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1 - Engenharia Naval e Oceânica - UFRJ

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UM EXPERIMENTO SOBRE TRANSPORTE LITORÂNEO EM UMA PRAIA<br />

DA LAGOA DE ARARUAMA, RJ<br />

Carlos Frederico Borges Pereira<br />

TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS<br />

PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE<br />

FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSARIOS<br />

PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIAS EM ENGENHARIA<br />

OCEANICA.<br />

Aprovada por:<br />

Prof. Enise Maria Salgado Valentini, D.Sc.<br />

~rof c~audo Freitas Neves, P~.D.'<br />

Prof. Carlos Eduardo Parente Ribeiro, D.Sc.<br />

Prof. Renato Parkinson Martins, D.Sc.<br />

RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL<br />

MARÇO DE 2001


BORGES PEREIRA, CARLOS FREDERICO<br />

Um Experimento sobre Transporte<br />

Litorâneo em uma Praia da Lagoa de<br />

Araruama, RJ [Rio de Janeiro] 2001<br />

xvi, 140 p. 29,7 cm (COPPEI<strong>UFRJ</strong>,<br />

M.Sc., <strong>Engenharia</strong> <strong>Oceânica</strong>, 2001)<br />

Tese - Universidade Federal do Rio de<br />

Janeiro, COPPE<br />

1. Transporte Litorâneo<br />

2. Processos Litorâneos<br />

I. COPPEI<strong>UFRJ</strong> II. Titulo (série)


iii<br />

A minha mãe (h<br />

memoriam) por tudo que fez e<br />

certamente por tudo que faria, a<br />

Andrea, minha esposa que em<br />

todos os momentos, muito me<br />

apoiou, e aos meus filhos<br />

queridos, Maria Eduarda e João<br />

Pedro.


AGRADECIMENTOS<br />

Agradeço a todos aqueles que de alguma forma, direta ou indiretamente, me<br />

apoiaram e contribuíram para a realização deste trabalho. Meus agradecimentos em<br />

especial:<br />

a Diretoria de Hidrografia e Navegação, pela oportunidade ímpar concedida;<br />

à Administração do Praia Clube de Araruama (PCA) pela cessão do local e<br />

apoio logístico oferecidos, bem como todo seu quadro de funcionários;<br />

aos senhores Edilson Maesse Neves pela oportunidade de uso do PCA,<br />

George Gassmann pela disponibilização de sua garagem de barcos (base de campo<br />

dos ensaios), Zenilton da Silva Souza pelo zelo e atenção dispensados a equipe de<br />

campo e Jeremias da Silva Souza pela ajuda intensiva durante a realização dos<br />

ensaios;<br />

ao INPH, UERJ e IEAPM pelo apoio prestado;<br />

a todo o pessoal de apoio do Programa de <strong>Engenharia</strong> <strong>Oceânica</strong>;<br />

ao Laboratório de Instrumentação Oceanográfica e seus integrantes<br />

Engenheiros Fábio Nascimento de Carvalho e Marcos Toledo Ferraz, Técnico<br />

Eletrônico Francisco José da Cunha Silveira, Artífice Francisco de Assis Freitas e<br />

Desenhista João Gonçalves, por todo apoio e atenção dispensados no<br />

desenvolvimento dos sensores;<br />

a todos os integrantes do Laboratório de Traçadores;<br />

aos colegas da turma de mestrado, Odmir Andrade Aguiar, Warley Gripp<br />

Santana, Luíz Jorge Menezes da Silva, Antônio Carlos Barreto Pinto, Fernanda<br />

Gemael Hoefel e Jacyra das Flores Veloso pela união e amizade;<br />

ao grande amigo Aníbal Picanço Bentes;<br />

aos professores Carlos Eduardo Parente Ribeiro, Paulo César Colonna<br />

Rosman, Geraldo Wilson Júnior, Suzana Vinzon, Paulo de Tarso Themístocles<br />

Esperança e Dieter Carl Ernst Heino Muehe, pelos ensinamentos passados;<br />

em destaque, a minha orientadora Enise Maria Salgado Valentini e ao<br />

professor Claudio Freitas Neves pela dedicação, orientação e apoio em sala de aula,<br />

nos trabalhos de campo e nos períodos extra-classe.


"A percepção do desconhecido, é a mais bela experiência que podemos viver.<br />

É a verdadeira fonte de toda arte e ciência. Aquele que nunca sentiu essa emoção,<br />

que não consegue mais se deslumbrar, têm os olhos fechados para a vida, os sentidos<br />

anestesiados, como num coma. Somente nossa intuição mais profunda é capaz de<br />

perceber que o impenetrável existe, e se manifesta na mais irradiante beleza e na<br />

mais alta sabedoria. Esse sentimento diante do misterioso é a essência da verdadeira<br />

fé. Nesse sentido, e apenas nesse, me coloco entre os homens de grande devoção e<br />

religiosidade. "<br />

Albert Einstein


Resumo da Tese apresentada a COPPEI<strong>UFRJ</strong> como parte dos requisitos necessários<br />

para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M.Sc.)<br />

UM EXPERIMENTO SOBRE TRANSPORTE LITORÂNEO EM UMA PRAIA<br />

Orientadora: Enise Maria Salgado Valentini<br />

Programa: <strong>Engenharia</strong> <strong>Oceânica</strong><br />

DA LAGOA DE ARARUAMA, RJ<br />

Carlos Frederico Borges Pereira<br />

Março12001<br />

Este trabalho apresenta um experimento sobre transporte litorâneo realizado<br />

em uma praia no interior da Lagoa de Araruama, onde uma perturbação foi imposta ao<br />

meio com a introdução de um espigão transversal à linha de costa.<br />

O espigão provocou alteraçaes morfológicas na área monitorada, e através<br />

da diferença de batimetria entre leituras consecutivas, foi possível calcular o volume<br />

de sedimentos erodido e assoreado. Simultaneamente foram coletados dados de<br />

ondas, batimetria, nível d'água e alguns parâmetros auxiliares como intensidade e<br />

direção do vento, temperatura do ar e da água e medição visual de altura, período e<br />

ângulo de ataque de ondas. Outros parâmetros foram determinados em laboratório<br />

como granulometria, massa específica e índice de vazios do sedimento; e densidade,<br />

salinidade, wndutividade e pH da água.<br />

Para a realização do experimento, foram projetados e desenvolvidos um<br />

espigão, um ondógrafo direcional e um conjunto de perfiladores, específicos para uma<br />

praia de baixa energia e com pequenas profundidades.<br />

Finalmente, com os todos os dados coletados e processados, foram<br />

estabelecidos alguns parâmetros morfológicos de praia e quantificado o transporte<br />

litorâneo, cujo valor foi comparado com aquele previsto pela formulação do CERC.


Abstract of Thesis presented to COPPEI<strong>UFRJ</strong> as a partia1 fulfillment of the<br />

requirements for the degree of Master of Science (M.Sc.)<br />

A LONGSHORE SEDIMENT TRANSPORT EXPERIMENT IN A BEACH OF<br />

Advisor: Enise Maria Salgado Valentini<br />

Department: Ocean Engineering<br />

ARARUAMA LAGOON, RJ<br />

Carlos Frederico Borges Pereira<br />

March12001<br />

This work presents a longshore transport experiment, conducted in a beach<br />

inside of Araruama Lagoon where a disturbance was imposed to the environmental by<br />

introducting a groin perpendicular to the coastline.<br />

The groin caused morphologic changes in the monitored area and by the<br />

bathimetric difference, between consecutive measurement, it was possible to compute<br />

the volume of sediment eroded and accreated.<br />

Simultaneously, data were collected such as waves, bottom topography, water<br />

level and other auxiliary parameters such as speed and direction of the wind,<br />

temperature of the air and of the water, and visual observation of height, period and<br />

angle of incidence of waves. Other parameters were determined in laboratory such as<br />

sand size, specific gravity and void ratio of the sediment; and density, salinity,<br />

conductivity and pH of the water.<br />

For the accomplishment of the experiment, a groin, a directional wave gauge<br />

and an array of profilers were built, specifically designed for a low energy beach with<br />

small depths.<br />

Finally, with all data collected and processed, it was possible to establish<br />

some morphologic beach parameters and to quantify the longshore transport, whose<br />

value was compared to that predicted by formula CERC.<br />

vii


~NDICE DO TEXTO<br />

I . Introdução ............................................................................................................... I<br />

2 . Descrição do Experimento ...................................................................................... 3<br />

2.1 . Localização do Experimento ............................................................... 3<br />

2.2 . Concepção e Projeto do Experimento ................................................. 5<br />

2.2.1 . Armadilha de Areia ....................................................................... 5<br />

........................................................................................<br />

2.2.2 . Espigão 7<br />

................................................. ............................<br />

2.2.3 . Perfiladores i.. I O<br />

..................................................................<br />

2.2.4 - Ondógrafo Direcional 13<br />

2.3 - Logística ........................................................................................... 23<br />

2.4 - Observação do Nível Médio .............................................................. 23<br />

2.5 - Observação de Parâmetros Auxiliares .............................................. 24<br />

..................................................................................<br />

2.6 - O Experimento 25<br />

3 - Levantamento e Tratamento dos Dados ............................................................... 31<br />

3.1 - Dados de Ondas ............................................................................... 31<br />

3.2 - Dados de Batimetria ......................................................................... 41<br />

3.3 - Nível Médio e Parâmetros Auxiliares ................................................ 43<br />

4 - Análise dos Resultados ......................................................................................... 47<br />

4.1 - Evolução Morfológica dos Perfis de Praia ......................................... 47<br />

4.2 . Transporte Litorâneo ......................................................................... 55<br />

4.3 . Análise Geral do Experimento ........................................................... 57<br />

5 . Conclusões e Recomendações ............................................................................. 59<br />

5.1 . Conclusões ....................................................................................... 59<br />

...............................................................................<br />

5.2 . Recomendações 60<br />

Glossário .................................................................................................................... 62<br />

Referências Bibliográficas ........................................................................................... 63<br />

Anexo 1 . Características Técnicas dos Sistemas e Equipamentos Utilizados ........... 65<br />

Anexo 2 . Esquema Eletrônico do Ondógrafo Direcional ............................................ 67<br />

Anexo 3 . Projeto de Construção e Montagem do Ondógrafo Direcional .................... 69<br />

Anexo 4 . Curvas de Calibragem Estática dos Sensores no Campo .......................... 78<br />

Anexo 5 . Evolução dos Estados de Mar. Funções de Coerência entre os Sensores.<br />

Espectros de Freqüências. e Evolução Espectral no Tempo em 3D .................... 81<br />

Anexo 6 . Programas Computacionais para Cálculo de Função de Coerência. Estado<br />

de Mar. Altura Significativa. Período de Pico e Direção Principal ....................... 106<br />

Anexo 7 . Leituras Batimétricas Obtidas no Campo ................................................. 114<br />

Anexo 8 . Curvas Granulométricas dos Sedimentos de Fundo ................................ 119<br />

Anexo 9 . Descritores Estatísticos das Amostras de Sedimento de Fundo .............. 140<br />

viii


~NDICE DE FIGURAS<br />

Figura 1 . Esquema do experimento no campo ............................................................ 7<br />

Figura 2 . Curva de calibragem estática do sensor SI ......................................... 18<br />

Figura 3 . Curva de calibragem estática do sensor S2 ......................................... 18<br />

Figura 4 . Curva de calibragem estática do sensor S3 ......................................... 18<br />

Figura 5 . Vista em planta da posição dos sensores e de RN, RAI e RA2. no local do<br />

experimento ......................................................................................................... 26<br />

Figura 6 - Desenho representativo de um arquivo de dados com 9000 amostras<br />

(equivalente a 15 minutos de aquisição). dividido em 4 blocos com 2048 amostras<br />

validadas e 202 amostras descartadas ................................................................ 34<br />

Figura 7 . Evolução do estado de mar ........................................................................ 35<br />

Figura 8 - Espectro médio representativo de estado de mar ...................................... 36<br />

Figura 9 . Evolução espectral em 3D ......................................................................... 37<br />

Figura 10 - Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar I . Quartzo e Calcário) ................... 45<br />

Figura 11 . Leituras de perfil de praia na posição P1 ................................................. 49<br />

Figura 12 - Leituras de perfil de praia na posição P2 ................................................. 49<br />

Figura 13 - Leituras de perfil de praia na posição P3 ................................................. 50<br />

Figura 14 . Leituras de perfil de praia na posição P4 ................................................. 50<br />

Figura 15 - Leituras de perfil de praia na posição P5 ................................................. 51<br />

Figura 16 . Leituras de perfil de praia na posição P6 ................................................. 51<br />

Figura 17 - Perfil P1 (Sotamar) ................................................................................... 52<br />

Figura 18 - Perfil P6 (Barlamar) .................................................................................. 52<br />

Figura 19 - Parâmetros morfodinâmicos R, E e K*, parametrizados em função da<br />

velocidade orbital para todas as leituras do experimento ..................................... 53<br />

Figura 20 . Classificação do perfil de praia segundo a parametrização de<br />

SUNAMRURA & HORIKAWA (1 974) apud HORIKAWA (1 988) ........................... 55<br />

Figura 21 . Evolução da linha de costa com o tempo em cada ensaio do experimento .<br />

............................................................................................................................ 56<br />

Figura 22 . Relação entre volumes medidos e volumes calculados (CERC) .............. 56<br />

Figura 23 . Desenho esquemático do sistema eletrônico ........................................... 67<br />

Figura 24 . Desenho esquemático da unidade conversora ......................................... 68<br />

Figura 25 . Suporte vista frontal ................................................................................. 69<br />

Figura 26 . Suporte vista lateral ................................................................................. 70<br />

Figura 27 . Corte AA'. ................................................................................................ 71<br />

Figura 28 . Copo unidade eletrônica .......................................................................... 72<br />

Figura 29 . Cubo ........................................................................................................ 73<br />

Figura 30 . Passa.fio .................................................................................................. 74


Figura 31 . Haste ....................................................................................................... 75<br />

Figura 32 . Detalhes-haste (1) .................................................................................... 76<br />

Figura 33 . Detalhes-haste (2) .................................................................................... 77<br />

Figura 34 . Função de coerência entre os sensores SI e S2 (Ensaio O) .................... 81<br />

Figura 35 . Função de coerência entre os sensores SI e S3 (Ensaio 0) .................... 81<br />

Figura 36 . Função de coerência entre os sensores S2 e S3 (Ensaio 0) .................... 81<br />

Figura 37 . Evolução do estado de mar (Ensaio O) ..................................................... 82<br />

Figura 38 . Espectro médio representativo do estado de mar 1 (Ensaio 0) ................ 82<br />

Figura 39 . Espectro médio representativo do estado de mar 2 (Ensaio 0) ................ 82<br />

Figura 40 . Espectro médio representativo do estado de mar 3 (Ensaio 0) ................ 83<br />

Figura 41 . Espectro médio representativo do estado de mar 4 (Ensaio 0) ................ 83<br />

Figura 42 . Espectro médio representativo do estado de mar 5 (Ensaio 0) ................ 83<br />

Figura 43 . Espectro médio representativo do estado de mar 6 (Ensaio 0) ................ 84<br />

Figura 44 . Espectro médio representativo do estado de mar 7 (Ensaio 0) ................ 84<br />

Figura 45 . Evolução espectral em 3D sem correção (Ensaio O) ................................ 85<br />

Figura 46 . Evolução espectral em 3D corrigido (Ensaio O) ........................................ 85<br />

Figura 47 . Função de coerência entre os sensores SI e S2 (Ensaio 1) .................... 86<br />

Figura 48 . Função de coerência entre os sensores SI e S3 (Ensaio 1) .................... 86<br />

Figura 49 . Função de coerência entre os sensores S2 e S3 (Ensaio 1) .................... 86<br />

Figura 50 . Evolução do estado de mar (Ensaio 1) ..................................................... 87<br />

Figura 51 . Espectro médio representativo do estado de mar 1 (Ensaio 1) ................ 87<br />

Figura 52 . Espectro médio representativo do estado de mar 2 (Ensaio 1) ................ 87<br />

Figura 53 . Espectro médio representativo do estado de mar 3 (Ensaio 1) ................ 88<br />

Figura 54 . Espectro médío representativo do estado de mar 4 (Ensaio 1) ................ 88<br />

Figura 55 . Espectro médio representativo do estado de mar 5 (Ensaio 1) ................ 88<br />

Figura 56 . Espectro médio representativo do estado de mar 6 (Ensaio 1) ................ 89<br />

Figura 57 . Evolução espectral em 3D sem correção (Ensaio 1) ................................ 90<br />

Figura 58 . Evolução espectral em 3D corrigido (Ensaio 1) ........................................ 90<br />

Figura 59 . Função de coerência entre os sensores SI e S2 (Ensaio 2) .................... 91<br />

Figura 60 . Função de coerência entre os sensores SI e S3 (Ensaio 2) .................... 91<br />

Figura 61 . Função de coerência entre os sensores S2 e S3 (Ensaio 2) .................... 91<br />

Figura 62 . Evolução do estado de mar (Ensaio 2) ..................................................... 92<br />

Figura 63 . Espectro médio representativo do estado de mar 1 (Ensaio 2) ................ 92<br />

Figura 64 . Espectro médio representativo do estado de mar 2 (Ensaio 2) ................ 92<br />

Figura 65 . Evolução espectral em 3D sem correção (Ensaio 2) ................................ 93<br />

Figura 66 . Evolução espectral em 3D corrigido (Ensaio 2) ........................................ 93<br />

Figura 67 . Função de coerência entre os sensores SI e S2 (Ensaio 3) .................... 94


Figura 68 . Função de coerência entre os sensores SI e S3 (Ensaio 3) .................... 94<br />

Figura 69 . Função de coerência entre os sensores S2 e S3 (Ensaio 3) .................... 94<br />

Figura 70 . Evolução do estado de mar (Ensaio 3) ..................................................... 95<br />

Figura 71 . Espectro médio representativo do estado de mar 1 (Ensaio 3) ................ 95<br />

Figura 72 . Espectro médio representativo do estado de mar 2 (Ensaio 3) ................ 95<br />

Figura 73 . Evolução espectral em 3D sem correção (Ensaio 3) ................................ 96<br />

Figura 74 . Evolução espectral em 3D corrigido (Ensaio 3) ........................................ 96<br />

Figura 75 . Função de coerência entre os sensores SI e S2 (Ensaio 4) .................... 97<br />

Figura 76 . Função de coerência entre os sensores SI e S3 (Ensaio 4) .................... 97<br />

Figura 77 . Função de coerência entre os sensores S2 e S3 (Ensaio 4) .................... 97<br />

Figura 78 . Evolução do estado de mar (Ensaio 4) ..................................................... 98<br />

Figura 79 . Espectro médio representativo do estado de mar 1 (Ensaio 4) ................ 98<br />

Figura 80 . Espectro médio representativo do estado de mar 2 (Ensaio 4) ................ 98<br />

Figura 81 . Espectro médio representativo do estado de mar 3 (Ensaio 4) ................ 99<br />

Figura 82 . Evolução espectral em 3D sem correção (Ensaio 4) .............................. 100<br />

Figura 83 . Evolução espectral em 3D corrigido (Ensaio 4) ...................................... 100<br />

Figura 84 . Função de coerência entre os sensores SI e S2 (Ensaio 5) .................. 101<br />

Figura 85 . Função de coerência entre os sensores SI e S3 (Ensaio 5) .................. 101<br />

Figura 86 . Função de coerência entre os sensores S2 e S3 (Ensaio 5) .................. 101<br />

Figura 87 . Evolução do estado de mar (Ensaio 5) ................................................... 102<br />

Figura 88 . Espectro médio representativo do estado de mar 1 (Ensaio 5) .............. 102<br />

Figura 89 . Espectro médio representativo do estado de mar 2 (Ensaio 5) .............. 102<br />

Figura 90 . Espectro médio representativo do estado de mar 3 (Ensaio 5) .............. 103<br />

Figura 91 . Espectro médio representativo do estado de mar 4 (Ensaio 5) .............. 103<br />

Figura 92 . Espectro médio representativo do estado de mar 5 (Ensaio 5) .............. 103<br />

Figura 93 . Espectro médio representativo do estado de mar 6 (Ensaio 5) .............. 104<br />

Figura 94 . Espectro médio representativo do estado de mar 7 (Ensaio 5) .............. 104<br />

Figura 95 . Evolução espectral em 30 sem correção (Ensaio 5) .............................. 105<br />

Figura 96 . Evolução espectral em 3D corrigido (Ensaio 5) ...................................... 105<br />

Figura 97 . Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar 1 . Quartzo e Calcário) ................. 133<br />

Figura 98 . Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar 1 . Quartzo) .................................. 133<br />

Figura 99 . Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar 2 . Quartzo e Calcário) ................. 134<br />

Figura 100 . Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar 2 . Quartzo) ................................ 134<br />

Figura 101 . Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar 3 . Quartzo e Calcário) ............... 135<br />

Figura 102 . Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar 3 . Quartzo) ................................ 135<br />

Figura 1 03 . Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar 4 . Quartzo e Calcário) ............... 136<br />

Figura 1 04 . Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar 4 . Quartzo) ................................ 136


