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CIRO ELSTON BANNWART<br />

O VALOR DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NA AVALIAÇÃO DA<br />

MAXILA E MANDÍBULA PARA O PLANEJAMENTO DAS CIRURGIAS<br />

DE IMPLANTES DENTAIS<br />

Tese apresentada à Universidade Federal de São<br />

Paulo – Escola Paulista de Medicina para obtenção do<br />

Título de Mestre em Ciências.<br />

Orientador: Prof. Dr. Giuseppe D’Ippolito<br />

SÃO PAULO<br />

2008


Bannwart, Ciro Elston<br />

O valor da ressonância magnética na avaliação da maxila e mandíbula para o<br />

planejamento das cirurgias de implantes dentais/ Ciro Elston Bannwart. -- São<br />

Paulo, 2008.<br />

xiii, 55f.<br />

Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de<br />

Medicina. Programa de Pós-graduação em Radiologia e Ciências Radiológicas.<br />

Título em inglês: The importance of magnetic resonance imaging in the<br />

assessment of maxilla and mandible for planning dental implantation surgeries.<br />

1. dental implants. 2. magnetic resonance imaging. 3. computerized tomography.<br />

4.radiology.<br />

Copyright© 2008 by Ciro Elston Bannwart


UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO<br />

ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA<br />

DEPARTAMENTO DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />

Chefe do Departamento:<br />

Prof. Dr. Sergio Ajzen<br />

Coordenador da Pós-graduação:<br />

Prof. Dr. Giuseppe D’Ippolito<br />

iii


À minha esposa, Margarete, pelo grande incentivo e<br />

pela compreensão, fundamentais para o meu<br />

crescimento profissional.<br />

Aos meus pais, Marcus e Vera, que sempre me<br />

mostraram a importância do conhecimento como<br />

ferramenta básica na luta por um ideal.<br />

iv


Agradecimentos<br />

Ao Prof. Dr. Giuseppe D’Ippolito, pelo interesse demonstrado, pelo auxílio na<br />

definição do projeto de pesquisa, pela viabilização dos exames de RM, pela orientação<br />

e pela paciência.<br />

À biomédica Sra.Silvana Vieira Fernandes, pela grande ajuda na realização<br />

dos exames de RM no Hospital São Luís.<br />

trabalho.<br />

À Profa. Dra. Ângela Maria Borri Wolosker, pelas sugestões na condução deste<br />

Ao Prof. Dr. Israel Chilvaquer, pelos ensinamentos, material didático e<br />

experiências transmitidas.<br />

À minha esposa e colega Margarete Lima Pilan Bannwart, pela assistência na<br />

tradução dos artigos e revisões.<br />

Aos colegas Mário Pacheco e Alessandra Camargo, pela colaboração na<br />

análise das medidas obtidas neste estudo.<br />

À Sra. Gianni Yanaguibashi, pela análise estatística deste trabalho.<br />

À colega e amiga Profa. Ana Paula Garcia Vedrano, pelo grande apoio e<br />

incentivo na elaboração desta <strong>tese</strong> e por ter compreendido as minhas ausências no<br />

trabalho.<br />

À Sra. Andréa Puchnick Scaciota, pela ajuda na elaboração final do trabalho e<br />

no preparo da apresentação.<br />

À Sra. Marina André da Silva e Sra. Patrícia Bonomo, secretárias do <strong>DDI</strong>, pela<br />

dedicação e zelo para com os pós-graduandos.<br />

ausência.<br />

Aos colegas do Hospital Heliópolis, pela cooperação e pelo incentivo.<br />

A toda a minha família, pelo estímulo e compreensão nos meus momentos de<br />

v


Sumário<br />

Dedicatória..................................................................................................................................... iv<br />

Agradecimentos............................................................................................................................ v<br />

Listas............................................................................................................................................... viii<br />

Resumo .......................................................................................................................................... xiii<br />

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 1<br />

1.1 Objetivo.................................................................................................................................... 3<br />

2 REVISÃO DA LITERATURA................................................................................................. 4<br />

2.1 Considerações terapêuticas dos implantes dentais...................................................... 4<br />

2.2 Avaliação pré-operatória...................................................................................................... 4<br />

2.2.1 Radiografia panorâmica ................................................................................................... 5<br />

2.2.2 Tomografia computadorizada ......................................................................................... 6<br />

2.2.3 Ressonância magnética................................................................................................... 9<br />

3 MÉTODOS ................................................................................................................................. 14<br />

3.1 Delimitação da amostra ....................................................................................................... 14<br />

3.1.1 Critérios de inclusão.......................................................................................................... 14<br />

3.1.2 Critérios de não-inclusão ................................................................................................. 14<br />

3.1.3 Critérios de exclusão......................................................................................................... 14<br />

3.2 Equipamento .......................................................................................................................... 15<br />

3.3 Preparo dos pacientes ......................................................................................................... 15<br />

3.3.1 Tomografia computadorizada ......................................................................................... 16<br />

3.3.2 Ressonância magnética................................................................................................... 18<br />

3.4 Análise das imagens............................................................................................................. 20<br />

3.4.1 Maxila ................................................................................................................................... 21<br />

3.4.2 Mandíbula............................................................................................................................ 21<br />

3.5 Análise estatística ................................................................................................................. 23<br />

4 RESULTADOS.......................................................................................................................... 24<br />

4.1 Concordância interobservador ........................................................................................... 24<br />

4.2 Concordância entre tomografia computadorizada e ressonância magnética ......... 27<br />

vi


4.3 Impacto das medidas obtidas por tomografia computadorizada e ressonância<br />

magnética na conduta cirúrgica................................................................................................ 29<br />

4.3.1 Impacto das medidas obtidas por tomografia computadorizada ............................ 29<br />

4.3.2 Impacto das medidas obtidas por ressonância magnética ...................................... 29<br />

4.3.3 Concordância na seleção e indicação de implantes em função das medidas<br />

obtidas por tomografia computadorizada e ressonância magnética................................ 30<br />

4.3.4 Concordância na seleção e indicação de implantes pelos examinadores em<br />

consenso em função das medidas obtidas por tomografia computadorizada e<br />

ressonância magnética ............................................................................................................... 30<br />

5 DISCUSSÃO.............................................................................................................................. 31<br />

6 CONCLUSÕES ......................................................................................................................... 35<br />

7 ANEXOS..................................................................................................................................... 36<br />

8 REFERÊNCIAS......................................................................................................................... 52<br />

Abstract<br />

Bibliografia consultada<br />

vii


Lista de figuras<br />

Figura 1 Imagem axial de mandíbula obtida por meio de TC com linhas para<br />

definição de planos e localização das reformatações .................................... 7<br />

Figura 2 Imagem no plano sagital, ponderada em T1. Nota-se imagem<br />

hipointensa da cortical óssea e esmalte dental, contrastando com<br />

imagem hiperintensa do osso esponjoso .......................................................... 10<br />

Figura 3 Imagem no plano coronal, ponderada em T1. Nota-se imagem<br />

arredondada hipointensa correspondente ao canal mandibular .................. 10<br />

Figura 4 Guia cirúrgica. Flecha indicando a localização da área que se deseja<br />

colocar o implante dental....................................................................................... 15<br />

Figura 5 Guia cirúrgica e pino metálico .............................................................................. 16<br />

Figura 6 Topograma com determinação da direção dos cortes axiais para maxila. 16<br />

Figura 7 Topograma com determinação dos cortes axiais para mandíbula.............. 16<br />

Figura 8 Corte tomográfico no plano axial, interessando à mandíbula....................... 17<br />

Figura 9 Reconstrução panorâmica no plano coronal .................................................... 17<br />

Figura 10 Reconstrução seccional no plano coronal......................................................... 17<br />

Figura 11 Perfuração da guia cirúrgica................................................................................. 18<br />

Figura 12 Furo ............................................................................................................................ 18<br />

Figura 13 Vedamento do furo, após colocação da solução contraste........................... 18<br />

Figura 14 Bloco de acrílico ...................................................................................................... 18<br />

Figura 15 RM do bloco.............................................................................................................. 18<br />

Figura 16 Guia cirúrgica em modelo de gesso.................................................................... 19<br />

Figura 17 Imagem de RM ponderada em T1 no plano parasagital................................ 19<br />

Figura 18 Seqüência de RM nos planos axial, coronal e sagital .................................... 20<br />

Figura 19 Altura e espessura superior .................................................................................. 21<br />

Figura 20 Altura e espessura inferior .................................................................................... 21<br />

viii


Figura 21 Planos perpendiculares à arcada dentária (maxila)........................................ 22<br />

Figura 22 Planos perpendiculares à arcada dentária (mandíbula)................................. 22<br />

Figura 23 Boxplot da espessura obtida pela TC, segundo examinadores................... 24<br />

Figura 24 Diagrama de dispersão da medida da altura obtida pela TC entre os<br />

examinadores........................................................................................................... 24<br />

Figura 25 Boxplot da espessura obtida pela TC, segundo examinadores................... 25<br />

Figura 26 Diagrama de dispersão da medida da espessura obtida pela TC entre<br />

os examinadores ..................................................................................................... 25<br />

Figura 27 Boxplot da altura obtida pela RM, segundo examinadores........................... 25<br />

Figura 28 Diagrama de dispersão da medida da altura obtida pela RM entre os<br />

examinadores........................................................................................................... 25<br />

Figura 29 Boxplot da espessura obtida pela RM, segundo examinadores .................. 26<br />

Figura 30 Diagrama de dispersão da medida da espessura obtida pela RM entre<br />

os examinadores ..................................................................................................... 26<br />

Figura 31 Boxplot da altura média, segundo o tipo de exame ........................................ 28<br />

Figura 32 Boxplot da espessura média, segundo o tipo de exame ............................... 28<br />

Figura 33 Diagrama de dispersão da altura média, segundo o tipo de exame ........... 28<br />

Figura 34 Diagrama de dispersão da espessura média, segundo o tipo de exame .. 28<br />

ix


Lista de quadros e tabelas<br />

Quadro 1 Nível de radiação envolvido nas diferentes modalidades de exame<br />

radiológico em odontologia................................................................................. 9<br />

Quadro 2 Parâmetros técnicos utilizados na TC.............................................................. 17<br />

Quadro 3 Parâmetros técnicos das seqüências utilizadas para RM........................... 20<br />

Tabela 1 Coeficiente de correlação intraclasse entre os examinadores segundo<br />

exames considerados .......................................................................................... 26<br />

Tabela 2 Medidas-resumo da altura e espessura pela TC e RM................................ 27<br />

Tabela 3 Coeficiente de correlação intraclasse entre exames de TC e RM ............ 29<br />

Tabela 4 Proporção de concordância dos tipos de implantes sugeridos em cada<br />

situação considerada ........................................................................................... 30<br />

x


% Porcentagem<br />

2D Bidimensional<br />

3D Tridimensional<br />

AI Altura inferior<br />

AS Altura superior<br />

CM Canal mandibular<br />

Cor Coronal<br />

EI Espessura inferior<br />

ES Espessura superior<br />

ESP Espessura<br />

FN Fossa nasal<br />

FOV Field of view<br />

GAP Intervalo<br />

Gy Gray<br />

H Hidrogênio<br />

kVp Kilovoltagem<br />

mA Miliamperagem<br />

ml Mililitro<br />

mm Milímetro<br />

mSv Milisieverts<br />

mT Militesla<br />

Lista de abreviaturas e símbolos<br />

NSA Número de medidas de aquisição<br />

RM Ressonância magnética<br />

RP Radiografia panorâmica<br />

xi


s Segundo<br />

Sag Sagital<br />

SL Slice<br />

SM Seio maxilar<br />

SPIR Supressão de gordura<br />

Sv Sieverts<br />

T Tesla<br />

TA Tempo de aquisição<br />

TC Tomografia computadorizada<br />

TE Tempo de eco<br />

TF Fator turbo<br />

TR Tempo de repetição<br />

xii


Resumo<br />

Objetivos: avaliar a concordância interobservador da ressonância magnética (RM) e<br />

da tomografia computadorizada (TC), bem como a concordância entre a RM e a TC, na<br />

obtenção das medidas utilizadas no planejamento cirúrgico de implantes dentais e<br />

verificar o impacto dessas medidas na escolha do tamanho do implante. Métodos: de<br />

2005 a 2007, realizou-se um estudo prospectivo, transversal, auto-pareado e duplo-<br />

cego em dez pacientes (três homens e sete mulheres), cuja idade variava de 26 a 66<br />

anos (idade média: 44,2). Com indicação clínica de implantes dentais em 24 sítios<br />

