leandro kfouri martins cerqueira análise ... - (DDI) - UNIFESP
leandro kfouri martins cerqueira análise ... - (DDI) - UNIFESP
leandro kfouri martins cerqueira análise ... - (DDI) - UNIFESP
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
LEANDRO KFOURI MARTINS CERQUEIRA<br />
ANÁLISE CEFALOMÉTRICA DA IMAGEM DIGITAL EM UMA TELERRADIOGRAFIA<br />
FRONTAL PARA DIAGNOSTICAR A ORIGEM DA ASSIMETRIA MANDIBULAR EM<br />
INDIVÍDUOS COM MALOCLUSÃO DE CLASSE II, SUBDIVISÃO<br />
Tese apresentada a Universidade Federal de<br />
São Paulo – Escola Paulista de Medicina, para<br />
obtenção do Título de Mestre em Ciências.<br />
São Paulo<br />
2009<br />
Orientador: Prof. Dr. Sergio Ajzen<br />
Co-orientador: Prof. Dr. Israel Chilvarquer
Cerqueira, Leandro Kfouri Martins.<br />
Análise cefalométrica da imagem digital em uma telerradiografia frontal para<br />
diagnosticar a origem da assimetria mandibular em indivíduos com maloclusão de Classe II,<br />
subdivisão / Leandro Kfouri Martins Cerqueira. – São Paulo, 2009.<br />
xvi, 51f.<br />
Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de Medicina.<br />
Programa de Pós-graduação em Radiologia e Ciências Radiológicas.<br />
Título em inglês: Cephalometric analysi of digital image on a frontal telerradiography to<br />
diagnose the origin the mandibular asymmetry in individuals with Class II subdivision malocclusion<br />
1. Má Oclusão de Angle Classe II. 2. Assimetria Facial. 3. Cefalometria. 4. Tratamento.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO<br />
ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA<br />
DEPARTAMENTO DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />
Chefe do Departamento:<br />
Prof. Dr. Sergio Ajzen<br />
Coordenador da Pós-graduação:<br />
Prof. Dr. Giuseppe D’Ippolito<br />
iii
“A VIDA é dura, mas o AMOR compensa.”<br />
iv<br />
Leandro Kfouri / Vera Campos
A minha esposa Ronise,<br />
Pelos momentos de compreensão, paciência e carinho.<br />
Obrigado pela sua força e companheirismo nas horas mais difíceis.<br />
Lembre sempre de que o Amor verdadeiro nunca falha e a Vida não<br />
falhará enquanto houver Amor.<br />
Alma Gêmea<br />
Aos meus amados Filhos,<br />
Saibam que vocês são a minha maior fonte de energia, luz, garra,<br />
equilíbrio, força e determinação para que eu jamais desista no meio do<br />
caminho.<br />
EU AMO VOCÊS!<br />
v<br />
v
A Minha Mãe,<br />
Meu grande exemplo de força, coragem e determinação.<br />
Você me mostrou no decorrer da vida que a doação de uma mãe para<br />
um filho só traz bons frutos; o caminho é árduo, mas a recompensa é<br />
grande.<br />
Obrigado por me dar a oportunidade de poder passar isso aos meus<br />
filhos.<br />
Aos Meus Irmãos,<br />
Vocês são fundamentais para minha vida. Essa nossa união não pode e<br />
não vai ser quebrada por nada e por ninguém.<br />
Obrigado por tudo!<br />
vi
Ao Meu Pai “in memorian”,<br />
Minha grande força espiritual.<br />
Pelos grandes exemplos deixados de caráter, lealdade e retidão.<br />
Você me fez descobrir que a saudade dói como qualquer outra dor, mas<br />
que a união com a família supera tudo.<br />
Obrigado mais uma vez pela “árvore” que você plantou; saiba que eu e<br />
meus irmãos já estamos colhendo os frutos e que<br />
jamais deixarei de regá-la.<br />
UM PEITO SÓ ! 13<br />
vii
Agradecimentos<br />
Ao meu orientador Prof. Dr. Sergio Ajzen,<br />
Pela oportunidade e confiança em mim depositada para a realização<br />
deste trabalho.<br />
Jamais esquecerei suas palavras de incentivo quando cheguei a sua sala<br />
sem carta nenhuma de apresentação e sem indicação de ninguém. Você<br />
me disse que este era o caminho e então me deu a oportunidade de<br />
realizar este trabalho na Unifesp. Muito obrigado.<br />
Ao Prof Dr. Israel Chilvarquer,<br />
Por disponibilizar seu instituto para a realização dos exames deste<br />
trabalho, pelas sugestões dadas e pelo exemplo de um profissional<br />
extremamente leal .<br />
Ao Grande Amigo Prof. Dr. Jorge Abrão,<br />
Pela oportunidade de conviver com uma pessoa de caráter ímpar,<br />
competente,<br />
leal, correto, amigo, um ser humano maravilhoso.<br />
Mestre, você sabe o quanto te admiro e o quanto você foi e é importante<br />
na minha vida pessoal e profissional. Conte sempre e a qualquer hora<br />
com este seu “filho”.<br />
Obrigado por tudo.<br />
viii
A minha cunhada Milleni,<br />
Pelos momentos de um verdadeiro companheirismo que passamos juntos<br />
neste curso. Admiro-te muito por sua determinação, persistência e garra,<br />
tanto na vida profissional quanto na pessoal. Mila, tenha a certeza de<br />
que quando unimos nossas forças, superamos obstáculos que muitos não<br />
passaria; por isso, conte sempre comigo.<br />
Ao meu cunhado Claudio,<br />
Pela paciência e tempo dedicados a mim na realização deste trabalho.<br />
Você sabe o quanto te admiro: um homem correto, inteligente, humilde e<br />
sincero. Obrigado por fazer parte da minha família.<br />
Aos meus cunhados Eduardo e Karina,<br />
Por sempre estarem prontos a me ajudar nas horas em que preciso de<br />
vocês; obrigado pela força. Saibam que podem contar sempre comigo.<br />
Aos meus primos e tios,<br />
Por sempre me incentivarem e acreditarem em mim.<br />
Sem a família não somos nada; muito obrigado.<br />
Ao meu sogro e a minha sogra,<br />
Por sempre me apoiarem e depositarem total confiança em mim.<br />
Aos meus amigos Fabio Nauff e Newton Nobrega,<br />
Pelo companheirismo e convívio durante o curso. Lembre-se de que a<br />
amizade é algo fundamental e muito precioso para todos.<br />
ix
Aos Professores de Ortodontia do CETAO,<br />
André Abrão, Eliane Cecílio, Fabio Nauff, Jorge Abrão, Lylian<br />
Kanashiro e Milleni Martins, obrigado pela amizade e por todos os<br />
momentos de compreensão e carinho comigo. Saibam que vocês podem<br />
sempre contar comigo que estarei pronto para o que der e vier.<br />
Ao Dr. Michel Eli Lipiec Ximenez ,<br />
Pela paciência e disponibilidade para a realização do meu trabalho.<br />
Agradeço profundamente pelo respeito e dedicação que teve comigo.<br />
Ao Dr. Jorge Hayek,<br />
Pelo auxílio e orientações dadas para o desenvolvimento deste trabalho.<br />
A Patrícia Bonomo,<br />
Agradeço toda paciência e eficiência comigo, para me deixar sempre<br />
atualizado em relação às normas da pós-graduação da Unifesp.<br />
Aos meus Pacientes,<br />
Obrigado por tornarem possível a realização deste trabalho.<br />
A DEUS,<br />
Por me dar sempre força e esperança para continuar. Sem você eu nada<br />
seria. Muito Obrigado!<br />
x
SUMÁRIO<br />
Dedicatória .................................................................................................................... v<br />
Agradecimentos.............................................................................................................viii<br />
Listas..............................................................................................................................xii<br />
Resumo..........................................................................................................................xiv<br />
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 1<br />
1.1 Objetivos .................................................................................................................. 2<br />
2 REVISÃO DA LITERATURA ...................................................................................... 3<br />
3. MÉTODOS ................................................................................................................ 15<br />
3.1 Desenho do estudo ................................................................................................. 15<br />
3.2 Casuística ................................................................................................................ 15<br />
3.3 Exame da imagem ................................................................................................... 16<br />
3.3.1 Posicionamento do indivíduo ................................................................................ 17<br />
3.4 Pontos de referência na imagem digital .................................................................. 18<br />
3.4.1 Programa utilizado e traçado digital de linhas e planos ........................................ 19<br />
3.4.2 Cálculo entre as distâncias determinadas ............................................................ 20<br />
3.5 Medida adotada para diagnosticar a origem da assimetria mandibular ................... 21<br />
3.5.1 Medidas lineares para avaliar o grau de assimetria mandibular esquelética ........ 21<br />
3.6 Áreas dos triângulos ................................................................................................ 22<br />
3.7 Análises dos dados e estatística ............................................................................. 22<br />
4 RESULTADOS ........................................................................................................... 24<br />
5 DISCUSSÃO .............................................................................................................. 34<br />
6 CONCLUSÕES .......................................................................................................... 39<br />
7 ANEXOS ..................................................................................................................... 40<br />
8 REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 49<br />
Abstract<br />
Apêndice<br />
Bibliografia consultada<br />
xi
Lista de figuras<br />
Figura 1. Telerradiografia frontal digital ........................................................................ 16<br />
Figura 2. Aparelho panorâmico digital .......................................................................... 16<br />
Figura 3. Posicionamento do indivíduo .................................................................................... 17<br />
Figura 4. Pontos cefalométricos das estruturas anatômicas ......................................... 18<br />
Figura 5. Traçado da <strong>análise</strong> cefalométrica .................................................................. 20<br />
Figura 6. Análise cefalométrica e fatores mensurados ................................................. 20<br />
Figura 7. Boxplot da idade dos indivíduos .................................................................... 24<br />
Figura 8. Distribuição dos indivíduos, segundo a origem da assimetria mandibular<br />
considerando a diferença entre as medidas 17-21 e 28-23 ........................... 26<br />
Figura 9. Distribuição dos indivíduos, segundo a origem da assimetria mandibular<br />
considerando a diferença entre as medidas 17-21 e 28-23 e o grau de<br />
assimetria mandibular esquelética ................................................................. 27<br />
Figura 10. Distribuição dos indivíduos, segundo a origem da assimetria mandibular<br />
considerando a diferença entre as medidas 21-22 e 23-22 ......................... 28<br />
Figura 11. Distribuição dos indivíduos, segundo a origem da assimetria mandibular<br />
considerando a diferença entre as medidas 21-22 e 23-22 e o grau de<br />
assimetria mandibular esquelética ............................................................... 29<br />
Figura 12. Distribuição dos indivíduos, segundo a origem da assimetria mandibular<br />
considerando a diferença entre as medidas 17-22 e 28-22 ......................... 30<br />
xii
Figura 13. Distribuição dos indivíduos, segundo a origem da assimetria mandibular<br />
considerando a diferença entre as medidas 17-22 e 28-22 e o grau de<br />
assimetria mandibular esquelética ............................................................... 31<br />
Figura 14. Medidas-resumo das áreas consideradas ................................................... 32<br />
Figura 15. Perfis individuais das áreas consideradas ................................................... 33<br />
xiii
Lista de tabelas<br />
Tabela 1. Medidas-resumo da idade dos indivíduos ..................................................... 24<br />
Tabela 2. Estimativas dos coeficientes de correlação intraclasse, segundo<br />
medida linear .................................................................................................. 25<br />
Tabela 3. Distribuição dos indivíduos segundo a origem da assimetria<br />
mandibular considerando a diferença entre as medidas 17-21 e<br />
28-23 ............................................................................................................. 26<br />
Tabela 4. Distribuição dos indivíduos, segundo a origem da assimetria<br />
mandibular considerando a diferença entre as medidas 17-21 e<br />
28-23 e o grau de assimetria mandibular esquelética ................................... 27<br />
Tabela 5. Distribuição dos indivíduos, segundo a origem da assimetria<br />
mandibular considerando a diferença entre as medidas 21-22<br />
e 23-22 ......................................................................................................... 28<br />
Tabela 6. Distribuição dos indivíduos, segundo a origem da assimetria<br />
mandibular considerando a diferença entre as medidas 21-22<br />
e 23-22 e o grau de assimetria mandibular esquelética ................................ 29<br />
Tabela 7. Distribuição dos indivíduos, segundo a origem da assimetria<br />
mandibular considerando a diferença entre as medidas 17-22 e<br />
28-22 ............................................................................................................. 30<br />
Tabela 8. Distribuição dos indivíduos, segundo a origem da assimetria<br />
mandibular considerando a diferença entre as medidas 17-22 e 28-22<br />
e o grau de assimetria mandibular esquelética ............................................. 31<br />
Tabela 9. Medidas-resumo das áreas dos triângulos (mm 2 ) ......................................... 32<br />
xiv
Lista de abreviaturas e símbolos<br />
INDOR Instituto de Documentação Ortodôntica e Radiodiagnóstico<br />
SPSS Statistical Package for Social Sciences<br />
<strong>UNIFESP</strong> Universidade Federal de São Paulo<br />
mm milímetros<br />
% porcentagem<br />
Ma mili-Ampére<br />
KVp Kilo Voltagem Pico<br />
LRM Linha de referência média<br />
PA Póstero-anterior<br />
xv
Resumo<br />
Objetivo: Verificar a origem da assimetria mandibular de um indivíduo com maloclusão<br />
de Classe II, subdivisão por meio de uma <strong>análise</strong> cefalométrica feita na telerradiografia<br />
frontal digital e proporcionar com os resultados obtidos nesta <strong>análise</strong> cefalométrica<br />
subsídios ao profissional para um melhor diagnóstico e plano de tratamento dos<br />
pacientes com maloclusão de Classe II, subdivisão. Métodos: A amostra constou de 30<br />
indivíduos apresentando maloclusão Classe II, subdivisão. Foram realizadas<br />
telerradiografias frontais digitais e posteriormente demarcados cinco pontos principais<br />
(17- Ponto centrado na superfície superior da cabeça do côndilo esquerdo, 28- Ponto<br />
centrado na superfície superior da cabeça do côndilo direito, 23- Ponto mais profundo<br />
na chanfradura antegonial direita, 21- Ponto mais profundo na chanfradura antegonial<br />
esquerda, e 22- Ponto mais inferior da borda da mandíbula na sínfise) e dezesseis<br />
secundários para a realização de uma <strong>análise</strong> cefalométrica. A leitura dos pontos foi<br />
realizada pelo sistema de cefalometria digital Radiocef ® 4.9, que determinou as linhas,<br />
planos e medidas necessárias para verificar a origem da assimetria mandibular<br />
presente em um indivíduo com maloclusão de Classe II, subdivisão. Resultados: Os<br />
resultados mostraram que existe uma maior tendência de assimetria mandibular de<br />
origem dentária nos casos de maloclusão de Classe II, subdivisão, mas que o<br />
Ortodontista deve dar uma atenção especial para os lados da base da mandíbula, pois<br />
segundo os resultados cefalométricos encontrados neste trabalho,estes foram os lados<br />
que apresentaram uma maior diferença linear quando comparados isoladamente entre<br />
si chamando a atenção para uma possível assimetria mandibular de origem<br />
esquelética. Conclusões: A <strong>análise</strong> cefalométrica empregada neste trabalho<br />
comprovou a necessidade clínica para o diagnóstico e plano de tratamento ortodôntico<br />
de indivíduos com maloclusão de Classe II, subdivisão, por se tratar de um método<br />
simplificado que induz o profissional a utilizar exames complementares (exames<br />
clínicos, fotográficos, <strong>análise</strong> de modelos e tomografia computadorizada) nos casos<br />
aonde os resultados cefalométricos apresentarem uma tendência de uma assimetria<br />
mandibular de origem esquelética, visto que na grande maioria dos casos de<br />
maloclusão de Classe II, subdivisão o indivíduo é tratado como se a assimetria<br />
mandibular fosse sempre de origem dentária.<br />
xvi
1 INTRODUÇÃO<br />
Os conceitos aplicados para o diagnóstico e plano de tratamento remetem ao<br />
equilíbrio e à harmonia dos traços faciais considerando-se, além do alinhamento<br />
correto dos dentes, a normalidade das estruturas anatômicas da face e do crânio (1) . As<br />
más formações genéticas ou congênitas, fatores ambientais, desvios mandibulares<br />
resultantes de interferências dentárias e fatores adquiridos incluem-se como causas<br />
das assimetrias dentofaciais (2) . Quando o crescimento mandibular de um lado aumenta<br />
ou diminui, comparando-se com o lado oposto, desenvolve-se assimetria facial com<br />
desvio da linha média e do mento para um lado, podendo ser de origem congênita ou<br />
adquirida (3-6) .<br />
De acordo com o Dicionário Médico Dorland’s, a simetria é definida como o<br />
arranjo semelhante na forma e relações das partes em torno de um eixo comum, ou em<br />
cada lado de um plano do corpo. Clinicamente esta simetria significa equilíbrio<br />
enquanto uma assimetria importante significa desequilíbrio.<br />
As maloclusões de Classe II, subdivisão apresentam problemas em relação ao<br />
tratamento ortodôntico devido à relação oclusal assimétrica, caracterizada pela relação<br />
oclusal de Classe II de um lado do arco dentário e Classe I do outro (7-8) , e a dificuldade<br />
em se diagnosticar os fatores responsáveis pela maloclusão. A questão a ser<br />
considerada é quanto à origem da assimetria, ou seja, predominantemente<br />
dentoalveolar, esquelética ou uma combinação de ambas (9-10) .<br />
O tratamento ortodôntico não tenta alterar a característica facial do paciente,<br />
mas sim estabelecer a harmonia e o equilíbrio entre a oclusão e o tecido mole<br />
adjacente da face. Considerando então que muitos pacientes com maloclusão de<br />
Classe II, subdivisão são tratados ortodonticamente como se apresentassem uma<br />
assimetria mandibular de origem dentária e algumas vezes, esta assimetria é de<br />
origem esquelética, objetivamos avaliar à origem da assimetria mandibular, por meio de<br />
uma <strong>análise</strong> cefalométrica realizada na imagem digital de uma telerradiografia frontal e<br />
com os resultados obtidos, dar subsídios ao Ortodontista para um melhor diagnóstico e<br />
plano de tratamento da assimetria mandibular em indivíduos com maloclusão de<br />
Classe II, subdivisão.