Figura 105 . Curva granulométrica (Perfil 6. Pilar 5 . Quartzo e Calcário) ............... 137<br />

Figura 1 06 . Curva granulométrica (Perfil 6. Pilar 5 . Quartzo) ................................ 137<br />

Figura 1 07 . Curva granulométrica (Perfil 6. Pilar 6 . Quartzo e Calcário) ............... 138<br />

Figura 108 . Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar 6 . Quartzo) ................................ 138<br />

Figura 109 . Curva granulométrica (Perfil 6. Pilar 7 . Quartzo e Calcário) ............... 139<br />

Figura 110 . Curva granulométrica (Perfil 6. Pilar 7 . Quartzo) ................................ 139<br />

xii


íMll~E DE TABELAS<br />

Tabela 1 . Tabela de calibragem estática dos sensores em laboratório ..................... 17<br />

Tabela 2 . Descrição das séries de dados de ondas .................................................. 34<br />

Tabela 3 . Estados de mar e características das ondas nos ensaios ......................... 38<br />

Tabela 4 . Interposi@o entre estados de mar e medições batimétricas ..................... 41<br />

Tabela 5 . Parâmetros auxiliares medidos no campo ................................................. 44<br />

Tabela 6 . Parâmetros auxiliares determinados em laboratório .................................. 45<br />

Tabela 7 . Transporte litorâneo .................................................................................. 57<br />

Tabela 8 . Calibragem dos sensores no campo (Ensaio O) ........................................ 78<br />

Tabela 9 . Calibragem dos sensores no campo (Ensaio 1) ........................................ 78<br />

Tabela 10 . Calibragem dos sensores no campo (Ensaio 2) ...................................... 78<br />

Tabela 11 . Calibragem dos sensores no campo (Ensaio 3) ...................................... 79<br />

Tabela 12 . Calibragem dos sensores no campo (Ensaio 4) ...................................... 79<br />

Tabela 13 . Calibragem dos sensores no campo (Ensaio 5) ...................................... 79<br />

Tabela 14 . Funções de calibragem dos sensores .................................................... 80<br />

Tabela 15 . Batimetria nos perfis (Ensaio 1) ............................................................. 114<br />

.............................................................<br />

Tabela 16 . Batimetria nos perfis (Ensaio 2) 115<br />

Tabela 17 . Batimetria nos perfis (Ensaio 3) ............................................................. 116<br />

Tabela 18 . Batimetria nos perfis (Ensaio 4) ............................................................. 117<br />

Tabela 19 . Batimetria nos perfis (Ensaio 5) ............................................................. 118<br />

Tabela 20 . Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 1, Quartzo e Calcário) . 119<br />

Tabela 21 -Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 1, Quartzo) ................. 120<br />

Tabela 22 -Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 2, Quartzo e Calcário) . 121<br />

Tabela 23 -Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 2, Quartzo) ................. 122<br />

Tabela 24 -Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 3, Quartzo e Calcário) . 123<br />

Tabela 25 -Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 3, Quartzo) ................. 124<br />

Tabela 26 -Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 4, Quartzo e Calcário) . 125<br />

Tabela 27 . Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 4, Quartzo) ................. 126<br />

Tabela 28 . Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 5, Quartzo e Calcário) . 127<br />

Tabela 29 -Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 5, Quartzo) ................. 128<br />

Tabela 30 . Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 6, Quartzo e Calcário) . 129<br />

Tabela 31 -Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 6, Quartzo) ................. 130<br />

Tabela 32 . Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 7, Quartzo e Calcário) . 131<br />

Tabela 33 -Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 7, Quartzo) ................. 132<br />

Tabela 34 . Descritores estatísticos ......................................................................... 140<br />

xiii


~NDICE DE FOTOGRAFIAS<br />

Fotografia 1 . Imagem satélite da Lagoa de Araruama com local do experimento em<br />

destaque (Fonte: INPE. 1996) ............................................................................... 3<br />

Fotografia 2 . Imagem satélite da localização da área de estudo (Fonte: INPE. 1996).4<br />

Fotografia 3 . Armadilha de areia construída na forma de uma calha em PVC para<br />

coleta de sedimentos ao longo do perfil de praia ................................................... 6<br />

Fotografia 4 . Teste de campo com a estrutura do espigão composta por sacos de<br />

material sintético preenchidos de areia, e manta de nylon na base . Observa-se<br />

que houve desmoronamento da estrutura durante os testes .................................. 8<br />

Fotografia 5 . Teste de campo com estrutura do espigão composta por sacos de<br />

algodão preenchidos de areia . Observa-se que a estrutura do espigão manteve-se<br />

intacta durante todo o período de teste .................................................................. 9<br />

Fotografia 6 . Teste com perfilador na Lagoa de Araruama ....................................... 11<br />

Fotografia 7 . Detalhe de marcação do perfilador (a cada 1 Ocm) ............................... 12<br />

Fotografia 8 . Escala graduada (confeccionada a partir de uma régua de carpinteiro) .<br />

............................................................................................................................ 12<br />

Fotografia 9 . Unidade sensora do ondógrafo ............................................................ 14<br />

Fotografia 10 . Unidade conversora do ondógrafo ..................................................... 15<br />

Fotografia 11 . Placa de interface de aquisição de dados A/D e chave de hardware . 16<br />

Fotografia 12 . Teste das unidades sensoras no LlOc ......................................... 19<br />

Fotografia 13 . Teste com ondógrafo na Lagoa de Araruama .................................... 20<br />

Fotografia 14 . Corrosão na estrutura suporte ............................................................ 20<br />

Fotografia 15 . Ondógrafo: estrutura suporte e unidades sensoras ............................ 21<br />

Fotografia 16 . Teste com ondógrafo no INPH (vista 1) .............................................. 22<br />

Fotografia 17 . Teste com ondógrafo no INPH (vista 2) ............................................ 2 2<br />

Fotografia 18 . Base dos trabalhos de campo localizada na garagem de barcos do<br />

Praia Clube Araruama (PCA) ............................................................................... 23<br />

Fotografia 19 . Mangueira para medição do nível d'água ........................................... 24<br />

Fotografia 20 . Levantamento topo.hidrográfico ......................................................... 26<br />

Fotografia 21 . Arranjo de perfiladores e ondógrafo ................................................... 27<br />

Fotografia 22 . Arranjo de perfiladores e espigão ....................................................... 28<br />

Fotografia 23 . Ondógrafo .......................................................................................... 28<br />

Fotografia 24 . Vista lateral do ondógrafo e barra-terra imersa .................................. 29<br />

Fotografia 25 . Calibragem estática dos sensores no campo ..................................... 32<br />

Fotografia 26 . Vista parcial da área de medição ....................................................... 42<br />

Fotografia 27 . Detalhe da leitura da batimetria .......................................................... 42<br />

xiv


LISTA DE S~MBOLOS<br />

parâmetro dependente do gradiente da praia<br />

índice de vazios<br />

parâmetro de forma de Dean<br />

parâmetro dependente do gradiente da praia<br />

celeridade da onda<br />

celeridade da onda na arrebentação<br />

celeridade do grupo de ondas<br />

constante admensional<br />

celeridade da onda em águas profundas<br />

diâmetro característico do grão do sedimento<br />

aceleração da gravidade<br />

profundidade<br />

profundidade na arrebentação<br />

profundidade de fechamento<br />

profundidade em águas profundas<br />

altura da onda<br />

altura da onda na arrebentação<br />

altura significativa da onda<br />

altura da onda em águas profundas<br />

número de onda<br />

coeficiente de ajuste<br />

coeficiente cinemático de refração<br />

coeficiente de estabilidade<br />

coeficiente geométrico de refração<br />

parâmetro moríológico de Sunamura<br />

comprimento de onda<br />

comprimento de onda em águas profundas<br />

parâmetro de escala de Dean<br />

coeficiente de transmissão de energia<br />

coeficiente de transmissão de energia na arrebentação<br />

coeficiente de transmissão de energia em águas profundas<br />

nível médio<br />

gravidade específica<br />

esbeltez<br />

período da onda<br />

período de pico da onda


peso de um saco de areia<br />

peso específico de um saco de areia<br />

peso específico da água<br />

distância transversal a linha de costa<br />

ângulo de ataque da onda com a linha de costa<br />

ângulo de ataque da onda na arrebentação com a linha de costa<br />

declividade da praia<br />

parâmetro moriológico de Guza & Inman<br />

parâmetro moriológico de Dean<br />

massa específica da água<br />

massa específica do sedimento<br />

desvio padrão<br />

inclinação lateral do espigão<br />

velocidade de queda do grão<br />

xvi


1 - Introducão<br />

A erosão de praias na Lagoa de Araruama vem, ao longo do tempo,<br />

causando diversos transtornos aqueles que convivem em suas proximidades. Obras<br />

costeiras, aterros, dragagens entre outras ações, sem prévio conhecimento de causa e<br />

efeito, são realizados indiscriminadamente na lagoa alterando a dinâmica de<br />

circulação das massas líquidas e consequentemente o transporte de sedimentos.<br />

Diversos locais da lagoa possuem alterações morfológicas crônicas decorrentes da<br />

inobservância de gerenciamento costeiro. Para contornar o problema de erosão de<br />

praias, são utilizadas marachas posicionadas ao longo da praia, objetivando reter o<br />

transporte de sedimentos e consequentemente impedir o efeito erosivo local. Porém,<br />

esta ação desencadeia um novo desequilíbrio causando danos em outros pontos da<br />

lagoa.<br />

O problema de erosão e assoreamento de praias está, qualitativa e<br />

quantitativamente, relacionado ao transporte longitudinal de sedimentos. Por ser a<br />

Lagoa de Araruama um corpo costeiro de características diferentes das condições<br />

oceânicas, estudos e adaptações específicas devem ser realizadas para a adequação<br />

ao ambiente de trabalho. E desconhecido, até o presente momento, quaisquer<br />

campanhas de medições de transporte de sedimentos na orla da lagoa, existindo<br />

portanto, duvidas quanto a real taxa de transporte litorâneo. Diversas estimativas de<br />

taxas de transporte litorâneo são propostas sem contudo haver uma confrontação real<br />

com a medição "h situ".<br />

Desta forma, o presente trabalho se propõe a estudar, através de um<br />

experimento de campo, o transporte litorâneo numa praia de baixa energia e<br />

dinamicamente equilibrada, mediante uma perturbação transversal. Esta perturbação<br />

se deu com a introdução de um espigão que provocou alterações morfológicas, em<br />

perfil e em planta, em toda a área monitorada. A diferença de batimetria no tempo<br />

permitiu calcular o volume de sedimentos acumulado e assoreado e por conseguinte o<br />

transporte litorâneo.<br />

A identificação de uma região adequada para o empreendimento constou de<br />

visitas de campo com análises detalhadas das condições ambientais e logísticas. A<br />

escolha de uma praia de baixa energia se consolidou tendo em vista as dificuldades<br />

naturais presentes em uma praia oceânica, onde as escalas espacial e temporal<br />

envolvidas são maiores, o que se traduz na necessidade de sistemas mais complexos<br />

e robustos para a aquisição de dados. Sob o ponto de vista logístico, seria desejável<br />

no local do experimento a disponibilidade de energia elétrica, abrigo para os<br />

equipamentos de medição e coleta de dados, e apoio para a equipe de trabalho.


A Praia de Iguabinha na Lagoa de Araruama, aliada as facilidades oferecidas<br />

pelo Praia Clube de Araruama (PCA), conseguiu reunir de forma satisfatória todos os<br />

predicados positivos à realização de um experimento na natureza de curta duração.<br />

O trabalho em si constou de 5 ensaios, sendo um por dia, destinados a<br />

medições diurnas do clima de ondas, da batimetria, do nível médio d'água e de outros<br />

parâmetros complementares. Para os trabalhos de campo foram desenvolvidos<br />

especificamente um ondógrafo direcional e um arranjo de perfis para o<br />

estabelecimento da referência batimétrica, possibilitando a aquisição de dados de<br />

ondas e batimétricos simultâneos. Os dados coletados foram posteriormente<br />

analisados em gabinete.<br />

A variedade dos dados coletados permitiram análises de classificação<br />

morfológica de praias, perfil de equilíbrio, transporte de sedimentos e caracterização<br />

de ondas.<br />

No capítulo 2 são apresentados uma descrição do experimento, os<br />

equipamentos desenvolvidos e os testes realizados. No capítulo 3 são apresentados o<br />

levantamento e o tratamento dos dados coletados no campo. O capítulo 4 apresenta<br />

uma análise dos dados, enfocando a evolução morfológica da praia e o transporte<br />

litorâneo, e o capítulo 5 expõe as conclusões de todo o trabalho bem como apresenta<br />

recomendações para estudos futuros. Os detalhes relativos a construção dos<br />

equipamentos e sistemas desenvolvidos, testes de calibragem estática no campo,<br />

dados de batimetria, programas computacionais utilizadas e resultados gráficos<br />

referentes ao tratamento de dados de ondas e granulométricos estão apresentados<br />

nos anexos 1 a 9.


2 - Descricão do Ex~erimento<br />

2.1 - Localização do Experimento<br />

O local escolhido para o experimento foi a Praia de Iguabinha no município de<br />

Araruama, situada na margem norte da lagoa de Araruama entre as praias de<br />

Espumas (ao sul) e Iguaba (ao norte), na unidade fisiográfica delimitada ao sul pela<br />

Ponta das Bananeiras e ao norte pela Ponta das Andorinhas.<br />

Fotografia 1 - Imagem satélite da Lagoa de Araruama com local do experimento em destaque<br />

(Fonte: INPE, 1996).<br />

A Lagoa de Araruama, segundo a "Carta do Brasil - Araruama" (IBGE, 1964)<br />

e "Carta do Brasil - Cabo Frio" (IBGE, 1978), situa-se geograficamente entre os<br />

seguintes limites: ao norte 22" 49,6' S; ao sul 22" 56,7' S; a leste 042" 00,2' W; e a<br />

oeste 042" 23,2' W. Está compreendida, segundo a classificação política estadual, na<br />

Região das Baixadas Litorâneas, Microrregião dos Lagos (CIDE, 1998) e possui ao<br />

seu redor, os municípios de Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, São Pedro<br />

d'Aldeia, Cabo Frio, e Arraial do Cabo. Sua área é de aproximadamente 220 km 2 e seu<br />

perímetro de 190 km (HANSEN, 1993).<br />

A Praia de Iguabinha possui duas porções bem distintas. A primeira constitui<br />

uma região de praia retilínea que se inicia na Ponta das Bananeiras e se estende ate o<br />

encontro da praia com a rodovia estadual RJ-106 (porção sul); e a segunda constitui<br />

uma região de praia em arco que se inicia no encontro da referida rodovia com a praia,<br />

até a Ponta das Andorinhas (porção norte), (vide Fotografia 2).


Fotografia 2 - Imagem satélite da localização da área de estudo (Fonte: INPE, 1996).<br />

O local escolhido para o experimento foi a porção retilínea da Praia de<br />

Iguabinha, em frente ao Praia Clube de Araruama (PCA). Trata-se de um trecho com<br />

pouco movimento de banhistas e transeuntes na praia. A proximidade do PCA<br />

proporcionou condições logísticas satisfatórias para a realização do experimento,<br />

como a acomodação de pessoal e material, alimentação, fornecimento de eletricidade,<br />

água doce para limpeza dos equipamentos, além da proximidade de um centro<br />

urbano. O PCA, situa-se aproximadamente na metade do segmento retilíneo da Praia<br />

de Iguabinha.<br />

Neste segmento retilíneo ao sul do PCA, há uma praia deserta com uma<br />

estreita faixa de areia e vegetação rasteira, defronte a uma área de fazenda. Ao norte<br />

do PCA, há uma praia com as mesmas características, diferindo apenas pela presença<br />

de construções (casas e bares) próximas a linha da costa.<br />

A forma do relevo na Praia de Iguabinha em sua porção retilínea, é<br />

caracterizada por uma planície costeira composta de material sedimentar quartzos0 e<br />

calcário, com presença de vegetação rasteira após a berma e perfazendo<br />

aproximadamente 1300 metros de comprimento na direção 000°-180° com 5 metros de<br />

largura. O perfil da praia possui um gradiente aproximado 1:lO. Não há relatos nem<br />

indícios de desequilíbrio morfológico (erosão elou assoreamento) nesse trecho da<br />

costa.


2.2 - Concepção e Proieto do Experimento<br />

Antes da montagem do experimento propriamente dito, vários ensaios<br />

preliminares foram realizados com a finalidade de testar todos os elementos<br />

envolvidos. Neste item são apresentados os testes preliminares com a finalidade de<br />

ilustrar ao leitor os tipos de dificuldade que se depara quando se pretende<br />

experimentar na própria natureza.<br />

Praias sujeitas ao ataque oblíquo de ondas apresentam na zona de<br />

arrebentação grande movimentação de sedimentos, tanto no sentido longitudinal como<br />

transversal ao arco praial. Numa situação de equilíbrio, o suprimento de material é<br />

igual a quantidade transportada pelo escoamento, não resultando em alterações<br />

morfológicas significativas. Com base nisso, a idéia geral do experimento foi a de<br />

impor uma perturbação numa praia equilibrada, e medir vários parâmetros de forma a<br />

analisar quantitativamente o desequilíbrio provocado. Os parâmetros a serem<br />

observados são basicamente: a geometria da praia, em planta e perfil, as<br />

características dos sedimentos do fundo, o clima de ondas incidente e as oscilações<br />

de nível médio.<br />

2.2.1 - Armadilha de Areia<br />

A primeira idéia que se teve, para a medição do transporte sólido foi utilizar<br />

uma armadilha de areia. Existem na literatura várias referências sobre esse assunto,<br />

entretanto na presente experiência as armadilhas não tiveram sucesso.<br />

Foram construídas armadilhas de areia para coleta de transporte de fundo na<br />

forma de calhas que se estendiam transversalmente a linha de costa, portanto sobre o<br />

perfil de praia. Tais calhas foram projetadas utilizando tubos de PVC de 100mm de<br />

diâmetro, sendo os trechos adjacentes conectados com luvas de junçCLo do mesmo<br />

material. A calha foi obtida cortando-se tais tubos e respectivas luvas ao meio no<br />

sentido longitudinal. O comprimento total de 10m foi determinado de forma a garantir<br />

que as mesmas pudessem receber os sedimentos em trânsito ao longo do perfil até o<br />

limite ao largo da área monitorada. A instalação foi feita sobre o leito enterrando-se<br />

parte da calha e deixando suas bordas ao nível do fundo marinho. A idéia era que todo<br />

sedimento transportado longitudinalmente fosse acumulado no interior das calhas, o<br />

que permitiria, após uma cubagem, a quantificação do transporte. Além disso a<br />

distribuição do material acumulado na armadilha ao longo do seu comprimento seria<br />

capaz de permitir a inferência da distribuição espacial do transporte ao longo do perfil<br />

de praia.<br />

Os testes do funcionamento da armadilha, realizados na Praia de Iguabinha<br />

em condições naturais de ataque de ondas mostrou que tal engenho não era eficiente


para o propósito do trabalho. A Fotografia 3 mostra a situação de teste da armadilha<br />

no campo quando houve a incidência de ondas com até 30cm de altura. Da fotografia<br />

pode-se ver um trecho da armadilha completamente preenchido e o alto grau de<br />

turbulência na zona de arrebentação inviabilizando a retirada da mesma com<br />

segurança para posterior cubagem do material.<br />

Os seguintes fatores contribuíram para o mal desempenho do aparato:<br />

dificuldade de instalação das calhas, pois o PVC na água salgada<br />

flutua e necessitaria de uma fundação para garantir seu<br />

posicionamento no fundo;<br />

dificuldade de retirada do material aprisionado na calha devido à<br />

rápida velocidade de enchimento das mesmas;<br />

dificuldade de se acomodar às feições do fundo, tais como valas e<br />

bancos, devido à rigidez do material.<br />

A desastrosa experiência com as calhas acima descrita serviu para se<br />

descartar a hipótese de uso de armadilhas de areia.<br />

Fotografia 3 - Armadilha de areia construída na forma de uma calha em PVC para coleta de<br />

sedimentos ao longo do perfil de praia.


2.2.2 - Espinão<br />

O experimento constou em provocar uma perturbação numa praia<br />

dinamicamente equilibrada por meio de um espigão, o qual passaria a reter os<br />

sedimentos trazidos pelo escoamento do trecho de barlamar e, conseqüentemente,<br />

provocando um déficit de sedimentos no trecho de sotamar. Simultaneamente, era<br />

observada a evolução morfológica da costa como também realizada a aquisição de<br />

registros dos agentes dinâmicos pertinentes.<br />

Na Lagoa de Araruama é bastante comum o uso de marachas, isto é,<br />

espigões construídos com tábuas de madeira posicionados lateralmente e enterrados<br />

na areia, com direção longitudinal ao talude perpendicular a praia, com a finalidade de<br />

reter os sedimentos transportados pelas ondas ao longo da zona de arrebentaçilo.<br />

Entretanto, para as finalidades do experimento aqui proposto, tal dispositivo não seria<br />

capaz de atender as necessidades de mobilidade, pois tais marachas são de difícil<br />

instalação e não permitiria uma remoção rápida para que pudesse repetir o<br />

experimento em intervalos de tempo relativamente curtos.<br />

Um espigão composto por sacos de areia, que pudesse ser montado e<br />

desmontados com rapidez foi então concebido. Foram realizados testes no local do<br />

experimento com a finalidade de definir o tipo de material a ser empregado como<br />

também o peso de cada elemento estrutural.<br />

A Figura 1 apresenta um esquema em planta do experimento concebido,<br />

onde a perturbação imposta ao meio foi a presença de um espigão numa praia<br />

originalmente equilibrada.<br />

Figura 1 - Esquema do experimento no campo.