ósseos, esses pacientes foram submetidos a exames de TC e RM para a obtenção de<br />

medidas de altura e espessura óssea. Os exames de TC e RM foram analisados por<br />

quatro examinadores independentes (dois para TC e dois para RM). As medidas de<br />

altura e espessura óssea obtidas foram enviadas a dois especialistas, para que<br />

escolhessem a medida dos implantes que colocariam em cada caso. Foi utilizado o<br />

teste estatístico de correlação intraclasse para calcular a concordância dos métodos.<br />

Resultados: a concordância interobservador foi considerada excelente para a altura e<br />

espessura obtidas por meio da RM (r=0,965; r=0,8755) e da TC (r=0,9903; r=0,9481),<br />

respectivamente. A concordância intermétodo também foi considerada excelente, tanto<br />

para a altura (r=0,9503) como para a espessura (r=0,8035). No entanto, houve muita<br />

divergência entre os especialistas com relação ao tipo de implante que deveria ser<br />

colocado em cada caso. Conclusões: no planejamento das cirurgias de implantes<br />

dentais, a RM e a TC são métodos, com alta reprodutibilidade e concordância entre si,<br />

para a análise da maxila e da mandíbula. Houve uma baixa concordância na seleção<br />

do tipo de implante em função da média das medidas obtidas por meio da RM.<br />

xiii


1 INTRODUÇÃO<br />

O uso dos implantes dentais intra-ósseos permitiu uma grande evolução nas<br />

opções de tratamento para os pacientes edêntulos totais ou parciais. Anteriormente,<br />

esses indivíduos limitavam-se ao uso de pró<strong>tese</strong>s totais, removíveis ou fixas que lhes<br />

ocasionavam grande desconforto, diminuição da capacidade mastigatória e extensas<br />

mutilações de elementos dentais muitas vezes sadios (1) .<br />

Na cirurgia de colocação de implantes dentais, o sucesso depende do<br />

conhecimento pormenorizado das estruturas anatômicas envolvidas, como: processo<br />

alveolar, seio maxilar, a fossa nasal, o canal nasopalatino, o forame incisivo, o canal do<br />

nervo alveolar inferior e o forame mentual e sua relação com o sítio receptor do<br />

implante. Para isso, é de extrema importância a utilização de exames pré-operatórios<br />

por imagem que nos permitem a escolha do tipo de implante mais adequado, evitando<br />

iatrogenias e falhas na osseointegração. (1-8)<br />

No planejamento de cirurgias de implantes dentais, dentre os exames de<br />

imagens mais utilizados e recomendados estão a radiografia panorâmica (RP) e a<br />

tomografia computadorizada (TC). O uso da RP apresenta algumas vantagens como: a<br />

visualização de todas as estruturas anatômicas, baixo custo, baixa dose de radiação e<br />

facilidade de interpretação. Contudo, as imagens obtidas por meio desse método são<br />

diferentes do tamanho real e não permitem uma visualização tridimensional do osso,<br />

impedindo a escolha correta do implante a ser colocado. (3,9-13)<br />

No planejamento de implantes dentais, o uso da TC foi introduzido, em 1987,<br />

com a vantagem de aplicar programas que permitem a obtenção de imagens<br />

multiplanares de alta resolução, fornecendo informações mais precisas da quantidade e<br />

qualidade óssea da área que recebe o implante (8) . A TC é considerada o “padrão<br />

ouro”, tendo como inconvenientes apenas o custo mais elevado e o fato de submeter<br />

os pacientes a doses de radiação maiores que as utilizadas em radiografias<br />

convencionais (1,3,14-17) .<br />

Mais recentemente, têm sido realizados estudos, na tentativa de substituir a TC<br />

pela ressonância magnética (RM), como exame pré-operatório. Esse método permite<br />

uma boa visualização de tecidos moles e ósseos, sem o uso de radiação ionizante, por<br />

meio de uma avaliação multiplanar direta, dispensando o uso de programas de


eformatação de imagens, além de possibilitar a obtenção de imagens com um melhor<br />

detalhamento anatômico. Por outro lado, consideram-se como desvantagens da RM:<br />

custo elevado, longo tempo de aquisição, claustrofobia, artefatos de movimento e de<br />

susceptibilidade magnética, além de não ter sido suficientemente testada na análise<br />

pré-operatória da maxila e mandíbula para implantes dentais, carecendo de protocolos<br />

de exame específicos e comprovação de sua reprodutibilidade. (18-22)<br />

Após extensa revisão da literatura, verificamos a necessidade de desenvolver<br />

um estudo comparativo entre o valor da TC e o da RM, na avaliação da maxila e<br />

mandíbula, com o objetivo de estabelecer se a RM pode ser útil no planejamento<br />

cirúrgico de implantes dentais.<br />

2


1.1 Objetivos<br />

1. Avaliar a concordância interobservador da TC e RM, na obtenção das medidas<br />

utilizadas no planejamento cirúrgico dos implantes dentais.<br />

2. Avaliar a concordância entre a TC e RM, na obtenção das medidas utilizadas no<br />

planejamento cirúrgico dos implantes dentais.<br />

3. Verificar o impacto dessas medidas sobre a conduta cirúrgica, ou seja, na escolha do<br />

modelo ou tamanho do implante.<br />

3


2.1 Considerações terapêuticas dos implantes dentais<br />

2 REVISÃO DA LITERATURA<br />

Na década de 60, Per-Ingvar Branemark, trabalhando com materiais à base de<br />

titânio comercialmente puro, notou que o organismo "aceitava" a presença desse<br />

material, gerando uma "adesão" ao metal de maneira muito íntima, dando início à<br />

assim chamada era da osseointegração, na implantodontia. Desde então, os implantes<br />

dentais estão sendo usados em grande número de pacientes edêntulos totais ou<br />

parciais, sendo um excelente método de tratamento para se conseguir uma adequada<br />

reabilitação bucal. Entretanto, o seu sucesso depende de uma quantidade mínima de<br />

tecido ósseo para a inserção do implante, com comprimento e espessura seguros, a<br />

fim de suportar as forças da oclusão. (1)<br />

2.2 Avaliação pré-operatória<br />

Branemark et al (23) , em sua publicação introdutória à osseointegração,<br />

enfatizaram que a morfologia, qualidade e quantidade óssea constituem fatores de<br />

grande importância para o sucesso dos implantes dentais, pois determinam uma<br />

estabilidade primária, além de bons resultados biomecânicos, funcionais, estéticos e<br />

fonéticos. A quantidade óssea está relacionada com a quantidade de osso cortical e<br />

trabecular existente no local em que se deseja colocar um implante dental (24) .<br />

Para avaliar a quantidade óssea, importa a escolha de exames por imagens,<br />

pré-operatórios, que nos possibilitem a visualização da altura e da espessura óssea do<br />

sítio receptor do implante e a sua relação com as estruturas anatômicas que devem ser<br />

evitadas durante o momento cirúrgico. Tais estruturas compreendem: seio maxilar,<br />

canal nasopalatino, canal do nervo alveolar inferior, forame e canal do nervo<br />

mentoniano e extensão anterior do canal do nervo alveolar. (1,3-7)<br />

Outros autores ainda aventaram a possibilidade de acidentes como: injúria aos<br />

tecidos moles na perfuração lingual da mandíbula, danos às artérias sublinguais e<br />

submentoniana, artéria facial, artéria faríngea ascendente, nervo lingual, nervo<br />

miloioídeo e hemorragia do assoalho bucal. Concluíram ser imprescindível um exame<br />

4


clínico e radiográfico apurado, no planejamento pré-operatório, para a colocação de<br />

implantes, pois uma estimativa real da dimensão óssea é essencial para evitar<br />

complicações. (2,6)<br />

2.2.1 Radiografia panorâmica<br />

No planejamento de cirurgias para a colocação de implantes dentais, as<br />

vantagens do uso da radiografia panorâmica (RP) são: visualização de todas as<br />

estruturas anatômicas, baixo custo, baixa dose de radiação e facilidade de<br />

interpretação. (9)<br />

Pela RP, há possibilidade de visualizar estruturas como o seio maxilar, direção<br />

e curso do canal mandibular e de se fazerem medidas verticais suficientemente exatas,<br />

se o fator de magnificação do aparelho for conhecido. (2)<br />

Todavia, a imagem fornecida pela RP não é suficiente para prover todas as<br />

informações necessárias para uma ótima seleção dos implantes, devido aos seguintes<br />

fatores: 1) distorção da imagem da RP de 20 a 25%, ou maior, em diferentes regiões<br />

do mesmo filme; 2) formação de imagens das estruturas anatômicas com dimensões<br />

diferentes do tamanho real; 3) artefatos de posicionamento do paciente, possibilitando<br />

interpretações errôneas da imagem; 4) insuficiente para mostrar amplos espaços de<br />

osso medular, alterações no trajeto do canal mandibular na região anterior, além da<br />

qualidade e quantidade óssea; 5) incapacidade de exibir o eixo de orientação do osso<br />

alveolar. (3)<br />

Lam et al (11) realizaram um estudo comparativo entre a RP e a TC e<br />

confirmaram que aquela demonstrou grande distorção das estruturas anatômicas, nos<br />

plano vertical e no horizontal.<br />

Randelzhofer et al (10) verificaram grande discrepância na obtenção de medidas<br />

de distância entre a crista óssea alveolar e o canal mandibular, confrontando RP e TC<br />

e concluindo que a RP gera distorções.<br />

Quanto ao uso da RP, no planejamento das cirurgias de implantes, Bouserhal<br />

et al (12) alertaram para a possibilidade de uma limitada avaliação das estruturas<br />

anatômicas, por se tratar de uma imagem bidimensional. Os autores explicaram que,<br />

5


pela RP, se visualiza toda a altura do osso, com exceção da espessura,<br />

comprometendo o diagnóstico prévio, especialmente nos casos de rebordos alveolares<br />

em lâmina de faca.<br />

A RP apresenta uma ampliação no plano vertical de aproximadamente 10 a<br />

20%, mas a quantidade de magnificação não é uniforme na direção vertical ou<br />

horizontal (13) . A magnificação da imagem da RP é relativamente estável no plano<br />

vertical, porém, altamente variável no plano horizontal. (9)<br />

Se a RP mostrar que é possível a colocação de implantes, o cirurgião dentista<br />

deverá solicitar cortes seccionais da região, para uma avaliação mais completa e<br />

perfeita. (3)<br />

2.2.2 Tomografia computadorizada<br />

Em 1987, Schwartz introduziu o conceito do uso da TC para auxílio pré-<br />

operatório na implantodontia. (8)<br />

A TC adota programas de reconstrução que possibilitam obter uma imagem<br />

multiplanar a partir de cortes axiais paralelos ao plano oclusal, transformando-as em<br />

imagens panorâmicas e de secção transversal perpendiculares à curvatura da arcada<br />

dentária. Isso permite a avaliação da dimensão (altura e espessura), angulação do<br />

processo alveolar e da qualidade óssea no sítio de colocação dos implantes. As<br />

imagens podem ser reconstruídas em três dimensões, para melhor avaliação da<br />

topografia do processo alveolar e da relação espacial entre maxila e mandíbula (1) .<br />

Programas computacionais específicos, como o Dentascan®, foram desenvolvidos no<br />

sentido de aprimorar o estudo por imagem, no planejamento cirúrgico de implantes<br />

dentais.<br />

O Dentascan ® consiste num programa bastante utilizado em TC em que, a<br />

partir de uma imagem axial da maxila ou mandíbula, se cria uma curva, ao longo da<br />

porção média do processo alveolar. Uma série de linhas perpendiculares a essa curva<br />

vai definir os planos e a localização das reformatações (figura1). (8-25)<br />

6


Figura 1. Imagem tomográfica obtida no plano axial da mandíbula, com linhas para definição de planos e<br />

localização das reformatações.<br />

Citem-se como vantagens da TC: 1) magnificação uniforme (1:1); 2) imagens<br />

com alto contraste e contornos definidos; 3) visão multiplanar; 4) reconstrução<br />

tridimensional (axial, panorâmica e sagital oblíqua); 5) estudo simultâneo de várias<br />