2<br />
1.1 Objetivos<br />
1. Verificar a origem da assimetria mandibular (dentária ou esquelética) de um<br />
indivíduo com maloclusão de Classe II, subdivisão por meio de uma <strong>análise</strong><br />
cefalométrica feita na telerradiografia frontal digital;<br />
2. Proporcionar com os resultados obtidos nesta <strong>análise</strong> cefalométrica subsídios<br />
ao profissional para um melhor diagnóstico e plano de tratamento da assimetria<br />
mandibular em indivíduos com maloclusão de Classe II, subdivisão.
2 REVISÃO DA LITERATURA<br />
As maloclusões de Classe II, subdivisão, com suas relações oclusais<br />
assimétricas, geralmente apresentam dificuldades de tratamento. Segundo Angle (3) as<br />
assimetrias receberam tal importância, que até foram incluídas em subdivisões<br />
específicas na classificação de maloclusão. Mas alguns estudos têm tratado desse<br />
problema. Mesmo os registros diagnósticos que são necessários para avaliar esse tipo<br />
de maloclusão ainda são duvidosos.<br />
Thompson (11) verificou em estudos que as relações assimétricas das estruturas<br />
faciais criam problemas ortodônticos que são difíceis de corrigir e que raramente<br />
encontraremos uma simetria verdadeira da face. O problema da assimetria tem sido<br />
investigado intensamente com o intuito de uma comparação dos dois lados da face já<br />
que a assimetria normal não é evidente enquanto a assimetria anormal é obvia.<br />
A estética facial tem sido uma meta constante na ortodontia. Com isso, procurase<br />
buscar uma total harmonia, considerando que a beleza facial não está apenas<br />
baseada no alinhamento correto dos dentes, mas também na normalidade das<br />
estruturas anatômicas da face e do crânio observado por Strang (12) .<br />
Para Boter (13) em pesquisa realizada com radiografias já existia uma grande<br />
preocupação para o diagnóstico das assimetrias. A radiografia panorâmica é uma<br />
técnica útil para o levantamento das estruturas ósseas e dentárias da maxila e<br />
mandíbula. A presença de grandes patologias, dentes ausentes ou supranumerários<br />
podem ser determinados por ela, mas devido às características inerentes de distorções<br />
a preferência é por projeções póstero-anterior (telerradiografia frontal).<br />
Fisher (4) realizou um estudo onde verificou que a severidade da assimetria facial<br />
era independente da severidade da maloclusão e encontrou algum grau de assimetria<br />
em pessoas com oclusão normal. Sabe-se que a maloclusão de Classe II pode ser<br />
dentária, esquelética ou dentoesquelética. A de origem esquelética pode ocorrer devido<br />
a uma protrusão maxilar, a uma retrusão mandibular ou uma combinação de ambos os<br />
fatores. A dentária caracteriza-se por apresentar um bom relacionamento entre as<br />
bases apicais, mas com uma discrepância ântero-posterior entre os arcos dentários,<br />
superior e inferior.<br />
Nas assimetrias esqueléticas, o desvio pode envolver um osso como da maxila<br />
ou mandíbula, ou também envolver várias estruturas esqueléticas e musculares de um<br />
3
lado da face, por exemplo, a microssomia hemifacial. Com o resultado de um<br />
trabalho realizado, Eubanks (9) observou que quando a assimetria tinha origens<br />
musculares poderia ocorrer desproporções faciais e discrepâncias de linha média,<br />
gerando atrofia hemifacial ou paralisia cerebral. Algumas vezes o tamanho do músculo<br />
é desproporcional como na hipertrofia do masseter. A função muscular anormal<br />
freqüentemente resulta em desvios esqueléticos e dentais.<br />
Procurando determinar se as assimetrias esqueléticas e/ou dentárias estavam<br />
presentes em pacientes com maloclusões de Classe II, subdivisão,Yen (14) analisou<br />
telerradiografias frontais e modelos da arcada de 30 pacientes e chegou a conclusão<br />
que as maloclusões de Classe II, subdivisão são caracterizadas por muito mais desvios<br />
dentais do que por alterações esqueléticas.<br />
Shore (15) propôs um método utilizando pontos faciais para produzir uma linha de<br />
referência facial média, na telerradiografia frontal. O ponto 1 foi definido como ponto<br />
médio entre os aspectos mediais das órbitas e o ponto 2 foi determinado pela estrutura<br />
anatômica do nariz, projetando-se linhas tangentes às bordas laterais da parede nasal<br />
e perpendicular ao eixo do cefalostato. As duas projeções foram interceptadas por uma<br />
linha tangente ao ponto mais inferior de cada uma das cavidades nasais e a distância<br />
entre as intersecções foi dividida ao meio para formar o ponto 2.<br />
Cheney (16) esclareceu que pode haver vários tipos e combinações de<br />
desenvolvimento assimétrico, alguns deles envolvendo as estruturas profundas das<br />
bases apicais, enquanto outros ocorrem nos arcos dentários. Existe ainda outro grupo<br />
que resulta de diferenças em tamanho e forma dos arcos dentários opostos. Quando<br />
essas e outras assimetrias estão presentes, a natureza do problema é bastante<br />
individual, permitindo ao autor concluir que não existem regras fixas ou padrões de<br />
tratamento para a correção dessas maloclusões.<br />
Foi descoberto que a assimetria do tamanho do dente geralmente não envolve<br />
um lado inteiro da arcada. Por outro lado, dentes na mesma classe morfológica tendem<br />
a ter a mesma direção de assimetria, por exemplo, se o primeiro pré-molar superior é<br />
maior no lado direito, o segundo pré-molar superior também tenderá a ser maior no<br />
lado direito, porém, não se pode esperar que os molares sejam de tamanho maior<br />
desse lado. Além disso, a assimetria tende a ser maior para os dentes mais distais em<br />
cada classe morfológica, isto é, incisivos laterais, segundos pré-molares e terceiros<br />
molares. A assimetria pode também ser limitada ao formato das arcadas dentárias<br />
segundo Garn et al. (7) .<br />
4
Letzer et al. (17) defenderam a tese que nos casos de assimetria em maloclusão<br />
de Classe II, as assimetrias de origem esquelética eram independentes da relação<br />
dental presente no indivíduo e também que a severidade da assimetria facial era<br />
independente da severidade da maloclusão.<br />
Foi descrito um sistema biomecânico por Gianelly et al. (18) para correção da<br />
linha média nos casos de maloclusão de Classe II, quando houvesse um desvio da<br />
linha média inferior para a direita e a linha média superior estivesse coincidente com o<br />
plano sagital mediano. O arco superior foi estabilizado com um arco retangular e no<br />
inferior foi instalado um arco redondo, com dobras de segunda ordem nos caninos. A<br />
dobra de segunda ordem no canino inferior direito tinha o efeito de causar uma<br />
mesialização da coroa desse dente e a dobra no canino, do outro lado, apresentava um<br />
efeito contrário. Para auxiliar esse sistema foi utilizado elástico de ClasseII do lado<br />
direito e de Classe III do lado esquerdo. Como ambos os lados movimentam-se ao<br />
mesmo tempo os incisivos também foram movimentados para o lado esquerdo<br />
corrigindo a linha média.<br />
Persson (2) classificou as assimetrias mandibulares de origem hereditária como:<br />
prognatismo desviada, caracterizada por um aumento generalizado no tamanho<br />
mandibular e por um componente de crescimento unilateral aumentado; assimetria<br />
mandibular devido à hiperplasia condilar; e hiperplasia unilateral mandibular,<br />
caracterizada por um aumento unilateral da mandíbula, incluindo a cabeça e o pescoço<br />
condilar, o corpo e o ramo mandibular.<br />
Segundo Erickson et al. (5) , avaliando-se a oclusão vertical, verificou-se que a<br />
presença de um plano oclusal inclinado pode ser o resultado de um aumento unilateral<br />
na extensão vertical do côndilo e ramo. Similarmente, a maxila ou o osso temporal que<br />
sustenta a fossa glenóide poderiam estar em níveis diferentes de cada lado do crânio.<br />
Tais assimetrias são freqüentemente detectadas pela avaliação clínica do paciente. A<br />
inclinação do plano oclusal pode ser prontamente observada solicitando-se ao paciente<br />
para morder uma lâmina em madeira ou plástico para determinar como ele se relaciona<br />
ao plano interpupilar .<br />
Wertz (19 , apresentou três casos de maloclusão de Classe II unilateral com<br />
etiologia e tratamento diferentes. Os casos de Classe II unilaterais são difíceis de<br />
serem tratados e podem apresentar origem multifatorial. A causa específica da<br />
assimetria deve ser identificada em cada indivíduo, porém o mais importante é<br />
diferenciar entre assimetria esquelética e dentária. Para as assimetrias dentárias, o<br />
5
segmento dos arcos dentários responsáveis pelo problema deve ser identificado para o<br />
desenvolvimento do plano de tratamento. Quando se verifica que a maloclusão não é<br />
esquelética, o autor advoga a utilização de um dispositivo para determinar em qual arco<br />
dentário está a discrepância. Sugere, para a correção desses casos, extrações<br />
assimétricas. Afirmou que é raro encontrar qualquer magnitude de desarmonia<br />
esquelética nos casos de Classe II unilaterais, concluindo, portanto, que os casos de<br />
maloclusão unilateral de Classe II apresentam muitas causas diferentes e que o plano<br />
de tratamento deve ser baseado no problema individual específico.<br />
Lewis (20) afirma que o problema de desvio de linha média ocorre principalmente<br />
nos casos de Classe II. As causas mais freqüentes das discrepâncias de linha média<br />
são: deslocamento mandibular resultante de mordida cruzada posterior, inclinação ou<br />
mesialização dos dentes, deslocamento mandibular sem mordida cruzada, assimetria<br />
dos arcos, discrepâncias de tamanho dentário, ou uma combinação dos fatores acima.<br />
O autor recomenda a utilização de mecânica com molas de distalização, para distalizar<br />
os dentes póstero-superiores em casos de assimetria dos arcos. Portanto, os dentes<br />
superiores do lado da Classe II são distalizados um a um até que a coincidência das<br />
linhas média seja obtida.<br />
Bart et al. (10) realizaram estudos avaliando casos de assimetria de origem<br />
muscular e como resultado observaram que podem ocorrer desproporções faciais e<br />
desvios de linha média, algumas vezes pelo tamanho do músculo ser desproporcional.<br />
A função muscular anormal freqüentemente resulta em desvios esqueléticos e dentais<br />
levando assim o indivíduo a desenvolver uma maloclusão.<br />
Jonk (21) demonstrou diversas variáveis existentes na face. Uma alteração em<br />
alguma porção do complexo craniofacial produz uma alteração igual em outra parte e,<br />
algumas vezes, em sentido contrário. Devido à habilidade intrínseca individual para<br />
compensar alterações de crescimento regionais, uma alteração relevante em uma parte<br />
anatômica não impede necessariamente o desenvolvimento de proporções faciais<br />
harmoniosas.<br />
Em estudos realizados para diagnosticar a assimetria facial Ricketts (22) concluiu<br />
que a comparação entre os lados é mais precisa uma vez que as linhas médias da face<br />
e da dentição podem ser registradas e avaliadas. O cefalogramas póstero-anteriores<br />
podem ser obtidos em oclusão cêntrica e também com a boca aberta. A última posição<br />
pode ajudar a determinar a extensão do desvio funcional se houver algum. Com<br />
respeito à localização da assimetria pelo cefalograma PA (póstero-anterior), uma vez<br />
6
obtida uma telerradiografia frontal ela deve ser avaliada qualitativa e quantitativamente<br />
para determinar a extensão da assimetria presente. As estruturas a serem usadas na<br />
construção no plano de referência médio-sagital precisam ter um grau relativamente<br />
alto de simetria.<br />
Grayson et al. (23) desenvolveram a <strong>análise</strong> radiográfica multiplanos, em que<br />
quatro traçados da teleradiografia póstero-anterior permitem a <strong>análise</strong> das estruturas<br />
dento faciais em profundidade progressivamente maiores. A técnica pode proporcionar<br />
informações de diagnóstico muito útil ao clínico e permitir que a severidade da<br />
assimetria seja avaliada de posterior para anterior e vice-versa. Essa informação pode<br />
ajudar a formular um prognóstico, assim como a determinar a área onde deverá ser<br />
realizada a cirurgia, caso necessário.<br />
As assimetrias podem ser classificadas de acordo com as estruturas envolvidas<br />
em: dentais, esqueléticas e funcionais. As assimetrias dentais podem ser atribuídas a<br />
fatores locais como a perda precoce de dentes decíduos, um ou mais dentes<br />
congenitamente ausentes e hábitos como a sucção de polegar. A falta de exatidão na<br />
conformação genética para Lundström (8) afeta os dentes do lado esquerdo e direito,<br />