Inicialmente foram utilizados sacos de material sintético (liso) preenchidos<br />

com areia. O teste de campo mostrou que a estrutura perdia sua estabilidade quando<br />

submetidos a esforços de ondas na arrebentação, que podiam chegar a 0,50m,<br />

escorregando uns sobre os outros devido ao coeficiente de atrito do plástico. A<br />

Fotografia 4 mostra uma cena do teste no campo onde observam-se vários elementos<br />

fora da posição devido ao desmoronamento.<br />

Fotografia 4 - Teste de campo com a estrutura do espigáo composta por sacos de material<br />

sintbtico preenchidos de areia, e manta de nylon na base. Observa-se que howe desmoronamento<br />

da estrutura durante os testes.<br />

Um segundo teste foi realizado baseado na mesma concepção porém<br />

utilizando-se sacos de algodão. O teste de campo neste caso mostrou que a estrutura<br />

do espigão permanecia intacta durante todo o experimento, como pode-se observar na<br />

Fotografia 5. O resultado final foi positivo, tendo o espigão resistido sem problemas<br />

aos esforços ambientais submetidos.<br />

Em ambos os testes de campo foi utilizada uma base para o espigão<br />

composta por uma tela de nylon sobre a qual o conjunto de sacos de areia foi


montado. Tal base tem a finalidade de proporcionar aderência ao solo e distribuir<br />

melhor o peso evitando o afundamento da estrutura, como ilustrado na Fotografia 5.<br />

O projeto final do espigão constou de um conjunto de 60 sacos de algodão de<br />

40 litros cada, arrumados longitudinalmente em duas camadas, sendo a inferior com<br />

dois sacos e a superior com apenas um, fechados e dispostos em linha perpendicular<br />

à praia, com dimensões de 10m de comprimento e Im de largura, assentados sobre<br />

uma tela de nylon. Como medida preventiva, a fim de evitar possíveis<br />

desmoronamentos, foram colocadas 8 estacas verticais (4 de cada lado) ao longo do<br />

espigão no seu trecho junto à zona de arrebentação, como pode-se ver na Fotografia<br />

5. Deve-se ressaltar que não ocorreu desmoronamento durante todos os ensaios<br />

realizados, e o dimensionamento dos elementos estruturais do espigão construído foi<br />

plenamente satisfatório.<br />

Fotografia 5 - Teste de campo com estrutura do espigão composta por sacos de algodão<br />

preenchidos de areia. Observa-se que a estrutura do espigão manteve-se intacta durante todo o<br />

período de teste.<br />

O dimensionamento do peso dos elementos estruturais do espigão foi<br />

calculado utilizando-se a fórmula de Hudson (CERC, 1984), dada pela seguinte<br />

equação:<br />

A formulação acima apresentada estabelece o peso de 45,2kgf para cada<br />

elemento estrutural. Os sacos de algodão utilizados preenchidos de areia


apresentaram um peso médio de 60kgf, portanto satisfazendo o dimensionamento<br />

segundo o modelo de Hudson.<br />

A evolução morfológica pôde ser identificada através de medições da<br />

evolução do fundo em relação a um nível de referência, ao longo de um conjunto de<br />

perfis de praia. Tal estratégia foi facilitada devido aos seguintes fatores:<br />

praia de baixa energia;<br />

pequenas profundidades;<br />

área de monitoramento com pequenas dimensões.<br />

A descrição detalhada do procedimento é apresentada no item 3.2.<br />

As características dos sedimentos presentes foram determinadas através de<br />

amostragem do material do leito e posterior análise granulométrica em laboratório. A<br />

descrição detalhada desse procedimento é apresentada no item 3.3.<br />

A observação do clima de ondas foi realizada utilizando-se um ondógrafo<br />

direcional especialmente desenvolvido para o presente estudo, cuja descrição<br />

completa está apresentada no item 2.2.4.<br />

As medições de níveis médios foram realizadas mediante leitura em<br />

mangueira transparente fixada verticalmente, referenciadas ao nível de referência<br />

estabelecido para as medições de perfil de praia. A descrição detalhada do<br />

procedimento é apresentada no item 2.4.<br />

Outras observações auxiliares foram realizadas como medições de<br />

intensidade e direção de ventos, temperaturas do ar e da água, além de observações<br />

visuais do estado de mar. Todos esses procedimentos estão apresentados no item<br />

2.5.<br />

2.2.3 - Perfiladores<br />

A observação da evolução morfológica do trecho de praia em questão<br />

depende de um aparato capaz de medir as distâncias do fundo até um referencial fixo.<br />

Para tal, foi construída uma estrutura composta de uma viga horizontal formada por<br />

segmentos metálicos, nivelados na horizontal, e mantidos acima do nível da água<br />

mediante a fixação de suas extremidades em pilares cravados no fundo. A junção<br />

entre os segmentos metálicos era feito por um apoio solidário aos pilares e que<br />

poderia correr livre na vertical possibilitando o ajuste de nivelamento em qualquer<br />

posição do perfilador. Essa estrutura, ilustrada na Fotografia 6, foi submetida a teste<br />

de campo para verificação de resistência mecânica e vibração sob ação de ondas,<br />

tendo seu desempenho completamente satisfatório.<br />

O arranjo final da estrutura de observação da evolução morfológica foi obtido<br />

mediante a construção de um conjunto de perfiladores como descrito acima, todos


eles normais à linha de costa e nivelados entre si, permitindo uma referência única<br />

para toda a área do experimento.<br />

Fotografia 6 - Teste com perfilador na Lagoa de Araruama.<br />

Cada perfilador media 9m de comprimento composto por 6 segmentos de<br />

1,5m. Todos os perfis foram marcados em toda a sua extensão com tinta vermelha<br />

(esmalte), a cada 10cm nos primeiros 6m e a cada 30cm nos 3m finais, para<br />

estabelecer os pontos de sondagem batimétrica (vide detalhe na Fotografia 7). Nesses<br />

pontos de sondagem as leituras da distância do fundo até o perfilador foram realizadas<br />

através de uma escala graduada. Essa escala foi confeccionada a partir de uma régua<br />

de carpinteiro, sendo sua extremidade inferior anexada a uma superfície larga e rasa<br />

com a finalidade de melhor distribuir seu peso sobre o leito impedindo que a ponta da<br />

régua afundasse na areia, ocasionando possíveis erros de leitura. A Fotografia 8<br />

ilustra o detalhe desse arranjo.<br />

Todos os detalhes de construção e montagem desse aparato estão<br />

apresentados no Anexo 1, inclusive com o dimensionamento de cada elemento, e<br />

descrição dos materiais empregados.


Fotografia 7- Detalhe de marcação do perfilador (a cada IOcm).<br />

Fotografia 8 - Escala graduada (confeccionada a partir de uma régua de carpinteiro).


2.2.4 - Ondóarafo Direcional<br />

Para a obtenção de informações de ondas durante o experimento, houve a<br />

necessidade de se construir um equipamento para medição de alturas, períodos e<br />

direções de propagação.<br />

Foi efetuada uma visita ao local do experimento para a realização de um<br />

levantamento preliminar das características hidrodinâmicas e morfológicas da praia, de<br />

forma a subsidiar os detalhes construtivos do ondógrafo.<br />

O aparato desenvolvido teve por base os trabalhos de PARENTE (1986) e<br />

CARVALHO & PARENTE (2000), que utiliza um sensor do tipo capacitivo para<br />

registrar eletronicamente o nível de água instantâneo. A medição de direção é obtida a<br />

partir das séries de alturas dos três sensores. A combinação dessas séries permite<br />

obter uma série de elevação e duas séries ortogonais de inclinação da superfície. A<br />

inclinação é obtida aproximando-se a tangente pela diferença de altura, dividida pelo<br />

espectro entre dois sensores. A direção principal é obtida através dos espectros<br />

cruzados.<br />

O equipamento foi constituído com três unidades sensoras, cada uma delas<br />

capaz de medir pontualmente a variação da superfície d'água no tempo. Em conjunto,<br />

os três sensores são capazes de expressar o estado de agitação possibilitando<br />

determinar a altura significativa, o período de pico e a direção principal das ondas.<br />

As unidades sensoras, foram idealizadas e desenvolvidas pela equipe do<br />

Laboratório de Instrumentação Oceanográfica (LlOc) do Programa de <strong>Engenharia</strong><br />

<strong>Oceânica</strong> da COPPE, em conjunto com o autor. Cada unidade sensora (vide<br />

Fotografia 9) é composta de um suporte metálico, fabricado em latão, para<br />

sustentação na estrutura de suporte; e de uma unidade eletrônica ligada a um fio<br />

capacitivo imerso na água. A unidade eletrônica destina-se a aquisição de dados de<br />

capacitância, gerados no fio capacitivo, sendo projetado seu acondicionamento em um<br />

copo hermético de PVC, fixado por uma braçadeira de aço inox e pino para encaixe de<br />

precisão, presos no suporte metálico. 0s detalhes de projeto e construção da estrutura<br />

suporte e das unidades sensoras constam do Anexo 3.<br />

O sensor mede a variação da superfície d'água ao longo do tempo através da<br />

capacitância gerada no fio capacitivo. Cada unidade sensora foi concebida de forma a<br />

ser capaz de registrar ondas de até 60cm de altura, valor este considerado suficiente<br />

de acordo com observações feitas no local escolhido.<br />

Em cada sensor, o fio capacitivo imerso na água reproduz o exato<br />

funcionamento de um capacitor, onde o fio e a água correspondem às placas do<br />

capacitor, e o revestimento do fio ao dielétrico. Quanto maior a quantidade de fio<br />

capacitivo imerso na água, maior o valor da capacitância gerada, ou seja, a variação


da superfície da água, ocorrida por ocasião da passagem de uma onda, gera uma<br />

variação de capacitância na unidade eletrônica, cuja resposta de saída da mesma, é<br />

dada por um sinal de corrente. O sinal de corrente é convertido em sinal de tensão por<br />

meio de uma unidade conversara (Fotografia IO), e este sinal de tensão enviado a<br />

uma interface de aquisição de dados (Fotografia 11). A conversão de corrente em<br />

tensão se faz necessária devido à interface de aquisição de dados somente trabalhar<br />

com valores de tensão.<br />

A aquisição e armazenamento dos dados registrados foram feitos com o<br />

programa AqDados (LYNX, 1995) para tal fim. Com isso os dados de tensão dos três<br />

sensores foram agrupados e armazenados em arquivos, correspondentes a três séries<br />

temporais de valores de tensão. Em cada arquivo, as séries de dados com valores de<br />

tensão, foram correlacionadas com valores de altura, possibilitando transformar os<br />

dados de tensão em dados de altura.<br />

Fotografia 9 - Unidade sensora do ondógrafo.<br />

Como o equipamento em pauta nunca fora utilizado anteriormente em<br />

condições de campo, diversos e exaustivos testes foram realizados com o mesmo, de<br />

forma a garantir confiabilidade e segurança na aquisição das informações.


Foram realizados testes de vibração mecânica em todos os componentes do<br />

ondógrafo e resposta eletrônica de sinais com as unidades sensoras isoladas e em<br />

conjunto na estrutura suporte, além de testes com todos os elementos eletrônicos do<br />

sistema.<br />

Fotografia 10 - Unidade conversora do ondógrafo.<br />

As unidades sensoras foram submetidas a testes primeiramente no LlOc<br />

(com água doce), e para cada unidade sensora, foram realizados os seguintes testes:<br />

a) Ajuste de Ganho - que expressa a relação entre o sinal lido e a saída do<br />

mesmo. Este teste possibilita calibrar a unidade eletrtmica definindo a<br />

variação entre a tensão máxima e mínima. O valor da variação, entre a<br />

tensão máxima e mínima, foi ajustado em 4 volts para atender requisitos<br />

do programa de aquisição de dados.<br />

b) Ajuste de Off-Set - que possibilita posicionar a tensão mínima, no zero da<br />

escala de voltagem. O valor mínimo de voltagem, foi ajustado em 1 volt e<br />

a excursão total foi de 1 a 5 volts, devido as características de projeto da<br />

unidade eletrônica.<br />

c) Ajuste de Sensibilidade - que determina o quão sensível ao sinal, está a<br />

unidade eletrônica. Está diretamente relacionado às dimensões do<br />

isolamento do fio capacitivo (dielétrico do capacitar), que são o seu<br />

comprimento linear e a sua seção transversal. A extensão usada foi de 2m<br />

(ida e volta) com seção transversal de 0,5mm e condutor de 0,25mm (fio


wire wrap AWG 30). As dimensões da seção transversal podem ser<br />

alteradas pelo tensionamento do fio capacitivo. A maior variação de<br />

tensionameto do fio, provocou uma variação máxima de 0,025 volt, que<br />

representam valores próximos a 5mm.<br />

d) Capilaridade e Umidade - que permite verificar a resposta de sinal devido<br />

ao efeito de capilaridade e umidade no fio capacitivo. O teste foi realizado<br />

mergulhando o fio capacitivo na água (esticado e seco) a uma<br />

profundidade fixa, e repetindo-se em seguida o mesmo procedimento,<br />

com o fio previamente molhado. As variações máximas de tensões<br />

obtidas foram de 0,002 volt, que representam valores menores que 1 mm.<br />

e) Calibragem Estática - que permite converter, dentro de uma resposta<br />

linear, valores de tensão em alturas. A conversão realizada teve o<br />

seguinte ajuste: 1 volt = Ocm e 5 volts = 90cm.<br />

O teste de Calibragem Estâtica foi realizado primeiramente em laboratório,<br />

utilizando-se a placa de interface de aquisição de dados ND (vide Fotografia 1 I), e<br />

posteriormente um multimetro digital comparador.<br />

Fotografia 11 - Placa de interface de aquisição de dados A/D e chave de hardware.<br />

O teste foi realizado em cada sensor com três sequências de leitura crescente<br />

(Ocm a 90cm) e três sequências de leitura decrescente (90cm a Ocm), efetuadas em<br />

intervalos de distância de 10cm. Os resultados obtidos para cada sensor, podem ser<br />

expressos através de funções lineares bem definidas. Tais resultados estão


epresentados em vermelho para os casos de calibragem com placa AID e em azul<br />

para as leituras feitas com multímetro comparador; Figura 2 para o sensor SI, Figura 3<br />

para o sensor S2, e Figura 4 para o sensor S3. Todos os valores obtidos na<br />

calibragem estática em laboratório esta0 apresentados na Tabela 1.<br />

Tabela I - Tabela de calibragem estática dos sensores em laboratório.<br />

(c) leituras crescentes<br />

(d) leituras decrescentes


o 1 2 3 4 5<br />

Tensão [voits]<br />

Figura 2 - Curva de calibragem estática do sensor SI.<br />

Figura 3 - Cuwa de calibragem estática do sensor S2.<br />

o 1 2 3 4 5<br />

TensBo [Volts]<br />

Figura 4 - Curva de calibragem estática do sensor S3.<br />

A Fotografia 12 mostra uma vista das instalações no LlOc onde foram<br />

realizados os testes de calibragem estática.


Fotografia 12 - Teste das unidades sensoras no LlOc.<br />

Após concluídos os testes iniciais no LlOc, necessários ao ajuste dos<br />

componentes eletrdnicos e da estrutura suporte, realizou-se um teste na Lagoa de<br />

Araruama (vide Fotografia 13) para se verificar o comportamento dos sensores sob<br />

ação de ondas e sua performance quando expostos aos agentes naturais (variações<br />

de temperatura, insolação, vento, maresia e corrosão) no local do ensaio. Nesta etapa<br />

de teste os sensores foram fixados em uma estrutura suporte auxiliar. Sob os aspectos<br />

ora citados, o resultado do teste dos sensores foi satisfatório. A estrutura, porém,<br />

apresentou níveis excessivos de vibração e início de corrosão após 6 horas, como<br />

mostra a Fotografia 14. Isto permitiu um aprimorar o projeto da estrutura suporte do<br />

ondógrafo.<br />

Durante os testes preliminares no campo foram observadas ondas com<br />

comprimento médio variando entre 1,5m e 3,0m, o que possibilitou preestabelecer a<br />

distância de 0,75m entre os sensores (obedecendo ao Teorema da Amostragem). A<br />

estrutura suporte foi concebida de forma quadrangular, onde as unidades sensoras<br />

eram instaladas em três pilares e, no quarto pilar o cabo de aterramento. A Fotografia<br />

15 apresenta uma vista da estrutura de suporte construida para o experimento. Na foto<br />

vêem-se os três sensores instalados e um dos pilares da estrutura, livre para receber o<br />

cabo de aterramento.<br />

A estrutura suporte foi totalmente desenvolvida e construída pelo autor, sendo<br />

constituída por peças de alumínio que garantem maior leveza, maior facilidade de<br />

manipulação durante o processo de fabricação e maior resistência à corrosão metálica<br />

(elemento este muito importante no ambiente escolhido para o experimento devido a<br />

alta salinidade presente da Lagoa de Araruama).


Fotografia 13 - Teste com ondógrafo na Lagoa de Araruama.<br />

Fotografia 14 - Corrosão na estrutura suporte.<br />

A fixação dos elementos estruturais foi feita com parafusos, porcas e arruelas<br />

de latão (maior resistência a corrosão metálica). A estrutura como um todo é composta<br />

por quatro pilares interligados por vigas frontais e laterais, inferiores e superiores.<br />

Entre as vigas superiores e inferiores, existem barras de amarração e entre os pilares<br />

e as vigas superiores, existem barras de travamento (vide Anexo 1). A partir da<br />

extremidade superior de cada um dos quatro pilares foram instalados dois tirantes,<br />

afastados entre si de 90°, os quais foram fixados no fundo através de grampos<br />

metálicos. As características do projeto da estrutura de suporte garantiram a completa<br />

estabilidade ao arranjo.


Após a construção da estrutura suporte todas as suas peças foram<br />

identiiicadas e marcadas. A mesma foi montada e desmontada no LlOc para<br />

verificação dos componentes, e não apresentou problemas construtivos. Em seguida<br />

com a estrutura suporte montada no LlOc, os sensores foram instalados, e realizados<br />

ajustes físicos e eletrdnicos.<br />

Fotografia 15 - Ondógrafo: estrutura suporfe e unidades sensoras.<br />

O ondógrafo completo (estrutura suporte, unidades sensoras e aterramento)<br />

foi submetido a testes dinâmicos controlados, realizados nas instalações do Instituto<br />

de Pesquisas Hidroviárias - INPH. Os testes se desenvolveram nos canais de ondas,<br />

primeiramente sem ondas, para a realização de uma calibragem estatica e ajuste de<br />

ganho e off-set. Em seguida, com o ondógrafo completamente montado, realizaram-se<br />

testes dinamicos (com respectiva aquisição de dados), nos tanques com batedores de<br />

ondas regulares, possibilitando efetuar um ajuste fino nos elementos eletrdnicos, bem<br />

como verificar o efeito da vibração na estrutura metálica.<br />

A estrutura suporte com os três sensores, foi posicionada em relago ao<br />

batedor de ondas, em 0°, 30°, 60' e 90° de forma a obsenrar o efeito dinâmico em<br />

diversas direções de incidência de onda e também para verificar o funcionamento do


programa de aquisição de dados. Nenhuma vibração foi veriiicada no ondógrafo,<br />

estando o mesmo com dois tirantes presos e tensionados em cada um de seus pilares.<br />

A Fotografia 16 e a Fotografia 17 mostram vistas dos testes do ondógrafo em canal de<br />

ondas no INPH. 0s detalhes de projeto e construção da estrutura suporte do<br />

ondógrafo estão apresentados no Anexo 3.<br />

Fotografia 16 - Teste com ondógrafo no INPH (vista 1).<br />

Fotografia 17 - Teste com ondógrafo no INPH (vista 2).


