leandro kfouri martins cerqueira análise ... - (DDI) - UNIFESP

segmento dos arcos dentários responsáveis pelo problema deve ser identificado para o
desenvolvimento do plano de tratamento. Quando se verifica que a maloclusão não é
esquelética, o autor advoga a utilização de um dispositivo para determinar em qual arco
dentário está a discrepância. Sugere, para a correção desses casos, extrações
assimétricas. Afirmou que é raro encontrar qualquer magnitude de desarmonia
esquelética nos casos de Classe II unilaterais, concluindo, portanto, que os casos de
maloclusão unilateral de Classe II apresentam muitas causas diferentes e que o plano
de tratamento deve ser baseado no problema individual específico.
Lewis (20) afirma que o problema de desvio de linha média ocorre principalmente
nos casos de Classe II. As causas mais freqüentes das discrepâncias de linha média
são: deslocamento mandibular resultante de mordida cruzada posterior, inclinação ou
mesialização dos dentes, deslocamento mandibular sem mordida cruzada, assimetria
dos arcos, discrepâncias de tamanho dentário, ou uma combinação dos fatores acima.
O autor recomenda a utilização de mecânica com molas de distalização, para distalizar
os dentes póstero-superiores em casos de assimetria dos arcos. Portanto, os dentes
superiores do lado da Classe II são distalizados um a um até que a coincidência das
linhas média seja obtida.
Bart et al. (10) realizaram estudos avaliando casos de assimetria de origem
muscular e como resultado observaram que podem ocorrer desproporções faciais e
desvios de linha média, algumas vezes pelo tamanho do músculo ser desproporcional.
A função muscular anormal freqüentemente resulta em desvios esqueléticos e dentais
levando assim o indivíduo a desenvolver uma maloclusão.
Jonk (21) demonstrou diversas variáveis existentes na face. Uma alteração em
alguma porção do complexo craniofacial produz uma alteração igual em outra parte e,
algumas vezes, em sentido contrário. Devido à habilidade intrínseca individual para
compensar alterações de crescimento regionais, uma alteração relevante em uma parte
anatômica não impede necessariamente o desenvolvimento de proporções faciais
harmoniosas.
Em estudos realizados para diagnosticar a assimetria facial Ricketts (22) concluiu
que a comparação entre os lados é mais precisa uma vez que as linhas médias da face
e da dentição podem ser registradas e avaliadas. O cefalogramas póstero-anteriores
podem ser obtidos em oclusão cêntrica e também com a boca aberta. A última posição
pode ajudar a determinar a extensão do desvio funcional se houver algum. Com
respeito à localização da assimetria pelo cefalograma PA (póstero-anterior), uma vez
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