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O método indutivo - FLF

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Rev. Cient. Fac. Lour. Filho – v.5, n.1, 2007 10<br />

com uma generalização e procura-se nas observações particulares alguma evidência empírica<br />

que possa justificar a crença nessa generalização; para ele uma lei científica deve poder ser<br />

verificada falsa ou verdadeira em casos particulares, concordando com Popper.<br />

O segundo ponto a ser considerado é o abandono da lógica tradicional onde, dada uma<br />

proposição, esta seria necessariamente falsa ou verdadeira. Reichenbach passa a utilizar uma<br />

lógica de valores múltiplos, baseado na teoria das probabilidades; nesse caso a uma proposição<br />

“p”, por hipótese verdadeira seria atribuído um valor de verdade igual a 1, denotando-se P(p)=1;<br />

se uma proposição “q” fosse falsa então P(q)=0. Entre estes dois valores extremos, haveria<br />

proposições com valores verdadeiros que serão dados pelos valores das probabilidades que a<br />

elas se puder atribuir; construindo uma lógica de valores múltiplos numa escala contínua de 0 a<br />

1.<br />

Assim, para Reichenbach, o uso da teoria das probabilidades é a solução do problema da<br />

indução e conclui “todas as inferências indutivas que não tem a forma da indução por<br />

enumeração devem ser construídas com base nos teoremas do cálculo das probabilidades”.<br />

A maneira proposta por Reichenbach para a determinação do valor de verdade de uma<br />

proposição compreende os seguintes passos; i) observa-se para “n” casos o número de vezes<br />

“m” em que uma proposição “p” se mostra verdadeira; a seguir obtém-se uma freqüência<br />

relativa fn = m/n; ii) fazendo “n” variar sucessivamente a partir de 1 e repetindo-se o<br />

procedimento “i” seriam obtidas as freqüências relativas f1, f2, f3, . . ., fn; iii) determina-se o<br />

limite desta seqüência que será o valor verdade da proposição “p”.<br />

Porém, este processo seria simples se a seqüência de freqüências relativas pudesse ter uma<br />

definição matemática, ou seja, tivessem um termo geral, entretanto, isso nem sempre ocorre,<br />

além do mais, não se pode garantir a existência de um limite para a seqüência construída. Uma<br />

saída para este problema seria estabelecer provisoriamente fn como a probabilidade da<br />

proposição considerada e a medida que novas observações fossem feitas este valor seria<br />

corrigido; a este processo Reichenbach chamou de “<strong>método</strong> da correção” ou “<strong>método</strong> da<br />

aproximação”.

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