2.3 - Lonística<br />

Durante todo período de desenvolvimento e testes dos equipamentos e<br />

sistemas, foi relacionado todo o material necessário para as campanhas de campo, de<br />

forma a dar todo o suporte necessário a quaisquer eventualidades que pudessem<br />

ocorrer durante os ensaios sem o risco de comprometê-los. O material constou de<br />

todo um conjunto de ferramentas e sobressalentes para uso em elétrica/eletr6nica,<br />

carpintaria, serralheria, equipamentos de medição e proteção, material de registro e<br />

escrituração, material de primeiros socorros, computador e os equipamentos<br />

desenvolvidos para a realização dos ensaios - ondógrafo, espigão e perfiladores.<br />

O local dos ensaios, em frente ao PCA, proporcionou algumas facilidades aos<br />

trabalhos de campo, como acomodação, alimentação, eletricidade, água doce e<br />

principalmente, abrigo para os equipamentos no interior da garagem de barcos de um<br />

dos sócios do PCA, cedida gentilmente para servir de base dos trabalhos de campo. A<br />

Fotografia 18 mostra uma visão da referida garagem e alguns equipamentos em uso<br />

durante um ensaio.<br />

Fotografia 18 - Base dos trabalhos de campo localizada na garagem de barcos do Praia Clube<br />

2.4 - Observação do Nível Médio<br />

Araruama (PCA).<br />

A observação do nível médio d'água foi concebida para ser feita através da<br />

leitura numa mangueira transparente e flexível de 50m preenchida com água doce,<br />

enrolada e submersa, ficando a extremidade inferior voltada para baixo a 30cm do leito<br />

da lagoa, e a extremidade superior voltada para cima, presa no sétimo pilar do<br />

perfilador 6.


Para a determinação dos valores do nível médio d'água, foi estabelecido um<br />

zero de referência hidrográfica, localizado sobre o plano dos perfiladores (referência<br />

no perfilador 6), devido ao fato deste plano ser permanentemante fixo e estar sobre a<br />

área do experimento.<br />

Foram observados valores máximos de variação do nível d'água, na ordem<br />

de 5cm. Esta condição extrema foi verificada apenas com ventos fortes e constantes.<br />

Os ensaios foram realizados principalmente na lunação de sizigia, que compreende no<br />

mar, marés de maiores amplitudes. Apesar da lagoa possuir uma comunicação com o<br />

mar através do Canal de Itajuru (município de Cabo Frio), e estar separada do mar por<br />

um longo e estreito cordão litorâneo, não existem até o presente momento, estudos<br />

definitivos que comprovem o efeito da maré no interior de toda a lagoa. INPH (1987),<br />

apud HANSEN (1993), verificaram a existência de maré no interior da lagoa até a<br />

localidade do Boqueirão, sendo que deste ponto em diante para o interior da lagoa, os<br />

efeitos de maré astrondmica seriam desprezíveis. A Fotografia 19 mostra a mangueira<br />

transparente presa no sétimo pilar do perfilador 6.<br />

Fotografia 19 - Mangueira para medição do nível d'água.<br />

2.5 - Observação de Parâmetros Auxiliares<br />

Temperaturas do ar foram medidas com termdmetro de máxima e mínima<br />

marca Incoterm, a sombra e sobre a grama (Im de altura), em frente à praia. As<br />

temperaturas da água do mar foram medidas com termômetro marca Epex, que<br />

permaneceu mergulhado na água durante todo o experimento.<br />

A medição visual das características das ondas foi realizada, como mais uma<br />

fonte de informações de dados, bem como para a verificação e a confirmação


posterior do comportamento satisfatório dos sensores eletrônicos. A altura das ondas<br />

foi medida com uma régua de carpinteiro posicionada verticalmente na arrebentação.<br />

O período das ondas foi obtido pela média de três medições de tempo (tempo de<br />

arrebentação de 11 ondas consecutivas dividido por 10). A medição da direção das<br />

ondas foi realizada na região de arrebentação com o observador dentro d'água, por<br />

meio de um tubo de PVC de 1,5m alinhado com a frente de onda, e com uma agulha<br />

magnética (bússola) fixada e alinhada com o referido tubo, possibilitando a leitura no<br />

momento da arrebentação. O ângulo lido era a direção magnética da crista da onda.<br />

Da geometria plana, foi possível determinar a direção magnética de propagação da<br />

onda. Descontando a declinação magnética local, que é de 21W segundo a Carta<br />

Náutica 1500 (DHN - 1500, 1996) e o desvio da agulha igual a O0 (através de<br />

comparação, com a carta náutica local), foi possível a determinação da direção<br />

verdadeira de propagação da onda na arrebentação.<br />

Medições de direção e velocidade do vento foram realizadas com o uso de<br />

um anemômetro portátil marca Belfort. As medidas foram tiradas na praia (em frente<br />

ao espigão) a dois metros acima do nível d'água da lagoa. Cada medição de<br />

velocidade e direção foi composta de uma média de três observações consecutivas. A<br />

direção magnética medida, foi determinada com auxílio de uma agulha magnética<br />

(bússola). Considerando a declinação magnética local e o desvio da agulha, iguais aos<br />

citados no parágrafo anterior, foi possível a determinação da direção verdadeira do<br />

vento.<br />

2.6 - O Experimento<br />

A montagem dos perfis foi precedida de um levantamento topo-hidrográfico,<br />

utilizando-se um teodolito marca Wild - T2 e uma mira falante (vide Fotografia 20). Foi<br />

estabelecido um ponto referencial em terra, ou referência de nível (RN), perene,<br />

localizado na extremidade norte da garagem de barcos do PCA, e posteriormente dois<br />

pontos auxiliares na praia, chamados de referências auxiliares (RA1 e W2), na região<br />

de vegetação rasteira e mais próximo do local a ser sondado. As RA1 e a RA2<br />

estavam alinhadas paralelamente a linha da costa, na direção Norte-Sul (RAI ao norte<br />

e RA2 ao sul) e possibilitavam, a qualquer instante, restabelecer as condições topo-<br />

hidrográficas iniciais. A Figura 5 mostra a localização desses referenciais na região de<br />

estudo. O desnível entre o plano dos perfiladores e as referências estabelecidas são<br />

as seguintes:<br />

Perfilador 6 - RAI: 0,56m<br />

Perfilador 6 - RA2: 0,54m<br />

Perfilador 6 - RN: 2,lOm


Figura 5 - Vista em planta da posição dos sensores e de RN, RA1 e RA2, no local do experimento.<br />

Tomando por base, o segmento de reta definido pelas referências auxiliares<br />

de terra RA1 e RA2, foram estabelecidas 6 linhas perpendiculares à praia, na posição<br />

dos perfiladores. Tal procedimento foi realizado com o uso de trena e teodolito para<br />

determinação de distâncias e ângulos respectivamente, garantindo uniformidade entre<br />

os perfiladores.<br />

Fotografia 20 - Levantamento topehidrogáfico.<br />

26


Cada perfilador possuía 9m de comprimento e foi montado com 6 cantoneiras<br />

de alumínio de 1,5m de comprimento, fixadas nas suas extremidades em suportes de<br />

madeira, os quais eram apoiados por braçadeiras em tubos verticais de alumínio<br />

(pilares), fixadas no leito submarino. No início da coloca~o das cantoneiras de cada<br />

um dos perfiladores seu nivelamento era feito com auxílio de nível de carpinteiro e<br />

posteriormante suas alturas niveladas com a referência auxiliar de terra (RA2),<br />

proporcionando aos perfiladores, a mesma altura ao final da montagem.<br />

Após o término da montagem dos perfiladores, os mesmos também foram<br />

nivelados entre si. A Fotografia 21 mostra o arranjo de perfiladores com o ondógrafo. A<br />

Fotografia 22 mostra os perfiladores em conjunto com o espigão.<br />

Fotografia 21 - Arranjo de perfiladores e ondógrafo.<br />

A partir de uma vista em planta e tomando como referência horizontal a linha<br />

da praia, a posição do ondógrafo no local dos ensaios toma uma forma retangular<br />

onde a base do retângulo é paralela à praia. As unidades sensoras foram instaladas<br />

no interior da estrutura e fixadas aos pilares, assumindo um arranjo em "L", sendo a<br />

base do "L", paralela e adjacente à linha da praia. O sensor localizado no vértice do<br />

arranjo foi denominado Sensor SI, o sensor localizado na extremidade mais afastada<br />

da praia foi denominado Sensor S2, e o sensor localizado na extremidade mais<br />

próxima da praia foi denominado Sensor S3. A estrutura suporte Ountamente com os<br />

sensores) foi instalada a cerca de 9m da linha da costa. As imagens apresentadas da<br />

Fotografia 23 e Fotografia 24 ilustram tal descrição.


Fotografia 22 - Arranjo de perfiladores e espigão.<br />

Uma vez os perfiladores e ondógrafo instalados, pode-se dar inicio aos<br />

trabalhos do experimento propriamente dito. Na imagem apresentada na Fotografia 20<br />

observa-se os sacos de areia para a construção do espigão dispostos na praia antes<br />

da montagem do experimento.<br />

Fotografia 23 - Ondógrafo.


Fotografia 24 - Vista lateral do ondógrafo e bana-tena imersa.<br />

O experimento constou de cinco ensaios, um por dia, e cada um deles<br />

obedeceu o seguinte procedimento metodológico:<br />

verificação da calibragem estática dos sensores no local do<br />

experimento;<br />

instalação dos sensores na estrutura suporte;<br />

levantamento batimétrico inicial da área monitorada;<br />

montagem do espigão;<br />

início da aquisição de dados de onda;<br />

leitura dos parâmetros auxiliares a cada uma hora;<br />

levantamentos batimétricos da área monitorada;<br />

ao término do experimento, retirada dos sensores de onda e verificação<br />

da calibragem estática;<br />

desmontagem do espigão mediante a remoção dos sacos de areia;<br />

lavagem e armazenamento dos equipamentos.<br />

Foram realizadas 4 medições batimétricas para cada ensaio, compreendendo<br />

3 intervalos de tempo. O período da manhá compreendeu um único levantamento,<br />

pois os regimes de ventos e ondas no local, durante a manhã, foram sempre fracos e


poucas alterações morfológicas eram verificadas na praia. O período da tarde<br />

compreendeu três levantamentos, pois os ventos e ondas durante a tarde foram fortes<br />

o suficiente para causar alterações morfológicas significativas na praia. Assim, os<br />

horários de medição batimétrica foram os seguintes: 08:00h, 12:30h, 14:30h e 16:30h.<br />

Cabe dizer que todos os ensaios foram realizados durante o dia, e os<br />

trabalhos se estenderam das 6h, com a montagem dos sensores, até as 18h com o<br />

término da lavagem e armazenamento dos equipamentos.<br />

Os registros de ondas foram obtidos continuamente durante todos os ensaios<br />

e os arquivos registrados em computador para posterior análise.<br />

Registros da posição do nível médio foram obtidos a cada hora, como<br />

também dos parâmetros auxiliares: vento (intensidade e direção), temperatura do ar e<br />

da água, e observações visuais da altura, período e ângulo de ataque de ondas na<br />

arrebentação.<br />

A apresentação e tratamento dos dados obtidos durante o experimento<br />

constam do Capítulo 3.<br />

Uma listagem completa com descrição dos sistemas e equipamentos<br />

utilizados no experimento está apresentada no Anexo 1.


3 - Levantamento e Tratamento dos Dados<br />

O levantamento dos dados constou de um ensaio por dia, com duração<br />

aproximada de 8 horas, durante seis dias consecutivos, onde foram coletados dados<br />

de ondas (eletrônicos e visuais), batimetria, nível médio da superfície d'água,<br />

temperatura da água, temperatura do ar, intensidade e direção de ventos. Tais<br />

medições foram realizadas com procedimentos preestabelecidos. Os ensaios foram<br />

designados Ensaio O, Ensaio 1 ,..., e Ensaio 5, sendo que o Ensaio 0, foi realizado com<br />

a finalidade de se fazer uma verificação preliminar das condições de funcionamento<br />

dos equipamentos sem levantamento batimétrico. Os trabalhos de campo foram<br />

realizados com uma equipe de três pessoas e mais três pessoas para a montagem e<br />

desmontagem do espigão. Após o término dos trabalhos de campo foi realizado o<br />

tratamento dos dados de campo.<br />

A seguir são descritos, de forma detalhada, as características e os<br />

procedimentos adotados em todas as medições realizadas.<br />

3.1 - Dados de Ondas<br />

Para cada ensaio, em seu início e fim, realizou-se em cada sensor, uma<br />

calibragem estática nos pontos extremos do sensor (Ocm e 90cm) e a seguir de Ocm a<br />

90cm em segmentos de 10cm. Os resultados mostraram o bom funcionamento dos<br />

sensores durante os ensaios, não havendo nenhuma discrepância entre as curvas de<br />

calibragem no início e no término das campanhas. Os valores obtidos durante as<br />

calibragens estão apresentados no Anexo 4. A Fotografia 25 ilustra essa atividade no<br />

campo.<br />

Após a calibragem, os sensores foram fixados à estrutura de suporte e<br />

operaram durante todo o período do experimento, aproximadamente 8 horas em cada<br />

um dos seis dias de ensaio.<br />

Ao final dos ensaios diários, todos os sensores eram retirados da estrutura<br />

suporte, lavados com água doce, inspecionados visualmente (verificação do estado de<br />

corrosão das partes metálicas, verificação de possíveis impactos mecânicos sofridos<br />

durante o dia e veriiicação dos fios e conectores externos dos sensores), secados e<br />

guardados em local protegido.


Fotografia 25 - Calibragem estática dos sensores no campo.<br />

A aquisição de dados de ondas foi gerenciada pelo programa AqDados<br />

(LYNX, 1995). Foi empregado o método muitiseqüencial de geração de arquivos de<br />

dados. Este método possibilitou a geração ininterrupta de arquivos de dados<br />

consecutivos, durante todo o período do ensaio. Os arquivos de dados tiveram a<br />

duração de 15 minutos e a taxa de amostragem utilizada foi de IOHz, totalizando para<br />

cada arquivo de dados, 9000 amostras discretas.<br />

A aquisição dos dados de ondas foi feita continuamente durante todo o<br />

período de duração de cada ensaio. A determinação dos espectros direcionais e<br />

respectivos estados de mar foi tarefa executada em gabinete após o término das<br />

atividades de campo.<br />

O tratamento dos dados de ondas foi composto por três grupos de ações:<br />

Correções Gerais: São correções comuns a todas as séries de dados,<br />

de todos os arquivos de todos os ensaios;<br />

Correções das Séries de Dados: São correções realizadas<br />

separadamente em cada série de dados, analisando separadamente os<br />

arquivos de cada série;<br />

Propagações para a Zona de Arrebentação: São os cálculos<br />

necessários para a determinaçáo das características das ondas na zona<br />

de arrebentação.


dados:<br />

- Correções Gerais<br />

As seguintes correções gerais foram aplicadas nos arquivos das séries de<br />

a) Conversão de ~r~uivos:@onsiste na conversão de todos os arquivos de<br />

aquisição de dados, gerados na extensão "TEM", em arquivos ASCII, para<br />

posterior processamento.<br />

b) Correção de Calibragem: @onsiste na verificação de possíveis erros<br />

provocados pela conversão do sinal em tensão. Essa veriiicação foi<br />

possível graças às calibragens realizadas no início e ao final de cada<br />

ensaio como mencionado no item 2.6. Em cada calibragem fez-se uma<br />

leitura a cada IOcm, em ordem crescente de Ocm a 90cm, e em ordem<br />

decrescente de 90cm a Ocm, e uma leitura em Ocm e em 90cm. Os<br />

valores médios das leituras efetuadas permitiram relacionar uma tensão<br />

média gerada na posição discretizada, com a posição do nível d'água.<br />

c) Correção de Conversão TensãoIAltura: @&a correção possibilitou<br />

converter os dados de tensão em altura. Com os valores discretos de<br />

tensãolaltura estabelecidos na Correção de Calibragem, foi possível a<br />

determinação de uma função de conversão de tensão em altura.<br />

d) Correção de Nivelamento: @sta correção permitiu o ajuste dos desníveis<br />

relativos entre os sensores, bem como posicioná-10s a uma mesma<br />

referência de nível.<br />

Todos os dados relativos às Correções de Calibragem e as funções para<br />

Conversão TensãolAltura estão apresentados no Anexo 4.<br />

Concluída as correções gerais, iniciou-se a análise de cada série temporal<br />

dos sensores, para todos os dias de ensaios.<br />

- Correções das S6ries de Dados<br />

As séries foram analisadas temporalmente para cada ensaio realizado, sendo<br />

excluídos para fins de análise de dados, os arquivos com erros ou com informações<br />

duvidosas elou não consistentes. A qualidade dos dados coletados eletronicamente<br />

ficou na ordem de 89%.<br />

A Tabela 2 apresenta um resumo das características dos arquivos de dados<br />

de ondas registrados durante os experimentos.


Tabela 2 - Descrição das séries de dados de ondas.<br />

Determinaram-se, para cada ensaio, as funções de coerência entre os<br />

sensores SI - S2, SI - S3 e S2 - S3, conforme apresentado no Anexo 5. Na<br />

determinação dos espectros de freqüências das ondas para cálculo do período de pico<br />

e altura significativa. utilizou-se uma única série de dados como representativa. Por<br />

convenção do autor, foi adotada a série de dados do Sensor SI como a série de<br />

referbcia.<br />

A análise de cada série constou do estabelecimento dos estados de mar e<br />

seus respectivos períodos de pico, alturas significativas e direçP/o princippf de<br />

@?<br />

propagação de ondas. O estado de mar é o estado de agitação aquática em qu$são<br />

mantidos as mesmas características de estacionaridade do processo.<br />

A metodologia empregada constou em dividir os arquivos gerados (9000<br />

amostras), em 4 blocos de 2048 amostras espaçados entre si igualmente em 202<br />

amostras, conforme ilustrado na Figura 6.<br />

Espap com 202 anmshs<br />

Figura 6 - Desenho representativo de um arquivo de dados com 9000 amostras (equivalente a 15<br />

minutos de aquisição), dividido em 4 blocos com 2048 amostras validadas e 202 amostras<br />

descartadas.<br />

Para cada bloco do arquivo foi calculado um espectro de freqüência, alisado<br />

com 256 pontos (16 graus de liberdade) e superposição de 128 pontos, resultando em<br />

quatro espectros de frequência por arquivo. A seguir calculou-se a média destes<br />

quatro espectros, obtendo-se um espectro médio representativo para cada arquivo.<br />

Com o espectro médio representativo do arquivo, calculou-se a respectiva altura<br />

significativa e o período de pico das ondas.


Em seguida, a partir do primeiro arquivo da série, a altura significativa do<br />

arquivo inicial era comparada com a altura significativa do arquivo subseqüente, e<br />

caso o valor do desvio padrão das alturas significativas entre o primeiro e segundo<br />

arquivos fosse menor que um valor de referência, estaria mantida a condição de<br />

estacionaridade do processo, estabelecendo um mesmo estado de mar entre os dois<br />

arquivos. A seguir era feita a comparação entre o primeiro e o terceiro arquivos e<br />

assim sucessivamente até que o valor do desvio padrão entre as alturas significativas<br />

dos arquivos ultrapassassem o valor de referência, caracterizando um novo estado de<br />

mar e reiniciando o procedimento de comparação entre arquivos subseqüentes até o<br />

último arquivo da série.<br />

O valor do estimador de referência para todas as séries foi exaustivamente<br />

testado e finalmente arbitrado em 1,5 por ter correspondido satisfatoriamente a<br />

mudança contínua nos estados de mar, na região de mar em desenvolvimento; e<br />

proporcionado o mesmo estado de mar, na região de mar desenvolvido, conforme é<br />

apresentado na Figura 7.<br />

Gráfico de Evoluçáo do Mar - Ensaio O<br />

10 15 2 O 2 5<br />

N o de Ordem dos Arquivos<br />

Figura 7 - Evolução do estado de mar.


A Figura 8 exemplifica um espectro médio representativo de estado de mar,<br />

gerado no pós-processamento dos dados. O procedimento acima descrito foi aplicado<br />

a todos os ensaios realizados e a tarefa foi realizada através de programa<br />

computacional cujas listagens estão apresentadas no Anexo 6.<br />

Espectro do Estado de Mar 7<br />

Figura 8 - Espectro médio representativo de estado de mar.<br />

O Anexo 5 contém os gráficos representativos da evolução dos estados de<br />

mar, das funções de coerência entre os sensores, dos espectros de freqüências das<br />

ondas para os estados de mar determinados, e da evolução espectral no tempo em<br />

3D. A Figura 9 apresenta um gráfico da evolução espectral em 3D.<br />

Em continuação, foram calculadas as direções principais das ondas para os<br />

estados de mar (já definidos) em função das frequências dominantes (período de pico<br />

dos estados de mar) utilizando-se o procedimento apresentado por CARVALHO<br />

(1993) com base nas formulações teóricas de espectros direcionais. Durante o pós-<br />

processamento, alguns estados de mar apresentaram valores impróprios para a<br />

direção principal, devido ao baixissimo valor de energia espectral do estado de mar<br />

em questão, impossibilitando um processamento matemático consistente. Nestes<br />

casos, foram realizadas interpelações e comparações com dados medidos<br />

visualmente. Cabe aqui ressaltar a importância na obtenção de dados visuais de


ondas durante o experimento, pois possibilitou a necessária verificação dos resultados<br />

calculados pelo procedimento automático nos casos de baixa energia, como acima<br />

mencionado.<br />

Evoluçáo Espectral 3-D (sem correçáo)<br />

No de Ordem dos Arquivos<br />

Figura 9 - Evolução espectral em 30.<br />

Todo o pós-processamento forneceu, para cada estado de mar definido, uma<br />

altura significativa, um período de pico e uma direção principal de ondas.<br />

A Tabela 3 mostra os resultados finais dos ensaios descrevendo, para cada<br />

estado de mar, a distribuição dos arquivos das s6ries de dados, o horário<br />

correspondente ao início do estado de mar e as características das ondas<br />

referenciadas aos estados de mar.<br />

Os arquivos não validados foram desconsiderados no cálculo das médias<br />

espectrais para determinação dos estados de mar. No caso de várias amostras<br />

invalidadas, compreendendo mais de um Estado de Mar consecutivo, foram efetuadas<br />

interpolações de alturas significativas, períodos de pico e direçties principais de ondas.


