com ele,<br />

o próprio conceito: Conciliação.<br />

Inicialmente, o termo referia-se – fundamentalmente<br />

ainda que com excepções – à necessidade<br />

de concretização de medidas facilitadoras<br />

da conciliação. Medidas que compreendiam desde<br />

leis e políticas de Estado, passando por políticas<br />

e medidas nas empresas, até à obtenção de<br />

factores de satisfação extrínsecos: os que chegam<br />

do exterior.<br />

A necessidade era – sem que o passado signifique<br />

o final – originada e impulsionada pela problemática,<br />

fundamentalmente feminina e crescente,<br />

no que respeita à percentagem de pessoas<br />

afectadas pelas jornadas duplas de trabalhos e pelas<br />

dificuldades e obstáculos, tanto na sociedade<br />

como na empresa, para o desenvolvimento de<br />

uma vida que pode ser vivida nos seus diferentes<br />

âmbitos.<br />

Hoje, mantendo essa acepção, na medida em<br />

que continua a haver necessidade, o conceito con-<br />

ciliação vai sofrendo variações, nomeadamente<br />

terminológicas, pois temos vindo a descobrir<br />

novas necessidades, enquanto vamos, de forma<br />

razoável, satisfazendo outras.<br />

Daí, por exemplo, que tenham vindo a surgir<br />

termos como: harmonização, integração, equilíbrio,<br />

gestão integral do portfólio vital, etc.<br />

E foram então aparecendo com mais força as<br />

necessidades intrínsecas e, com elas, a pesquisa<br />

de factores de satisfação intrínsecos. Uma evolução<br />

lógica na conduta humana, que nos foi transportando<br />

para a descoberta da necessidade do<br />

auto-desenvolvimento pessoal e profissional e,<br />

como tal, para a procura do modo de harmonizar<br />

e equilibrar interesses entre os diferentes âmbitos<br />

vitais.<br />

CONCILIA A PESSOA. OS OUTROS,<br />

SE ASSIM O DESEJAREM, AJUDAM<br />

Foi-se tornando evidente algo que, em princípio,<br />

surgia oculto ou dissimulado: quem concilia é a<br />

pessoa. Os restantes agentes activos na conciliação,<br />

que os há, devem ser agentes activos na ajuda<br />

e facilitação. Mas somente a pessoa concilia.<br />

Os outros, se assim o desejarem, ajudam.<br />

Fomos descobrindo que conciliar é um verbo<br />

de acção que necessita de um projecto pessoal<br />

prévio, no qual as prioridades estão claramente<br />

definidas. Não pode conciliar quem não sentir<br />

necessidade de o fazer, e dificilmente sentirá


Nuria<br />

Chinchilla<br />

PROFESSORA IESE - ASSES-<br />

SORA DE ALTA DIRECÇÃO -<br />

ORADORA DE EVENTOS-<br />

CONFERENCISTA - AUTORA<br />

DE LIVROS E CASE STUDIES<br />

Nuria Chinchilla é doutorada<br />

em Ciências Económicas<br />

e Empresariais pela Universidade<br />

de Navarra. Formada<br />

em Direito pela Universidade<br />

de Barcelona, tem<br />

Mestrado em Economia e<br />

Administração de Empresas<br />

no Instituto de Estudos<br />

Superiores da Empresa<br />

(IESE) e é doutorada em Direcção<br />

de Empresas na<br />

mesma escola de negócios.<br />

Começou no IESE Business<br />

School em 1984. É membro<br />

do Top Ten do Management<br />

Espanhol e de diversas associações<br />

profissionais e<br />

académicas. Faz parte também<br />

de inúmeros comités e<br />

conselhos.<br />

Nuria é assessora de vários<br />

Governos regionais e estatais.<br />

Entre outras, desenvolveu<br />

as “Guias de Boas<br />

Práticas da Empresa Flexível”<br />

(Comunidade de Madrid<br />

2004-2007 e reeditada<br />

no ano de 2008) e a<br />

“Guia da Igualdade de<br />

oportunidades entre mulheres<br />

e homens na Empresa”<br />

(Comunidade de Madrid<br />

2005 e 2007).<br />

Em 2001, recebe o prémio<br />

FEDEPE à Mulher Directiva<br />

do ano, em 2007, o “Most Valuable<br />

Speaker 2007” atribuído<br />

por Interban Network e,<br />

em 2008, o Prémio Mujer<br />

Directiva da revista Estratégia<br />

Directiva na categoria<br />

Conciliação Empresa-Família.<br />

Também foi premiada<br />

pela Associação Empresa<br />

Mulher com o prémio ASEM<br />

de Ouro pelo seu continuado<br />

contributo à Conciliação Empresa-Família.<br />

conciliação<br />

altavoltagem<br />

On | 53


altavoltagem conciliação<br />

O PRIMEIRO “MANDAMENTO” DA CONCILIAÇÃO É A SUSTENTABILIDADE DO<br />

EMPREGO. RESIDE AÍ A LIGAÇÃO COM A SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL.<br />