causando assimetrias nos diâmetros da coroa mésiodistal. Verificou-se que as<br />
assimetrias apresentavam uma natureza secundária, isto é, elas se desenvolveram de<br />
uma simetria bilateral original, alterada em respostas às demandas ambientais<br />
funcionais.<br />
Pullinger et al. (24) investigaram a influência da oclusão na posição condilar, em<br />
um grupo de 44 adultos jovens, sem história de tratamento ortodôntico ou oclusal, ou<br />
sinais objetivos de disfunção mastigatória. A posição do côndilo em máxima<br />
intercuspidação dentária consistiu em uma característica da maloclusão de Classe II.<br />
Neste estudo a freqüência dos desvios laterais foi pequena, mas relacionadas com as<br />
posições condilares bilateralmente assimétricas.<br />
Em outro estudo Grummons et al. (25) apresentaram uma <strong>análise</strong> de assimetria<br />
frontal bastante detalhada, que consistia da construção de quatro linhas horizontais de<br />
referência para mostrar o grau de paralelismo das estruturas faciais. A linha de<br />
referência média foi construída como uma vertical, passando por crista galli e<br />
perpendicular a outra linha conectando as suturas fronto-zigomáticas. A LRM foi<br />
selecionada como uma linha de referência chave porque ela segue perfeitamente o<br />
plano visual formado pelo subnasal e os pontos médios entre os olhos e sobrancelhas.<br />
A morfologia mandibular foi avaliada por meio de triângulos bilaterais a partir do<br />
7
côndilo, das chanfraduras antegonianas e do mentoniano e as comparações da<br />
assimetria maxilo-mandibular foram avaliadas por meio de outro grupo de triângulos.<br />
Finalmente, os autores explicaram um método de se examinar proporções verticais<br />
frontais que envolviam o cálculo de diversas proporções faciais vericais.<br />
Alavi et al. (1) desenvolveram um estudo com o objetivo de investigar a presença<br />
de diferenças significantes em relação às assimetrias faciais e dos arcos dentários,<br />
entre indivíduos que apresentavam maloclusão de Classe II, subdivisão, e aqueles com<br />
oclusão normal. Obteve-se medidas lineares das radiografias cefalométricas laterais,<br />
póstero-anteriores e dos modelos de estudo. As variáveis foram analisadas com uma<br />
<strong>análise</strong> discriminante multivariada. Verificaram que a assimetria<br />
ântero-posterior das maloclusões de Classe II, subdivisão, devia-se principalmente à<br />
posição mais distal do molar inferior, do lado da Classe II. Entretanto não foi possível<br />
determinar se a posição do molar inferior devia-se a uma assimetria esquelética ou<br />
dentoalveolar.<br />
Jerrold et al. (26) discutiram o diagnóstico e o desvio da linha média. Todas as<br />
três linhas médias do paciente: facial, maxilar e mandibular, devem ser consideradas<br />
para obter uma correção ideal. O diagnóstico diferencial correto da causa permitirá ao<br />
profissional usar apropriadamente uma mecânica inter ou intramaxilar para a resolução<br />
das discrepâncias da linha média. A correção da linha média deve começar desde o<br />
início do tratamento e uma vez que as linhas médias estejam coordenadas, elas devem<br />
ser mantidas como guia para qualquer sistema de força a ser utilizado para completar o<br />
caso.Os autores afirmaram que a maioria das formas de tratamento parece associar as<br />
discrepâncias de linha média e sua correção, tendo como causa um deslocamento<br />
mandibular.<br />
No estudo cefalométrico, por meio de radiografias panorâmicas, pode-se<br />
visualizar as relações de ambas as dentições; estudar o estágio de desenvolvimento<br />
relativo dos dentes e a reabsorção progressiva dos dentes decíduos; detectar lesões<br />
patológicas. As radiografias panorâmicas apresentam ampliação diferencial; portanto,<br />
não podem ser usadas para medidas cefalométricas. O ideal é que o estudo<br />
cefalométrico para o diagnóstico da assimetria seja em uma telerradiografia frontal que<br />
permite uma melhor comparação entre os dois lados da face, segundo Moyers, (27) .<br />
Quanto às assimetrias esqueléticas, o desvio pode envolver um osso como da<br />
maxila ou mandíbula, ou também envolver várias estruturas esqueléticas e musculares<br />
de um lado da face, por exemplo, na microssomia hemifacial. Por outro lado para<br />
8
Bishara et al. (6) as assimetrias devido às interferências oclusais podem resultar numa<br />
derivação funcional mandibular, após o contato dental inicial. A derivação pode ser na<br />
mesma direção ou em direção oposta da discrepância dental ou esquelética e pode<br />
acentuar ou mascarar a assimetria. As assimetrias da arcada dentária podem ser<br />
resultado de fatores localizados como a perda precoce de um dente decíduo ou pode<br />
estar associadas à rotação da arcada dental inteira em sua base esquelética de<br />
suporte. O exame do formato total das arcadas maxilar e mandibular a partir de uma<br />
vista oclusal pode evidenciar não somente assimetrias de lado a lado, mas também<br />
diferenças na angulação vestíbulo-lingual dos dentes. Na avaliação transversal<br />
esquelética e de tecido mole, além das comparações estruturais bilaterais, precisam<br />
ser determinados os desvios no dorso e ponta do nariz, bem como o filtro e o ponto do<br />
mento. As assimetrias na mandíbula podem ser observadas clinicamente a partir de<br />
uma vista frontal, observando-se o ponto do mento e como eles se relacionam ao resto<br />
das estruturas faciais. Olhar a mandíbula de uma vista inferior, às vezes ajuda a<br />
determinar a extensão de seu envolvimento em relação ao resto da face. Fica claro a<br />
partir dessa descrição que a avaliação clínica tem um papel importante no diagnóstico<br />
das assimetrias. É certo também, que em muitos casos, o exame clínico precisa ser<br />
suplementado por outros registros diagnósticos como os modelos dentais, arcos faciais<br />
de transferência e várias técnicas de imagem para localizar com precisão as estruturas<br />
envolvidas na assimetria. Quanto da elaboração do tratamento das assimetrias, um<br />
detalhado estudo dos registros de diagnósticos obtidos do paciente torna-se necessário<br />
para determinar a causa, localização e extensão da assimetria. Isso possibilitará ao<br />
clínico formular o plano de tratamento apropriado. As assimetrias devem ser<br />
diagnosticadas diferencialmente, como sendo o resultado de uma assimetria<br />
esquelética, assimetria dentro das arcadas dentárias, discrepâncias entre oclusão<br />
cêntrica e relação cêntrica ou uma combinação. As assimetrias dentais verdadeiras,<br />
como um incisivo lateral congenitamente ausente ou um segundo pré-molar,<br />
freqüentemente são tratadas ortodonticamente. As seqüências de extração assimétrica<br />
e a mecânica para casos assimétricos, por exemplo, elásticos de Classe III de um lado<br />
e elásticos de Classe II de outro, com elásticos oblíquos anteriormente, podem ser<br />
usados também para corrigir as assimetrias dentais. Podem ser indicadas também em<br />
irregularidades muito pronunciadas restaurações protéticas ou construções de resinas<br />
compos. Nas assimetrias funcionais, onde se verificam leves desvios devido à<br />
derivação funcional, são às vezes corrigidos com ajustes oclusais mínimos. Desvios<br />
9
mais severos necessitam de tratamento ortodôntico para alinhar os dentes e obter a<br />
função apropriada. Esplintagens oclusais podem ser necessárias para avaliar com<br />
propriedade a presença e a extensão da derivação funcional se eliminado a postura<br />
habitual e desprogramando a musculatura. Uma vez que as derivações funcionais<br />
podem ser resultado de uma assimetria esquelética, a expansão rápida da maxila,<br />
cirurgia ortognática e tratamento ortodôntico podem ser indicados no manejo desses<br />
casos. No tratamento das assimetrias esqueléticas, a gravidade e natureza vão exigir<br />
se a discrepância pode ser completamente ou parcialmente resolvida apenas com<br />
tratamento ortodôntico. Nos indivíduos em crescimento, aparelhos ortopédicos em<br />
conjunção com ortodônticos são usados para ajudar melhorar ou corrigir os<br />
desequilíbrios esqueléticos em desenvolvimento. Assimetrias de natureza esqueléticas<br />
tratadas com ortodontia apenas podem exigir certos compromissos que devem ser<br />
explicados ao paciente antes o tratamento ser iniciado. Discrepâncias severas podem<br />
requerer uma combinação de cirurgia e tratamento ortodôntico. Um completo<br />
diagnóstico ajudará a determinar se a maxila e/ou mandíbula precisam ser<br />
cirurgicamente posicionadas. As anormalidades dos processos condilar e coronóide<br />
bem como a posição e formato dos discos articulares devem ser considerados sempre<br />
que são encontrados maloclusões agudas, limitação na abertura ou desvios<br />
mandibulares.<br />
Dois estudos sobre assimetria dentária de casos de maloclusão de Classe II,<br />
divisão 1ª, subdivisão relataram que o conhecimento dos fatores etiológicos das<br />
malocusões Classe II, divisão 1ª, subdivisão implica em abordagens diferentes no<br />
tratamento ortodôntico. Se existirem apenas assimetrias dentárias, o movimento dental<br />
ou extrações assimétricas seriam a melhor escolha, mas se estiverem também<br />
associadas assimetrias esqueléticas, estão indicados métodos de forças ortopédicas<br />
assimétricas. Procurando determinar se as assimetrias esqueléticas e/ou dentárias<br />
estavam presentes em pacientes com maloclusões de Classe II, divisão 1ª, subdivisão,<br />
Araújo et al. (28) analisaram os cefalogramas obtidos pela telerradiografia frontal e<br />
modelos da arcada dentária de 30 pacientes. Concluíram que as maloclusões Classe II,<br />
divisão 1ª, subdivisão, são caracterizadas por desvios dentais e não por displasia<br />
esquelética no plano frontal.<br />
O´Byrn et al. (29) desenvolveram um estudo retrospectivo para determinar se nas<br />
avaliações oclusais transversais e ântero-posteriores a assimetria por exemplo, uma<br />
mordida cruzada posterior unilateral deve ser cuidadosamente diagnosticada, para<br />
10
determinar se ela é esquelética, dental ou funcional. Geralmente, no lado da mordida<br />
cruzada o molar inferior encontra-se mais distal e o ramo mandibular não contribui<br />
significativamente para a assimetria em pacientes com mordida cruzada. Concluiu-se<br />
que havia um posicionamento para posterior do côndilo na fossa glenóide uma vez que<br />
não foi observada nenhuma assimetria mandibular esquelética.<br />
De acordo com Janson et al. (30) a relação molar de Classe II desenvolvia-se<br />
como resultado da erupção distal do primeiro molar inferior, em relação ao primeiro<br />
molar superior bem posicionado. Sabe-se que a Classe II pode ser dentária,<br />
esquelética ou dentoesquelética. A de origem esquelética pode ocorrer devido a uma<br />
protrusão maxilar, a uma retrusão mandibular ou uma combinação de ambos os<br />
fatores. A Classe II dentoesquelética por sua vez, ocorre a partir da associação de<br />
todos esses fatores, porém, com diferentes intensidades. Também pode apresentar-se<br />
apenas unilateralmente, como no caso de subdivisão. Por outro lado, à semelhança de<br />
uma Classe II completa, a Classe II, subdivisão, também pode ser causada pelos<br />
fatores acima, sendo manifestados apenas unilateralmente. Nos casos de assimetria<br />
esquelética, nas Classes II e III unilateral, a sínfise encontra-se quase sempre desviada<br />
para o menor lado da mandíbula, em relação à linha média facial e, muitas vezes,<br />
necessita-se da intervenção cirúrgica para a sua correção. Muitas vezes, para a<br />
correção das assimetrias dentoalveolares na Classe II, subdivisão, após o período de<br />
crescimento, tornam-se necessárias às extrações unilaterais. Elas podem corrigir as<br />
desproporções no perímetro do arco e, até mesmo, os desvios de linha média.<br />
Com o objetivo de avaliar a origem da assimetria mandibular em indivíduos<br />
Classe II, subdivisão, Baskin et al. (31) foi utilizada uma <strong>análise</strong> cefalométrica sobre<br />
telerradiografias para avaliar o programa de traçado cefalométrico Radiocef 2.0 quanto<br />
à confiabilidade e precisão, comparativamente ao método manual e ao programa<br />
Dentofacial Planner 7.02. Concluiu-se que o programa de traçado cefalométrico<br />
computadorizado Radiocef 2.0 pode ser confiavelmente utilizado como recurso auxiliar<br />
no diagnóstico, plano de tratamento, acompanhamento e avaliação de tratamentos<br />
ortodônticos, no âmbito clínico e/ou de pesquisa.<br />
Em pesquisa realizada por Sjursen et al. (32) observaram que a ausência de<br />
histórico de trauma facial ou condições médicas que poderiam ter alterado o<br />
crescimento das bases apicais também são pré- requisitos para a seleção de algumas<br />
