1 - Engenharia Naval e Oceânica - UFRJ
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UM EXPERIMENTO SOBRE TRANSPORTE LITORÂNEO EM UMA PRAIA<br />
DA LAGOA DE ARARUAMA, RJ<br />
Carlos Frederico Borges Pereira<br />
TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS<br />
PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE<br />
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSARIOS<br />
PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIAS EM ENGENHARIA<br />
OCEANICA.<br />
Aprovada por:<br />
Prof. Enise Maria Salgado Valentini, D.Sc.<br />
~rof c~audo Freitas Neves, P~.D.'<br />
Prof. Carlos Eduardo Parente Ribeiro, D.Sc.<br />
Prof. Renato Parkinson Martins, D.Sc.<br />
RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL<br />
MARÇO DE 2001
BORGES PEREIRA, CARLOS FREDERICO<br />
Um Experimento sobre Transporte<br />
Litorâneo em uma Praia da Lagoa de<br />
Araruama, RJ [Rio de Janeiro] 2001<br />
xvi, 140 p. 29,7 cm (COPPEI<strong>UFRJ</strong>,<br />
M.Sc., <strong>Engenharia</strong> <strong>Oceânica</strong>, 2001)<br />
Tese - Universidade Federal do Rio de<br />
Janeiro, COPPE<br />
1. Transporte Litorâneo<br />
2. Processos Litorâneos<br />
I. COPPEI<strong>UFRJ</strong> II. Titulo (série)
iii<br />
A minha mãe (h<br />
memoriam) por tudo que fez e<br />
certamente por tudo que faria, a<br />
Andrea, minha esposa que em<br />
todos os momentos, muito me<br />
apoiou, e aos meus filhos<br />
queridos, Maria Eduarda e João<br />
Pedro.
AGRADECIMENTOS<br />
Agradeço a todos aqueles que de alguma forma, direta ou indiretamente, me<br />
apoiaram e contribuíram para a realização deste trabalho. Meus agradecimentos em<br />
especial:<br />
a Diretoria de Hidrografia e Navegação, pela oportunidade ímpar concedida;<br />
à Administração do Praia Clube de Araruama (PCA) pela cessão do local e<br />
apoio logístico oferecidos, bem como todo seu quadro de funcionários;<br />
aos senhores Edilson Maesse Neves pela oportunidade de uso do PCA,<br />
George Gassmann pela disponibilização de sua garagem de barcos (base de campo<br />
dos ensaios), Zenilton da Silva Souza pelo zelo e atenção dispensados a equipe de<br />
campo e Jeremias da Silva Souza pela ajuda intensiva durante a realização dos<br />
ensaios;<br />
ao INPH, UERJ e IEAPM pelo apoio prestado;<br />
a todo o pessoal de apoio do Programa de <strong>Engenharia</strong> <strong>Oceânica</strong>;<br />
ao Laboratório de Instrumentação Oceanográfica e seus integrantes<br />
Engenheiros Fábio Nascimento de Carvalho e Marcos Toledo Ferraz, Técnico<br />
Eletrônico Francisco José da Cunha Silveira, Artífice Francisco de Assis Freitas e<br />
Desenhista João Gonçalves, por todo apoio e atenção dispensados no<br />
desenvolvimento dos sensores;<br />
a todos os integrantes do Laboratório de Traçadores;<br />
aos colegas da turma de mestrado, Odmir Andrade Aguiar, Warley Gripp<br />
Santana, Luíz Jorge Menezes da Silva, Antônio Carlos Barreto Pinto, Fernanda<br />
Gemael Hoefel e Jacyra das Flores Veloso pela união e amizade;<br />
ao grande amigo Aníbal Picanço Bentes;<br />
aos professores Carlos Eduardo Parente Ribeiro, Paulo César Colonna<br />
Rosman, Geraldo Wilson Júnior, Suzana Vinzon, Paulo de Tarso Themístocles<br />
Esperança e Dieter Carl Ernst Heino Muehe, pelos ensinamentos passados;<br />
em destaque, a minha orientadora Enise Maria Salgado Valentini e ao<br />
professor Claudio Freitas Neves pela dedicação, orientação e apoio em sala de aula,<br />
nos trabalhos de campo e nos períodos extra-classe.
"A percepção do desconhecido, é a mais bela experiência que podemos viver.<br />
É a verdadeira fonte de toda arte e ciência. Aquele que nunca sentiu essa emoção,<br />
que não consegue mais se deslumbrar, têm os olhos fechados para a vida, os sentidos<br />
anestesiados, como num coma. Somente nossa intuição mais profunda é capaz de<br />
perceber que o impenetrável existe, e se manifesta na mais irradiante beleza e na<br />
mais alta sabedoria. Esse sentimento diante do misterioso é a essência da verdadeira<br />
fé. Nesse sentido, e apenas nesse, me coloco entre os homens de grande devoção e<br />
religiosidade. "<br />
Albert Einstein
Resumo da Tese apresentada a COPPEI<strong>UFRJ</strong> como parte dos requisitos necessários<br />
para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M.Sc.)<br />
UM EXPERIMENTO SOBRE TRANSPORTE LITORÂNEO EM UMA PRAIA<br />
Orientadora: Enise Maria Salgado Valentini<br />
Programa: <strong>Engenharia</strong> <strong>Oceânica</strong><br />
DA LAGOA DE ARARUAMA, RJ<br />
Carlos Frederico Borges Pereira<br />
Março12001<br />
Este trabalho apresenta um experimento sobre transporte litorâneo realizado<br />
em uma praia no interior da Lagoa de Araruama, onde uma perturbação foi imposta ao<br />
meio com a introdução de um espigão transversal à linha de costa.<br />
O espigão provocou alteraçaes morfológicas na área monitorada, e através<br />
da diferença de batimetria entre leituras consecutivas, foi possível calcular o volume<br />
de sedimentos erodido e assoreado. Simultaneamente foram coletados dados de<br />
ondas, batimetria, nível d'água e alguns parâmetros auxiliares como intensidade e<br />
direção do vento, temperatura do ar e da água e medição visual de altura, período e<br />
ângulo de ataque de ondas. Outros parâmetros foram determinados em laboratório<br />
como granulometria, massa específica e índice de vazios do sedimento; e densidade,<br />
salinidade, wndutividade e pH da água.<br />
Para a realização do experimento, foram projetados e desenvolvidos um<br />
espigão, um ondógrafo direcional e um conjunto de perfiladores, específicos para uma<br />
praia de baixa energia e com pequenas profundidades.<br />
Finalmente, com os todos os dados coletados e processados, foram<br />
estabelecidos alguns parâmetros morfológicos de praia e quantificado o transporte<br />
litorâneo, cujo valor foi comparado com aquele previsto pela formulação do CERC.
Abstract of Thesis presented to COPPEI<strong>UFRJ</strong> as a partia1 fulfillment of the<br />
requirements for the degree of Master of Science (M.Sc.)<br />
A LONGSHORE SEDIMENT TRANSPORT EXPERIMENT IN A BEACH OF<br />
Advisor: Enise Maria Salgado Valentini<br />
Department: Ocean Engineering<br />
ARARUAMA LAGOON, RJ<br />
Carlos Frederico Borges Pereira<br />
March12001<br />
This work presents a longshore transport experiment, conducted in a beach<br />
inside of Araruama Lagoon where a disturbance was imposed to the environmental by<br />
introducting a groin perpendicular to the coastline.<br />
The groin caused morphologic changes in the monitored area and by the<br />
bathimetric difference, between consecutive measurement, it was possible to compute<br />
the volume of sediment eroded and accreated.<br />
Simultaneously, data were collected such as waves, bottom topography, water<br />
level and other auxiliary parameters such as speed and direction of the wind,<br />
temperature of the air and of the water, and visual observation of height, period and<br />
angle of incidence of waves. Other parameters were determined in laboratory such as<br />
sand size, specific gravity and void ratio of the sediment; and density, salinity,<br />
conductivity and pH of the water.<br />
For the accomplishment of the experiment, a groin, a directional wave gauge<br />
and an array of profilers were built, specifically designed for a low energy beach with<br />
small depths.<br />
Finally, with all data collected and processed, it was possible to establish<br />
some morphologic beach parameters and to quantify the longshore transport, whose<br />
value was compared to that predicted by formula CERC.<br />
vii
~NDICE DO TEXTO<br />
I . Introdução ............................................................................................................... I<br />
2 . Descrição do Experimento ...................................................................................... 3<br />
2.1 . Localização do Experimento ............................................................... 3<br />
2.2 . Concepção e Projeto do Experimento ................................................. 5<br />
2.2.1 . Armadilha de Areia ....................................................................... 5<br />
........................................................................................<br />
2.2.2 . Espigão 7<br />
................................................. ............................<br />
2.2.3 . Perfiladores i.. I O<br />
..................................................................<br />
2.2.4 - Ondógrafo Direcional 13<br />
2.3 - Logística ........................................................................................... 23<br />
2.4 - Observação do Nível Médio .............................................................. 23<br />
2.5 - Observação de Parâmetros Auxiliares .............................................. 24<br />
..................................................................................<br />
2.6 - O Experimento 25<br />
3 - Levantamento e Tratamento dos Dados ............................................................... 31<br />
3.1 - Dados de Ondas ............................................................................... 31<br />
3.2 - Dados de Batimetria ......................................................................... 41<br />
3.3 - Nível Médio e Parâmetros Auxiliares ................................................ 43<br />
4 - Análise dos Resultados ......................................................................................... 47<br />
4.1 - Evolução Morfológica dos Perfis de Praia ......................................... 47<br />
4.2 . Transporte Litorâneo ......................................................................... 55<br />
4.3 . Análise Geral do Experimento ........................................................... 57<br />
5 . Conclusões e Recomendações ............................................................................. 59<br />
5.1 . Conclusões ....................................................................................... 59<br />
...............................................................................<br />
5.2 . Recomendações 60<br />
Glossário .................................................................................................................... 62<br />
Referências Bibliográficas ........................................................................................... 63<br />
Anexo 1 . Características Técnicas dos Sistemas e Equipamentos Utilizados ........... 65<br />
Anexo 2 . Esquema Eletrônico do Ondógrafo Direcional ............................................ 67<br />
Anexo 3 . Projeto de Construção e Montagem do Ondógrafo Direcional .................... 69<br />
Anexo 4 . Curvas de Calibragem Estática dos Sensores no Campo .......................... 78<br />
Anexo 5 . Evolução dos Estados de Mar. Funções de Coerência entre os Sensores.<br />
Espectros de Freqüências. e Evolução Espectral no Tempo em 3D .................... 81<br />
Anexo 6 . Programas Computacionais para Cálculo de Função de Coerência. Estado<br />
de Mar. Altura Significativa. Período de Pico e Direção Principal ....................... 106<br />
Anexo 7 . Leituras Batimétricas Obtidas no Campo ................................................. 114<br />
Anexo 8 . Curvas Granulométricas dos Sedimentos de Fundo ................................ 119<br />
Anexo 9 . Descritores Estatísticos das Amostras de Sedimento de Fundo .............. 140<br />
viii
~NDICE DE FIGURAS<br />
Figura 1 . Esquema do experimento no campo ............................................................ 7<br />
Figura 2 . Curva de calibragem estática do sensor SI ......................................... 18<br />
Figura 3 . Curva de calibragem estática do sensor S2 ......................................... 18<br />