<strong>UM</strong>A EMPRESA SUSTENTÁVEL NÃO É APENAS <strong>UM</strong>A EMPRESA QUE RESPEITA<br />

O MEIO AMBIENTE. É, SOBRETUDO E ANTES DE MAIS , <strong>UM</strong>A EMPRESA ECOLO-<br />

GICAMENTE VIÁVEL EM TERMOS DE ECOLOGIA H<strong>UM</strong>ANA.<br />

essa necessidade quem não tenha claramente<br />

definido, ou pelo menos claramente entendido,<br />

o seu projecto pessoal. Projecto em que a dedicação<br />

profissional é uma parte, porém, não o<br />

todo.<br />

Paralelamente, fomos descobrindo que a pessoa<br />

tem necessidades de conciliação pelo facto<br />

de viver em âmbitos que aparecem como fragmentações.<br />

Continua claro que as mulheres têm<br />

uma problemática mais difícil, e portanto, mais<br />

necessidades de conciliação, mas, mesmo assim,<br />

é certo que os homens também têm projectos<br />

diferenciados que querem desenvolver<br />

harmoniosamente, de forma integrada, mediante<br />

condições razoáveis de equilíbrio, e que, tal<br />

como as mulheres – ainda que haja e continuará<br />

a haver singularidades com respeito ao sexo<br />

e ao papel desempenhado – também têm projectos<br />

profissionais, familiares, pessoais, etc.<br />

CONCILIAR: <strong>UM</strong> OBJECTIVO COM<strong>UM</strong><br />

ENTRE PESSOA, EMPRESA E SOCIEDADE<br />

Também em paralelo, a sociedade e as empresas<br />

foram descobrindo que devem ajudar, e que<br />

devem fazê-lo também por interesse próprio.<br />

Expondo a necessidade e ao terem sido capazes<br />

de trabalhar no sentido de encontrar soluções,<br />

foram surgindo âmbitos de colaboração<br />

nos quais, tal como acontece em qualquer<br />

projecto em comum, se foram concretizando<br />

as partes que correspondem a cada membro<br />

da equipa e, especialmente, tornou-se óbvio a<br />

necessidade da co-responsabilidade.<br />

As soluções às necessidades de conciliação<br />

exigem da co-responsabilidade, ou seja, da conduta<br />

responsável de todas e de cada uma das<br />

partes.<br />

Neste sentido, responsabilidade, onde se encontra<br />

a chamada para uma maior maturidade<br />

das pessoas, às quais é pedida maior capacidade<br />

de compromisso para os próprios e para com<br />

os outros.<br />

PRINCÍPIO BÁSICO NA CONCILIAÇÃO:<br />

CO-RESPONSABILIDADE<br />

Descobrimos que conciliar trabalho e família,<br />

54 | On<br />

assim como conciliar qualquer outro binómio<br />

que inclua trabalho, passa por entender, e respeitar,<br />

que é necessário manter o trabalho.<br />

Desta forma, o primeiro “mandamento” da<br />

conciliação é a sustentabilidade do emprego. Reside<br />

aí a ligação com a sustentabilidade empresarial<br />

e do mercado de trabalho. Uma empresa sustentável<br />

não é apenas, e nem sequer é o mais importante,<br />

uma empresa ecológica e que respeita<br />

o meio ambiente. Uma empresa sustentável é, sobretudo<br />

e antes de mais nada, uma empresa ecologicamente<br />

viável em termos de ecologia humana.<br />

Com o termo responsabilidade gerado e<br />

actuando sobre a conduta das pessoas, surgem<br />

as necessidades transcendentes. Ou seja, a necessidade<br />

de actuar pensando no impacto que<br />

as decisões têm sobre os outros. De outra forma,<br />

não resulta. Pelo menos, não resulta por<br />

muito tempo.<br />

Isso é o que íamos descobrindo no processo,<br />

em paralelo e à medida que avançávamos na descoberta<br />

de factores de satisfação das necessidades<br />

de conciliação: que no princípio e no fim estão<br />

sempre os outros. No princípio e no fim está a<br />

pessoa. A pessoa entendida como finalidade e,<br />

com ela, a mais nobre e fundamental das organizações<br />

humanas: a família.<br />

E, enquanto avançávamos, surgiam termos<br />

como gestão, atracção, fidelização e rentabilização<br />

do talento, salário mensal, absentismo emocional,...<br />

e outros, como compromisso, equidade,<br />

inovação, flexibilidade... Ia surgindo, cada vez<br />

mais claramente definido, o núcleo da conciliação:<br />

a pessoa e as suas responsabilidades familiares.<br />