áreas passíveis de colocação de implantes; 6) disponibilidade da avaliação e<br />

arquivamento das imagens digitais; 7) rapidez do estudo. (3)<br />

A TC permite avaliar a presença, incidência e localização dos canais<br />

vasculares linguais em mandíbulas. (7)<br />

Em um estudo para avaliar os possíveis erros na transferência dos resultados<br />

de posição e inclinação axial dos implantes, em imagens obtidas pela TC para o<br />

momento cirúrgico, Besimo et al (26) verificaram que esses erros existem, mas não são<br />

clinicamente significantes.<br />

Porém, quanto à colocação de implantes com o auxílio da TC, Jacobs et al (27)<br />

comentaram não ser satisfatória a previsibilidade, constatando que houve uma<br />

tendência de colocar implantes menores do que seria possível, além da dificuldade em<br />

predizer complicações anatômicas durante a cirurgia. Os autores atribuíram essas<br />

discrepâncias às complexidades de transformação mental da imagem para a realidade<br />

cirúrgica.<br />

Os mesmos autores efetuaram outro estudo, em 1999, comparando a<br />

previsibilidade de exames por meio da TC e averiguaram que a imagem tridimensional<br />

(3D) permite um melhor posicionamento dos implantes (mais paralelos), o que facilita a<br />

7


eabilitação protética, além de melhorar os fatores estéticos e biomecânicos. No<br />

entanto, como a imagem em 3D também foi pobre em predizer o potencial de<br />

complicações anatômicas, sugeriram a conexão de imagens 3D com sistemas<br />

computadorizados de navegação intra-operatória (28) .<br />

Algumas das desvantagens da TC são: 1) limitada disponibilidade do programa<br />

em reconstruir a imagem do local do implante; 2) custo alto; e 3) doses elevadas de<br />

radiação envolvidas. (3)<br />

A grande variedade de exames, que podem ser solicitados no pré-operatório de<br />

cirurgias de implantes, possibilita escolha que deve ser baseada em diversas<br />

considerações. Entre elas, encontram-se: a necessidade clínica de retratar a topografia<br />

e anatomia óssea (dependendo da extensão da área a ser operada e da experiência do<br />

cirurgião), conforto do paciente para a obtenção do exame, tipo da informação que se<br />

espera da imagem, risco biológico ao paciente e aspectos financeiros. (2)<br />

De maneira geral, na maxila ou mandíbula, a TC deve ser usada quando as<br />

condições do tecido mole não permitirem a percepção clínica da espessura óssea.<br />

Geralmente se recomenda o uso da TC na mandíbula por ser um osso com maior<br />

número de estruturas vitais, nos casos em que a linha do músculo miloioídeo e da<br />

fóvea submandibular forem pronunciadas e quando houver necessidade de colocação<br />

de implantes na região entre forames mentuais. Na maxila, a TC deverá ser usada em<br />

pacientes com extensa perda óssea do processo alveolar, sinais de alargamento do<br />

canal incisivo, e em locais com grande proximidade com o seio maxilar. (2)<br />

Devido às altas doses de radiação necessárias e ao alto custo, a TC deve ficar<br />

reservada somente para os casos em que a RP mostre amplos defeitos ósseos ou na<br />

necessidade de se realizar reconstruções extensas. (15)<br />

Na região da cabeça e do pescoço, o osso medular da mandíbula, a glândula<br />

tireóide e os olhos são os tecidos mais radiossensíveis (29) . As doses de radiação<br />

absorvidas em exames de TC de maxila e mandíbula em cada corte de um cm são<br />

respectivamente 0,1 e 0,76 mSv, comparadas com 0,026 mSv de um exame de<br />

radiografia panorâmica (16) . A dose de radiação absorvida em tecidos de glândulas<br />

salivares expostas à radiografia panorâmica é de 0,004 mSv e à TC, 0,314 mSv (15) .<br />

Os riscos biológicos da tomografia incluem possibilidade de carcinogênese e<br />

mutações genéticas, nos casos em que as gônadas são expostas. As comparações<br />

8


dos riscos biológicos entre TC e outras modalidades radiográficas dependem de alguns<br />

fatores, como dose de radiação, volume do tecido irradiado e radiossensibilidade do<br />

tecido irradiado. (17)<br />

Ngan et al (14) estabeleceram um estudo comparativo entre os níveis de<br />

radiação emitidos pela TC e radiografias odontológicas convencionais e concluíram que<br />

a TC produz uma quantidade de radiação ionizante significativamente maior que as<br />

radiografias odontológicas convencionais. O quadro 1 mostra os níveis de dose efetiva<br />

de radiação por tipo de exame utilizado.<br />

Quadro 1 – Nível de radiação envolvido nas diferentes modalidades de exames<br />

radiológicos em odontologia<br />

Tipo de exame Nível de radiação<br />

Tomografia computadorizada de maxila e mandíbula 2,1 mSv<br />

Tomografia computadorizada de maxila 1,40 mSv<br />

Tomografia computadorizada de mandíbula 1,32 mSv<br />

Radiografia cefalométrica lateral 0,005 mSv<br />

Radiografia panorâmica 0,010 mSv<br />

Oclusal 0,007 mSv<br />

Periapical 0,005 mSv<br />

Fonte: Ngan et al (14)<br />

Na tentativa de atenuar a dose de radiação empregada na avaliação pré-<br />

operatória de pacientes candidatos a implantes dentais têm-se realizado alguns<br />

estudos com o intuito de viabilizar o uso da RM nesse campo. (18-21,30)<br />

2.2.3 Ressonância magnética<br />

A RM utiliza um forte campo magnético para gerar imagens dos tecidos moles<br />

do corpo sem a necessidade do uso de radiação ionizante, oferecendo completa<br />

flexibilidade na escolha da angulação de secção para a obtenção das imagens e<br />

produzindo múltiplos cortes simultaneamente (31) . A RM tem a vantagem de associar<br />

9


alta resolução espacial com imagem multiplanar direta, não necessitando de<br />

reformatação (32) .<br />

A imagem obtida na RM é a tradução da concentração e distribuição dos<br />

átomos de hidrogênio bem como da sua interação recíproca e com os tecidos<br />

circunstantes. Utiliza-se o hidrogênio por apresentar um momento magnético rotatório<br />

mais eficaz e por ser o elemento mais abundante nos tecidos biológicos. Devido ao fato<br />

de o núcleo de H ser constituído apenas por um próton, utilizam-se essas partículas<br />

para conceituar o processo físico-químico da RM. O sinal de RM, emitido por um<br />

determinado tecido ou estrutura, depende da quantidade de água (e, portanto, de<br />

hidrogênio) no seu interior e da interação com as moléculas vizinhas. Dessa forma, a<br />

medular óssea emite bastante sinal nas diversas seqüências convencionais de RM e<br />

apresenta-se como imagem “branca” ou hiperintensa ou ainda, com hipersinal de RM.<br />

Ao contrário, a cortical óssea, assim como alguns materiais inorgânicos de pró<strong>tese</strong>,<br />

pela ausência de água (e hidrogênio) no seu interior apresenta-se como imagem<br />

“escura”, hipointensa, ou com ausência de sinal. Raciocínio semelhante pode ser<br />

aplicado a outras estruturas anatômicas (figuras 2 e 3). (20,22,31)<br />

Figura 2. Imagem no plano sagital, ponderada em<br />

T1. Nota-se imagem hipointensa da cortical óssea e<br />

esmalte dental, contrastando com imagem<br />

hiperintensa do osso esponjoso (seta).<br />

10<br />

Figura 3. Imagem no plano coronal,<br />

ponderada em T1. Nota-se imagem<br />

arredondada hipointensa, correspondente ao<br />

canal mandibular (seta).


Os principais fatores que têm limitado o uso da RM para o planejamento de<br />

implantes dentais são: 1) interferências de metais ferromagnéticos que impedem o uso<br />

de marcadores convencionais para a localização dos sítios de colocação dos<br />

implantes; 2) possibilidade de distorção geométrica das interfaces ósseas; e 3) custo<br />

alto dos equipamentos. (20,33)<br />

Nos últimos anos, diversos trabalhos têm procurado estabelecer o valor da RM<br />

na avaliação pré-operatória para implantes dentais.<br />

Em 1990, Zabalegui et al (30) realizaram um estudo preliminar com o propósito<br />

de verificar a possibilidade de o exame de RM prover informações adequadas da<br />

estrutura tridimensional (3D) do sítio ósseo que iria receber implantes dentais. Nesse<br />

trabalho utilizaram aparelho de RM, operando em campo magnético de 1,0 T. As<br />

imagens conseguidas pelos exames da maxila e mandíbula, em áreas previamente<br />

avaliadas pela TC, apresentaram uma alta qualidade na reprodução gráfica da<br />

estrutura óssea e as medidas de espessura óssea da maxila obtidas coincidiram com<br />

as medidas obtidas pelo exame de TC. Nesse estudo foi utilizado somente um paciente<br />

do qual foram analisados três sítios ósseos, na maxila do lado direito, e três sítios<br />

ósseos, na maxila do lado esquerdo. As imagens obtidas pelo exame de RM não<br />

mostraram a presença de artefatos de susceptibilidade magnética. Os autores<br />

mencionaram algumas limitações dessa pesquisa, como: ausência do uso de guias de<br />

localização dos cortes, erros nas medidas de espessura óssea, atribuídos à não-<br />

perpendicularidade da direção dos cortes coronais, em relação ao osso, demora no<br />

tempo de exame superior a 30 minutos.<br />

Gray et al (19) desenvolveram uma técnica para a realização de exames de RM<br />

em pacientes com indicação de implantes dentais com a finalidade de melhorar a<br />

localização nas imagens dos sítios ósseos a serem analisados. Empregaram uma guia<br />

cirúrgica em acrílico, nela confeccionando orifícios de dois mm de diâmetro nos locais<br />

correspondentes aos sítios de colocação dos implantes. Esses orifícios foram<br />

preenchidos com uma solução de gadolínio (Gd), que consiste em um contraste<br />

paramagnético, diluído a 0,2% em solução salina. Esses orifícios, posteriormente,<br />

foram selados com acrílico. Os autores conseguiram uma boa visualização da solução -<br />

contraste nas imagens obtidas, o que permitiu uma localização e avaliação precisa dos<br />

sítios ósseos.<br />

11


Devge et al (34) submeteram diferentes tipos de implantes e pró<strong>tese</strong>s metálicas<br />

a um aparelho de RM, operando em alto campo magnético (1,5 T). Comprovaram que<br />

implantes de titânio puro revelaram formação mínima de artefatos nas imagens obtidas;<br />

no entanto, os componentes protéticos associados a esses implantes geraram muitos<br />

artefatos, sendo recomendada sua remoção antes do exame de RM.<br />

Gray et al (21) , em pesquisa que utilizava equipamento de RM, operando em<br />

alto campo magnético constataram que esse exame oferece uma boa visualização de<br />

estruturas anatômicas vitais, admitindo segurança na colocação do implante dental. A<br />

altura e espessura óssea puderam ser quantificadas por meio da obtenção de cortes<br />

seccionais, permitindo bons resultados clínicos. Os autores concluíram que uma<br />

investigação detalhada sobre a acurácia das medidas de altura e espessura óssea<br />

obtidas pela RM deve ser feita comparando esses estudos com imagens conseguidas<br />

pela TC.<br />

Os mesmos autores publicaram um comentário sobre os resultados obtidos em<br />

suas pesquisas anteriores e concluíram que a RM representa um considerável avanço<br />

no leque de opções de avaliação pré-operatória das cirurgias de colocação de<br />

implantes, com benefícios ao paciente, uma vez que não utiliza radiação ionizante. (33)<br />

Abbaszadeh et al (35) , ao realizarem um estudo comparativo entre diferentes<br />

metais usados em odontologia como ouro, amálgama, estanho, titânio, prata paládio e<br />

vitálio com relação à formação de artefatos, quando submetidos a exames de RM,<br />

verificaram que todos os metais produziram artefatos na imagem, principalmente na<br />

parte central do objeto, tendo o ouro produzido o maior e o amálgama, o menor.<br />

Gray et al (22) observaram que artefatos de origem metálica apresentavam-se<br />

nas imagens como áreas hipointensas com margens de alto sinal ao redor do objeto.<br />

De acordo com os mesmos autores, a maioria desses artefatos está localizada com<br />

pequena distorção geométrica, no entanto, alguns materiais como bandas ortodônticas<br />

podem produzir artefatos que tornam a interpretação da imagem impossível. Os<br />

autores concluíram que mais estudos devem ser realizados para entender melhor os<br />

mecanismos de formação de artefatos e distorções geométricas na RM e que o uso de<br />

um protocolo específico pode reduzir significativamente esses problemas.<br />

Imamura et al (18) fizeram um estudo para avaliar a posição do canal mandibular<br />

e a distância entre esse canal e a crista óssea, comparando imagens deTC e RM.<br />