Figura 4 . Curva de calibragem estática do sensor S3 ......................................... 18<br />
Figura 5 . Vista em planta da posição dos sensores e de RN, RAI e RA2. no local do<br />
experimento ......................................................................................................... 26<br />
Figura 6 - Desenho representativo de um arquivo de dados com 9000 amostras<br />
(equivalente a 15 minutos de aquisição). dividido em 4 blocos com 2048 amostras<br />
validadas e 202 amostras descartadas ................................................................ 34<br />
Figura 7 . Evolução do estado de mar ........................................................................ 35<br />
Figura 8 - Espectro médio representativo de estado de mar ...................................... 36<br />
Figura 9 . Evolução espectral em 3D ......................................................................... 37<br />
Figura 10 - Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar I . Quartzo e Calcário) ................... 45<br />
Figura 11 . Leituras de perfil de praia na posição P1 ................................................. 49<br />
Figura 12 - Leituras de perfil de praia na posição P2 ................................................. 49<br />
Figura 13 - Leituras de perfil de praia na posição P3 ................................................. 50<br />
Figura 14 . Leituras de perfil de praia na posição P4 ................................................. 50<br />
Figura 15 - Leituras de perfil de praia na posição P5 ................................................. 51<br />
Figura 16 . Leituras de perfil de praia na posição P6 ................................................. 51<br />
Figura 17 - Perfil P1 (Sotamar) ................................................................................... 52<br />
Figura 18 - Perfil P6 (Barlamar) .................................................................................. 52<br />
Figura 19 - Parâmetros morfodinâmicos R, E e K*, parametrizados em função da<br />
velocidade orbital para todas as leituras do experimento ..................................... 53<br />
Figura 20 . Classificação do perfil de praia segundo a parametrização de<br />
SUNAMRURA & HORIKAWA (1 974) apud HORIKAWA (1 988) ........................... 55<br />
Figura 21 . Evolução da linha de costa com o tempo em cada ensaio do experimento .<br />
............................................................................................................................ 56<br />
Figura 22 . Relação entre volumes medidos e volumes calculados (CERC) .............. 56<br />
Figura 23 . Desenho esquemático do sistema eletrônico ........................................... 67<br />
Figura 24 . Desenho esquemático da unidade conversora ......................................... 68<br />
Figura 25 . Suporte vista frontal ................................................................................. 69<br />
Figura 26 . Suporte vista lateral ................................................................................. 70<br />
Figura 27 . Corte AA'. ................................................................................................ 71<br />
Figura 28 . Copo unidade eletrônica .......................................................................... 72<br />
Figura 29 . Cubo ........................................................................................................ 73<br />
Figura 30 . Passa.fio .................................................................................................. 74
Figura 31 . Haste ....................................................................................................... 75<br />
Figura 32 . Detalhes-haste (1) .................................................................................... 76<br />
Figura 33 . Detalhes-haste (2) .................................................................................... 77<br />
Figura 34 . Função de coerência entre os sensores SI e S2 (Ensaio O) .................... 81<br />
Figura 35 . Função de coerência entre os sensores SI e S3 (Ensaio 0) .................... 81<br />
Figura 36 . Função de coerência entre os sensores S2 e S3 (Ensaio 0) .................... 81<br />
Figura 37 . Evolução do estado de mar (Ensaio O) ..................................................... 82<br />
Figura 38 . Espectro médio representativo do estado de mar 1 (Ensaio 0) ................ 82<br />
Figura 39 . Espectro médio representativo do estado de mar 2 (Ensaio 0) ................ 82<br />
Figura 40 . Espectro médio representativo do estado de mar 3 (Ensaio 0) ................ 83<br />
Figura 41 . Espectro médio representativo do estado de mar 4 (Ensaio 0) ................ 83<br />
Figura 42 . Espectro médio representativo do estado de mar 5 (Ensaio 0) ................ 83<br />
Figura 43 . Espectro médio representativo do estado de mar 6 (Ensaio 0) ................ 84<br />
Figura 44 . Espectro médio representativo do estado de mar 7 (Ensaio 0) ................ 84<br />
Figura 45 . Evolução espectral em 3D sem correção (Ensaio O) ................................ 85<br />
Figura 46 . Evolução espectral em 3D corrigido (Ensaio O) ........................................ 85<br />
Figura 47 . Função de coerência entre os sensores SI e S2 (Ensaio 1) .................... 86<br />
Figura 48 . Função de coerência entre os sensores SI e S3 (Ensaio 1) .................... 86<br />
Figura 49 . Função de coerência entre os sensores S2 e S3 (Ensaio 1) .................... 86<br />
Figura 50 . Evolução do estado de mar (Ensaio 1) ..................................................... 87<br />
Figura 51 . Espectro médio representativo do estado de mar 1 (Ensaio 1) ................ 87<br />
Figura 52 . Espectro médio representativo do estado de mar 2 (Ensaio 1) ................ 87<br />
Figura 53 . Espectro médio representativo do estado de mar 3 (Ensaio 1) ................ 88<br />
Figura 54 . Espectro médío representativo do estado de mar 4 (Ensaio 1) ................ 88<br />
Figura 55 . Espectro médio representativo do estado de mar 5 (Ensaio 1) ................ 88<br />
Figura 56 . Espectro médio representativo do estado de mar 6 (Ensaio 1) ................ 89<br />
Figura 57 . Evolução espectral em 3D sem correção (Ensaio 1) ................................ 90<br />
Figura 58 . Evolução espectral em 3D corrigido (Ensaio 1) ........................................ 90<br />
Figura 59 . Função de coerência entre os sensores SI e S2 (Ensaio 2) .................... 91<br />
Figura 60 . Função de coerência entre os sensores SI e S3 (Ensaio 2) .................... 91<br />
Figura 61 . Função de coerência entre os sensores S2 e S3 (Ensaio 2) .................... 91<br />
Figura 62 . Evolução do estado de mar (Ensaio 2) ..................................................... 92<br />
Figura 63 . Espectro médio representativo do estado de mar 1 (Ensaio 2) ................ 92<br />
Figura 64 . Espectro médio representativo do estado de mar 2 (Ensaio 2) ................ 92<br />
Figura 65 . Evolução espectral em 3D sem correção (Ensaio 2) ................................ 93<br />
Figura 66 . Evolução espectral em 3D corrigido (Ensaio 2) ........................................ 93<br />
Figura 67 . Função de coerência entre os sensores SI e S2 (Ensaio 3) .................... 94
Figura 68 . Função de coerência entre os sensores SI e S3 (Ensaio 3) .................... 94<br />
Figura 69 . Função de coerência entre os sensores S2 e S3 (Ensaio 3) .................... 94<br />
Figura 70 . Evolução do estado de mar (Ensaio 3) ..................................................... 95<br />
Figura 71 . Espectro médio representativo do estado de mar 1 (Ensaio 3) ................ 95<br />
Figura 72 . Espectro médio representativo do estado de mar 2 (Ensaio 3) ................ 95<br />
Figura 73 . Evolução espectral em 3D sem correção (Ensaio 3) ................................ 96<br />
Figura 74 . Evolução espectral em 3D corrigido (Ensaio 3) ........................................ 96<br />
Figura 75 . Função de coerência entre os sensores SI e S2 (Ensaio 4) .................... 97<br />
Figura 76 . Função de coerência entre os sensores SI e S3 (Ensaio 4) .................... 97<br />
Figura 77 . Função de coerência entre os sensores S2 e S3 (Ensaio 4) .................... 97<br />
Figura 78 . Evolução do estado de mar (Ensaio 4) ..................................................... 98<br />
Figura 79 . Espectro médio representativo do estado de mar 1 (Ensaio 4) ................ 98<br />
Figura 80 . Espectro médio representativo do estado de mar 2 (Ensaio 4) ................ 98<br />
Figura 81 . Espectro médio representativo do estado de mar 3 (Ensaio 4) ................ 99<br />
Figura 82 . Evolução espectral em 3D sem correção (Ensaio 4) .............................. 100<br />
Figura 83 . Evolução espectral em 3D corrigido (Ensaio 4) ...................................... 100<br />
Figura 84 . Função de coerência entre os sensores SI e S2 (Ensaio 5) .................. 101<br />
Figura 85 . Função de coerência entre os sensores SI e S3 (Ensaio 5) .................. 101<br />
Figura 86 . Função de coerência entre os sensores S2 e S3 (Ensaio 5) .................. 101<br />
Figura 87 . Evolução do estado de mar (Ensaio 5) ................................................... 102<br />
Figura 88 . Espectro médio representativo do estado de mar 1 (Ensaio 5) .............. 102<br />
Figura 89 . Espectro médio representativo do estado de mar 2 (Ensaio 5) .............. 102<br />
Figura 90 . Espectro médio representativo do estado de mar 3 (Ensaio 5) .............. 103<br />
Figura 91 . Espectro médio representativo do estado de mar 4 (Ensaio 5) .............. 103<br />
Figura 92 . Espectro médio representativo do estado de mar 5 (Ensaio 5) .............. 103<br />
Figura 93 . Espectro médio representativo do estado de mar 6 (Ensaio 5) .............. 104<br />
Figura 94 . Espectro médio representativo do estado de mar 7 (Ensaio 5) .............. 104<br />
Figura 95 . Evolução espectral em 30 sem correção (Ensaio 5) .............................. 105<br />
Figura 96 . Evolução espectral em 3D corrigido (Ensaio 5) ...................................... 105<br />
Figura 97 . Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar 1 . Quartzo e Calcário) ................. 133<br />
Figura 98 . Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar 1 . Quartzo) .................................. 133<br />
Figura 99 . Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar 2 . Quartzo e Calcário) ................. 134<br />
Figura 100 . Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar 2 . Quartzo) ................................ 134<br />
Figura 101 . Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar 3 . Quartzo e Calcário) ............... 135<br />
Figura 102 . Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar 3 . Quartzo) ................................ 135<br />
Figura 1 03 . Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar 4 . Quartzo e Calcário) ............... 136<br />
Figura 1 04 . Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar 4 . Quartzo) ................................ 136
Figura 105 . Curva granulométrica (Perfil 6. Pilar 5 . Quartzo e Calcário) ............... 137<br />
Figura 1 06 . Curva granulométrica (Perfil 6. Pilar 5 . Quartzo) ................................ 137<br />
Figura 1 07 . Curva granulométrica (Perfil 6. Pilar 6 . Quartzo e Calcário) ............... 138<br />
Figura 108 . Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar 6 . Quartzo) ................................ 138<br />
Figura 109 . Curva granulométrica (Perfil 6. Pilar 7 . Quartzo e Calcário) ............... 139<br />
Figura 110 . Curva granulométrica (Perfil 6. Pilar 7 . Quartzo) ................................ 139<br />