O resto surgia como aquilo que realmente é:<br />

secundário, ainda que importante.<br />

O FUNDAMENTAL DA CONCILIAÇÃO<br />

Motivos transcendentes, intrínsecos e extrínsecos.<br />

Esse, e apenas esse, é o modelo conceptual.<br />

Não há equilíbrio, integração nem integridade<br />

possível sem os três elementos. E a ordem, agora<br />

e sempre que falamos de conduta humana na sua<br />

plenitude e globalidade, não é casual. E muito menos<br />

no que respeita à conciliação, onde fica claro<br />

que as necessidades transcendentes são a prioridade<br />

e os aspectos fundamentais da acção.<br />

Esta exposição, à qual poderíamos ter chegado<br />

desde o início e pela via teórica, foi igualmente<br />

constatada pela nossa experiência fora deste<br />

fundamento sólido, ou parcialmente no mesmo,<br />

e verificámos como surgem rápida e, por vezes,<br />

dramaticamente, o efeito boomerang.<br />

Seguindo este esquema, a tipologia das empresas<br />

é, também ela, repartida em três:<br />

1) Vimos – lamentavelmente ainda se vêem –<br />

empresas que, tanto em termos de RSE como<br />

em termos de RSI, orientaram as suas actividades<br />

para satisfazer necessidades extrínsecas – pouco<br />

– para divulgar, publicitar e vangloriar-se disso.<br />

Sabemos como é o final da história. Inexoravelmente<br />

chega rápido: frustração, rejeição, fracasso,<br />

agravamento do clima interno e do prestígio<br />

externo, quebra de competitividade, perda<br />

de confiança dos empregados e, consequentemente,<br />

dos clientes...<br />

2) Conhecemos empresas que, mal administradas<br />

ou excessivamente imersas num asfixiante<br />

ambiente de resultados e curtos prazos, implementaram<br />

medidas facilitadoras da conciliação,<br />

mas com os olhos postos apenas nos benefícios<br />

da conta de ganhos e perdas e não com critério<br />

de investimento, tendo em conta a sustentabilidade<br />

e a melhoria do activo do seu balanço. Tanto<br />

nestes casos, como nos anteriores, o empregado<br />

é visto como instrumento, como recurso, e<br />

não como pessoa. Também sabemos como termina<br />

a história, um pouco mais comprida que<br />

no caso anterior, mas afinal também curta e com<br />

os mesmos termos para associar aos resultados.<br />

3) Igualmente conhecemos, e são cada vez<br />

mais, empresas nas quais o foco, a gestão e a prática<br />

são realizados em coerência com o aspecto<br />

fundamental do modelo. Costumam ir devagar,<br />

mas com garantia. Comprometem-se, implicamse,<br />

certificam-se, e fazem-no por interesse próprio<br />

e porque se preocupam verdadeiramente<br />

com as pessoas na sua totalidade.<br />

A VIA CERTA<br />

As empresas do terceiro grupo são empresas que<br />

as pessoas escolhem para nelas colaborar. São pessoas<br />

comprometidas em primeiro lugar com elas<br />

próprias e, portanto, com capacidade de compromisso.<br />

Pessoas íntegras, com projectos definidos<br />

e integrados. Pessoas que trabalham com esforço<br />

e sacrifício para a concretização dos seus<br />

objectivos. Pessoas que já descobriram que o resultado<br />

é consequência do próprio desenvolvimento<br />

e das suas contribuições para com os ou


tros. Pessoas que valorizam, reconhecem e retribuem<br />

o facto de ser motivo de preocupação e ocupação<br />

dos outros.<br />

Quem não quer colaboradores assim? Quem<br />

não confere autonomia a pessoas assim? Quem receia<br />

o fracasso com este tipo de colaboradores?<br />

No terceiro tipo de empresas, o êxito e a sua<br />

sustentabilidade no tempo estão assegurados.<br />

Conhecemos até casos em que apenas assim há lugar<br />

para uma expectativa razoável de viabilidade<br />

em situações de catástrofe no ambiente. E encontram-na<br />

e saem fortalecidas dessas situações. A<br />

experiência, nossa experiência, assim o certifica.<br />

É evidente que empresas assim não se fazem da<br />

noite para o dia. Não bastam, ainda que sejam imprescindíveis,<br />

políticas e medidas fáceis e rápidas<br />