amostras, pois estudos mostraram que as respostas compensatórias a uma injúria<br />
podem desencadear um desequilíbrio no crescimento da cabeça do côndilo e do ramo<br />
11
como um todo,e comprovaram existência de associação entre trauma e assimetria<br />
mandibular.<br />
As deformidades dentofaciais afetam, aproximadamente 20% da população,<br />
podendo os pacientes apresentar graus distintos de comprometimento funcional e<br />
estético. Assim, malformações podem surgir isoladamente em um maxilar ou se<br />
estenderem para diversas estruturas craniofaciais ocorrendo, uni ou bilateralmente, nos<br />
planos faciais vertical, horizontal e transversal. O conjunto de fatores habitualmente<br />
correlacionado com as alterações faciais, segundo Fonseca (33) pode ser classificado<br />
em nutricionais, funcionais, hormonais, lesões nervosas ou vasculares e fatores<br />
ambientais. Todos estes fatores, durante a fase de crescimento do indivíduo, podem<br />
causar discrepâncias de tamanho, posição e forma das estruturas envolvidas,<br />
resultando em alterações anátomo-funcionais importantes.<br />
Janson et al. (34) realizou um estudo com o objetivo de determinar se a existe<br />
uma diferença significante com relação à assimetria dentária e esquelética entre<br />
pacientes com maloclusão de Classe II, subdivisão e pacientes com oclusão normal. A<br />
amostra consistiu de 30 pacientes em cada um dos dois grupos, onde todos os<br />
pacientes apresentavam a dentadura permanente completa até os primeiros molares.<br />
As medidas foram obtidas das radiografias submentovertex, póstero-anterior e oblíqua.<br />
Na radiografia submentoniana, a simetria foi avaliada medindo-se as diferenças<br />
relativas na posição espacial dos pontos dentários e esqueléticos entre os lados direito<br />
e esquerdo, nas dimensões ântero-posteriores e transversais. Sistemas de<br />
coordenadas foram utilizados para representar a mandíbula, o assoalho do crânio e a<br />
maxila. Na telerradiografia frontal, a simetria foi avaliada similarmente medindo-se a<br />
diferença relativa nas posições espaciais dos pontos dentários e esqueléticos entre os<br />
lados direito e esquerdo. Na radiografia oblíqua, a simetria foi avaliada medindo-se as<br />
diferenças no tamanho das estruturas dentárias e esqueléticas entre os lados direito e<br />
esquerdo. Os resultados demonstraram que o fator principal da diferença entre os dois<br />
grupos foi o posicionamento distal do primeiro molar inferior no lado da Classe II nos<br />
pacientes cujas mandíbulas não demonstraram assimetria esquelética ou de posição.<br />
O segundo fator foi o posicionamento mesial do primeiro molar superior no lado da<br />
Classe II. Além disso, a <strong>análise</strong> da radiografia PA demonstrou que ocorre mais o<br />
posicionamento distal dos molares inferiores no lado da Classe II, quando comparado<br />
com o posicionamento mesial dos molares superiores neste lado, resultando no desvio<br />
12
da linha média inferior para o lado da Classe II mais freqüentemente do que a linha<br />
média superior para o lado oposto.<br />
Em um trabalho realizado por Mauro et al. (35) verificaram que se existir um<br />
desvio mandibular a partir da relação cêntrica para a oclusão cêntrica, a linha média<br />
dental inferior e o ponto do mento devem ser comparados a outros pontos anatômicos<br />
médio-sagitais dentais, esqueléticos e de tecido mole no contato inicial aberto e nas<br />
posições mandibulares fechadas. Quando se suspeita disso, uma esplintagem oclusal<br />
pode ser confeccionada para o paciente. Esse dispositivo permitirá que a musculatura<br />
guie com liberdade a mandíbula à sua relação apropriada sem a influência das<br />
interferências oclusais.<br />
As diferenciações entre os vários tipos de assimetria segundo Lima et al. (36)<br />
podem ser detectadas por radiografias e pela avaliação clínica. Além da panorâmica,<br />
com as ressalvas pertinentes, estão disponíveis para identificar apropriadamente à<br />
localização e a causa da assimetria as projeções:<br />
1) Cefalograma lateral - Essa projeção embora comumente disponível ao clínico,<br />
fornece pouca informação útil sobre assimetrias na altura do ramo, comprimento<br />
mandibular e ângulo goniaco. Ela é limitada pelo fato de que as estruturas direita e<br />
esquerda ficam sobrepostas e estão em distâncias diferentes a partir do filme e da<br />
fonte de raio X resultando em diferenças significativas em aumentos. Portanto, a<br />
interpretação de diagnóstico das assimetrias é de valor limitado;<br />
2) Projeção póstero-anterior (Frontal) é um instrumento valioso no estudo das<br />
estruturas direita e esquerda uma vez que elas são localizadas em distâncias<br />
relativamente iguais do filme e da fonte de raios-X.Como resultado os efeitos de um<br />
aumento desigual pelos raios divergentes são minimizados e a distorção é reduzida. A<br />
comparação entre os lados é, portanto mais precisa uma vez que as linhas médias da<br />
face e da dentição podem ser registradas e avaliadas.<br />
Azevedo et al. (37) ao compararem o grau de assimetria esquelética entre<br />
indivíduos com maloclusão de Classe II,subdivisão e indivíduos com oclusão normal,<br />
por meio de radiografias submentonianas e póstero-anterior, observaram que a<br />
assimetria mandibular na Classe II, subdivisão, com aparente assimetria facial, era<br />
pequena em relação à Classe II, subdivisão geral. O fator que contribuía para uma<br />
assimetria ântero–posterior de Classe II foi principalmente dentoalveolar.<br />
Primariamente, a diferença entre os dois grupos foi à posição mais para distal do molar<br />
13
inferior do lado da Classe II. Secundariamente, foi à posição mais para mesial do<br />
primeiro molar superior do lado da Classe II.<br />
Segundo Mailankody (38) durante um tratamento de Classe II, subdivisão, após<br />
realizar extrações assimétricas e assim que os dentes anteriores estiverem alinhados,<br />
com os caninos em uma relação de Classe I e a linha média corrigida, deve-se extrair o<br />
pré-molar inferior no lado da Classe II para a correção da relação molar. Assim,<br />
alternando o momento da extração, as limitações para a correção da relação molar<br />
pelos aparelhos atuais poderiam ser compensadas.<br />
Janson (39) relata dois tipos distintos de maloclusão de Classe II, subdivisão: tipo<br />
1 e tipo 2. O tipo 1 caracteriza-se por ter a linha média dentária superior coincidente ou<br />
com um mínimo desvio em relação ao plano sagital mediano, enquanto que a linha<br />
média inferior geralmente se apresenta deslocada para o lado da maloclusão. No tipo<br />
2, a linha média superior está desviada e a inferior coincidente com o plano sagital<br />
mediano. Nos casos tipo 1 , uma das melhores opções de tratamento consiste na<br />
extração de dois pré-molares superiores e um pré-molar inferior do lado da relação<br />
molar normal. No tratamento da maloclusão da Classe II, subdivisão, tipo 2 a melhor<br />
opção é realizar o tratamento com a extração de um pré-molar superior do lado da<br />
Classe II isto se o indivíduo não estiver em crescimento.<br />
Por meio de avaliações de fotografias frontais da face, Janson et al. (40) avaliaram<br />
a distribuição de dois tipos de maloclusão de Classe II, subdivisão e compararam esses<br />
dois tipos com um grupo de oclusão normal por meio das radiografias submentovertex<br />
e póstero-anterior. O fator primário que contribui para a maloclusão de Classe II,<br />
subdivisão é a posição mais distal do primeiro molar inferior. O fator secundário é a<br />
posição mesializada do primeiro molar superior. Os resultados deste trabalho<br />
mostraram a predominância da assimetria dentoalveolar em ambos os tipos de Classe<br />
II.<br />
14
3.1 Desenho do estudo<br />
15<br />
3 MÉTODOS<br />
Trata-se de um estudo feito com indivíduos portadores de maloclusão de Classe<br />
II, subdivisão, sem tratamento ortodôntico prévio, para diagnosticar a origem da<br />
assimetria mandibular. Todos os indivíduos foram submetidos à telerradiografia frontal<br />
digital e sobre a mesma foi desenvolvido uma <strong>análise</strong> cefalométrica para diagnosticar a<br />
origem da assimetria mandibular nos indivíduos portadores de maloclusão de Classe II,<br />
subdivisão.<br />
O protocolo da pesquisa foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da<br />
Universidade Federal de São Paulo (<strong>UNIFESP</strong>) e aprovado, conforme cópia do parecer<br />
no Anexo 1. Todos os indivíduos foram informados sobre o estudo e assinaram o<br />
Termo de Consentimento Livre Esclarecido, previamente aprovado pelo Comitê de<br />
Ética, de acordo com a resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (Anexo 2).<br />
3.2 Casuística<br />
Foram selecionados 30 indivíduos, do gênero masculino e feminino, com idade<br />
média de 18,9 anos, variando entre 9,4 e 35,5 anos, apresentando uma maloclusão de<br />
Classe II, subdivisão, os quais procuraram tratamento ortodôntico.<br />
Como critério de inclusão os indivíduos selecionados deverão apresentar todos<br />
os dentes permanentes superiores até primeiros molares superiores e inferiores até<br />
segundos molares, ausência de tratamento ortodôntico prévio, ausência de histórico de<br />
trauma facial, ausência de síndromes e doenças congênitas.<br />
Depois de diagnosticado o indivíduo com a maloclusão de Classe II, subdivisão<br />
e pertinente aos critérios de inclusão, foi encaminhado para o Instituto de<br />
Documentação Ortodôntica e Radiodiagnóstico LTDA (INDOR), aonde foi feita a<br />
telerradiografia frontal digital (Figura 1).
3.3 Exame da imagem<br />
Figura 1 – Telerradiografia frontal digital<br />
Foi realizada uma telerradiografia frontal digital, por um único radiologista, no<br />
INDOR com o auxílio de um Aparelho Panorâmico Digital OP 100, modelo<br />
Instrumentarium Imaging, série 80112, KVp 65~85, Ma 2,0~12, ano 2002, Software<br />
Cliniview XV (GE) versão 3.9 (Figura 2).<br />
Figura 2 – Aparelho panorâmico digital<br />
16
3.3.1 Posicionamento do indivíduo<br />
Para a realização da telerradiografia digital, o indivíduo permaneceu em pé, em<br />
posição ortostática, posicionado de maneira que os meatos acústicos externos<br />
alcançassem as olivas auriculares do cefalostato do aparelho panorâmico digital OP<br />
100 D, para que o plano sagital mediano ficasse perpendicular ao plano horizontal e o<br />
plano de Frankfurt paralelo ao solo. (Figura 3).<br />
Figura 3 – Posicionamento do indivíduo<br />
Após a obtenção da imagem digital foram marcados os pontos das estruturas<br />
anatômicas determinadas para esta pesquisa. Estes pontos foram marcados três vezes<br />
por um mesmo radiologista (experiente neste tipo de procedimento) em momentos<br />
diferentes e assim foi usada a média para a <strong>análise</strong> das medidas adotadas (Figura 4).<br />
17
17<br />
21 23<br />
Lado Esquerdo Lado Direito<br />
Figura 4 - Pontos cefalométricos das estruturas anatômicas<br />
3.4 Pontos de referência na imagem digital<br />
17 - Ponto centrado na superfície superior da cabeça do côndilo esquerdo.<br />
19 - Interseção da superfície do processo mastóide com a cortical lateral do ramo<br />
ascendente da mandíbula, no lado esquerdo.<br />
20 - Ponto mais inferior e posterior do ângulo da mandíbula do lado esquerdo.<br />
21 - Ponto mais profundo na chanfradura antegonial esquerda.<br />
22 - Ponto mais inferior da borda da mandíbula na sínfise.<br />
23 - Ponto mais profundo na chanfradura antegonial direita.<br />
24 - Ponto mais inferior e posterior do ângulo da mandíbula do lado direito.<br />
26 - Interseção da superfície do processo mastóide com a cortical lateral do ramo<br />
ascendente da mandíbula, no lado direito.<br />
28 - Ponto centrado na superfície superior da cabeça do côndilo direito.<br />
31 - Ponto mais proeminente na parede lateral da cavidade nasal direita.<br />
32 - Ponto mais inferior na parede da cavidade nasal direita.<br />
33 - Ponto localizado na intersecção do septo nasal com o assoalho do nariz.<br />
34 - Ponto mais inferior na parede da cavidade nasal esquerda.<br />
22<br />
28<br />
18
35 - Ponto mais proeminente na parede lateral da cavidade nasal esquerda.<br />
43 - Ponto localizado na borda distal do incisivo central superior esquerdo, ao mesmo<br />
nível que o ponto A1.<br />
44 - Ponto localizado na borda distal do incisivo central inferior esquerdo, ao mesmo<br />
nível que o ponto B1.<br />
45 - Ponto situado na papila interdentária, na junção das coroas dos incisivos centrais<br />
superiores e gengiva.<br />
46 - Ponto situado na papila interdentária, na junção das coroas dos incisivos centrais<br />
inferiores e gengiva.<br />
47 - Ponto localizado na borda distal do incisivo central inferior direito, ao mesmo nível<br />