12


Usaram um equipamento que operava em 1,5 T, avaliando 19 sítios em região de<br />

molares passíveis de colocação de implantes dentais. Para os exames de TC,<br />

confeccionaram guias em resina acrílica, utilizando marcadores (pinos de titânio) para a<br />

correta avaliação da área. Para os exames de RM, empregaram a mesma guia em<br />

acrílico, removeram os pinos e confeccionaram orifícios de dois mm de diâmetro,<br />

injetaram geléia de petróleo em seu interior, selando a cavidade com cera e vaselina.<br />

Os autores comentaram que a RM conseguiu mostrar o canal mandibular em todos os<br />

casos e a TC, somente em 11 dos 19, atribuindo essa diferença ao alto contraste que a<br />

imagem de RM fornece, devido ao baixo sinal emitido pelo canal mandibular e ao alto<br />

sinal emitido pelo osso esponjoso. Verificaram também que a análise das distâncias<br />

entre a crista óssea alveolar e o canal mandibular na TC e RM foram similares<br />

Chegaram à conclusão de que a RM é um método alternativo para o planejamento pré-<br />

operatório das cirurgias de colocação de implantes dentais na região de molares da<br />

mandíbula e que mais estudos devem ser realizados na busca de métodos, programas<br />

e no aprimoramento das guias de orientação.<br />

Em 2006, Hubálková et al (36) efetuaram uma revisão de literatura sobre a<br />

questão da formação de artefatos de susceptibilidade magnética nas imagens de RM,<br />

obtidas de pacientes portadores de restaurações metálicas na cavidade bucal e<br />

concluíram que esses artefatos são freqüentes na presença de ligas metálicas básicas<br />

e praticamente inexistentes na presença de ligas metálicas nobres como o titânio, mas<br />

a presença de impurezas (ex: ferro) pode apresentar influências na qualidade final da<br />

imagem. Nessa pesquisa notaram que algumas seqüências do exame de RM são mais<br />

sensíveis que outras aos objetos metálicos, produzindo artefatos.<br />

Apesar desses estudos, não encontramos, na literatura compulsada, trabalhos<br />

que tenham estabelecido a reprodutibilidade da RM (concordância inter e intra-<br />

observador) na mensuração das medidas necessárias para o planejamento cirúrgico de<br />

implantes dentais. Igualmente, desconhecemos os que tenham comparado as medidas<br />

obtidas por meio de TC e RM em um número consistente de pacientes e o impacto das<br />

medidas fornecidas pela RM na escolha do tipo (tamanho ou modelo) de implante<br />

dental.<br />

13


3.1 Delimitação da amostra<br />

14<br />

3 MÉTODOS<br />

Realizamos um estudo prospectivo, transversal, observacional, auto-pareado e<br />

duplo-cego de 2005 a 2007 em dez pacientes (sete mulheres e três homens) com<br />

idades variando entre 26 e 66 anos e idade média de 44,2 anos, com indicação clínica<br />

de implantes dentais em 24 sítios ósseos e que foram submetidos a exames de TC e<br />

RM.<br />

Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade<br />

Federal de São Paulo. Os participantes foram devidamente esclarecidos sobre este<br />

estudo e assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido (Anexo 1 e 2).<br />

3.1.1 Critérios de inclusão<br />

Pacientes que perderam elementos dentais e com indicação de cirurgia para<br />

colocação de implantes dentais como forma de tratamento.<br />

3.1.2 Critérios de não-inclusão<br />

Mulheres no primeiro trimestre de gravidez; portadores de marcapassos,<br />

desfibriladores; portadores de fragmentos metálicos especialmente ao redor da órbita;<br />

portadores de clipes cirúrgicos ferromagnéticos.<br />

3.1.3 Critérios de exclusão<br />

Nesta pesquisa foram excluídos pacientes nas seguintes situações: portadores<br />

de pró<strong>tese</strong>s dentais de metais ferromagnéticos e exames de qualidade inadequada em<br />

virtude de qualquer tipo de artefato (ex: movimentação).


3.2 Equipamentos<br />

Todos os exames de RM foram realizados em um aparelho modelo Giroscan –<br />

Intera, marca Philips (Eindhoven, The Netherlands), operando em alto campo<br />

magnético (1,5T) e equipado com gradientes de 23 mT/seg. Foi utilizada uma bobina<br />

de quadratura de crânio (“head coil”).<br />

Os exames de TC foram feitos em um aparelho helicoidal modelo Select<br />

CT/SP, marca Philips (Tel Aviv, Israel) equipado com programa específico para análise<br />

de planejamento de implantes dentais, denominado Denta CT® (Tel Aviv, Israel).<br />

3.3 Preparo dos pacientes<br />

Todos os pacientes foram submetidos à TC e à RM, tendo sido necessária a<br />

confecção de guias para a orientação dos locais escolhidos para a colocação dos<br />

implantes (figura 4). As guias foram confeccionadas em resina acrílica JET® (Clássico,<br />

São Paulo) sobre um modelo de gesso, obtido por uma moldagem da arcada dentária<br />

em alginato Jeltrate® (Dentsply, Rio de Janeiro), de modo a reestabelecer a anatomia<br />

do elemento dental perdido. Todos os pacientes permaneceram com as guias<br />

devidamente posicionadas, durante os exames (boca fechada, em repouso).<br />

Figura 4. Guia cirúrgica.Flecha indicando a localização da área que se deseja colocar o implante dental.<br />

15


3.3.1 Tomografia computadorizada<br />

Para a TC, foram confeccionadas guias cirúrgicas que receberam pinos<br />

metálicos que foram colados nos locais previamente escolhidos para a colocação dos<br />

implantes (figura 5).<br />

Figura 5. Guia cirúrgica e pino metálico.<br />

Os exames foram realizados com o paciente em decúbito dorsal na maca, com<br />

a posição de cabeça obedecendo ao critério de “manter o processo alveolar da maxila<br />

ou a base da mandíbula paralelos ao feixe de raios X do scanner” (figuras 6 e 7)<br />

utilizando parâmetros técnicos detalhados no quadro 2.<br />

Figura 6. Topograma com determinação da<br />

direção dos cortes axiais para maxila.<br />

Fonte: Rev Dent Press Ortodon Ortop Facial. 2007 mar/abr;12(2). Disponível em URL:<br />

http://www.scielo.br/img/revistas/dpress/v12n2/18f9.jpg<br />

16<br />

Figura 7. Topograma com determinação da<br />

direção dos cortes axiais para mandíbula.


Quadro 2 – Parâmetros técnicos utilizados na TC<br />

mA 50<br />

kVp 120<br />

Gantry Tilt 0°<br />

Passo por Rotação 1 mm<br />

Espessura do corte 1 mm<br />

Intervalo de Reconstrução 1 mm<br />

Algorítimo Bone ou High resolution<br />

Filtro D (alta resolução espacial)<br />

Matriz 512 x 512<br />

Tempo médio de aquisição 60 s<br />

FOV 140 a 180mm<br />

FOV = field of view<br />

As imagens foram reformatadas e reconstruídas com auxílio do programa de<br />

reconstrução Denta CT®, a partir de cortes axiais (figura 8) e foram obtidas<br />

reconstruções panorâmicas (figura 9) e seccionais/transversais, ao longo dos arcos<br />

com distâncias entre si de dois mm (figura 10).<br />

Figura 8. Corte tomográfico no<br />

plano axial interessando à<br />

mandíbula.<br />

Figura 9. Reconstrução panorâmica no<br />

plano coronal.<br />

Figura 10.<br />

Reconstrução<br />

seccional no plano<br />

coronal.<br />

17


3.3.2 Ressonância magnética<br />

As guias para RM receberam perfurações de dois mm de diâmetro nas quais<br />

foi colocado um ml de uma solução de meio de contraste paramagnético OptiMark®<br />

(Mallinckrodt, Raleigh – USA), diluída em solução salina na proporção de dois ml/ 1000<br />

ml, e, em seguida, esses orifícios foram fechados com acrílico (figuras 11, 12 e 13).<br />

Figura 11. Perfuração da guia<br />

cirúrgica.<br />

Figura 12. Furo. Figura 13. Vedamento do<br />

furo após colocação da<br />

solução contraste.<br />

Para a verificação da diluição do meio de contraste paramagnético que<br />

apresentou melhor visualização no exame de RM foi construído um bloco em acrílico<br />

com sete perfurações de um cm 3 , em que a solução do meio de contraste foi diluída em<br />

soro fisiológico e colocada nessas perfurações nas seguintes concentrações: 100%,<br />

50%, 25%,10%,5%,1% e 0,5% (figura 14). O bloco de acrílico foi, então, introduzido no<br />

aparelho de RM. Observou-se que a concentração da solução do meio de contraste<br />

com imagem mais satisfatória foi a diluída em 0,5% (figura 15).<br />

Figura 14. Bloco em acrílico. Figura 15. RM do bloco.<br />

18


Durante a realização dos primeiros exames de RM, percebemos que esse<br />

procedimento demandava muito tempo, além de haver dificuldade em vedar<br />

perfeitamente o orifício. A má vedação provocaria vazamento da solução contraste<br />

injetada e dificuldade de sua visualização, durante o exame. No entanto, descobrimos<br />

que, mesmo sem a presença da solução contraste, a imagem da guia cirúrgica, durante<br />

a RM, aparecia hipointensa e bem definida, mostrando perfeitamente o sítio ósseo a<br />

ser avaliado. Assim, passamos a usar somente a guia, sem a solução de contraste<br />

(figuras 16 e 17).<br />

Figura 16. Guia cirúrgica em modelo de gesso. Figura 17. Imagem de RM ponderada em T1 no<br />

19<br />

plano parasagital. Seta a indicando o sítio ósseo a<br />

ser analisado.<br />

Em cada exame foram realizadas seqüências no plano axial (figura 18A),<br />

coronal (figura 18B) e sagital (oblíquo e paralelo ao corpo da mandíbula ou maxila)<br />

(figura 18C) e as imagens foram gravadas em disco ótico SONY EDM-4100B para<br />

posterior análise. Os parâmetros técnicos utilizados em cada seqüência estão<br />

representados no quadro 3. O tempo de exame variou entre 15 e 20 minutos,<br />

dependendo da presença de artefatos de movimento, quando era necessário repetir<br />

alguma seqüência.


A B C<br />

Figura 18. Seqüência de RM nos planos axial (A), coronal (B) e sagital (C).<br />

Quadro 3 – Parâmetros técnicos das seqüências utilizadas para RM<br />

Parâmetros Axial/T1/SPIR Sag/T1/TSE Cor/T1/TSE Sag/T1/SPIR Cor/T1/SPIR<br />

FOV 380 160 140 380 380<br />

Matriz 352 x 512 256 x 512 256 x 512 352 x 512 352 x 512<br />

NSL 16 12 9 8 9<br />

ESP 4 mm 2 mm 2 mm 2 mm 3 mm<br />

GAP 0,4 0,2 0,2 0,4 0,4<br />

TR 500 ms 737 ms 679 ms 500 ms 500 ms<br />

TE 18 ms 14 ms 14 ms 18 ms 18 ms<br />

TF 3 3 4 3 3<br />

NSA 3 4 4 4 3<br />

SPIR + - - + +<br />

TA 2:56 min 2:32 min 1:45 min 1:56 min 1:28 min<br />

FOV: field of view; NSL: número de cortes; ESP: espesura; GAP: intervalo; TR: tempo de repetição; TE: tempo de<br />

eco; TF: fator turbo; NSA: número de medidas de aquisição; SPIR: supressão de gordura; TA: tempo de aquisição;<br />

Sag: sagital; Cor: coronal.<br />

3.4 Análise das imagens<br />

Os exames de TC e RM foram analisados por quatro examinadores<br />

independentes, especialistas, dois para TC (C.E.B. e M.P.B.) e dois para RM (G.D. e<br />

S.V.F.), e foram obtidas as seguintes medidas:<br />

20


3.4.1 Maxila<br />

– Região anterior: distância entre a cortical externa da crista óssea alveolar e a fossa<br />

nasal (FN), (altura superior: AS).<br />

– Região posterior: distância entre a cortical externa da crista óssea alveolar e o seio<br />

maxilar (SM), (altura superior: AS).<br />

– Distância entre as corticais externas da tabua óssea vestibular e palatina<br />