Tabela 3 - Estados de mar e caractensticas das ondas nos ensaios.<br />

- Propagações para a Zona de Arrebentação<br />

No ponto de observação foram medidos o período de pico (T,), a altura<br />

significativa (H,) e a direção principal de propagação das ondas (a) (direção de onde<br />

vem a onda). A propagação para a zona de arrebentação foi necessária devido a


observação ter sido realizada em águas intermediárias e ser necessário o<br />

conhecimento das características das ondas na arrebentação para estimativa do<br />

transporte litorâneo. Tal procedimento foi feito através da propagação das ondas do<br />

ponto de observação para a zona de arrebentação, utilizando a teoria linear de ondas<br />

de gravidade.<br />

Considerando-se os valores observados de altura significativa (H,), período de<br />

pico (T,) e o ângulo de ataque ao largo (a), a partir da direção principal de propagação,<br />

e os valores medidos da declividade do fundo (B) e da posição do nível médio (NM),<br />

precisa-se determinar, a partir das relações abaixo apresentadas, os valores de ângulo<br />

de ataque na arrebentação (ab) e altura da onda no ponto de arrebentação (Hb):<br />

para ab, temos<br />

onde<br />

onde<br />

sen(a,> - c,<br />

---<br />

sen(a) C<br />

Inicialmente, arbitra-se um valor para altura da onda na arrebentação H,.<br />

H, =H, +0,01m P.71<br />

Com o valor de H b arbitrado, determina-se a profundidade de arrebentação hb<br />

em função de T, e patravés da seguinte expressão:


Em seguida, determina-se o valor do comprimento de onda em águas<br />

profundas L, do numero de ondas e profundidade local em águas profundas e na<br />

arrebentação: $h, e kh, (HUNT, 1979, apud DEAN, 1991 ).<br />

Os valores do coeficiente de transmissão de energia na arrebentação e ao<br />

largo (nb e n) são calculados pelas equações:<br />

Ao final do desenvolvimento, temos um valor de Hb em função de H, que foi<br />

inicialmente arbitrado, tratando-se portanto de uma equação transcendental. Foram<br />

realizadas 10 iterações, tendo sido observado uma estabilização do valor de Hb já na<br />

3a iteração. O resultado final estabeleceu os valores de Hb e ab.<br />

A Tabela 4 apresenta para cada ensaio: os estados de mar, a duração de<br />

cada estado de mar e os descritores de cada um deles tais como período de pico (T,),<br />

altura significativa (H,), altura na arrebentação (Hb), ângulo de ataque no ponto de<br />

medição (a) e ângulo de ataque na arrebentação (ab) e nível médio (NM). A coluna<br />

percentual de tempo (%), descreve o percentual do tempo de ocorrência de um estado<br />

de mar dentro do intervalo de tempo da batimetria.


Tabela 4 - Intwposição entre estados de mar e medições batiméóicas.<br />

3.2 - Dados de Batimetria<br />

A medição da batimetria constou de duas partes: uma medição antes da<br />

colocação do espigão, caracterizando a condição inicial da praia; e, após a colocação<br />

do espigão, três medições de acompanhamento da evolução morfológica das formas<br />

de fundo e da linha de costa, efetuadas em intervalos regulares com horários definidos<br />

(12:30h, 14:30h e 16:30h).


Em todos os levantamentos batimétricos as cotas foram medidas com<br />

espaçamento de 10cm nos primeiros 6m de cada perfilador, a contar do ponto de<br />

terra, e no trecho ao largo a cada 30cm. Também em cada perfilador, a medição<br />

batimétrica foi estendida, na porção terrestre, em Im em direção a terra, e medida<br />

com uma escala removível com espaçamento de IOcm, para computar o movimento<br />

de avanço/recuo da linha de costa, totalizando 81 leituras em cada perfilador. A<br />

Fotografia 26 mostra uma vista parcial da área de medição batimétrica e a Fotografia<br />

27 mostra um detalhe da leitura.<br />

Fotografia 26 - Vista parcial da área de medição.<br />

Fotografia 27 - Detalhe da leitura da batimetria.<br />

42


As leituras batimétricas obtidas no campo durante cada levantamento foram<br />

escrituradas em formulários preparados especialmente para tal fim e os dados são<br />

apresentados no Anexo 7. O tratamento desses dados é apresentado a seguir.<br />

Os valores das cotas batimétricas lidas ao longo dos perfiladores forneceram<br />

um conjunto de dados (no espaço e no tempo) que permitiram a estimativa do volume<br />

de sedimentos carreados no local de estudo durante o experimento.<br />

3.3 - Nível Médio e Parâmetros Auxiliares<br />

Leituras de nível médio e de parâmetros auxiliares, como intensidade e<br />

direção de vento, temperaturas do ar e da água, observações visuais de altura,<br />

período e ângulo de ataque das ondas, foram feitas durante os experimentos, a cada<br />

hora nas meias horas. A Tabela 5 apresenta os dados obtidos nessas observações.<br />

Além disso foram coletadas amostras de sedimento de fundo ao longo do<br />

perfilador P6 (ver Figura 1) cujo material foi levado para análise. Em laboratório foram<br />

determinados os valores de massa específica do sedimento (mistura de quartzo e<br />

calcário) e respectivo índice de vazios para duas amostras de sedimento, coletadas na<br />

região de arrebentação no local do experimento. As amostras foram lavadas com água<br />

destilada, secadas em estufa, quarteadas, e sub-divididas em 5 sub-amostras com<br />

volume de 300ml e 5 sub-amostras com volume de 500ml, para posterior pesagem em<br />

balança de precisão e determinação do índice de vazios.<br />

Foram também medidos parâmetros físicos da água da lagoa: densidade,<br />

salinidade, condutividade e pH. Densidade e salinidade foram determinadas em<br />

laboratório, INPH e UERJ respectivamente, a partir de amostras de água coletadas e<br />

imediatamente enviadas para análise. A densidade foi estabelecida pela média dos<br />

valores obtidos, medidos com densímetro, em 10 amostras de água (água a 26OC). A<br />

salinidade foi determinada pela média de valores calculados em 3 amostras, com uso<br />

de Água Padrão. A condutividade e o pH foram medidos no local com equipamento<br />

portátil de medição, medidos na superfície da água, fora da região de arrebentação<br />

(água a 23,7"C).<br />

A finalidade dessas medições e determinações em laboratório foi a de permitir<br />

condições de correção dos parâmetros principais, mormente aqueles relativos às<br />

medições de ondas, caso fosse necessário. A Tabela 6 apresenta os valores dos<br />

supracitados parâmetros auxiliares.


Tabela 5 - Parâmetros auxiliares medidos no campo.


Tabela 6 - Parâmetros auxiliares determinados em laboratbrio.<br />

Foram coletadas 7 amostras (ldm 3 de volume) de sedimentos do leito ao<br />

longo do perfilador 6, nas posições dos pilares. Foram realizadas duas análises<br />

granulométricas com as amostras coletadas: uma análise contendo material quartzoso<br />

e calcário e outra análise contendo apenas material quartzoso. As curvas<br />

granulométricas das amostras coletadas como também os descritores estatísticos das<br />

mesmas estão apresentadas no Anexo 8 e Anexo 9 respectivamente. A Figura 10<br />

apresenta uma curva granulométrica do perfil 6, pilar 1, para quartzo e calcário.<br />

I,y -TE-<br />

CURVA GRANULOMÉTRICA<br />

Perfil 6, Pilar 1 - Quartzo e Calcário<br />

/ PEDREOULH~<br />

-- AREIA<br />

M~DIA / GROSSA / FINO j M~DIO 1 GROSSO<br />

I FINA<br />

o 001 0.01 O. 1 1 10 1 O0<br />

DIAMETRO DAS PARTICULAS (mm)<br />

Figura 10 - Curva grãnulométrica (Perfil 6, Pilar 1 - Quartzo e Calcário).


Os resultados mostraram que os sedimentos do fundo na região do estudo<br />

têm uma composição média com 90% em peso de material quartzoso e 10% em peso<br />

de calcário. Os maiores sedimentos calcários estão concentrados na região de<br />

arrebentação e possuem dimensões médias de 0,5cm chegando os maiores até 2cm.<br />

Na berma, há uma grande quantidade de conchas e de fragmentos de conchas, cuja<br />

maior dimensão pode atingir valores entre 2 e 3cm. Com exceção da amostra colhida<br />

na face de praia (Pílar 2), onde os sedimentos são mais grossos, em toda a região de<br />

estudo os sedimentos apresentam diâmetro mediano de 0,63mm (estando portanto no<br />

limite entre areia média e areia grossa) com desvio padrão de 0,63mm para as<br />

amostras totais e de 0,38mm para as amostras livres de material calcário, indicando<br />

graus de seleção entre moderadamente selecionada e bem selecionada,<br />

respectivamente.


4 - Análise dos Resultados<br />

4.1 - Evolução Morfoló~ica dos Perfis de Praia<br />

Durante os dias em que se realizaram os ensaios de campo, o ataque de<br />

ondas esteve sempre do setor SE, promovendo um transporte de sedimentos ao longo<br />

da costa no sentido negativo (ou seja para a esquerda de um observador olhando para<br />

a lagoa). Com isso os perfis P1, P2 e P3 localizam-se a sotamar do espigão e os perfis<br />

P4, P5 e P6 a barlamar do mesmo (vide Figura 1).<br />

Os gráficos mostrados, da Figura 11 a Figura 16 apresentam, para os<br />

alinhamentos de P1 a P6 respectivamente, os dados brutos das leituras de perfil de<br />

praia realizados em todos os ensaios. Nos gráficos estão indicadas as posições das<br />

máximas e mínimas variações na vertical observadas, como também as máximas e<br />

mínimas posições do nível médio. Dessas figuras verifica-se que o perfil P4 é aquele<br />

que apresenta a maior variação na vertical, cujo o valor é de 28,5cm a uma distância<br />

de 300cm da origem (Figura 14); e o perfil P3 é aquele que apresenta a menor<br />

variação na vertical, cujo valor é de 16cm a distância de 130cm da origem (Figura 13).<br />

Outra constatação importante refere-se as variações mínimas na vertical em<br />

todos os perfis. Das figuras supra citadas, verificam-se variações entre 1 e 2cm na<br />

vertical a distâncias da ordem de 400 a 450cm da origem, em todos os perfis, ou seja<br />

em profundidades da ordem de 50cm. Tal resultado remete a verificação da<br />

profundidade de fechamento para o caso.<br />

Considerando que em todo o experimento o sedimento de fundo manteve-se<br />

o mesmo, a determinação da profundidade de fechamento pode ser feita apenas em<br />

função da onda incidente, e nesse caso é apropriado se adotar o critério de<br />

Hallermeier apresentado por NICHOLLS et a/. (1 995) expresso pela equação 14.11, em<br />

função da média e do desvio padrão da altura significativa observada no período. Os<br />

resultados obtidos para a profundidade de fechamento calculada por esse critério<br />

estão indicados nos gráficos da Figura 11 a Figura 16, os quais são da ordem de 50cm<br />

em todos os casos. Nessas figuras pode-se também observar que as mínimas<br />

variações na vertical ocorreram muito próximas desse valor, podendo-se então admitir<br />

que, ao largo dessa profundidade, o fundo não se alterou, dentro do período<br />

observado.<br />

Nessa seqüência de figuras mostrando as leituras de perfil de praia pode-se<br />

também verificar que no perfil P3 (primeiro a sotamar da estrutura) houve recuo da<br />

linha de costa, e no perfil P4 (primeiro a barlamar da estrutura) houve avanço da linha


de costa (vide Figura 13 e Figura 14). A maior variação horizontal foi observada no<br />

perfil P4 com valor de 150cm e aproximadamente a 15cm abaixo do nível d'água.<br />

Entretanto havia uma preocupação com relação ao comportamento dos perfis<br />

extremos, P1 e P6, pois era desejável que os mesmos tivessem o mínimo de alteração<br />

caracterizando uma posição livre da influência do espigão. De fato esses são os perfis<br />

que apresentam a menor mobilidade tanto na vertical como na horizontal em todos os<br />

ensaios realizados durante o experimento. A Figura 16 comprova tal situação para o<br />

caso do perfil P6, mas no caso do perfil P1 pode-se observar pela Figura 11 que há,<br />

em algumas situações, a formação de uma calha longitudinal, assunto esse que é<br />

investigado adiante.<br />

A verificação da "estabilidade n<br />

dos perfis P1 e P6 foi feita através do modelo<br />

de perfil de equilíbrio de DEAN (1977). O perfil de equilíbrio definido por Dean é dado<br />

pela equação [4.2], onde h é a profundidade, x é a distância a linha de costa, A é o<br />

parâmetro de escala do perfil determinado em função da granulometria do sedimento<br />

presente, e m é um expoente empírico igual a 213.<br />

A Figura 17 mostra o conjunto de observações em P1 e a Figura 18 mostra o<br />

conjunto referente às observações em P6. Nessas figuras estão também indicados,<br />

para cada caso, o perfil médio (indicado em azul na figura) e o perfil obtido com o<br />

modelo de Dean (indicado em preto na figura). Os perfis P1 e P6, apesar de mais<br />

afastados do espigão, possuem características qualitativas muito diferentes do perfil<br />

de equilíbrio proposto por Dean, conforme pode ser observado na Figura 17 e Figura<br />

18.<br />

No caso dos ajustes indicados na Figura 17 e Figura 18 o parâmetro de<br />

escala do perfil A utilizado foi de 0,85 e 0,95, para os casos de sotamar e barlamar,<br />

respectivamente. Deve-se ressaltar que os valores utilizados estão muito acima<br />

daqueles indicados por DEAN (1977). Entretanto na presente aplicação há de se<br />

salientar a presença de um efeito de distorção de escala. Os sedimentos nativos têm<br />

diâmetros característicos da ordem de 0,6mm e as ondas incidentes são muito curtas.<br />

Em estudos sobre a teoria da semelhança, MOTTA (1972) salienta que as<br />

declividades da face da praia são mais íngremes quanto maior for o tamanho do grão<br />

e menor a esbeltez das ondas. Tal é a situação que se verifica no local do<br />

experimento, e por esse motivo o valor do fator de escala do modelo de DEAN (1977)<br />

teve que ser exagerado.


Leituras de Perfis de Praia na Posição Pl<br />

-200 O 200 400 600 800 1 O00<br />

Distância Horizontal [cm]<br />

Figura 11 - Leituras de perfil de praia na posição P1.<br />

Leituras de Perfil de Praia na Posição P2<br />

-200 O 200 400 600 800 1000<br />

Distância Horizontal [cm]<br />

Figura 12 - Leituras de perfil de praia na posição P2.<br />

i


Leituras de Perfil de Praia na Posiçlo P3<br />

20 r------ I<br />

-200 O 200 400 600 800 1000<br />

Distância Horizontal [cm]<br />

Figura 13 - Leituras de perfil de praia na posição P3.<br />

-200 O 200 400 600 800 1 O00<br />

Dincia Horizontal [cm]<br />

Figura 14 - Leituras de perfil de praia na posição P4.


Leituras de perfil de Praia na Posiçao PS<br />

-200 O 200 400 600 800 1 O00<br />

Distância Horizontal jcm]<br />

Figura 15 - Leituras de perfil de praia na posição P5.<br />

Leituras de Perfil de Praia na Posição P6<br />

..-.<br />

--- - ---<br />

-200 O 200 400 600 800 I O00<br />

Distância Horizontal [em]<br />

Figura 16 - Leituras de perfíl de praia na posição P6.


20<br />

Perfil Pl (Sotamar)<br />

-200 O 200 400 600 800 1000<br />

Distancia Horizontal [em]<br />

Figura 17 - Perfil P1 (Sotamar).<br />

Perfil P6 (Barlamar)<br />

1 Perfd Médio de 156 1<br />

-200 O 200 400 600 800 1 O00<br />

Distância Horizontal [cm]<br />

Figura 18 - Perfil P6 (Barlamar).


A verificação do estágio moríodinâmico da praia foi feita através dos<br />

parâmetros IR (DEAN, 1973), E (GUZA & INMAN, 1975) e K* (SUNAMURA, 1988 apud<br />

HORIKAWA, 1988) os quais são expressos pelas equações abaixo onde Hb é a altura<br />

da onda na arrebentação, o, é a velocidade de queda do grão, To período da onda, g<br />

a aceleração da gravidade, tan pa declividade do fundo e D o diâmetro do grão.<br />

1,oo -<br />

Limite de Q e K* para praia refletiva = 1<br />

1<br />

Figura 19 - Parâmetros morfodinâmicos 4 E e K*, parametrizados em função de velocidade orbital<br />

para todas as leituras do experimento.<br />

Todos esses parâmetros de alguma forma estão relacionados com a<br />

velocidade orbital das ondas, através da razão HdT, pois as alterações geométricas no<br />

perfil de praia estão relacionadas com as taxas de movimentação de sedimentos, e<br />

estas são dependentes dos movimentos impostos pelo escoamento. Assim, os valores<br />

4


calculados para todos os parâmetros acima descritos estão plotados em função da<br />

razão HdT na Figura 19. De acordo com o resumo apresentado por VITOLA (1998),<br />

em todas as situações analisadas neste trabalho o perfil de praia pode ser classificado<br />

como refletivo, resultado este, aliás, que pode ser comprovado mediante inspeção<br />

visual da Figura 1 1 a Figura 16.<br />

Ainda sobre o tipo de perfil observado durante o experimento há uma<br />

verificação interessante a ser feita. SUNAMURA & HORIKAWA (1974), apud<br />

HORIKAWA (1988), identificaram três tipologias para os perfis de praia observados<br />

durante ensaios em laboratório: Tipo I, na forma de um S deitado, com recuo da linha<br />

de costa (portanto erosivo); Tipo II, na forma de um S deitado com formação de uma<br />

crista de praia, sem recuo da linha de costa (portanto estável); e Tipo III, na forma de<br />

um S deitado com progradação da crista de praia (portanto deposicional). O conjunto<br />

de resultados sobre evolução morfológica dos perfis de praia obtidos por esses<br />

autores foram parametrizados através da esbeltez da onda e de um fator S*<br />

dependente da declividade da praia (tan fl, do diâmetro do grão (D) e do comprimento<br />

de onda ao largo (L,) definido empiricamente pela equação [4.6].<br />

Essa parametrização foi reproduzida com os dados obtidos no presente<br />

experimento e os resultados estão apresentados na Figura 20 em conjunto com<br />

aqueles publicados por HORIKAWA (1988). Na figura também estão apresentadas<br />

(em linhas cheias) os limites superior e inferior entre os estados erosivo e<br />

deposicional. Dessa figura dois aspectos são relevantes:<br />

o primeiro refere-se ao tipo de perfil, se erosivo ou deposicional - os<br />

resultados do presente experimento mostram que os perfis observados<br />

são majoritariamente do Tipo III, portanto deposicionais, com formação<br />

de crista de praia;<br />

o segundo refere-se a escala espaço-temporal envolvida: nos<br />

experimentos de Horikawa, transcritos na Figura 20, os valores limites<br />

expressos para os perfis de erosão e deposição estão baseados em<br />

resultados de laboratório. Segundo o autor os coeficientes das curvas<br />

limites para as áreas de erosão e deposição, impressas na figura em<br />

linha cheia, são iguais a 8 e 4, respectivamente para o limite superior e<br />

inferior. Para o caso de experiências em praias oceânicas, tal<br />

coeficiente é da ordem de 18. Diante disso é de se concluir que as


escalas morfológicas envolvidas no experimento realizado na Lagoa de<br />

Araruama, ora em pauta, são reduzidas.<br />

0,001 0,Ol<br />

Parâmetm de Sunamua 8 Horikawa<br />

Horikawa -Limite Erosão - Limite Acresção Experimento<br />

Figura 20 - Classificação do perfil de praia segundo a parametrização de SUNAMRURA 8<br />

4.2 - Transporte Litorâneo<br />

HORIKA WA (1974), apud HORIKA WA (1988).<br />

O transporte litorâneo foi medido a partir da diferença do volume de<br />

sedimentos acumulado/erodido entre duas medições batimétricas consecutivas, na<br />

região monitorada, com base nas leituras dos perfiladores em intervalos regulares de<br />

tempo. O cálculo da cubagem foi realizado por meio de planilha eletrônica, utilizando-<br />

se a Regra de Integração de Simpson para cálculo das áreas em cada perfil, entre<br />

medições consecutivas. Os valores de batimetria lidos ao longo dos perfiladores P1,<br />

P2, P5 e P6 foram estendidos em Im para cada um de seus lados, e os perfiladores<br />

P3 e P4 (adjacentes ao espigão) foram estendidos em 0,3m na direção do espigão e<br />

Im na direção oposta. A Figura 21 mostra a evolução da linha de costa com o tempo<br />

em cada ensaio do experimento, apresentando predominantemente uma deposição a<br />

direita do espigão e uma erosão à esquerda do mesmo.<br />

O transporte litorâneo foi também calculado utilizando-se a formulação do<br />

CERC para cada estado de mar, em cada intervalo batimétrico. A Figura 22 apresenta<br />

uma comparação entre Volume Medido x Volume Calculado (CERC) para sotamar e<br />

barlamar. Constata-se que os volumes calculados pelo CERC apresentam valores


aproximadamente cinco vezes maiores que os volumes medidos. Para pequenos<br />

valores de transporte litorâneo, as diferenças observadas entre sotamar e barlamar<br />

são bem maiores. O coeficiente angular obtido para a reta de correlação entre volume<br />

calculado e volume medido foi igual a 0,1941 para sotamar e 0,1991 para barlamar<br />

(valor médio igual a 0,1966), e o coeficiente de correlação foi respectivamente 0,5722<br />

e 0,6024.<br />

Posiçbes da Linha de Costa<br />

-200 O 200 400 600 800 1 O00 1200<br />

Distancia ao Longo da Costa [cml<br />

0,OO 0,50 1 ,O0 1,50 2,OO 2.50 3,OO<br />

Volume Calculado (CERC) [m3]<br />

Figura 22 - Relação entre volumes medidos e volumes calculados (CERC).


