UM MUNDO UMA ENERGIA - Edp
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on<br />
<strong>ENERGIA</strong> SEM LIMITES · JANEIRO 2009 · Nº11<br />
ENCONTROS<br />
2008<br />
<strong>UM</strong><br />
<strong>MUNDO</strong><br />
<strong>UM</strong>A<br />
<strong>ENERGIA</strong><br />
· SANTA MARIA DA FEIRA<br />
· LISBOA<br />
· MADRID<br />
· GIJÓN<br />
· BILBAO<br />
CO 2 FREE<br />
EMISSÕES<br />
DOS ENCONTROS<br />
NEUTRALIZADAS
Entregar<br />
e acreditar<br />
Pediram-me para escrever o editorial deste número da<br />
ON. Faço-o com gosto. Escrevi na revista da EDP,<br />
pela última vez, no número do primeiro trimestre de<br />
1998. Dei ao editorial o título "Por morrer uma andorinha".<br />
Fi-lo por, tal como na canção imortalizada por<br />
Carlos do Carmo, acreditar que, depois do penoso<br />
Inverno de 1998, a Primavera regressaria à EDP,<br />
renovada pela esperança simbolizada na cor, beleza e perfume das<br />
flores e purificada pelo verde das jovens folhas.<br />
A vida é feita de encontros. A maioria, agradáveis e que deixam<br />
saudades. Mas também de desencontros. Procuramos esquecê-los,<br />
embora alguns representem lições e ajudem a perceber melhor<br />
o complexo ser que é o homem. Quero falar dos primeiros,<br />
recordando uma importante mensagem transmitida nos recentes<br />
Encontros Gerais de Colaboradores.<br />
Todas as organizações geram sucessos e insucessos. Criam ilusões<br />
e desilusões. Sofrem das imperfeições da capacidade humana. São generosas<br />
e egoístas. Albergam homens e mulheres fantásticos e outros<br />
que têm dificuldade em enquadrar-se. Periodicamente, necessitam de<br />
correcções. Correm riscos agravados pela difícil previsibilidade das<br />
mudanças do meio envolvente. Nos últimos vinte anos, assistimos à<br />
queda do Muro de Berlim. Ao desfazer do Império Soviético. À unificação<br />
da Alemanha. À criação do Euro. Ao alargamento da União<br />
Europeia para 27 membros, nos quais se incluem vários ex-satélites da<br />
União Soviética. Ao desmembramento da Jugoslávia. Ao nascimento<br />
de novos países. À pneumonia do comunismo. À gripe do capitalismo.<br />
À revelação da outra face do liberalismo. Às fragilidades do mercado<br />
de capitais. Aos pés de barro do sistema financeiro. À reconquista<br />
do papel de protector-mor do Estado. À insegurança gerada pelos<br />
fundamentalismos. À existência de centenas de milhões de seres<br />
humanos que continuam a viver na mais degradante miséria. Nestes<br />
vinte anos, a EDP teve momentos altos e baixos. Os seus dirigentes de<br />
topo souberam definir caminhos. Os quadros intermédios tiveram a<br />
capacidade para dar corpo ao desenho das acções, sem as quais as<br />
estratégias não passam de vistosos power points. Os trabalhadores<br />
António de Almeida<br />
PRESIDENTE DO CONSELHO GERAL DE SUPERVISÃO DA EDP<br />
editorial<br />
edp<br />
foram os artífices anónimos, sem os quais nada teria sido conseguido.<br />
A EDP está presente em Portugal, Brasil, Bélgica, Espanha, EUA,<br />
França, Polónia, Roménia e Macau. Tem objectivos bem definidos<br />
e ambiciosos, mas realizáveis. Doseou bem os riscos. Está a desenvolver<br />
um plano de investimentos de cerca de 12 mil milhões de<br />
euros. Soube criar o equilíbrio entre compromissos e recursos. Comprometeu-se<br />
a privilegiar os investimentos em Portugal. Representa<br />
um importante empregador. Criou oportunidades profissionais para<br />
talentos internos. Ajustou os custos para níveis consentâneos com<br />
a sua actividade. Ganhou posição no negócio do gás natural.<br />
Encontrou as parcerias certas. Percebeu a dinâmica da inovação num<br />
sector tão tradicional como o da electricidade. Consolidou e alargou<br />
o núcleo duro de accionistas. Soube resistir às tentações dos<br />
resultados imediatos, preferindo criar condições de futuro, como<br />
aconteceu com a extensão do domínio hídrico. Transformou-se no<br />
quarto operador mundial nas eólicas. Assumiu a responsabilidade<br />
social de devolver à sociedade parte dos lucros que auferiu. Deu<br />
corpo a um modelo de governo de empresa, no qual as funções de<br />
gestão e de supervisão se entrelaçam para a criação de valor.<br />
A EDP é a maior empresa nacional. Sólida. Rentável. Respeitada.<br />
Temos motivos para nos sentirmos orgulhosos. Tal como António<br />
Mexia transmitiu durante os Encontros, duas palavras-chave<br />
para o sucesso são entregar e acreditar. Para desenhar estratégias é<br />
preciso visão, mas há modelos e consultores especialistas. Para os<br />
comunicar, existem técnicas sofisticadas. Para preparar planos de acção,<br />
há experiência acumulada. O mais importante consiste em entregar<br />
no momento certo. É aí que muitas organizações, com excelentes<br />
planos de negócios, falham. A EDP entregou tudo a que se<br />
havia comprometido para o último triénio. E foi capaz de entregar,<br />
porque o seu elemento humano acreditou. Não o acreditar da<br />
essência da fé, mas o acreditar do querer realizar.<br />
Vamos prosseguir o nosso percurso. Atentos. Ambiciosos. Diligentes.<br />
Determinados. Exigentes. Responsáveis. Solidários. Orgulhosos. Não<br />
desistiremos de entregar, porque vamos continuar a acreditar na EDP<br />
e em nós próprios, seja qual for a estação do ano. on<br />
On | 3
índice<br />
Janeiro<br />
*<br />
Os dados estão<br />
lançados até 2012<br />
ficha técnica<br />
On é uma edição bimestral<br />
Proprietário EDP – Energias de Portugal, SA<br />
Praça Marquês de Pombal, 12, 1250-162 Lisboa Tel: 210 012 680<br />
Fax: 210 012 910 gmc@edp.pt<br />
Director Paulo Campos Costa<br />
Editora Peninsula Press SL<br />
Rua dos Correeiros 120, 4º esq , 1100-168 Lisboa<br />
Administrador executivo Stella Klauhs info@peninsula-press.com<br />
Redacção José Couto Nogueira (editor), Joana Peres (redactora),<br />
Nuno Santos e Marta Conceição (arte), Alexandre Almeida,<br />
Adelino Oliveira e José Caria (fotografia), Ana Godinho (revisora)<br />
Coordenação EDP Margarida Glória<br />
Distribuição gratuita Portugal - 23.000 exemplares;<br />
Espanha- 3.500 exemplares; Brasil- 3.200 exemplares<br />
Tipografia MIRANDELA - Artes Gráficas, SA<br />
Rua Rodrigues Faria nº 103, 1300-501 Lisboa<br />
Telf. +351 21 361 34 00 (Geral)<br />
Fax. +351 21 361 34 69<br />
Isenta de registo na E.R.C., ao abrigo do decreto regulamentar 8/6, artigo 12º nº1-a<br />
4 | On<br />
3<br />
6<br />
8<br />
capital humano compromissos conciliação editorial<br />
Encontros 2008<br />
Editorial António de Almeida<br />
fala-nos do passado, do presente<br />
e do brilho do futuro<br />
Bolsa Na nossa empresa, as<br />
boas acções têm-se mostrado o<br />
activo mais sustentável<br />
Capital Humano Prémios,<br />
Sorrisos, Valores e Respostas.<br />
As pessoas felizes trabalham<br />
melhor<br />
22<br />
Espírito Inovador<br />
A sustentabilidade vista por Sílvio<br />
Balhau, um inventor made in EDP<br />
52<br />
Alta Voltagem<br />
Nuria Chinchilla<br />
e Francisco Gay Puyal<br />
explicam-nos como conciliar<br />
a vida pessoal e profissional
56<br />
58<br />
64<br />
bolsa sustentabilidade edp way inovação desafios índice<br />
Compromissos Prioridades para<br />
2012 de cada empresa do Grupo<br />
e para com o mercado<br />
EDP Way Os bastidores dos<br />
Encontros 2008 e uma viagem<br />
animada até ao Pavilhão Atlântico<br />
Sustentabilidade Neutralização<br />
de emissões de co2<br />
nos Encontros<br />
24<br />
Um mundo,<br />
uma energia<br />
O Plano.<br />
Os Negócios.<br />
Os Objectivos.<br />
Os Desafios.<br />
O Grupo<br />
até 2012.<br />
On | 5
os cordões da bolsa<br />
6| On<br />
edp<br />
BOLSA NACIONAL GANHA<br />
mais de 3% num dia de recuperação<br />
das bolsas mundiais<br />
JORNAL DE NEGÓCIOS, SARA ANTUNES, 8 DEZEMBRO<br />
A BOLSA NACIONAL AVANÇAVA MAIS DE 3%,<br />
acompanhando a tendência positiva que se vive um<br />
pouco por todo o mundo. O PSI-20 beneficiava dos<br />
ganhos de todos os títulos que o compõem, com<br />
destaque para a EDP e PT que subiam mais de 4%.<br />
O principal índice da bolsa nacional valorizava<br />
3,40% para os 6.226,15 pontos, com os 20 títulos que<br />
DESEMPENHO EDP<br />
10 OUTUBRO - 18 DEZEMBRO 2008<br />
2,8<br />
2,7<br />
2,6<br />
2,5<br />
2,4<br />
2,3<br />
2,2<br />
2,1<br />
2,0<br />
2,8<br />
o compõem em alta. Os principais congéneres<br />
europeus seguiam com ganhos entre 5 e 7%, a beneficiar<br />
de um anúncio feito nos EUA. Os índices<br />
asiáticos também encerraram com fortes ganhos na<br />
sessão de hoje.<br />
Barack Obama revelou que vai implementar o<br />
maior pacote de investimento em infra-estruturas<br />
3,0<br />
nos EUA desde os anos 50, com o objectivo de fomentar<br />
a economia. Esta medida foi bem recebida<br />
pelos mercados bolsistas, com os investidores a fazerem<br />
subir as acções.<br />
Em Portugal, a EDP e a PT eram quem mais impulsionava<br />
o PSI-20 ao subirem 4,80% para os 2,465<br />
euros e 4,20% para 6,18 euros, respectivamente. on<br />
08.10.01 08.11.04 08.12.18<br />
2,7
<strong>ENERGIA</strong><br />
DÁ GÁS<br />
À BOLSA<br />
QUE SEGUE<br />
A GANHAR<br />
2%<br />
AGÊNCIA<br />
FINANCEIRA,<br />
CARLA PINTO<br />
SILVA,<br />
24 NOVEMBRO<br />
EM LISBOA, O PSI-20<br />
segue a subir 1,91%<br />
para os 5.962,97<br />
pontos, com 16 das 20<br />
empresas cotadas a<br />
subirem. A impulsionar<br />
está o sector da<br />
energia.<br />
Lá por fora, na Europa,<br />
os ganhos variam<br />
entre os 1,51% de<br />
Frankfurt e os 2,18%<br />
de Londres. A animar<br />
está a notícia de que o<br />
Citigroup vai receber<br />
uma garantia do<br />
Governo norteamericano<br />
de 306 mil<br />
milhões de dólares<br />
(243,2 mil milhões<br />
de euros), depois de<br />
as suas acções terem<br />
desvalorizado 60%<br />
da semana passada.<br />
Por cá, o destaque vai<br />
para a Galp Energia que<br />
dispara 4,27% para os<br />
7,44 euros e para a EDP<br />
Renováveis que soma<br />
3,84% para os 4,67<br />
euros.<br />
A puxar para cima está<br />
ainda a Portugal<br />
Telecom que avança<br />
2,55% para os 5,43<br />
euros e a EDP que<br />
progride 1,92% para os<br />
2,54 euros. on<br />
4,91<br />
4,78<br />
4,65<br />
4,52<br />
4,39<br />
4,26<br />
4,13<br />
4,00<br />
4,89<br />
08.11.28<br />
edp<br />
os cordões da bolsa<br />
A EDP RENOVÁVEIS<br />
esteve entre as melhores<br />
do sector na Europa<br />
DIÁRIO ECONÓMICO, EUDORA RIBEIRO, 15 DEZEMBRO 2008<br />
A EDP RENOVÁVEIS ENCERROU A SESSÃO A CRESCER 3,56%<br />
para os 4,66 euros, tendo liderado os ganhos na Euronext<br />
Lisbon. Já no sector europeu, a empresa liderada por Ana<br />
Maria Fernandes foi uma das que registou um maior<br />
ganho intraday.<br />
A energética foi a sexta empresa que mais valorizou<br />
entre as 20 que compõem o índice BE 500 Energy Index,<br />
apresentando uma performance melhor do que a média<br />
do sector, que cresceu hoje 1,88%.<br />
DESEMPENHO EDP RENOVÁVEIS<br />
28 NOVEMBRO - 18 DEZEMBRO 2008<br />
"A EDP Renováveis e as congéneres estão a reagir<br />
positivamente às notícias que reiteram as metas da União<br />
Europeia no que diz respeito à utilização de energias<br />
renováveis", disse um operador à Reuters.<br />
Note-se que o Parlamento Europeu, a Comissão Europeia<br />
e a presidência da União Europeia estabeleceram um<br />
acordo informal para o pacote de combate às alterações<br />
climáticas, que estabelece a meta de utilização de 20% de<br />
energia a partir de fontes de energia renováveis em 2020. on<br />
5,23<br />
08.12.18<br />
On | 7
capital humano<br />
PESSOAS FELIZES TRABALHAM MELHOR<br />
PRÉMIOS DE MÉRITO<br />
8| On<br />
edp<br />
O DESEMPENHO, ENVOLVIMENTO, COMPETÊNCIA E ESPÍRITO DE EQUIPA FORAM DESTACADOS NAS VÁRIAS<br />
EMPRESAS DO GRUPO. FIQUE A CONHECER AS CARAS E OS PROJECTOS QUE FIZERAM A DIFERENÇA.<br />
Helder Miguel Ferreira<br />
EDP Distribuição. Em nome<br />
da equipa do Contributo para a<br />
eficiência energética (Vítor M.<br />
Rainho Martins e Graciano Jorge<br />
Costa)<br />
Apoio à eficiência energética,<br />
ao nível da iluminação<br />
pública em nove municípios<br />
da Área Metropolitana<br />
de Lisboa, abrangendo<br />
1,5 milhões de pessoas.<br />
“Não estava à espera, mas eu<br />
e a equipa estamos bastante<br />
satisfeitos. Foi bem conseguido”<br />
João Luís Marques de Almeida<br />
EDP Valor<br />
Coordenação dos trabalhos de implementação<br />
da ferramenta de compras<br />
para as empresas do Grupo EDP.<br />
"Quero deixar uma nota agradecimentos<br />
à equipa que trabalha<br />
no desenvolvimento do Sinergie,<br />
em Portugal, Espanha e Brasil, e<br />
à direcção da PNC. Foi graças à<br />
perseverança de todos que conseguimos,<br />
como disse o PCAE,<br />
ser os melhores do mundo."<br />
Paulo Martins<br />
EDP Gás<br />
Distribuição<br />
Projecto de ligação<br />
à rede nacional de<br />
transporte de gás<br />
natural de grande<br />
complexidade e que<br />
requereu recurso a<br />
técnicas inovadoras<br />
e à integração de<br />
diversos especialistas<br />
internacionais.<br />
Rui Pena<br />
EDP Distribuição. Em nome da equipa de Desenvolvimento e implementação de solução de Sistema<br />
de Mobilidade de equipas no terreno (WFM) [João Rosa, Prata Pina, Francisco Ribeiro, Paulo Conceição,<br />
Jorge Seiça, Isabel Xisto, Francisco Salvaterra, Fernando Silva, Jorge Cruz, Cláudia Filipe, Belarmino<br />
Coutinho, Pedro Carreira, Telmo Santiago, Manuel Xavier, Nela Meneses, João Patrício e Paulo Cristino]<br />
Equipa que contribuiu para o desenvolvimento e implementação de uma solução de mobilidade<br />
de equipas no terreno (WFM-GME).<br />
Domingos Baía Patrão<br />
EDP Distribuição<br />
Apoio da EDP à concretização de<br />
dois projectos de interesse nacional.<br />
O seu contributo foi fundamental<br />
para assegurar os compromissos<br />
assumidos, tendo o<br />
seu trabalho sido evidenciado<br />
pelas duas empresas envolvidas.<br />
“Estou muito satisfeito, é sempre<br />
importante quando reconhecem<br />
o nosso trabalho e o nosso<br />
empenho, e todo o cuidado<br />
que dedicamos a determinados<br />
projectos, como foi o caso.”<br />
Gilda Caetano<br />
EDP Holding, EDP Produção, NEO, EDP Comercial,<br />
EDP Distribuição e HC Energía. Em nome da equipa<br />
responsável pela Candidatura Dow Jones (Sérgio Martins,<br />
Rodrigo Braamcamp, Paula Marracho, Cristina Requicha,<br />
Bautista Rodriguez Sanches, Isabel Miguel, Fernanda<br />
Guimarães, Luís Quintela e Paula López Sánchez)<br />
O resultado colocou a EDP entre as empresas<br />
mais sustentáveis do Globo.<br />
“É muito agradável chegarmos aqui e sermos<br />
confrontados com o reconhecimento do trabalho<br />
desenvolvido. É preciso muito esforço e empenho<br />
para passarmos uma mensagem com evidências<br />
do que fazemos. A entrada no Dow<br />
Jones não precisa de um incentivo extra para continuar,<br />
porque o objectivo de todos os dias é o de<br />
empolar sempre o trabalho da EDP. O nosso<br />
objectivo agora é empenharmo-nos ainda mais.<br />
Estamos a trabalhar para manter e empolar<br />
o resultado que tivemos.”<br />
Maria Margarida Glória<br />
EDP Holding. Em nome da equipa TV Corporativa ON (Lisa<br />
Areias)<br />
Empenho no desenvolvimento e implementação da<br />
política de comunicação interna do Grupo, designadamente<br />
no projecto da TV Corporativa.<br />
"É um grande orgulho receber este prémio que é o<br />
resultado do trabalho de uma excelente equipa. Em<br />
termos de televisão corporativa, estamos a falar de<br />
um reduzido número de pessoas para o volume de<br />
trabalho que produz.<br />
Tornar a edp On uma ferramenta de comunicação<br />
que permita e difunda o conhecimento entre as<br />
diversas empresas do Grupo, as diferentes culturas<br />
e as diferentes geografias onde o Grupo desenvolve<br />
a sua actividade é o desafio."
“ Acho que estes Encontros têm uma<br />
mais-valia de unificar e dar conhecimento<br />
dos planos e das estratégias da EDP.<br />
Acho que a presença de todos os grupos<br />
pode ajudar em termos estratégicos,<br />
em termos de visão, para ficarmos<br />
todos a pensar da mesma maneira<br />
ao sabermos qual é o nosso papel<br />
dentro da empresa. Não só clarificar,<br />
mas motivar nesse aspecto.<br />
”<br />
edp<br />
capital humano<br />
PESSOAS FELIZES TRABALHAM MELHOR<br />
O QUE SE DISSE NOS ENCONTROS<br />
FALÁMOS COM ALGUNS COLABORADORES DO<br />
GRUPO E QUISEMOS SABER QUAIS AS SUAS<br />
OPINIÕES QUANTO AOS PLANOS DE NEGÓCIO,<br />
O QUE ACHAVAM DESTE TIPO DE EVENTO E O QUE<br />
GOSTARIAM DE TRANSMITIR A ANTÓNIO MEXIA.<br />
AQUI FICAM ALGUNS COMENTÁRIOS<br />
“<br />
É uma boa ideia.<br />
A administração esclarece o plano de negócios e depois<br />
daquela timidez inicial, segue-se um conjunto<br />
de questões pertinentes, não só sobre o core business<br />
”<br />
On | 9
capital humano<br />
10 | On<br />
edp<br />
PESSOAS FELIZES TRABALHAM MELHOR<br />
PRÉMIOS DE MÉRITO<br />
Alberto Carlos David Lemos<br />
EDP Distribuição<br />
Contributo para a concretização do piloto WFM, um projecto<br />
inovador ao nível da localização de infra-estruturas<br />
chave, através de GPS.<br />
Manuel Gaudêncio<br />
EDP Soluções Comerciais. Em nome da equipa do Contact<br />
Center Seia (Isabel Pinho)<br />
Contribuição decisiva para a eficiente implementação do<br />
backup do canal telefónico da EDP (Contact Center de Seia).<br />
Jaime Rojo Castro<br />
Neo - EDP Renováveis.<br />
Responsável de ICYMA<br />
França-Bélgica<br />
O ano de expatriação<br />
em Bruxelas permitiu a<br />
implementação dos<br />
primeiros parques da<br />
Neo na Bélgica, e contribuiu<br />
activamente no<br />
desenvolvimento da<br />
Neo em França.<br />
“Para mim, este prémio<br />
é o reconhecimento<br />
de toda a equipa da<br />
EDP renováveis por um<br />
trabalho pioneiro que<br />
começámos em Abril.<br />
Estou muito feliz”<br />
Nuno Miguel Nunes Guedes<br />
EDP Produção. Em nome da equipa da Direcção da Produção<br />
Hidráulica – preparação da aquisição, integração e<br />
exploração das centrais mini-hídricas da Pebble-Hydro (José<br />
Manuel Teixeira Silva, Marisa Estela Santos, Jorge Manuel<br />
Ferreira e Vítor José Pereira Garrido)<br />
Manuel Eduardo Guedes<br />
EDP Produção. Em nome da equipa da Direcção de Desenvolvimento<br />
do Negócio, Direcção de Planeamento e Controlo<br />
e Direcção de Projectos e Investimentos – preparação dos<br />
processos de concurso no âmbito do Programa Nacional de<br />
Barragens (Virgílio Manuel Torrado Mendes, Alcina Lurdes<br />
Pereira Silva, João Carlos Nogueira Flores e Fernando Manuel<br />
Monteiro)<br />
Equipa com participação decisiva no processo de<br />
candidatura ao concurso relativo ao Programa Nacional<br />
de Barragens.<br />
David Talaván<br />
EDP Renováveis. Em nome da equipa responsável pela<br />
implementação do programa LEAN na EDP Renováveis (David<br />
Talaván, Francisco Cid Morientes, Antonio Amaya Meléndez<br />
de Arvás, Nuno Moutinho, Pablo Alexandre Primo)<br />
“É um reconhecimento especial tanto para mim como<br />
para toda a equipa do trabalho de um ano e meio. O<br />
maior desfio foi constituir a equipa de trabalho e analisar<br />
como poderíamos avançar com as melhorias”<br />
José Carlos Joaquim<br />
EDP Soluções Comerciais<br />
Apoio à gestão da mudança decorrente da implementação<br />
de novos processos/Sistemas de Informação, nomeadamente<br />
à nova lei que regula os serviços públicos essenciais.<br />
Eduardo Moura<br />
Fundação EDP<br />
Contributo para o<br />
novo posicionamento<br />
do Museu da Electricidade,<br />
cobrindo<br />
as áreas de Energia,<br />
Cultura, Educação,<br />
Ambiente, Ciência,<br />
Lazer e Sustentabilidade,<br />
de que resultou<br />
ser hoje o terceiro<br />
museu mais visitado<br />
do país.<br />
Pedro del Rosal e Emilio Fernández<br />
HC Energía. Em nome da equipa de modernização dos despachos<br />
de geração e distribuição (Luis Manuel Fernandez López, Fernando<br />
Caldera Álvarez, Quintín Corrionero Salinero, Luis Patallo Fernández<br />
e Marta Cano Santiago)<br />
O projecto consistiu na substituição das equipas que permitem<br />
o telecontrolo de toda a geração eléctrica da HC Energía,<br />
assim como das redes de distribuição e transporte.<br />
Durante a fase de instalação não se registaram incidentes<br />
que alterassem o funcionamento dos grupos de geração e<br />
das redes.