(espessura superior: ES), sempre na região correspondente à metade de AS, de<br />

modo que a intersecção entre AS e ES forme um ângulo de 90° ( figura19).<br />

3.4.2 Mandíbula<br />

– Região posterior: distância entre a cortical externa da crista óssea alveolar e o canal<br />

mandibular (CM), (altura inferior: AI).<br />

– Região anterior: a distância entre a cortical externa da crista óssea alveolar e a<br />

base da mandíbula (altura inferior: AI).<br />

– A distância entre as corticais externas da tábua óssea vestibular e lingual<br />

(espessura inferior: EI), sempre na região correspondente à metade de AI, de modo<br />

que a intersecção entre AI e EI forme um ângulo de 90° (figura 20).<br />

Figura 19. Altura e espessura superior. Figura 20. Altura e espessura inferior.<br />

21


As medidas de AS, AI, ES e EI foram obtidas no plano perpendicular ao arco<br />

dentário em todos os sítios ósseos analisados (figura 21 e 22). As mensurações foram<br />

feitas com auxílio do programa Dentalslice® para os exames de TC e, para os exames<br />

de RM, por meio do caliper do próprio aparelho. As medidas obtidas foram anotadas na<br />

ficha do paciente (Anexos 3, 4 e 5).<br />

Figura 21. Planos perpendiculares à arcada<br />

dentária (maxila).<br />

Figura 22. Planos perpendiculares à arcada<br />

dentária (mandíbula).<br />

A média das medidas obtidas pela análise dos exames de TC e RM foi<br />

entregue a dois cirurgiões dentistas, A.C. e M.P, especialistas em implantes dentais,<br />

para que escolhessem o melhor implante que poderia ser utilizado em cada situação,<br />

omitindo a maneira como tinham sido conseguidas as medidas (Anexos 6 e 7).<br />

Posteriormente, solicitamos aos mesmos cirurgiões dentistas que escolhessem, juntos,<br />

o melhor implante a ser utilizado em cada situação.<br />

Determinou-se, previamente, que a colocação de implantes dentais somente<br />

seria indicada, se houvesse medidas de altura e espessura óssea que permitissem sua<br />

colocação segura, respeitando estruturas anatômicas importantes. Além disso, os<br />

implantes deveriam ficar totalmente recobertos por tecido ósseo, sem o uso de<br />

recursos adicionais, como os enxertos ósseos, expansores e osteótomos. Nas<br />

situações em que a altura e/ou espessura óssea fossem insuficientes para a colocação<br />

dos implantes possíveis, os cirurgiões dentistas deveriam contra-indicar sua utilização<br />

como forma de tratamento.<br />

22


3.5 Análise estatística<br />

A análise de todas as informações coletadas nesta pesquisa foi inicialmente feita<br />

de forma descritiva.<br />

Para as variáveis de natureza quantitativa foram calculadas algumas medidas -<br />

resumo, como a média, mediana, desvio-padrão, entre outras, e confeccionados<br />

gráficos do tipo boxplot e diagrama de dispersão.<br />

As variáveis de natureza qualitativa foram analisadas pelo cálculo de<br />

freqüências absolutas e relativas.<br />

A análise inferencial, empregada com o intuito de confirmar ou refutar evidências<br />

encontradas na análise descritiva, foi a estimação do coeficiente de correlação<br />

intraclasse que foi realizada em um intervalo com 95% de confiança. Esse coeficiente<br />

mede a reprodutibilidade (concordância) entre medidas numéricas obtidas em<br />

diferentes momentos ou por examinadores distintos. Segundo o mesmo autor, se esse<br />

coeficiente for menor que 0,4, existe uma pobre reprodutibilidade; se for maior ou igual<br />

a 0,75, a reprodutibilidade é excelente; caso contrário, existe uma reprodutibilidade<br />

satisfatória.<br />

Os dados foram digitados em planilhas do Excel 2000 for Windows para o<br />

armazenamento adequado das informações. As análises estatísticas foram realizadas<br />

com o programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 11.0 for<br />

Windows.<br />

23


4.1 Concordância interobservador<br />

24<br />

4 RESULTADOS<br />

O resumo das informações, fornecidas pelos examinadores sobre a altura e<br />

espessura, foi, inicialmente, calculado por meio de algumas medidas-resumo (anexos<br />

5, 6, 8), além da confecção de gráficos do tipo boxplot e diagramas de dispersão.<br />

Comparando os dados da mensuração da altura dos sítios ósseos obtidos<br />

pelos examinadores 1 e 2, por meio da TC, verificamos resultados bastante similares<br />

(figuras 23 e 24). Do mesmo modo, com relação à espessura óssea, houve um alto<br />

grau de concordância entre os examinadores, porém, menor, quando comparado com<br />

a altura (figuras 25 e 26).<br />

A avaliação da altura obtida pelo exame de RM entre os examinadores 1 e 2<br />

apresentou um alto grau de concordância (figuras 27 e 28).<br />

As medidas de espessura óssea obtidas pelo exame de RM entre os<br />

examinadores 1 e 2 apresentaram um alto grau de concordância, porém, menor<br />

quando comparado às medidas de altura (figuras 29 e 30).<br />

Altura pela TC<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

N =<br />

24<br />

Examinador 1<br />

24<br />

Examinador 2<br />

Figura 23. Boxplot da altura obtida pela TC,<br />

segundo examinadores.<br />

ALTURA pela TC do examinador 1<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

0<br />

5<br />

10<br />

15<br />

20<br />

ALTURA pela TC do examinador 2<br />

Figura 24. Diagrama de dispersão da medida da<br />

altura obtida pela TC entre os examinadores.<br />

25


Espessura pela TC<br />

12<br />

10<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

N =<br />

24<br />

Examinador 1<br />

24<br />

Examinador 2<br />

Figura 25. Boxplot da espessura obtida pela TC,<br />

Altura pela RM<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

N =<br />

segundo examinadores.<br />

24<br />

Examinador 1<br />

24<br />

Examinador 2<br />

Figura 27. Boxplot da altura obtida pela RM,<br />

segundo examinadores.<br />

Espessura pela TC do examinador 1<br />

12<br />

11<br />

10<br />

9<br />

8<br />

7<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

2<br />

3<br />

4<br />

5<br />

6<br />

7<br />

10<br />

Espessura pela TC do examinador 2<br />

Figura 26. Diagrama de dispersão da medida da<br />

espessura obtida pela TC entre os examinadores.<br />

Altura pela RM do examinador 1<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

0<br />

5<br />

10<br />

Altura pela RM do examinador 2<br />

Figura 28. Diagrama de dispersão da medida da<br />

altura obtida pela RM entre os examinadores.<br />

8<br />

15<br />

9<br />

20<br />

11<br />

25<br />

12<br />

25


Espessura pela RM<br />

12<br />

10<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

N =<br />

24<br />

Examinador 1<br />

24<br />

Examinador 2<br />

Figura 29. Boxplot da espessura obtida pela RM,<br />

segundo examinadores.<br />

Espessura pela RM do examinador 1<br />

12<br />

11<br />

10<br />

9<br />

8<br />

7<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

2<br />

3<br />

4<br />

5<br />

6<br />

7<br />

10<br />

Espessura pela RM do examinador 2<br />

Figura 30. Diagrama de dispersão da medida da<br />

8<br />

9<br />

11<br />

26<br />

espessura obtida pela RM entre os examinadores.<br />

As estimativas desses coeficientes, mostradas na Tabela 1, sugerem uma alta<br />

reprodutibilidade, permitindo dessa forma, o uso adequado da média entre os<br />

examinadores como uma medida-resumo dos exames de TC e RM.<br />

Tabela 1 – COEFICIENTES DE CORRELAÇÃO INTRACLASSE ENTRE OS<br />

EXAMINADORES, SEGUNDO EXAMES CONSIDERADOS<br />

Medida e método de exame Coeficiente Intervalo com 95% de confiança<br />

Altura pela TC 0,9903 [0,9781; 0,9958]<br />

Altura pela RM 0,9650 [0,9220; 0,9846]<br />

Espessura pela TC 0,9481 [0,8853; 0,9771]<br />

Espessura pela RM 0,8755 [0,7369; 0,9439]<br />

TC = tomografia computadorizada; RM = ressonância magnética.<br />

12


4.2 Concordância entre tomografia computadorizada e ressonância<br />

magnética<br />

Com base nos resultados inferenciais que apontavam uma alta<br />

reprodutibilidade entre os examinadores, usou-se a média conseguida por eles a fim de<br />

avaliar se o exame de RM produzia medidas de altura e espessura “muito parecidas”<br />

com as obtidas no exame de TC. Assim, o coeficiente de correlação intraclasse foi<br />

estimado (calculado) novamente, agora entre as medidas médias dos dois exames: TC<br />

e RM.<br />

A seguir, estão resumidas as informações das medidas médias de ambos os<br />

exames por meio de algumas medidas-resumo (Tabela 2) e da confecção dos gráficos<br />

boxplot e diagrama de dispersão (figuras 31 a 34).<br />

Tabela 2 – MEDIDAS-RESUMO DA ALTURA E ESPESSURA PELA TC E RM<br />

Medidas-resumo Altura Espessura<br />

TC RM TC RM<br />

Número 24 24 24 24<br />

Média 11,30 12,14 5,08 5,84<br />

Mediana 11,10 11,88 4,63 5,40<br />

Mínimo 4,00 4,50 3,44 3,10<br />

Máximo 21,42 21,20 8,92 10,20<br />

Desvio-padrão 4,49 4,76 1,43 1,55<br />

TC = tomografia computadorizada; RM = ressonância magnética.<br />

27


Altura<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

N =<br />

24<br />

TC<br />

Exame<br />

Figura 31. Boxplot da altura média, segundo tipo<br />

Altura média pela TC<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

0<br />

5<br />

de exame.<br />

10<br />

24<br />

RM<br />

Altura média pela RM<br />

Figura 33. Diagrama de dispersão da altura<br />

15<br />

média, segundo tipo de exame.<br />

20<br />

25<br />

Espessura<br />

12<br />

10<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

N =<br />

24<br />

TC<br />

Exame<br />

Figura 32. Boxplot da espessura média, segundo<br />

Espessura média pela TC<br />

12<br />

10<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

2<br />

4<br />

tipo de exame.<br />

6<br />

24<br />

RM<br />

Espessura média pela RM<br />

Figura 34. Diagrama de dispersão da espessura<br />

8<br />

10<br />

média, segundo tipo de exame.<br />

28<br />

12


As estimativas dos coeficientes de correlação intraclasse, visualizadas na<br />

Tabela 3, sugerem uma alta reprodutibilidade entre os exames. Podemos afirmar que<br />

os exames de TC e RM apresentam resultados semelhantes, tanto para a altura,<br />

quanto para a espessura.<br />

Tabela 3 – COEFICIENTES DE CORRELAÇÃO INTRACLASSE ENTRE OS EXAMES<br />

DE TC E RM<br />

Medidas consideradas Coeficiente Intervalo com 95% de confiança<br />

Altura 0,9503 [0,8901; 0,9781]<br />

Espessura 0,8035 [0,6017; 0,9095]<br />

TC = tomografia computadorizada; RM = ressonância magnética.<br />

4.3 Impacto das medidas obtidas por tomografia computadorizada e<br />

ressonância magnética na conduta cirúrgica<br />

A avaliação das médias das medidas da altura e espessura obtidas pela TC e<br />

RM (Anexos 7, 9 e 10) efetuada por dois examinadores independentes, com relação ao<br />

tipo de implante indicado em cada caso, foi a seguinte:<br />

4.3.1 Impacto das medidas obtidas por tomografia computadorizada<br />

Quando os dois cirurgiões escolheram independentemente o tipo de implante<br />

dental em função da média das medidas fornecidas pelo exame de TC, houve<br />

concordância em 19/24 (79,16%) dos sítios ósseos (Anexo 11).<br />

4.3.2 Impacto das medidas obtidas por ressonância magnética<br />

Quando os dois cirurgiões escolheram, independentemente, o tipo de implante<br />

dental em função da média das medidas fornecidas pelo exame de RM, houve<br />

concordância em 14/24 (58,33%) dos sítios ósseos (Anexo 12).<br />

29


4.3.3 Concordância na seleção e indicação de implantes em função das<br />

medidas obtidas por tomografia computadorizada e ressonância magnética<br />

Ao cruzarmos a seleção do implante dental realizada pelo cirurgião 1 em<br />

função da média das medidas obtidas através de TC e RM, observamos uma<br />

concordância em 9/24 (37,5%) dos sítios ósseos (Anexo 13).<br />

Ao cruzarmos a seleção do implante dental realizada pelo cirurgião 2, em<br />

função da média das medidas obtidas pela TC e pela RM, observamos uma<br />

concordância em 11/24 (45,8%) dos sítios ósseos (Anexo 14).<br />

Tabela 4 – PROPORÇÃO DE CONCORDÂNCIA DOS TIPOS DE IMPLANTES<br />

SUGERIDOS EM CADA SITUAÇÃO CONSIDERADA<br />

Situação considerada Concordam Não concordam<br />

Examinadores 1 e 2 na TC 19 (79,2%) 5 (20,8%)<br />

Examinadores 1 e 2 na RM 14 (58,3%) 10 (41,7%)<br />

Exames TC e RM para o examinador 1 9 (37,5) 15 (62,5%)<br />

Exames TC e RM para o examinador 2 11 (45,8%) 13 (54,2%)<br />

TC = tomografia computadorizada; RM = ressonância magnética.<br />

4.3.4 Concordância na seleção e indicação de implantes pelos<br />

examinadores em consenso em função das medidas obtidas por<br />

tomografia computadorizada e ressonância magnética<br />

Ao cruzarmos a seleção do implante dental realizada em consenso pelos<br />

examinadores 1 e 2, em função da média das medidas obtidas por meio de TC e de<br />