xii
íMll~E DE TABELAS<br />
Tabela 1 . Tabela de calibragem estática dos sensores em laboratório ..................... 17<br />
Tabela 2 . Descrição das séries de dados de ondas .................................................. 34<br />
Tabela 3 . Estados de mar e características das ondas nos ensaios ......................... 38<br />
Tabela 4 . Interposi@o entre estados de mar e medições batimétricas ..................... 41<br />
Tabela 5 . Parâmetros auxiliares medidos no campo ................................................. 44<br />
Tabela 6 . Parâmetros auxiliares determinados em laboratório .................................. 45<br />
Tabela 7 . Transporte litorâneo .................................................................................. 57<br />
Tabela 8 . Calibragem dos sensores no campo (Ensaio O) ........................................ 78<br />
Tabela 9 . Calibragem dos sensores no campo (Ensaio 1) ........................................ 78<br />
Tabela 10 . Calibragem dos sensores no campo (Ensaio 2) ...................................... 78<br />
Tabela 11 . Calibragem dos sensores no campo (Ensaio 3) ...................................... 79<br />
Tabela 12 . Calibragem dos sensores no campo (Ensaio 4) ...................................... 79<br />
Tabela 13 . Calibragem dos sensores no campo (Ensaio 5) ...................................... 79<br />
Tabela 14 . Funções de calibragem dos sensores .................................................... 80<br />
Tabela 15 . Batimetria nos perfis (Ensaio 1) ............................................................. 114<br />
.............................................................<br />
Tabela 16 . Batimetria nos perfis (Ensaio 2) 115<br />
Tabela 17 . Batimetria nos perfis (Ensaio 3) ............................................................. 116<br />
Tabela 18 . Batimetria nos perfis (Ensaio 4) ............................................................. 117<br />
Tabela 19 . Batimetria nos perfis (Ensaio 5) ............................................................. 118<br />
Tabela 20 . Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 1, Quartzo e Calcário) . 119<br />
Tabela 21 -Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 1, Quartzo) ................. 120<br />
Tabela 22 -Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 2, Quartzo e Calcário) . 121<br />
Tabela 23 -Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 2, Quartzo) ................. 122<br />
Tabela 24 -Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 3, Quartzo e Calcário) . 123<br />
Tabela 25 -Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 3, Quartzo) ................. 124<br />
Tabela 26 -Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 4, Quartzo e Calcário) . 125<br />
Tabela 27 . Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 4, Quartzo) ................. 126<br />
Tabela 28 . Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 5, Quartzo e Calcário) . 127<br />
Tabela 29 -Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 5, Quartzo) ................. 128<br />
Tabela 30 . Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 6, Quartzo e Calcário) . 129<br />
Tabela 31 -Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 6, Quartzo) ................. 130<br />
Tabela 32 . Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 7, Quartzo e Calcário) . 131<br />
Tabela 33 -Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 7, Quartzo) ................. 132<br />
Tabela 34 . Descritores estatísticos ......................................................................... 140<br />
xiii
~NDICE DE FOTOGRAFIAS<br />
Fotografia 1 . Imagem satélite da Lagoa de Araruama com local do experimento em<br />
destaque (Fonte: INPE. 1996) ............................................................................... 3<br />
Fotografia 2 . Imagem satélite da localização da área de estudo (Fonte: INPE. 1996).4<br />
Fotografia 3 . Armadilha de areia construída na forma de uma calha em PVC para<br />
coleta de sedimentos ao longo do perfil de praia ................................................... 6<br />
Fotografia 4 . Teste de campo com a estrutura do espigão composta por sacos de<br />
material sintético preenchidos de areia, e manta de nylon na base . Observa-se<br />
que houve desmoronamento da estrutura durante os testes .................................. 8<br />
Fotografia 5 . Teste de campo com estrutura do espigão composta por sacos de<br />
algodão preenchidos de areia . Observa-se que a estrutura do espigão manteve-se<br />
intacta durante todo o período de teste .................................................................. 9<br />
Fotografia 6 . Teste com perfilador na Lagoa de Araruama ....................................... 11<br />
Fotografia 7 . Detalhe de marcação do perfilador (a cada 1 Ocm) ............................... 12<br />
Fotografia 8 . Escala graduada (confeccionada a partir de uma régua de carpinteiro) .<br />
............................................................................................................................ 12<br />
Fotografia 9 . Unidade sensora do ondógrafo ............................................................ 14<br />
Fotografia 10 . Unidade conversora do ondógrafo ..................................................... 15<br />
Fotografia 11 . Placa de interface de aquisição de dados A/D e chave de hardware . 16<br />
Fotografia 12 . Teste das unidades sensoras no LlOc ......................................... 19<br />
Fotografia 13 . Teste com ondógrafo na Lagoa de Araruama .................................... 20<br />
Fotografia 14 . Corrosão na estrutura suporte ............................................................ 20<br />
Fotografia 15 . Ondógrafo: estrutura suporte e unidades sensoras ............................ 21<br />
Fotografia 16 . Teste com ondógrafo no INPH (vista 1) .............................................. 22<br />
Fotografia 17 . Teste com ondógrafo no INPH (vista 2) ............................................ 2 2<br />
Fotografia 18 . Base dos trabalhos de campo localizada na garagem de barcos do<br />
Praia Clube Araruama (PCA) ............................................................................... 23<br />
Fotografia 19 . Mangueira para medição do nível d'água ........................................... 24<br />
Fotografia 20 . Levantamento topo.hidrográfico ......................................................... 26<br />
Fotografia 21 . Arranjo de perfiladores e ondógrafo ................................................... 27<br />
Fotografia 22 . Arranjo de perfiladores e espigão ....................................................... 28<br />
Fotografia 23 . Ondógrafo .......................................................................................... 28<br />
Fotografia 24 . Vista lateral do ondógrafo e barra-terra imersa .................................. 29<br />
Fotografia 25 . Calibragem estática dos sensores no campo ..................................... 32<br />
Fotografia 26 . Vista parcial da área de medição ....................................................... 42<br />
Fotografia 27 . Detalhe da leitura da batimetria .......................................................... 42<br />
xiv
LISTA DE S~MBOLOS<br />
parâmetro dependente do gradiente da praia<br />
índice de vazios<br />
parâmetro de forma de Dean<br />
parâmetro dependente do gradiente da praia<br />
celeridade da onda<br />
celeridade da onda na arrebentação<br />
celeridade do grupo de ondas<br />
constante admensional<br />
celeridade da onda em águas profundas<br />
diâmetro característico do grão do sedimento<br />
aceleração da gravidade<br />
profundidade<br />
profundidade na arrebentação<br />
profundidade de fechamento<br />
profundidade em águas profundas<br />
altura da onda<br />
altura da onda na arrebentação<br />
altura significativa da onda<br />
altura da onda em águas profundas<br />
número de onda<br />
coeficiente de ajuste<br />
coeficiente cinemático de refração<br />
coeficiente de estabilidade<br />
coeficiente geométrico de refração<br />
parâmetro moríológico de Sunamura<br />
comprimento de onda<br />
comprimento de onda em águas profundas<br />
parâmetro de escala de Dean<br />
coeficiente de transmissão de energia<br />
coeficiente de transmissão de energia na arrebentação<br />
coeficiente de transmissão de energia em águas profundas<br />
nível médio<br />
gravidade específica<br />
esbeltez<br />
período da onda<br />
período de pico da onda
peso de um saco de areia<br />
peso específico de um saco de areia<br />
peso específico da água<br />
distância transversal a linha de costa<br />
ângulo de ataque da onda com a linha de costa<br />
ângulo de ataque da onda na arrebentação com a linha de costa<br />
declividade da praia<br />
parâmetro moriológico de Guza & Inman<br />
parâmetro moriológico de Dean<br />
massa específica da água<br />
massa específica do sedimento<br />
desvio padrão<br />
inclinação lateral do espigão<br />
velocidade de queda do grão<br />
xvi
1 - Introducão<br />
A erosão de praias na Lagoa de Araruama vem, ao longo do tempo,<br />
causando diversos transtornos aqueles que convivem em suas proximidades. Obras<br />
costeiras, aterros, dragagens entre outras ações, sem prévio conhecimento de causa e<br />
efeito, são realizados indiscriminadamente na lagoa alterando a dinâmica de<br />
circulação das massas líquidas e consequentemente o transporte de sedimentos.<br />
Diversos locais da lagoa possuem alterações morfológicas crônicas decorrentes da<br />
inobservância de gerenciamento costeiro. Para contornar o problema de erosão de<br />
praias, são utilizadas marachas posicionadas ao longo da praia, objetivando reter o<br />
transporte de sedimentos e consequentemente impedir o efeito erosivo local. Porém,<br />
esta ação desencadeia um novo desequilíbrio causando danos em outros pontos da<br />
lagoa.<br />
O problema de erosão e assoreamento de praias está, qualitativa e<br />
quantitativamente, relacionado ao transporte longitudinal de sedimentos. Por ser a<br />
Lagoa de Araruama um corpo costeiro de características diferentes das condições<br />
oceânicas, estudos e adaptações específicas devem ser realizadas para a adequação<br />
ao ambiente de trabalho. E desconhecido, até o presente momento, quaisquer<br />
campanhas de medições de transporte de sedimentos na orla da lagoa, existindo<br />
portanto, duvidas quanto a real taxa de transporte litorâneo. Diversas estimativas de<br />
taxas de transporte litorâneo são propostas sem contudo haver uma confrontação real<br />
com a medição "h situ".<br />
Desta forma, o presente trabalho se propõe a estudar, através de um<br />
experimento de campo, o transporte litorâneo numa praia de baixa energia e<br />
dinamicamente equilibrada, mediante uma perturbação transversal. Esta perturbação<br />
se deu com a introdução de um espigão que provocou alterações morfológicas, em<br />
perfil e em planta, em toda a área monitorada. A diferença de batimetria no tempo<br />
permitiu calcular o volume de sedimentos acumulado e assoreado e por conseguinte o<br />
transporte litorâneo.<br />
A identificação de uma região adequada para o empreendimento constou de<br />
visitas de campo com análises detalhadas das condições ambientais e logísticas. A<br />
escolha de uma praia de baixa energia se consolidou tendo em vista as dificuldades<br />
naturais presentes em uma praia oceânica, onde as escalas espacial e temporal<br />
envolvidas são maiores, o que se traduz na necessidade de sistemas mais complexos<br />
e robustos para a aquisição de dados. Sob o ponto de vista logístico, seria desejável<br />
no local do experimento a disponibilidade de energia elétrica, abrigo para os<br />
equipamentos de medição e coleta de dados, e apoio para a equipe de trabalho.