“ São objectivos exigentes<br />
até 2012, e, para os conseguir,<br />
a empresa tem que estar<br />
disciplinada e focada.<br />
E estamos numa época<br />
conturbada e agora a economia<br />
não está nos seus melhores<br />
momentos, portanto penso<br />
que esta mensagem forte<br />
do presidente de exigências<br />
que fez à Holding, de alguma<br />
forma implícitas, me pareceram<br />
totalmente correctas<br />
e importantes.<br />
”<br />
edp<br />
capital humano<br />
PESSOAS FELIZES TRABALHAM MELHOR<br />
O QUE SE<br />
DISSE NOS<br />
ENCONTROS<br />
“ Em dois anos de casa, António Mexia<br />
teve uma liderança exemplar.<br />
Acho que, a nível de comunicação,<br />
tem sido exemplar. Tanto o PCAE<br />
como a alta direcção acompanham<br />
a empresa sempre para<br />
haver melhorias ou então<br />
para continuar o que é bom.<br />
”<br />
On | 11
capital humano<br />
PESSOAS FELIZES TRABALHAM MELHOR<br />
12 | On<br />
edp<br />
PRÉMIOS DE MÉRITO<br />
Duarte Bello<br />
EDP Holding. Em nome da equipa IPO EDP Renováveis<br />
(Rui Cabrita, Estrella Martin Segurado,<br />
Javier Rivera Vizcarrondo, João Metello, João Gouveia,<br />
Joaquim Barbosa, José Manuel Galvão Rocha<br />
Novais Gonçalves e Miguel Ribeiro Ferreira)<br />
Equipa representativa do sucesso da EDP<br />
na colocação em bolsa da EDP Renováveis.<br />
“Este reconhecimento representa uma<br />
quantidade enorme de pessoas que trabalharam<br />
no IPO da EDP Renováveis. Acho<br />
que foi, como o próprio António Mexia referiu,<br />
um passo muito importante e o<br />
maior IPO da Europa este ano. Acho que,<br />
como tudo na vida, também tivemos sorte<br />
na altura do IPO, mas tenho imenso orgulho<br />
em ter representado ali no palco<br />
essa equipa.”<br />
María Esteban<br />
Goutayer<br />
HC Energía. Em nome da<br />
equipa que gere o Centro de<br />
Atendimento ao Cliente “Call<br />
Center” (Beatriz Cabal Ordóñez,<br />
María Angeles García<br />
Alonso e Elena Vigil-Escalera<br />
MENA)<br />
Pelo quarto ano consecutivo,<br />
recebeu o prémio de<br />
melhor Centro de Relação<br />
com Clientes de Energia<br />
no Salón Profesional del<br />
Call Center y las Soluciones<br />
CRM, organizado pelo<br />
IFAES (International Faculty<br />
of Executives).<br />
Carlos Pinto de Almeida<br />
EDP – Holding. Em nome da equipa da Implementação do Scirf (Ana Paula Alberto, Filomena Maria<br />
Gonçalves, Hugo Manuel Assunção, Jorge Campeão De Freitas, Maria João Marques Leitão, Odete<br />
Camposinhos Araújo, Elisabete Rolim e Pedro Dias Vicente)<br />
Equipa que trabalhou no projecto transversal a todas as empresas do Grupo, visando<br />
uma maior responsabilização dos seus colaboradores no atingimento dos objectivos globais<br />
considerados (sistema de controlo interno sobre o reporte financeiro).<br />
“É um compromisso assumido pelo Grupo em implementar um sistema de controlo<br />
interno robusto e com normas e padrões do mercado internacional. Este prémio é atribuído<br />
a toda equipa, e no projecto estão envolvidas mais de 60 pessoas de todo o<br />
Grupo EDP. Foi uma grande surpresa e agradecemos este mérito sensibilizados.”<br />
Yolanda Echauri<br />
Martinez. Em nome da euipa<br />
de Migração de clientes à TUR<br />
(Silvia Alvarez, Laura Tueros, Sofía<br />
Pastor, Jon Arrieta, María<br />
Lobo, José Yusta, Iván Nieto, Carlos<br />
Arias, Bakarne Etxebarria,<br />
Arabella Lambarri, Alvaro Marcé<br />
y Ana Ana Abeledo)<br />
A migração de clientes que<br />
estavam no mercado regulado<br />
e passaram para a TUR.<br />
Foi necessário trabalhar de<br />
forma multidisciplinar (Regulação,<br />
Sistemas, Ciclo Comercial,<br />
Mercado regulado,<br />
Serviços Jurídicos, Administração<br />
e Finanças) internamente<br />
e de forma coordenada<br />
com a HC e EDP.<br />
Juan Miguel Sánchez Alcântara<br />
HC Energía. Em nome da equipa de trabalho<br />
de Análise e Melhoria das condições de Operação<br />
e Manutenção de Redes (José Mª Rey Paredes,<br />
Alberto Alonso Buelga, Alfredo García Ramos,<br />
Braulio Moro Iribarren, Jose Antonio Jove<br />
Alvarez, Carlos Pérez Trashorras, Enrique Pérez<br />
Hernández, Joaquín Cabezas Berdasco, Joaquín<br />
Cachón Miranda, Luis Miguel Arniella Cano, Rafael<br />
Juan Barrera e Manuel López Fernández)<br />
Algumas acções propostas foram implementadas<br />
no Programa LEAN. Os resultados<br />
foram espectaculares e passou-se de<br />
um TIEPI de 113 minutos em 2006, a 59 minutos<br />
em 2007, sendo este o valor mais baixo<br />
registado em toda a história da HC Energía,<br />
e 48 minutos nos dez primeiros meses<br />
de 2008.<br />
Henar Parra<br />
HC Energía. Em nome da equipa<br />
de Montagem e Comissionamento<br />
da EDP e HC Energía - Geração<br />
pelo início de actividade<br />
da Central Térmica de Ciclo Combinado<br />
Soto 4<br />
(José Paulo Pisco Matos; Daniel<br />
González-Lamuño Leguina; Juan<br />
Carlos; Díaz-Caneja Castro; António<br />
Carvalho Silva; Carlos António;<br />
Cadêncio Pato; Javier Martínez<br />
López; José Maria Aguiar<br />
Fernandes; Bruno Vasco Neves<br />
Travassos; António Coelho da Silva;<br />
Alberto Miranda Ferreira;<br />
João Mário Monteiro dos Anjos;<br />
Raul Fernandes Silva Matos; Carlos<br />
Villanueva Prado; Jorge Muñiz<br />
Garcia; José Jorge Ramos e<br />
Alejandro Alonso Chamorro)<br />
Alvaro Marcé<br />
Naturgas. Em nome da equipa da<br />
Aquisição da Gas Mérida (Lorenzo Alvarez,<br />
María Lobo, José Sampedro, Irene<br />
Alvarez, Erika Carretón y Carlos<br />
Arias)<br />
A compra da Gas Mérida foi analisada<br />
e preparada durante o passado<br />
mês de Agosto. Uma equipa multidisciplinar(Planificação,Administração<br />
e Finanças, Mercado Regulado,<br />
Serviços Jurídicos) trabalhou estreitamente<br />
com a EDP Gás, para a validação<br />
e negociação da aquisição.<br />
Trata-se de uma companhia com<br />
100 Km de rede e uma facturação,<br />
en 2007, de 1,7 milhões de euros.<br />
Trata-se de uma empresa com um<br />
importante potencial de crescimento,<br />
e está previsto um investimento<br />
de 3,8 milhões de euros nos próximos<br />
quatro anos.
“ É um momento importante para<br />
que todos saibamos quais as linhas<br />
estratégicas pelas quais nos vamos<br />
guiar, também conhecer um pouco<br />
melhor a empresa e, sobretudo,<br />
permite-nos encontrar colegas<br />
de outras áreas, o que,<br />
no ambiente normal de trabalho,<br />
não é possível acontecer.<br />
Uma oportunidade de partilhar<br />
experiências. Eu diria<br />
a António Mexia, que continue<br />
a apostar nas energias renováveis,<br />
penso que é o futuro e é um<br />
bom futuro para a EDP.<br />
”<br />
edp<br />
capital humano<br />
PESSOAS FELIZES TRABALHAM MELHOR<br />
O QUE SE<br />
DISSE NOS<br />
ENCONTROS<br />
“ Estes encontros são muito importantes para mim.<br />
Eu costumo dizer que sou de uma família EDP<br />
e tenho muito orgulho em trabalhar no Grupo.<br />
É importante, na medida em que nós vamos mudando<br />
de departamento e é uma maneira de nos<br />
conhecermos melhor porque, no fundo, somos muitos<br />
e não nos conhecemos pessoalmente. Gostaria de dizer<br />
ao PCAE que continue a lutar para que<br />
esta empresa seja, cada vez mais e mais rentável.<br />
”<br />
On | 13
capital humano<br />
PESSOAS FELIZES TRABALHAM MELHOR<br />
O primeiro olhar<br />
14 | On<br />
edp<br />
MARINA SANTOS FERNANDES ESTÁ<br />
A ESTAGIAR NO DEPARTAMENTO<br />
DE MARCA E COMUNICAÇÃO.<br />
PEDIMOS-LHE PARA NOS DAR <strong>UM</strong>A<br />
IMPRESSÃO DO QUE VIU NA SUA<br />
PRIMEIRA PANORÂMICA DOS<br />
ENCONTROS.<br />
“O relógio marcava as 9 horas quando cheguei ao<br />
Pavilhão Atlântico e me encontrei com os restantes<br />
convocados para este dia.<br />
Surpreendentemente, e apesar de sermos perto<br />
de duas mil pessoas, pairava no ar um sentimento<br />
de familiaridade entre todos. Era como um (re)encontro<br />
de amigos que não se vêem há algum tempo<br />
e que aproveitaram aquela oportunidade para<br />
falar sem pressas, ou sem o stress do dia-a-dia.<br />
Notava-se que as pessoas estavam radiantes por<br />
participar neste acontecimento, o que contribuía<br />
para que todos estivessem descontraídos e com um<br />
espírito mais informal do que o que normalmente<br />
teriam nos locais de trabalho.<br />
As fotografias, que estavam na tela gigante na<br />
entrada e nas salas onde decorreram as conferências,<br />
também contribuíram para isso, pois as pessoas<br />
paravam e comentavam as diferentes imagens.<br />
No fundo, sentia-se que este era, efectivamente,<br />
um Encontro feito por e para os funcionários<br />
da EDP.<br />
Durante as apresentações, mais do que apresentar<br />
os Planos de Negócio, os oradores aproveitaram<br />
para agradecer a todos os colaboradores a<br />
sua prestação, valorizando-os e reconhecendo o<br />
seu esforço, pois, tal como o presidente executivo<br />
António Mexia referiu, ‘fazemos melhor juntos do<br />
que separados’.<br />
Se inserirmos este elogio no actual paradigma<br />
económico a que, por exemplo, assistimos no domínio<br />
de notícias mais pessimistas, como os despedimentos,<br />
a situação em que a Bolsa se encontra<br />
e os problemas que o petróleo atravessa, estas<br />
palavras foram reconfortantes, motivadoras, transmitiram<br />
segurança aos visados e uma sensação de<br />
dever cumprido.<br />
No fim, o balanço do meu primeiro Encontro é<br />
extremamente positivo, pois pude assistir a um<br />
(re)encontro de uma família (mais do que a um encontro<br />
de milhares de pessoas), em que foram<br />
transmitidas mensagens inspiradoras e onde todos<br />
os funcionários sentiram que o seu trabalho era reconhecido<br />
e valorizado.” on
“ É uma forma<br />
de nos encontrarmos,<br />
porque ao longo do ano não<br />
temos hipótese, de rever<br />
amigos e companheiros.<br />
Estes Encontros<br />
funcionam mais como<br />
um complemento<br />
da informação que<br />
temos da empresa<br />
por outros meios.<br />
”<br />
edp<br />
capital humano<br />
PESSOAS FELIZES TRABALHAM MELHOR<br />
O QUE SE<br />
DISSE NOS<br />
ENCONTROS<br />
“ Acho que os objectivos estão em linha com<br />
o que tem vindo a ser proposto até agora<br />
e também estão em linha com o que são<br />
as condições actuais de mercado.<br />
”<br />
On | 15
capital humano<br />
PESSOAS FELIZES TRABALHAM MELHOR<br />
16 | On<br />
edp<br />
“ Para mim este Encontro é a possibilidade<br />
de comunicação interna e interacção de todas<br />
as geografias e pessoas. Nós temos pessoas de norte<br />
a sul do país, cada uma está com as suas preocupações<br />
do dia-a-dia, não conhece a realidade na totalidade<br />
e aqui tem a oportunidade de as conhecer<br />
de forma muito viva e directa.<br />
O modelo teve duas situações: as sessões de cada<br />
empresa e depois a junção num só Grupo, que também<br />
traz grandes vantagens, possibilita comparar<br />
as realidades sectoriais com a realidade global.<br />
O modelo em si, de três sessões, quanto a mim, devia<br />
passar a ser de uma só, um dia só, com uma mensagem<br />
muito forte e um espaço lúdico muito, muito forte.<br />
”<br />
O QUE SE<br />
DISSE NOS<br />
ENCONTROS<br />
“<br />
Tenho orgulho em trabalhar<br />
numa empresa como a EDP<br />
”
AS RESPOSTAS<br />
dos administradores<br />
edp<br />
capital humano<br />
PESSOAS FELIZES TRABALHAM MELHOR<br />
ANTÓNIO MEXIA, PITA DE ABREU E CRUZ MORAIS FALARAM DOS TEMAS ELEITOS PELOS COLABORADORES<br />
NA INTRANET, ESCLARECENDO ALG<strong>UM</strong>AS DÚVIDAS. FALARAM OLHOS NOS OLHOS A CERCA DE OITO MIL<br />
COLABORADORES.<br />
PITA DE ABREU<br />
EM DISCURSO DIRECTO<br />
“Os dois temas de recursos humanos que apareceram<br />
como mais votados foram a questão do rejuvenescimento<br />
e a da conciliação entre a vida pessoal e<br />
profissional. Aproveito para falar de mais um ou dois.<br />
Os projectos dos recursos humanos têm a finalidade<br />
de responder especificamente às necessidades da empresa<br />
e do seu envolvimento com o contexto.<br />
Quanto ao rejuvenescimento: 10% das pessoas que<br />
vão trabalhar na EDP até 2012, 2013, atingirão o número<br />
máximo de anos de serviço, e portanto vão sair<br />
por aposentação. Isso significa que, se nós queremos<br />
uma empresa que seja perene, precisamos de ter pessoas<br />
novas. Aproveito para dizer que, ao contrário do<br />
que corre, não há PAE para o ano de 2009, o programa<br />
de redução de efectivos acabou em 2007. Para<br />
2009, não há nenhuma lista com pessoas a pré-reformar-se<br />
ou a rescindir contrato. Vão ser saídas naturais.<br />
O rejuvenescimento está a ser feito com uma<br />
intensificação dos contactos da empresa com as<br />
escolas – a ideia é “vender” a empresa como um bom<br />
local de trabalho. Temos a nosso favor várias coisas –<br />
um dos prémios que recebemos recentemente foi por<br />
pertencermos ao lote das empresas onde é melhor<br />
trabalhar; António Mexia disse há pouco que os inquéritos<br />
que temos mostram que, à saída da universidade,<br />
a EDP é um local de atracção, as pessoas querem<br />
vir trabalhar para a EDP. Eu costumo dizer que quando<br />
vim para a EDP, aqui há 30 anos, era como ir para<br />
o Benfica, fazer parte de uma equipa muito boa, vencedora<br />
a nível internacional. Isto há 30 anos. Agora<br />
talvez seja como ir para o Barcelona porque a EDP é<br />
mais multinacional. Mas, é verdade, vir para a EDP é<br />
bom. E que papel é que nos compete, a cada um de<br />
nós, no rejuvenescimento? É o de servirmos de embaixadores<br />
da empresa. De facto, esta empresa tem<br />
condições particularmente boas para que cada pessoa<br />
se possa desenvolver.<br />
Voltando à minha experiência pessoal, nestes últimos<br />
30 anos não estive mais do que três anos na<br />
mesma função e já fiz muita coisa diferente. Não há<br />
muitas empresas no mercado que permitam a um<br />
profissional desempenhar tantas funções diferentes.<br />
E agora, há mais uma coisa que não havia no tempo<br />
em que eu entrei, que é poder ir para o Brasil, para os<br />
EUA e para Espanha e vice-versa. O sector da energia<br />
é entusiasmante porque, de repente, começou a acontecer<br />
um número de coisas – e não estou a falar só da<br />
liberalização e da questão das eólicas.<br />
Outra coisa que estamos a fazer é renegociar o<br />
acordo colectivo de trabalho. O acordo tem 30 anos<br />
e, entretanto passou-se muita coisa, a relação laboral<br />
é diferente agora do que era e necessita de ser adaptada.<br />
A EDP não tem problemas em cumprir os compromissos<br />
que tem com os seus trabalhadores do ponto<br />
de vista, por exemplo, das pensões ou da assistência<br />
na saúde. Tem que ser racional, tem que ser sustentada.<br />
O fundo de pensões da EDP está dotado com<br />
todo o dinheiro que é preciso para pagar as pensões<br />
de reforma das pessoas que têm direito a complemento<br />
de reforma. Há outras empresas que têm o<br />
problema de não ter o seu fundo de pensões devidamente<br />
dotado, mas nós não temos; a EDP foi gerando<br />
nos últimos anos lucros suficientes para evitar isso.<br />
Uma parte da riqueza criada pela EDP vai para o seu<br />
pessoal. Parte da riqueza que criamos vai para a sociedade<br />
através da Fundação (que para o ano terá 10<br />
milhões de euros), outra parte é entregue aos accionistas,<br />
através dos dividendos, uma outra, ainda, fica<br />
na própria empresa como reserva para crescer, e finalmente<br />
há uma parcela que vai para os trabalhadores<br />
como prémios e de outras formas.<br />
Finalmente, o Conciliar. Sabemos que cada vez a<br />
vida profissional é mais exigente, cada vez trabalhamos<br />
com mais intensidade e, portanto, há que<br />
criar condições para que se restabeleça o equilíbrio<br />
entre a vida profissional e a vida pessoal; as pessoas<br />
só funcionam bem se tiverem uma vida pessoal<br />
equilibrada. A EDP está preocupada com isso e há<br />
um conjunto de medidas que estão incluídas no programa<br />
Conciliar para esse fim. Um folheto que vos<br />
foi distribuído refere o conjunto de medidas que, já<br />
este ano, foram adoptadas. Uma é o apoio ao nascimento.<br />
Cada criança que nascer, filha de um trabalhador<br />
ou adoptada, tem depositados 500 euros<br />
na sua conta. Outra medida, também para apoio aos<br />
pais, é dar uma licença adicional de 15 dias à mãe<br />
antes do parto. Espero que um dia o pai seja também<br />
abrangido para, depois do parto, ajudar a mãe<br />
a tratar da criança. Há também para os filhos; está<br />
neste momento em curso um processo de selecção<br />
de candidaturas para o Prémio Cidadania Júnior, e<br />
qualquer um dos nossos filhos pode concorrer a esse<br />
prémio. Não se pretende apenas premiar quem é o<br />
melhor aluno na escola, pretende-se premiar quem,<br />
além disso, de facto, pratique actividades de voluntariado<br />
ou outras que indiciem que será um bom cidadão.<br />
A questão da flexibilização do regime de trabalho<br />
numa empresa como a nossa, que é industrial, envolve<br />
alguns problemas, não se pode flexibilizar com muita<br />
facilidade mas já foi atribuído um endereço de email<br />
a todos os colaboradores e isto é um primeiro<br />
passo para permitir que, em certas circunstâncias, as<br />
pessoas possam trabalhar em casa, e que, quando<br />
têm que dar um apoio à família maior, tenham meios<br />
informáticos que permitam fazê-lo.<br />
E porque a nossa empresa está muito inserida na<br />
sociedade, todas as pessoas têm direito a meio-dia<br />
por mês para fazer trabalho de voluntariado numa<br />
das organizações que estão definidas.<br />
Há mais medidas de facilitação da vida pessoal que<br />
vão ser implementadas ao longo do tempo. O nosso<br />
objectivo, como António Mexia referiu, é o de criar<br />
condições para as pessoas serem felizes no trabalho,<br />
pois só trabalha bem quem é feliz.<br />
Olhem para o mundo à vossa volta; neste momento,<br />
como sempre foi, é muito bom ser da EDP. Mas nós<br />
queremos que seja ainda melhor.”<br />
On | 17
capital humano<br />
PESSOAS FELIZES TRABALHAM MELHOR<br />
18 | On<br />
edp<br />
CRUZ MORAIS<br />
EM DISCURSO DIRECTO<br />
“A inovação e o relacionamento com os clientes<br />
foram dois dos temas mais votados na intranet.<br />
E ainda bem, porque são, de facto, dois temas<br />
chave, como aliás António Mexia teve a oportunidade<br />
de referir na sua apresentação. Eu iria<br />
reforçar apenas alguns pontos, começando pela<br />
inovação.<br />
Como é do conhecimento de todos, o sector<br />
energético atravessa, neste momento, um processo<br />
de mudança sem precedentes ao longo das<br />
últimas décadas. Estas alterações derivam de vários<br />
factores. Um deles é o aumento constante do<br />
preço da energia que se deve, por um lado, a uma<br />
evolução crescente da procura e, por outro lado,<br />
ao aumento do custo de exploração das novas reservas<br />
de combustíveis fósseis que vão sendo encontradas.<br />
Outro factor que determina o paradigma<br />
em que estamos a viver é as emissões de CO2.<br />
Existe hoje um consenso quase total sobre o efeito<br />
dos gases de estufa nas alterações climáticas,<br />
nomeadamente no aquecimento global. O problema<br />
não é estático e tende a agravar-se, à medida<br />
que os consumos crescem. E deixem-me dizer-vos<br />
que a previsão é de que os consumos , em<br />
2050, dupliquem, ou mesmo tripliquem, relativamente<br />
a 2000.<br />
As respostas a estes problemas são essencialmente<br />
duas: Produzir energia com menos emissões<br />
de CO2 — daí a utilização das renováveis —<br />
e contrariar a tendência do crescimento do con-<br />
sumo através da eficiência energética. E são estes<br />
dois factores – produção a partir de energias<br />
renováveis, ou com baixas emissões de CO2, e eficiência<br />
energética – que estão a provocar alterações<br />
estruturais no sector energético.<br />
Por outro lado, verificam-se também alterações<br />
fundamentais do ponto de vista comercial.<br />
A abertura do mercado, que hoje é total em Portugal,<br />
mas sobretudo o aumento da pressão competitiva,<br />
vêm alterar o equilíbrio do mercado em<br />
que temos vindo a actuar. A inovação desempenha<br />
um papel chave como elemento diferenciador<br />
para a EDP conservar uma forte capacidade competitiva.<br />
Quando falamos de inovação, falamos num<br />
sentido amplo. Inovação não apenas na componente<br />
tecnológica que nos habituámos a assumir,<br />
mas também a inovação nas formas de comunicar<br />
— por exemplo, na forma como apresentamos<br />
os nossos produtos ou serviços. A inovação revela-se<br />
nos sistemas e nos processos que apoiam<br />
as nossas operações. O processo de inovação é<br />
por isto um processo global que envolve todas as<br />
áreas e todos os colaboradores do Grupo.<br />
É devido à importância de inovar que no ano<br />
passado foi criada a EDP Inovação. O objectivo é<br />
promover uma cultura de inovação, acompanhar<br />
o desenvolvimento de novas tecnologias e identificar<br />
novas oportunidades em áreas de negócio<br />
relacionadas com o sector energético.<br />
Em que áreas estamos a actuar, ao nível da<br />
EDP Inovação? Como já aqui foi referido, nas renováveis<br />
estamos a analisar alternativas, quer das<br />
ondas, quer do vento offshore (no mar); por isso,<br />
investimos directamente em projectos como sejam<br />