RM, observamos uma concordância em 15/24(62,5%) dos sítios ósseos (anexo 15 e<br />

16).<br />

30


31<br />

5 DISCUSSÃO<br />

No planejamento das cirurgias de implantes dentais, considera-se<br />

extremamente importante o prévio conhecimento da quantidade óssea, bem como das<br />

estruturas anatômicas envolvidas, sendo indispensável a utilização de exames por<br />

imagem.<br />

Os exames radiográficos mais simples de serem obtidos em um consultório<br />

odontológico são: a radiografia periapical e a radiografia panorâmica. Entretanto,<br />

alguns autores consideraram essas modalidades insuficientes para prover todas as<br />

informações necessárias a um correto planejamento. Assinalaram algumas<br />

desvantagens como: distorção das imagens, formação de artefatos de posicionamento,<br />

informações imprecisas de quantidade óssea, qualidade óssea, eixo de orientação do<br />

processo alveolar e espessura óssea. (3,9-13)<br />

Em 1987, Schwartz introduziu o uso da TC que revelou inúmeras vantagens<br />

em relação à radiografia panorâmica como: magnificação uniforme, imagens de alto<br />

contraste e contornos definidos, visão multiplanar e reconstrução em 3D (3) . Contudo,<br />

sua indicação deve ser restrita, devido às altas doses de radiação envolvidas e ao alto<br />

custo (2,15) .<br />

Na tentativa de resolver o problema das altas doses de radiação envolvidas na<br />

TC, alguns estudos estão sendo realizados com a ressonância magnética como exame<br />

pré-operatório das cirurgias de implantes dentais. Esse exame fornece informações<br />

precisas sobre o osso e tecido mole, relacionadas ao sítio cirúrgico, sem o uso de<br />

radiação ionizante (19,31,32) . No entanto, Gray et al (33) alegaram que o uso da RM trazia<br />

algumas desvantagens como interferências com metais ferromagnéticos, distorção<br />

geométrica das interfaces ósseas e alto custo.<br />

Alguns autores preconizam o uso de guias cirúrgicas com gadolínio ou geléia<br />

de petróleo para melhor localização na imagem do sítio ósseo a ser avaliado (18,19) . No<br />

presente trabalho, sentimos certa dificuldade em injetar esse material paramagnético<br />

dentro da guia e de mantê-lo em seu interior, limitando sua utilização e visualização<br />

nas imagens de RM obtidas. Por outro lado, durante os primeiros exames-piloto,<br />

percebemos uma grande facilidade em identificar, na imagem de RM, os contornos


dentais da guia cirúrgica sem o meio de contraste e, portanto, passamos a não mais<br />

utilizar o gadolínio.<br />

O tempo de obtenção do exame foi muito pouco comentado entre os autores,<br />

somente Zabalegui et al (30) e Gray et al (33) relataram que o tempo médio de obtenção<br />

das imagens foi de 30 minutos, considerando-o uma desvantagem. No presente<br />

estudo, o tempo médio de obtenção de todas as seqüências de RM foi de<br />

aproximadamente dez minutos.<br />

A presença de artefatos de susceptibilidade magnética, relatada por diversos<br />

pesquisadores, com efeito, constituiu um problema bastante significativo e representou<br />

uma limitação importante relativamente ao número de pacientes estudados e de sítios<br />

ósseos avaliados nesta pesquisa. De conformidade com os estudos de outros autores<br />

(34,37) , notamos, com freqüência, o aparecimento de artefatos, principalmente em<br />

pacientes que apresentavam pró<strong>tese</strong>s fixas de metais ferromagnéticos. Esse fato<br />

provocou a inutilização de vários exames, devido à impossibilidade de visualização<br />

adequada das imagens. Por esse motivo, passamos a excluir pacientes com pró<strong>tese</strong>s<br />

fixas e a aproveitar apenas pacientes com dentes íntegros ou com restaurações de<br />

resina composta ou de amálgama cujos raros artefatos não chegaram a interferir na<br />

qualidade das imagens, concordando com os trabalhos de Abbaszadeh et al (35) e<br />

Hubalková et al (36) . Por outro lado, em pacientes que se movimentaram muito,<br />

artefatos foram bastante evidentes, corroborando as observações de Imamura et al (18) .<br />

Em nosso estudo, percebemos que a qualidade das imagens de RM foi<br />

bastante satisfatória, possibilitando: boa visualização não somente do sítio ósseo a ser<br />

analisado, como também das estruturas anatômicas vitais envolvidas, boa<br />

diferenciação entre osso medular e cortical e ótima visualização do canal mandibular e<br />

canais de nutrição que, muitas vezes, foram visualizados com dificuldade na TC,<br />

concordando com os trabalhos de Zabalegui et al (30) , Gray et al (19) e Imamura et al (18) .<br />

Os resultados de medidas de altura e espessura óssea entre os examinadores<br />

da TC, bem como as medidas de espessura entre os examinadores da RM<br />

demonstraram um alto coeficiente de correlação intraclasse. Todavia, o coeficiente de<br />

correlação intraclasse entre os dois examinadores da RM e entre os dois examinadores<br />

da TC relativamente à espessura óssea foi menor. Uma possível explicação é que,<br />

para a obtenção da medida de espessura óssea, traçamos uma reta na região,<br />

32


correspondente à metade da altura, no sentido perpendicular a ela, procedimento este<br />

que poderia justificar algumas variações de medidas entre os examinadores.<br />

As medidas de altura e espessura óssea obtidas pelos exames de TC e RM<br />

tiveram um alto coeficiente de correlação intraclasse, concordando com trabalhos<br />

anteriores. Esse coeficiente revelou-se maior para a altura do que para a espessura<br />

óssea. Isso pode ser explicado pela presença de algum tipo de distorção geométrica<br />

das imagens de RM ou pelo fato de as imagens coronais e sagitais não terem sido<br />

obtidas exatamente perpendiculares ao osso. Em 20 dos 24 casos, a espessura do<br />

osso foi maior no exame de RM. De forma semelhante, importa salientar que, apesar<br />

de o índice de correlação entre TC e RM, relacionado com a altura óssea, ter sido<br />

muito bom, a avaliação de 18 dos 24 sítios sinalizou medidas de altura maior nos<br />

exames de RM.<br />

A análise dos resultados da indicação do tipo de implante em função das<br />

medidas obtidas por meio da TC e RM demonstrou baixa concordância para um<br />

mesmo dentista e entre os dois dentistas escolhidos para participar da pesquisa. Essa<br />

baixa concordância pode ser explicada pelos critérios e experiências individuais dos<br />

cirurgiões na escolha dos implantes que utilizam devido à grande variedade de<br />

implantes existentes atualmente no mercado. Não obstante, quando reunimos os dois<br />

cirurgiões para, em consenso, efetuarem a escolha dos implantes, compreendemos<br />

que o grau de concordância da escolha dos implantes entre as medidas fornecidas pela<br />

TC e RM tinha aumentado bastante. Partindo do principio de que o exame de TC é o<br />

nosso “padrão-ouro”, se os examinadores escolhessem os implantes com base<br />

somente nas medidas fornecidas pela RM, teriam algum tipo de problema na colocação<br />

de 11 dos 24 implantes, ou seja, em praticamente 50% dos casos. Essa porcentagem<br />

se reduziria um pouco na análise em consenso, ficando em torno de 30%.<br />

Apesar de as medidas de altura e espessura ósseas, fornecidas pelos exames<br />

de TC e RM, assinalarem um alto índice de correlação, na grande maioria das vezes, a<br />

RM revelou medidas maiores que a TC, influenciando a decisão do cirurgião de<br />

selecionar o tipo de implante. Neste campo, devem-se proceder a mais pesquisas, para<br />

avaliar exatamente a causa de as imagens de RM apresentarem uma dimensão maior<br />

que as da TC e tentar solucionar essa discrepância.<br />

De maneira geral, a RM é uma modalidade de exame fácil de ser conseguida,<br />

exibindo imagens bastante nítidas, boa visualização de estruturas anatômicas<br />

33


elevantes, possibilitando a obtenção de medidas de altura e espessura óssea<br />

bastantes similares à TC, entretanto, apresenta algumas desvantagens como a grande<br />

presença de artefatos de susceptibilidade magnética e alto custo.<br />

34


35<br />

6 CONCLUSÕES<br />

1. A concordância interobservador da TC e da RM para obtenção das medidas<br />

necessárias ao planejamento pré-operatório de implantes dentais é excelente.<br />

2. A concordância das medidas obtidas por meio da TC e da RM é excelente.<br />

3. Houve baixa concordância na seleção do tipo de implante em função da média das<br />

medidas obtidas por meio da RM.


36<br />

7 ANEXOS<br />

Anexo 1 – Projeto de pesquisa, submetido à aprovação do Comitê de Ética Médica da <strong>UNIFESP</strong>


Anexo 2 - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido<br />

1- Título do Projeto<br />

“Análise comparativa de imagens das estruturas anatômicas da maxila e mandíbula por meio de<br />

tomografia computadorizada e ressonância magnética no planejamento das cirurgias de implantes<br />

osseointegrados”.<br />

2- O presente estudo tem por objetivo fazer uma análise comparativa entre os dados anatômicos<br />

fornecidos pela tomografia computadorizada e ressonância magnética em locais previamente<br />

estabelecidos para a colocação de implantes osseointegrados em maxila e mandíbula.<br />

3- A tomografia computadorizada e ressonância magnética são exames rotineiros que serão realizados<br />

em uma mesma região previamente selecionada numa tentativa de verificarmos se a ressonância<br />

magnética poderia substituir ou completar de uma maneira significativa os dados fornecidos pela<br />

tomografia.<br />

4- Antes da realização da tomografia computadorizada e da ressonância magnética, cada participante<br />

será submetido a uma moldagem da arcada dentária para a confecção de um dispositivo de acrílico que<br />

será usado somente no momento da realização dos exames não causando desconforto.<br />

5- A tomografia computadorizada é um exame extremamente necessário para um bom planejamento das<br />

cirurgias de implantes, não causa desconforto, porém, envolve altas doses de radiação.A ressonância<br />

magnética não envolve radiação, no entanto, causa um leve desconforto, pois o paciente é introduzido<br />

deitado em um túnel praticamente fechado e neste local deverá permanecer imóvel durante todo o<br />

exame<br />

6- Não há benefício direto para o participante. Trata-se de um estudo experimental testando a hipó<strong>tese</strong><br />

de que a ressonância magnética poderia substituir a tomografia computadorizada no planejamento das<br />

cirurgias de implantes dentais.<br />

7- Para a realização de implantes dentais, somente a tomografia computadorizada seria suficiente por<br />

fornecer informações bastante precisas a respeito das estruturas anatômicas envolvidas no<br />

procedimento cirúrgico. Não haveria a necessidade de o paciente estar sendo submetido à ressonância<br />

magnética para a realização de implantes dentais.<br />

8- Em qualquer etapa do estudo você terá acesso aos profissionais responsáveis pela pesquisa para<br />

esclarecimento de eventuais dúvidas. O principal investigador é o Dr. Ciro Elston Bannwart que pode ser<br />

encontrado no endereço: Rua Napoleão de Barros, 800 e telefone: 50838963. Se você tiver alguma<br />

consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em contato com o Comitê de ética em Pesquisa<br />