que o ponto B1.<br />
48 - Ponto localizado na borda distal do incisivo central superior direito, ao mesmo nível<br />
que o ponto A1.<br />
P1 - Ponto Crista Galli.<br />
Somente os pontos que estão marcados em destaque que foram usados para<br />
fazer a <strong>análise</strong> cefalométrica. Os demais pontos foram marcados somente para que o<br />
programa utilizado Radiocef, pudesse fazer o contorno das estruturas dentais, nasal e<br />
da mandíbula. A numeração destes pontos é dada automaticamente pelo próprio<br />
sistema Radiocef.<br />
3.4.1 Programa utilizado e traçado digital de linhas e planos<br />
Foi utilizado o programa Radiocef (Sistema de Cefalometria Digital), Versão 4.9<br />
release 19 da empresa Radiomemory, que fez a leitura dos pontos determinados pelo<br />
radiologista e posteriormente este mesmo programa nos providenciou digitalmente<br />
todas as linhas e planos, formando dois triângulos criados para o desenvolvimento da<br />
<strong>análise</strong> cefalométrica (Figura 5).<br />
19
Figura 5 - Traçado da <strong>análise</strong> cefalométrica<br />
3.4.2 Cálculo entre as distâncias determinadas<br />
Depois de feito digitalmente o traçado cefalométrico, o programa Radiocef nos<br />
forneceu os valores obtidos de cada distância determinada, para que as mesmas<br />
pudessem ser comparadas entre si (Figura 6).<br />
17<br />
21<br />
22<br />
23<br />
17<br />
28<br />
21<br />
22<br />
Figura 6 - Análise cefalométrica e fatores mensurados<br />
23<br />
28<br />
20
3.5 Medida adotada para diagnosticar a origem da assimetria mandibular<br />
Com a leitura destas distâncias, que formam dois triângulos, utilizamos a média<br />
e junto a um estatístico avaliamos a diferença medida em cada lado destes triângulos<br />
(quando comparados entre si) e o quanto esta diferença linear é estatisticamente<br />
significante para determinarmos a origem da assimetria mandibular. Adotamos o valor<br />
de 2 mm de diferença linear entre mesmos lados dos triângulos quando comparados<br />
entre si para avaliar a tendência de uma assimetria mandibular de origem dentária ou<br />
esquelética. Nesta pesquisa, o indivíduo foi classificado como tendo características a<br />
uma tendência de assimetria dentária quando a diferença, em módulo, entre os<br />
mesmos segmentos dos triângulos criados fossem menor ou igual a 2 mm.<br />
Desta forma, o indivíduo que apresentasse a diferença, em módulo, maior que 2<br />
mm foi classificado como tendo características a uma tendência de assimetria<br />
esquelética (Anexo 5).<br />
3.5.1 Medidas lineares para avaliar o grau de assimetria mandibular esquelética<br />
como:<br />
De acordo com o grau de assimetria esquelética, o indivíduo foi classificado<br />
• Suave - Caso a diferença, em módulo, fosse maior que 2 mm e menor ou igual a<br />
4 mm;<br />
• Moderada - Caso a diferença, em módulo, fosse maior que 4 mm e menor ou<br />
igual a 6 mm;<br />
• Severa - Caso a diferença, em módulo, fosse maior que 6 mm.<br />
O valor de 2 mm foi selecionado por se tratar de estruturas anatômicas com uma<br />
fácil localização e visualização para o radiologista quando marcados sobre uma<br />
teleradiografia frontal digital. Para obter uma margem maior de fidelidade para este<br />
trabalho, a marcação dos pontos nos 30 indivíduos da amostra foi feitas três vezes por<br />
um mesmo radiologista e assim usado a média destas marcações para se obter os<br />
resultados estatísticos (Anexos 3 e 4).<br />
21
3.6 Áreas dos triângulos<br />
Neste trabalho, também foi estudado as áreas dos dois triângulos. O primeiro<br />
compreendido entre as medidas lineares: 17-21, 21-22 e 17-22; e o segundo,<br />
compreendido entre as medidas lineares: 28-23, 22-23 e 22-28, para se ter mais uma<br />
ferramenta de avaliação do quanto estas medidas dos lados destes triângulos são<br />
diferentes entre si ou se há uma compensação entre elas na somatória das áreas<br />
destes triângulos para que se possa chegar a um resultado o qual indicará ao<br />
Ortodontista a origem da assimetria mandibular.<br />
3.7 Análises dos dados e estatística<br />
A <strong>análise</strong> estatística de todas as informações coletadas nesta pesquisa foi<br />
inicialmente feita de forma descritiva.<br />
Para as informações de natureza quantitativa (numérica) foram calculadas<br />
algumas medidas-resumo, como média, mediana, mínimo, máximo, desvio-padrão;<br />
além da confecção de gráficos do tipo Boxplot e de perfis individuais, Bussab (41) .<br />
Algumas informações sobre a construção e interpretação do boxplot podem ser obtidas<br />
no apêndice.<br />
As variáveis de natureza qualitativa (categorizada) foram analisadas através do<br />
cálculo de freqüências absolutas e relativas (%), e também da construção de gráficos<br />
de barras Bussab (41) .<br />
As <strong>análise</strong>s inferenciais empregadas com o intuito de confirmar ou refutar<br />
evidências encontradas na <strong>análise</strong> descritiva foram:<br />
• Estimação do coeficiente de correlação intraclasse com o objetivo de quantificar<br />
a reprodutibilidade das três leituras obtidas das medidas lineares, Fleiss (42) ;<br />
• Teste t-Student para amostras pareadas na comparação da área média de dois<br />
triângulos: o primeiro compreendido entre os pontos 17, 21 e 22; e o segundo<br />
compreendido entre os pontos 28, 22 e 23 Bussab (41) .<br />
22
Em todas as conclusões obtidas através das <strong>análise</strong>s inferenciais foi utilizado o<br />
nível de significância α igual a 5%.<br />
Os dados foram digitados em planilhas do Excel 2007 for Windows para o<br />
adequado armazenamento das informações. As <strong>análise</strong>s estatísticas foram realizadas<br />
com o software Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versão 11.0 for<br />
Windows.<br />
23
24<br />
4 RESULTADOS<br />
A amostra selecionada foi composta por 30 indivíduos com idade média de 18,9<br />
anos, variando entre 9,4 e 35,5 anos, com desvio-padrão de 7,7 anos, conforme<br />
ilustram a Tabela 1 e Figura 7.<br />
Tabela 1 - Medidas-resumo da idade dos pacientes<br />
Idade (anos)<br />
40<br />
35<br />
30<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
N =<br />
Medidas-resumo<br />
N 30<br />
Média 18,9<br />
Mediana 16,7<br />
Mínimo 9,4<br />
Máximo 35,5<br />
Desvio-padrão 7,7<br />
Figura 7 - Boxplot da idade dos indivíduos<br />
30
Cerca de 21 (70,0%) indivíduos era do gênero feminino e o restante, 9 (30,0%)<br />
indivíduos era do gênero masculino.<br />
Cada indivíduo foi avaliado, segundo todas as medidas lineares, em três<br />
momentos diferentes. Com o intuito de avaliar se as três leituras poderiam ser<br />
resumidas em uma única, por exemplo, na média, foram estimados os coeficientes de<br />
correlação intraclasse (Tabela 2). Os resultados da estimação destes coeficientes<br />
revelaram que as três leituras são “parecidas entre si”, pois as estimativas são acima<br />
de 0,75, o que nos permitiu usar a média aritmética como boa medida-resumo das<br />
medidas lineares.<br />
Tabela 2 - Estimativas dos coeficientes de correlação intraclasse, segundo medida<br />
linear<br />
Medida linear Coeficiente Intervalo com 95% de confiança<br />
17-21 0,7514 0,6009 0,8619<br />
28-23 0,8062 0,6805 0,8944<br />
21-22 0,9755 0,9558 0,9874<br />
23-22 0,9629 0,9337 0,9808<br />
17-22 0,8173 0,6970 0,9008<br />
22-28 0,8429 0,7361 0,9155<br />
linha média 0,8258 0,7100 0,9057<br />
Os resultados estatísticos a seguir foram obtidos considerando a média<br />
aritmética das três leituras observadas.<br />
A classificação dos indivíduos segundo a possível presença de uma assimetria<br />
de origem esquelética ou dentária foi feita através do cálculo das diferenças, em<br />
módulo, das medidas lineares abaixo relacionadas:<br />
• Medida 17-21 e Medida 28-23;<br />
• Medida 21-22 e Medida 23-22;<br />
• Medida 17-22 e Medida 28-22.<br />
25
As Tabelas 3 a 8, assim como as Figuras 8 a 13 trazem as distribuições dos<br />
possíveis tipos de assimetria mandibular encontrada na amostra considerando as<br />
diferenças anteriormente mencionadas.<br />
Tabela 3 - Distribuição dos indivíduos, segundo a origem da assimetria mandibular<br />
considerando a diferença entre as medidas 17-21 e 28-23<br />
Tipo de assimetria Freqüência Porcentagem<br />
Dentária 22 73,3%<br />
Esquelética 8 26,7%<br />
Total 30 100,0%<br />
Figura 8 - Distribuição dos indivíduos, segundo a origem da assimetria<br />
mandibular considerando a diferença entre as medidas 17-21 e 28-23.<br />
26
Tabela 4 - Distribuição dos indivíduos, segundo a origem da assimetria mandibular<br />
considerando a diferença entre as medidas 17-21 e 28-23 e o grau de assimetria<br />
mandibular esquelética<br />
Origem da assimetria Freqüência Porcentagem<br />
Dentária 22 73,3%<br />
Esquelética suave 6 20,0%<br />
Esquelética moderada 2 6,7%<br />
Esquelética severa 0 0%<br />
Total 30 100,0%<br />
Figura 9 - Distribuição dos indivíduos, segundo a origem da assimetria<br />
mandibular considerando a diferença entre as medidas 17-21 e 28-23 e o<br />
grau de assimetria mandibular esquelética.<br />
27
Tabela 5 - Distribuição dos indivíduos, segundo a origem da assimetria mandibular<br />
considerando a diferença entre as medidas 21-22 e 23-22<br />
Tipo de assimetria Freqüência Porcentagem<br />
Dentária 15 50,0%<br />
Esquelética 15 50,0%<br />
Total 30 100,0%<br />
Figura 10 - Distribuição dos indivíduos, segundo a origem da assimetria<br />
mandibular considerando a diferença entre as medidas 21-22 e 23-22.<br />
28
Tabela 6 - Distribuição dos indivíduos, segundo a origem da assimetria mandibular<br />
considerando a diferença entre as medidas 21-22 e 23-22 e o grau de assimetria<br />
mandibular esquelética<br />
Tipo de assimetria Freqüência Porcentagem<br />
Dentária 15 50,0%<br />
Esquelética suave 10 33,4%<br />
Esquelética moderada 4 13,3%<br />
Esquelética severa 1 3,3%<br />
Total 30 100,0%<br />
Figura 11 - Distribuição dos indivíduos, segundo a origem da assimetria<br />
mandibular considerando a diferença entre as medidas 21-22 e 23-22 e o<br />
grau de assimetria mandibular esquelética.<br />
29
Tabela 7 - Distribuição dos indivíduos, segundo a origem da assimetria mandibular<br />
considerando a diferença entre as medidas 17-22 e 28-22<br />
Tipo de assimetria Freqüência Porcentagem<br />
Dentária 21 70,0%<br />
Esquelética 9 30,0%<br />
Total 30 100,0%<br />
Figura 12 - Distribuição dos indivíduos, segundo a origem da assimetria<br />
mandibular considerando a diferença entre as medidas 17-22 e 28-22.<br />
30
Tabela 8 - Distribuição dos indivíduos, segundo a origem da assimetria mandibular<br />
considerando a diferença entre as medidas 17-22 e 28-22 e o grau de assimetria<br />
mandibular esquelética<br />
Tipo de assimetria Freqüência Porcentagem<br />
Dentária 21 70,0%<br />
Esquelética suave 7 23,3%<br />
Esquelética moderada 2 6,7%<br />
Esquelética severa 0 0%<br />
Total 30 100,0%<br />
Figura 13 - Distribuição dos indivíduos, segundo a origem da assimetria<br />
mandibular considerando a diferença entre as medidas 17-22 e 28-22 e<br />
o grau de assimetria mandibular esquelética.<br />
31
Nesta pesquisa, também foram objetos de estudo, as áreas de dois triângulos. O<br />
primeiro compreendido entre as medidas lineares: 17-21, 21-22 e 17-22; e o segundo,<br />
compreendido entre as medidas lineares: 28-23, 22-23 e 22-28.<br />
A Tabela 9 e as Figuras 14 e 15 a seguir trazem o comportamento dessa<br />
respectivas áreas. É importante notar que a linha em vermelho do gráfico da Figura 15<br />
representa a média das áreas.<br />
Tabela 9 - Medidas-resumo das áreas dos triângulos (mm 2 )<br />
Medidas-resumo Área (mm 2 ), pontos 17, 21, 22 Área (mm 2 ), pontos 28, 22, 23<br />
N 30 30<br />
Média 1146,8 1120,5<br />
Mediana 1120,7 1089,9<br />
Mínimo 858,2 844,6<br />
Máximo 1466,1 1461,3<br />
Desvio-padrão 156,6 176,3<br />
Área (mm2)<br />
1600<br />
1500<br />
1400<br />
1300<br />
1200<br />
1100<br />
1000<br />
900<br />
800<br />
N =<br />
30<br />
Entre 17, 21 e 22<br />
30<br />
Entre 28, 22 e 23<br />
Figura 14 - Medidas-resumo das áreas consideradas<br />
32
Figura 15 - Perfis individuais das áreas consideradas<br />
O resultado inferencial revelou que a área entre os pontos 17, 21 e 22 é<br />
estatisticamente igual à área entre os pontos 28, 22 e 23 (p=0, 099).<br />
33
5 DISCUSSÃO<br />
A dificuldade do tratamento de indivíduos com maloclusão de Classe II, subdivisão, é<br />
um grande desafio para o Ortodontista por se tratar de relações oclusais assimétricas<br />
(3-4) , e pela dificuldade em diagnosticar a origem da assimetria presente na maloclusão<br />
de Classe II, subdivisão, uma vez que pode ser dentária ou esquelética (4, 17, 8) .<br />
No entanto alguns autores acreditavam que a assimetria encontrada na maloclusão de<br />