A Praia de Iguabinha na Lagoa de Araruama, aliada as facilidades oferecidas<br />
pelo Praia Clube de Araruama (PCA), conseguiu reunir de forma satisfatória todos os<br />
predicados positivos à realização de um experimento na natureza de curta duração.<br />
O trabalho em si constou de 5 ensaios, sendo um por dia, destinados a<br />
medições diurnas do clima de ondas, da batimetria, do nível médio d'água e de outros<br />
parâmetros complementares. Para os trabalhos de campo foram desenvolvidos<br />
especificamente um ondógrafo direcional e um arranjo de perfis para o<br />
estabelecimento da referência batimétrica, possibilitando a aquisição de dados de<br />
ondas e batimétricos simultâneos. Os dados coletados foram posteriormente<br />
analisados em gabinete.<br />
A variedade dos dados coletados permitiram análises de classificação<br />
morfológica de praias, perfil de equilíbrio, transporte de sedimentos e caracterização<br />
de ondas.<br />
No capítulo 2 são apresentados uma descrição do experimento, os<br />
equipamentos desenvolvidos e os testes realizados. No capítulo 3 são apresentados o<br />
levantamento e o tratamento dos dados coletados no campo. O capítulo 4 apresenta<br />
uma análise dos dados, enfocando a evolução morfológica da praia e o transporte<br />
litorâneo, e o capítulo 5 expõe as conclusões de todo o trabalho bem como apresenta<br />
recomendações para estudos futuros. Os detalhes relativos a construção dos<br />
equipamentos e sistemas desenvolvidos, testes de calibragem estática no campo,<br />
dados de batimetria, programas computacionais utilizadas e resultados gráficos<br />
referentes ao tratamento de dados de ondas e granulométricos estão apresentados<br />
nos anexos 1 a 9.
2 - Descricão do Ex~erimento<br />
2.1 - Localização do Experimento<br />
O local escolhido para o experimento foi a Praia de Iguabinha no município de<br />
Araruama, situada na margem norte da lagoa de Araruama entre as praias de<br />
Espumas (ao sul) e Iguaba (ao norte), na unidade fisiográfica delimitada ao sul pela<br />
Ponta das Bananeiras e ao norte pela Ponta das Andorinhas.<br />
Fotografia 1 - Imagem satélite da Lagoa de Araruama com local do experimento em destaque<br />
(Fonte: INPE, 1996).<br />
A Lagoa de Araruama, segundo a "Carta do Brasil - Araruama" (IBGE, 1964)<br />
e "Carta do Brasil - Cabo Frio" (IBGE, 1978), situa-se geograficamente entre os<br />
seguintes limites: ao norte 22" 49,6' S; ao sul 22" 56,7' S; a leste 042" 00,2' W; e a<br />
oeste 042" 23,2' W. Está compreendida, segundo a classificação política estadual, na<br />
Região das Baixadas Litorâneas, Microrregião dos Lagos (CIDE, 1998) e possui ao<br />
seu redor, os municípios de Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, São Pedro<br />
d'Aldeia, Cabo Frio, e Arraial do Cabo. Sua área é de aproximadamente 220 km 2 e seu<br />
perímetro de 190 km (HANSEN, 1993).<br />
A Praia de Iguabinha possui duas porções bem distintas. A primeira constitui<br />
uma região de praia retilínea que se inicia na Ponta das Bananeiras e se estende ate o<br />
encontro da praia com a rodovia estadual RJ-106 (porção sul); e a segunda constitui<br />
uma região de praia em arco que se inicia no encontro da referida rodovia com a praia,<br />
até a Ponta das Andorinhas (porção norte), (vide Fotografia 2).
Fotografia 2 - Imagem satélite da localização da área de estudo (Fonte: INPE, 1996).<br />
O local escolhido para o experimento foi a porção retilínea da Praia de<br />
Iguabinha, em frente ao Praia Clube de Araruama (PCA). Trata-se de um trecho com<br />
pouco movimento de banhistas e transeuntes na praia. A proximidade do PCA<br />
proporcionou condições logísticas satisfatórias para a realização do experimento,<br />
como a acomodação de pessoal e material, alimentação, fornecimento de eletricidade,<br />
água doce para limpeza dos equipamentos, além da proximidade de um centro<br />
urbano. O PCA, situa-se aproximadamente na metade do segmento retilíneo da Praia<br />
de Iguabinha.<br />
Neste segmento retilíneo ao sul do PCA, há uma praia deserta com uma<br />
estreita faixa de areia e vegetação rasteira, defronte a uma área de fazenda. Ao norte<br />
do PCA, há uma praia com as mesmas características, diferindo apenas pela presença<br />
de construções (casas e bares) próximas a linha da costa.<br />
A forma do relevo na Praia de Iguabinha em sua porção retilínea, é<br />
caracterizada por uma planície costeira composta de material sedimentar quartzos0 e<br />
calcário, com presença de vegetação rasteira após a berma e perfazendo<br />
aproximadamente 1300 metros de comprimento na direção 000°-180° com 5 metros de<br />
largura. O perfil da praia possui um gradiente aproximado 1:lO. Não há relatos nem<br />
indícios de desequilíbrio morfológico (erosão elou assoreamento) nesse trecho da<br />
costa.
2.2 - Concepção e Proieto do Experimento<br />
Antes da montagem do experimento propriamente dito, vários ensaios<br />
preliminares foram realizados com a finalidade de testar todos os elementos<br />
envolvidos. Neste item são apresentados os testes preliminares com a finalidade de<br />
ilustrar ao leitor os tipos de dificuldade que se depara quando se pretende<br />
experimentar na própria natureza.<br />
Praias sujeitas ao ataque oblíquo de ondas apresentam na zona de<br />
arrebentação grande movimentação de sedimentos, tanto no sentido longitudinal como<br />
transversal ao arco praial. Numa situação de equilíbrio, o suprimento de material é<br />
igual a quantidade transportada pelo escoamento, não resultando em alterações<br />
morfológicas significativas. Com base nisso, a idéia geral do experimento foi a de<br />
impor uma perturbação numa praia equilibrada, e medir vários parâmetros de forma a<br />
analisar quantitativamente o desequilíbrio provocado. Os parâmetros a serem<br />
observados são basicamente: a geometria da praia, em planta e perfil, as<br />
características dos sedimentos do fundo, o clima de ondas incidente e as oscilações<br />
de nível médio.<br />
2.2.1 - Armadilha de Areia<br />
A primeira idéia que se teve, para a medição do transporte sólido foi utilizar<br />
uma armadilha de areia. Existem na literatura várias referências sobre esse assunto,<br />
entretanto na presente experiência as armadilhas não tiveram sucesso.<br />
Foram construídas armadilhas de areia para coleta de transporte de fundo na<br />
forma de calhas que se estendiam transversalmente a linha de costa, portanto sobre o<br />
perfil de praia. Tais calhas foram projetadas utilizando tubos de PVC de 100mm de<br />
diâmetro, sendo os trechos adjacentes conectados com luvas de junçCLo do mesmo<br />
material. A calha foi obtida cortando-se tais tubos e respectivas luvas ao meio no<br />
sentido longitudinal. O comprimento total de 10m foi determinado de forma a garantir<br />
que as mesmas pudessem receber os sedimentos em trânsito ao longo do perfil até o<br />
limite ao largo da área monitorada. A instalação foi feita sobre o leito enterrando-se<br />
parte da calha e deixando suas bordas ao nível do fundo marinho. A idéia era que todo<br />
sedimento transportado longitudinalmente fosse acumulado no interior das calhas, o<br />
que permitiria, após uma cubagem, a quantificação do transporte. Além disso a<br />
distribuição do material acumulado na armadilha ao longo do seu comprimento seria<br />
capaz de permitir a inferência da distribuição espacial do transporte ao longo do perfil<br />
de praia.<br />
Os testes do funcionamento da armadilha, realizados na Praia de Iguabinha<br />
em condições naturais de ataque de ondas mostrou que tal engenho não era eficiente
para o propósito do trabalho. A Fotografia 3 mostra a situação de teste da armadilha<br />
no campo quando houve a incidência de ondas com até 30cm de altura. Da fotografia<br />
pode-se ver um trecho da armadilha completamente preenchido e o alto grau de<br />
turbulência na zona de arrebentação inviabilizando a retirada da mesma com<br />
segurança para posterior cubagem do material.<br />
Os seguintes fatores contribuíram para o mal desempenho do aparato:<br />
dificuldade de instalação das calhas, pois o PVC na água salgada<br />
flutua e necessitaria de uma fundação para garantir seu<br />
posicionamento no fundo;<br />
dificuldade de retirada do material aprisionado na calha devido à<br />
rápida velocidade de enchimento das mesmas;<br />
dificuldade de se acomodar às feições do fundo, tais como valas e<br />
bancos, devido à rigidez do material.<br />
A desastrosa experiência com as calhas acima descrita serviu para se<br />
descartar a hipótese de uso de armadilhas de areia.<br />
Fotografia 3 - Armadilha de areia construída na forma de uma calha em PVC para coleta de<br />
sedimentos ao longo do perfil de praia.