o Pelamis, aqui ao largo de Espinho, ou o Infloat,<br />
para o aproveitamento de energia eólica em<br />
mar alto.<br />
Há, ainda, um grande foco no desenvolvimento<br />
das redes inteligentes com o Inovgrid — um<br />
projecto chave, pois através da obtenção de informação<br />
na baixa tensão, permitirá a telecontagem<br />
e a telegestão em todas as redes. Isto é também<br />
um elemento fundamental para que possamos<br />
vir a integrar e gerir a microgeração e a introdução<br />
dos veículos eléctricos.<br />
Os veículos eléctricos também são uma área<br />
importante a desenvolver. Acreditamos que são<br />
o futuro para melhorar a qualidade de vida dentro<br />
das nossas cidades. Obviamente, para o veículo<br />
eléctrico funcionar precisa de energia eléctrica,<br />
e esse é o nosso negócio. É uma enorme<br />
oportunidade para a EDP, não só para fornecer<br />
electricidade, mas também para participar na cadeia<br />
de valor associada ao veículo eléctrico.<br />
Como dissemos, a inovação não é só tecnológica;<br />
já temos muitos exemplos de outras áreas<br />
de inovação, aqui na EDP. Podemos referir-nos a<br />
produtos como o MyEnergy, que proporciona aos<br />
nossos clientes a possibilidade de aderir à microgeração;<br />
o lançamento da factura electrónica; a<br />
prestação de serviços de eficiência energética<br />
aos nossos clientes; e também o programa ECO<br />
(que, deixem-me dizer, é completamente inovador).<br />
A EDP foi a primeira empresa, o ano passado,<br />
a distribuir mais de 650 mil lâmpadas eficientes.<br />
Outros exemplos de inovação são, por exemplo,<br />
na área da comunicação, a TV Corporativa, a<br />
edp ON, uma forma de comunicação completamente<br />
nova em todas as geografias do Grupo<br />
EDP; e, também na área do conhecimento, a<br />
WikiEDP, um repositório fundamental de conhecimento<br />
partilhado entre todas as pessoas da EDP.<br />
A inovação pode ser feita centralizadamente,<br />
mas deve ser fomentada a todos os níveis; para<br />
isso temos o projecto Clickidea, que já recolheu<br />
inúmeras sujestões. Não precisam de ser ideias<br />
absolutamente transformadoras ou tecnológicas,<br />
mas às vezes pequenas mudanças em processos,<br />
em modelos, permitem melhorar ou optimizar a<br />
nossa actividade. A inovação é algo que tem de<br />
estar imbuído na nossa cultura.<br />
Quanto aos clientes: Os clientes são, naturalmente,<br />
a razão de ser de todas as empresas. Para<br />
a EDP, os clientes têm que ser, cada vez mais, o<br />
centro das nossas atenções. O sector eléctrico<br />
está completamente aberto, mas a liberalização<br />
efectiva tem tardado a avançar. O avanço decisivo<br />
dar-se-á quando as tarifas acabarem. Como<br />
provavelmente já sabem, está previsto que as tarifas<br />
para todos os clientes de média, alta e muito<br />
alta tensão deixem de existir no dia 1 de Janeiro<br />
de 2010. Isto quer dizer que os clientes vão ter<br />
de escolher um comercializador. Uma boa carteira<br />
de clientes é indispensável para colocar um dos<br />
nossos produtos fundamentais, que é a produção<br />
de energia eléctrica. O mesmo se vai passar com<br />
o gás: as tarifas de gás estão também a terminar<br />
e, portanto, todos os clientes vão ficar no mercado<br />
livre. A EDP beneficia da condição extremamente<br />
favorável de ser um operador global: tem<br />
energia eléctrica, tem gás, e tanto pode fornecêlos<br />
em Portugal como em Espanha. A curto prazo,<br />
iremos seguramente também fazer ofertas<br />
duais aos nossos clientes. Deixem-me reforçar:<br />
os clientes são o nosso foco e por isso temos de<br />
constantemente desenvolver novos produtos e<br />
serviços para melhorar o relacionamento com<br />
eles.<br />
Para concluir, é absolutamente fundamental<br />
para nós o enfoque na inovação e no cliente porque<br />
estas são duas das peças chave que, juntamente<br />
com a actividade do ambiente e com a criação<br />
de valor, todos esperam de nós. São os factores<br />
fundamentais para sermos uma empresa<br />
verdadeiramente sustentável.”
edp<br />
capital humano<br />
PESSOAS FELIZES TRABALHAM MELHOR<br />
On | 19
Parcerias<br />
SATISFAÇÃO DOS CLIENTES<br />
PRÉMIOS SORRISO<br />
20 | On<br />
edp<br />
Carlos Terra Latoeiro e Arnaldo Varandas<br />
Loja de Chaves<br />
“É sempre reconfortante e gratificante, recebermos este prémio, pelo nosso<br />
trabalho durante o ano de 2008. Como disse o PCAE, é preciso encarar com honestidade<br />
o nosso cliente”, afirmou Carlos Terra Latoeiro.<br />
Fernanda Oliveira e Alcino Bastos<br />
Loja de Chaves<br />
O Serviço ao Cliente assume-se, cada vez mais, como<br />
diferenciador na satisfação dos clientes. Em 2008, a EDP<br />
distinguiu através do Prémio Sorriso, os colaboradores do<br />
Antendimento Presencial que mais se destacaram.<br />
Parabéns!<br />
António Pina Reis<br />
Responsável pela Loja da Guarda
Carlos Corujas<br />
Coordenador de Agentes<br />
António Tavares, Fátima Pina e José Fernando Gonçalves<br />
Loja da Guarda<br />
António Graça Santos<br />
Coordenador Regional<br />
“Sou coordenador, responsável<br />
pela gestão da<br />
região centro que abrange<br />
todo um conjunto de<br />
lojas e agentes. Estou na<br />
área comercial desde<br />
1992 mas já trabalho na<br />
EDP há 31 anos. O meu<br />
desafio é manter bem<br />
alto 120 colaboradores<br />
que trabalham comigo<br />
porque este prémio só se<br />
deve a eles, eu estou aqui<br />
quase a representá-los.<br />
Este prémio é deles.”<br />
edp<br />
Maria Filomena, Maria do Carmo e Maria do Castelo<br />
Loja de Santarém<br />
Parcerias<br />
SATISFAÇÃO DOS CLIENTES<br />
“Trabalhamos nesta loja há seis anos. Este prémio significa o reconhecimento do trabalho,<br />
reconhecimento de investimento da nossa parte junto dos clientes, porque todos os<br />
dias temos que demonstrar muita capacidade, muitas vezes de engolir determinadas coisas<br />
e mostrar o nosso melhor serviço. Os nossos clientes também se sentem agradados<br />
com a nossa postura. Na forma de tratar os clientes, mostramos sempre o sorriso, é um<br />
dos pontos principais, não transportamos os nossos problemas pessoais para loja, e estamos<br />
dispostos a atendê-los com boa disposição e a tentar arranjar soluções para os<br />
seus problemas. Nada nos é imposto, está mesmo dentro de cada um de nós, e a chave<br />
para este sucesso é o grande espírito de equipa, o grande trabalho de grupo e de interajuda<br />
que manifestamos a cada momento. Temos um colega que não está aqui, que é o<br />
Fernando, que diz que nós somos como irmãos e é aí que vamos buscar força para ultrapassar<br />
e encarar com um sorriso todos os desafios que nos são propostos.”<br />
Gabriel Fonseca e Luís Raposo<br />
Coordenador de Agentes e Agente Externo (Electro Raposo)<br />
“Há mais de 10 anos que sou agente da EDP. É muito importante receber este prémio.<br />
O cliente é a parte principal de toda esta situação, tentamos atendê-lo da melhor maneira<br />
possível e com a correcção devida”, afirmou Luís Raposo<br />
On | 21
novador<br />
ESPÍRITO<br />
O VEÍCULO DO FUTURO<br />
a partir de ferro-velho<br />
O QUINTAL E A VIDA DE SÍLVIO BALHAU, <strong>UM</strong> REFORMADO DA EDP COM 79 ANOS , CONTINUAM<br />
A DAR FRUTOS. PEDIMOS A ANTÓNIO MARQUES, DA TV ON, QUE O FOSSE VISITAR E NOS<br />
CONTASSE SOBRE O SABER E A CRIATIVIDADE DESTE HOMEM QUE, APESAR DA IDADE, CONTINUA<br />
LIGADO À CORRENTE.<br />
ENTRE LIMOEIROS E LARANJEIRAS CARREGADOS<br />
e um gato que se passeia fugidio, as portas de pequenas<br />
arrecadações poeirentas e com teias de aranha,<br />
abrigam os passatempos do Sr. Balhau. A chuva cai miudinha<br />
e insistente. O Inverno é só mais uma fase da vida,<br />
a vida que a par da família e da arte de saber são os<br />
três grandes amores do Sr. Sílvio Balhau.<br />
O quintal da casa conheceu dias animados; crianças<br />
brincavam, ouvia-se o cacarejar da criação. Veio<br />
a idade, foi-se a saúde e já nem se faz grande arroteio<br />
na terra.<br />
O cansaço causado por uma doença e cirurgia no<br />
coração que funciona com cuidados e menos-mal,<br />
amanhado está agora, orientam-lhe os passatempos<br />
para tarefas que não sejam muito cansativas.<br />
Atrás de cada porta há um posto de rádio amador,<br />
uma serralharia, uma carpintaria… esta última recordando<br />
o honrado ofício de seu pai, a serra eléctrica que<br />
ele próprio construiu, entre correia, motor reaproveitado<br />
e lâmina. O dia cinza e a fraca luz amarelada da<br />
lâmpada deixam uma quase penumbra, na qual surgem<br />
entre os seus dedos dispostos, magros braços de<br />
madeira, encomenda do padre da terra, Taveiro, modelos<br />
para um Cristo inteiro sofrido na cruz.<br />
Dentro da arrecadação defronte, está um exemplar<br />
22 | On<br />
acabado das verdadeiras ocupações: as máquinas. Uma<br />
engenhoca pintada de castanho-escuro, as suas iniciais<br />
enlaçadas, o corpo feito de tubos, parte de uma bicicleta,<br />
até que Sílvio Balhau transformou ferro velho numa<br />
máquina de moer café. O pó fino vai caindo, aromatizando<br />
o ar.<br />
Ao lado, a máquina onde picava couves para a criação<br />
e que funciona mal é ligada. As rodas dentadas retiradas<br />
de uma bicicleta, o veio feito de arame de uma<br />
mola, cada máquina parece retirada de um filme “Mad<br />
Max”, feita de pedaços que a civilização rejeitou. E, como<br />
no filme, as peças mexem e giram nas suas imperfeições<br />
aparentemente insustentáveis e picam as folhas<br />
de couve-galega que o Sr. Sílvio vai pondo na calha. Faz<br />
a comutação da maquineta e, agarrando num balde de<br />
milho despeja-o no depósito, saindo abaixo o cereal<br />
triturado com a medida desejada.<br />
É o resultado do trabalho de Sílvio Balhau, chefe de<br />
laboratório de Medidas e Telecomunicações da Região<br />
Centro da EDP e já reformado desde 1992, por motivos<br />
de saúde.<br />
Hoje, passados dezasseis anos sobre a sua passagem<br />
à reforma, a voz embarga-se quando fala com<br />
orgulho da EDP, “Uma empresa muito diferente de<br />
quando a deixei. Hoje é uma grande empresa interna-<br />
cional e tem muito para crescer. Assim, quem esteja à<br />
frente dela consiga levá-la, porque quanto maior é, mais<br />
difícil será governá-la”.<br />
Como mais há para mostrar, devagar mas firme, caminha<br />
até ao telheiro, passando pela máquina de cortar<br />
relva da sua autoria, uma verdadeira escultura de<br />
peças de metal agora ferrugento.<br />
Como se constrói um veículo<br />
do futuro com ferro-velho<br />
A resguardo da chuva pelo telheiro, estão dois… veículos,<br />
o expoente das suas criações. Um triciclo e um<br />
quadriciclo, inteiramente retirados do ferro-velho em<br />
peças que se juntaram ao longo dos meses, principalmente<br />
oriundas de bicicletas, dando origem a veículos<br />
com acelerador, travões, motores, baterias,<br />
piscas, luzes, rádio, assentos tira-
dos de cadeiras de escritório.<br />
E funcionam! A electricidade! Veículos do futuro<br />
nascendo de lixo passado.<br />
“Com base na ideia de que temos que mudar o sistema<br />
a gasolina para sistemas eléctricos, eu fiquei<br />
muito feliz em obter uma coisa que me dá 25 km/h.<br />
É uma brincadeira que me satisfaz plenamente” comenta<br />
Sílvio Balhau enquanto liga a chave, saindo de<br />
casa com um veículo de cada vez para a rua, ali junto<br />
à sua porta. Enquanto os sinos da torre da igreja tocam<br />
e o sol espreita no fim de tarde, Sílvio passa<br />
silencioso e veloz impelido por dois motores recuperados<br />
de trotinetas japonesas.<br />
“São dois motores especiais de corrente contínua.<br />
Têm quatro escovas, dois pares de pólos. O meu úni-<br />
co mérito é ter reparado e concebido o carro.”<br />
As baterias recuperadas, retiradas de computadores<br />
geram energia para 3 ou 4 quilómetros, mais do<br />
que suficiente para levar o reformado da EDP até ao<br />
centro de Taveiro, autorizado pelo comandante local<br />
da GNR que, à falta de legislação precisa sobre o assunto,<br />
não levanta objecções à sua circulação. As baterias<br />
esgotadas do quadriciclo, quatro de 12 amperes/hora<br />
em duas séries em paralelo, são suficientes<br />
apenas para 3 ou 4 minutos.<br />
“As baterias são muito antigas. Lá para Abril, Maio,<br />
quando passar o Inverno compro baterias novas e já<br />
terei autonomia para 20 quilómetros. Por agora, vai<br />
dando satisfação e para as experiências vai dando<br />
muito bem.”<br />
Assim, aquela máquina terá que esperar até à<br />
Primavera, quando melhores dias chegarem e justificarem<br />
o investimento para o quadriciclo atingir maior<br />
autonomia.<br />
Por agora, vai falando com orgulho da sua criação:<br />
” O acelerador é muito bem concebido! No fundo, é um<br />
transístor onde passeia um campo magnético. E, à medida<br />
que o campo magnético vai passando em frente<br />
ao transístor, vai-lhe mudando as características, o que<br />
permite depois o oscilador que vai comandar o motor<br />
em onda quadrada, dar a aceleração que eu quero.<br />
Praticamente, a partir do zero, está no máximo.”<br />
Sílvio Balhau tem-se conduzindo assim: dando<br />
tudo o que pode, à sua vida, à sua família e à arte<br />
de saber. on<br />
inovador<br />
ESPÍRITO<br />
On | 19
novador<br />
ESPÍRITO<br />
O VEÍCULO DO FUTURO<br />
a partir de ferro-velho<br />
O QUINTAL E A VIDA DE SÍLVIO BALHAU, <strong>UM</strong> REFORMADO DA EDP COM 79 ANOS , CONTINUAM<br />
A DAR FRUTOS. PEDIMOS A ANTÓNIO MARQUES, DA TV ON, QUE O FOSSE VISITAR E NOS<br />
CONTASSE SOBRE O SABER E A CRIATIVIDADE DESTE HOMEM QUE, APESAR DA IDADE, CONTINUA<br />
LIGADO À CORRENTE.<br />
ENTRE LIMOEIROS E LARANJEIRAS CARREGADOS<br />
e um gato que se passeia fugidio, as portas de pequenas<br />
arrecadações poeirentas e com teias de aranha,<br />
abrigam os passatempos do Sr. Balhau. A chuva cai miudinha<br />
e insistente. O Inverno é só mais uma fase da vida,<br />
a vida que a par da família e da arte de saber são os<br />
três grandes amores do Sr. Sílvio Balhau.<br />
O quintal da casa conheceu dias animados; crianças<br />
brincavam, ouvia-se o cacarejar da criação. Veio<br />
a idade, foi-se a saúde e já nem se faz grande arroteio<br />
na terra.<br />
O cansaço causado por uma doença e cirurgia no<br />
coração que funciona com cuidados e menos-mal,<br />
amanhado está agora, orientam-lhe os passatempos<br />
para tarefas que não sejam muito cansativas.<br />
Atrás de cada porta há um posto de rádio amador,<br />
uma serralharia, uma carpintaria… esta última recordando<br />
o honrado ofício de seu pai, a serra eléctrica que<br />
ele próprio construiu, entre correia, motor reaproveitado<br />
e lâmina. O dia cinza e a fraca luz amarelada da<br />
lâmpada deixam uma quase penumbra, na qual surgem<br />
entre os seus dedos dispostos, magros braços de<br />
madeira, encomenda do padre da terra, Taveiro, modelos<br />
para um Cristo inteiro sofrido na cruz.<br />
Dentro da arrecadação defronte, está um exemplar<br />
22 | On<br />
acabado das verdadeiras ocupações: as máquinas. Uma<br />
engenhoca pintada de castanho-escuro, as suas iniciais<br />
enlaçadas, o corpo feito de tubos, parte de uma bicicleta,<br />
até que Sílvio Balhau transformou ferro velho numa<br />
máquina de moer café. O pó fino vai caindo, aromatizando<br />
o ar.<br />
Ao lado, a máquina onde picava couves para a criação<br />
e que funciona mal é ligada. As rodas dentadas retiradas<br />
de uma bicicleta, o veio feito de arame de uma<br />
mola, cada máquina parece retirada de um filme “Mad<br />
Max”, feita de pedaços que a civilização rejeitou. E, como<br />
no filme, as peças mexem e giram nas suas imperfeições<br />
aparentemente insustentáveis e picam as folhas<br />
de couve-galega que o Sr. Sílvio vai pondo na calha. Faz<br />
a comutação da maquineta e, agarrando num balde de<br />
milho despeja-o no depósito, saindo abaixo o cereal<br />
triturado com a medida desejada.<br />
É o resultado do trabalho de Sílvio Balhau, chefe de<br />
laboratório de Medidas e Telecomunicações da Região<br />
Centro da EDP e já reformado desde 1992, por motivos<br />
de saúde.<br />
Hoje, passados dezasseis anos sobre a sua passagem<br />
à reforma, a voz embarga-se quando fala com<br />
orgulho da EDP, “Uma empresa muito diferente de<br />
quando a deixei. Hoje é uma grande empresa interna-<br />
cional e tem muito para crescer. Assim, quem esteja à<br />
frente dela consiga levá-la, porque quanto maior é, mais<br />
difícil será governá-la”.<br />
Como mais há para mostrar, devagar mas firme, caminha<br />
até ao telheiro, passando pela máquina de cortar<br />
relva da sua autoria, uma verdadeira escultura de<br />
peças de metal agora ferrugento.<br />
Como se constrói um veículo<br />
do futuro com ferro-velho<br />
A resguardo da chuva pelo telheiro, estão dois… veículos,<br />
o expoente das suas criações. Um triciclo e um<br />
quadriciclo, inteiramente retirados do ferro-velho em<br />
peças que se juntaram ao longo dos meses, principalmente<br />
oriundas de bicicletas, dando origem a veículos<br />
com acelerador, travões, motores, baterias,<br />
piscas, luzes, rádio, assentos tira-
dos de cadeiras de escritório.<br />
E funcionam! A electricidade! Veículos do futuro<br />
nascendo de lixo passado.<br />
“Com base na ideia de que temos que mudar o sistema<br />
a gasolina para sistemas eléctricos, eu fiquei<br />
muito feliz em obter uma coisa que me dá 25 km/h.<br />
É uma brincadeira que me satisfaz plenamente” comenta<br />
Sílvio Balhau enquanto liga a chave, saindo de<br />
casa com um veículo de cada vez para a rua, ali junto<br />
à sua porta. Enquanto os sinos da torre da igreja tocam<br />
e o sol espreita no fim de tarde, Sílvio passa<br />
silencioso e veloz impelido por dois motores recuperados<br />
de trotinetas japonesas.<br />
“São dois motores especiais de corrente contínua.<br />
Têm quatro escovas, dois pares de pólos. O meu úni-<br />
co mérito é ter reparado e concebido o carro.”<br />
As baterias recuperadas, retiradas de computadores<br />
geram energia para 3 ou 4 quilómetros, mais do<br />
que suficiente para levar o reformado da EDP até ao<br />
centro de Taveiro, autorizado pelo comandante local<br />
da GNR que, à falta de legislação precisa sobre o assunto,<br />
não levanta objecções à sua circulação. As baterias<br />
esgotadas do quadriciclo, quatro de 12 amperes/hora<br />
em duas séries em paralelo, são suficientes<br />
apenas para 3 ou 4 minutos.<br />
“As baterias são muito antigas. Lá para Abril, Maio,<br />
quando passar o Inverno compro baterias novas e já<br />
terei autonomia para 20 quilómetros. Por agora, vai<br />
dando satisfação e para as experiências vai dando<br />
muito bem.”<br />
Assim, aquela máquina terá que esperar até à<br />
Primavera, quando melhores dias chegarem e justificarem<br />
o investimento para o quadriciclo atingir maior<br />
autonomia.<br />
Por agora, vai falando com orgulho da sua criação:<br />
” O acelerador é muito bem concebido! No fundo, é um<br />
transístor onde passeia um campo magnético. E, à medida<br />
que o campo magnético vai passando em frente<br />
ao transístor, vai-lhe mudando as características, o que<br />
permite depois o oscilador que vai comandar o motor<br />
em onda quadrada, dar a aceleração que eu quero.<br />
Praticamente, a partir do zero, está no máximo.”<br />
Sílvio Balhau tem-se conduzindo assim: dando<br />
tudo o que pode, à sua vida, à sua família e à arte<br />
de saber. on<br />
inovador<br />
ESPÍRITO<br />
On | 19
objectivos<br />
PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />
26 | On<br />
edp produção<br />
EDP PRODUÇÃO<br />
essencial para<br />
ultrapassar desafios<br />
DESENVOLVER O PIPELINE ; A<strong>UM</strong>ENTAR A EXCELÊNCIA E FLEXIBILIDADE DA<br />
EXPLORAÇÃO E CRIAR <strong>UM</strong>A EMPRESA MAIS PARTICIPATIVA QUE ASSOCIE O<br />
REJUVENESCIMENTO COM A TRANSMISSÃO DE CONHECIMENTO É O DESAFIO<br />
COLOCADO PARA OS PRÓXIMOS ANOS.<br />
DO PONTO DE VISTA DA EDP PRODUÇÃO, OS<br />
Encontros de 2008 cumpriram, uma vez mais, os<br />
seus objectivos. Para além de momentos de agradável<br />
convívio e descontracção, proporcionaram<br />
aos presentes uma visão mais concreta da realidade<br />
do Grupo.<br />
Na reunião sectorial da EDP Produção avaliaram-se<br />
as metas atingidas e apresentaram-se as linhas<br />
estratégicas para o futuro próximo.<br />
A apresentação de Manso Neto foi muito elucidativa,<br />
esclarecendo uma série de dúvidas quanto<br />
aos projectos do Grupo — não que tenha revelado<br />
algum “segredo”, mas porque uma conversa na primeira<br />
pessoa, feita de improviso, é sempre muito<br />
mais esclarecedora do que toda a documentação que<br />
se pudesse conhecer. E podia ver-se a satisfação da<br />
plateia com os resultados que, como muito bem destacou,<br />
só foram possíveis com o empenho de todos.<br />
Assim, é mais fácil e gratificante enfrentar os<br />
grandes os desafios que se perspectivam. Não só<br />
técnicos, como também ao nível da organização e<br />
Recursos Humanos.<br />
O facto é que nos próximos anos — entre 2009<br />
e 2012 — a EDP Produção vai investir cerca de 2<br />
mil milhões de euros, como estava previsto antes<br />
do actual cenário recessivo. O ritmo de crescimento<br />
está assegurado por uma combinação de factores<br />
que permitem ultrapassar as condicionantes<br />