sem serem dispendiosas. Também não são suficientes,<br />

ainda que sejam necessários, os processos e os<br />

procedimentos, os indicadores e a gestão profissional<br />

do modelo. Não se trata de uma questão apenas,<br />

mas também, de sensibilização, divulgação, formação.<br />

É afinal, uma questão de confiança: esse<br />

sentimento de segurança que se gera com a prática,<br />

com a conduta diária.<br />

É uma questão de cultura, porque a cultura é<br />

como se cultiva a confiança juntamente com o<br />

modo como fazemos as coisas aqui.<br />

CONCLUSÃO<br />

A onda vai continuar. Continuaremos a avançar<br />

até uma sociedade mais conciliadora. Existem razões<br />

fortes que irão estar a contribuir para o progresso.<br />

A questão é:<br />

• Vai ficar fora da sua empresa?<br />

• Quer seguir a via certa?<br />

Se decidir ficar de fora, estará a auto-excluir-se.<br />

Progressivamente, e com cada vez menos tempo<br />

para rectificar, viverá a rejeição do mercado do talento,<br />

a indiferença emocional dos seus colaboradores,<br />

o aumento do absentismo emocional, a perda<br />

de confiança,...que inevitavelmente se traduzirá<br />

numa diminuição da qualidade dos seus pro-<br />

dutos e serviços, numa perda de capacidade competitiva<br />

e numa perda de confiança dos seus clientes,...<br />

Se decidir viver a sua própria curva de experiência,<br />

não cometa o erro de cair em tentação a<br />

curto prazo e/ou publicitária. São de voo curto e<br />

aterragem dura.<br />

Siga a via certa:<br />

• Para começar, verifique o lugar onde está, situese.<br />

Faça um diagnóstico sério e sereno. (Pode encontrar<br />

um autodiagnóstico gratuito em<br />

http://www.iese.edu/es/icwf ).<br />

• Defina o seu projecto, tendo, necessariamente, em<br />

conta a sustentabilidade da sua empresa, mas com<br />

critério de investimento. Defina decisões a curto,<br />

médio e longo prazo. Elabore o seu Plano de Conciliação<br />

desde o Diagnóstico, mas integrado no seu<br />

Plano Estratégico.<br />

• Comprometa-se. Afaste-se das tentações de abandono<br />

e/ou de utilizar “atalhos”. Certifique-se. É a<br />

melhor maneira de ser credível, base para a confiança,<br />

e um antídoto para as tentações de retrocesso<br />

perante as primeiras dificuldades, que certamente<br />

terá.<br />

• Desenvolva os seus planos com rigor e profissionalismo.<br />

Administre-os com o mesmo rigor, ou<br />

mais, com o rigor com que gere qualquer outro<br />

plano na sua empresa, e estes planos são os importantes.<br />

Aceite um modelo contrastado de gestão e<br />

que lhe permita o contraste.<br />

• Não se deixe levar apenas por motivos extrínsecos<br />

e/ou intrínsecos. Faça-o por motivos transcendentes:<br />

porque acredita efectivamente que as pessoas<br />

da sua empresa são finalidades e não meros<br />

instrumentos. Só assim funcionará. As pessoas,<br />

incluindo você, possuem um apurado olfacto para<br />

detectar quem as instrumentaliza, utiliza. E, uma<br />

vez detectado, tratam de manter distância.<br />

O nosso desejo de que a sua escolha seja pela<br />

via certa, não tem como objectivo somente o seu<br />

bem-estar – que também nos importa – mas sim,<br />

o bem-estar e a plenitude das pessoas sobre as quais<br />

você incide, assim como a produtividade sustentável<br />

da sua empresa. on<br />

É CLARO QUE AS MULHERES TÊM <strong>UM</strong>A PROBLEMÁTICA MAIS DIFÍCIL E, PORTANTO,<br />

MAIS NECESSIDADES DE CONCILIAÇÃO, MAS MESMO ASSIM É CERTO QUE OS HOMENS<br />

TAMBÉM TÊM PROJECTOS DIFERENCIADOS QUE QUEREM DESENVOLVER HARMONIO-<br />

SAMENTE MEDIANTE CONDIÇÕES RAZOÁVEIS DE EQUILÍBRIO, E QUE, TAL COMO AS<br />

MULHERES, TAMBÉM TÊM PROJECTOS PROFISSIONAIS, FAMILIARES, PESSOAIS, ETC.<br />

conciliação<br />

Francisco<br />

Gay Puyal<br />

altavoltagem<br />

Engenheiro Industrial, Bacharel pelo<br />

ESADE de Barcelona e Bacharel pelo<br />

IESE de Barcelona.<br />

Professor em part-time no IESE desde<br />

1989, na Área de Direcção de Pessoas<br />

nas Organizações, e colaborador científico<br />