Os resultados medidos do transporte litorâneo e os valores calculados pela<br />

formulação do CERC estão apresentados na Tabela 7. Na coluna Validação são<br />

apresentados os dados utilizados ou descartados para determinação de K. Dois<br />

critérios foram usados para descartar uma medição: primeiro, em barlamar, valores<br />

negativos de volume de sedimentos acumulados e, segundo, valores calculados pela<br />

formulação do CERC (K = 0,77) superiores a 20 vezes os valores medidos.<br />

Tabela 7 - Transporte litorâneo.<br />

4.3 - Análise Geral do Experimento<br />

O experimento realizado comprovou a não eficácia no uso de calhas rígidas<br />

para coleta transversal de sedimentos principalmente porque sua forma não<br />

acompanha as feiçães do fundo e porque a operação de retirada do sedimento<br />

acumulado é de extrema dificuldade. Tais características motivaram que a<br />

determinação do transporte litorâneo fosse feita por meio de cubagem (diferença de<br />

batimetria no tempo). Tal procedimento se mostrou bastante satisfatório pela facilidade<br />

das medições na área monitorada a partir de leituras batimétricas ao longo de<br />

perfiladores transversais à linha de costa e instalados em toda a área do experimento.<br />

Os perfiladores não apresentaram quaisquer problemas tanto em sua<br />

instalação quanto em sua operação. O nivelamento transversal e longitudinal entre os<br />

perfiladores também contribuiu para minimizar os erros experimentais. O tempo total<br />

da instalação e nivelamento dos perfiadores foi de 2 dias. O trabalho da medição


atimétrica teve seu rendimento melhorado por ocasião da marcação dos perfiladores<br />

a cada 10cm nos 6m iniciais e a cada 30cm nos 3m finais.<br />

O espigão composto de sacos de algodão cheios de areia ("blocos") não<br />

apresentou problemas de estabilidade pela ação das ondas ao contrário do espigão<br />

com sacos de material sintético (nylon), devido ao baixo coeficiente de atrito entre os<br />

"blocos". A base do espigão foi forrada com uma tela de nylon para proporcionar maior<br />

aderência do conjunto na praia.<br />

O sistema de aquisição de dados de ondas teve seu funcionamento<br />

considerado bom. As leituras dos dados realizados eletronicamente pelo ondógrafo,<br />

corresponderam igualmente as observações visuais também realizadas. Na parte<br />

estrutural, não foram percebidos efeitos de vibração na estrutura suporte do<br />

ondógrafo, apenas uma corrosão acentuada nas peças metálicas em contato direto<br />

com a água. As unidades eletrônicas (diariamente instaladas e desinstaladas) também<br />

não apresentaram problemas em seus encaixes, fixadores, e demais componentes. As<br />

unidades eletrônicas, sujeitas às ações de temperatura, insolação, vento, maresia e<br />

corrosão não sofreram desajustes no decorrer dos ensaios, fato comprovado pela<br />

realização diária das calibragens (inicial e final). Os fios capacitivos são elementos<br />

constituintes muito frágeis e portanto muito cuidado com o seu manuseio deve ser<br />

dispensado. Felizmente nenhum problema com os respectivos fios foi observado. A<br />

aquisição dos dados constou de alguns arquivos com erros ou com informações<br />

duvidosas/inconsistentes, sem contudo comprometer a qualidade geral da coleta dos<br />

dados de ondas. A eficiência na qualidade dos dados coletados foi de 89%. A coleta<br />

se deu pelo método multisequencial de aquisição de dados, ou seja, aquisição<br />

ininterrupta de dados durante todo o período de cada ensaio. Tal procedimento foi de<br />

extrema valia, pois as alterações dos estados de mar no interior da lagoa são muito<br />

rápidas, conforme verificadas nos ensaios 1 e 5. Com a metodologia empregada, toda<br />

e qualquer alteração ocorrida pode ser observada com total clareza.<br />

A equipe empregada constou de três pessoas constantemente envolvidas<br />

com a campanha e mais três pessoas (contratadas no local) para auxiliar na<br />

montagem e desmontagem do espigão. A montagem dos perfiladores e do ondógrafo<br />

foi realizada pelo próprio autor. Cada leitura de batimetria foi realizada com um<br />

anotador em terra e dois leitores na água em aproximadamente 50 minutos, sendo que<br />

no decorrer dos ensaios, as leituras batimétricas tiveram seu tempo reduzido para<br />

cerca de 35 minutos.<br />

O aparato logístico empregado foi de fundamental importância para a<br />

condução do experimento. Poucos problemas foram constatados e os mesmos<br />

devidamente sanados pelo autor com os recursos disponíveis no local.


5 - Conclusões e Recomendacões<br />

5.1 - Conclusões<br />

A escolha do local para realização do experimento, a Praia de Iguabinha na<br />

Lagoa de Araruama, foi positiva pois, em termos ambientais, proporcionou condições<br />

satisfatórias para a realização do experimento e, em termos logísticos, a base de<br />

apoio oferecida pela proximidade do Praia Clube Araruama foi fundamental.<br />

A metodologia aplicada na realização dos ensaios, cujos procedimentos de<br />

rotina estão descritos no item 2.6, poderia ser empregada até mesmo em condições<br />

oceânicas.<br />

A concepção, projeto e construção dos equipamentos utilizados no<br />

experimento foram coroados de sucesso, pois todos apresentaram desempenho<br />

satisfatório durante todo o período de medição. Tal afirmação é especialmente válida<br />

para os sensores de ondas, os quais possuíam elementos frágeis, como os fios<br />

capacitivos, e suportaram todos os ensaios, sem necessidade de substituição. Cabe<br />

dizer que todos os equipamentos construídos para o presente trabalho foram<br />

encaminhados e armazenados no LlOc, acompanhados da respectiva documentação,<br />

portanto em condições de uso futuro.<br />

O processamento dos dados de ondas coletados em campo foi realizado<br />

através de um programa computacional devidamente calibrada com dados obtidos<br />

com o mesmo equipamento em condições controladas de laboratório (ensaios em<br />

canal de ondas). Os dados coletados de forma eletrônica no campo também foram<br />

confrontados com os dados coletados visualmente. Estes procedimentos foram de<br />

importância capital pois possibilitaram comparações eliminando possíveis dúvidas com<br />

os equipamentos empregados e promovendo confiança no trabalho realizado.<br />

A evolução batimétrica analisada no espaço e no tempo comprovaram a<br />

direção predominante de transporte litorâneo. A partir da linha de costa, houve a<br />

sotamar do espigão um recuo de 50cm, e a barlamar do mesmo um avanço de 150cm<br />

ao fim de oito horas de experimento. O transporte litoráneo medido por diferença<br />

batimétrica no tempo comprovou haver um transporte longitudinal de sedimentos<br />

numa praia em equilíbrio dinâmico.<br />

A variação morfológica nos perfis P1 e P6, a exceção do último dia, foi muito<br />

pequena o que caracterizou uma posição livre da influência do espigão, conforme<br />

apresentado na Figura 11 e Figura 16, respectivamente. No último ensaio foi verificado<br />

um aumento nos valores de H, em relação aos demais ensaios, o que estabeleceria<br />

uma necessidade de maior afastamento dos perfis P1 e P6 em relação ao espigão.


Ao longo do tempo o perfil P4 (mais próximo do espigão a barlamar) mostrou<br />

a maior variação vertical. Tal resultado era esperado pois não houve, durante os dias<br />

do experimento, mudança no sentido do ataque de ondas em relação ao alinhamento<br />

da costa, promovendo todo o tempo transporte longitudinal negativo.<br />

A profundidade de fechamento verificada através das medições batimbtricas<br />

realizadas ficou próxima de 50cm, comprovando o critério proposto por Hallermeier e<br />

apresentado por NICHOLLS et a/. (1 995).<br />

Os perfis de praia observados apresentam feições refletivas, e a verificação<br />

com os parâmetros morfológicos Q (DEAN, 1973), E (GUZA & INMAN, 1975) e K*<br />

(SUNAMURA, 1988) foi satisfatória.<br />

0s perfis de praia observados em P1 e P6 permitiram proceder um ajuste<br />

utilizando o modelo de perfil de equilíbrio de DEAN (1977). Em ambos os casos o<br />

parâmetro de escala do perfil obtido (A da ordem de 0,9) foi muito superior aos valores<br />

sugeridos para o caso de praias oceânicas. Tal resultado muito provavelmente está<br />

associado a uma distorção na escala de formação do perfil devida à ação de ondas de<br />

baixa esbeltez sobre fundo composto por sedimentos grossos (D~o = 0,6mm).<br />

A utilização do parâmetro de HORIKAWA (1988) para identificação da<br />

tendência evolutiva do perfil de praia foi realizada com sucesso, resultando na<br />

classificação dos perfis desenvolvidos na área monitorada durante os dias do<br />

experimento como do tipo deposicional com formação de crista de praia (Tipo 111).<br />

O valor médio do transporte litorâneo, medido para o período de tempo de<br />

observação de cada ensaio, foi da ordem de 0,l m3/h. Tal valor pode não corresponder<br />

exatamente as taxas de vazão que de fato ocorrem na praia em questão, mas<br />

estabelece uma ordem de grandeza inicial para estimativas de transporte e estudos<br />

pertinentes. Também foi verificado que a formulação do CERC superestimou os<br />

valores de transporte litorâneo observados.<br />

5.2 - Recomendacões<br />

Vários parâmetros auxiliares foram medidos durante o experimento, tais como<br />

intensidade e direção de vento, temperaturas do ar e da água, granulometria do<br />

sedimento de fundo, salinidade e condutividade da água, além de observações visuais<br />

de altura, período e direção de propagação de ondas. No presente trabalho tais<br />

informações não foram correlacionadas com o conjunto principal de dados, mas<br />

permanece a recomendação de fazê-las em estudos futuros.<br />

Outro aspecto a ser considerado em experimentos de campo é a necessidade<br />

de se dispor de métodos múltiplos de aquisição de dados, implicando em redundância<br />

de informações, que permitam a verificação permanente dos dados coletados.


É recomendável em estudos futuros, o teste de outros valores de parâmetros<br />

utilizados na análise espectral, bem como a caracterização de estados de mar<br />

considerando não somente a altura significativa mas também em conjunto com o<br />

período e ângulo de ataque.<br />

Os estados de mar tiveram no decorrer de cada ensaio, uma aumento rápido<br />

nos valores das alturas significativas, justificando a importância na medição sequencial<br />

de dados de ondas. As campanhas de campo devem ter duração maior que 5 dias<br />

devido a grande variação no valor das alturas significativas de ondas da lagoa, o que<br />

estabelece condições diferentes de transporte.<br />

6 desejável que futuramente se investigue fenomenos ligados ao<br />

comportamento da praia em planta, bem como o transporte de sedimentos com a<br />

utilização de outras formulações.<br />

Outra recomendação é o estudo dos efeitos de escala relacionados a<br />

evolução morfológica do perfil de praia (aspecto este identificado neste trabalho).<br />

0s dados de batimetria e de sedimentos permitem uma re-análise para<br />

caracterização do perfil dinâmico, uma vez que, ao longo do perfil, o sedimento possui<br />

granulometria variável em oposição ao perfil de equilíbrio calculado com diâmetro<br />

único.<br />

Para o regime de ondas observados nos ensaios 1 a 4, a utilização de 3<br />

perfiladores foi suficiente para a caracterização morfológica da área monitorada. Caso<br />

se verifique, em visitas preliminares de campo, um regime de ondas semelhantes ao<br />

verificado no ensaio 5, é recomendável a utilização de um quarto perfilador em ambos<br />

os lados. O espaçamento de dois metros foi considerado bom pois permitu uma<br />

melhor qualidade nos cálculos de cubagem e fácil deslocamento de pessoal durante<br />

as leituras batimétricas. Em estudos posteriores os perfiladores devem ser avançados<br />

em 1 metro para terra de forma a compensar o efeito de recuo da linha de costa. Para<br />

comprimentos dos perfiladores maiores que 9m, podem ser verificados problemas de<br />

comunicação entre o leitor e o anotador. Neste caso sugere-se o emprego de um mini-<br />

gravador pelo anotador (junto com o leitor na água) em substituição à caderneta de<br />

campo.<br />

Para investigação com outras formulações de transporte litorâneo, o<br />

sedimento deve ser qualitativamente melhor caracterizado devido a sua composição<br />

(quartzo e calcário) e a grande variação em peso, tamanho e forma.


Glossário<br />

Altura significativa - valor médio das alturas compreendidas no 113 superior<br />

de todas as alturas.<br />

Angulo de ataque - ângulo formado entre a crista da onda e a linha de costa.<br />

Barlamar- lado em que predomina a entrada das ondas.<br />

Barra-terra - barra metálica ligada ao circuito de aterramento elétrico.<br />

Batimetria - representação do relevo subaquático.<br />

Celeridade - velocidade de propagação.<br />

Clima de ondas - conjunto de características (altura significativa, período de<br />

pico e direção de propagação) das ondas.<br />

Dielétrico - isolador de eletricidade.<br />

Espigão - estrutura fixa perpendicular à linha de costa, com o objetivo de<br />

interromper o transporte longitudinal de sedimentos devido as ondas.<br />

Linha de costa - linha ao longo da costa estabelecida pela posição do plano<br />

de nível médio da água.<br />

Mira falante - instrumento sob forma de régua para determinação de<br />

nivelamento terrestre.<br />

Onddgmfo - instrumento de medição de ondas de superfície livre.<br />

Perfilador - estrutura retilínea e horizontal, perpendicular à linha de costa,<br />

destinada a referenciar a medição batimétrica.<br />

espectro.<br />

do sedimento.<br />

Período de pico - período correspondente à maior quantidade de energia do<br />

Profundidade de fechamento - profundidade que define o limite de mobilidade<br />

Sotamar- lado em que predomina a saída das ondas.<br />

Transporte IitorCineo - transporte de sedimentos que ocorre na direção<br />

paralela a linha de costa.<br />

Unidade conversora - sistema eletrônico destinado a converter sinais de<br />

corrente em tensão.<br />

Unidade eletrônica - conjunto eletrdnico constituinte da unidade sensora.<br />

Unidade sensora - sensor de medição de altura de ondas de superfície livre.


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Rio de Janeiro, Brasil.


Utilizados<br />

Anexo 1 - Características Técnicas dos Sistemas e Eauipamentos<br />

I) OND~GRAFO<br />

1.1 - Unidade Sensora<br />

Unidade Eletrônica U420 tipo C<br />

Fio Capacitivo Wire-Wrap 30 AWG<br />

Copo com Tampa PVC 82 [mm]<br />

Braçadeira<br />

Aço inox 68-77<br />

Porca<br />

Aço inox borboleta 6 [mm]<br />

Prensa Cabo Plástico 25 [mm]<br />

Cubo<br />

Madeira 45 x 25 x 28 [mm]<br />

Parafuso do Cubo Máquina 3 x 6 [mm]<br />

Haste Cilíndrica Latão 0 5 [mm]<br />

Apoio<br />

Latão 112" x 311 6"<br />

1.2 - Alimentacão<br />

Cabo<br />

Conector<br />

Terminal<br />

Anilhas<br />

Aterramento<br />

Cabo 4 x 26 AWG<br />

Plástico (macholfêmea)<br />

Latão (macholfêmea)<br />

Numéricas<br />

Barra de Latão 0 114" x 1,10 [m]<br />

1.3 - Caixa Conversora Corrente - Tensão<br />

Sinal de Entrada Corrente<br />

Sinal de Saída Tensão<br />

Resistência RS 1<br />

Resistência RS2<br />

Resistência RS3<br />

Resistência RS4<br />

1.4 - Suporte das Unidades Sensores<br />

Pilar Tubo quadrado 1" x 1,5 mm x 2,00 [mj 4 Un<br />

Viga Frontal Cantoneira 112" x 1/16" x 1,25 [m] 4 Un<br />

Viga Lateral Cantoneira 112" x 1/16" x 0,78 [m] 4 Un<br />

Amarração Barra chata 112" x 118" x 0,22 [m] 8 Un<br />

Travamento Barra chata 112" x 118" x 0,22 [m] 8 Un<br />

4a20mA<br />

1A5V<br />

401,2 ohms<br />

399,2 ohms<br />

399,8 ohms<br />

399,5 ohms


Parafuso Máquina Cab. Red. Latão 5/32" x I 314"<br />

Porca Borboleta Latão 5/32"<br />

Arruela Latão 5/32"<br />

2) PERFILADOR E ESPIGAO<br />

2.1 - Perfilador de Praia<br />

Régua Cantoneira 112" x 1116" x 1,50 [m] 6 Un<br />

Pilar Tubo Redondo 314" x 1,5 [mm] x (*) 7 Un<br />

Apoio Cubo de Madeira 6 x 10 x 2 [cm] 7 Un<br />

Braçadeira Plástica Flexível 15 [cm] 7 Un<br />

Parafuso Madeira Cab. Chata 2,5 x 12 [mm] 12 Un<br />

(*) Medida variável em função da profundidade.<br />

2.2 - Espiaão<br />

Comprimento<br />

Largura<br />

Altura<br />

Qtde. Sacos<br />

Volume do Saco<br />

Peso do Saco<br />

Peso do Espigão<br />

Estacas<br />

3) N~VEL D'ÁGUA<br />

Mangueira<br />

Braçadeira<br />

4) EQUIPAMENTOS DE MEDICAO<br />

10 m<br />

I m<br />

0,50 m<br />

60 Un<br />

40 L<br />

60 kgf<br />

3600 kgf<br />

Tubo Redondo 518" x 1,5 [mm] x 1 [m] 8 Un<br />

Transparente flexível 511 6 x 1 ,O [mm] 50 m<br />

Plástica Flexível 15 [cm] 10 Un<br />

Teodolito Wild T2 NO/S 285905 1 Un<br />

Nível Wild N O /S 52276 1 Un<br />

Anemômetro Belfort (portátil) N O /S 84 1 Un<br />

Termômetro ar Máxima-Mínima Incoterm MM5201 1 Un<br />

Termômetro água Epex 1 Un<br />

Analisador de água Horiba U-10 NO/S 5061 00 1 Un


Anexo 2 - Escruema Eletrônico do Ondówafo Direcional<br />

Figura 23 - Desenho esquemático do sistema eletrônico.


P I hl M 1 e<br />

Figura 24 - Desenho esquemático da unidade conversora.


Anexo 3 - Proieto de Construcão e Montaqem do Ondógrafo Direcional<br />

Figura 25 - Suporte vista frontal.


Figura 26 - Suporte vista lateral.


Figura 27 - Corte AA'.


Figura 28 - Copo unidade eletrônica.<br />

sca 11 fios p/ 1"


Figura 29 - Cubo.


Figura 30 - Passa-fio.


Figura 31 - Haste.


L<br />

I-,<br />

I Detalhe<br />

132<br />

"A"<br />

Chapa de latão 1/2" X 3/16"<br />

Figura 32 - Detalheshaste (I).<br />

Detalhe "8"<br />

K I<br />

Detalhe "C"


Figura 33 - Detalheshaste (2).<br />

i{<br />

Detalhe "Y"<br />

Detalhe "X"


Anexo 4 - Curvas de Calibraaem Estática dos Sensores no Cam~o<br />

Tabela 8 - Calibragem dos sensores no campo (Ensaio O).<br />

Tabela 9 - Calibragem dos sensores no campo (Ensaio 1).<br />

Tabela 10 - Calibragem dos sensores no campo (Ensaio 2).


Tabela 11 - Calibragem dos sensores no campo (Ensaio 3).<br />

Tabela 12 - Calibragem dos sensores no campo (Ensaio 4).<br />

Tabela 13 - Calibragem dos sensores no campo (Ensaio 5).


Tabela 14 - Funções de calibragem dos sensores.