difíceis da economia mundial.<br />
Da parte dos colaboradores será necessário<br />
muito empenho, e alguma dose de imaginação e<br />
flexibilidade, para levar a efeito este propósito.<br />
Manso Nato salientou os objectivos mais concretos:<br />
realizar o pipeline de projectos em tempo<br />
e com eficiência de custos, optimizar a exploração<br />
dos centros produtores, criar novas valências,<br />
acompanhar novos desenvolvimentos na área I+D,<br />
aprofundar o nosso relacionamento com os diversos<br />
stakeholders externos, continuar a evoluir nos<br />
processos de controlo ambiental e saber ajustar a<br />
estrutura de Recursos Humanos às necessidades<br />
reais da companhia.<br />
Quem exerce a sua função na área da Produção,<br />
sente que este período vai ser, seguramente,<br />
de uma exigência enorme, mas também proporcionará<br />
momentos irrepetíveis, só possíveis de<br />
comparar com os idos anos 50 — o último período<br />
em que se investiu pesadamente em Portugal<br />
nos recursos hidroeléctricos.<br />
De Tunes a Miranda, não falta na empresa<br />
quem tenha consciência desta realidade. O sentimento<br />
generalizado é de grande confiança e alinhamento<br />
com a estratégia preconizada. Todos compreendem<br />
que, para além da boa prática de gestão<br />
empresarial que representam estes investimentos,<br />
está, igualmente, em jogo a economia do país —<br />
que verá a sua dependência das importações de<br />
combustível reduzida — e a melhoria das condições<br />
de vida dos portugueses, ao terem acesso a<br />
uma energia mais racional e menos poluidora. on
INVESTIMENTO ANUAL<br />
(valores em milhões de euros)<br />
496<br />
346<br />
150<br />
2008<br />
415<br />
345<br />
435<br />
345<br />
74<br />
96<br />
67<br />
28<br />
2009 2010 2011 2012<br />
Centrais em exploração Nova capacidade<br />
No período 2008/2012 o investimento acumulado será de cerca de 2.133 M¤ dos quais 1.718 em Nova Capacidade<br />
e 415 em Centrais em Exploração<br />
425<br />
362<br />
353<br />
325<br />
edp produção<br />
EVOLUÇÃO DA POTÊNCIA INSTALADA<br />
9 029<br />
Potência no final de 2007<br />
2 651<br />
PRO - Hidroeléctricos<br />
1 724 117 25 94 1 894<br />
PRO - Ciclos combinados<br />
PRE - Hídrica<br />
PRE - Cogeração<br />
· A potência a entrar em serviço no período 2008-17 é de 4.611 MW<br />
· A potência a descomissionar no período (CG, TN, BR e SB) é de 1.894 MW<br />
objectivos<br />
PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />
11 737<br />
Potência no final de 2007<br />
9 925<br />
Notas: Valor da potência considerado a 100% em todos os projectos * A descomissionar em Janeiro de 2013<br />
PRE - Biomassa<br />
Potência descomissionada<br />
Potência no final de 2012<br />
SETÚBAL<br />
946 *<br />
On | 27
objectivos<br />
PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />
PARA A EDP DISTRIBUIÇÃO, 2008 FOI O ANO DA<br />
consolidação das profundas transformações trazidas<br />
pelo processo de reestruturação, iniciado<br />
em meados de 2007. O objectivo é transformar a<br />
empresa numa referência mundial em eficiência<br />
operativa. Para tal, foram traçados cinco eixos de<br />
actuação a desenvolver no período 2007/2010:<br />
1 - Reorganizar o negócio da Distribuição;<br />
2 - Optimizar o investimento;<br />
3 - Reduzir os custos operacionais;<br />
4 - Melhorar a qualidade do fornecimento;<br />
5 - Melhorar as condições regulatórias.<br />
ADEQUAR A ORGANIZAÇÃO<br />
Neste âmbito, a constituição do Comercializador de<br />
Último Recurso (EDP Serviço Universal), determinou<br />
a separação efectiva entre o comercializador<br />
vinculado e o Operador de Rede de Distribuição.<br />
Foi lançado o PAE (Plano de Adequação de<br />
Efectivos) que permitiu a saída de cerca de 12%<br />
de colaboradores mas viabilizou o início do processo<br />
de rejuvenescimento.<br />
28 | On<br />
edp distribuição<br />
2008<br />
ANO DE CONSOLIDAÇÃO<br />
NÃO HÁ DÚVIDAS DE QUE O NEGÓCIO DA DISTRIBUIÇÃO SE ESTÁ A TRANSFORMAR DE FORMA<br />
SIGNIFICATIVA E, <strong>UM</strong> CICLO DE MUDANÇA EXIGE <strong>UM</strong>A CUIDADA PREPARAÇÃO DO FUTURO.<br />
Reflexos positivos foram, também, o acréscimo<br />
em cerca de 30% das horas de formação por<br />
trabalhador e a redução da taxa de absentismo.<br />
A revisão da estrutura organizativa, agora<br />
mais ágil e com um modelo geográfico mais eficiente,<br />
implicou centenas de mudanças ao nível<br />
de local de trabalho e a rotação ao nível das actividades<br />
desenvolvidas. Também se investiu na<br />
criação de melhores condições de trabalho, através<br />
de uma racionalização traduzida num investimento<br />
de cerca de 6 milhões de euros em novas<br />
instalações e na remodelação das já existentes,<br />
ao mesmo tempo que se reduziram custos<br />
operacionais com a desactivação de 42 instalações<br />
arrendadas.<br />
Ao nível do OPEX, avalia-se em cerca de 6% a<br />
redução até final de 2008, para o que contribuiu<br />
uma nova orientação na área do outsourcing.<br />
Na vertente da segurança, merece destaque<br />
o Programa “Ligado à Vida” que envolveu cerca<br />
de 3.500 pessoas da empresa e dos prestadores<br />
de serviços, um sério contributo no esforço de<br />
prevenção e redução de acidentes.<br />
A política de transparência do Grupo deu mais<br />
um passo com a revisão do Código de Conduta da<br />
EDP Distribuição que vêm estabelecer os princípios<br />
e as normas que asseguram a independência<br />
no exercício das actividades que competem<br />
ao Operador de Rede de Distribuição. Foi iniciado<br />
o processo de revisão dos indicadores chave<br />
do desempenho ligados quer ao controlo de gestão<br />
quer à avaliação de performance.<br />
No âmbito das condições regulatórias verificase<br />
que o peso da tarifa de rede na tarifa final tem<br />
vindo a decrescer. 2008 trouxe um facto negativo:<br />
a exclusão dos contadores da base de activos<br />
remunerados da tarifa. Por outro lado, a ERSE estabeleceu<br />
para a empresa e para o novo período<br />
regulatório metas de eficiência anuais muito ambiciosas,<br />
incluindo na sua proposta um aumento<br />
de 0,55% na taxa de remuneração de activos.<br />
OPTIMIZAR AS OPERAÇÕES E O<br />
INVESTIMENTO<br />
Neste âmbito, há várias iniciativas a assinalar:<br />
· A conclusão da instalação de telecontagem
em todos os clientes de Média Tensão, fazendo<br />
com que mais de 50% da energia actualmente entregue<br />
em Portugal seja medida deste modo;<br />
· O desenvolvimento do Plano de Promoção de<br />
Eficiência do Consumo, patrocinado pela ERSE,<br />
em que foram despendidos mais de 6M¤;<br />
· A aprovação da Política de Gestão Ambiental<br />
e a criação de um Plano que muito contribuiu para<br />
a integração da EDP no Dow Jones Sustainability<br />
Indexes, e a implementação de um sistema de<br />
gestão ambiental (em curso);<br />
· A melhoria significativa da Qualidade de Serviço,<br />
associada à implementação de sistemas técnicos<br />
de vanguarda que alavancam o conhecimento<br />
e a mobilidade: Genesys, um sistema de supervisão,<br />
em tempo real da rede de Média e Alta Tensão;<br />
Rede Activa, um sistema de gestão de incidentes<br />
na rede; WFM, um sistema de gestão da<br />
mobilidade das equipas integrado com os sistemas<br />
técnicos de exploração da rede.<br />
Ao nível da Qualidade Serviço, a melhoria tem<br />
sido contínua e sustentada, bem ilustrada por<br />
uma diminuição em cerca de 75% do valor do TIE<br />
nos últimos sete anos, agora estabilizado nos 130<br />
minutos, para além da redução de assimetrias entre<br />
as várias zonas do país;<br />
· O estabelecimento do novo contrato de Empreitada<br />
Contínua (PEC);<br />
· A criação do Consórcio EME2, com a Efacec,<br />
para a manutenção de subestações, uma alternativa<br />
aos modelos de outsourcing e insourcing.<br />
· A Gestão das Operações, um sistema que permite<br />
gerir, controlar e identificar os tempos de<br />
trabalho das operações.<br />
Apostou-se numa política de proximidade com<br />
a ERSE na preparação do novo período regulatório.<br />
Paralelamente, foram desenvolvidos planos de<br />
investimento e desenvolvimento de redes regionais.<br />
Foi ainda criado um Comité de Investimento<br />
que decide colegialmente sobre investimentos<br />
e localizações.<br />
Procurou-se, ainda, criar uma cultura de Gestão<br />
de Projectos just-in-time, reforçar a Normalização,<br />
o desenvolvimento de projectos-tipo de<br />
instalações.<br />
PREPARAR O FUTURO<br />
Plano de Investimento 2009-2011<br />
Dentro do Plano há a destacar as novas ligações<br />
ou, reforço das existentes com a Rede Nacional<br />
de Transporte (RNT), reforços da Rede Nacional<br />
de Distribuição, e preparação da rede de<br />
distribuição para o impacte da ligação de Produtores<br />
em Regime Especial (microprodutores<br />
incluídos).<br />
Os investimentos serão orientados para a expansão<br />
da rede (65%), para a sua renovação<br />
(24%) e para a modernização (8%), com um valor<br />
global a rondar os 980M¤, privilegiando as redes<br />
de Média e Alta Tensão.<br />
Em 2001, cumprido o Plano, existirão mais<br />
NO COMPASSO DO TEMPO,<br />
PODE DIZER-SE QUE A EDP<br />
DISTRIBUIÇÃO:<br />
· Definiu um caminho estratégico;<br />
· Fez a reestruturação da organização<br />
e dos recursos;<br />
· Criou um Programa que analisa<br />
transversalmente a Empresa, identifica<br />
as oportunidades, propõe soluções e antecipa<br />
o futuro;<br />
· Associou-se aos mais qualificados<br />
parceiros para a criação de uma plataforma<br />
tecnológica de 3ª Geração.<br />
540 km de linhas de Alta Tensão, 6800 km de linhas<br />
de Média Tensão e 32 novas subestações.<br />
Definiu-se um Programa Distribuição 2010 que<br />
integra 10 projectos e a participação de mais de<br />
400 pessoas.<br />
Ideias com Sol — Identificação e implementação<br />
de boas ideias no funcionamento.<br />
HR Futuro — Implementação de programas<br />
edp distribuição<br />
objectivos<br />
PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />
de desenvolvimento pessoal, de adequação de<br />
efectivos e de estabilização da actividade core.<br />
Link — Aproximação da empresa ao cliente,<br />
melhorando a articulação entre as áreas técnica<br />
e comercial.<br />
Gerir + — Programa que abarca o controlo interno,<br />
a gestão do risco e iniciativas de benchmarketing<br />
interno e externo.<br />
ECOdis — Implementação de um Sistema de<br />
Gestão Ambiental e a Internalização dos Encargos<br />
Ambientais.<br />
LeanPlus — Redesenho dos Processos chave<br />
do negócio.<br />
QST 2010 — Projectos que integram o telecomando,<br />
automatização e seccionamento da rede<br />
de distribuição, os sistemas de protecção e a operacionalidade<br />
em situações de rede perturbada.<br />
BestCapex — Optimização do Ciclo de Planeamento<br />
integrado da rede; avaliação e selecção<br />
de investimentos e criação de modelos de eficácia<br />
para a utilização dos principais activos da empresa.<br />
M2M — Análise e definição da gestão de activos<br />
e do respectivo desempenho para a optimização<br />
da política de Manutenção.<br />
InovGrid — Um Sistema Eléctrico de Distribuição<br />
Inteligente e amigo do Ambiente, centrado<br />
na telegestão de energia. on<br />
On | 29
objectivos<br />
PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />
30 | On<br />
edp renováveis<br />
EDP RENOVÁVEIS<br />
a força da<br />
natureza<br />
EM 2012, O INVESTIMENTO FEITO NA EDP RENOVÁVEIS DEVERÁ REPRE-<br />
SENTAR 62% DO TOTAL INVESTIDO PELO GRUPO E CHEGARÁ A ESSE ANO<br />
COM MAIS DE 10.000 MW INSTALADOS, O DOBRO DOS PREVISTOS PARA O<br />
FINAL DE 2008.<br />
NA CAPITAL DO PAÍS VIZINHO, A REUNIÃO ENTRE<br />
a administração e colaboradores do Grupo teve<br />
lugar no Círculo de Belas Artes, a 3 de Dezembro.<br />
As renováveis foram destaque obrigatório neste<br />
evento em que a maior parte dos 400 trabalhadores<br />
presentes eram quadros da EDP Renováveis<br />
(EDPR).<br />
O encontro serviu para reafirmar a aposta do<br />
Grupo nesta área de negócios. Em 2012, o investimento<br />
feito na EDPR deverá representar 62%<br />
do total investido pelo Grupo EDP, sublinhou<br />
Ana Maria Fernandes, CEO da EDPR. Desde<br />
2005 até ao final do terceiro trimestre do ano em<br />
curso, o investimento acumulado em renováveis<br />
atingia os 3,2 mil milhões de euros, o equivalente<br />
a 42% do investimento global do Grupo no<br />
mesmo período.<br />
A decisão de reforçar o peso das renováveis no<br />
portfólio do Grupo não ignora a actual conjuntu-<br />
ra económica. “A crise financeira e económica implica<br />
maior exigência e rigor”, admitiu a gestora,<br />
maior selectividade nos investimentos e atenção à<br />
eficiência. Mesmo sendo já um benchmark no<br />
mercado, o rácio MW em operação/trabalhador<br />
será melhorado, passando de 8,1 no final de 2008<br />
para 12,8 em 2012. Nessa altura, a sub-holding deverá<br />
ter mais de 800 trabalhadores.<br />
No final de 2008, o quadro de pessoal estimado<br />
é de 626, repartido pelas plataformas europeia<br />
e americana. “Uma equipa internacional muito<br />
qualificada”, sublinhou Ana Maria Fernandes. No<br />
total, os trabalhadores EDPR representam 10 nacionalidades<br />
e 68% têm formação superior (licenciaturas,<br />
mestrados e doutoramentos). É esta a equipa<br />
que vai executar os objectivos traçados de modo<br />
a chegar a 2012 com mais de 10.000 MW instalados,<br />
o dobro dos previstos para o final do ano em<br />
curso. on<br />
A EDP RENOVÁVEIS ASS<strong>UM</strong>IRÁ <strong>UM</strong> PAPEL DE DIFUSÃO DAS MELHORES PRÁTICAS,<br />
CAPTURA DE SINERGIAS E OPTIMIZAÇÃO DOS RECURSOS H<strong>UM</strong>ANOS<br />
COMPETÊNCIAS ESTRATÉGICAS<br />
E DE COORDENAÇÃO<br />
Dirigir a expansão global selectiva e desenvolvimento internacional<br />
Integrar a visão estratégica e gestão do portfólio, optimizando os recursos<br />
Alavancar sinergias baseadas na escala para o aumento da eficiência<br />
Assegurar a coordenação entre os negócios e implementação de melhores práticas<br />
nas várias plataformas
A EDP RENOVÁVEIS CONTRIBUIRÁ PARA O ÊXITO DO GRUPO EDP<br />
E O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL E PESSOAL DE TODOS<br />
OBJECTIVO PRIORIDADES ESTRATÉGICAS<br />
Ser um líder mundial<br />
em energias renováveis,<br />
referência na criação de valor,<br />
com base numa organização<br />
dinâmica e com uma forte<br />
cultura de “delivery”,<br />
maximizando sinergias entre<br />
plataformas e oportunidades<br />
para as equipas<br />
Crescimento selectivo, entre rentabilidade e risco, consolidando<br />
mercados existentes e criando oportunidades de elevado potencial<br />
Potenciar a EDP Renováveis de modo a garantir as melhores<br />
práticas, capturar sinergias e optimizar recursos, obtendo<br />
eficiência e alinhamento entre as várias geografias<br />
Manter a capacidade de execução para cumprir/exceder<br />
os objectivos ao nível das plataformas, optimizando os recursos<br />
energéticos e financeiros<br />
edp renováveis<br />
Risco<br />
controlado<br />
objectivos<br />
PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />
EIXOS ESTRATÉGICOS DO GRUPO EDP<br />
Eficiência<br />
superior<br />
Crescimento<br />
rentável<br />
On | 31
objectivos<br />
PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />
32 | On<br />
edp valor<br />
EDP VALOR<br />
um caminho partilhado<br />
DECORRIDOS SETE ANOS SOBRE A SUA CRIAÇÃO, A EDP VALOR CAMINHA HOJE SOBRE TERRENO SEGURO,<br />
CIENTE DOS DESAFIOS E METAS ESTABELECIDAS NO SEU PLANO DE NEGÓCIOS, CELEBRANDO OS OBJECTIVOS<br />
JÁ ALCANÇADOS POR TODOS QUANTOS CONSTITUEM A EMPRESA DE SERVIÇOS PARTILHADOS DO GRUPO EDP.<br />
O SURGIMENTO DAS REUNIÕES<br />
sectoriais no Encontro EDP foi uma<br />
aposta ganha no universo da comunicação<br />
interna, possibilitando às<br />
empresas do Grupo um canal de comunicação<br />
privilegiado, enquadrado<br />
num evento de escala nacional.<br />
Foi neste contexto que a EDP Valor<br />
reuniu, na Feira e em Lisboa, e<br />
apresentou o Plano de Negócios<br />
2009/12 aos seus colaboradores.<br />
O projecto começou em 2001 e, sete<br />
anos volvidos, a EDP Valor é uma<br />
empresa consolidada e pronta para<br />
novos desafios. A sua missão, “criar<br />
valor para os accionistas e clientes<br />
através da prestação de serviços de<br />
suporte ao nível das melhores práticas<br />
do mercado, com colaboradores<br />
motivados”, continua viva.<br />
Após várias reestruturações que<br />
marcaram a evolução da empresa, a<br />
EDP Valor tem actualmente seis plataformas<br />
de serviços e uma área de<br />
pessoal corporativo, e conta com cerca<br />
de 550 colaboradores que garantem<br />
serviços partilhados no Grupo.<br />
PRIORIDADES<br />
ESTRATÉGICAS<br />
O Plano de Negócios 2009/12 define<br />
três prioridades estratégicas<br />
para a actividade da EDP Valor: optimizar<br />
o quadro de RH e promover<br />
o seu rejuvenescimento e requalificação;<br />
concretizar uma redução<br />
superior a 10% dos custos operacionais,<br />
a preços constantes; e alargar<br />
a prestação de serviços e âmbito<br />
geográfico.<br />
O NOSSO ACTIVO<br />
Uma empresa nova com colaboradores<br />
experientes seria uma forma<br />
simplista de caracterizar a Valor.<br />
Com uma média etária significativa,<br />
o enfoque na optimização do<br />
quadro de recursos humanos, con-
siderando o seu rejuvenescimento<br />
e requalificação continua a ser<br />
uma das prioridades identificadas,<br />
numa empresa que tem como<br />
principal activo, as Pessoas.<br />
Neste âmbito, a EDP Valor levou<br />
a cabo, em 2008, um conjunto<br />
de iniciativas de desenvolvimento<br />
organizacional, definidas<br />
no seu plano de comunicação,<br />
que visam essencialmente fomentar<br />
a partilha de experiências.<br />
O desenvolvimento do nosso<br />
sistema de ideias, as iniciativas<br />
“Valorizar Jovens” ou “Um<br />
dia com Valor” são exemplos de<br />
acções que mobilizam energia e<br />
competências, colocando-as ao<br />
serviço de uma cultura de inovação<br />
e de proximidade ao cliente.<br />
REDUZIR CUSTOS<br />
Esta máxima é, e será sempre,<br />
um dos diapasões pelos quais a<br />
Valor regerá a sua actividade, e<br />
por isso, um dos três vectores<br />
identificados no Plano de Negócios<br />
2009-12.<br />
A evolução dos custos previstos<br />
no plano estará totalmente<br />
controlada, graças a uma forte<br />
disciplina sobre as áreas chave<br />
da empresa; a diminuição prevista<br />
de custos totais é conseguida<br />
com a optimização e renovação<br />
do quadro de pessoal, considerando<br />
serviços de outsourcing<br />
e arranque do Contact Center.<br />
A implementação de ferramentas<br />
de apoio à gestão de serviços<br />
tem contribuído de forma<br />
acentuada para a concretização<br />
deste objectivo, sendo o modelo<br />
edp valor<br />
objectivos<br />
PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />
global de negociação Sinergie o<br />
exemplo mais expressivo.<br />
EXPANDIR<br />
A situação actual do Grupo EDP<br />
permite pensar no alargamento<br />
da prestação de serviços a outras<br />
geografias, que não apenas a<br />
Espanha.<br />
A EDP Valor está a trabalhar<br />
no alargamento das suas actividades,<br />
tanto para a Península<br />
Ibérica, como em termos globais,<br />
nas áreas em que se analisa a<br />
hipótese de ganho evidente.<br />
A carteira de Seguros de todas<br />
as empresas do Grupo e as<br />
compras de montante acima de<br />
75 mil euros, registadas pelo<br />
Sinergie, são serviços de âmbito<br />
global. A uniformização do guia<br />
de soluções formativas e a criação<br />
de centrais ibéricas para a<br />
tesouraria e tratamento de facturas<br />
e o estudo de viabilidade<br />
para processamento ibérico de<br />
vencimentos, são outros exemplos<br />
das sinergias que a Valor<br />
pretende capturar, com claro enfoque<br />
na eficiência e qualidade<br />
de serviço.<br />
No Encontro EDP 2008, o<br />
presidente do CA da EDP Valor,<br />
Nuno Alves, teve oportunidade<br />
de mostrar o seu regozijo com<br />
os resultados obtidos pela empresa,<br />
definidos no anterior<br />
plano de negócios, referindo<br />
que os colaboradores se devem<br />
orgulhar do seu contributo. A<br />
EDP Valor vai continuar a trabalhar<br />
para ser, em 2012, ainda<br />
mais forte. on<br />
On | 33
objectivos<br />
PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />
34 | On<br />
edp valor<br />
OPTIMIZAR O QUADRO DE RECURSOS H<strong>UM</strong>ANOS E PROMOVER O SEU REJUVENESCIMENTO E REQUALIFICAÇÃO,<br />
CONCRETIZAR <strong>UM</strong>A REDUÇÃO SUPERIOR A 10% DOS CUSTOS OPERACIONAIS E ALARGAR A PRESTAÇÃO DE<br />
SERVIÇOS E ÂMBITO GEOGRÁFICO SÃO AS PRIORIDADES ESTRATÉGICAS PARA OS PRÓXIMOS ANOS
objectivos<br />
PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />
36 | On<br />
edp gás<br />
EDP GÁS<br />
negócio ibérico<br />
ESTÃO PREVISTOS MAIS DE 320 MILHÕES DE EUROS DE INVESTIMENTO, ONDE SOBRESSAEM NOVOS PROJECTOS<br />
DE INFRAESTRUTURAS DE TRANSPORTE EM ESPANHA E DISTRIBUIÇÃO EM PORTUGAL E ESPANHA. <strong>UM</strong> ESFOR-<br />
ÇO QUE PERMITIRÁ ATINGIR, EM 2012, CERCA DE 550 KM DE REDE DE TRANSPORTE E MAIS DE 9.600 KM DE REDE<br />
DE DISTRIBUIÇÃO, CHEGANDO A MAIS DE <strong>UM</strong> MILHÃO DE PONTOS DE ABASTECIMENTO NA PENÍNSULA IBÉRICA.