Classe II, se instalava por um problema de origem muscular (9-10) ,o que ia de encontro<br />
a outros trabalhos que acreditavam que as alterações da oclusão normal eram de<br />
origens hereditárias ou ainda referentes a um crescimento irregular unilateral da<br />
cabeça do côndilo ou corpo da mandíbula, (2, 5, 24) .<br />
No presente trabalho a grande preocupação foi em diagnosticar a origem da assimetria<br />
mandibular presente nos indivíduos com maloclusão de Clase II, subdivisão, para se<br />
obter com os resultados um melhor plano de tratamento.<br />
Alguns autores (17,6) , em trabalhos realizados mostraram que as assimetrias de origem<br />
esquelética caracterizavam-se por serem independentes da relação dental, já outros<br />
realizaram estudos aonde comprovaram que as alterações musculares tinham<br />
influência nas assimetrias esqueléticas (9-10) . Em relação às assimetrias de origem<br />
dentária a característica principal foi por um bom relacionamento das bases apicais,<br />
mas com uma discrepância ântero-posterior entre os arcos (1,4, 34, 37) . Por essas<br />
diferentes características há dificuldade para vários autores em diagnosticar a origem<br />
das assimetrias presentes nos indivíduos com maloclusão de Classe II, subdivisão.<br />
34
Neste trabalho o maior objetivo foi em criar um método simplificado e eficaz com uma<br />
grande aplicabilidade clínica, justamente para obter um melhor diagnóstico em relação<br />
a origem da assimetria mandibular.<br />
A utilização da telerradiografia frontal, funciona como um dos melhores meio de<br />
visualização das metades da face em um mesmo plano (15, 22, 27, 34) . É um meio de<br />
diagnóstico fundamental, aonde sobre elas podem também ser desenvolvidos<br />
cefalogramas para saber a origem da assimetria mandibular em indivíduos com<br />
maloclusão de Classe II, subdivisão.<br />
A opção de desenvolver um cefalograma sobre a imagem digital em uma<br />
telerradiografia frontal foi justamente por obter uma imagem mais precisa de maior<br />
qualidade e melhor visualização das estruturas envolvidas, facilitando para o<br />
radiologista na hora da marcação dos pontos referentes as estruturas anatômicas.<br />
Alguns trabalhos realizados mostram a elaboração de traçados cefalométricos sobre as<br />
radiografias submentovertex e principalmente sobre as radiografias póstero-anterior<br />
no intuito de se obter com mais precisão a origem da assimetria mandibular encontrada<br />
nos indivíduos com maloclusão de Classe II, subdivisão (22, 23, 25) e chegaram à<br />
conclusão que na grande maioria dos casos a assimetria mandibular é caracterizada<br />
por um componente dentoalveolar e secundariamente por fatores esqueléticos.<br />
Em outros trabalhos a conclusão encontrada foi que em grande parte dos casos de<br />
Classe II, subdivisão, houve alteração das linhas médias, onde a linha média dentária<br />
superior se apresentava coincidente ou com um mínimo desvio em relação à linha<br />
média do plano sagital mediano e a linha média dentária inferior se apresentava<br />
deslocada para o lado da Classe II, subdivisão, em relação à linha média do plano<br />
sagital mediano (18, 20, 26) .<br />
35
O tratamento de casos para a correção da linha média nos indivíduos com maloclusão<br />
de Classe II, subdivisão para alguns autores consistirá na extração de pré-molares,<br />
desde que o perfil do paciente permita certa retração dos incisivos superiores e dos<br />
incisivos inferiores (6,19, 38, 39) . Porém existe outra linha de pesquisa que acredita a<br />
correção da linha média na maloclusão de Classe II, subdivisão deve ser feita por meio<br />
de uma mecânica ortodôntica com fios retangulares e fios redondos com dobras de<br />
segunda ordem e também a utilização de uma mecânica realizada com molas de<br />
distalização (18, 20) .<br />
As assimetrias mandibulares muitas vezes podem ser observadas clinicamente por<br />
uma vista frontal, observando-se o ponto do mento e como ele se relaciona com o resto<br />
das estruturas faciais (6) . Esta citação vem de encontro com alguns resultados<br />
encontrados neste trabalho, pois quando comparamos os dois lados da base da<br />
mandíbula, que estão compreendidos do ponto antigoniano até o mento, pela<br />
metodologia aplicada verificamos que este lado da base mandibular foi o que<br />
apresentou uma maior diferença linear quando comparados entre si. Isto nos leva a ter<br />
um cuidado especial para este ponto do mento seja na imagem frontal digital ou na<br />
imagem frontal clínica, pois esta discrepância pode direcionar o profissional a lançar<br />
mão de exames complementares (clínico, fotográfico, radiográfico, tomografia<br />
computadorizada e outros) para verificar se está ou não diante de um caso de<br />
assimetria de origem esquelética.<br />
Outros estudos de assimetrias realizados mostraram que a assimetria mandibular<br />
pode ser classificada de acordo com as estruturas envolvidas em: assimetrias dentais e<br />
assimetrias esquelética (1, 6, 8) .<br />
36
Para que se tenha um bom e adequado plano de tratamento da assimetria na<br />
maloclusão de Classe II, subdivisão é de extrema importância saber diagnosticar sua<br />
origem, isto é, se dentária ou esquelética. Uma das principais ferramentas para este<br />
diagnóstico é a imagem da telerradiografia frontal, em muitos trabalhos realizados<br />
foram utilizado este mesmo recurso da radiografia frontal para o diagnóstico das<br />
assimetrias ( 2, 7, 14, 15, 22) . O que vale ressaltar neste trabalho é recurso utilizado da<br />
imagem digital, um método mais inovador e preciso em relação a visualização imagem.<br />
Já outros autores (22, 23, 25) utilizaram a imagem da radiografia digital para desenvolver<br />
diferentes cefalogramas com vários tipos de traçados para diagnosticar a origem da<br />
assimetria mandibular em pacientes com maloclusão de Classe II, subdivisão. O<br />
grande inconveniente que se observa nestes cefalogramas é a quantidade de fatores e<br />
estruturas usadas para a obtenção do diagnóstico da origem da assimetria mandibular,<br />
o que justamente é contrário a este trabalho aonde foi criado um cefalograma<br />
simplificado, mas muito eficaz em relação ao diagnóstico. As radiografias frontais<br />
também foram utilizadas para avaliar o tamanho das arcadas dentárias, os desvios de<br />
linhas médias e o quanto estes fatores estavam contribuindo para o desenvolvimento<br />
de uma assimetria seja ela de origem dentária ou esquelética (6, 34) .<br />
É importante salientar que os meios de diagnóstico deste trabalho vêm de acordo com<br />
estudos anteriores só que com um grande avanço obtido pela imagem frontal digital e<br />
pelo cefalograma simplificado criado que nos dá uma melhora considerável na<br />
visualização das estruturas faciais e na interpretação dos fatores selecionados.<br />
37
Em relação aos resultados encontrados também obtivemos uma concordância com<br />
estudos anteriores os quais nos mostram que o principal componente da assimetria<br />
mandibular na maloclusão de Classe II,subdivisão é dentoalveolar, mas que devemos<br />
ter muita atenção para o dignóstico da origem da assimetria mandibular principalmente<br />
nos lados da base da mandíbula, visto que muitos Ortodontistas tratam a maioria dos<br />
casos de Classe II, subdivisão como se estivessem sempre diante de uma assimetria<br />
de origem dentária e, às vezes, esta assimetria pode ser de origem esquelética. Com<br />
isso teremos um melhor diagnóstico e plano de tratamento para os indivíduos tratados<br />
ortodonticamente.<br />
38
39<br />
6 CONCLUSÕES<br />
Ao se avaliar os resultados obtidos neste trabalho de acordo com a metodologia<br />
utilizada, pode-se concluir que:<br />
1. De acordo com a amostra estudada e conforme o resultado obtido concluiu-se<br />
que nos casos de maloclusão de Classe II, subdivisão a tendência de uma assimetria<br />
mandibular de origem dentária é maior do que a de origem esquelética.<br />
2. Um dos resultados encontrado neste trabalho (base da mandíbula) funciona<br />
como um verdadeiro alerta ao profissional para a utilização de exames<br />
complementares (exames clínicos, fotográficos, <strong>análise</strong> de modelos, tomografia<br />
computadorizada e outros), quando as medidas lineares comparadas entre si<br />
apresentarem diferenças maiores que 2 mm.
40<br />
7 ANEXOS<br />
Anexo 1 - Carta de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade<br />
Federal de São Paulo (<strong>UNIFESP</strong>)
Anexo 2 - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido<br />
Análise cefalométrica da imagem digital em uma telerradiografia frontal, para<br />
diagnosticar a origem da assimetria mandibular em um paciente com maloclusão<br />
de Classe II, subdivisão<br />
O objetivo deste estudo é obter um melhor e mais fiel diagnóstico em relação à<br />
assimetria mandibular (dental ou esquelética), para que o profissional responsável<br />
possa executar um tratamento ortodôntico correto e mais específico para cada tipo de<br />
assimetria, isto é, se for esquelética o tratamento deverá ser complementado com<br />
cirurgia e se for dental o tratamento poderá ser feito somente com o uso do aparelho<br />
ortodôntico.<br />
A tomada radiográfica a ser feita (telerradiografia frontal digital) servirá como<br />
uma complementação da documentação ortodôntica convencional. A radiografia<br />
somente será indicada para os pacientes que apresentarem a maloclusão de Classe II,<br />
subdivisão. Portanto essa radiografia funcionará como um diferencial no plano de<br />
tratamento destes pacientes.<br />
Será realizada uma tomada radiográfica em um Instituto especializado (Indor)<br />
com todos os cuidados de proteção necessários e sem nenhum risco de saúde para o<br />
paciente. Na há risco para o paciente e o desconforto será mínimo onde o paciente terá<br />
que responder a algumas perguntas e posteriormente se posicionar, com as devidas<br />
proteções como aventais de chumbo, para a realização das radiografias.<br />
O benefício deste estudo para o paciente é o de ter um diagnóstico mais preciso<br />
após as radiografias e com isso um tratamento ortodôntico mais refinado e com um<br />
melhor prognóstico.<br />
A grande vantagem em fazer esta tomada radiográfica é de poder complementar<br />
a documentação ortodôntica e com isso realizar um tratamento ortodôntico mais<br />
refinado e não mascarado.<br />
Garantia de acesso: em qualquer etapa do estudo, você terá acesso aos<br />
profissionais responsáveis pela pesquisa para esclarecimento de eventuais dúvidas. O<br />
principal investigador é o Dr. Leandro Kfouri Martins Cerqueira que pode ser<br />
encontrado no endereço Rua Napoleão de Barros, 800. Fone: 5579-3266. Se tiver<br />
41
alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em contato com o<br />
Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) – Rua Botucatu, 572/14. Fone: 5571-1062, Fax:<br />
5539-7162, cepunifesp@epm.br.<br />
É garantida a liberdade da retirada de consentimento a qualquer momento e<br />
deixar de participar do estudo, sem qualquer prejuízo à continuidade de seu<br />
tratamento na Instituição.<br />
Direito de confidencialidade – As informações obtidas serão analisadas em<br />
conjunto com outros pacientes, não sendo divulgada a identificação de nenhum<br />
paciente.<br />
Direito de ser mantido atualizado sobre os resultados parciais das<br />
pesquisas, quando em estudos abertos, ou de resultados que sejam do<br />
conhecimento dos pesquisadores.<br />
Despesas e compensações: não há despesas pessoais para o participante<br />
em qualquer fase do estudo, incluindo exames e consultas. Também não há<br />
compensação financeira relacionada à sua participação. Se existir qualquer<br />
despesa adicional, ela será absorvida pelo orçamento da pesquisa.<br />
Em caso de dano pessoal, diretamente causado pelos procedimentos ou<br />
tratamentos propostos neste estudo (nexo causal comprovado), o participante tem<br />
direito a tratamento médico na Instituição, bem como às indenizações legalmente<br />
estabelecidas.<br />
Compromisso do pesquisador de utilizar os dados e o material coletado<br />
somente para esta pesquisa.<br />
Acredito ter sido suficientemente informado a respeito das informações que li ou<br />
que foram lidas para mim, descrevendo “Análise cefalométrica da imagem<br />
digital em uma telerradiografia frontal, para diagnosticar a origem da<br />
assimetria mandibular em um paciente com maloclusão de Classe II,<br />
subdivisão”.<br />
Eu discuti com o Dr. Leandro Kfouri Martins Cerqueira sobre a minha<br />
decisão em participar nesse estudo. Ficaram claros para mim quais são os<br />
propósitos do estudo, os procedimentos a serem realizados, seus desconfortos e<br />
