sugestões de textos para subsidiar o trabalho do professor
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A reverência e o respeito à maneira <strong>do</strong> outro acreditar e manifestar sua fé, é um <strong>para</strong>digma a ser<br />
estuda<strong>do</strong> com comprometimento, sem preconceitos, pois que este vem enfatizar não a visão sob<br />
<strong>de</strong>termina<strong>do</strong> ângulo, mas sim, vem “<strong>de</strong>smistificar” o que foi se construin<strong>do</strong> no senti<strong>do</strong> negativo em<br />
relação às tradições religiosas, enquanto ponto <strong>de</strong> partida <strong>para</strong> um entendimento mais harmonioso<br />
entre as pessoas.<br />
Até aqui, se fizermos uma análise, to<strong>do</strong>s os fatores contribuem <strong>para</strong> a diversida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o fato <strong>do</strong><br />
ser humano em contato climático quanto às questões regionais, nacionais, continentais, <strong>de</strong><br />
ascendência ou <strong>de</strong>scendência. Mas se a diversida<strong>de</strong> é ponto <strong>de</strong> <strong>para</strong>da, sem o esforço <strong>de</strong> ir, além<br />
disso, o E.R. como área <strong>de</strong> conhecimento está incompleto. É o E.R. que “costura” o mito que cada<br />
um cria, expan<strong>de</strong> e alarga horizontes, motiva <strong>para</strong> o respeito. Se cada um é forma<strong>do</strong> <strong>para</strong> viver com<br />
proprieda<strong>de</strong> sua crença, este acaba respeitan<strong>do</strong> o diferente <strong>do</strong> outro, porque acaba compreen<strong>de</strong>n<strong>do</strong><br />
que to<strong>do</strong>s buscam respostas iguais que supram sua necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transcen<strong>de</strong>r, mas é claro, <strong>de</strong><br />
maneira diferente e este é um direito que não po<strong>de</strong> ser nega<strong>do</strong> a ninguém.<br />
Para ELÍADE (p.123, 1972), “... a religião mantém a ‘abertura’ <strong>para</strong> o mun<strong>do</strong> sobre-humano”, ou<br />
seja, a religião contém valores absolutos <strong>para</strong> todas as ativida<strong>de</strong>s humanas, nas quais o ser<br />
humano se confronta com o mistério compreen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a linguagem que o mun<strong>do</strong> lhe oferece. Para<br />
tal explicação, é imprescindível que se i<strong>de</strong>ntifique os mo<strong>de</strong>los que os mitos lhe revelam, a fim <strong>de</strong><br />
que se construa significação ao mun<strong>do</strong>, levan<strong>do</strong>-se em conta que o que se busca é <strong>de</strong>spontar <strong>para</strong><br />
as idéias <strong>de</strong> “realida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> valor e <strong>de</strong> transcendência” (p.128,1972).<br />
O mito que envolve o ser humano precisa ser realmente “<strong>de</strong>smistifica<strong>do</strong>”: nada <strong>de</strong> complicação e<br />
sim buscar enten<strong>de</strong>r a complexida<strong>de</strong> impossível <strong>de</strong> se ignorar. Implantar ao invés da hegemonia <strong>de</strong><br />
uma tradição religiosa a harmonia e o enriquecimento mútuo. É difícil tal caminho, mas o encontro<br />
com o Transcen<strong>de</strong>nte perpassa pela experiência com o outro, portanto é caminho necessário. Toda<br />
ação transcen<strong>de</strong>ntal interpele e possibilita refletir e agir em prol <strong>do</strong> outro: a alterida<strong>de</strong> também tem a<br />
ver com respeito, com valorização <strong>do</strong> diferente. Essa é uma das missões <strong>do</strong> E.R. na vida das<br />
pessoas, inseri<strong>do</strong> na vida <strong>do</strong>s alunos (as).<br />
É nesta finitu<strong>de</strong>, neste mun<strong>do</strong> da precarieda<strong>de</strong>, <strong>do</strong> efêmero que o fenômeno religioso se<br />
fundamenta, se avoluma e se faz imprescindível ser reconheci<strong>do</strong> - sutilmente como a ação mítica<br />
entre as pessoas. Trabalhan<strong>do</strong>-o, dá-se oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong> que a construção da liberda<strong>de</strong> na prática<br />
da sua fé seja cada vez mais incentivada e valorizada. To<strong>do</strong>s têm direito <strong>de</strong> ter ou optar pela religião<br />
que quiserem, pois segun<strong>do</strong> CAMPBELL (p.59,1990), “toda religião é verda<strong>de</strong>ira, <strong>de</strong> um mo<strong>do</strong> ou <strong>de</strong><br />
outro”, mas faz-se necessário compreendê-la em sua essência, não crian<strong>do</strong> suas próprias<br />
metáforas. O E.R. diz em sua prática que é muito bom que o conhecimento a respeito seja<br />
externa<strong>do</strong> <strong>para</strong> outras pessoas: to<strong>do</strong> “conhecimento é patrimônio da humanida<strong>de</strong>”, logo, a<br />
socialização só trará benefícios <strong>para</strong> to<strong>do</strong>s.<br />
A função da escola, além <strong>do</strong> conhecimento sistematiza<strong>do</strong> é contribuir <strong>para</strong> que o conhecimento<br />
religioso esteja ao alcance <strong>do</strong>s alunos. A escola é forma<strong>do</strong>ra, portanto sua participação no cotidiano<br />
das pessoas é um marco importante <strong>para</strong> a abertura às novas conquistas nesse campo. Quan<strong>do</strong> a<br />
aprendizagem é <strong>de</strong>senvolvida <strong>de</strong> maneira integral, a criança conhece a si, reconhece-se e conhece<br />
o outro, nisto consiste a educação <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> que trabalha a partir <strong>do</strong> seu próprio mito. Cabe à<br />
escola conduzir o E.R. sob uma reflexão crítica, na qual se estabelece significa<strong>do</strong>s, faz-se<br />
com<strong>para</strong>ções... orienta-se <strong>para</strong> a compreensão da dimensão religiosa na qual o educan<strong>do</strong> (a) está<br />
inseri<strong>do</strong> e subsidian<strong>do</strong>-o em sua concepção <strong>de</strong> mun<strong>do</strong>, ajudará <strong>para</strong> que haja comprometimento<br />
com a construção <strong>do</strong> senti<strong>do</strong> da vida que terá como <strong>de</strong>sfecho a experiência concreta com o<br />
Transcen<strong>de</strong>nte .<br />
To<strong>do</strong>s falam <strong>de</strong> uma fraternida<strong>de</strong> universal. Como aconteceria na prática educativa? Para tanto,<br />
cabe aos educa<strong>do</strong>res trabalhar com varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> meto<strong>do</strong>logias que <strong>de</strong>spertem e auxiliem a<br />
motivação interna <strong>do</strong> educan<strong>do</strong> <strong>para</strong> o conhecimento. Despertan<strong>do</strong> neles o interesse por saber o<br />
porquê <strong>do</strong>s diferentes mitos existentes na vida das pessoas e o porquê ela <strong>de</strong>votam a eles tanta<br />
importância. Faz-se necessário também, que o educa<strong>do</strong>r (a) esteja seguro, <strong>para</strong> que consiga atingir<br />
os objetivos com os alunos; visan<strong>do</strong> assim, a aquisição <strong>de</strong> novos conhecimentos e fortalecimento e<br />
ênfase ao que já se sabe a respeito <strong>do</strong> <strong>de</strong>sconheci<strong>do</strong> que está sen<strong>do</strong> ofereci<strong>do</strong> sob um novo<br />
prisma.