(CEP) – Rua Botucatu, 572 – 1 andar – cj 14, 5571-1062, Fax: 5539-7162 – E- mail: cepunifesp@ epm.br<br />

9- É garantida a liberdade da retirada de consentimento a qualquer momento e deixar de participar do<br />

estudo, sem qualquer prejuízo à continuidade de seu tratamento na Instituição;<br />

10- As informações obtidas serão analisadas em conjunto com outros pacientes, não sendo divulgado a<br />

identificação de nenhum paciente;<br />

11- Cada participante da pesquisa terá o direito de ser mantido atualizado sobre os resultados parciais<br />

das pesquisas, quando em estudos abertos, ou de resultados que sejam do conhecimento dos<br />

pesquisadores;<br />

37


12- Não há despesas pessoais para o participante em qualquer fase do estudo, incluindo exames e<br />

consultas. Também não há compensação financeira relacionada à sua participação. Se existir qualquer<br />

despesa adicional, ela será resolvida pelo orçamento da pesquisa.<br />

13- Em caso de dano pessoal, diretamente causado pelos procedimentos ou tratamentos propostos<br />

nesse estudo (nexo causal comprovado), o participante tem direito a tratamento médico na Instituição<br />

bem como às indenizações legalmente estabelecidas.<br />

14- Compromisso do pesquisador de utilizar os dados e o material coletado somente para esta pesquisa.<br />

Acredito ter sido suficientemente informado a respeito às informações que li ou que foram lidas para<br />

mim, descrevendo o estudo “Análise comparativa de imagens das estruturas anatômicas da maxila e<br />

mandíbula por meio de tomografia computadorizada e ressonância magnética no planejamento das<br />

cirurgias de implantes osseointegrados”.<br />

Eu discuti com o Dr. Ciro Elston Bannwart sobre a minha decisão em participar nesse estudo. Ficaram<br />

claros para mim quais são os propósitos do estudo, os procedimentos a serem realizados, seus<br />

desconfortos e riscos, as garantias de confidencialidade e dos esclarecimentos permanentes. Ficou claro<br />

também que a minha participação é isenta de despesas e que tenho garantia do acesso a tratamento<br />

hospitalar quando necessário. Concordo voluntariamente em participar desse estudo e poderei retirar o<br />

meu consentimento a qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidades ou prejuízo ou<br />

perda de qualquer benefício que eu possa ter adquirido, ou no meu atendimento neste Serviço.<br />

---------------------------------------------- Data --------/--------/-------<br />

Assinatura do paciente/representante legal<br />

--------------------------------------------- Data--------/---------/---------<br />

Assinatura da testemunha<br />

Declaro que obtive de forma apropriada e voluntária o Consentimento livre e Esclarecido deste paciente<br />

ou representante legal para a participação neste estudo.<br />

------------------------------------------------------------ Data--------/----------/---------<br />

Assinatura do responsável pelo estudo<br />

38


Anexo 3 – Ficha do Paciente entregue aos examinadores da TC<br />

NOME: _____________________________________________________________________________<br />

NÚMERO: _________________ DATA: _____/_____/__________<br />

SEXO: ____________________ IDADE: _____________________<br />

EXAMINADOR : _____________________________________________<br />

TC (MAXILA)<br />

DENTE AS ES<br />

TC (MANDÍBULA)<br />

DENTE AI EI<br />

OBS: _______________________________________________________________________________<br />

____________________________________________________________________________________<br />

39


Anexo 4 – Ficha do Paciente entregue aos examinadores da RM<br />

NOME: _____________________________________________________________________________<br />

NÚMERO: _________________ DATA: _____/_____/__________<br />

SEXO: ____________________ IDADE: _____________________<br />

EXAMINADOR : _____________________________________________<br />

RM (MAXILA)<br />

DENTE AS ES<br />

RM (MANDÍBULA)<br />

DENTE AI EI<br />

OBS: _______________________________________________________________________________<br />

____________________________________________________________________________________<br />

40


Anexo 5 – Resultados das análises dos exames de TC e RM<br />

Dente<br />

Tomografia computadorizada Ressonância magnética<br />

Altura (mm) Espessura (mm) Altura (mm) Espessura (mm)<br />

Exam1 Exam2 Exam1 Exam2 Exam1 Exam2 Exam1 Exam2<br />

47 5,99 5,25 4,42 4,87 5,0 6,0 3,9 4,9<br />

46 5,82 4,31 3,32 4,28 5,5 4,8 2,7 3,5<br />

37 6,56 5,61 5,28 4,72 4,6 4,4 6,4 6,6<br />

36 6,61 5,80 4,34 5,21 6,7 6,6 5,1 5,5<br />

26 4,22 3,78 8 7,6 5,2 5,2 7,2 7,4<br />

22 12,23 12,11 3,76 3,51 13,8 14,1 4,9 4,5<br />

35 10,76 9,91 4,08 4,56 12,6 12,3 5,7 5,4<br />

36 9,71 9,31 4,66 4,94 11,2 10,3 6,3 6,3<br />

46 11,11 11,22 4,41 4,27 11,7 12,6 5,1 5,2<br />

11 16,68 16,31 3,61 4,18 17,9 19,2 5,2 5,3<br />

21 18,84 18,97 3,17 3,72 18 19,2 5 4,4<br />

22 14,50 14,30 4,44 4,44 16,5 17 5,1 5,2<br />

36 12 11,54 7,82 7,53 13,4 14,4 7,7 8,5<br />

37 11,18 10,88 8,85 9,00 11,5 11,7 9,6 10,8<br />

12 16,63 17,27 4,36 4,68 17,2 19,9 5 6<br />

25 8,68 7,65 6,23 7,16 8,4 7,8 7,5 7,8<br />

46 13,65 13,27 5,20 4,92 12,8 12,8 4,7 5,8<br />

13 12,58 12,72 5,58 5,10 8,4 12.9 6,7 4,3<br />

14 13,83 12,92 3,77 3,12 13,6 14,4 4 4,1<br />

15 9,50 9,92 4,51 4,49 11,6 11,3 4,6 4,7<br />

24 14,56 15,03 4,22 4,22 16,9 18,0 5,7 4,4<br />

26 8,74 8,61 6,85 6,46 10,3 10,6 7,6 8,3<br />

46 10,05 9,55 4,62 4,62 11,5 10,6 6,3 5,7<br />

32 21,61 21,24 4,91 5.04 21,4 21,0 6,6 6,8<br />

41


Anexo 6– Médias das medidas realizadas pelos examinadores na TC e na RM<br />

Dente<br />

Tomografia computadorizada Ressonância magnética<br />

Altura (mm) Espessura (mm) Altura (mm) Espessura (mm)<br />

47 5,62 4,64 5,5 4,4<br />

46 4,57 3,8 5,15 3,1<br />

37 6,0 5,0 4,5 6,5<br />

36 6,20 4,77 6,65 5,3<br />

26 4,0 7,5 5,2 7,3<br />

22 12,17 3,63 13,95 4,7<br />

35 10,33 4,32 12,45 5,55<br />

36 9,51 4,8 10,75 6,3<br />

46 11,16 4,34 12,15 5,15<br />

11 16,49 3,89 18,55 5,25<br />

21 18,90 3,44 18,6 4,7<br />

22 14,4 4,44 16,75 5,15<br />

36 11,77 7,67 13,9 8,1<br />

37 11,03 8,92 11,6 10,2<br />

12 16,95 4,52 18,55 5,5<br />

25 8,16 6,69 8,1 7,65<br />

46 13,46 5,06 12,8 5,25<br />

13 12,65 5,34 10,65 5,5<br />

14 13,37 3,44 14,0 4,0<br />

15 9,71 4,5 11,45 4,65<br />

24 14,79 4,22 17,45 5,05<br />

26 8,67 6,65 10,45 7,95<br />

46 9,8 4,62 11,05 6,0<br />

32 21,42 5,67 21,2 6,8<br />

42


Anexo 7 – Ficha entregue aos examinadores para a escolha do tipo adequado de implante<br />

Baseado na altura, espessura óssea e região do implante a ser colocado, preencha as linhas com o tipo<br />

de implante que você colocaria (sem utilizar recursos como enxertos, expansores, osteotomos etc) em<br />

cada caso lembrando de aproveitar a melhor quantidade de osso possível. Caso você ache que as<br />

dimensões existentes não permitam a colocação de implantes, deixe o espaço em branco.<br />

Medidas padrão dos implantes:<br />

ALTURA 7,0 8,5 10,0 11,5 13,0 15,0 18,0<br />

DIÂMETRO 3,25 3,75 5,0 6,0<br />

Exemplo de tabela enviada aos examinadores<br />

DENTE ALTURA (mm) ESPESSURA<br />

(mm)<br />

TC TC<br />

47 5,62 4,64<br />

46 4,57 3,8<br />

37 6,0 5,0<br />

36 6,20 4,77<br />

26 4,0 7,5<br />

22 12,17 3,63<br />

35 10,33 4,32<br />

36 9,51 4,8<br />

46 11,16 4,34<br />

11 16,49 3,89<br />

21 18,90 3,44<br />

22 14,4 4,44<br />

36 11,77 7,67<br />

37 11,03 8,92<br />

12 16,95 4,52<br />

25 8,16 6,69<br />

46 13,46 5,06<br />

13 12,65 5,34<br />

14 13,37 3,44<br />

15 9,71 4,5<br />

24 14,79 4,22<br />

26 8,67 6,65<br />

46 9,8 4,62<br />

32 21,42 5,67<br />

TIPO DE<br />

IMPLANTE<br />

43


DENTE ALTURA (mm) ESPESSURA<br />

(mm)<br />

47 5,5 4,4<br />

46 5,15 3,1<br />

37 4,5 6,5<br />

36 6,65 5,3<br />

26 5,2 7,3<br />

22 13,95 4,7<br />

35 12,45 5,55<br />

36 10,75 6,3<br />

46 12,15 5,15<br />

11 18,55 5,25<br />

21 18,6 4,7<br />

22 16,75 5,15<br />

36 13,9 8,1<br />

37 11,6 10,2<br />

12 18,55 5,5<br />

25 8,1 7,65<br />

46 12,8 5,25<br />

13 10,65 5,5<br />

14 14,0 4,0<br />

15 11,45 4,65<br />

24 17,45 5,05<br />

26 10,45 7,95<br />

46 11,05 6,0<br />

32 21,2 6,8<br />

TIPO DE<br />

IMPLANTE<br />

44


Anexo 8 – Medidas-resumo da altura e espessura obtidas pela TC e RM, segundo os<br />