do Internacional Center Work and<br />

Family (ICWF) de IESE.<br />

Director geral e conselheiro delegado<br />

de Instituições Educativas e consultor<br />

da Alta Direcção para questões relacionadas<br />

com a Direcção de Pessoas nas<br />

Organizações, Conciliação e Coaching.<br />

Autor de vários casos e notas técnicas<br />

publicadas pelo IESE e colaborador habitual<br />

de publicações especializadas.<br />

O background profissional inclui uma<br />

ampla experiência profissional desenvolvida<br />

em várias companhias dos sectores<br />

agro-alimentares, finanças e serviços<br />

educativos. No mencionado processo<br />

desempenhou funções de: vendedor,<br />

chefe de vendas, director comercial,<br />

director de divisão, director geral<br />

e conselheiro delegado.<br />

Actualmente, é membro do Conselho<br />

de Administração em três empresas<br />

dos sectores educativo, farmacêutico<br />

e editorial.<br />

On | 55


objectivos concretos para um futuro melhor<br />

compromissos<br />

PRINCIPAIS PRIORIDADES PARA 2012...<br />

EDP PRODUÇÃO<br />

• Executar o pipeline de projectos, dentro dos<br />

prazos e orçamento<br />

• Maximizar a flexibilidade de funcionamento<br />

das centrais<br />

• Optimizar a gestão operacional dos centros<br />

produtivos (Ex: Lean; Skipper)<br />

• Adoptar uma política de recursos humanos<br />

que permita (i) o rejuvenescimento dos quadros<br />

(ii) a transmissão do conhecimento e<br />

(iii) a retenção dos quadros mais jovens.<br />

EDP DISTRIBUIÇÃO<br />

• Consolidar o processo de reorganização do<br />

56 | On<br />

negócio da Distribuição<br />

• Optimizar o investimento<br />

• Reduzir custos operacionais<br />

(automatização e Lean)<br />

• Melhorar a qualidade do fornecimento<br />

• Melhorar as condições regulatórias<br />

EDP RENOVÁVEIS<br />

• Foco na execução do pipeline<br />

(total de 10,6 GW instalados até 2012)<br />

• Forte controlo e disciplina no CAPEX<br />

• Atingir os mais elevados padrões<br />

de eficiência operacional e melhor práticas<br />

• Abordagem selectiva às oportunidades<br />

de crescimento, balanceando risco e retorno<br />

(novos mercados e tecnologias e gestão comercial<br />

do portfólio)<br />

EDP COMERCIAL, SOLUÇÕES COMERCIAIS E SU<br />

• Manter a liderança no processo de liberalização<br />

dos mercados de energia em Portugal<br />

• Assegurar EBITDA positivo, através da<br />

eficiência e flexibilidade da operativa comercial<br />

• Continuar a melhorar a eficiência comercial<br />

da rede de agentes<br />

• Intensificar a gestão do risco regulatório<br />

• Melhorar a qualidade de serviço


OS COMPROMISSOS DA EDP<br />

TÊM <strong>UM</strong> HORIZONTE QUE VAI ATÉ 2012.<br />

Os nossos compromissos com o mercado<br />

Programa de corte de custos de 160 mil euros<br />

Crescimento médio anual do EBITDA 2007-2012: 12%<br />

Crescimento médio anual do Resultado líquido ajustado 2007-2012: 10%<br />

Dívida Líquida / EBITDA: 3.2x em 2012<br />

Dividendo por acção continua a crescer ¤0.015 por ano<br />

EDP GÁS<br />

• Reforço do sourcing<br />

• Um milhão de pontos de abastecimento<br />

pós 2010<br />

• Crescimento comercial, dependente<br />

da evolução das tarifas<br />

• Partilha de melhores práticas<br />

• Reforço regulado do investimento nos activos<br />

<strong>ENERGIA</strong>S DO BRASIL<br />

• Expandir o negócio convencional de geração<br />

• Desenvolver e implementar opções<br />

de crescimento nas Renováveis<br />

• Expandir negócio de trading<br />

• Optimizar CAPEX e OPEX<br />

• Ajustar a Organização para potenciar<br />

o crescimento e eficiência<br />

HC ENERGÍA<br />

• Optimizar o negócio de Produção<br />

• Gerir a agenda regulatória<br />

• Desenvolver o portfólio de negócios<br />

(Soto 5, oportunidades na Distribuição,...)<br />

• Aumentar a eficiência e controlo de custos<br />

• Optimizar o capital humano<br />

EDP VALOR<br />

• Consolidação do rejuvenescimento e requalifi-<br />

edp<br />

compromissos<br />