2.2.2 - Espinão<br />
O experimento constou em provocar uma perturbação numa praia<br />
dinamicamente equilibrada por meio de um espigão, o qual passaria a reter os<br />
sedimentos trazidos pelo escoamento do trecho de barlamar e, conseqüentemente,<br />
provocando um déficit de sedimentos no trecho de sotamar. Simultaneamente, era<br />
observada a evolução morfológica da costa como também realizada a aquisição de<br />
registros dos agentes dinâmicos pertinentes.<br />
Na Lagoa de Araruama é bastante comum o uso de marachas, isto é,<br />
espigões construídos com tábuas de madeira posicionados lateralmente e enterrados<br />
na areia, com direção longitudinal ao talude perpendicular a praia, com a finalidade de<br />
reter os sedimentos transportados pelas ondas ao longo da zona de arrebentaçilo.<br />
Entretanto, para as finalidades do experimento aqui proposto, tal dispositivo não seria<br />
capaz de atender as necessidades de mobilidade, pois tais marachas são de difícil<br />
instalação e não permitiria uma remoção rápida para que pudesse repetir o<br />
experimento em intervalos de tempo relativamente curtos.<br />
Um espigão composto por sacos de areia, que pudesse ser montado e<br />
desmontados com rapidez foi então concebido. Foram realizados testes no local do<br />
experimento com a finalidade de definir o tipo de material a ser empregado como<br />
também o peso de cada elemento estrutural.<br />
A Figura 1 apresenta um esquema em planta do experimento concebido,<br />
onde a perturbação imposta ao meio foi a presença de um espigão numa praia<br />
originalmente equilibrada.<br />
Figura 1 - Esquema do experimento no campo.
Inicialmente foram utilizados sacos de material sintético (liso) preenchidos<br />
com areia. O teste de campo mostrou que a estrutura perdia sua estabilidade quando<br />
submetidos a esforços de ondas na arrebentação, que podiam chegar a 0,50m,<br />
escorregando uns sobre os outros devido ao coeficiente de atrito do plástico. A<br />
Fotografia 4 mostra uma cena do teste no campo onde observam-se vários elementos<br />
fora da posição devido ao desmoronamento.<br />
Fotografia 4 - Teste de campo com a estrutura do espigáo composta por sacos de material<br />
sintbtico preenchidos de areia, e manta de nylon na base. Observa-se que howe desmoronamento<br />
da estrutura durante os testes.<br />
Um segundo teste foi realizado baseado na mesma concepção porém<br />
utilizando-se sacos de algodão. O teste de campo neste caso mostrou que a estrutura<br />
do espigão permanecia intacta durante todo o experimento, como pode-se observar na<br />
Fotografia 5. O resultado final foi positivo, tendo o espigão resistido sem problemas<br />
aos esforços ambientais submetidos.<br />
Em ambos os testes de campo foi utilizada uma base para o espigão<br />
composta por uma tela de nylon sobre a qual o conjunto de sacos de areia foi
montado. Tal base tem a finalidade de proporcionar aderência ao solo e distribuir<br />
melhor o peso evitando o afundamento da estrutura, como ilustrado na Fotografia 5.<br />
O projeto final do espigão constou de um conjunto de 60 sacos de algodão de<br />
40 litros cada, arrumados longitudinalmente em duas camadas, sendo a inferior com<br />
dois sacos e a superior com apenas um, fechados e dispostos em linha perpendicular<br />
à praia, com dimensões de 10m de comprimento e Im de largura, assentados sobre<br />
uma tela de nylon. Como medida preventiva, a fim de evitar possíveis<br />
desmoronamentos, foram colocadas 8 estacas verticais (4 de cada lado) ao longo do<br />
espigão no seu trecho junto à zona de arrebentação, como pode-se ver na Fotografia<br />
5. Deve-se ressaltar que não ocorreu desmoronamento durante todos os ensaios<br />
realizados, e o dimensionamento dos elementos estruturais do espigão construído foi<br />
plenamente satisfatório.<br />
Fotografia 5 - Teste de campo com estrutura do espigão composta por sacos de algodão<br />
preenchidos de areia. Observa-se que a estrutura do espigão manteve-se intacta durante todo o<br />
período de teste.<br />
O dimensionamento do peso dos elementos estruturais do espigão foi<br />
calculado utilizando-se a fórmula de Hudson (CERC, 1984), dada pela seguinte<br />
equação:<br />
A formulação acima apresentada estabelece o peso de 45,2kgf para cada<br />
elemento estrutural. Os sacos de algodão utilizados preenchidos de areia
apresentaram um peso médio de 60kgf, portanto satisfazendo o dimensionamento<br />
segundo o modelo de Hudson.<br />
A evolução morfológica pôde ser identificada através de medições da<br />
evolução do fundo em relação a um nível de referência, ao longo de um conjunto de<br />
perfis de praia. Tal estratégia foi facilitada devido aos seguintes fatores:<br />
praia de baixa energia;<br />
pequenas profundidades;<br />
área de monitoramento com pequenas dimensões.<br />
A descrição detalhada do procedimento é apresentada no item 3.2.<br />
As características dos sedimentos presentes foram determinadas através de<br />
amostragem do material do leito e posterior análise granulométrica em laboratório. A<br />
descrição detalhada desse procedimento é apresentada no item 3.3.<br />
A observação do clima de ondas foi realizada utilizando-se um ondógrafo<br />
direcional especialmente desenvolvido para o presente estudo, cuja descrição<br />
completa está apresentada no item 2.2.4.<br />
As medições de níveis médios foram realizadas mediante leitura em<br />
mangueira transparente fixada verticalmente, referenciadas ao nível de referência<br />
estabelecido para as medições de perfil de praia. A descrição detalhada do<br />
procedimento é apresentada no item 2.4.<br />
Outras observações auxiliares foram realizadas como medições de<br />
intensidade e direção de ventos, temperaturas do ar e da água, além de observações<br />
visuais do estado de mar. Todos esses procedimentos estão apresentados no item<br />
2.5.<br />
2.2.3 - Perfiladores<br />
A observação da evolução morfológica do trecho de praia em questão<br />
depende de um aparato capaz de medir as distâncias do fundo até um referencial fixo.<br />
Para tal, foi construída uma estrutura composta de uma viga horizontal formada por<br />
segmentos metálicos, nivelados na horizontal, e mantidos acima do nível da água<br />
mediante a fixação de suas extremidades em pilares cravados no fundo. A junção<br />
entre os segmentos metálicos era feito por um apoio solidário aos pilares e que<br />
poderia correr livre na vertical possibilitando o ajuste de nivelamento em qualquer<br />
posição do perfilador. Essa estrutura, ilustrada na Fotografia 6, foi submetida a teste<br />
de campo para verificação de resistência mecânica e vibração sob ação de ondas,<br />
tendo seu desempenho completamente satisfatório.<br />
O arranjo final da estrutura de observação da evolução morfológica foi obtido<br />
mediante a construção de um conjunto de perfiladores como descrito acima, todos
eles normais à linha de costa e nivelados entre si, permitindo uma referência única<br />
para toda a área do experimento.<br />
Fotografia 6 - Teste com perfilador na Lagoa de Araruama.<br />
Cada perfilador media 9m de comprimento composto por 6 segmentos de<br />
1,5m. Todos os perfis foram marcados em toda a sua extensão com tinta vermelha<br />
(esmalte), a cada 10cm nos primeiros 6m e a cada 30cm nos 3m finais, para<br />
estabelecer os pontos de sondagem batimétrica (vide detalhe na Fotografia 7). Nesses<br />
pontos de sondagem as leituras da distância do fundo até o perfilador foram realizadas<br />
através de uma escala graduada. Essa escala foi confeccionada a partir de uma régua<br />
de carpinteiro, sendo sua extremidade inferior anexada a uma superfície larga e rasa<br />
com a finalidade de melhor distribuir seu peso sobre o leito impedindo que a ponta da<br />
régua afundasse na areia, ocasionando possíveis erros de leitura. A Fotografia 8<br />
ilustra o detalhe desse arranjo.<br />
Todos os detalhes de construção e montagem desse aparato estão<br />
apresentados no Anexo 1, inclusive com o dimensionamento de cada elemento, e<br />
descrição dos materiais empregados.
Fotografia 7- Detalhe de marcação do perfilador (a cada IOcm).<br />
Fotografia 8 - Escala graduada (confeccionada a partir de uma régua de carpinteiro).
2.2.4 - Ondóarafo Direcional<br />
Para a obtenção de informações de ondas durante o experimento, houve a<br />
necessidade de se construir um equipamento para medição de alturas, períodos e<br />
direções de propagação.<br />
Foi efetuada uma visita ao local do experimento para a realização de um<br />
levantamento preliminar das características hidrodinâmicas e morfológicas da praia, de<br />
forma a subsidiar os detalhes construtivos do ondógrafo.<br />
O aparato desenvolvido teve por base os trabalhos de PARENTE (1986) e<br />
CARVALHO & PARENTE (2000), que utiliza um sensor do tipo capacitivo para<br />
registrar eletronicamente o nível de água instantâneo. A medição de direção é obtida a<br />
partir das séries de alturas dos três sensores. A combinação dessas séries permite<br />
obter uma série de elevação e duas séries ortogonais de inclinação da superfície. A<br />
inclinação é obtida aproximando-se a tangente pela diferença de altura, dividida pelo<br />
espectro entre dois sensores. A direção principal é obtida através dos espectros<br />
cruzados.<br />
O equipamento foi constituído com três unidades sensoras, cada uma delas<br />
capaz de medir pontualmente a variação da superfície d'água no tempo. Em conjunto,<br />
os três sensores são capazes de expressar o estado de agitação possibilitando<br />
determinar a altura significativa, o período de pico e a direção principal das ondas.<br />
As unidades sensoras, foram idealizadas e desenvolvidas pela equipe do<br />
Laboratório de Instrumentação Oceanográfica (LlOc) do Programa de <strong>Engenharia</strong><br />
<strong>Oceânica</strong> da COPPE, em conjunto com o autor. Cada unidade sensora (vide<br />
Fotografia 9) é composta de um suporte metálico, fabricado em latão, para<br />
sustentação na estrutura de suporte; e de uma unidade eletrônica ligada a um fio<br />
capacitivo imerso na água. A unidade eletrônica destina-se a aquisição de dados de<br />
capacitância, gerados no fio capacitivo, sendo projetado seu acondicionamento em um<br />
copo hermético de PVC, fixado por uma braçadeira de aço inox e pino para encaixe de<br />
precisão, presos no suporte metálico. 0s detalhes de projeto e construção da estrutura<br />
suporte e das unidades sensoras constam do Anexo 3.<br />
O sensor mede a variação da superfície d'água ao longo do tempo através da<br />
capacitância gerada no fio capacitivo. Cada unidade sensora foi concebida de forma a<br />
ser capaz de registrar ondas de até 60cm de altura, valor este considerado suficiente<br />
de acordo com observações feitas no local escolhido.<br />
Em cada sensor, o fio capacitivo imerso na água reproduz o exato<br />
funcionamento de um capacitor, onde o fio e a água correspondem às placas do<br />
capacitor, e o revestimento do fio ao dielétrico. Quanto maior a quantidade de fio<br />
capacitivo imerso na água, maior o valor da capacitância gerada, ou seja, a variação
da superfície da água, ocorrida por ocasião da passagem de uma onda, gera uma<br />
variação de capacitância na unidade eletrônica, cuja resposta de saída da mesma, é<br />
dada por um sinal de corrente. O sinal de corrente é convertido em sinal de tensão por<br />
meio de uma unidade conversara (Fotografia IO), e este sinal de tensão enviado a<br />
uma interface de aquisição de dados (Fotografia 11). A conversão de corrente em<br />
tensão se faz necessária devido à interface de aquisição de dados somente trabalhar<br />
com valores de tensão.<br />
A aquisição e armazenamento dos dados registrados foram feitos com o<br />
programa AqDados (LYNX, 1995) para tal fim. Com isso os dados de tensão dos três<br />
sensores foram agrupados e armazenados em arquivos, correspondentes a três séries<br />
temporais de valores de tensão. Em cada arquivo, as séries de dados com valores de<br />
tensão, foram correlacionadas com valores de altura, possibilitando transformar os<br />
dados de tensão em dados de altura.<br />
Fotografia 9 - Unidade sensora do ondógrafo.<br />
Como o equipamento em pauta nunca fora utilizado anteriormente em<br />
condições de campo, diversos e exaustivos testes foram realizados com o mesmo, de<br />
forma a garantir confiabilidade e segurança na aquisição das informações.