riscos, as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes. Ficou<br />
42
claro também que minha participação é isenta de despesas e que tenho garantia<br />
do acesso a tratamento hospitalar quando necessário. Concordo voluntariamente<br />
em participar deste estudo e poderei retirar o meu consentimento a qualquer<br />
momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidades ou prejuízo ou perda de<br />
qualquer benefício que eu possa ter adquirido, ou no meu atendimento neste<br />
Serviço.<br />
-------------------------------------------------<br />
Assinatura<br />
paciente/representante legal<br />
Data / /<br />
-------------------------------------------------------------------------<br />
Assinatura da testemunha Data / /<br />
Para casos de pacientes menores de 18 anos, analfabetos, semianalfabetos<br />
ou portadores de deficiência auditiva ou visual.<br />
(Somente para o responsável do projeto)<br />
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntária o Consentimento Livre<br />
e Esclarecido deste paciente ou representante legal para a participação neste<br />
estudo.<br />
-------------------------------------------------------------------------<br />
Assinatura do responsável pelo<br />
estudo<br />
Data / /<br />
43
Anexo 3 - Valores individuais das medidas realizadas para cada paciente<br />
A.G.R 68,13mm<br />
63,03mm<br />
61,92mm<br />
A.D.S.J 68,76mm<br />
65,56mm<br />
65,37mm<br />
A.L.T 51,76mm<br />
53,12mm<br />
53,67mm<br />
A.C.B.S 65,47mm<br />
64,50mm<br />
65,44mm<br />
B.B.S.R 64,44mm<br />
60,28mm<br />
59,42mm<br />
C.B.C 71,78mm<br />
62,33mm<br />
63,34mm<br />
E.A.C 56,96mm<br />
49,63mm<br />
49,35mm<br />
J.Y.S 68,94mm<br />
63,96mm<br />
61,43mm<br />
J.D 69,23mm<br />
60,82mm<br />
61,65mm<br />
P.L.Y 66,29mm<br />
64,60mm<br />
63,80mm<br />
R. B. P 55,95mm<br />
57,39mm<br />
58,04mm<br />
V.L.M 75,82mm<br />
69,04mm<br />
70,98mm<br />
A.O 68,99mm<br />
60,37mm<br />
60,26mm<br />
A.N.D 62,17mm<br />
59,12mm<br />
59,11mm<br />
A.A.P 60,40mm<br />
54,01mm<br />
53,94mm<br />
17-21 28-23 21-22 23-22 17-22 22-28<br />
72,13mm<br />
67,34mm<br />
67,22mm<br />
67,55mm<br />
62,68mm<br />
65,45mm<br />
50,79mm<br />
49,05mm<br />
50,60mm<br />
68,75mm<br />
63,28mm<br />
63,82mm<br />
61,46mm<br />
59,44mm<br />
60,83mm<br />
74,14mm<br />
65,77mm<br />
66,99mm<br />
56,68mm<br />
49,36mm<br />
50,58mm<br />
66,50mm<br />
62,25mm<br />
60,34mm<br />
66,21mm<br />
59,17mm<br />
60,58mm<br />
64,88mm<br />
61,23mm<br />
61,35mm<br />
55,95mm<br />
58,10mm<br />
59,05mm<br />
71,58mm<br />
67,88mm<br />
70,24mm<br />
68,52mm<br />
63,57mm<br />
62,42mm<br />
60,55mm<br />
57,03mm<br />
57,53mm<br />
62,60mm<br />
54,70mm<br />
51,70mm<br />
52,84mm<br />
54,31mm<br />
53,98mm<br />
37,57mm<br />
39,27mm<br />
39,76mm<br />
53,54mm<br />
52,49mm<br />
52,00mm<br />
50,44mm<br />
50,33mm<br />
48,81mm<br />
44,16mm<br />
43,63mm<br />
44,34mm<br />
49,48mm<br />
47,39mm<br />
47,02mm<br />
36,73mm<br />
37,85mm<br />
37,99mm<br />
50,66mm<br />
50,86mm<br />
50,56mm<br />
41,71mm<br />
41,74mm<br />
41,49mm<br />
44,77mm<br />
45,40mm<br />
45,08mm<br />
50,06mm<br />
47,50mm<br />
47,22mm<br />
41,68mm<br />
42,11mm<br />
41,44mm<br />
45,54mm<br />
45,42mm<br />
45,24mm<br />
48,15mm<br />
48,43mm<br />
48,42mm<br />
43,69mm<br />
43,93mm<br />
44,38mm<br />
50,59mm<br />
49,25mm<br />
49,78mm<br />
37,26mm<br />
39,17mm<br />
37,43mm<br />
52,47mm<br />
53,07mm<br />
53,67mm<br />
50,44mm<br />
48,93mm<br />
50,14mm<br />
46,82mm<br />
44,81mm<br />
45,02mm<br />
46,91mm<br />
46,99mm<br />
45,93mm<br />
38,77mm<br />
40,18mm<br />
37,75mm<br />
52,70mm<br />
52,43mm<br />
52,59mm<br />
44,54mm<br />
45,49mm<br />
44,30mm<br />
49,71mm<br />
49,29mm<br />
48,71mm<br />
49,05mm<br />
48,70mm<br />
47,74mm<br />
45,77mm<br />
44,16mm<br />
42,94mm<br />
45,46mm<br />
45,57mm<br />
45,40mm<br />
52,14mm<br />
51,24mm<br />
50,71mm<br />
44,75mm<br />
44,13mm<br />
44,21mm<br />
109,11mm<br />
104,26mm<br />
102,47mm<br />
95,63mm<br />
93,75mm<br />
93,49mm<br />
97,72mm<br />
96,83mm<br />
98,19mm<br />
98,27mm<br />
97,18mm<br />
97,28mm<br />
91,58mm<br />
86,55mm<br />
86,67mm<br />
102,75mm<br />
92,87mm<br />
94,69mm<br />
80,78mm<br />
75,55mm<br />
75,33mm<br />
105,89mm<br />
101,97mm<br />
98,29mm<br />
97,14mm<br />
89,41mm<br />
89,84mm<br />
94,50mm<br />
94,71mm<br />
92,83mm<br />
97,29mm<br />
96,32mm<br />
95,69mm<br />
105,87mm<br />
99,52mm<br />
100,86mm<br />
107,16mm<br />
99,03mm<br />
98,38mm<br />
103,19mm<br />
100,39mm<br />
99,87mm<br />
89,13mm<br />
83,30mm<br />
83,30mm<br />
109,26mm<br />
103,13mm<br />
103,24mm<br />
95,03mm<br />
91,82mm<br />
93,04mm<br />
95,66mm<br />
93,67mm<br />
97,08mm<br />
102,23mm<br />
96,23mm<br />
97,13mm<br />
91,15mm<br />
87,29mm<br />
88,21mm<br />
103,28mm<br />
94,99mm<br />
95,76mm<br />
82,75mm<br />
77,75mm<br />
76,47mm<br />
106,48mm<br />
102,15mm<br />
100,33mm<br />
96,20mm<br />
90,07mm<br />
89,99mm<br />
96,68mm<br />
94,72mm<br />
93,42mm<br />
98,18mm<br />
99,86mm<br />
99,96mm<br />
106,17mm<br />
100,89mm<br />
101,97mm<br />
104,96mm<br />
100,21mm<br />
98,16mm<br />
103,16mm<br />
99,95mm<br />
99,59mm<br />
94,10mm<br />
86,97mm<br />
84,09mm<br />
44
45<br />
B.C.A 52,47mm<br />
49,91mm<br />
49,04mm<br />
56,63mm<br />
56,83mm<br />
55,12mm<br />
49,33mm<br />
48,61mm<br />
48,80mm<br />
43,43mm<br />
42,99mm<br />
43,29mm<br />
93,85mm<br />
90,63mm<br />
89,61mm<br />
92,90mm<br />
92,74mm<br />
91,27mm<br />
B. A 62,28mm<br />
58,35mm<br />
59,05mm<br />
60,34mm<br />
60,24mm<br />
60,46mm<br />
49,17mm<br />
49,67mm<br />
49,24mm<br />
48,20mm<br />
46,02mm<br />
45,94mm<br />
98,65mm<br />
95,68mm<br />
95,73mm<br />
97,15mm<br />
93,34mm<br />
94,71mm<br />
C.U.C 63,16mm<br />
59,23mm<br />
59,11mm<br />
64,98mm<br />
62,07mm<br />
61,35mm<br />
54,34mm<br />
55,08mm<br />
54,64mm<br />
51,22mm<br />
50,89mm<br />
50,80mm<br />
107,70mm<br />
105,44mm<br />
104,57mm<br />
107,31mm<br />
105,12mm<br />
104,44mm<br />
E.M 57,74mm<br />
53,66mm<br />
53,61mm<br />
56,19mm<br />
53,63mm<br />
53,71mm<br />
50,01mm<br />
49,59mm<br />
49,50mm<br />
44,22mm<br />
43,13mm<br />
42,64mm<br />
95,74mm<br />
91,17mm<br />
90,47mm<br />
90,18mm<br />
86,40mm<br />
86,23mm<br />
E.T.S 56,26mm<br />
52,38mm<br />
52,49mm<br />
56,46mm<br />
52,28mm<br />
50,81mm<br />
54,02mm<br />
55,01mm<br />
54,54mm<br />
52,76mm<br />
51,18mm<br />
51,39mm<br />
101,99mm<br />
98,35mm<br />
97,39mm<br />
101,15mm<br />
95,89mm<br />
94,71mm<br />
J.B.N 65,44mm<br />
58,59mm<br />
57,88mm<br />
64,58mm<br />
58,08mm<br />
58,69mm<br />
44,15mm<br />
44,55mm<br />
44,80mm<br />
50,18mm<br />
48,16mm<br />
48,09mm<br />
95,33mm<br />
88,93mm<br />
88,48mm<br />
100,23mm<br />
92,64mm<br />
92,86mm<br />
L.A.S. 54,69mm<br />
52,11mm<br />
50,60mm<br />
52,39mm<br />
50,64mm<br />
48,97mm<br />
49,72mm<br />
50,08mm<br />
49,85mm<br />
51,89mm<br />
49,95mm<br />
50,77mm<br />
94,48mm<br />
91,92mm<br />
90,19mm<br />
94,33mm<br />
91,52mm<br />
90,98mm<br />
L.F.S 63,21mm<br />
57,89mm<br />
57,63mm<br />
62,75mm<br />
59,16mm<br />
58,17mm<br />
49,18mm<br />
48,03mm<br />
48,32mm<br />
49,33mm<br />
48,20mm<br />
48,21mm<br />
103,54mm<br />
96,88mm<br />
96,64mm<br />
103,22mm<br />
99,09mm<br />
98,40mm<br />
L.L 54,44mm<br />
53,52mm<br />
57,63mm<br />
54,10mm<br />
53,54mm<br />
58,17mm<br />
49,22mm<br />
47,81mm<br />
48,32mm<br />
46,85mm<br />
47,39mm<br />
48,21mm<br />
92,00mm<br />
90,51mm<br />
92,64mm<br />
87,38mm<br />
87,84mm<br />
90.40mm<br />
M.A.N 68,50mm<br />
64,07mm<br />
65,63mm<br />
66,72mm<br />
66,59mm<br />
67,13mm<br />
50,03mm<br />
49,30mm<br />
49,01mm<br />
48,22mm<br />
46,93mm<br />
46,99mm<br />
107,12mm<br />
102,42mm<br />
103,07mm<br />
104,11mm<br />
103,12mm<br />
103,61mm<br />
N.S.A 60,02mm<br />
56,36mm<br />
56,38mm<br />
55,68mm<br />
55,76mm<br />
56,12mm<br />
54,07mm<br />
53,72mm<br />
53,39mm<br />
52,79mm<br />
50,62mm<br />
50,81mm<br />
104,49mm<br />
99,95mm<br />
99,75mm<br />
99,24mm<br />
97,75mm<br />
98,39mm<br />
R. A. F 56,56mm<br />
52,68mm<br />
53,23mm<br />
55,86mm<br />
53,42mm<br />
54,00mm<br />
54,56mm<br />
53,75mm<br />
53,28mm<br />
55,21mm<br />
55,51mm<br />
54,34mm<br />
102,29mm<br />
98,04mm<br />
97,83mm<br />
102,17mm<br />
100,54mm<br />
100,07mm<br />
S. B. C 62,85mm<br />
52,90mm<br />
55,99mm<br />
61,73mm<br />
54,23mm<br />
55,66mm<br />
44,93mm<br />
45,47mm<br />
45,06mm<br />
45,38mm<br />
45,19mm<br />
44,45mm<br />
96,77mm<br />
87,53mm<br />
87,65mm<br />
94,53mm<br />
87,64mm<br />
88,17mm<br />
S.N. B 54,63mm<br />
52,50mm<br />
52,33mm<br />
52,38mm<br />
51,80mm<br />
51,43mm<br />
46,77mm<br />
46,61mm<br />
45,89mm<br />
41,96mm<br />
42,06mm<br />
42,61mm<br />
88,20mm<br />
87,10mm<br />
86,16mm<br />
84,32mm<br />
84,86mm<br />
84,58mm<br />
T.B.L 66,41mm<br />
63,40mm<br />
63,52mm<br />
63,69mm<br />
59,70mm<br />
58,75mm<br />
52,58mm<br />
49,25mm<br />
49,39mm<br />
48,75mm<br />
47,88mm<br />
48,46mm<br />
105,83mm<br />
100,08mm<br />
99,76mm<br />
101,53mm<br />
97,89mm<br />
97,08mm
Anexo 4 - Valores obtidos pela média das medidas realizadas<br />
17-21 28-23 21-22 23-22 17-22 22-28<br />
A.G.R 64,36mm 68,89mm 53,65mm 49,87mm 105,28mm 105,21mm<br />
A.D. S.J 66,56mm 65,22mm 38,86mm 37,95mm 94,29mm 93,29mm<br />
A.L.T 52,85mm 50,14mm 50,86mm 53,07mm 97,57mm 95,47mm<br />
A.C. B.S 65,13mm 65,28mm 49,86mm 49,83mm 97,57mm 98,53mm<br />
B.B.S.R 61,38mm 60,57mm 44,04mm 45,55mm 88,26mm 88,88mm<br />
C.B.C 65,81mm 68,96mm 47,96mm 46,61mm 96,77mm 98,01mm<br />
E.A.C 51,98mm 52,20mm 37,52mm 38,90mm 77,22mm 78,99mm<br />
J.Y.S 64,77mm 61,98mm 50,69mm 52,57mm 102,05mm 102,98mm<br />
J.D 63,90mm 61,98mm 41,64mm 44,77mm 92,13mm 92,08mm<br />
P.L.Y 64,89mm 62,48mm 45,08mm 49,23mm 94,01mm 94,94mm<br />
R.B.P 57,12mm 57,70mm 49,92mm 48,49mm 96,43mm 99,33mm<br />
V.L. M 71,94mm 69,90mm 41,74mm 44,29mm 102,08mm 103,01mm<br />
A.O 63,20mm 64,83mm 45,40mm 45,47mm 101,52mm 101,11mm<br />
A.N. D 60,13mm 58,37mm 48,33mm 51,36mm 101,15mm 100,90mm<br />
A.A. P 56,11mm 56,33mm 44,00mm 44,36mm 85,24mm 88,38mm<br />
B.C. A 50,47mm 56,19mm 48,90mm 43,44mm 91,36mm 92,30mm<br />
B. A 59,80mm 60,30mm 49,36mm 46,72mm 96,68mm 95,06mm<br />
C.U. C 60,50mm 62,80mm 54,68mm 50,97mm 105,90mm 105,60mm<br />
E.M 55,00mm 54,51mm 49,70mm 43,33mm 92,46mm 87,60mm<br />
E.T.S 53,71mm 53,18mm 54,52mm 51,77mm 99,24mm 97,71mm<br />
J.B. N 60,63mm 60,45mm 44,50mm 48,81mm 90,91mm 95,24mm<br />
L.A.S 55,46mm 50,66mm 49,88mm 50,87mm 92,19mm 92,27mm<br />
L.F. S 59,57mm 60,02mm 48,51mm 48,58mm 99,02mm 100,23mm<br />
L.L 55,19mm 55,27mm 48,45mm 47,48mm 91,71mm 88,54mm<br />
M.A.N 66,06mm 66,81mm 49,44mm 47,38mm 104,20mm 103,61mm<br />
N.S.A 57,58mm 55,85mm 53,72mm 51,40mm 101,39mm 98,46mm<br />
R.A. F 53,82mm 54,42mm 53,86mm 55,02mm 99,38mm 100,92mm<br />
S.B.C 57,24mm 57,20mm 45,15mm 45,00mm 90,65mm 90,11mm<br />
S.N.B 53,15mm 51,87mm 46,42mm 42,21mm 87,15mm 84,58mm<br />
T.B. L 64,44mm 60,71mm 50,40mm 48,36mm 101,89mm 98,83mm<br />
46
Anexo 5 - Medidas das diferenças dos lados opostos comparadas entre si<br />
A.G.R 64,36mm 68,89mm<br />
17-21 / 28-23 21-22 / 23-22 17-22 / 22-28<br />
4,53mm ass.esq.<br />
A.D.S.J 66,56mm 65,22mm<br />
1,34mm ass. dent.<br />
A.L.T 52,85mm 50,14mm<br />
2,71mm ass.esq.<br />
A.C.B.S 65,13mm 65,28mm<br />
0,15mm ass.dent.<br />
B.B.S.R 61,38mm 60,57mm<br />
0,81mm ass. dent.<br />
C.B.C 65,81mm 68,96mm<br />
3,15mm ass. esq.<br />
E.A.C 51,98mm 52,20mm<br />
0,22mm ass. dent.<br />
J.Y.S 64,77mm 61,98mm<br />
2,79mm ass. esq.<br />
J.D 63,90mm 61,98mm<br />
1,92mm ass. dent.<br />
P.L.Y 64,89mm 62,48mm<br />
2,41mm ass. esq.<br />
R.B.P 57,12mm 57,70mm<br />
0,58mm ass. dent.<br />
V.L.M 71,90mm 69,99mm<br />
1,91mm ass. dent.<br />
A.O 63,20mm 64,83mm<br />
1,63mm ass. dent.<br />
A.N.D 60,13mm 58,37mm<br />
1,76mm ass. dent.<br />
A.A.P 56,11mm 56,33mm<br />
0,22mm ass. dent.<br />
B.C.A 50,47mm 56,19mm<br />
5,72mm ass. esq.<br />
B.A 59,80mm 60,30mm<br />
0,50mm ass. dent.<br />
53,65mm 49,87mm<br />
3,78mm ass.esq.<br />
38,86mm 37,95mm<br />
0,91mm ass. dent.<br />
50,86mm 53,07mm<br />
2,21mm ass. esq.<br />
49,86mm 49,83mm<br />
0,03mm ass. dent.<br />
44,04mm 45,55mm<br />
1,51mm ass.dent.<br />
47,96mm 46,61mm<br />
1,35mm ass. dent.<br />
37,52mm 38,90mm<br />
1,38mm ass. dent.<br />
50,69mm 52,57mm<br />
1,88mm ass. dent.<br />
41,64mm 44,77mm<br />
3,13mm ass. esq.<br />
45,08mm 49,23mm<br />
4,15mm ass. esq.<br />
49,92mm 48,49mm<br />
1,43mm ass. dent.<br />
41,74mm 44,29mm<br />
2,55mm ass. esq.<br />
45,40mm 45,47mm<br />
0,07mm ass. dent.<br />
48,33mm 51,36mm<br />
3,03mm ass. esq.<br />
44,00mm 44,36mm<br />
0,36mm ass. dent.<br />
48,90mm 43,44mm<br />
5,46mm ass. esq.<br />
49,36mm 46,72mm<br />
2,64mm ass. esq.<br />