Anexo 5 - Evolucão dos Estados de Mar. Funcões de Coerência entre os<br />

Sensores. Es~ectros de Freuüências. e Evolucão Espectral no Tem~o em 30<br />

Ensaio O<br />

Funcao de Coerência - Sensores S I e SZ. Ensaio O<br />

Freqüència [Hz]<br />

Figura 34 - Funçáo de coerência entre os sensores SI e S2 (Ensaio O).<br />

FunçBo de Coerência - Sensoas SI e 53. Ensaio O<br />

I, I I I i<br />

O 0.5 1 1.5 2 2.5<br />

Freqüência [Hz]<br />

Figura 35 - Função de coerência entre os sensores SI e S3 (Ensaio O).<br />

FunçBo de Coerencia - Sensores S2 e S3. Ensaio O<br />

Figura 36 - Função de coerência entre os sensores S2 e S3 (Ensaio O).


Gráfico de EVOIUCBO do Mar - Ensaio O<br />

N' de Ordem dos Arquivos<br />

Figura 37 - Evolução do estado de mar (Ensaio O).<br />

Espectro do Estado de Mar 1<br />

FreqBBncia [Hzj<br />

Figura 38 - Espectro médio representativo do estado de mar 1 (Ensaio O).<br />

70<br />

Espectro do Estado de Mar 2<br />

Freqüência [HzI<br />

Figura 39 - Espectro médio representativo do estado de mar 2 (Ensaio O).


Espectro do Estado de Mar 3<br />

O 0.5 1 1.5 2 2.5<br />

Freqüència [Hr]<br />

Figura 40 - Espectro médio representativo do estado de mar 3 (Ensaio O).<br />

Espectro do Estado de Mar 4<br />

Freqüència [Hr]<br />

Figura 41 - Espectro médio representativo do estado de mar 4 (Ensaio O).<br />

Espectro do Estado de Mar 5<br />

O 0.5 1 1.5 2 2.5<br />

Freqüència [Hz]<br />

Figura 42 - Espectro médio representativo do estado de mar 5 (Ensaio O).


Espectro do Estado de Mar 6<br />

FreqGBncia [Hz]<br />

Figura 43 - Espectro médio representativo do estado de mar 6 (Ensaio O).<br />

1 O0<br />

Espectro do Estado de Mar 7<br />

O 0.5 1 1.5 2 2.5<br />

Freqügncia [Hz]<br />

Figura 44 - Espectro médio representativo do estado de mar 7 (Ensaio O).


100<br />

- 80<br />

- 2<br />

60<br />

0.<br />

V)<br />

W<br />

.- m 40<br />

e<br />

; 20<br />

o<br />

o<br />

Ewlução Espectral 3-D (sem correção)<br />

No de Ordem dos Arquivos<br />

20 0<br />

2.5<br />

Frequéncia [Hz]<br />

Figura 45 - Evolução espectral em 30 sem correção (Ensaio O).<br />

N o de Ordem dos Arquivos<br />

Evoluç%o Espectral 3-D (corrigido)<br />

Figura 46 - Evolução espectral em 30 corrigido (Ensaio O).


Ensaio 1<br />

Funçho de Coerhcia - Sensores SI e S2. Ensaio 1<br />

O 0.5 1 1.5 2 2.5<br />

Freqüência [Hz]<br />

Figura 47 - Função de coerência entre os sensores SI e S2 (Ensaio 1).<br />

1<br />

0.8<br />

0.8<br />

0.7<br />

0.6<br />

0.5<br />

0<br />

o 0.4<br />

0.3<br />

0.2<br />

0.1<br />

o<br />

Funçho de Coerencia - Sensores S I e S3. Ensaio 1<br />

FreqÜBncia [Hz]<br />

Figura 48 - Função de coerência entre os sensores SI e S3 (Ensaio 1).<br />

Funçh de Coerencia - Sensores S2 e S3. Ensaio 1<br />

O 0.5 1 1.5 2 2.5<br />

Freqülncia [Hz]<br />

Figura 49 - Função de coerência entre os sensores S2 e S3 (Ensaio 1).


GrBfKo de Ewluçáo do Mar - Ensaio 1<br />

5 10 15 20 25 30 35<br />

Na de Ordem dos Arqulvos<br />

Figura 50 - Evolução do estado de mar (Ensaio 1).<br />

100<br />

@O<br />

80<br />

70<br />

60<br />

Espectro do Estado de Mar 1<br />

Figura 51 - Espectro médio representativo do estado de mar 1 (Ensaio 1).<br />

Espectro do Estado de Mar 2<br />

Freqühcia [Hz]<br />

Figura 52 - Espectro médio representativo do estado de mar 2 (Ensaio 1).


Esoectro do Estado de Mar 3<br />

Freqihcia [Hz]<br />

Figura 53 - Espectro médio representativo do estado de mar 3 (Ensaio 1).<br />

Espectro do Estado de Mar 4<br />

Freqühcia [Hr]<br />

Figura 54 - Espectro médio representativo do estado de mar 4 (Ensaio I).<br />

Espectro do Estado de Mar 5<br />

FreqüBncia [Hz]<br />

Figura 55 - Espectro médio representativo do estado de mar 5 (Ensaio 1).


Espectro do Estado de Mar 6<br />

Frequ&ncia [Hz]<br />

Figura 56 - Espectro médio representativo do estado de mar 6 (Ensaio 1).


Evolução Espectral 3-D (sem correção)<br />

No de Ordem dos Arquivos<br />

Figura 57 - Evolução espectral em 30 sem correção (Ensaio 1).<br />

N o de Ordem dos Arquivos<br />

Evolução Espectral 3-D (corrigido)<br />

Figura 58 - Evolução espectral em 30 corrigido (Ensaio 1).


Ensaio 2<br />

Func3o de Coer&ncia - Sensores SI e 52. Ensaio 2<br />

O 0.5 1 1.5 2 2.5<br />

Freqüência [Hz]<br />

Figura 59 - Função de coerência entre os sensores SI e S2 (Ensaio 2).<br />

Função de Coerência - Sensores SI e S3. Ensaio 2<br />

Freqühcia [Hz]<br />

Figura 60 - Função de coerência entre os sensores SI e S3 (Ensaio 2).<br />

1<br />

0.9<br />

0.8<br />

0.7<br />

0.6<br />

0.5<br />

0.4<br />

0.3<br />

0.2<br />

0.1<br />

Funcão de CoerBncia - Sensores S2 e S3. Ensaia 2<br />

o<br />

O 0.5 1 1.5 2 2.5<br />

Freqüência [Hz]<br />

Figura 61 - Função de coerência entre os sensores S2 e S3 (Ensaio 2).


-<br />

I<br />

25<br />

20<br />

B 1s<br />

ò<br />

D<br />

,g<br />

5 10<br />

ts<br />

m<br />

(O<br />

4<br />

s<br />

GrBfico de Evoluçáo do Mar - Ensaio 2<br />

o<br />

O 10 15 20 25 30<br />

N o de Ordem dos Arquivas<br />

Figura 62 - Evolução do estado de mar (Ensaio2).<br />

Espectro do Estado de Mar I<br />

Freqüência [Hz]<br />

Figura 63 - Espectro médio representativo do estado de mar 1 (Ensaio 2).<br />

Espectro do Estado de Mar 2<br />

Freqüência [HzJ<br />

Figura 64 - Espectro médio representativo do estado de mar 2 (Ensaio 2).


20<br />

e 15 - O<br />

Q<br />

$ 10<br />

Evolução Espectral 3-D (sem correçáo)<br />

m<br />

.-<br />

L<br />

C 5 2.5<br />

W<br />

-<br />

O<br />

a<br />

o<br />

o<br />

20<br />

3 15<br />

No de Ordem dos Arquivos<br />

40 O<br />

Frequéncia [Hz]<br />

Figura 65 - Evolução espectral em 30 sem correção (Ensaio 2).<br />

Evolução Espectral 3-D (corrigido)<br />

$ 10<br />

m<br />

.- P 5 2.5<br />

W<br />

o<br />

o<br />

No de Ordem dos Arquivos<br />

40 0<br />

Frequência [Hz]<br />

Figura 66 - Evolução espectral em 30 corrigido (Ensaio 2).


Ensaio 3<br />

Funcilo de Coerência - Sensores SI e SZ. Ensaio 3<br />

Freqü&ncia [Hzl<br />

Figura 67 - Função de coerência entre os sensores SI e S2 (Ensaio 3).<br />

Funçlio de Coerencia - Sensores S1 e 53. Ensaio 3<br />

Freqüéncia [Hz]<br />

Figura 68 - Função de coerência entre os sensores SI e S3 (Ensaio 3).<br />

1<br />

0.9<br />

0.8<br />

0.7<br />

0.6<br />

4 0.5<br />

' 0.4<br />

0.3<br />

0.2<br />

0.1<br />

o<br />

O 0.5<br />

Funçilo de Coeréncia - Sensores S2 e S3. Ensaio 3<br />

L<br />

1.5<br />

FreqOdncia [Hz]<br />

2 2.5<br />

Figura 69 - Função de coerência entre os sensores S2 e S3 (Ensaio 3).<br />

\


GrBfico de EwluçBo do Mar - Ensaio 3<br />

No de Ordem dos Arquiws<br />

Figura 70 - Evoluçao do estado de mar (Ensaio 3).<br />

1 O0<br />

00<br />

80<br />

70<br />

80<br />

% 50<br />

W<br />

40<br />

30<br />

20<br />

Espectro do Estado de Mar 1<br />

0.5 1.5 2.5<br />

Freqoência [Hzl<br />

Figura 71 - Espectro médio representativo do estado de mar 1 (Ensaio 3).<br />

100<br />

00<br />

80<br />

70<br />

80<br />

0 50<br />

W<br />

Espectio do Estado de Mar 2<br />

Figura 72 - Espectro médio representativo do estado de mar 2 (Ensaio 3).


Evolução Espectral 3-D (sem correçáo)<br />

No de Ordem dos Arquivos<br />

Figura 73 - Evolução espectral em 30 sem correção (Ensaio 3).<br />

No de Ordem dos Arquivos<br />

Evolução Espectral 3-D (corrigido)<br />

2.5<br />

Frequéncia [Hz]<br />

Figura 74 - Evolução espectral em 30 corrigido (Ensaio 3).


Ensaio 4<br />

Funç%o de Coerência - Sensores S I e S2. Ensaio 4<br />

Figura 75 - Função de coerência entre os sensores SI e S2 (Ensaio 4).<br />

Funçáo de CoerBncia - Sensores SI e S3. Ensaio 4<br />

Freqüência [Hz]<br />

Figura 76 - Função de coerência entre os sensores SI e S3 (Ensaio 4).<br />

1<br />

0.9<br />

0.8<br />

0.7<br />

0.6<br />

; 0.5<br />

O<br />

0.4<br />

0.3<br />

0.2<br />

0.1<br />

o<br />

O<br />

Funçáo de Coerência - Sensores S2 e 53. Ensaio 4<br />

\n<br />

0.5 1 1.5 2 2.5<br />

FreqüBncia [Hzj<br />

Figura 77 - Função de coerência entre os sensores S2 e S3 (Ensaio 4).


Grifico de EwlucHo do Mar - Ensaio 4<br />

No de Ordem dos Arquivos<br />

Figura 78 - Evoluçáo do estado de mar (Ensaio 4).<br />

1 O0<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

f 50<br />

W<br />

40<br />

30<br />

20<br />

1 o<br />

Espectro do Estado de Mar 1<br />

O O 0.5 1 1.5 2 2.5<br />

Freqüência (Hz]<br />

Figura 79 - Espectro médio representativo do estado de mar I (Ensaio 4).<br />

Espectro do Estado de Mar 2<br />

Freqüência [Hz]<br />

Figura 80 - Espectro médio representativo do estado de mar 2 (Ensaio 4).


1 O0<br />

00<br />

80<br />

70<br />

80<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

1 o<br />

Espectro do Estado de Mar 3<br />

o O 0.5 1 1.5 2.5<br />

Freqtihcia [Hz]<br />

Figura 81 - Espectro médio representativo do estado de mar 3 (Ensaio 4).


Evoluçao Espectral 3-D (sem correçao)<br />

N o de Ordem dos Arquivos<br />

Figura 82 - Evolução espectral em 30 sem correção (Ensaio 4).<br />

N o de Ordem dos Arquivos<br />

Evoluçao Espectral 3-D (corrigido)<br />

Figura 83 - Evolução espectral em 30 corrigido (Ensaio 4).


Ensaio 5<br />

Funçéo de Coerencia - Sensores SI e S2. Ensaio 5<br />

FreqüBncia [Hz]<br />

Figura 84 - Função de coerência entre os sensores SI e S2 (Ensaio 5).<br />

Funç6o de CoerBncla - Sensores S1 e S3. Ensaio 5<br />

Freqüência [Hz]<br />

Figura 85 - Função de coerência entre os sensores S1 e S3 (Ensaio 5).<br />

1<br />

0.0<br />

0.8<br />

0.7<br />

0.6<br />

0.5<br />

D ' 0.4<br />

0.3<br />

FunçBo de Coerência - Sensores S2 e 53. Ensaio 5<br />

O:<br />

0.1 0.5 1.5 2.5<br />

FreqGêncla [Hz]<br />

Figura 86 - Função de coerência entre os sensores S2 e S3 (Ensaio 5).


25<br />

20<br />

I:<br />

; 15<br />

O<br />

O<br />

,$<br />

5 I0<br />

c<br />

o><br />

V><br />

L<br />

2 5<br />

4<br />

o<br />

Grhfico de En>luçBo do Mar- Ensaio 5<br />

No de Ordem dos Arquiws<br />

Figura 87 - Evolução do estado de mar (Ensaio 5).<br />

Espectro do Estado de Mar 1<br />

Freqüência [Hz]<br />

Figura 88 - Espectro mddio representativo do estado de mar 1 (Ensaio 5).<br />

Espectro do Estado de Mar 2<br />

Figura 89 - Espectro médio representativo do estado de mar 2 (Ensaio 5).


Espectm do Estado de Mar 3<br />

Freqüència [Hz]<br />

Figura 90 - Espectro médio representativo do estado de mar 3 (Ensaio 5).<br />

1 O0<br />

00<br />

80<br />

70<br />

e0<br />

E 50<br />

W<br />

40<br />

30<br />

Especlro do Estado de Mar 4<br />

20<br />

'L;<br />

0.5 1.5 2.5<br />

Freqüência [Hz]<br />

Figura 91 - Espectro médio representativo do estado de mar 4 (Ensaio 5).<br />

1:<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

1 o<br />

Espectro do Estado de Mar 5<br />

o O 0.5 1 1.5 2 2.5<br />

Freqüència [Hzl<br />

Figura 92 - Espectro médio representativo do estado de mar 5 (Ensaio 5).


70<br />

Espectro do Estado de Mar 6<br />

Figura 93 - Espectro médio representativo do estado de mar 6 (Ensaio 5).<br />

80<br />

Espectro do Estado de Mar 7<br />

O 0.5 1 1.5 2 2.5<br />

Freqübncia [Hz]<br />

Figura 94 - Espectro médio representativo do estado de mar 7 (Enqio 5).


80<br />

Evoluçáo Espectral 3-D (sem correção)<br />

z 60 .- O<br />

m n<br />

$ 40<br />

.- m<br />

L<br />

20 2.5<br />

W<br />

- O<br />

o<br />

o<br />

80<br />

3 60<br />

No de Ordem dos Arquivos<br />

40 0<br />

Frequência [Hz]<br />

Figura 95 - Evolução espectral em 30 sem correção (Ensaio 5).<br />

Evoluçáo Espectral 3-D (corrigido)<br />

$ 40<br />

.- m<br />

e<br />

20 2.5<br />

W<br />

o<br />

O<br />

No de Ordem dos Arquivos<br />

40 0<br />

Frequência [Hz]<br />

Figura 96 - Evolução espectral em 30 corrigido (Ensaio 5).


Anexo 6 - Programas Computacionais para Cálculo de Função de<br />

Coerência, Estado de Mar, Altura Significativa, Período de Pico e Direção<br />

Principal<br />

................................................................<br />

%PROGRAMA PARA CÁLCULO DE FUNÇÃO DE COERÊNCIA, ESTADO DE MAR,<br />

%ALTURA SIGNIFICATIVA E PERIODO DE PICO<br />

ss 0 0 0 0 ~ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 ~ 0 0 ~ ~ 0 0 0 ~ 0 0 0 ~ 0 0 0 0 0 0<br />

oo%5555o66566666555505500555055506655555555555555555oooooooooooo<br />

%DESCRIÇÃO<br />

% 1)Sistema composto de 3 sensores dispostos em "L", e<br />

%localizados nas extremidades e no vértice do arranjo.<br />

% 2)Visto em planta, a base do "L" é paralela e adjacente a<br />

%praia, e os sensores são ora designados: sensor 1, localizado<br />

no %vértice do arranjo (sensor central); sensor 2, localizado na<br />

%extremidade mais afastada da praia (sensor externo); e sensor<br />

%3, localizado na extremidade mais próxima da praia (sensor<br />

%direito) .<br />

%CONSIDERAÇ~ES<br />

% 1) Este programa foi desenvolvido para atender exclusivamente<br />

uma situação experimental específica. Ajustes e adaptações<br />

poderão ser necessários para funcionamento do programa com<br />

outras bases de dados.<br />

%<br />

clear<br />

%Definições preliminares<br />

dia=O;<br />

while dia6,<br />

dia=input('Efetuar os calculos para qual dia ?I)<br />

if (fix (dia) -dia) -=O, fprintf ( '0 Valor de ser inteiro\n l ) ; dia=-<br />

1; end;<br />

if dia6, fprintf('0 Valor deve estar entre 1 e 6. \r 1 );<br />

end;<br />

end<br />

%<br />

if dia==l, load Mlcor-mat; end;%carrega matriz Mi(Tempo,Sensor)<br />

do dia 1<br />

if dia==2, load M2cor.mat; end;%carrega matriz Mi(Tempo,Sensor)<br />

do dia 2<br />

i£ dia==3, load M3cor.mat; end;%carrega matriz Mi(Tempo,Sensor)<br />

do dia 3<br />

if dia==4, load M4cor.mat; end;%carrega matriz Mi(Tempo,Sensor)<br />

do dia 4<br />

if dia==5, load M5cor.mat; end;%carrega matriz Mi(Tempo,Sensor)<br />

do dia 5<br />

if dia==6, load M6cor.mat; end;%carrega matriz Mi(Tempo,Sensor)<br />

do dia 6<br />

Final=size (M) ;<br />

Final=Final (1,l) ;<br />

Sensor=l ;<br />

Estimador=1.5;<br />

arq=M(:,Sensor); %modifica o nome do arquivo de dados para "arq"<br />

- MUDA PARA O DIA<br />

a=Final; %define o número de registros do arquivo de dados<br />

nf=Fina1/900 %número de files<br />

for i=l:nf,


for j=1: 4,<br />

si (: , (i-i) *4+j)=arq( (i-1) *9OOO+ (j-1) *2048+202*j+l: (i-<br />

1) *9000+j*2048+jf202, 1) ; %registro sensor 1<br />

end<br />

end<br />

%<br />

%Função espectro<br />

P12=spectrum(M(: ,l) ,M(: , 2) ;<br />

P13=spectrum(M(:,l) ,M(:,3) );<br />

P23=spectrum(M(:,2) ,M(:,3) 1;<br />

%<br />

t2=nf / (nf *4) :nf / (nf*4) :nf; % Muda para cada dia<br />

dt=O.l; %taxa de amostragem no domínio do tempo<br />

Fmax=1/(2*dt); %Freqüência máxima<br />

N=size (i, 1) ; %tamanho da série<br />

gl=16; %graus de liberdade<br />

M=2*N/gl; %tamanho da amostra a ser alisada<br />

T=dt*M; %tempo da amostragem<br />

Ov=128; %overlap entre amostras<br />

df=1/(2*128*dt); %taxa de amostragem no domínio da Freqüência;<br />

ld=0.75; %distância entre sensores (central e direito)<br />

le=0.75; %distância entre sensores (central e externo)<br />

ef=df:df :df*63;<br />

%<br />

% Cálculos<br />

% Espectro de Freqüência<br />

ne=4 *nf;<br />

for i=l:ne,<br />

%Cálculo do Espectro de potência<br />

j=2*0.1*spectrurn(sl(: , i) , 256, 128) ;<br />

xz(:,i)=j (2:64,1);<br />

hsl (i)=4*sqrt (sum(xz (: , i) ) *0.0391) ;<br />

end<br />

% Montar matriz zz - Espectros médios<br />

for i=l:nf,<br />

au~(:~l)=xz(:~l);<br />

aux(:,l)=ones(size(aux(:,l))) .*O;<br />

for j=1: 4,<br />

aux(:,l)=a~x(:,l)+xz(:~ ((i-1)*4+j) 1;<br />

end,<br />

zz(:,i)=aux(:,l) ./4;<br />

end<br />

% Plotagem em 3-D<br />

figure;<br />

Titulo= [ 'Evolução Espectral 3-D (sem correção) ' 1 ;<br />

n=size (zz) ;<br />

x=l:l:n(1,2) ;<br />

y=(2.5/n(lI1)): (2.5/n(l,l)) :2.5;<br />

waterfall (x, y, zz) ;view (30,40) ;<br />

title(Titulo);xlabel('NO de Ordem dos<br />

Arquivos');ylabel('Freqüência [Hz]');zlabel('Energia<br />

Espectral');<br />

% Interpolando zzi<br />

for ix=1:63, %Freqüência<br />

y=[l;<br />

x=[l;