O PLANO DE NEGÓCIOS DO GRUPO EDP PARA<br />
o sector do Gás Ibérico é sobretudo ambicioso:<br />
o EBITDA deverá crescer 7,5% entre 07-12 (CAGR)<br />
atingindo os 270 M€ em 2012. Os eixos estratégicos<br />
do Grupo foram incorporados e encontra-se<br />
neste Plano a dose certa de controlo de risco e ambição,<br />
no investimento e crescimento, com forte<br />
contenção nos custos (apenas 20% da margem).<br />
A IMPORTÂNCIA<br />
DO GÁS NA VIDA DA EDP<br />
Rentabilidades garantidas: os negócios regulados<br />
em Portugal e em Espanha, no período do Plano,<br />
mantêm um peso de cerca de 80% nos resultados<br />
da Unidade, contribuindo para a manutenção do<br />
perfil de risco no Grupo.<br />
Complementaridade com o negócio eléctrico:<br />
num mercado em que as centrais de ciclo combinado<br />
a gás natural continuarão a ter um papel<br />
preponderante na geração térmica, o negócio<br />
grossista e retalhista de gás natural reduz o risco<br />
de operação dos contratos de fornecimento das<br />
centrais, trazendo, para além de um negócio próprio,<br />
a flexibilidade que o fornecimento de gás<br />
natural não tem.<br />
Oferta Dual: a EDP pode alavancar o seu<br />
mercado próprio, muito associado à electricidade,<br />
com a oferta da diversidade energética à sua<br />
base de Clientes. Conseguirá, deste modo, captar<br />
sinergias operacionais no Front Office e Back<br />
Office comercial, importantes para os dois produtos<br />
conseguindo, ao mesmo tempo, fortalecer<br />
a relação com os seus Clientes.<br />
Com estes eixos em mente, o Plano de Negócios<br />
de 09-12 está construído tendo em conta os<br />
compromissos anteriores do Plano 07-10 e a sua<br />
revisão, à luz de novos objectivos de penetração<br />
no mercado, crescimento de infraestruturas e<br />
obtenção de sinergias com outras empresas do<br />
Grupo em Portugal e Espanha. Estes objectivos<br />
levam o Plano de Negócios criado a privilegiar:<br />
A satisfação das necessidades adicionais<br />
de aprovisionamento implicando uma prospecção<br />
intensiva e imaginativa com contratos<br />
mais flexíveis, parcerias com fornecedores, integração<br />
parcial a montante. A importância<br />
destes contratos ressalta dos objectivos de<br />
multiplicação da capacidade instalada em<br />
CCGT de 2,4x até 2011, da obtenção de um<br />
milhão de pontos de abastecimento no mercado<br />
a retalho, e 30 TWh de gás veiculado<br />
em 2012. Estes objectivos serão suportados por<br />
uma cada vez mais efectiva gestão integrada<br />
do portfólio de Gás que atingirá mais de<br />
5 bcm anuais no final do período.<br />
edp gás<br />
objectivos<br />
PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />
O previsto reforço do investimento, tendo<br />
em consideração a estabilidade dos cash<br />
flows gerados pelos negócios regulados, reflecte<br />
a aposta na estabilidade, num mercado de<br />
variáveis cada vez mais voláteis. No período<br />
do plano está prevista a realização de mais de<br />
320 M€ de investimento, onde sobressaem novos<br />
projectos de infraestruturas de Transporte<br />
(80 M€) em Espanha e Distribuição (230<br />
M€) em Portugal e Espanha. Este importante<br />
esforço permitirá atingir, em 2012, cerca de 550<br />
Km de rede de Transporte e mais de 9.600 Km<br />
de rede de Distribuição, chegando a mais de<br />
um milhão de pontos de abastecimento na Península<br />
Ibérica.<br />
O crescimento comercial no médio prazo,<br />
com um mercado ibérico progressivamente<br />
mais liberalizado (em Espanha desde já e em<br />
Portugal totalmente liberalizado em 2010), estará<br />
sustentado no crescimento da rede de distribuição,<br />
no aproveitamento das infraestruturas<br />
comerciais existentes, na gestão da cadeia<br />
de valor desde o aprovisionamento até à<br />
comercialização e sobretudo na integração das<br />
carteiras de clientes eléctricos e de gás em<br />
Portugal e em Espanha, garantindo-se a colagem<br />
da estratégia comercial à evolução das<br />
margens implícitas em cada mercado (produto<br />
e geografia).<br />
Um cuidado reforçado numa equipa jovem<br />
e dinâmica, com elevado nível de formação<br />
literária, que transporta para o Grupo novas<br />
formas de olhar os problemas e encontra soluções<br />
inovadoras. Esta valência é determinante<br />
face às dificuldades dos actuais mercados mundial<br />
e ibérico de gás que obrigam a contemplar<br />
soluções mais abrangentes das praticadas nos<br />
modelos tradicionais de negócio ou na análise<br />
de novas oportunidades de crescimento. on<br />
On | 37
objectivos<br />
PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />
38 | On<br />
hc energía<br />
O PLANO DE NEGÓCIOS 2009-20012 DO GRUPO<br />
EDP supõe para a HC Energía a chave para culminar<br />
a transformação que começou em 2005,<br />
com a estabilização dos seus accionistas (Grupo<br />
EDP e Cajastur). Se bem que a companhia<br />
sempre se caracterizou por ser uma empresa dinâmica,<br />
com capacidade de adaptação e com<br />
um capital humano de grande qualidade. Características<br />
estas que se acentuaram com a aceleração<br />
do processo de mudança, que produziu<br />
uma situação nova tanto internamente, como<br />
em torno do mercado da energia em causa.<br />
A partir de agora, neste plano, desenha-se<br />
um novo cenário com prioridades estratégicas<br />
muito claras e realizáveis nas diferentes linhas<br />
de negócio para as quais, não obstante, será necessário<br />
um esforço de todos.<br />
Na geração, onde em 2008 entraram em funcionamento<br />
mais de 800 MW de ciclo combinado,<br />
está em curso um importante investimento para<br />
um novo grupo de gás e, está a estudar-se a viabilidade<br />
de novos projectos de cogeração. Adicionalmente,<br />
o Grupo aposta na importância da Central<br />
de Aboño, única, tanto pela sua situação geográfica<br />
junto ao mar, como pela queima de gases siderúrgicos.<br />
Neste contexto, o parque de Geração que<br />
Mas<br />
Energía<br />
A HC ENERGÍA TRAÇOU <strong>UM</strong> NOVO CENÁRIO COM PRIO-<br />
RIDADES ESTRATÉGICAS MUITO CLARAS NAS DIFEREN-<br />
TES LINHAS DE NEGÓCIO. <strong>UM</strong> PLANO AMBICIOSO QUE<br />
PREVÊ <strong>UM</strong> INVESTIMENTO DE MAIS DE 700 MILHÕES DE<br />
EUROS NO SECTOR ELÉCTRICO ENTRE 2009-2012, AOS<br />
QUAIS SE SOMAM OS FORTES INVESTIMENTOS NO<br />
NEGÓCIO DO GÁS EM PARALELO COM O DA HC ENERGÍA.<br />
hoje apresenta uma estrutura muito diferente da<br />
de há três anos, deve estar preparado para um funcionamento<br />
ainda mais flexível do que o actual.<br />
Na Distribuição, com o novo marco regulatório,<br />
a qualidade de serviço, que nos últimos<br />
anos vem registando valores históricos, bem acima<br />
da média do sector, será uma vantagem competitiva<br />
que servirá para expandir o negócio além<br />
da tradicional área de influência.<br />
A cobertura comercial da geração continuará<br />
a ser um elemento fundamental, tanto nos<br />
clientes empresariais como nos particulares. A<br />
oferta dual de gás e electricidade fará com que
o peso da actividade comercial cresça.<br />
Junto com as três principais linhas de negócio,<br />
o plano, cujos objectivos passam por recuperar os<br />
bons níveis de rentabilidade da HC Energía, levanta<br />
outras prioridades estratégicas que têm que ver<br />
com a gestão regulatória – aspecto chave num momento<br />
em que o sector atravessa importantes problemas<br />
–: a eficiência e o controlo de custos; o progresso<br />
continuado em áreas como Meio Ambiente,<br />
Prevenção e Segurança para que contemple não<br />
só os próprios colaboradores mas todos os vendedores;<br />
e uma melhoria na Política de Recursos<br />
Humanos que implique todos e permita manter o<br />
conhecimento dentro da companhia.<br />
O Plano de Negócios dá enfoque à necessidade<br />
de fazer estas transformações num momento difícil.<br />
Apesar de as transformações levadas a cabo nos<br />
últimos anos, a regulação actual para a geração é menos<br />
favorável que a vivida anteriormente, e o preço,<br />
tanto dos combustíveis como dos direitos de<br />
emissões de CO2, fizeram com a geração a carvão<br />
perdesse competitividade. Foi perante este contexto<br />
que nasceu o Plano de Negócios que foi apresentado<br />
nos Encontros do Grupo a todos aqueles que<br />
fazem parte da companhia. Trata-se de um Plano<br />
ambicioso que prevê um investimento de mais de<br />
hc energía<br />
objectivos<br />
PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />
700 milhões de euros no negócio eléctrico em Espanha<br />
para o período 2009-2012, ao qual se somam<br />
os fortes investimentos no negócio do gás que caminha<br />
em paralelo com o da HC Energía. Ambos<br />
os negócios se incluem num projecto de<br />
dimensões maiores. É o desafio de António<br />
Mexia, presidente do Conselho de Administração<br />
do Grupo EDP.<br />
Em Espanha, tanto o conselheiro delegado da<br />
HC Energía, João Manso Neto, como o presidente<br />
da companhia, Manuel Menéndez, deixaram<br />
uma mensagem clara: “este plano diz respeito a<br />
todos nós”. on<br />
On | 39
objectivos<br />
PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />
40 | On<br />
edp comercial<br />
EDP COMERCIAL<br />
olhar atento aos clientes<br />
NA REUNIÃO SECTORIAL DA EDP COMERCIAL FEZ-SE <strong>UM</strong>A RETROSPECTIVA DE 2008, DESTACARAM-SE PROTÓTIPOS<br />
EM ÁREAS INOVADORAS, FALOU-SE DO PROJECTO HEDGE E FORAM LANÇADOS OS DESAFIOS PARA ESTE ANO.
A REUNIÃO SECTORIAL DA EDP COMERCIAL<br />
decorreu no dia 28 de Novembro, no Pavilhão<br />
Atlântico, e começou com uma apresentação de<br />
Jorge Araújo Pires sobre o projecto SMILE. Na<br />
apresentação seguinte, Vasco Coucello fez uma retrospectiva<br />
de 2008. A campanha de comunicação<br />
do edp5D, “Eu vivo noutra dimensão”, e as campanhas<br />
de eficiência energética (como a oferta de<br />
lâmpadas economizadoras, entre outras), o envio<br />
de SMS promocionais e novos parceiros 5entidos,<br />
foram algumas das acções dirigidas aos Clientes<br />
do edp5D durante 2008.<br />
Relativamente ao segmento dos Clientes empresariais,<br />
o ano de 2008 foi marcado por uma redução<br />
da competitividade do mercado liberalizado,<br />
face ao mercado regulado, consequência do<br />
aumento significativo da estrutura de custos de<br />
fornecimento neste mercado. Assim, procedeu-se<br />
à transferência da esmagadora maioria dos Clientes<br />
para o mercado regulado durante o primeiro<br />
trimestre de 2008.<br />
O reforço de relações de parceria e proximidade<br />
com os Clientes adquiriu particular importância.<br />
Neste âmbito, e durante o segundo semestre<br />
de 2008, foi lançada a campanha de consultoria<br />
energética, especificamente para Clientes com um<br />
consumo acima de 2GWh/ano. Foi também dado<br />
um maior enfoque à recuperação da dívida de<br />
Clientes, fundamentalmente através do estabelecimento<br />
de acordos de pagamento, o que já permitiu<br />
o recebimento de 1,5M€.<br />
Em 2008, a comercialização de Serviços de<br />
Energia atingiu a ordem de 10M€ em cerca de 250<br />
instalações servidas, tendo representado cerca de<br />
um terço das visitas da equipa comercial B2B. Foram<br />
referidos os projectos mais significativos, com<br />
destaque para a conclusão do fornecimento e montagem<br />
da Central Térmica Solar da CGD, para a<br />
gestão da implementação das medidas empresariais<br />
do PPEC e a remodelação eléctrica de grandes<br />
instalações industriais.<br />
Foi ainda destacada a execução de protótipos<br />
em áreas inovadoras de eficiência energética e<br />
solar térmico e o desenvolvimento da oferta para<br />
PMEs com a execução de pilotos, apresentando<br />
pela primeira vez, a estes Clientes, um portfólio<br />
de serviços de poupança e segurança.<br />
A reunião da EDP Comercial contou também<br />
com a participação de Pedro Neves Ferreira, que<br />
apresentou as perspectivas do projecto HEDGE<br />
para 2009. O Projecto HEDGE tem como principal<br />
objectivo a definição da estratégia de cobertura<br />
da posição grossista do Grupo EDP. Daí a sua<br />
importância para a actividade comercial, uma vez<br />
que a EDP Comercial é também um instrumento<br />
que permite reduzir o risco de colocação da<br />
produção.<br />
O encontro sectorial terminou com a intervenção<br />
de Jorge Cruz de Morais, que fez um resumo<br />
das perspectivas para 2009, prevendo-se que a EDP<br />
Comercial venha a retomar a sua actividade sobretudo<br />
no segmento B2B. on<br />
edp comercial<br />
objectivos<br />
PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />
O REFORÇO DE RELAÇÕES DE<br />
PARCERIA E PROXIMIDADE COM<br />
OS CLIENTES ADQUIRIU PARTICU-<br />
LAR IMPORTÂNCIA. NESTE ÂMBI-<br />
TO, E DURANTE O SEGUNDO<br />
SEMESTRE DE 2008, FOI LANÇA-<br />
DA A CAMPANHA DE CONSULTO-<br />
RIA ENERGÉTICA, ESPECIFICA-<br />
MENTE PARA CLIENTES COM <strong>UM</strong><br />
CONS<strong>UM</strong>O ACIMA DE 2 GWH/ANO.<br />
On | 41
objectivos<br />
PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />
42 | On<br />
soluções comerciais<br />
SOLUÇÕES<br />
COMERCIAIS<br />
capacidade<br />
de antecipação<br />
O SECTOR ENERGÉTICO CONTINUARÁ A OBSERVAR PROFUNDAS TRANSFOR-<br />
MAÇÕES, EM PARTICULAR AO NÍVEL DO ENQUADRAMENTO REGULATÓRIO<br />
E NO COMPROMISSO PARA CRIAÇÃO DE VALOR, SENDO IMPERATIVA <strong>UM</strong>A<br />
REACÇÃO TÁCTICA ASSENTE NA CAPACIDADE DE PREVISÃO E EXECUÇÃO.<br />
OS ENCONTROS COM OS COLABORADORES DA<br />
EDP realizaram-se num momento propício a balanços<br />
e perspectivas: de facto, as realizações do<br />
ano de 2008 já permitiam, com bastante rigor, prever<br />
o fecho do respectivo exercício e, por outro<br />
lado, a construção do Plano de Negócios 2009-2012<br />
estava exactamente na fase de conclusão.<br />
Por isso, o conselho de administração da EDP<br />
Soluções Comerciais optimizou a oportunidade<br />
proporcionada pelas reuniões sectoriais para, face<br />
a face com os seus colaboradores, lhes dar a conhecer<br />
os principais feitos de 2008 – enfatizando que<br />
eram de todos, pelo que todos estavam de parabéns<br />
– e lhes apresentar os desafios que se perfilam<br />
até 2012, garantindo a sua confiança na capacidade<br />
de realização da equipa que têm orgulho<br />
em liderar.<br />
Assim, em 2008, e apesar dos condicionalismos<br />
que parametrizaram a actividade da empresa – em<br />
particular a Lei 12/98, o binómio liberalização/preços<br />
regulados e as alterações regulatórias, que implicaram<br />
adaptações urgentes dos processos e um<br />
aumento significativo do número de operações – a<br />
EDP Soluções Comerciais vai concretizar todos os<br />
macro-objectivos que definiu em consonância com<br />
os Eixos Estratégicos do Grupo – Eficiência Superior,<br />
Risco Controlado e Crescimento Orientado.<br />
Este sucesso foi suportado por três importantes<br />
pilares que foram construídos sobre uma<br />
organização renovada:<br />
• a implementação de um novo modelo de<br />
relação com os Clientes;<br />
• a optimização da gestão dos processos;<br />
• e, naturalmente, as pessoas, para as quais<br />
foram orientadas várias iniciativas que<br />
demonstram a real preocupação com o seu<br />
bem-estar e com o desenvolvimento de uma<br />
cultura de meritocracia e de fortalecimento de<br />
competências.<br />
Mantendo-se as grandes linhas de orientação<br />
estratégica do Grupo, também a EDP Soluções<br />
Comerciais, no seu Plano de Negócios 2009-2012,<br />
deu continuidade às suas directivas estratégicas e<br />
manteve os objectivos que tem vindo a perseguir,<br />
acrescentando apenas, no âmbito da redução de<br />
custos e da política de sustentabilidade da EDP,<br />
a ambição de ter 850.000 Clientes finais com factura<br />
electrónica, em 2012.<br />
ALGUNS INDICADORES DA ACTIVIDADE DA EDP SC<br />
Tendo em vista a previsível evolução do mercado,<br />
na qual se incluem como principais desafios<br />
a liberalização, também do gás, e a implementação<br />
do sistema de redes inteligentes, o foco continua<br />
a ser colocado na contenção dos custos e na<br />
qualidade do serviço prestado, factores críticos de<br />
sucesso na contribuição da EDP SC para a concretização<br />
dos resultados do Grupo.<br />
O caminho continua a ser um desafio com<br />
muitas variáveis ainda não dominadas. O sector<br />
energético continuará a observar profundas transformações,<br />
em particular ao nível do enquadramento<br />
regulatório e no compromisso para criação<br />
de valor, sendo imperativa uma reacção táctica assente<br />
na capacidade de previsão, antecipação e<br />
execução. on
MACRO-OBJECTIVOS<br />
EDP SOLUÇÕES COMERCIAIS<br />
soluções comerciais<br />
• Reduzir os custos operacionais por cliente final<br />
• Maximizar o grau de cumprimento dos níveis de serviço<br />
das operações comerciais<br />
• Garantir o cumprimento dos níveis de serviço de atendimento<br />
• Reduzir o volume de dívida vencida gerida para os nossos<br />
clientes institucionais<br />
• Cumprir os objectivos de vendas acordados com os nossos clientes<br />
• Maximizar a rentabilidade do negócio “não core”<br />
objectivos<br />
PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />
CONCRETIZAÇÕES<br />
(2008 Esperado)<br />
• 12,3%<br />
• 100%<br />
• 100%<br />
• 39 %<br />
• 100%<br />
• 35%<br />
On | 43
objectivos<br />
PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />
44 | On<br />
edp inovação<br />
PROMOVER<br />
A INOVAÇÃO<br />
A EDP INOVAÇÃO FOI<br />
CONSTITUÍDA EM JANEIRO<br />
DE 2007, NA SEQUÊNCIA<br />
DO MODELO DE<br />
ORGANIZAÇÃO DA<br />
INOVAÇÃO PARA O GRUPO.<br />
COM A SUA GÉNESE<br />
NA LABELEC, FOI<br />
DECIDIDO AUTONOMIZAR<br />
A FUNÇÃO DE “PROMOÇÃO<br />
DE INOVAÇÃO”,<br />
CONFERINDO-LHE <strong>UM</strong>A<br />
MAIOR VISIBILIDADE<br />
E PROMOVENDO <strong>UM</strong>A<br />
ESTREITA RELAÇÃO COM<br />
AS UNIDADES DE NEGÓCIO.<br />
A INOVAÇÃO TECNOLÓGICA, E/OU DE MODELO<br />
de negócio, é crítica para a diferenciação e competitividade<br />
empresarial, nos segmentos de maior<br />
intensidade competitiva. A EDP opera num mercado<br />
liberalizado, já com forte concorrência em<br />
determinados segmentos do negócio.<br />
Os players do sector (utilities), em geral, têm<br />