examinadores 1 e 2<br />

Medidas-resumo Altura pela TC Altura pela RM<br />

Examinador 1 Examinador 2 Examinador 1 Examinador 2<br />

Número 24 24 24 24<br />

Média 11,50 11,15 11,90 12,38<br />

Mediana 11,15 11,05 11,65 12,45<br />

Mínimo 4,22 3,78 4,60 4,40<br />

Máximo 21,61 21,24 21,40 21,00<br />

Desvio-padrão 4,32 4,60 4,61 4,97<br />

TC = tomografia computadorizada; RM = ressonância magnética.<br />

Medidas-resumo Espessura pela TC Espessura pela RM<br />

Examinador 1 Examinador 2 Examinador 1 Examinador 2<br />

Número 24 24 24 24<br />

Média 5,02 5,11 5,78 5,89<br />

Mediana 4,48 4,70 5,45 5,45<br />

Mínimo 3,17 3,12 2,70 3,50<br />

Máximo 8,85 9,00 9,60 10,80<br />

Desvio-padrão 1,51 1,42 1,50 1,70<br />

TC = tomografia computadorizada; RM = ressonância magnética.<br />

45


Anexo 9 – Resultados examinador 1<br />

Dente Altura<br />

(mm)<br />

Tomografia computadorizada Ressonância magnética<br />

Espessura<br />

(mm)<br />

Tipo de<br />

implante<br />

Altura<br />

(mm)<br />

Espessura<br />

(mm)<br />

Tipo de<br />

implante<br />

47 5,62 4,64 SI 5,5 4,4 SI<br />

46 4,57 3,8 SI 5,15 3,1 SI<br />

37 6,0 5,0 SI 4,5 6,5 SI<br />

36 6,20 4,77 SI 6,65 5,3 SI<br />

26 4,0 7,5 SI 5,2 7,3 SI<br />

22 12,17 3,63 SI 13,95 4,7 3,75 X 13<br />

35 10,33 4,32 3,75 X 10 12,45 5,55 3,75 X 11,5<br />

36 9,51 4,8 3,75X 8,5 10,75 6,3 5 X 10<br />

46 11,16 4,34 3,75X 10 12,15 5,15 5 X 11,5<br />

11 16,49 3,89 3,75 X 13 18,55 5,25 3,75 X 13<br />

21 18,90 3,44 SI 18,6 4,7 3,75 X 13<br />

22 14,4 4,44 3,75 X 13 16,75 5,15 3,75 X 13<br />

36 11,77 7,67 5 X 10 13,9 8,1 5 X 11,5<br />

37 11,03 8,92 5 X 10 11,6 10,2 5 X 11,5<br />

12 16,95 4,52 3,75 X 13 18,55 5,5 3,75 X 13<br />

25 8,16 6,69 SI 8,1 7,65 SI<br />

46 13,46 5,06 5 X 10 12,8 5,25 5 X 11,5<br />

13 12,65 5,34 3,75 X 11,5 10,65 5,5 3,75 X 10<br />

14 13,37 3,44 SI 14,0 4,0 3,75 X 13<br />

15 9,71 4,5 3,75 X 8,5 11,45 4,65 3,75 X 11<br />

24 14,79 4,22 3,75 X 13 17,45 5,05 3,75 X 15<br />

26 8,67 6,65 5 X 8,5 10,45 7,95 5 X 10<br />

46 9,8 4,62 3,75 X 8,5 11,05 6,0 5 X 10<br />

32 21,42 5,67 3,75 X 13 21,2 6,8 3,75 X 15<br />

SI = sem indicação<br />

46


Anexo 10 – Resultados Examinador 2<br />

Dente Altura<br />

(mm)<br />

Tomografia computadorizada Ressonância magnética<br />

Espessura<br />

(mm)<br />

Tipo de<br />

implante<br />

Altura<br />

(mm)<br />

Espessura<br />

(mm)<br />

Tipo de<br />

implante<br />

47 5,62 4,64 SI 5,5 4,4 SI<br />

46 4,57 3,8 SI 5,15 3,1 SI<br />

37 6,0 5,0 SI 4,5 6,5 SI<br />

36 6,20 4,77 SI 6,65 5,3 SI<br />

26 4,0 7,5 SI 5,2 7,3 SI<br />

22 12,17 3,63 SI 13,95 4,7 3,75 x 11,5<br />

35 10,33 4,32 3,75 x 8,5 12,45 5,55 3,75 x 11,5<br />

36 9,51 4,8 3,75 x 8,5 10,75 6,3 5 x 10<br />

46 11,16 4,34 3,75 x 10 12,15 5,15 3,75 x 11,5<br />

11 16,49 3,89 3,75 x 15 18,55 5,25 3,75 x 15<br />

21 18,90 3,44 SI 18,6 4,7 3,75 x 15<br />

22 14,4 4,44 3,75 x 13 16,75 5,15 3,75 x 15<br />

36 11,77 7,67 5 x 10 13,9 8,1 5 x 11,5<br />

37 11,03 8,92 5 x 10 11,6 10,2 5 x 10<br />

12 16,95 4,52 3,75 x 15 18,55 5,5 3,75 x 15<br />

25 8,16 6,69 SI 8,1 7,65 SI<br />

46 13,46 5,06 3,75 x 11,5 12,8 5,25 3,75 x 11,5<br />

13 12,65 5,34 3,75 x 11,5 10,65 5,5 3,75 x 10<br />

14 13,37 3,44 SI 14,0 4,0 3,75 x 13<br />

15 9,71 4,5 3,75 x 8,5 11,45 4,65 3,75 x 10<br />

24 14,79 4,22 3,75 x 13 17,45 5,05 3,75 x 15<br />

26 8,67 6,65 5,0 x 8,5 10,45 7,95 5 x 10<br />

46 9,8 4,62 3,75 x 8,5 11,05 6,0 5 x 10<br />

32 21,42 5,67 3,75 x 18 21,2 6,8 3,75 x 18<br />

SI = sem indicação<br />

47


Anexo 11 – Distribuição dos tipos de implantes sugeridos pelos examinadores utilizando a TC<br />

Examinador 1 Examinador 2<br />

SI 3,75x8,5 3,75x10 3,75x11,5 3,75x13 3,75x15 3,75x18 5x8,5 5x10 Total<br />

SI 9 - - - - - - - - 9<br />

3,75x8,5 - 3 - - - - - - - 3<br />

3,75x10 - 1 1 - - - - - - 2<br />

3,75x11,5 - - - 1 - - - - - 1<br />

3,75x13 - - - - 2 2 1 - - 5<br />

5x8,5 - - - - - - - 1 - 1<br />

5x10 - - - 1 - - - - 2 3<br />

Total 9 4 1 2 2 2 1 1 2 24<br />

SI = sem indicação; TC = tomografia computadorizada.<br />

Anexo 12 – Distribuição dos tipos de implantes sugeridos pelos examinadores utilizando a RM<br />

Examinador 1 Examinador 2<br />

SI 3,75x10 3,75x11,5 3,75x13 3,75x15 3,75x18 5x10 5x11,5 Total<br />

SI 6 - - - - - - - 6<br />

3,75x10 - 1 - - - - - - 1<br />

3,75x11 - 1 - - - - - - 1<br />

3,75x11,5 - - 1 - - - - - 1<br />

3,75x13 - - 1 1 4 - - - 6<br />

3,75x15 - - - - 1 1 - - 2<br />

5x10 - - - - - - 3 - 3<br />

5x11,5 - - 2 - - - 1 1 4<br />

Total 6 2 4 1 5 1 4 1 24<br />

SI = sem indicação; RM = ressonância magnética.<br />

48


Anexo 13 – Distribuição dos tipos de implantes sugeridos pelo examinador 1 utilizando a TC e RM<br />

TC RM<br />

SI 3,75x10 3,75x11 3,75x11,5 3,75x13 3,75x15 5x10 5x11,5 Total<br />

SI 6 - - - 3 - - - 9<br />

3,75x8,5 - - 1 - - - 2 - 3<br />

3,75x10 - - - 1 - - - 1 2<br />

3,75x11,5 - 1 - - - - - - 1<br />

3,75x13 - - - - 3 2 - - 5<br />

5x8,5 - - - - - - 1 - 1<br />

5x10 - - - - - - - 3 3<br />

Total 6 1 1 1 6 2 3 4 24<br />

SI = sem indicação; TC = tomografia computadorizada; RM = ressonância magnética.<br />

Anexo 14 – Distribuição dos tipos de implantes sugeridos pelo examinador 2 utilizando a TC e RM<br />

TC RM<br />

SI 3,75x10 3,75x11,5 3,75x13 3,75x15 3,75x18 5x10 5x11,5 Total<br />

SI 6 - 1 1 1 - - - 9<br />

3,75x8,5 - 1 1 - - - 2 - 4<br />

3,75x10 - - 1 - - - - - 1<br />

3,75x11,5 - 1 1 - - - - - 2<br />

3,75x13 - - - - 2 - - - 2<br />

3,75x15 - - - - 2 - - - 2<br />

3,75x18 - - - - - 1 - - 1<br />

5x8,5 - - - - - - 1 - 1<br />

5x10 - - - - - - 1 1 2<br />

Total 6 2 4 1 5 1 4 1 24<br />

SI = sem indicação; TC = tomografia computadorizada; RM = ressonância magnética.<br />

49


Anexo 15 – Consenso entre os examinadores 1 e 2<br />

Dente Altura<br />

(mm)<br />

Tomografia computadorizada Ressonância magnética<br />

Espessura<br />

(mm)<br />

Tipo de<br />

implante<br />

Altura<br />

(mm)<br />

Espessura<br />

(mm)<br />

Tipo de<br />

implante<br />

47 5,62 4,64 SI 5,5 4,4 SI<br />

46 4,57 3,8 SI 5,15 3,1 SI<br />

37 6,0 5,0 SI 4,5 6,5 SI<br />

36 6,20 4,77 SI 6,65 5,3 SI<br />

26 4,0 7,5 SI 5,2 7,3 SI<br />

22 12,17 3,63 SI 13,95 4,7 3,75 X 13<br />

35 10,33 4,32 3,75 X 10 12,45 5,55 3,75 X 11,5<br />

36 9,51 4,8 3,75X 8,5 10,75 6,3 5,0 X 10<br />

46 11,16 4,34 3,75 X 10 12,15 5,15 3,75 X 10<br />

11 16,49 3,89 3,75X 13 18,55 5,25 3,75 X 13<br />

21 18,90 3,44 SI 18,6 4,7 3,75 X 13<br />

22 14,4 4,44 3,75 X 13 16,75 5,15 3,75 X 13<br />

36 11,77 7,67 5 X 10 13,9 8,1 5,0 X 11,5<br />

37 11,03 8,92 5 X 10 11,6 10,2 5,0 X 10<br />

12 16,95 4,52 3,75 X 13 18,55 5,5 3,75 X 13<br />

25 8,16 6,69 SI 8,1 7,65 SI<br />

46 13,46 5,06 3,75 X 11,5 12,8 5,25 3,75 X 11,5<br />

13 12,65 5,34 3,75 X 11,5 10,65 5,5 3,75 X 10<br />

14 13,37 3,44 SI 14,0 4,0 SI<br />

15 9,71 4,5 3,75 X 8,5 11,45 4,65 3,75 X 10<br />

24 14,79 4,22 3,75 X 13 17,45 5,05 3,75 X 13<br />

26 8,67 6,65 5,0 X 8,5 10,45 7,95 5 x 10<br />

46 9,8 4,62 3,75 X 8,5 11,05 6,0 5 x 10<br />

32 21,42 5,67 3,75 X 15 21,2 6,8 3,75 X 15<br />

SI = sem indicação<br />

50


Anexo 16 – Distribuição dos tipos de implantes sugeridos pelos examinadores em consenso<br />

utilizando a TC e RM<br />

TC RM<br />

SI 3,75x10 3,75x11,5 3,75x13 3,75x15 5,0x10 5,0x11,5 Total<br />

SI 7 - - 2 - - - 9<br />

3,75x8,5 - 1 - - - 2 - 3<br />

3,75x10 - 1 1 - - - - 2<br />

3,75x11,5 - 1 1 - - - - 2<br />

3,75x13 - - - 4 - - - 4<br />

3,75x15 - - - - 1 - - 1<br />

5,0x8,5 - - - - - 1 - 1<br />

5,0x10 - - - - - 1 1 2<br />

Total 7 3 2 6 1 4 1 24<br />

SI = sem indicação; TC = tomografia computadorizada; RM = ressonância magnética.<br />

51


52<br />

8 REFERÊNCIAS<br />

1. Delbalso AM, Greiner FG, Licata M. Role of diagnostic imaging in evaluation of<br />

dental implant patient. Radiographics.1994;14(4):699-719.<br />

2. Dula K, Mini R, Van der Stelt PF, Buser D. The radiographic assesment of implant<br />

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Abstract<br />

Objectives: Assess the interobserver concordance of magnetic resonance imaging<br />

(MRI), and the concordance between the MRI and computed tomography (CT) for<br />

obtaining the measures to be used in the dental implantation surgical planning and<br />

check the impact of such measures on the selection of implantation size. Methods: A<br />

prospective, cross-sectional, self-paring and double-blind study was carried out<br />

between 2005 and 2007 in 10 patients (3 men and 7 women) with ages ranging from 26<br />

to 66 years old (average age of 44.2 years) with clinical indications of dental<br />

implantations in 24 bone sites, which were submitted to MRI and CT tests for obtaining<br />

bone height and thickness measures. MRI and CT tests were analyzed by four<br />

independent examiners (two for TC and two for MRI). Bone height and thickness<br />

measurements were sent to two specialists so that they could select the implantation<br />

measurements to be used in each case. An intraclass correlation statistical test was<br />

used in the assessment of the measurements obtained. Results: A high index of<br />

correlation was observed among the bone thickness measurements obtained by<br />

specialists and among the tests. However, there was a lot of divergence among<br />

specialists as regards the type of implantation to be used in each case. Conclusions:<br />

The chosen method presents high reproducibility. Bone height and thickness<br />

measurements in the MRI and CT tests presented high concordance. There was low<br />

concordance in the selection of the type of implantation in view of the average of<br />

measures obtained through MRI.


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