cação do quadro de Recursos Humanos<br />

• Concretizar uma redução superior a 10%<br />

dos custos operacionais, a preços constantes<br />

• Alargar a prestação de serviços a novas áreas<br />

e âmbitos geográficos<br />

EDP INOVAÇÃO<br />

• Posicionar-se em áreas-chave de Inovação<br />

como Energia Offshore, energia solar, mobilidade<br />

eléctrica, redes inteligentes, captura<br />

e sequestro de CO 2, e eficiência energética.<br />

• Desenvolver uma rede de cooperação<br />

no seio da comunidade de Venture Capital<br />

• Aumentar interacção com Brasil, Espanha e EUA. on<br />

On | 57


edp way<br />

MAKING OF<br />

O ESPECTÁCULO VAI COMEÇAR<br />

58 | On<br />

1, 2, 3…<br />

ACÇÃO!<br />

OS ENCONTROS ENVOLVEM MAIS GENTE E MEIOS DO QUE SE POSSA<br />

IMAGINAR. O TRABALHO DE BASTIDORES É FRENÉTICO E EXAUSTIVO<br />

MAS, AO MESMO TEMPO, GRATIFICANTE, QUANDO O ESPECTÁCULO<br />

CORRE BEM. FIQUE A SABER COMO TUDO APARECE PRONTO<br />

PARA RECEBÊ-LO DA MELHOR MANEIRA. DESDE O SOM, ÀS LUZES,<br />

PASSANDO PELO AMBIENTE GERAL, ATÉ ÀS REFEIÇÕES, NADA<br />

É DEIXADO AO ACASO. DÊ <strong>UM</strong>A ESPREITADELA AOS BASTIDORES.<br />

EM SANTA MARIA DA FEIRA, NO EUROPARQUE,<br />

o ambiente estava agitado. Faltavam 24 horas para<br />

o encontro começar e havia ainda muito trabalho<br />

por fazer: cadeiras por arrumar, mesas por montar,<br />

intermináveis ajustamentos de som e luzes por<br />

fazer. O ritmo era acelerado. Mais de 300 pessoas<br />

corriam de um lado para o outro para que tudo<br />

funcionasse. Mas nem a azáfama impediu que<br />

o responsável pela equipa da Desafio Global –<br />

empresa de eventos contratada pela EDP – nos<br />

dispensasse uns minutos preciosos para responder<br />

muito simpaticamente, a algumas perguntas<br />

sobre a logística dos Encontros EDP.<br />

Pedro Rodrigues, global coordinator da Desafio


Global, explicou-nos como eventos desta dimensão<br />

funcionam. “É tudo montado em 48 horas,<br />

porque os locais são alugados continuamente e<br />

quando acaba um evento já é preciso abrir espaço<br />

para o outro. Temos 48 horas para montar o<br />

Porto e 48 horas para Lisboa, só que amanhã, que<br />

é o primeiro dia dos Encontros no Porto, é o pico<br />

das montagens em Lisboa”, explica.<br />

Ou seja, um trabalho em simultâneo e para isso<br />

a Desafio Global tem duas equipas: “ao mesmo<br />

tempo que, no Porto, está a decorrer o evento, há<br />

uma pequena equipa nossa que está em Lisboa.<br />

Mal termine o evento no Porto a equipa desce<br />

para Lisboa e junta-se à que já lá está.” Mas não<br />

seguem de malas vazias, pois há aqui uma série<br />

de reaproveitamentos de materiais – elementos da<br />

sonografia, dos palcos, cadeiras...<br />

Há sete anos que a Desafio Global presta este<br />

serviço à EDP, pelo que existe uma coordenação<br />

perfeita entre a empresa e o Departamento de<br />

Marca e Comunicação.<br />

Quanto aos Encontros em Espanha, a Desafio<br />

Global funciona apenas como consultor: “a imagem<br />

é nossa, toda a parte de design é nossa, e no<br />

fundo, Espanha e Brasil replicam.”<br />

O encontro deste ano – “Um Mundo, uma energia”<br />

– demorou cerca de seis meses a preparar. Trata-se<br />

de um evento único em Portugal. on<br />

edp way<br />

MAKING OF<br />

On | 59


edp way<br />

MAKING OF<br />

60 | On


NÚMEROS DOS ENCONTROS<br />

EM PORTUGAL<br />

7.738 Pessoas<br />

15.000Coffee-breaks<br />

110 Autocarros<br />

12.500m2 de alcatifa<br />

45.000W de som<br />

4.000W de luz<br />

300Pessoas nos bastidores<br />

7.500Almoços<br />

NÚMEROS DE PESSOAS<br />

EM ESPANHA<br />

480<br />

Madrid<br />

1.165<br />

Gijón<br />

305<br />

Bilbao<br />

edp way<br />

MAKING OF<br />

On | 61


edp way<br />

INDO EU, INDO EU<br />

De Sines a Lisboa<br />

ACOMPANHÁMOS O CASAL<br />

GRAMACHO – MARIA<br />

HENRIQUETA E ANTÓNIO<br />

EDUARDO – ATÉ AO<br />

ENCONTRO NO PAVILHÃO<br />

ATLÂNTICO. <strong>UM</strong>A VIAGEM<br />

DE SINES A LISBOA<br />

EM MUITO BOA COMPANHIA.<br />

62 | On<br />