ii=l ;<br />

for iy=l :nf, %Número de arquivos<br />

i£ zz (ix, iy) -=O,<br />

x (ii)=iy;<br />

y (ii) =zz (ix, iy) ;<br />

ii=ii+l;<br />

end;<br />

end;<br />

xi=l : nf;<br />

yi=interpl (x, y, xi, ' spline ') ;<br />

zzi (ix, : ) =yi;<br />

end;<br />

for i=l:nf, %Zera Números negativos em zzi<br />

ii=findfzzi(:,i)Estimador,<br />

Estmar (i)=j;<br />

i=i+l;<br />

ii=j<br />

end<br />

j=j+l;<br />

end<br />

end;<br />

% Rotina de Correção dos Arquivos defeituosos<br />

ii=l;<br />

x=[l;<br />

y=[I;


for i=l:nf,<br />

if hs2 (i) -=O,<br />

x (ii) =i;<br />

y (ii) =hs2 (i) ;<br />

ii=ii+l;<br />

end;<br />

end<br />

xi=l : nf;<br />

% Soma 1<br />

Titulol=['Gráfico de Evolução do Mar - Ensaio 'num2str(dia)-11;<br />

figure;plot (t2 (l:Fina1/2250) ,hçl,xi,hs2iI 'r' ) ,axis (Eixos) , title (<br />

Titulol),xlabel('NO de Ordem dos Arquivos'),ylabel('AItura<br />

Significativa das Ondas - Hs [cm]'),text(8,22,'Linha Vermelha -<br />

Hs dos Estados de Mar1),text(8,23,'Linha Azul - Hs das<br />

Amostras ' ) ;<br />

grid;<br />

8 Cálculo do Espectro do Mar<br />

f=df: df: 63*df;<br />

nm=size(Estmar); nm=nm(l,2);<br />

Estmar (nm+l) =nf+l;<br />

aux= [I ;<br />

for i=l:nm,<br />

aux (i) =Estmar (i+l) -Estmar (i) ;<br />

end<br />

i=l;<br />

while 1<br />

Emedio=zz ( : , 1) .*O;<br />

for j=Estmar (i) :Estmar (i+l) -1,<br />

Emedio ( : , 1 ) =Emedio ( : , 1 ) + zzi ( : ,j) ;<br />

end<br />

Espmedio ( : , i) =Emedio ( : ,l) ;<br />

i=i+l;<br />

if i>nm, break, end;<br />

end<br />

for i=l:nm,<br />

Espmedio(:,i)=Espmedio(:,i) ./aux(i);<br />

end<br />

for i=l:nm, %Cálculo da Freqüência Máxima<br />

hs3 (: ,i)=4*sqrt (sum(Espmedio (: ,i) ) *O.O39l) ;<br />

maximo=max (Espmedio ( : ,i) ) ;<br />

ii=f ind (Espmedio ( : , i) ==max (Espmedio ( : ,i) ) ) ;<br />

zl=ii;<br />

Tp(i)=l/f (zl)<br />

;<br />

end<br />

Eixos=[O 2.5 O 1001;<br />

for i=l:nm,<br />

figure;<br />

Titulo=['Espectro do Estado de Mar ' numSstr(i)l;<br />

plot ( f, Espmedio ( : , i) , ' r ' ) , xlabel ( ' Freqüência<br />

[Hz] ' ) , ylabel ( 'Energia ') ; axis (Eixos) ; grid;<br />

title (Titulo) ;<br />

end<br />

% Função Coerência<br />

fl=df:df :129*df;<br />

Eixosl=[O 2.5 O 11;<br />

figure;


Titulo=['Função de Coerência - Sensores S1 e 52. Ensaio<br />

'num2str (dia) -11 ;<br />

plot (£1, P12 ( :, 5) ) ; axis (Eixosl) ; grid;<br />

title (Titulo) ;xlabel ( 'Freqüência [Hz] ' ) ; ylabel ( 'Coerência' ) ;<br />

figure;<br />

Titulo=['Função de Coerência - Sensores S1 e S3. Ensaio<br />

'num2str (dia) -11 ;<br />

plot (i 1, P13 ( : ,5) ) ; axis (Eixosl) ; grid;<br />

title (Titulo) ;xlabel( ' Freqüência [Hz] ' ) ;ylabel ('Coerência' ) ;<br />

figure;<br />

Titulo=['Função de Coerência - Sensores S2 e S3. Ensaio<br />

'num2str (dia) -11 ;<br />

plot(fl,P23(:,5)); axis(Eixos1); grid;<br />

title (Titulo 1 ; xlabel ( ' Freqüência [Hz] ' ) ; ylabel ( ' Coerência ' ) ;<br />

E=Estmar ( 1 : nm) ;<br />

Nome=['Estmarl num2str(dia)];<br />

var='E1;<br />

var2= ' Tp ' ;<br />

save (Nome, var, var2) ;<br />

Estimador<br />

hs 3<br />

T P<br />

Estmar=Estmar(l:nrn);<br />

Estmar<br />

%<br />

...............................................................<br />

%FIM DO PROGRAMA<br />

...............................................................


..................................................................<br />

%PROGRAMA PARA CÁLCULO DA DIREÇÃO PRINCIPAL<br />

................................................................<br />

%DESCRIÇÃO<br />

% 1)Sistema composto de 3 sensores dispostos em "L", e<br />

%localizados nas extremidades e no vértice do arranjo.<br />

% 2)Visto em planta, a base do "L" é paralela e adjacente a<br />

%praia, e os sensores são ora designados: sensor 1, localizado<br />

no %vértice do arranjo (sensor central); sensor 2, localizado na<br />

%extremidade mais afastada da praia (sensor externo); e sensor<br />

%3, localizado na extremidade mais próxima da praia (sensor<br />

%direito).<br />

%CONSIDERAÇ~ES<br />

% 1) Este programa foi desenvolvida para atender exclusivamente<br />

urna situação experimental específica. Ajustes e adaptações<br />

poderão ser necessários para funcionamento do programa com<br />

outras bases de dados.<br />

%<br />

%SELECIONA O DIA PARA O CALCULO DO ESPECTRO DIRECIONAL<br />

clear;<br />

Dia=O;<br />

while Dia6 Dia=input('Efetuar os calculos para qual dia<br />

?I)<br />

if Dia6, fprintf(lVa1or deve estar entre 1 e 6. \r1); end<br />

end<br />

if Dia==l, load Mlcor.mat; load estmarl.mat; end;<br />

if Dia==2, load M2cor.mat; load estmar2.mat; end;<br />

if Dia==3, load M3cor.mat; load estmar3.mat; end;<br />

if Dia==4, load M4cor.mat; load estmar4.mat; end;<br />

if Dia==5, load M5cor.mat; load estmar5.mat; end;<br />

if Dia==6, load M6cor.mat; load estmar6.mat; end;<br />

%DEFINIÇ~ES DE VARIÁVEIS<br />

Final=size (M) ;<br />

Final=Final(l,l); %define o número de registros do arquivo de<br />

dados<br />

Asl=M ( 1 : Final, 1) ; %registro sensor 1<br />

As2=M(l: Final, 2) ; %registro sensor 2<br />

As3=M(l: Final, 3) ; %registro sensor 3<br />

dt=O.l; %taxa de amostragem<br />

Fmax=l/(Z*dt); %frequência máxima<br />

N=Final; %tamanho da amostra<br />

M=256;<br />

T=dtfM; %tempo da amostragem<br />

Ov=128; %overlap entre amostras<br />

ld=0.75; %distância entre sensores (central e direito)<br />

le=0.75; %distância entre sensores (central e externo)<br />

nf=Fina1/9000; %número de files<br />

n=size (E) ;<br />

E (n(l12)+1)=nf+l;<br />

%DIVIDE A SÉRIE TEMPORAL EM VETORES MENORES<br />

for i=l:nf,<br />

for j=1:4,<br />

auxl ( : , (i-1) *4+j) =As1 ( (i-1) *9OOO+ (j-1) *2O48+2O2* j+l: (i-<br />

1)*9000+j*2048+j*202,1); %registro sensor 1<br />

aux2 (:, (i-1) *4+j)=As2 ( (i-1) *9000+(j-1) *2O48+2O2*j+l: (i-<br />

1)*900O+j*2048+j*202,1); %registro sensor 2


aux3 (:, (i-1) *4+j)=As3 ( (i-1) *9000+ (j-1) *2048+202*j+l: (i-<br />

1)*9000+j*2048+j*202,1); %registro sensor 3<br />

end<br />

end<br />

t2=nf / (nf "4) : nf/ (nf *4) : nf; % Muda para cada dia dia<br />

%CÁLCULO :<br />

%Espectro Direcional para cada intervalo<br />

ne=4 *nf;<br />

for i=l:ne,<br />

sl=auxl ( : , i) ;<br />

s2=aux2 ( : , i) ;<br />

s3=aux3 (: ,i) ;<br />

if sum(sl+s2+s3)-=O,%Calcula o espectro se houver si-=O<br />

nts=size (sl) ;<br />

co=sl; %altura da superfície no sensor central<br />

dd=(s3-sl)/ld; %dif. alturas entre sensor direito e central<br />

de=(s2-sl)/le; %dif. alturas entre sensor externo e central<br />

wl=spectrum (dd, cor M, Ov) ; %calcula espectro cruzado entre<br />

sensores direito e central<br />

w2=spectrum(de,co,MIOv); %calcula espectro cruzado entre<br />

sensores externo e central<br />

nw=size (wl) ;<br />

r4 ( : , i) =imag (wl(2 : nw (1& 3) ) ; %calcula imaginário para eixo x<br />

r5 ( : , i) =imag (w2 (2 : nw (1& 3) ) ; %calcula imaginário para eixo y<br />

else<br />

r4 (l:l28,i)=O;<br />

r5 (l:l28,i)=O;<br />

end;<br />

end;<br />

%CALCULANDO OS ESPECTROS DOS MARES<br />

x=l;<br />

nem=size (E) ;<br />

nem=nem(l, 2) -1;<br />

for ii=l:nem,<br />

Soma r4 (1: l28,l) =O;<br />

soma-r5 (l:l28,1)=0;<br />

for i=~(ii) :E(ii+l)-1<br />

for inc=l:4,<br />

Soma - r4=Soma - r4+r4 ( : ,4* (i-1) +inc) ;<br />

Soma - r5=Soma r5+r5 (: ,4* (i-1) +inc) ;<br />

end<br />

end<br />

r4m(:,ii)=Soma - r4(:,1);<br />

r5m(:,ii)=Soma - r5(:,1);<br />

end;<br />

E=[];<br />

nef=size (r4m) ;<br />

T=nef (1,l) *O. 1;<br />

df=1. / (2*0.1*nef (1,l) ) ;<br />

F=O:df: (nef (1,l) -1) *df;<br />

Eixos=[O 2.5 O 1001 ;<br />

%Plotando Gráficos:<br />

for i=l:nem,<br />

Fase=atan(r5m(:,i) ./r4m(:,i) );<br />

Espdir=abs (r4m(:, i) +j*r5m ( : , i) ) ;<br />

Frnax=l./Tp;


Fmax=(fix (E'max*1000) ) /1000;<br />

F= (fix (F*lOOO) ) /lOOO;<br />

xmax=find ( F==Fmax (i) ) ;<br />

Teta (i) =Fase (xmax) ;<br />

if sum(rSm(: ,i)+r4m(:, i) )==O, Teta (i)=1000; end;<br />

reduz=l ;<br />

XLinha (1 ) =O;<br />

XLinha (2) =F (xmax) ;<br />

YLinha (1 : 2) =Fase (xmax) ;<br />

Xcoluna ( 1 ) =Fmax ( i) ;<br />

Xcoluna ( 2 ) =Fmax ( i ) ;<br />

Fcoluna(l:2)=[0 Fase(xmax) 1;<br />

Fcoluna=Fcoluna./reduz;<br />

Titulo=['Est de mar num2str(i) ', Frequência de Pico = '<br />

numZstr(E'max(i)) 'Hz e Direção Principal = '<br />

num2str(fix(~ase(xmax) * (360/ (2*pi) 1) ) ' O ' 1;<br />

figure; hold;<br />

Eixos= [O 2.5 O 1201 ;<br />

plot (F,Fase* (36O/ (2*pi) ) ) ;<br />

plot (XLinha, YLinha* (36O/ (2*pi)<br />

) , 'r' ;<br />

plot (Xcoluna, Fcoluna* (36O/ (2*pi) ) , 'r' 1 ;hold;<br />

axis (Eixos) ;<br />

title (Titulo) ;<br />

xlabel ( ' Frequência (Hz) ' ;<br />

ylabel ( ' Direção Principal ( Graus ) ' ) ;<br />

grid; shg;<br />

end;<br />

on=l ;<br />

for i=l:nem;<br />

if Teta (i) ==1000, on=O; end;<br />

end;<br />

on<br />

if -on,<br />

% Interpolando o ângulo de chegada Teta<br />

y= [I ;<br />

x=[l;<br />

ii=l<br />

for iy=l:nem, %Número de estado de mar<br />

if Teta (iy) -=1000,<br />

x (ii) =iy;<br />

y (ii) =Teta (iy) ;<br />

ii=ii+l;<br />

end;<br />

end;<br />

xi=l :nem;<br />

Tetai=interpl (x, y, xi, 'spline ') ;<br />

else<br />

Tetai=Teta;<br />

end;<br />

E<br />

Tetal=Tetai*360/ (2*pi) ;<br />

figure;plot(Tetal);grid;title('Angulo Interpoladol);shg<br />

%<br />

%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%<br />

%FIM DO PROGRAMA<br />

.............................................................


Anexo 7 - Leituras Batimétricas Obtidas no Campo<br />

Obs. 0 s valores em vermelho correspondem a valores interpolados.<br />

Tabela 15 - Batimetria nos perfis (Ensaio 1).


Tabela 16 - Batimetria nos perfis (Ensaio 2).


Tabela 18 - Batimetria nos perfis (Ensaio 4).


Tabela 19 - Batimetria nas perfis (Ensaio 5).


Anexo 8 - Curvas Granulométricas dos Sedimentos de Fundo<br />

Tabela 20 - Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 1, Quartzo e Calcário).


Tabela 21 - Análise granulomiWca por peneiramento (Pilar I, Quartzo).


Tabela 22 - Análise granulom6trica por peneiramento (Pilar 2, Quarko e Calcário).


Tabela 23 - Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 2, Quarho).


Tabela 24 - Análise granulom6trica por peneiramento (Pilar 3, Quarho e Calcário).


Tabela 25 - Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 3, Quarho).


Tabela 26 - Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 4, Quartzo e Calcário).


Tabela 27 - Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 4, Qua-o).


Tabela 28 - Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 5, Quartzo e Calcário).


Tabela 29 - Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 5, Quarho).


Tabela 30 - Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 6, Quartzo e Calcário).


Tabela 31 - Anblise granulométrica por peneiramento (Pilar 6, Quartzo).


Tabela 32 - Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 7, Qua&o e Calcário).


Tabela 33 - Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 7, Quarko).


0.001 0.01 0.1 1 10 100<br />

DIAMETRO DAS PARTiCULAS (mm)<br />

Figura 97 - Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar í - Quartzo e Calcário).<br />

/<br />

CURVA GRANULOMÉTRICA<br />

Perfil 6. Pilar I - Quartzo<br />

ARGI SILTE FINA<br />

AREIA<br />

~m / GROSSA I<br />

PEDREOULHO<br />

FINO / MEDI0 / GROSSO<br />

I<br />

1<br />

270 uM 1M) BO 40 30 20 10 4 33 IR 314 1 11R 2


CURVA GRANULOMÉTRICA<br />

Perfil 6. Pilar 2 - Quartzo e Calcário<br />

0.001 0.01 0.1 1 10<br />

DIhlETRO DAS PARTICULAS (mm)<br />

Figura 99 - Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar 2 - Quartzo e Calcário).<br />

CURVA GRANULOMÉTRICA<br />

Perfil 6, Pilar 2 - Quartzo<br />

AREIA<br />

0.001 0.01 0.1 1 10 1 O0<br />

DIAMETRO DAS PART~CULAS (mm)<br />

PEDREGULHO<br />

ARGI SILTE FINA 1 MCD~ 1 GROÇSA I FINO / &DIO I GROSSO<br />

27ü MO 1M) 60 4030M 10 4 3/ôW 3141 11122 3<br />

Figura 100 - Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar 2 - Quartzo).


ARG SILTE<br />

CURVA GRANULOMÉTRICA<br />

Perfil 6, Pilar 3 - Quartzo e Calcário<br />

PEDREGULHO<br />

AREIA<br />

SINA I MPOIA I GROSSA I FINO I MCDIO 1 GROSSO<br />

0.01 0.1 1 10<br />

DIAMETRO DAS PART~CULAS (mm)<br />

Figura 101 - Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar 3 - Quarho e Calcário).<br />

CURVA GRANULOMÉTRICA<br />

Pilar 6, Perfil 3 - Quartzo<br />

AREIA<br />

ARGI SILTE FINA I M~IA<br />

0.001 0.01 0.1 1 10 1 O0<br />

DIÂMETRO DAS PARTíCULAS (mm)<br />

PEDREGULHO<br />

/ GROSSA I FINO / MEDI0 / GROSSO<br />

270 2M) 1W BO 403020 10 4 y8lR3141 llR2 3<br />

Figura 102 - Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar 3 - Quanío).


CURVA GRANULOMÉTRICA<br />

Perfil 6, Pilar 4 - Quartzo e Calcário<br />

AREIA<br />

0.01 o. i 1 10 1 O0<br />

DIAMETRO DAS PARTICUIAS (rnm)<br />

Figura 103 - Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar 4 - Quartzo e Calcário).<br />

CURVA GRANULOMÉTRICA<br />

Perfil 6, Pilar 4 - Quartzo<br />

PEDREGULHO<br />

ARGI SILTE FIM / MEDIA I GROSSA I FINO I MEDI0 / GROSSO<br />

AREIA<br />

PEDREGULHO<br />

ARO1 SILTE FINA / &DV\ i GROSSA I FINO / MEDI0 I GROSSO


CURVA GRANULOMÉTRICA<br />

Perfil 6, Pilar 5 - Quartzo e Calcário<br />

AREIA<br />

I<br />

PEDREGULHO<br />

ARGILA/ SILTE FINA I M~DIA I GROSSA I FINO / MEDO / GROSSO j<br />

0.01 0.1 1 10<br />

DIAMETRO DAS PARTiCULAS (mm)<br />

Figura 105 - Curva granulom6trica (Perfil 6, Pilar 5 - Quartzo e Calcário).<br />

CURVA GRANULOMÉTRICA<br />

Perfil 6, Pilar 5 - Quartzo<br />

AREIA<br />

PEDREGULHO<br />

I FINA 1 MbDlA / GROSSA / FINO I M~DIO I GROSSO<br />

0.001 0.01 0.1 1 10 1 o0<br />

DIÂMETRO DAS PARTiCULAS (mm)<br />

Figura 106 - Curva granulom6trica (Perfil 6, Pilar 5 - Quartzo).<br />

I


CURVA GRANULOMÉTRICA<br />

Perfil 6, Pilar 6 - Quartzo e Calcáno<br />

,AREIA<br />

PEDREGULHO<br />

SILTE FINA MEDIA I GROSSA / FINO I &mo / GROSSO /<br />

DIAMETRO DAS PARTíCULAS (mm)<br />

Figura 107 - Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar 6 - Quartzo e Calcário).<br />

CURVA GRANULOM~TRICA<br />

Perfil 6, Pilar 6 - Quartzo<br />

AREIA<br />

0.01 0.1 1 10<br />

DIhMETRO DAS PARTICULAS (mm)<br />

Figura 108 - Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar 6 - Quartzo).<br />

138<br />

PEDREGULHO<br />

ARGI SILTE FINA i MPM I GROSSA / FINO I WDIO 1 OROSSO


0.001 0.01 o. 1 1 10 1 O0<br />

DIhlETRO DAS PARTíCULAS (mm)<br />

Figura 109 - Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar 7- Quartzo e Calcário).<br />

CURVA GRANULOM~TRICA<br />

Perfil 6, Pilar 7 - Quartzo<br />

ARGI SILTE FINA /<br />

AREIA<br />

M~DW I GROSSA I<br />

PEDREC3ULHO<br />

FINO I t&~m 1 G ~ ~ S O<br />

0.01 0.1 1 10<br />

DIhETRO DAS PAR~~CULAS (mm)<br />

Figura 110 - Curva granulom6trica (Perfil 6, Pilar 7 - Quartzo).


- Fundo<br />

Anexo 9 - Descritores Estatísticos das Amostras de Sedimento de<br />

Tabela 34 - Descritores estatísticos.

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