procurado desenvolver actividades nas áreas de<br />
crescimento proporcionado pela aposta (política,<br />
regulatória, etc.) nas energias renováveis e na eficiência<br />
energética; assim, assiste-se a forte competição<br />
por sites e pontos de ligação para desenvolvimento<br />
de geração renovável de grande escala,<br />
diversas iniciativas no âmbito da microgeração e<br />
um crescimento generalizado da oferta de serviços<br />
na área da eficiência energética, por parte das<br />
principais utilities.<br />
Também motivado pela forte penetração de<br />
energias renováveis na rede de distribuição de<br />
energia eléctrica, em particular numa óptica de<br />
microgeração, torna-se necessário reequacionar a<br />
gestão do sistema eléctrico, conferindo-lhe mais<br />
inteligência e suportando-se essa inteligência no<br />
desenvolvimento tecnológico (comunicações, contagem<br />
de energia, integração de sistemas). A subida<br />
do preço dos combustíveis fósseis, associada ao<br />
desenvolvimento de tecnologias de armazenamento<br />
(baterias), começa também a viabilizar possíveis<br />
soluções de mobilidade eléctrica, determinando<br />
o acompanhamento por parte dos players energéticos.<br />
Face às tendências identificadas e cruzando-as<br />
com a missão da EDP Inovação (transformar<br />
ideias, novo conhecimento e tecnologias em valor,<br />
promovendo uma cultura de Inovação no<br />
Grupo EDP), foi reenquadrada a estratégia de<br />
inovação do Grupo EDP, tendo-se identificado<br />
um conjunto de áreas prioritárias, nas quais estamos<br />
focados:<br />
• Energia Offshore (Ondas e Eólica Offshore)<br />
• Energia Solar (Fotovoltaico e Térmica)<br />
• Redes Inteligentes (InovGrid)<br />
• Veículos Eléctricos<br />
• Eficiência energética<br />
Para além das cinco áreas estratégicas prioritárias,<br />
a EDP Inovação está também atenta, e desenvolvendo<br />
algumas iniciativas, em áreas complementares<br />
como a mitigação ambiental da actividade<br />
da EDP (sequestro de CO2, etc.), a microgeração<br />
renovável/eficiente ou o armazenamento energético.<br />
É também importante notar que a EDP depende<br />
fortemente de processos para gerir a sua<br />
operação e busca soluções que alavanquem a sua<br />
presença Global. Uma nova geração de Sistemas<br />
permitirá a evolução de uma organização hierárquica<br />
para uma organização em rede.<br />
ORGANIZAÇÃO<br />
A EDP Inovação é constituída pelas seguintes Áreas<br />
de Actividade:
• Desenvolvimento Tecnológico (DT) – visa garantir<br />
o aproveitamento pelo Grupo EDP de oportunidades<br />
em novas tecnologias através i) da função<br />
de Observatório de Tecnologias e ii) da Gestão<br />
de Projectos de Demonstração Tecnológica;<br />
• Inovação em Produto, Organização e Processos<br />
(IPOP) – promove a geração e implementação<br />
de novas ideias e a modernização dos processos<br />
no Grupo EDP;<br />
• EDP Ventures – em 2007 foram iniciados os trabalhos<br />
preparatórios com vista à criação de um<br />
Fundo de Capital de Risco, implementado em<br />
2008.<br />
RES<strong>UM</strong>O DA ACTIVIDADE EM 2008<br />
A EDP Inovação, em estreita articulação com as<br />
Unidades de Negócio, desenvolveu um amplo leque<br />
de iniciativas e projectos, dos quais podemos<br />
destacar:<br />
• Criação da EDP Ventures – a entrada da EDP no<br />
Capital de Risco visa, além de proporcionar-lhe,<br />
uma maior visibilidade e conhecimento crítico sobre<br />
as novas tecnologias disruptivas na área de<br />
Energy Related Cleantech, antecipar, face aos seus<br />
concorrentes, a utilização de soluções e tecnologias<br />
inovadoras, criando vantagens competitivas e<br />
novas opções de crescimento, a uma escala global.<br />
A EDP Ventures tem uma dotação orçamental<br />
de 40 milhões de euros, dos quais 50% se destinam<br />
a investimentos directos em empresas de tecnologia<br />
e 50% a investimentos indirectos via outros fundos<br />
de capital de risco. O Fundo será gerido pela<br />
EDP Inovação, com recurso a uma equipa composta<br />
por profissionais com skills financeiros e tecnológicos<br />
e em estreita articulação com as diferentes<br />
Unidades de Negócio da EDP, para que os<br />
investimentos realizados estejam alinhados com a<br />
estratégia do Grupo, valorizando activos tecnológicos;<br />
• Orçamento de investimento próprio;<br />
edp inovação<br />
objectivos<br />
PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />
• Adesão à APBA – Associação Portuguesa Business<br />
Angels que funciona como ponto de encontro<br />
entre empreendedores e financiadores de novas<br />
oportunidades de negócio, permitindo o acesso<br />
ao respectivo deal flow de projectos;<br />
• Concurso interno de ideias – desenvolvimento e<br />
implementação de um sistema de Gestão de<br />
Ideias, transversal a todo o Grupo: Click Idea;<br />
• Lançamento do Prémio EDP/Richard Branson –<br />
tem como objectivo incentivar a inovação e o empreendedorismo<br />
na área do ambiente;<br />
• Proposta de criação do PCT – Pólo de Competitividade<br />
Tecnológico. O PCT deve ser aberto à<br />
participação de empresas e entidades do sector<br />
e irá ter diversos projectos âncora, nomeadamente<br />
um Centro de Energia Offshore e um Centro<br />
de Investigação Tecnológico na área do solar<br />
fotovoltaico concentrado. Pretende-se que os<br />
players do sector disponham de um fórum e trabalhem<br />
de forma concertada, com vista a identificar<br />
futuras necessidades/oportunidades e<br />
apoiar a definição de políticas de desenvolvimento,<br />
nomeadamente nas áreas de investigação e<br />
formação;<br />
• Consolidação da estratégia de tecnologia aberta<br />
na área da energia das ondas, concretizando os<br />
primeiros projectos de<br />
Além das cinco<br />
áreas<br />
estratégicas<br />
prioritárias, a<br />
EDP Inovação<br />
está atenta e,<br />
desenvolvendo<br />
algumas<br />
iniciativas, em<br />
áreas<br />
complementares<br />
demonstração tecnológica;<br />
• WindFloat – projecto<br />
de energia eólica offshore,<br />
em águas profundas,<br />
utilizando dispositivos<br />
flutuantes, liderado<br />
pela EDP. Foi submetida<br />
proposta de candidatura<br />
a financiamento<br />
da Comissão Europeia.<br />
O projecto, orçamentado<br />
em cerca de 30<br />
M€, resulta de uma<br />
parceria entre a EDP Inovação e o tecnólogo americano<br />
Principal Power, aos quais se associaram<br />
um conjunto de outras empresas especializadas<br />
em partes específicas da montagem do projecto;<br />
• Projectos na área de energia solar (MagPower,<br />
SolarSel);<br />
• Desenvolvimento do projecto aglutinador do<br />
tema “Redes Avançadas”, o Projecto InovGrid,<br />
crucial para o Grupo EDP;<br />
• Lançamento de um estudo aprofundado sobre a<br />
temática da mobilidade eléctrica, avaliando os diversos<br />
impactos para a EDP de modo a definir<br />
um posicionamento para a empresa neste domínio;<br />
• Projecto Piloto EDIFI: Eficiência energética em<br />
edifícios EDP – A EDP Inovação, em estreito<br />
contacto com a EDP Valor, elaborou em 2007 a<br />
especificação de um sistema de gestão de eficiência<br />
energética do edifício da EDP na Rua Camilo<br />
Castelo Branco, 46 em Lisboa, com aplicação<br />
On | 45
objectivos<br />
PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />
46 | On<br />
edp inovação<br />
de equipamento de monitorização e comando/automação<br />
das cargas locais. Dado o concurso<br />
lançado em 2007 ter sido anulado (só teve dois<br />
concorrentes), foi lançado novo concurso em<br />
2008. O projecto foi adjudicado recentemente,<br />
estando em fase de implementação;<br />
• Projecto OPERA (Open PLC Research Alliance)<br />
– destina-se a desenvolver uma nova geração<br />
de equipamento de acesso PLC (Power Line<br />
Communications), de forma a acelerar a adopção<br />
de equipamentos PLC de acesso em banda<br />
larga de alta qualidade e baixo custo. Este projecto<br />
é co-financiado pela Comissão Europeia.<br />
Na segunda e última fase de execução do projecto,<br />
OPERA2, a EDP (um dos membros do<br />
consórcio) contribuiu com um piloto instalado<br />
na área do Parque das Nações, no qual se processaram<br />
ensaios dos protótipos em desenvolvimento<br />
e das suas principais aplicações. O projecto<br />
deve terminar em 2008, esperando-se poder<br />
então tirar conclusões, no âmbito do consórcio,<br />
sobre a evolução e futura utilização da tecnologia<br />
PLC pelas empresas de electricidade, designadamente<br />
para suporte de aplicações core;<br />
• Realização de um piloto sobre Comunicações<br />
Unificadas, durante o 1º semestre de 2008 e, em<br />
sequência, activação e dinamização do serviço de<br />
Instant Messaging em todo o Grupo e recomendação<br />
da solução UC “as a service” a adoptar;<br />
• Desenvolvimento e implementação de uma plataforma<br />
de espaços colaborativos;<br />
• Dinamização de conferências online (Webinars)<br />
e o estabelecimento de um repositório de conferências<br />
gravadas (Webcasts).<br />
PERSPECTIVAS PARA 2009-2012<br />
Na sequência da estratégia que tem sido seguida, as<br />
linhas de actuação preconizadas para 2009-2012 são:<br />
• Prosseguir a implementação de projectos que se<br />
enquadrem nas Prioridades de Inovação;<br />
• Actuação em clientes – reforço da interligação<br />
com as Unidades de Negócio do Grupo ao nível<br />
de sourcing, estruturação e gestão de projectos<br />
de inovação; apoiar estruturação da área de<br />
inovação da Energias do Brasil;<br />
• Actuação em processos – contribuir para a adopção<br />
de melhores práticas no Grupo;<br />
• Actuação em recursos – reforço da equipa de capital<br />
de risco; reforçar skills de gestão de projectos;<br />
autonomização do Observatório Tecnológico.<br />
• Actuação financeira – utilização racional dos recursos<br />
disponíveis (EDP Ventures e orçamento<br />
de investimento); maximizar recurso a apoios ao<br />
investimento.<br />
O investimento esperado até 2012 é cerca de 44<br />
milhões de euros, dos quais 21,8 serão destinados<br />
a investimentos em projectos de ID+i e 21,7 a<br />
investimentos em VC (EDP Ventures).<br />
As principais áreas de investimento em ID+i<br />
são: Ondas, Solar fotovoltaico, Eólico Offshore,<br />
Mobilidade eléctrica e Outros.<br />
A EDP Ventures tem uma dotação orçamental<br />
de 40 milhões de euros. O Fundo de Capital de<br />
Risco da EDP será um fundo misto com investimentos<br />
directos em empresas de tecnologia (50%)<br />
e indirectos via outros fundos de capital de risco<br />
(50%). on
A VISÃO DA LABELEC É A DE PROCURAR SER <strong>UM</strong>A<br />
empresa de excelência de engenharia e prestadora<br />
eficiente de serviços altamente especializados,<br />
nos seus domínios de actividade.<br />
Na linha do que tinha vindo a ser feito nos<br />
anos anteriores, a Labelec, em 2008, prosseguirá<br />
o seu esforço de modernização, tendo em curso<br />
os seguintes Projectos:<br />
• Sistema Integrado de Gestão da Qualidade,<br />
Ambiente e Segurança (SQAS);<br />
• Aplicação informática para melhoria do processo<br />
de planeamento e gestão dos serviços<br />
a prestar aos clientes (Gestão de Actividades);<br />
• Sistema de Informação para a Avaliação de<br />
Transformadores (SIAT).<br />
A empresa mantém, igualmente, o esforço no<br />
sentido de melhorar a garantia de qualidade dos<br />
seus laboratórios, através da acreditação de novos<br />
ensaios, como factor diferenciador fundamental<br />
para a sua actuação, de forma a poder<br />
manter a credibilidade e confiança conquistada<br />
junto dos seus Clientes.<br />
A Labelec tem consciência da necessidade imperativa<br />
de continuar a evoluir de acordo com<br />
as novas necessidades do mercado, tendo presentes<br />
os desafios das novas tecnologias de produção<br />
e distribuição de energia, bem como as<br />
de informação. Para isso, continuará a procurar<br />
sistematicamente soluções inovadoras com<br />
maior valor acrescentado para os seus Clientes.<br />
PLANO DE NEGÓCIOS 2009-2012<br />
Para o período do Plano de Negócios prevê-se:<br />
• Estabilidade no que se refere aos indicadores<br />
económicos (proveitos, custos, EBITDA e<br />
resultados líquidos) e ao número de colaboradores;<br />
• Ligeira tendência de crescimento das prestações<br />
de serviços para a REN e a EDP Produção.<br />
EM SINTONIA COM O GRUPO EDP, A<br />
LABELEC PERSPECTIVA DESENVOLVER<br />
AS SEGUINTES INICIATIVAS:<br />
• Sistema de Qualidade, Ambiente e Segurança<br />
– Concluir a Implementação até ao final do<br />
1º trimestre de 2009.<br />
• Gestão da Informação – implementar, em<br />
2009, os Sistemas de Gestão das Actividades<br />
e de apoio ao SQAS e o SIAT até 2012.<br />
• Inovação:<br />
– Infranet – Modelação e Inspecção de linhas<br />
aéreas e suas faixas – projecto a concluir no<br />
período do Plano de Negócios;<br />
labelec<br />
EXCELÊNCIA ESPECIALIZADA<br />
A EMPRESA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ESPECIALIZADA NAS ÁREAS DA <strong>ENERGIA</strong> E DO AMBIENTE<br />
DESENVOLVE ACTIVIDADES NO SECTOR ELÉCTRICO, ACTUANDO NO ÂMBITO DA PRODUÇÃO, DO<br />
TRANSPORTE E DISTRIBUIÇÃO DE <strong>ENERGIA</strong> E TAMBÉM NO APOIO À MANUTENÇÃO DE INSTALAÇÕES<br />
objectivos<br />
PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />
– InovGgrid – Participação da Labelec no Projecto<br />
da EDP Distribuição.<br />
Para além destes Projectos, a Labelec perspectiva,<br />
ainda, desenvolver o seu conhecimento<br />
em novas áreas, nomeadamente nas Energias<br />
Offshore e Solar, Eficiência energética e Redes<br />
inteligentes.<br />
Trata-se de desafios importantes que a empresa<br />
tem pela frente, mas estamos seguros de<br />
que com o empenho e competência de todos, serão<br />
enfrentados com êxito indo de encontro às<br />
necessidades dos nossos Clientes.<br />
Espera-se que os projectos SQAS e Gestão das<br />
Actividades, bem como o lançamento de um conjunto<br />
de indicadores de desempenho (KPI’s) dos<br />
Departamentos, tenham impacto significativo<br />
no desenvolvimento da actividade da empresa.<br />
On | 47
objectivos<br />
PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />
edp holding<br />
O MOTOR<br />
DE ARTICULAÇÃO<br />
DO GRUPO<br />
FOI NO ÚLTIMO DIA DOS ENCONTROS EM LISBOA, NA SALA ATLÂNTICO, QUE OS COLABORADORES DA HOLDING<br />
FICARAM A CONHECER MAIS APROFUNDADAMENTE AS PRIORIDADES PARA O PERÍODO 2009-2012. DEPOIS DO<br />
CENTRO CORPORATIVO TER ASS<strong>UM</strong>IDO, EM 2007, <strong>UM</strong> PAPEL ESTRATÉGICO E AGREGADOR NA CRIAÇÃO DAS<br />
OPÇÕES DE CRESCIMENTO, OS PLANOS PARA OS PRÓXIMOS ANOS SÃO AINDA MAIS AMBICIOSOS.
ANTÓNIO MEXIA FOI CLARO AO AFIRMAR QUE<br />
“a EDP está a passar de um ciclo de transformação<br />
do negócio, com o desenvolvimento de<br />
opções estratégicas de criação de valor, para um<br />
ciclo com maior enfoque na consolidação do<br />
negócio.” E para o sucesso desta mudança,<br />
todas as pessoas que fazem parte da empresa são<br />
importantes.<br />
O presidente do Conselho de Administração<br />
Executivo salientou que todas as metas financeiras<br />
previamente estabelecidas foram cumpridas,<br />
mas acrescentou que ainda há muito trabalho a<br />
fazer. Será essencial uma forte disciplina para<br />
atingir os objectivos de custos para 2012. O rigor<br />
na execução das opções criadas implica, agora,<br />
um reforço da articulação do Centro Corporativo<br />
com o Grupo através da consolidação de processos<br />
de interacção entre negócios e geografias.<br />
A aposta é ambiciosa: “ uma EDP de excelência<br />
mais mobilizada, mais Lean, mais competitiva,<br />
mais partilhada e mais eficiente”. on<br />
FLEXIBILIDADE<br />
SOCIETÁRIA<br />
CONTROLO<br />
DE GESTÃO<br />
APROVEITAMENTO<br />
DE SINERGIAS<br />
FOMENTO DE <strong>UM</strong>A<br />
CULTURA ÚNICA<br />
edp holding<br />
objectivos<br />
PLANO DE NEGÓCIOS SECTORIAIS<br />
A EDP ESTÁ A ENTRAR<br />
N<strong>UM</strong> NOVO CICLO DE NEGÓCIO<br />
2006-2009<br />
De um ciclo de transformação do<br />
Negócio, com o desenvolvimento de<br />
opções estratégicas de criação de<br />
valor...<br />
• Forte aposta nas renováveis<br />
• Entrada em novas geografias<br />
• Ressurgimento da grande hídrica<br />
em Portugal<br />
• Reestruturação do portfólio<br />
de negócios no Brasil<br />
PRINCIPAIS RESULTADOS JÁ ALCANÇADOS DESAFIOS PARA O PRÓXIMO CICLO<br />
· Criação da EDP Renováveis<br />
· Criação da EDP Gás<br />
· Alienação de activos não-estratégicos<br />
· Alinhamento dos ciclos de planeamento e orçamentação<br />
em todos os negócios<br />
· Metodologia de desafio ao investimento transversal ao Grupo<br />
· Critérios comuns de análise de negócios<br />
· Implementação de programas de melhoria de eficiência<br />
e de redução da base de custos: Opex (150 M¤ nos 9M08);<br />
Lean (impacto anual >40M¤ até 2008)<br />
· Prioridade constante ao alinhamento de prácticas entre<br />
Negócios e geografias (Talento, SouEDP, Conciliar, ...)<br />
· Comunicação consistente dos temas da agenda estratégica<br />
· Lançamento da TV Corporativa<br />
• Aprofundamento do modelo comum de gestão<br />
2009-2012<br />
... Para um ciclo com maior<br />
enfoque na consolidação do<br />
Negócio<br />
• Entrega do valor potenciado<br />
pelas opções estratégicas desenvolvidas<br />
• “Obsessão” pela execução,<br />
tanto a nível estratégico<br />
como operacional<br />
• Consolidação de uma cultura de rigor no planeamento e controlo de gestão<br />
(benchmarking interno e aprofundando a competição por recursos)<br />
• Aprofundamento da coordenação entre projectos estruturantes em diferentes<br />
Negócios e geografias<br />
• Nova vaga do Opex<br />
• Alargamento da aplicação do Lean<br />
• Construção de um “Modus Faciendi” EDP<br />
• Mobilidade entre Negócios e geografias<br />
• Fomento de cultura de trabalho em rede sem desresponsabilização pessoal<br />
On | 49
objectivos<br />
PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />
50 | On<br />
sãvida<br />
<strong>UM</strong> FUTURO<br />
SUSTENTADAMENTE<br />
PROMISSOR<br />
NAS REUNIÕES SECTORIAIS DA SÃVIDA, EM 26 E 27 DE NOVEMBRO EM SANTA MARIA DA FEIRA E EM LISBOA, FOI<br />
APRESENTADO O PLANO DE NEGÓCIOS PARA 2009-2012 QUE TEM POR BASE O TRABALHO DESENVOLVIDO NOS<br />
ANOS ANTERIORES.