ERAM SEIS DA MANHÃ, AINDA NOITE CERRADA,<br />

quando chegámos a casa do casal Gramacho, uma<br />

vivenda acolhedora na Rua Estêvão da Gama. Por<br />

uma feliz coincidência, ambos trabalham na Central<br />

de Sines – mas não foi na empresa que o amor<br />

aconteceu. Acolhimento caloroso, ao contrário do<br />

frio que se fazia sentir do outro lado da porta. Imediatamente<br />

nos ofereceram um café, o ambiente<br />

aqueceu e a conversa foi-se desenrolando.<br />

António Eduardo Gramacho, assistente técnico<br />

do departamento de manutenção da Direcção de<br />

Produção da Central, trabalha na EDP há 30 anos.<br />

Passou por várias centrais antes de Sines, deixando<br />

temporariamente a mulher e o filho em Lisboa.<br />

Um ano depois, foi Maria Henriqueta a fazer as<br />

malas. Passados 24 anos, não trocavam Sines pela<br />

capital. “Já estava um bocadinho farta de Lisboa.<br />

Morávamos numa ponta da cidade e eu trabalhava<br />

na outra. Até para o meu filho foi muito melhor<br />

mudarmo-nos para aqui”, conta Maria Henriqueta.<br />

A conversa não poderia continuar, pois corríamos<br />

o risco de perder o transporte que nos levava<br />

até aos Encontros. Às sete da manhã estava o<br />

autocarro cheio e pronto para arrancar viagem. O<br />

ambiente animado pela voz inconfundível de Tina<br />

Turner. Nos 167 quilómetros que nos distanciavam<br />

de Lisboa, fomos conversando sobre o percurso do<br />

casal e a expectativa que tinham face ao Encontro.<br />

Quando entrou na empresa, António foi para<br />

o Carregado: “Estive cerca de um ano na manutenção<br />

da Central do Carregado. Depois fui para a<br />

Central de Setúbal, em 1977, no arranque, e estive


LISBOA<br />

6:00: Café da manhã<br />

lá até 1983. Foi em 1983 que vim para Sines”.<br />

Ao contrário de António, Henriqueta sempre<br />

trabalhou em Lisboa. Mas, passado um ano de o<br />

marido mudar para Sines, conseguiu uma vaga na<br />

mesma central: “No início, tive um contrato de<br />

prestação de serviços, mas depois um colega aposentou-se<br />

e então fizeram-me o contrato. Passado<br />

um ano e meio passei a efectiva.”<br />

Dos Encontros EDP não prescindem e nunca<br />

falharam. “Revemos colegas e é bom para<br />

sabermos as novidades da empresa”, diz Maria<br />

Henriqueta. Aliás, durante a viagem, António<br />

já tinha recebido um telefonema de um amigo<br />

que não via há algum tempo, que já o esperava<br />

no Pavilhão Atlântico.<br />

Quanto ao Plano de Negócios “o que espera-<br />

07:45: Paragem em Alcácer do Sal<br />

SINES<br />

mos é que pelo menos<br />

não dê prejuízo, está na<br />

moda tudo dar prejuízo”, brinca António. Ambos<br />

têm a consciência que será um plano mais exigente,<br />

tendo em conta o estado da economia.<br />

Uma empresa, uma vida<br />

Maria Henriqueta sempre gostou do que faz, e da<br />

região onde estão. Já António sente que, quando<br />

entrou, cultivava-se muito o amor à camisola, que<br />

a dada altura se perdeu um pouco, e que agora, segundo<br />

ele, se está a retomar. “Eu não consigo separar<br />

a minha vida particular da empresa, muitas<br />

vezes a empresa está à frente da vida particular.” O<br />

facto de ambos trabalharem na mesma empresa facilita<br />

o entendimento: “eu só vejo vantagens em<br />

8:30: Chegada a Lisboa<br />

ALCÁCER DO SAL<br />

6:17: Saída de casa<br />

edp way<br />

INDO EU, INDO EU<br />

trabalhar no mesmo local que a minha mulher, porque<br />

só nos juntamos à hora de almoço e à hora de<br />

saída. Às vezes, durante o dia nem nos vemos”,<br />

adianta. Também o trabalho de Maria Henriqueta,<br />

na área da logística, não permite estar parada um<br />

segundo: “a todo o momento o telefone toca e muitos<br />

dias não dá para falarmos”.<br />

Durante 162 quilómetros e cerca de 1 hora<br />

e 50 minutos de companhia, ficou uma certeza:<br />

voltar a morar em Lisboa para este casal<br />

está fora de questão.<br />

Chegámos ao Pavilhão Atlântico antes da hora<br />

marcada e logo aproveitaram para rever amigos e<br />