105,28mm 105,21mm<br />
0,07 ass.dent.<br />
94,29mm 93,29mm<br />
1,00 ass.dent.<br />
97,57mm 95,47mm<br />
2,17mm ass. esq.<br />
97,57mm 98,53mm<br />
0,96mm ass. dent.<br />
88,26mm 88,88mm<br />
0,62mm ass. dent.<br />
96,77mm 98,01mm<br />
1,24mm ass. dent.<br />
77,22mm 78,99mm<br />
1,77mm ass. dent.<br />
102,05mm 102,98mm<br />
0,93mm ass. dent.<br />
92,13mm 92,08mm<br />
0,05mm ass. dent.<br />
94,01mm 94,94mm<br />
0,93mm ass. dent.<br />
96,43mm 99,33mm<br />
2,29mm ass.esq.<br />
102,08mm 103,01mm<br />
0,93mm ass. dent.<br />
101,52mm 101,11mm<br />
0,41mm ass. dent.<br />
101,15mm 100,90mm<br />
0,25mm ass. dent.<br />
85,24mm 88,38mm<br />
3,14mm ass. esq.<br />
91,36mm 92,30mm<br />
0,94mm ass. dent.<br />
96,68mm 95,06mm<br />
1,62mm ass. dent.<br />
C.U.C 60,50mm 62,40mm 54,68mm 50,97mm 105,90mm 105,60mm<br />
47
1,9mm ass. dent. 3,71mm ass. esq. 0,30mm ass. dent.<br />
E.M 55,00mm 54,51mm<br />
0,49mm ass. dent.<br />
E.T.S 53,71mm 53,18mm<br />
0,53mm ass. dent.<br />
J.B.N 60,63mm 60,45mm<br />
0,18mm ass. dent.<br />
L.A.S 55,46mm 50,66mm<br />
4,80mm ass. esq.<br />
L.F.S 59,57mm 60,02mm<br />
0,45mm ass. dent.<br />
L.L 55,19mm 55,27mm<br />
0,08mm ass. dent.<br />
M.A.N 66,06mm 66,81mm<br />
0.75mm ass. dent.<br />
N.S.A 57,58mm 55,85mm<br />
1,73mm ass. dent.<br />
R.A.F 53,82mm 54,42mm<br />
0,60mm ass. dent.<br />
S.B.C 57,24mm 57,20mm<br />
0,04 ass. dent.<br />
S.N.B 53,15mm 51,87mm<br />
1,28mm ass. dent.<br />
T.B.L 64,44mm 60,71mm<br />
3,73mm ass. esq.<br />
49,70mm 43,33mm<br />
6,37mm ass. esq.<br />
54,52mm 51,77mm<br />
2,75mm ass. esq.<br />
44,50mm 48,81mm<br />
4,31mm ass. esq.<br />
49,88mm 50,87mm<br />
0,99mm ass. dent<br />
48,51mm 48,58mm<br />
0,07mm ass. dent.<br />
48,45mm 47,48mm<br />
0,97mm ass. dent.<br />
49,44mm 47,38mm<br />
2,06mm ass. esq.<br />
53,72mm 51,40mm<br />
2,32mm ass. esq.<br />
53,86mm 55,02mm<br />
1,16mm ass. dent.<br />
45,15mm 45,00mm<br />
0,15mm ass. dent.<br />
46,42mm 42,21mm<br />
4,21mm ass. esq.<br />
49,40mm 48,36mm<br />
1,04mm ass.dent.<br />
92,46mm 87,60mm<br />
4,86mm ass. esq.<br />
99,24mm 97,71mm<br />
1,53mm ass. dent.<br />
90,91mm 95,24mm<br />
4,33mm ass. esq.<br />
92,19mm 92,27mm<br />
0,08mm ass. dent.<br />
99,02mm 100,23mm<br />
1,21mm ass. dent.<br />
91,71mm 88,54mm<br />
3,17mm ass. esq.<br />
104,20mm 103,61mm<br />
0,59mm ass. dent.<br />
101,39mm 98,46mm<br />
2,93mm ass. esq.<br />
99,38mm 100,92mm<br />
1,54mm ass. esq.<br />
90,65mm 90,11mm<br />
0,54mm ass. dent.<br />
87,15mm 84,58mm<br />
2,57mm ass. esq.<br />
101,89mm 98,83mm<br />
3,06mm ass. esq.<br />
Assimetria Esquelética:<br />
17-21 / 28-23 21-22 / 23-22 17-22 / 22-28<br />
8 15 9<br />
Assimetria Dentária:<br />
17-21 / 28-23 21-22 / 23-22 17-22 / 22-28<br />
22 15 21<br />
48
49<br />
8 REFERÊNCIAS<br />
1.Alavi DG, BeGole EA, Schneider BJ. Facial and dental arch asymmetries in Class II<br />
subdivision malocclusion. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1988;93(1):38-46.<br />
3.Angle EH. Malocclusion of the teeth. Philadelphia: S.S. White; 1907.<br />
28.Araújo TM, Wilhelm RS, Almeida MA.Skeletal and dental arch asymmetries in Class<br />
II division 1 subdivision malocclusions. J Clin Pediatr Dent. 1994;18(3):181-5.<br />
37.Azevedo ARP, Janson G, Henriques JFC, Freitas MR. Evaluation of asymmetries<br />
between subjects with Class II subdivision and apparent facial asymmetry and those<br />
with normal occlusion. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2006;129(3):376-83.<br />
10.Bart RS, Kopf AW. Hemifacial atrophy. J Dermatol Surg Oncol. 1978;4(12):908-9.<br />
31.Baskin NH, Cisneros GJ. A comparison of two computer cephalometric programs. J<br />
Clin Orthod. 1997;31:231-3.<br />
6.Bishara SE, Burkey OS, Kharouf JG. Dental and facial asymmetries: a review. Angle<br />
Orthod. 1994;64(2):89-98.<br />
13.Boter E. A common form of facial asymmetry in the newborn infant: its etiology ad<br />
orthodontic significance. Am J Orthod. 1953;39:895-9.<br />
41.Bussab WO, Morettin PA. Estatística básica. São Paulo: Saraiva; 2006.<br />
16.Cheney EA. Dentofacial asymmetries and their clinical significance. Am J Orthod.<br />
1961;47(11):814-29.<br />
5.Erickson GE, Waite DE. Mandibular asymmetry. J Am Dent Assoc 1974;89:1369-73.<br />
9.Eubanks RJ. Surgical correction of masseter muscle hypertrophy associated with<br />
unilateral prognathism: report of case. J Oral Surg. 1957;15:66-69.<br />
4.Fischer B. Asymmetries of the dentofacial complex. Angle Orthod. 1954;24:179-92.<br />
42.Fleiss JL. Statistical methods for rates and proportions. 2ed. New York: John Wiley;<br />
1981.<br />
33.Fonseca RJ. Oral and maxillofacial surgery. Pennsylvania: W. B. Saunders<br />
Company; 2000.<br />
7.Garn SM, Lewis AB, Kerewsky RS. The meaning of bilateral asymmetry the<br />
permanent dentition. Angle Orthod. 1966;36(1):55-62.<br />
18.Gianelly AA, Paul A.A procedure for midline correction. Am J Orthod. 1970;58:264-7.
23.Grayson BH, McCarthy JG, Bookstein F. Analysis of craniofacial asymmetry by<br />
multiplane cephalometry. Am J Orthod. 1983;84(3):217-24.<br />
25.Grummons DC, Kappeyne van de Coppello MA. A frontal asymmetry analysis. J Clin<br />
Orthod. 1987;21(7):448-65.<br />
30.Janson GRP, Pereira ACJ, Dainesi EA, de Freitas MR. A assimetria dentária e suas<br />
implicações no tratamento ortodôntico: apresentação de um caso clínico. Ortodontia<br />
1995;28(3):68-73.<br />
34.Janson GRP, Metaxas A, Woodside DG, de Freitas MR, Pinzan A. Threedimensional<br />
evaluation of skeletal and dental asymmetries in Class II subdivision<br />
malocclusions. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2001;119(4):406-18.<br />
39.Janson G. Entrevista. R Dental Press Ortodon Ortop Facial. 2006;11(4):13-23<br />
40.Janson GRP, de Lima KJ, Woodside DG, Metaxas A, de Freitas MR, Henriques JF.<br />
Class II subdivision malocclusion types and evaluation of their asymmetries. Am J<br />
Orthod Dentofacial Orthop. 2007;131:57-66.<br />
26.Jerrold L, Lowenstein LJ. The midline: diagnosis and treatment. Am J Orthod<br />
Dentofacial Orthop. 1990;97(3):453- 62.<br />
21.Jonk LM. Condylar hyperplasia. A case for early treatment. Int J Oral Surg.<br />
1981;10:154-60.<br />
17.Letzer GM, Kronman JH. A posteroanterior cephalometric evaluation of craniofacial<br />
asymmetry. Angle Orthod. 1967;37(3):205-11.<br />
20.Lewis PD. The deviated midline. Am J Orthod. 1976;70(6):601-16.<br />
36.Lima KJRS, Janson G, Henriques JFC, Freitas MR, Pinzan A. Avaliação da<br />
concordância entre a classificação dos tipos de Classe II, subdivisão, em fotografias e<br />
em radiografias póstero-anteriores. Rev Dental Press Ortodon Ortop Facial<br />
2005;10(3):46-55.<br />
8.Lundström A. Nature versus nurture in dento-facial variation. Eur J Orthod.<br />
1984;6(2):77-91.<br />
38.Mailankody J Deferred extraction option for Class II subdivision malocclusion. Am J<br />
Orthod Dentofacial Orthop. 2006;129(4):455<br />
35.Maruo ME, Kawauchi MY, Dainesi EA, Vedovelho Filho M, Siqueira RMG. Avaliação<br />
radiográfica da assimetria mandibular em pacientes com mordida cruzada posterior<br />
comparados com jovens com oclusão normal. Ortodontia 2003;36(1):25-40.<br />
27.Moyers R. Ortodontia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1991.<br />
50
29.O’Byrn BL, Sadowsky C, Schneider B, BeGole EA. An evaluation of mandibular<br />
asymmetry in adults with unilateral posterior crossbite. Am J Orthod Dentofacial Orthop.<br />
1995;107(4):394-400.<br />
2.Person M. Mandibular asymmetry of hereditary origin. Am J Orthod. 1973;63(1):1-11.<br />
24.Pullinger AG, Solberg WK, Hollender L, Peterssin A. Relationship of mandibular<br />
condylar position to dental occlusion factors in an asymptomatic population. Am J<br />
Orthod Dentofacial Orthop. 1987;91(3):200-6.<br />
22.Ricketts RM. Perspectives in the clinical application of cephalometrics. The first fifty<br />
years. Angle Orthod. 1981;51(2):115-50.<br />
15.Shore IL. A cephalometric study of facial symmetry. Am J Orthod. 1960;46:789-92.<br />
32.Sjursen RC, Legan HL, Werther JR. Case report: assessment, documentation and<br />
treatment of a development facial asymmetry following early childhood injury. Angle<br />
Orthod. 1999;69:89-94.<br />
12.Strang RHW. Text-book of orthodontia. Philadelphia: Lea & Febiger; 1950.<br />
11.Thompson JR. Asymmetry of the face. J Am Dent Assoc. 1943;30(1):1859-71.<br />
19.Wertz RA. Diagnosis and treatment planning of unilateral Class II malocclusions.<br />
Angle Orthod. 1975;45(2):85-94.<br />
14.Yen PKJ. Identification of landmarks in cephalometric radiographs. Angle Orthod.<br />
1960;30:35-41.<br />
51
Abstract<br />
Purpose: To investigate the mandibular asymmetry cause of an individual with Class II<br />
subdivision malocclusion, through a cephalometric analysis made on frontal digital<br />
teleradiography. The aim was also to provide, through the results of cephalometric<br />
analysis, subsidies to the professionals to a better diagnosis and treatment plan of<br />
patients with Class II subdivision malocclusion. Methods: The sample consisted of 30<br />
individuals presenting Class II subdivision malocclusion. Frontal digital<br />
teleradiographies were performed and five main points were demarcated (17 - center<br />
point on top of the head of left condyle, 28 - center point on top of the head of right<br />
condyle, 23 - the deepest point in the right antegonial notch, 21 - deepest point on the<br />
left antegonial notch, and 22 - lower point in the mandibular symphysis). Sixteen<br />
secondary points were used in the cephalometric analysis. A digital system (Radiocef ®<br />
4.9) was used to point assessment, which determined the lines, plans and measures<br />
necessary to verify the origin of mandibular asymmetry present in an individual with a<br />
Class II subdivision malocclusion. Results: The results showed that there is a greater<br />
tendency of mandibular asymmetry of dental cause in malocclusion subdivision Class II<br />
conditions, however the orthodontist should give special attention to the sides of the<br />
base of the mandible, since the results found in this cephalometric study showed a<br />
greater linear difference comparing one against another attempting to a possible<br />
skeletal cause of mandibular asymmetry. Conclusions: The cephalometric analysis<br />
used in this study confirmed the clinical need for diagnosis and orthodontic treatment<br />
plan for individuals with Class II subdivision malocclusion, it is a simplified method that<br />
induces the professional to use complementary tests (clinical and photographic<br />
examination, analysis of models and CT) in cases where the cephalometric results<br />
showed a trend of a mandibular asymmetry of skeletal cause, since in most cases of<br />
malocclusion division Class II the individual is treated as if the mandibular asymmetry<br />
was always of dental cause.
APÊNDICE<br />
O Boxplot é uma representação gráfica que nos fornece uma idéia da<br />
posição, dispersão, assimetria e dados discrepantes.<br />
A construção é feita a partir de algumas medidas de posição:<br />
• Primeiro quartil (J1)<br />
• Mediana (J2)<br />
• Terceiro quartil (J3)<br />
Definimos inicialmente aqueles valores que estão muito distantes do primeiro<br />
ou do terceiro quartis, como sendo observações discrepantes.<br />
Para construir o Boxplot, consideraremos um retângulo onde estão<br />
representados os quartis e a mediana. A partir do retângulo, para cima e para baixo,<br />
seguem linhas até o ponto mais remoto que não seja uma observação discrepante.<br />
Obteremos, então, uma figura que representa o conjunto dos dados, com exceção<br />
dos outlier. Estes serão representados individualmente por x.<br />
A posição central dos valores é dada pela mediana e a dispersão pela<br />
diferença entre o terceiro e o primeiro quartis. As posições relativas de J1, J2 e J3<br />
dão uma noção da assimetria da distribuição.
Bibliografia Consultada<br />
Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. Novo dicionário da Língua Portuguesa. 3 a ed. São<br />
Paulo, PositivoEditora.<br />
Valandro L. Dicionário inglês-português, português-inglês. 1 a ed. São Paulo: Globo<br />
1996.<br />
Walter Weisflog. Michaelis Inglês-Português/Português-Inglês. 1 a ed. Rio de Janeiro:<br />
MelhoramentoEditora.<br />
Rother ET, Braga MER. Como elaborar sua tese: estrutura e referências. São Paulo;<br />
2001. 86p.<br />
Ferreira ABH. Novo Dicionário Aurélio Século XXI [online]. São Paulo: Lexicon<br />
Informática; 2007. Disponível em URL: http://www2.uol.com.br/aurelio/index/html.<br />
Fleiss JL. Statistical methods for rates and proportions. 2 nd ed. New York: John Wiley;<br />
1981:38-46.<br />
Bussab WO. Estatística básica. 5ª ed. São Paulo: Saraiva; 2006