Foram realizados testes de vibração mecânica em todos os componentes do<br />
ondógrafo e resposta eletrônica de sinais com as unidades sensoras isoladas e em<br />
conjunto na estrutura suporte, além de testes com todos os elementos eletrônicos do<br />
sistema.<br />
Fotografia 10 - Unidade conversora do ondógrafo.<br />
As unidades sensoras foram submetidas a testes primeiramente no LlOc<br />
(com água doce), e para cada unidade sensora, foram realizados os seguintes testes:<br />
a) Ajuste de Ganho - que expressa a relação entre o sinal lido e a saída do<br />
mesmo. Este teste possibilita calibrar a unidade eletrtmica definindo a<br />
variação entre a tensão máxima e mínima. O valor da variação, entre a<br />
tensão máxima e mínima, foi ajustado em 4 volts para atender requisitos<br />
do programa de aquisição de dados.<br />
b) Ajuste de Off-Set - que possibilita posicionar a tensão mínima, no zero da<br />
escala de voltagem. O valor mínimo de voltagem, foi ajustado em 1 volt e<br />
a excursão total foi de 1 a 5 volts, devido as características de projeto da<br />
unidade eletrônica.<br />
c) Ajuste de Sensibilidade - que determina o quão sensível ao sinal, está a<br />
unidade eletrônica. Está diretamente relacionado às dimensões do<br />
isolamento do fio capacitivo (dielétrico do capacitar), que são o seu<br />
comprimento linear e a sua seção transversal. A extensão usada foi de 2m<br />
(ida e volta) com seção transversal de 0,5mm e condutor de 0,25mm (fio
wire wrap AWG 30). As dimensões da seção transversal podem ser<br />
alteradas pelo tensionamento do fio capacitivo. A maior variação de<br />
tensionameto do fio, provocou uma variação máxima de 0,025 volt, que<br />
representam valores próximos a 5mm.<br />
d) Capilaridade e Umidade - que permite verificar a resposta de sinal devido<br />
ao efeito de capilaridade e umidade no fio capacitivo. O teste foi realizado<br />
mergulhando o fio capacitivo na água (esticado e seco) a uma<br />
profundidade fixa, e repetindo-se em seguida o mesmo procedimento,<br />
com o fio previamente molhado. As variações máximas de tensões<br />
obtidas foram de 0,002 volt, que representam valores menores que 1 mm.<br />
e) Calibragem Estática - que permite converter, dentro de uma resposta<br />
linear, valores de tensão em alturas. A conversão realizada teve o<br />
seguinte ajuste: 1 volt = Ocm e 5 volts = 90cm.<br />
O teste de Calibragem Estâtica foi realizado primeiramente em laboratório,<br />
utilizando-se a placa de interface de aquisição de dados ND (vide Fotografia 1 I), e<br />
posteriormente um multimetro digital comparador.<br />
Fotografia 11 - Placa de interface de aquisição de dados A/D e chave de hardware.<br />
O teste foi realizado em cada sensor com três sequências de leitura crescente<br />
(Ocm a 90cm) e três sequências de leitura decrescente (90cm a Ocm), efetuadas em<br />
intervalos de distância de 10cm. Os resultados obtidos para cada sensor, podem ser<br />
expressos através de funções lineares bem definidas. Tais resultados estão
epresentados em vermelho para os casos de calibragem com placa AID e em azul<br />
para as leituras feitas com multímetro comparador; Figura 2 para o sensor SI, Figura 3<br />
para o sensor S2, e Figura 4 para o sensor S3. Todos os valores obtidos na<br />
calibragem estática em laboratório esta0 apresentados na Tabela 1.<br />
Tabela I - Tabela de calibragem estática dos sensores em laboratório.<br />
(c) leituras crescentes<br />
(d) leituras decrescentes
o 1 2 3 4 5<br />
Tensão [voits]<br />
Figura 2 - Curva de calibragem estática do sensor SI.<br />
Figura 3 - Cuwa de calibragem estática do sensor S2.<br />
o 1 2 3 4 5<br />
TensBo [Volts]<br />
Figura 4 - Curva de calibragem estática do sensor S3.<br />
A Fotografia 12 mostra uma vista das instalações no LlOc onde foram<br />
realizados os testes de calibragem estática.
Fotografia 12 - Teste das unidades sensoras no LlOc.<br />
Após concluídos os testes iniciais no LlOc, necessários ao ajuste dos<br />
componentes eletrdnicos e da estrutura suporte, realizou-se um teste na Lagoa de<br />
Araruama (vide Fotografia 13) para se verificar o comportamento dos sensores sob<br />
ação de ondas e sua performance quando expostos aos agentes naturais (variações<br />
de temperatura, insolação, vento, maresia e corrosão) no local do ensaio. Nesta etapa<br />
de teste os sensores foram fixados em uma estrutura suporte auxiliar. Sob os aspectos<br />
ora citados, o resultado do teste dos sensores foi satisfatório. A estrutura, porém,<br />
apresentou níveis excessivos de vibração e início de corrosão após 6 horas, como<br />
mostra a Fotografia 14. Isto permitiu um aprimorar o projeto da estrutura suporte do<br />
ondógrafo.<br />
Durante os testes preliminares no campo foram observadas ondas com<br />
comprimento médio variando entre 1,5m e 3,0m, o que possibilitou preestabelecer a<br />
distância de 0,75m entre os sensores (obedecendo ao Teorema da Amostragem). A<br />
estrutura suporte foi concebida de forma quadrangular, onde as unidades sensoras<br />
eram instaladas em três pilares e, no quarto pilar o cabo de aterramento. A Fotografia<br />
15 apresenta uma vista da estrutura de suporte construida para o experimento. Na foto<br />
vêem-se os três sensores instalados e um dos pilares da estrutura, livre para receber o<br />
cabo de aterramento.<br />
A estrutura suporte foi totalmente desenvolvida e construída pelo autor, sendo<br />
constituída por peças de alumínio que garantem maior leveza, maior facilidade de<br />
manipulação durante o processo de fabricação e maior resistência à corrosão metálica<br />
(elemento este muito importante no ambiente escolhido para o experimento devido a<br />
alta salinidade presente da Lagoa de Araruama).
Fotografia 13 - Teste com ondógrafo na Lagoa de Araruama.<br />
Fotografia 14 - Corrosão na estrutura suporte.<br />
A fixação dos elementos estruturais foi feita com parafusos, porcas e arruelas<br />
de latão (maior resistência a corrosão metálica). A estrutura como um todo é composta<br />
por quatro pilares interligados por vigas frontais e laterais, inferiores e superiores.<br />
Entre as vigas superiores e inferiores, existem barras de amarração e entre os pilares<br />
e as vigas superiores, existem barras de travamento (vide Anexo 1). A partir da<br />
extremidade superior de cada um dos quatro pilares foram instalados dois tirantes,<br />
afastados entre si de 90°, os quais foram fixados no fundo através de grampos<br />
metálicos. As características do projeto da estrutura de suporte garantiram a completa<br />
estabilidade ao arranjo.
Após a construção da estrutura suporte todas as suas peças foram<br />
identiiicadas e marcadas. A mesma foi montada e desmontada no LlOc para<br />
verificação dos componentes, e não apresentou problemas construtivos. Em seguida<br />
com a estrutura suporte montada no LlOc, os sensores foram instalados, e realizados<br />
ajustes físicos e eletrdnicos.<br />
Fotografia 15 - Ondógrafo: estrutura suporfe e unidades sensoras.<br />
O ondógrafo completo (estrutura suporte, unidades sensoras e aterramento)<br />
foi submetido a testes dinâmicos controlados, realizados nas instalações do Instituto<br />
de Pesquisas Hidroviárias - INPH. Os testes se desenvolveram nos canais de ondas,<br />
primeiramente sem ondas, para a realização de uma calibragem estatica e ajuste de<br />
ganho e off-set. Em seguida, com o ondógrafo completamente montado, realizaram-se<br />
testes dinamicos (com respectiva aquisição de dados), nos tanques com batedores de<br />
ondas regulares, possibilitando efetuar um ajuste fino nos elementos eletrdnicos, bem<br />
como verificar o efeito da vibração na estrutura metálica.<br />
A estrutura suporte com os três sensores, foi posicionada em relago ao<br />
batedor de ondas, em 0°, 30°, 60' e 90° de forma a obsenrar o efeito dinâmico em<br />
diversas direções de incidência de onda e também para verificar o funcionamento do
programa de aquisição de dados. Nenhuma vibração foi veriiicada no ondógrafo,<br />
estando o mesmo com dois tirantes presos e tensionados em cada um de seus pilares.<br />
A Fotografia 16 e a Fotografia 17 mostram vistas dos testes do ondógrafo em canal de<br />
ondas no INPH. 0s detalhes de projeto e construção da estrutura suporte do<br />
ondógrafo estão apresentados no Anexo 3.<br />
Fotografia 16 - Teste com ondógrafo no INPH (vista 1).<br />
Fotografia 17 - Teste com ondógrafo no INPH (vista 2).