colegas. No final, mostraram-se satisfeitos com tudo<br />

o que se passou no Pavilhão Atlântico. Um dia para<br />

matar saudades antigas e criar novas. on<br />

On | 63


sustentabilidade<br />

CO2 FREE<br />

64 | On<br />

edp<br />

MISSÃO<br />

C<strong>UM</strong>PRIDA<br />

PELA PRIMEIRA VEZ NO GRUPO,<br />

FORAM NEUTRALIZADAS AS EMISSÕES<br />

DE CO 2 REFERENTES AOS ENCONTROS<br />

EDP, EM PORTUGAL. COMPENSÁMOS<br />

141,5 TONELADAS DE CO 2 eq ATRAVÉS<br />

DE CRÉDITOS DE CARBONO, NEUTRALI-<br />

ZANDO ASSIM O IMPACTO AMBIENTAL<br />

DESTES EVENTOS.<br />

OS TRÊS ENCONTROS (<strong>UM</strong> DIA NO EUROPARQUE<br />

e dois no Pavilhão Atlântico) da EDP foram considerados<br />

“emission neutral certified” (certificação<br />

de neutralidade de emissões) e para isso<br />

houve que contabilizar os seguintes elementos:<br />

o consumo de energia eléctrica (iluminação,<br />

equipamentos audiovisuais e climatização); os<br />

transportes colectivos e individuais - autocarros,<br />

viaturas próprias e viaturas da frota EDP;<br />

o serviço de catering (só considerado o transporte)<br />

e a produção do número 10 da revista<br />

ON.<br />

Como se compensa?<br />

A compensação é feita através de “créditos de<br />

carbono” (VER – Verified Emission Reductions),<br />

usando metodologias aprovadas pelos CDM (Mecanismos<br />

de Desenvolvimento Limpo), previstos<br />

no Protocolo de Quioto. Os créditos adquiridos<br />

referem-se a projectos certificados pelas<br />

Nações Unidas, implementados, preferencialmente,<br />

em países em vias de desenvolvimento,<br />

favorecendo os países de expressão lusófona.<br />

Veja os exemplos na caixa. on<br />

EXEMPLOS DE PROJECTOS<br />

GERADORES DE CRÉDITOS<br />

DE CARBONO<br />

Tecnologias energéticas<br />

melhoradas de biomassa<br />

• Produção mais eficiente<br />

de carvão vegetal<br />

• Fornecimento de fogões mais<br />

eficientes, substituindo<br />

os tradicionais fogareiros<br />

Resíduos florestais e agrícolas<br />

para produção de energia<br />

• Compressão de resíduos<br />

florestais para obtenção<br />

de briquetes (pellets)<br />

• Combustão de resíduos agrícolas<br />

(palha de arroz, cascas de coco,<br />

etc.) para produção de vapor,<br />

substituindo as caldeiras a diesel<br />

Utilização de geradores eólicos<br />

ou painéis fotovoltaicos<br />

• Fontes energéticas limpas<br />

e abundantes<br />

• Evitam utilização de geradores<br />

a diesel ou carvão<br />

Equipamento energeticamente<br />

eficiente<br />

• A nível doméstico: ex. lâmpadas<br />

de baixo consumo<br />

• A nível industrial: ex. melhoria<br />

das instalações


Materiais<br />

papel e toner<br />

Transportes<br />

carros privados<br />

Transportes<br />

autocarros<br />

1%<br />

8%<br />

31%<br />

Encontros 2008<br />

os elementos que mais<br />

pesaram na contabilização<br />

das emissões de co 2<br />

TONELADAS DE CO 2 PRODUZIDAS,<br />

POR ÁREA, NOS ENCONTROS 2008<br />

tCO2eq<br />

Catering 13,3<br />

Electricidade e Climatização 69,3<br />

Transporte: carros individuais 11,1<br />

Transporte: autocarros 43,6<br />

Materiais: papel e toner 4,3<br />

Total: 141,5<br />

edp<br />

sustentabilidade<br />

Catering 10%<br />

Electricidade<br />

e Climatização 50%<br />

CO2 FREE<br />

On | 65


nós somos EDP<br />

ENCONTROS<br />

para o ano<br />

há mais<br />

DEU <strong>UM</strong> TRABALHÃO, MAS VALEU A PENA. OS ABRAÇOS<br />

À ENTRADA, AS CONVERSAS DURANTE, AS INFORMAÇÕES<br />

E COMPARAÇÕES EM TODOS OS MOMENTOS, OS SORRI-<br />

SOS E ‘ADEUSES’ À SAÍDA. COMO SERIA DE ESPERAR, N<strong>UM</strong><br />

GRUPO DE ALTA TECNOLOGIA, CORREU TUDO COM PRECI-<br />

SÃO MILIMÉTRICA, COMO SE ATÉ OS IMPREVISTOS ESTI-<br />

VESSEM CALCULADOS. MAS, POR MUITO BOM QUE TENHA<br />

SIDO, <strong>UM</strong>A COISA É CERTA: PARA O ANO SERÁ MELHOR.<br />

66 | On


SANTA<br />

MARIA DA<br />

FEIRA<br />

LISBOA<br />

MADRID<br />

GIJÓN<br />

BILBAO

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