NESTAS REUNIÕES FORAM REALÇADOS OS<br />
pontos positivos e as áreas a melhorar e o conjunto<br />
de iniciativas estruturantes, enquadradas<br />
no novo Plano, cujo objectivo é tornar a Sãvida<br />
numa empresa com melhor qualidade na<br />
prestação de serviços aos utentes, assegurando<br />
a sua sustentabilidade.<br />
Como principais sucessos foram destacados<br />
a eficiência da prestação interna de serviços<br />
médicos e de enfermagem, a optimização<br />
da rede de cuidados secundários, a sistematização<br />
da comparticipação em complementaridade<br />
do SNS, e a racionalização e melhoria<br />
de Postos Médicos, como ocorreu em Setúbal,<br />
Régua, Queluz, Lisboa, Porto, Seia, Viseu<br />
e Bragança.<br />
Para os próximos anos, temos, de imediato,<br />
a utilização plena do SIGMED II, cujos<br />
desenvolvimentos futuros com o portal para<br />
os utentes vai tornar a Sãvida muito mais próxima<br />
de todos aqueles que necessitam dos<br />
seus serviços.<br />
Vamos, ainda, avançar para a revisão dos processos,<br />
a optimização dos meios logísticos (melhorias<br />
em Postos Médicos) e adequação dos<br />
meios humanos, tendo em conta a população<br />
abrangida e o desenvolvimento de parcerias.<br />
Não obstante os condicionalismos que decorrem<br />
da incerteza na política de saúde, a<br />
elevada inflação na saúde, a intervenção activa<br />
da ERS, a redução do número de utentes<br />
e o incremento do recurso às novas tecnologias<br />
da saúde, a Sãvida prepara-se para responder<br />
a estes desafios através da concretização<br />
de parcerias que irão possibilitar uma melhoria<br />
na cobertura da sua rede de serviços e<br />
fazer face ao decréscimo do número de utentes<br />
que a par da subida de idades, com naturais<br />
encargos acrescidos, exigem da Sãvida as<br />
medidas necessárias para a sua sustentabilidade<br />
presente e futura. on<br />
Organograma detalhado<br />
Mapa de Funções<br />
Regulamento Interno<br />
SIGMED II<br />
sãvida<br />
objectivos<br />
PLANOS DE NEGÓCIO SECTORIAIS<br />
INICIATIVAS ESTRUTURANTES 2008/2009<br />
Melhorias SIGMED II<br />
Manual<br />
de Procedimentos<br />
Interno<br />
Rede de prestação<br />
médica<br />
Coordenação dos Postos<br />
Médicos<br />
Modelo de contratação<br />
de prestadores<br />
Tableaux de Bord<br />
Criação de um<br />
Portal para Utentes<br />
Optimização<br />
da prestação<br />
de serviços médicos<br />
e de enfermagem<br />
Análise e tipificação<br />
do universo de utentes<br />
Identificação das diversas estruturas da Sãvida (centrais e locais),<br />
missão e responsabilidades.<br />
Elaboração do Mapa de Funções da Sãvida, com os respectivos<br />
descritivos, responsabilidade e competências definidas, tendo<br />
em vista a uniformização dos conteúdos das funções.<br />
Elaboração de regulamento interno que defina as normas base<br />
de funcionamento das diversas estruturas, principais processos<br />
a assegurar, delegação de competências e normalização de práticas.<br />
Continuação da resolução das lacunas identificadas ao nível<br />
do registo da informação, segurança e automatismos.<br />
Criação de uma base de informação que permita calcular<br />
indicadores de actividade e de gestão.<br />
Identificação e planeamento de eventuais melhorias a introduzir<br />
no SIGMED II.<br />
Elaboração do Manual Interno tendo em vista a normalização<br />
dos procedimentos nos diversos Postos Médicos e compilações<br />
das diversas normas (internas, legais…), quer do ponto de vista<br />
administrativo, quer da actividade assistencial.<br />
Divulgação do manual de procedimentos.<br />
Divulgação da rede prestadores e convencionados com informação<br />
considerada adequada.<br />
Definição objectiva da função de coordenação dos postos médicos,<br />
na perspectiva de gestor e representante da Sãvida.<br />
Definição de objectivos e parâmetros de qualidade que incorporem<br />
a dimensão de gestão.<br />
Reflexão estratégica sobre o modelo de prestação de cuidados<br />
de saúde, face aos novos condicionalismos de mercado<br />
e de legislação laboral.<br />
Definição e uniformização das métricas de acompanhamento<br />
da actividade e resultados das diferentes estruturas.<br />
Monitorização numa base regular, com definição de acções<br />
específicas em função dos resultados.<br />
Criação de um portal para facilitar o relacionamento do utente<br />
com a Sãvida, numa primeira fase, para os trabalhadores no activo,<br />
com as funcionalidades de carácter informativo e interactivo.<br />
Divulgação de informação online sobre a rede de convencionados,<br />
com critérios de qualificação e ordenação definidos centralmente<br />
pela Sãvida, que induzam a decisão de referenciação (mantendo-se,<br />
no entanto, a liberdade de escolha).<br />
Criação de indicadores.<br />
On | 51
Conciliação da vida pessoal e profissional<br />
altavoltagem<br />
Opinião<br />
Nuria Chinchilla e Francisco Gay Puyal<br />
Conciliação<br />
da vida profissional,<br />
familiar e pessoal<br />
O PROCESSO DE MUDANÇA QUE ESTAMOS A<br />
viver em relação à conciliação da vida profissional,<br />
familiar e pessoal situou-nos num presente<br />
vivo e em ebulição. De tal maneira vivo e em<br />
ebulição, que consideramos oportuno fazer uma<br />
reflexão e uma análise dos seus fundamentos.<br />
Não é de todo fácil, à margem das mudanças<br />
induzidas pela agilíssima evolução tecnológica,<br />
encontrar exemplos de tão rápida evolução e desenvolvimento,<br />
como o que se tem verificado até<br />
agora, em torno da conciliação. Tanto ao nível<br />
do próprio conceito, como na prática.<br />
É certo que ainda estamos longe do desejável.<br />
É certo que ainda falta muito caminho para percorrer,<br />
mas vale a pena recordar que estamos a falar<br />
de uma mudança cultural que afecta toda a sociedade<br />
e, nela, todas as suas classes sociais, e consequentemente<br />
todas as pessoas. E tal requer o seu<br />
tempo, como todos nós sabemos muito bem.<br />
O nosso âmbito de especialidade é a direcção<br />
de pessoas nas organizações e, portanto, cingirnos-emos<br />
a essa questão: às pessoas enquanto<br />
pessoas e enquanto profissionais, e às empresas.<br />
Há, é claro, muitos outros âmbitos a analisar.<br />
Mas aqui iremos tratar do que conhecemos melhor.<br />
Não é por acaso que somos pioneiros na<br />
investigação, docência e divulgação no âmbito da<br />
conciliação trabalho e família, assim como na implantação<br />
e desenvolvimento de sistemas e modelos<br />
de gestão nas empresas, facilitadores da con-<br />
52 | On<br />
ciliação da vida pessoal, profissional e familiar das<br />
pessoas que as integram.<br />
A EVOLUÇÃO DO PRÓPRIO<br />
TERMO “CONCILIAÇÃO”<br />
O processo que seguiu a conciliação já tem um<br />
passado razoável, e suficientemente ilustrativo<br />
que permite a análise a partir da qual se deverá<br />
basear a reflexão.<br />
Comecemos pelo próprio termo e, com ele,<br />
o próprio conceito: Conciliação.<br />
Inicialmente, o termo referia-se – fundamentalmente<br />
ainda que com excepções – à necessidade<br />
de concretização de medidas facilitadoras<br />
da conciliação. Medidas que compreendiam desde<br />
leis e políticas de Estado, passando por políticas<br />
e medidas nas empresas, até à obtenção de<br />
factores de satisfação extrínsecos: os que chegam<br />
do exterior.<br />
A necessidade era – sem que o passado signifique<br />
o final – originada e impulsionada pela problemática,<br />
fundamentalmente feminina e crescente,<br />
no que respeita à percentagem de pessoas<br />
afectadas pelas jornadas duplas de trabalhos e pelas<br />
dificuldades e obstáculos, tanto na sociedade<br />
como na empresa, para o desenvolvimento de<br />
uma vida que pode ser vivida nos seus diferentes<br />
âmbitos.<br />
Hoje, mantendo essa acepção, na medida em<br />
que continua a haver necessidade, o conceito con-<br />
ciliação vai sofrendo variações, nomeadamente<br />
terminológicas, pois temos vindo a descobrir<br />
novas necessidades, enquanto vamos, de forma<br />
razoável, satisfazendo outras.<br />
Daí, por exemplo, que tenham vindo a surgir<br />
termos como: harmonização, integração, equilíbrio,<br />
gestão integral do portfólio vital, etc.<br />
E foram então aparecendo com mais força as<br />
necessidades intrínsecas e, com elas, a pesquisa<br />
de factores de satisfação intrínsecos. Uma evolução<br />
lógica na conduta humana, que nos foi transportando<br />
para a descoberta da necessidade do<br />
auto-desenvolvimento pessoal e profissional e,<br />
como tal, para a procura do modo de harmonizar<br />
e equilibrar interesses entre os diferentes âmbitos<br />
vitais.<br />
CONCILIA A PESSOA. OS OUTROS,<br />
SE ASSIM O DESEJAREM, AJUDAM<br />
Foi-se tornando evidente algo que, em princípio,<br />
surgia oculto ou dissimulado: quem concilia é a<br />
pessoa. Os restantes agentes activos na conciliação,<br />
que os há, devem ser agentes activos na ajuda<br />
e facilitação. Mas somente a pessoa concilia.<br />
Os outros, se assim o desejarem, ajudam.<br />
Fomos descobrindo que conciliar é um verbo<br />
de acção que necessita de um projecto pessoal<br />
prévio, no qual as prioridades estão claramente<br />
definidas. Não pode conciliar quem não sentir<br />
necessidade de o fazer, e dificilmente sentirá
Nuria<br />
Chinchilla<br />
PROFESSORA IESE - ASSES-<br />
SORA DE ALTA DIRECÇÃO -<br />
ORADORA DE EVENTOS-<br />
CONFERENCISTA - AUTORA<br />
DE LIVROS E CASE STUDIES<br />
Nuria Chinchilla é doutorada<br />
em Ciências Económicas<br />
e Empresariais pela Universidade<br />
de Navarra. Formada<br />
em Direito pela Universidade<br />
de Barcelona, tem<br />
Mestrado em Economia e<br />
Administração de Empresas<br />
no Instituto de Estudos<br />
Superiores da Empresa<br />
(IESE) e é doutorada em Direcção<br />
de Empresas na<br />
mesma escola de negócios.<br />
Começou no IESE Business<br />
School em 1984. É membro<br />
do Top Ten do Management<br />
Espanhol e de diversas associações<br />
profissionais e<br />
académicas. Faz parte também<br />
de inúmeros comités e<br />
conselhos.<br />
Nuria é assessora de vários<br />
Governos regionais e estatais.<br />
Entre outras, desenvolveu<br />
as “Guias de Boas<br />
Práticas da Empresa Flexível”<br />
(Comunidade de Madrid<br />
2004-2007 e reeditada<br />
no ano de 2008) e a<br />
“Guia da Igualdade de<br />
oportunidades entre mulheres<br />
e homens na Empresa”<br />
(Comunidade de Madrid<br />
2005 e 2007).<br />
Em 2001, recebe o prémio<br />
FEDEPE à Mulher Directiva<br />
do ano, em 2007, o “Most Valuable<br />
Speaker 2007” atribuído<br />
por Interban Network e,<br />
em 2008, o Prémio Mujer<br />
Directiva da revista Estratégia<br />
Directiva na categoria<br />
Conciliação Empresa-Família.<br />
Também foi premiada<br />
pela Associação Empresa<br />
Mulher com o prémio ASEM<br />
de Ouro pelo seu continuado<br />
contributo à Conciliação Empresa-Família.<br />
conciliação<br />
altavoltagem<br />
On | 53
altavoltagem conciliação<br />
O PRIMEIRO “MANDAMENTO” DA CONCILIAÇÃO É A SUSTENTABILIDADE DO<br />
EMPREGO. RESIDE AÍ A LIGAÇÃO COM A SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL.<br />
<strong>UM</strong>A EMPRESA SUSTENTÁVEL NÃO É APENAS <strong>UM</strong>A EMPRESA QUE RESPEITA<br />
O MEIO AMBIENTE. É, SOBRETUDO E ANTES DE MAIS , <strong>UM</strong>A EMPRESA ECOLO-<br />
GICAMENTE VIÁVEL EM TERMOS DE ECOLOGIA H<strong>UM</strong>ANA.<br />
essa necessidade quem não tenha claramente<br />
definido, ou pelo menos claramente entendido,<br />
o seu projecto pessoal. Projecto em que a dedicação<br />
profissional é uma parte, porém, não o<br />
todo.<br />
Paralelamente, fomos descobrindo que a pessoa<br />
tem necessidades de conciliação pelo facto<br />
de viver em âmbitos que aparecem como fragmentações.<br />
Continua claro que as mulheres têm<br />
uma problemática mais difícil, e portanto, mais<br />
necessidades de conciliação, mas, mesmo assim,<br />
é certo que os homens também têm projectos<br />
diferenciados que querem desenvolver<br />
harmoniosamente, de forma integrada, mediante<br />
condições razoáveis de equilíbrio, e que, tal<br />
como as mulheres – ainda que haja e continuará<br />
a haver singularidades com respeito ao sexo<br />
e ao papel desempenhado – também têm projectos<br />
profissionais, familiares, pessoais, etc.<br />
CONCILIAR: <strong>UM</strong> OBJECTIVO COM<strong>UM</strong><br />
ENTRE PESSOA, EMPRESA E SOCIEDADE<br />
Também em paralelo, a sociedade e as empresas<br />
foram descobrindo que devem ajudar, e que<br />
devem fazê-lo também por interesse próprio.<br />
Expondo a necessidade e ao terem sido capazes<br />
de trabalhar no sentido de encontrar soluções,<br />
foram surgindo âmbitos de colaboração<br />
nos quais, tal como acontece em qualquer<br />
projecto em comum, se foram concretizando<br />
as partes que correspondem a cada membro<br />
da equipa e, especialmente, tornou-se óbvio a<br />
necessidade da co-responsabilidade.<br />
As soluções às necessidades de conciliação<br />
exigem da co-responsabilidade, ou seja, da conduta<br />
responsável de todas e de cada uma das<br />
partes.<br />
Neste sentido, responsabilidade, onde se encontra<br />
a chamada para uma maior maturidade<br />
das pessoas, às quais é pedida maior capacidade<br />
de compromisso para os próprios e para com<br />
os outros.<br />
PRINCÍPIO BÁSICO NA CONCILIAÇÃO:<br />
CO-RESPONSABILIDADE<br />
Descobrimos que conciliar trabalho e família,<br />
54 | On<br />
assim como conciliar qualquer outro binómio<br />
que inclua trabalho, passa por entender, e respeitar,<br />
que é necessário manter o trabalho.<br />
Desta forma, o primeiro “mandamento” da<br />
conciliação é a sustentabilidade do emprego. Reside<br />
aí a ligação com a sustentabilidade empresarial<br />
e do mercado de trabalho. Uma empresa sustentável<br />
não é apenas, e nem sequer é o mais importante,<br />
uma empresa ecológica e que respeita<br />
o meio ambiente. Uma empresa sustentável é, sobretudo<br />
e antes de mais nada, uma empresa ecologicamente<br />
viável em termos de ecologia humana.<br />
Com o termo responsabilidade gerado e<br />
actuando sobre a conduta das pessoas, surgem<br />
as necessidades transcendentes. Ou seja, a necessidade<br />
de actuar pensando no impacto que<br />
as decisões têm sobre os outros. De outra forma,<br />
não resulta. Pelo menos, não resulta por<br />
muito tempo.<br />
Isso é o que íamos descobrindo no processo,<br />
em paralelo e à medida que avançávamos na descoberta<br />
de factores de satisfação das necessidades<br />
de conciliação: que no princípio e no fim estão<br />
sempre os outros. No princípio e no fim está a<br />
pessoa. A pessoa entendida como finalidade e,<br />
com ela, a mais nobre e fundamental das organizações<br />
humanas: a família.<br />
E, enquanto avançávamos, surgiam termos<br />
como gestão, atracção, fidelização e rentabilização<br />
do talento, salário mensal, absentismo emocional,...<br />
e outros, como compromisso, equidade,<br />
inovação, flexibilidade... Ia surgindo, cada vez<br />
mais claramente definido, o núcleo da conciliação:<br />
a pessoa e as suas responsabilidades familiares.<br />
O resto surgia como aquilo que realmente é:<br />
secundário, ainda que importante.<br />
O FUNDAMENTAL DA CONCILIAÇÃO<br />
Motivos transcendentes, intrínsecos e extrínsecos.<br />
Esse, e apenas esse, é o modelo conceptual.<br />
Não há equilíbrio, integração nem integridade<br />
possível sem os três elementos. E a ordem, agora<br />
e sempre que falamos de conduta humana na sua<br />
plenitude e globalidade, não é casual. E muito menos<br />
no que respeita à conciliação, onde fica claro<br />
que as necessidades transcendentes são a prioridade<br />
e os aspectos fundamentais da acção.<br />
Esta exposição, à qual poderíamos ter chegado<br />
desde o início e pela via teórica, foi igualmente<br />
constatada pela nossa experiência fora deste<br />
fundamento sólido, ou parcialmente no mesmo,<br />
e verificámos como surgem rápida e, por vezes,<br />
dramaticamente, o efeito boomerang.<br />
Seguindo este esquema, a tipologia das empresas<br />
é, também ela, repartida em três:<br />
1) Vimos – lamentavelmente ainda se vêem –<br />
empresas que, tanto em termos de RSE como<br />
em termos de RSI, orientaram as suas actividades<br />
para satisfazer necessidades extrínsecas – pouco<br />
– para divulgar, publicitar e vangloriar-se disso.<br />
Sabemos como é o final da história. Inexoravelmente<br />
chega rápido: frustração, rejeição, fracasso,<br />
agravamento do clima interno e do prestígio<br />
externo, quebra de competitividade, perda<br />
de confiança dos empregados e, consequentemente,<br />
dos clientes...<br />
2) Conhecemos empresas que, mal administradas<br />
ou excessivamente imersas num asfixiante<br />
ambiente de resultados e curtos prazos, implementaram<br />
medidas facilitadoras da conciliação,<br />
mas com os olhos postos apenas nos benefícios<br />
da conta de ganhos e perdas e não com critério<br />
de investimento, tendo em conta a sustentabilidade<br />
e a melhoria do activo do seu balanço. Tanto<br />
nestes casos, como nos anteriores, o empregado<br />
é visto como instrumento, como recurso, e<br />
não como pessoa. Também sabemos como termina<br />
a história, um pouco mais comprida que<br />
no caso anterior, mas afinal também curta e com<br />
os mesmos termos para associar aos resultados.<br />
3) Igualmente conhecemos, e são cada vez<br />
mais, empresas nas quais o foco, a gestão e a prática<br />
são realizados em coerência com o aspecto<br />
fundamental do modelo. Costumam ir devagar,<br />
mas com garantia. Comprometem-se, implicamse,<br />
certificam-se, e fazem-no por interesse próprio<br />
e porque se preocupam verdadeiramente<br />
com as pessoas na sua totalidade.<br />
A VIA CERTA<br />
As empresas do terceiro grupo são empresas que<br />
as pessoas escolhem para nelas colaborar. São pessoas<br />
comprometidas em primeiro lugar com elas<br />
próprias e, portanto, com capacidade de compromisso.<br />
Pessoas íntegras, com projectos definidos<br />
e integrados. Pessoas que trabalham com esforço<br />
e sacrifício para a concretização dos seus<br />
objectivos. Pessoas que já descobriram que o resultado<br />
é consequência do próprio desenvolvimento<br />
e das suas contribuições para com os ou
tros. Pessoas que valorizam, reconhecem e retribuem<br />
o facto de ser motivo de preocupação e ocupação<br />
dos outros.<br />
Quem não quer colaboradores assim? Quem<br />
não confere autonomia a pessoas assim? Quem receia<br />
o fracasso com este tipo de colaboradores?<br />
No terceiro tipo de empresas, o êxito e a sua<br />
sustentabilidade no tempo estão assegurados.<br />
Conhecemos até casos em que apenas assim há lugar<br />
para uma expectativa razoável de viabilidade<br />
em situações de catástrofe no ambiente. E encontram-na<br />
e saem fortalecidas dessas situações. A<br />
experiência, nossa experiência, assim o certifica.<br />
É evidente que empresas assim não se fazem da<br />
noite para o dia. Não bastam, ainda que sejam imprescindíveis,<br />
políticas e medidas fáceis e rápidas<br />
sem serem dispendiosas. Também não são suficientes,<br />
ainda que sejam necessários, os processos e os<br />
procedimentos, os indicadores e a gestão profissional<br />
do modelo. Não se trata de uma questão apenas,<br />
mas também, de sensibilização, divulgação, formação.<br />
É afinal, uma questão de confiança: esse<br />
