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sugestões de textos para subsidiar o trabalho do professor

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se segui<strong>do</strong>res <strong>de</strong>sta chamada velha religião representa<strong>do</strong>s nos movimentos <strong>de</strong> Wicca, também<br />

conheci<strong>do</strong>s como bruxos, “bruxos bons”, os quais trabalham apenas pela preservação da natureza e<br />

<strong>de</strong> todas as formas <strong>de</strong> vida.<br />

Os wiccanos acreditam que o universo foi cria<strong>do</strong> e que todas as coisas vivas foram geradas em um<br />

momento <strong>de</strong> êxtase, a partir <strong>do</strong> corpo/mente da Gran<strong>de</strong> Deusa. Wicca se propõe a buscar o<br />

Sagra<strong>do</strong> Feminino, recuperan<strong>do</strong> o papel das mulheres na religião. São elas, então, as sacer<strong>do</strong>tisas<br />

da Gran<strong>de</strong> Mãe. Os homens também participam <strong>de</strong>ste movimento, pois se consi<strong>de</strong>ram os <strong>do</strong>is<br />

aspectos polares a fim <strong>de</strong> se encontrar o equilíbrio e a complementarida<strong>de</strong> que constituem as<br />

energias da vida e não dissociam as coisas que configuram a humanida<strong>de</strong>, são todas um único<br />

fenômeno da criação.<br />

Muitas religiões <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> avançam significativamente <strong>para</strong> o equilíbrio entre o feminino e o<br />

masculino, são exemplos disto: as mulheres que exercem o rabinato no Judaísmo; e a valorização<br />

<strong>de</strong> monjas budista, como é o caso da monja Cohen, brasileira que tem divulga<strong>do</strong> o Zen Budismo por<br />

to<strong>do</strong> o país; tem-se também no catolicismo a presença <strong>de</strong> Zilda Arns, que criou e coor<strong>de</strong>na a<br />

pastoral da criança. Estes exemplos <strong>de</strong> mulheres têm mostra<strong>do</strong> ao mun<strong>do</strong> a força feminina por meio<br />

<strong>de</strong> um <strong>trabalho</strong> <strong>de</strong> espiritualida<strong>de</strong> vivida no social.<br />

Historicamente, via <strong>de</strong> regra apenas os homens estudavam e discutiam <strong>textos</strong> como a Bíblia.<br />

Atualmente, mulheres estudam e acrescem um prisma feminino à interpretação <strong>do</strong>s <strong>textos</strong><br />

sagra<strong>do</strong>s. E, incrementan<strong>do</strong> os exemplos, algumas igrejas evangélicas já admitem pastoras na<br />

hierarquia da igreja, como no caso <strong>de</strong> igrejas luteranas, metodistas, <strong>do</strong> Evangelho Quadrangular,<br />

entre outras.<br />

Nas religiões afro-brasileiras, também, a importância da mulher vem sen<strong>do</strong> afirmada e <strong>de</strong>monstrada<br />

por muitos pesquisa<strong>do</strong>res, nas suas diferentes manifestações: can<strong>do</strong>mblé, umbanda, batuque,<br />

xangô, tambor <strong>de</strong> mina, etc.<br />

Encontramos, ainda, muitas divinda<strong>de</strong>s femininas no Hinduísmo, como é o caso <strong>de</strong> Kali, a <strong>de</strong>usa<br />

a<strong>do</strong>rada e temida, que possui um colar <strong>de</strong> crânios humanos em torno <strong>de</strong> seu pescoço. Parvati é<br />

esposa <strong>de</strong> Shiva e representa a Paz, Lakshmi, esposa <strong>de</strong> Vishnu é a representação <strong>do</strong> Amor, entre<br />

muitas outras divinda<strong>de</strong>s femininas com diferentes significa<strong>do</strong>s.<br />

No Budismo, hoje, as mulheres po<strong>de</strong>m ser monjas. Na tradição Zen, as monjas têm cabelos<br />

raspa<strong>do</strong>s e usam quimonos sem enfeites, iguais aos <strong>do</strong>s homens. A idéia é tornar o visual <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is<br />

sexos semelhante e, com isto, evitar a discriminação. Porém, na escola budista Terra Pura, as<br />

mulheres não precisam cortar os cabelos e po<strong>de</strong>m até pintar unhas <strong>de</strong> cores claras e usar jóias.<br />

Esta escola não se exige o celibato e as monjas po<strong>de</strong>m se casar.<br />

Diz uma segui<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> judaísmo: “Aos poucos, as pessoas percebem que Deus não é masculino ou<br />

feminino. Há muito mais possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> expansão <strong>para</strong> nosso espírito, nossa consciência, se<br />

abraçarmos a totalida<strong>de</strong> das experiências humanas”.<br />

Enfim, nas diversas culturas religiosas se po<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar símbolos pre<strong>do</strong>minantes, os símbolos <strong>do</strong><br />

masculino, <strong>do</strong> feminino, <strong>do</strong>s animais, <strong>do</strong>s objetos, entre tantos outros. O mais importante é que os<br />

símbolos são o caminho <strong>para</strong> as pessoas se unirem e se representarem em torno <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas<br />

crenças, que, invariavelmente, convergem o humano à sua existência no mun<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ntro das<br />

contingências que o grupo ao qual pertencem se encontra. Queren<strong>do</strong>, como to<strong>do</strong>s os <strong>de</strong>mais, existir<br />

com dignida<strong>de</strong>, o que <strong>de</strong>ve, acima <strong>de</strong> qualquer coisa, ser respeita<strong>do</strong>.<br />

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO<br />

Para o <strong>trabalho</strong> pedagógico com este conteú<strong>do</strong>, sugere-se que, paulatinamente, sejam<br />

apresenta<strong>do</strong>s aos educan<strong>do</strong>s diferentes formas <strong>de</strong> simbolização e significa<strong>do</strong>s, aproveitan<strong>do</strong> o<br />

ensejo <strong>para</strong> introduzir o senti<strong>do</strong> e o conceito <strong>de</strong> símbolo, além <strong>de</strong> sua importância <strong>para</strong> as tradições<br />

religiosas e <strong>para</strong> o ser humano em geral – como é o caso da linguagem, o exemplo maior <strong>de</strong><br />

símbolo <strong>para</strong> os homens.<br />

Inicialmente, o <strong>professor</strong> po<strong>de</strong> repassar em sala <strong>de</strong> aula o seguinte texto:

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