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O método indutivo - FLF

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1.5 Probabilidade Indutiva<br />

Rev. Cient. Fac. Lour. Filho – v.5, n.1, 2007 6<br />

John Locke (1632–1704) distingue os argumentos em demonstrativos e prováveis,<br />

dividindo-os em demonstrações, provas e probabilidades; entendendo-se por prova todo o<br />

argumento derivado da experiência que não suscita dúvida ou oposição [07].<br />

Hume diz que “embora o acaso seja algo inexistente no mundo, a nossa ignorância da<br />

causa real de qualquer acontecimento tem a mesma influência sobre o entendimento, e produz<br />

idêntica espécie de crença ou opinião” [07]. Se um número grande de casos favoráveis para um<br />

dado objeto é observado é mais provável que a expectativa relativa que o mesmo resultado se<br />

repita é mais firme e segura.<br />

Nessa forma de raciocínio <strong>indutivo</strong> o que interessa é a probabilidade de conclusão que<br />

corresponde à probabilidade indutiva do argumento, por exemplo, se 90% dos estudantes de<br />

computação são criativos, e o aluno X é um estudante de computação, então X é criativo.<br />

Esse <strong>método</strong> é aplicado nas pesquisas eleitorais; quando se observa, por exemplo, que<br />

60% de uma amostra de 5000 eleitores, escolhidos ao acaso, dizem votar num candidato X, logo<br />

(conclusão provável) 60% de todos os eleitores votarão em X.<br />

Embora demos nossa preferência ao que se constatou mais usual, e acreditamos que esse é<br />

o efeito que vai ocorrer, não podemos negligenciar os restantes efeitos, mas temos que atribuir a<br />

cada um deles um particular peso proporcionalmente à freqüência maior ou menor que se tem<br />

apresentado.<br />

O PROBLEMA DA INDUÇÃO<br />

O problema da demonstração indutiva está em como caminhar de dados singulares para<br />

uma conclusão universal. Esta caminhada se apresenta, sobretudo, difícil para as doutrinas<br />

empiristas, que em princípio, reduzem os dados individuais à sua individualidade apenas.<br />

Um dos problemas básicos da filosofia do conhecimento diz respeito à justificação das leis<br />

e teorias científicas; para saber se são verdadeiras utilizam-se a dedução e a indução, ou a<br />

combinação destes dois processos. Relativamente à dedução não há controvérsias, uma vez que<br />

os processos lógico-dedutivos estão bem definidos. O problema do raciocínio <strong>indutivo</strong>

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