sentimento de segurança que se gera com a prática,<br />
com a conduta diária.<br />
É uma questão de cultura, porque a cultura é<br />
como se cultiva a confiança juntamente com o<br />
modo como fazemos as coisas aqui.<br />
CONCLUSÃO<br />
A onda vai continuar. Continuaremos a avançar<br />
até uma sociedade mais conciliadora. Existem razões<br />
fortes que irão estar a contribuir para o progresso.<br />
A questão é:<br />
• Vai ficar fora da sua empresa?<br />
• Quer seguir a via certa?<br />
Se decidir ficar de fora, estará a auto-excluir-se.<br />
Progressivamente, e com cada vez menos tempo<br />
para rectificar, viverá a rejeição do mercado do talento,<br />
a indiferença emocional dos seus colaboradores,<br />
o aumento do absentismo emocional, a perda<br />
de confiança,...que inevitavelmente se traduzirá<br />
numa diminuição da qualidade dos seus pro-<br />
dutos e serviços, numa perda de capacidade competitiva<br />
e numa perda de confiança dos seus clientes,...<br />
Se decidir viver a sua própria curva de experiência,<br />
não cometa o erro de cair em tentação a<br />
curto prazo e/ou publicitária. São de voo curto e<br />
aterragem dura.<br />
Siga a via certa:<br />
• Para começar, verifique o lugar onde está, situese.<br />
Faça um diagnóstico sério e sereno. (Pode encontrar<br />
um autodiagnóstico gratuito em<br />
http://www.iese.edu/es/icwf ).<br />
• Defina o seu projecto, tendo, necessariamente, em<br />
conta a sustentabilidade da sua empresa, mas com<br />
critério de investimento. Defina decisões a curto,<br />
médio e longo prazo. Elabore o seu Plano de Conciliação<br />
desde o Diagnóstico, mas integrado no seu<br />
Plano Estratégico.<br />
• Comprometa-se. Afaste-se das tentações de abandono<br />
e/ou de utilizar “atalhos”. Certifique-se. É a<br />
melhor maneira de ser credível, base para a confiança,<br />
e um antídoto para as tentações de retrocesso<br />
perante as primeiras dificuldades, que certamente<br />
terá.<br />
• Desenvolva os seus planos com rigor e profissionalismo.<br />
Administre-os com o mesmo rigor, ou<br />
mais, com o rigor com que gere qualquer outro<br />
plano na sua empresa, e estes planos são os importantes.<br />
Aceite um modelo contrastado de gestão e<br />
que lhe permita o contraste.<br />
• Não se deixe levar apenas por motivos extrínsecos<br />
e/ou intrínsecos. Faça-o por motivos transcendentes:<br />
porque acredita efectivamente que as pessoas<br />
da sua empresa são finalidades e não meros<br />
instrumentos. Só assim funcionará. As pessoas,<br />
incluindo você, possuem um apurado olfacto para<br />
detectar quem as instrumentaliza, utiliza. E, uma<br />
vez detectado, tratam de manter distância.<br />
O nosso desejo de que a sua escolha seja pela<br />
via certa, não tem como objectivo somente o seu<br />
bem-estar – que também nos importa – mas sim,<br />
o bem-estar e a plenitude das pessoas sobre as quais<br />
você incide, assim como a produtividade sustentável<br />
da sua empresa. on<br />
É CLARO QUE AS MULHERES TÊM <strong>UM</strong>A PROBLEMÁTICA MAIS DIFÍCIL E, PORTANTO,<br />
MAIS NECESSIDADES DE CONCILIAÇÃO, MAS MESMO ASSIM É CERTO QUE OS HOMENS<br />
TAMBÉM TÊM PROJECTOS DIFERENCIADOS QUE QUEREM DESENVOLVER HARMONIO-<br />
SAMENTE MEDIANTE CONDIÇÕES RAZOÁVEIS DE EQUILÍBRIO, E QUE, TAL COMO AS<br />
MULHERES, TAMBÉM TÊM PROJECTOS PROFISSIONAIS, FAMILIARES, PESSOAIS, ETC.<br />
conciliação<br />
Francisco<br />
Gay Puyal<br />
altavoltagem<br />
Engenheiro Industrial, Bacharel pelo<br />
ESADE de Barcelona e Bacharel pelo<br />
IESE de Barcelona.<br />
Professor em part-time no IESE desde<br />
1989, na Área de Direcção de Pessoas<br />
nas Organizações, e colaborador científico<br />
do Internacional Center Work and<br />
Family (ICWF) de IESE.<br />
Director geral e conselheiro delegado<br />
de Instituições Educativas e consultor<br />
da Alta Direcção para questões relacionadas<br />
com a Direcção de Pessoas nas<br />
Organizações, Conciliação e Coaching.<br />
Autor de vários casos e notas técnicas<br />
publicadas pelo IESE e colaborador habitual<br />
de publicações especializadas.<br />
O background profissional inclui uma<br />
ampla experiência profissional desenvolvida<br />
em várias companhias dos sectores<br />
agro-alimentares, finanças e serviços<br />
educativos. No mencionado processo<br />
desempenhou funções de: vendedor,<br />
chefe de vendas, director comercial,<br />
director de divisão, director geral<br />
e conselheiro delegado.<br />
Actualmente, é membro do Conselho<br />
de Administração em três empresas<br />
dos sectores educativo, farmacêutico<br />
e editorial.<br />
On | 55
objectivos concretos para um futuro melhor<br />
compromissos<br />
PRINCIPAIS PRIORIDADES PARA 2012...<br />
EDP PRODUÇÃO<br />
• Executar o pipeline de projectos, dentro dos<br />
prazos e orçamento<br />
• Maximizar a flexibilidade de funcionamento<br />
das centrais<br />
• Optimizar a gestão operacional dos centros<br />
produtivos (Ex: Lean; Skipper)<br />
• Adoptar uma política de recursos humanos<br />
que permita (i) o rejuvenescimento dos quadros<br />
(ii) a transmissão do conhecimento e<br />
(iii) a retenção dos quadros mais jovens.<br />
EDP DISTRIBUIÇÃO<br />
• Consolidar o processo de reorganização do<br />
56 | On<br />
negócio da Distribuição<br />
• Optimizar o investimento<br />
• Reduzir custos operacionais<br />
(automatização e Lean)<br />
• Melhorar a qualidade do fornecimento<br />
• Melhorar as condições regulatórias<br />
EDP RENOVÁVEIS<br />
• Foco na execução do pipeline<br />
(total de 10,6 GW instalados até 2012)<br />
• Forte controlo e disciplina no CAPEX<br />
• Atingir os mais elevados padrões<br />
de eficiência operacional e melhor práticas<br />
• Abordagem selectiva às oportunidades<br />
de crescimento, balanceando risco e retorno<br />
(novos mercados e tecnologias e gestão comercial<br />
do portfólio)<br />
EDP COMERCIAL, SOLUÇÕES COMERCIAIS E SU<br />
• Manter a liderança no processo de liberalização<br />
dos mercados de energia em Portugal<br />
• Assegurar EBITDA positivo, através da<br />
eficiência e flexibilidade da operativa comercial<br />
• Continuar a melhorar a eficiência comercial<br />
da rede de agentes<br />
• Intensificar a gestão do risco regulatório<br />
• Melhorar a qualidade de serviço
OS COMPROMISSOS DA EDP<br />
TÊM <strong>UM</strong> HORIZONTE QUE VAI ATÉ 2012.<br />
Os nossos compromissos com o mercado<br />
Programa de corte de custos de 160 mil euros<br />
Crescimento médio anual do EBITDA 2007-2012: 12%<br />
Crescimento médio anual do Resultado líquido ajustado 2007-2012: 10%<br />
Dívida Líquida / EBITDA: 3.2x em 2012<br />
Dividendo por acção continua a crescer ¤0.015 por ano<br />
EDP GÁS<br />
• Reforço do sourcing<br />
• Um milhão de pontos de abastecimento<br />
pós 2010<br />
• Crescimento comercial, dependente<br />
da evolução das tarifas<br />
• Partilha de melhores práticas<br />
• Reforço regulado do investimento nos activos<br />
<strong>ENERGIA</strong>S DO BRASIL<br />
• Expandir o negócio convencional de geração<br />
• Desenvolver e implementar opções<br />
de crescimento nas Renováveis<br />
• Expandir negócio de trading<br />
• Optimizar CAPEX e OPEX<br />
• Ajustar a Organização para potenciar<br />
o crescimento e eficiência<br />
HC ENERGÍA<br />
• Optimizar o negócio de Produção<br />
• Gerir a agenda regulatória<br />
• Desenvolver o portfólio de negócios<br />
(Soto 5, oportunidades na Distribuição,...)<br />
• Aumentar a eficiência e controlo de custos<br />
• Optimizar o capital humano<br />
EDP VALOR<br />
• Consolidação do rejuvenescimento e requalifi-<br />
edp<br />
compromissos<br />
cação do quadro de Recursos Humanos<br />
• Concretizar uma redução superior a 10%<br />
dos custos operacionais, a preços constantes<br />
• Alargar a prestação de serviços a novas áreas<br />
e âmbitos geográficos<br />
EDP INOVAÇÃO<br />
• Posicionar-se em áreas-chave de Inovação<br />
como Energia Offshore, energia solar, mobilidade<br />
eléctrica, redes inteligentes, captura<br />
e sequestro de CO 2, e eficiência energética.<br />
• Desenvolver uma rede de cooperação<br />
no seio da comunidade de Venture Capital<br />
• Aumentar interacção com Brasil, Espanha e EUA. on<br />
On | 57
edp way<br />
MAKING OF<br />
O ESPECTÁCULO VAI COMEÇAR<br />
58 | On<br />
1, 2, 3…<br />
ACÇÃO!<br />
OS ENCONTROS ENVOLVEM MAIS GENTE E MEIOS DO QUE SE POSSA<br />
IMAGINAR. O TRABALHO DE BASTIDORES É FRENÉTICO E EXAUSTIVO<br />
MAS, AO MESMO TEMPO, GRATIFICANTE, QUANDO O ESPECTÁCULO<br />
CORRE BEM. FIQUE A SABER COMO TUDO APARECE PRONTO<br />
PARA RECEBÊ-LO DA MELHOR MANEIRA. DESDE O SOM, ÀS LUZES,<br />
PASSANDO PELO AMBIENTE GERAL, ATÉ ÀS REFEIÇÕES, NADA<br />
É DEIXADO AO ACASO. DÊ <strong>UM</strong>A ESPREITADELA AOS BASTIDORES.<br />
EM SANTA MARIA DA FEIRA, NO EUROPARQUE,<br />
o ambiente estava agitado. Faltavam 24 horas para<br />
o encontro começar e havia ainda muito trabalho<br />
por fazer: cadeiras por arrumar, mesas por montar,<br />
intermináveis ajustamentos de som e luzes por<br />
fazer. O ritmo era acelerado. Mais de 300 pessoas<br />
corriam de um lado para o outro para que tudo<br />
funcionasse. Mas nem a azáfama impediu que<br />
o responsável pela equipa da Desafio Global –<br />
empresa de eventos contratada pela EDP – nos<br />
dispensasse uns minutos preciosos para responder<br />
muito simpaticamente, a algumas perguntas<br />
sobre a logística dos Encontros EDP.<br />
Pedro Rodrigues, global coordinator da Desafio
Global, explicou-nos como eventos desta dimensão<br />
funcionam. “É tudo montado em 48 horas,<br />
porque os locais são alugados continuamente e<br />
quando acaba um evento já é preciso abrir espaço<br />
para o outro. Temos 48 horas para montar o<br />
Porto e 48 horas para Lisboa, só que amanhã, que<br />
é o primeiro dia dos Encontros no Porto, é o pico<br />
das montagens em Lisboa”, explica.<br />
Ou seja, um trabalho em simultâneo e para isso<br />
a Desafio Global tem duas equipas: “ao mesmo<br />
tempo que, no Porto, está a decorrer o evento, há<br />
uma pequena equipa nossa que está em Lisboa.<br />
Mal termine o evento no Porto a equipa desce<br />
para Lisboa e junta-se à que já lá está.” Mas não<br />
seguem de malas vazias, pois há aqui uma série<br />
de reaproveitamentos de materiais – elementos da<br />
sonografia, dos palcos, cadeiras...<br />
Há sete anos que a Desafio Global presta este<br />
serviço à EDP, pelo que existe uma coordenação<br />
perfeita entre a empresa e o Departamento de<br />
Marca e Comunicação.<br />
Quanto aos Encontros em Espanha, a Desafio<br />
Global funciona apenas como consultor: “a imagem<br />
é nossa, toda a parte de design é nossa, e no<br />
fundo, Espanha e Brasil replicam.”<br />
O encontro deste ano – “Um Mundo, uma energia”<br />
– demorou cerca de seis meses a preparar. Trata-se<br />
de um evento único em Portugal. on<br />
edp way<br />
MAKING OF<br />
On | 59
edp way<br />
MAKING OF<br />
60 | On
NÚMEROS DOS ENCONTROS<br />
EM PORTUGAL<br />
7.738 Pessoas<br />
15.000Coffee-breaks<br />
110 Autocarros<br />
12.500m2 de alcatifa<br />
45.000W de som<br />
4.000W de luz<br />
300Pessoas nos bastidores<br />
7.500Almoços<br />
NÚMEROS DE PESSOAS<br />
EM ESPANHA<br />
480<br />
Madrid<br />
1.165<br />
Gijón<br />
305<br />
Bilbao<br />
edp way<br />
MAKING OF<br />
On | 61
edp way<br />
INDO EU, INDO EU<br />
De Sines a Lisboa<br />
ACOMPANHÁMOS O CASAL<br />
GRAMACHO – MARIA<br />
HENRIQUETA E ANTÓNIO<br />
EDUARDO – ATÉ AO<br />
ENCONTRO NO PAVILHÃO<br />
ATLÂNTICO. <strong>UM</strong>A VIAGEM<br />
DE SINES A LISBOA<br />
EM MUITO BOA COMPANHIA.<br />
62 | On<br />
ERAM SEIS DA MANHÃ, AINDA NOITE CERRADA,<br />
quando chegámos a casa do casal Gramacho, uma<br />
vivenda acolhedora na Rua Estêvão da Gama. Por<br />
uma feliz coincidência, ambos trabalham na Central<br />
de Sines – mas não foi na empresa que o amor<br />
aconteceu. Acolhimento caloroso, ao contrário do<br />
frio que se fazia sentir do outro lado da porta. Imediatamente<br />
nos ofereceram um café, o ambiente<br />
aqueceu e a conversa foi-se desenrolando.<br />
António Eduardo Gramacho, assistente técnico<br />
do departamento de manutenção da Direcção de<br />
Produção da Central, trabalha na EDP há 30 anos.<br />
Passou por várias centrais antes de Sines, deixando<br />
temporariamente a mulher e o filho em Lisboa.<br />
Um ano depois, foi Maria Henriqueta a fazer as<br />
malas. Passados 24 anos, não trocavam Sines pela<br />
capital. “Já estava um bocadinho farta de Lisboa.<br />
Morávamos numa ponta da cidade e eu trabalhava<br />
na outra. Até para o meu filho foi muito melhor<br />
mudarmo-nos para aqui”, conta Maria Henriqueta.<br />
A conversa não poderia continuar, pois corríamos<br />
o risco de perder o transporte que nos levava<br />
até aos Encontros. Às sete da manhã estava o<br />
autocarro cheio e pronto para arrancar viagem. O<br />
ambiente animado pela voz inconfundível de Tina<br />
Turner. Nos 167 quilómetros que nos distanciavam<br />
de Lisboa, fomos conversando sobre o percurso do<br />
casal e a expectativa que tinham face ao Encontro.<br />
Quando entrou na empresa, António foi para<br />
o Carregado: “Estive cerca de um ano na manutenção<br />
da Central do Carregado. Depois fui para a<br />
Central de Setúbal, em 1977, no arranque, e estive
LISBOA<br />
6:00: Café da manhã<br />
lá até 1983. Foi em 1983 que vim para Sines”.<br />
Ao contrário de António, Henriqueta sempre<br />
trabalhou em Lisboa. Mas, passado um ano de o<br />
marido mudar para Sines, conseguiu uma vaga na<br />
mesma central: “No início, tive um contrato de<br />
prestação de serviços, mas depois um colega aposentou-se<br />
e então fizeram-me o contrato. Passado<br />
um ano e meio passei a efectiva.”<br />
Dos Encontros EDP não prescindem e nunca<br />
falharam. “Revemos colegas e é bom para<br />
sabermos as novidades da empresa”, diz Maria<br />
Henriqueta. Aliás, durante a viagem, António<br />
já tinha recebido um telefonema de um amigo<br />
que não via há algum tempo, que já o esperava<br />
no Pavilhão Atlântico.<br />
Quanto ao Plano de Negócios “o que espera-<br />
07:45: Paragem em Alcácer do Sal<br />
SINES<br />
mos é que pelo menos<br />
não dê prejuízo, está na<br />
moda tudo dar prejuízo”, brinca António. Ambos<br />
têm a consciência que será um plano mais exigente,<br />
tendo em conta o estado da economia.<br />
Uma empresa, uma vida<br />
Maria Henriqueta sempre gostou do que faz, e da<br />
região onde estão. Já António sente que, quando<br />
entrou, cultivava-se muito o amor à camisola, que<br />
a dada altura se perdeu um pouco, e que agora, segundo<br />
ele, se está a retomar. “Eu não consigo separar<br />
a minha vida particular da empresa, muitas<br />
vezes a empresa está à frente da vida particular.” O<br />
facto de ambos trabalharem na mesma empresa facilita<br />
o entendimento: “eu só vejo vantagens em<br />
8:30: Chegada a Lisboa<br />
ALCÁCER DO SAL<br />
6:17: Saída de casa<br />
edp way<br />
INDO EU, INDO EU<br />
trabalhar no mesmo local que a minha mulher, porque<br />
só nos juntamos à hora de almoço e à hora de<br />
saída. Às vezes, durante o dia nem nos vemos”,<br />
adianta. Também o trabalho de Maria Henriqueta,<br />
na área da logística, não permite estar parada um<br />
segundo: “a todo o momento o telefone toca e muitos<br />
dias não dá para falarmos”.<br />
Durante 162 quilómetros e cerca de 1 hora<br />
e 50 minutos de companhia, ficou uma certeza:<br />
voltar a morar em Lisboa para este casal<br />
está fora de questão.<br />
Chegámos ao Pavilhão Atlântico antes da hora<br />
marcada e logo aproveitaram para rever amigos e<br />
colegas. No final, mostraram-se satisfeitos com tudo<br />
o que se passou no Pavilhão Atlântico. Um dia para<br />
matar saudades antigas e criar novas. on<br />
On | 63
sustentabilidade<br />
CO2 FREE<br />
64 | On<br />
edp<br />
MISSÃO<br />
C<strong>UM</strong>PRIDA<br />
PELA PRIMEIRA VEZ NO GRUPO,<br />
FORAM NEUTRALIZADAS AS EMISSÕES<br />
DE CO 2 REFERENTES AOS ENCONTROS<br />
EDP, EM PORTUGAL. COMPENSÁMOS<br />
141,5 TONELADAS DE CO 2 eq ATRAVÉS<br />
DE CRÉDITOS DE CARBONO, NEUTRALI-<br />
ZANDO ASSIM O IMPACTO AMBIENTAL<br />
DESTES EVENTOS.<br />
OS TRÊS ENCONTROS (<strong>UM</strong> DIA NO EUROPARQUE<br />
e dois no Pavilhão Atlântico) da EDP foram considerados<br />
“emission neutral certified” (certificação<br />
de neutralidade de emissões) e para isso<br />
houve que contabilizar os seguintes elementos:<br />
o consumo de energia eléctrica (iluminação,<br />
equipamentos audiovisuais e climatização); os<br />
transportes colectivos e individuais - autocarros,<br />
viaturas próprias e viaturas da frota EDP;<br />
o serviço de catering (só considerado o transporte)<br />
e a produção do número 10 da revista<br />
ON.<br />
Como se compensa?<br />
A compensação é feita através de “créditos de<br />
carbono” (VER – Verified Emission Reductions),<br />
usando metodologias aprovadas pelos CDM (Mecanismos<br />
de Desenvolvimento Limpo), previstos<br />
no Protocolo de Quioto. Os créditos adquiridos<br />
referem-se a projectos certificados pelas<br />
Nações Unidas, implementados, preferencialmente,<br />
em países em vias de desenvolvimento,<br />
favorecendo os países de expressão lusófona.<br />
Veja os exemplos na caixa. on<br />
EXEMPLOS DE PROJECTOS<br />
GERADORES DE CRÉDITOS<br />
DE CARBONO<br />
Tecnologias energéticas<br />
melhoradas de biomassa<br />
• Produção mais eficiente<br />
de carvão vegetal<br />
• Fornecimento de fogões mais<br />
eficientes, substituindo<br />
os tradicionais fogareiros<br />
Resíduos florestais e agrícolas<br />
para produção de energia<br />
• Compressão de resíduos<br />
florestais para obtenção<br />
de briquetes (pellets)<br />
• Combustão de resíduos agrícolas<br />
(palha de arroz, cascas de coco,<br />
etc.) para produção de vapor,<br />
substituindo as caldeiras a diesel<br />
Utilização de geradores eólicos<br />
ou painéis fotovoltaicos<br />
• Fontes energéticas limpas<br />
e abundantes<br />
• Evitam utilização de geradores<br />
a diesel ou carvão<br />
Equipamento energeticamente<br />
eficiente<br />
• A nível doméstico: ex. lâmpadas<br />
de baixo consumo<br />
• A nível industrial: ex. melhoria<br />
das instalações
Materiais<br />
papel e toner<br />
Transportes<br />
carros privados<br />
Transportes<br />
autocarros<br />
1%<br />
8%<br />
31%<br />
Encontros 2008<br />
os elementos que mais<br />
pesaram na contabilização<br />
das emissões de co 2<br />
TONELADAS DE CO 2 PRODUZIDAS,<br />
POR ÁREA, NOS ENCONTROS 2008<br />
tCO2eq<br />
Catering 13,3<br />
Electricidade e Climatização 69,3<br />
Transporte: carros individuais 11,1<br />
Transporte: autocarros 43,6<br />
Materiais: papel e toner 4,3<br />
Total: 141,5<br />
edp<br />
sustentabilidade<br />
Catering 10%<br />
Electricidade<br />
e Climatização 50%<br />
CO2 FREE<br />
On | 65
nós somos EDP<br />
ENCONTROS<br />
para o ano<br />
há mais<br />
DEU <strong>UM</strong> TRABALHÃO, MAS VALEU A PENA. OS ABRAÇOS<br />
À ENTRADA, AS CONVERSAS DURANTE, AS INFORMAÇÕES<br />
E COMPARAÇÕES EM TODOS OS MOMENTOS, OS SORRI-<br />
SOS E ‘ADEUSES’ À SAÍDA. COMO SERIA DE ESPERAR, N<strong>UM</strong><br />
GRUPO DE ALTA TECNOLOGIA, CORREU TUDO COM PRECI-<br />
SÃO MILIMÉTRICA, COMO SE ATÉ OS IMPREVISTOS ESTI-<br />
VESSEM CALCULADOS. MAS, POR MUITO BOM QUE TENHA<br />
SIDO, <strong>UM</strong>A COISA É CERTA: PARA O ANO SERÁ MELHOR.<br />
66 | On
SANTA<br />
MARIA DA<br />
FEIRA<br />
LISBOA<br />
MADRID<br />
GIJÓN<br />
BILBAO