2.3 - Lonística<br />
Durante todo período de desenvolvimento e testes dos equipamentos e<br />
sistemas, foi relacionado todo o material necessário para as campanhas de campo, de<br />
forma a dar todo o suporte necessário a quaisquer eventualidades que pudessem<br />
ocorrer durante os ensaios sem o risco de comprometê-los. O material constou de<br />
todo um conjunto de ferramentas e sobressalentes para uso em elétrica/eletr6nica,<br />
carpintaria, serralheria, equipamentos de medição e proteção, material de registro e<br />
escrituração, material de primeiros socorros, computador e os equipamentos<br />
desenvolvidos para a realização dos ensaios - ondógrafo, espigão e perfiladores.<br />
O local dos ensaios, em frente ao PCA, proporcionou algumas facilidades aos<br />
trabalhos de campo, como acomodação, alimentação, eletricidade, água doce e<br />
principalmente, abrigo para os equipamentos no interior da garagem de barcos de um<br />
dos sócios do PCA, cedida gentilmente para servir de base dos trabalhos de campo. A<br />
Fotografia 18 mostra uma visão da referida garagem e alguns equipamentos em uso<br />
durante um ensaio.<br />
Fotografia 18 - Base dos trabalhos de campo localizada na garagem de barcos do Praia Clube<br />
2.4 - Observação do Nível Médio<br />
Araruama (PCA).<br />
A observação do nível médio d'água foi concebida para ser feita através da<br />
leitura numa mangueira transparente e flexível de 50m preenchida com água doce,<br />
enrolada e submersa, ficando a extremidade inferior voltada para baixo a 30cm do leito<br />
da lagoa, e a extremidade superior voltada para cima, presa no sétimo pilar do<br />
perfilador 6.
Para a determinação dos valores do nível médio d'água, foi estabelecido um<br />
zero de referência hidrográfica, localizado sobre o plano dos perfiladores (referência<br />
no perfilador 6), devido ao fato deste plano ser permanentemante fixo e estar sobre a<br />
área do experimento.<br />
Foram observados valores máximos de variação do nível d'água, na ordem<br />
de 5cm. Esta condição extrema foi verificada apenas com ventos fortes e constantes.<br />
Os ensaios foram realizados principalmente na lunação de sizigia, que compreende no<br />
mar, marés de maiores amplitudes. Apesar da lagoa possuir uma comunicação com o<br />
mar através do Canal de Itajuru (município de Cabo Frio), e estar separada do mar por<br />
um longo e estreito cordão litorâneo, não existem até o presente momento, estudos<br />
definitivos que comprovem o efeito da maré no interior de toda a lagoa. INPH (1987),<br />
apud HANSEN (1993), verificaram a existência de maré no interior da lagoa até a<br />
localidade do Boqueirão, sendo que deste ponto em diante para o interior da lagoa, os<br />
efeitos de maré astrondmica seriam desprezíveis. A Fotografia 19 mostra a mangueira<br />
transparente presa no sétimo pilar do perfilador 6.<br />
Fotografia 19 - Mangueira para medição do nível d'água.<br />
2.5 - Observação de Parâmetros Auxiliares<br />
Temperaturas do ar foram medidas com termdmetro de máxima e mínima<br />
marca Incoterm, a sombra e sobre a grama (Im de altura), em frente à praia. As<br />
temperaturas da água do mar foram medidas com termômetro marca Epex, que<br />
permaneceu mergulhado na água durante todo o experimento.<br />
A medição visual das características das ondas foi realizada, como mais uma<br />
fonte de informações de dados, bem como para a verificação e a confirmação
posterior do comportamento satisfatório dos sensores eletrônicos. A altura das ondas<br />
foi medida com uma régua de carpinteiro posicionada verticalmente na arrebentação.<br />
O período das ondas foi obtido pela média de três medições de tempo (tempo de<br />
arrebentação de 11 ondas consecutivas dividido por 10). A medição da direção das<br />
ondas foi realizada na região de arrebentação com o observador dentro d'água, por<br />
meio de um tubo de PVC de 1,5m alinhado com a frente de onda, e com uma agulha<br />
magnética (bússola) fixada e alinhada com o referido tubo, possibilitando a leitura no<br />
momento da arrebentação. O ângulo lido era a direção magnética da crista da onda.<br />
Da geometria plana, foi possível determinar a direção magnética de propagação da<br />
onda. Descontando a declinação magnética local, que é de 21W segundo a Carta<br />
Náutica 1500 (DHN - 1500, 1996) e o desvio da agulha igual a O0 (através de<br />
comparação, com a carta náutica local), foi possível a determinação da direção<br />
verdadeira de propagação da onda na arrebentação.<br />
Medições de direção e velocidade do vento foram realizadas com o uso de<br />
um anemômetro portátil marca Belfort. As medidas foram tiradas na praia (em frente<br />
ao espigão) a dois metros acima do nível d'água da lagoa. Cada medição de<br />
velocidade e direção foi composta de uma média de três observações consecutivas. A<br />
direção magnética medida, foi determinada com auxílio de uma agulha magnética<br />
(bússola). Considerando a declinação magnética local e o desvio da agulha, iguais aos<br />
citados no parágrafo anterior, foi possível a determinação da direção verdadeira do<br />
vento.<br />
2.6 - O Experimento<br />
A montagem dos perfis foi precedida de um levantamento topo-hidrográfico,<br />
utilizando-se um teodolito marca Wild - T2 e uma mira falante (vide Fotografia 20). Foi<br />
estabelecido um ponto referencial em terra, ou referência de nível (RN), perene,<br />
localizado na extremidade norte da garagem de barcos do PCA, e posteriormente dois<br />
pontos auxiliares na praia, chamados de referências auxiliares (RA1 e W2), na região<br />
de vegetação rasteira e mais próximo do local a ser sondado. As RA1 e a RA2<br />
estavam alinhadas paralelamente a linha da costa, na direção Norte-Sul (RAI ao norte<br />
e RA2 ao sul) e possibilitavam, a qualquer instante, restabelecer as condições topo-<br />
hidrográficas iniciais. A Figura 5 mostra a localização desses referenciais na região de<br />
estudo. O desnível entre o plano dos perfiladores e as referências estabelecidas são<br />
as seguintes:<br />
Perfilador 6 - RAI: 0,56m<br />
Perfilador 6 - RA2: 0,54m<br />
Perfilador 6 - RN: 2,lOm
Figura 5 - Vista em planta da posição dos sensores e de RN, RA1 e RA2, no local do experimento.<br />
Tomando por base, o segmento de reta definido pelas referências auxiliares<br />
de terra RA1 e RA2, foram estabelecidas 6 linhas perpendiculares à praia, na posição<br />
dos perfiladores. Tal procedimento foi realizado com o uso de trena e teodolito para<br />
determinação de distâncias e ângulos respectivamente, garantindo uniformidade entre<br />
os perfiladores.<br />
Fotografia 20 - Levantamento topehidrogáfico.<br />
26
Cada perfilador possuía 9m de comprimento e foi montado com 6 cantoneiras<br />
de alumínio de 1,5m de comprimento, fixadas nas suas extremidades em suportes de<br />
madeira, os quais eram apoiados por braçadeiras em tubos verticais de alumínio<br />
(pilares), fixadas no leito submarino. No início da coloca~o das cantoneiras de cada<br />
um dos perfiladores seu nivelamento era feito com auxílio de nível de carpinteiro e<br />
posteriormante suas alturas niveladas com a referência auxiliar de terra (RA2),<br />
proporcionando aos perfiladores, a mesma altura ao final da montagem.<br />
Após o término da montagem dos perfiladores, os mesmos também foram<br />
nivelados entre si. A Fotografia 21 mostra o arranjo de perfiladores com o ondógrafo. A<br />
Fotografia 22 mostra os perfiladores em conjunto com o espigão.<br />
Fotografia 21 - Arranjo de perfiladores e ondógrafo.<br />
A partir de uma vista em planta e tomando como referência horizontal a linha<br />
da praia, a posição do ondógrafo no local dos ensaios toma uma forma retangular<br />
onde a base do retângulo é paralela à praia. As unidades sensoras foram instaladas<br />
no interior da estrutura e fixadas aos pilares, assumindo um arranjo em "L", sendo a<br />
base do "L", paralela e adjacente à linha da praia. O sensor localizado no vértice do<br />
arranjo foi denominado Sensor SI, o sensor localizado na extremidade mais afastada<br />
da praia foi denominado Sensor S2, e o sensor localizado na extremidade mais<br />
próxima da praia foi denominado Sensor S3. A estrutura suporte Ountamente com os<br />
sensores) foi instalada a cerca de 9m da linha da costa. As imagens apresentadas da<br />
Fotografia 23 e Fotografia 24 ilustram tal descrição.
Fotografia 22 - Arranjo de perfiladores e espigão.<br />
Uma vez os perfiladores e ondógrafo instalados, pode-se dar inicio aos<br />
trabalhos do experimento propriamente dito. Na imagem apresentada na Fotografia 20<br />
observa-se os sacos de areia para a construção do espigão dispostos na praia antes<br />
da montagem do experimento.<br />
Fotografia 23 - Ondógrafo.
Fotografia 24 - Vista lateral do ondógrafo e bana-tena imersa.<br />
O experimento constou de cinco ensaios, um por dia, e cada um deles<br />
obedeceu o seguinte procedimento metodológico:<br />
verificação da calibragem estática dos sensores no local do<br />
experimento;<br />
instalação dos sensores na estrutura suporte;<br />
levantamento batimétrico inicial da área monitorada;<br />
montagem do espigão;<br />
início da aquisição de dados de onda;<br />
leitura dos parâmetros auxiliares a cada uma hora;<br />
levantamentos batimétricos da área monitorada;<br />
ao término do experimento, retirada dos sensores de onda e verificação<br />
da calibragem estática;<br />
desmontagem do espigão mediante a remoção dos sacos de areia;<br />
lavagem e armazenamento dos equipamentos.<br />
Foram realizadas 4 medições batimétricas para cada ensaio, compreendendo<br />
3 intervalos de tempo. O período da manhá compreendeu um único levantamento,<br />
pois os regimes de ventos e ondas no local, durante a manhã, foram sempre fracos e
poucas alterações morfológicas eram verificadas na praia. O período da tarde<br />
compreendeu três levantamentos, pois os ventos e ondas durante a tarde foram fortes<br />
o suficiente para causar alterações morfológicas significativas na praia. Assim, os<br />
horários de medição batimétrica foram os seguintes: 08:00h, 12:30h, 14:30h e 16:30h.<br />
Cabe dizer que todos os ensaios foram realizados durante o dia, e os<br />
trabalhos se estenderam das 6h, com a montagem dos sensores, até as 18h com o<br />
término da lavagem e armazenamento dos equipamentos.<br />
Os registros de ondas foram obtidos continuamente durante todos os ensaios<br />
e os arquivos registrados em computador para posterior análise.<br />
Registros da posição do nível médio foram obtidos a cada hora, como<br />
também dos parâmetros auxiliares: vento (intensidade e direção), temperatura do ar e<br />
da água, e observações visuais da altura, período e ângulo de ataque de ondas na<br />
arrebentação.<br />
A apresentação e tratamento dos dados obtidos durante o experimento<br />
constam do Capítulo 3.<br />
Uma listagem completa com descrição dos sistemas e equipamentos<br />
utilizados no experimento está apresentada no Anexo 1.
3 - Levantamento e Tratamento dos Dados<br />
O levantamento dos dados constou de um ensaio por dia, com duração<br />
aproximada de 8 horas, durante seis dias consecutivos, onde foram coletados dados<br />
de ondas (eletrônicos e visuais), batimetria, nível médio da superfície d'água,<br />
temperatura da água, temperatura do ar, intensidade e direção de ventos. Tais<br />
medições foram realizadas com procedimentos preestabelecidos. Os ensaios foram<br />
designados Ensaio O, Ensaio 1 ,..., e Ensaio 5, sendo que o Ensaio 0, foi realizado com<br />
a finalidade de se fazer uma verificação preliminar das condições de funcionamento<br />
dos equipamentos sem levantamento batimétrico. Os trabalhos de campo foram<br />
realizados com uma equipe de três pessoas e mais três pessoas para a montagem e<br />
desmontagem do espigão. Após o término dos trabalhos de campo foi realizado o<br />
tratamento dos dados de campo.<br />
A seguir são descritos, de forma detalhada, as características e os<br />
procedimentos adotados em todas as medições realizadas.<br />
3.1 - Dados de Ondas<br />
Para cada ensaio, em seu início e fim, realizou-se em cada sensor, uma<br />
calibragem estática nos pontos extremos do sensor (Ocm e 90cm) e a seguir de Ocm a<br />
90cm em segmentos de 10cm. Os resultados mostraram o bom funcionamento dos<br />
sensores durante os ensaios, não havendo nenhuma discrepância entre as curvas de<br />
calibragem no início e no término das campanhas. Os valores obtidos durante as<br />
calibragens estão apresentados no Anexo 4. A Fotografia 25 ilustra essa atividade no<br />
campo.<br />
Após a calibragem, os sensores foram fixados à estrutura de suporte e<br />
operaram durante todo o período do experimento, aproximadamente 8 horas em cada<br />
um dos seis dias de ensaio.<br />
Ao final dos ensaios diários, todos os sensores eram retirados da estrutura<br />
suporte, lavados com água doce, inspecionados visualmente (verificação do estado de<br />
corrosão das partes metálicas, verificação de possíveis impactos mecânicos sofridos<br />
durante o dia e veriiicação dos fios e conectores externos dos sensores), secados e<br />
guardados em local protegido.
Fotografia 25 - Calibragem estática dos sensores no campo.<br />
A aquisição de dados de ondas foi gerenciada pelo programa AqDados<br />
(LYNX, 1995). Foi empregado o método muitiseqüencial de geração de arquivos de<br />
dados. Este método possibilitou a geração ininterrupta de arquivos de dados<br />
consecutivos, durante todo o período do ensaio. Os arquivos de dados tiveram a<br />
duração de 15 minutos e a taxa de amostragem utilizada foi de IOHz, totalizando para<br />
cada arquivo de dados, 9000 amostras discretas.<br />
A aquisição dos dados de ondas foi feita continuamente durante todo o<br />
período de duração de cada ensaio. A determinação dos espectros direcionais e<br />
respectivos estados de mar foi tarefa executada em gabinete após o término das<br />
atividades de campo.<br />
O tratamento dos dados de ondas foi composto por três grupos de ações:<br />
Correções Gerais: São correções comuns a todas as séries de dados,<br />
de todos os arquivos de todos os ensaios;<br />
Correções das Séries de Dados: São correções realizadas<br />
separadamente em cada série de dados, analisando separadamente os<br />
arquivos de cada série;<br />
Propagações para a Zona de Arrebentação: São os cálculos<br />
necessários para a determinaçáo das características das ondas na zona<br />
de arrebentação.
dados:<br />
- Correções Gerais<br />
As seguintes correções gerais foram aplicadas nos arquivos das séries de<br />
a) Conversão de ~r~uivos:@onsiste na conversão de todos os arquivos de<br />
aquisição de dados, gerados na extensão "TEM", em arquivos ASCII, para<br />
posterior processamento.<br />
b) Correção de Calibragem: @onsiste na verificação de possíveis erros<br />
provocados pela conversão do sinal em tensão. Essa veriiicação foi<br />
possível graças às calibragens realizadas no início e ao final de cada<br />
ensaio como mencionado no item 2.6. Em cada calibragem fez-se uma<br />
leitura a cada IOcm, em ordem crescente de Ocm a 90cm, e em ordem<br />
decrescente de 90cm a Ocm, e uma leitura em Ocm e em 90cm. Os<br />
valores médios das leituras efetuadas permitiram relacionar uma tensão<br />
média gerada na posição discretizada, com a posição do nível d'água.<br />
c) Correção de Conversão TensãoIAltura: @&a correção possibilitou<br />
converter os dados de tensão em altura. Com os valores discretos de<br />
tensãolaltura estabelecidos na Correção de Calibragem, foi possível a<br />
determinação de uma função de conversão de tensão em altura.<br />
d) Correção de Nivelamento: @sta correção permitiu o ajuste dos desníveis<br />
relativos entre os sensores, bem como posicioná-10s a uma mesma<br />
referência de nível.<br />
Todos os dados relativos às Correções de Calibragem e as funções para<br />
Conversão TensãolAltura estão apresentados no Anexo 4.<br />
Concluída as correções gerais, iniciou-se a análise de cada série temporal<br />
dos sensores, para todos os dias de ensaios.<br />
- Correções das S6ries de Dados<br />
As séries foram analisadas temporalmente para cada ensaio realizado, sendo<br />
excluídos para fins de análise de dados, os arquivos com erros ou com informações<br />
duvidosas elou não consistentes. A qualidade dos dados coletados eletronicamente<br />
ficou na ordem de 89%.<br />
A Tabela 2 apresenta um resumo das características dos arquivos de dados<br />
de ondas registrados durante os experimentos.
Tabela 2 - Descrição das séries de dados de ondas.<br />
Determinaram-se, para cada ensaio, as funções de coerência entre os<br />
sensores SI - S2, SI - S3 e S2 - S3, conforme apresentado no Anexo 5. Na<br />
determinação dos espectros de freqüências das ondas para cálculo do período de pico<br />
e altura significativa. utilizou-se uma única série de dados como representativa. Por<br />
convenção do autor, foi adotada a série de dados do Sensor SI como a série de<br />
referbcia.<br />
A análise de cada série constou do estabelecimento dos estados de mar e<br />
seus respectivos períodos de pico, alturas significativas e direçP/o princippf de<br />
@?<br />
propagação de ondas. O estado de mar é o estado de agitação aquática em qu$são<br />
mantidos as mesmas características de estacionaridade do processo.<br />
A metodologia empregada constou em dividir os arquivos gerados (9000<br />
amostras), em 4 blocos de 2048 amostras espaçados entre si igualmente em 202<br />
amostras, conforme ilustrado na Figura 6.<br />
Espap com 202 anmshs<br />
Figura 6 - Desenho representativo de um arquivo de dados com 9000 amostras (equivalente a 15<br />
minutos de aquisição), dividido em 4 blocos com 2048 amostras validadas e 202 amostras<br />
descartadas.<br />
Para cada bloco do arquivo foi calculado um espectro de freqüência, alisado<br />
com 256 pontos (16 graus de liberdade) e superposição de 128 pontos, resultando em<br />
quatro espectros de frequência por arquivo. A seguir calculou-se a média destes<br />
quatro espectros, obtendo-se um espectro médio representativo para cada arquivo.<br />
Com o espectro médio representativo do arquivo, calculou-se a respectiva altura<br />
significativa e o período de pico das ondas.
Em seguida, a partir do primeiro arquivo da série, a altura significativa do<br />
arquivo inicial era comparada com a altura significativa do arquivo subseqüente, e<br />
caso o valor do desvio padrão das alturas significativas entre o primeiro e segundo<br />
arquivos fosse menor que um valor de referência, estaria mantida a condição de<br />
estacionaridade do processo, estabelecendo um mesmo estado de mar entre os dois<br />
arquivos. A seguir era feita a comparação entre o primeiro e o terceiro arquivos e<br />
assim sucessivamente até que o valor do desvio padrão entre as alturas significativas<br />
dos arquivos ultrapassassem o valor de referência, caracterizando um novo estado de<br />
mar e reiniciando o procedimento de comparação entre arquivos subseqüentes até o<br />
último arquivo da série.<br />
O valor do estimador de referência para todas as séries foi exaustivamente<br />
testado e finalmente arbitrado em 1,5 por ter correspondido satisfatoriamente a<br />
mudança contínua nos estados de mar, na região de mar em desenvolvimento; e<br />
proporcionado o mesmo estado de mar, na região de mar desenvolvido, conforme é<br />
apresentado na Figura 7.<br />
Gráfico de Evoluçáo do Mar - Ensaio O<br />
10 15 2 O 2 5<br />
N o de Ordem dos Arquivos<br />
Figura 7 - Evolução do estado de mar.
A Figura 8 exemplifica um espectro médio representativo de estado de mar,<br />
gerado no pós-processamento dos dados. O procedimento acima descrito foi aplicado<br />
a todos os ensaios realizados e a tarefa foi realizada através de programa<br />
computacional cujas listagens estão apresentadas no Anexo 6.<br />
Espectro do Estado de Mar 7<br />
Figura 8 - Espectro médio representativo de estado de mar.<br />
O Anexo 5 contém os gráficos representativos da evolução dos estados de<br />
mar, das funções de coerência entre os sensores, dos espectros de freqüências das<br />
ondas para os estados de mar determinados, e da evolução espectral no tempo em<br />
3D. A Figura 9 apresenta um gráfico da evolução espectral em 3D.<br />
Em continuação, foram calculadas as direções principais das ondas para os<br />
estados de mar (já definidos) em função das frequências dominantes (período de pico<br />
dos estados de mar) utilizando-se o procedimento apresentado por CARVALHO<br />
(1993) com base nas formulações teóricas de espectros direcionais. Durante o pós-<br />
processamento, alguns estados de mar apresentaram valores impróprios para a<br />
direção principal, devido ao baixissimo valor de energia espectral do estado de mar<br />
em questão, impossibilitando um processamento matemático consistente. Nestes<br />
casos, foram realizadas interpelações e comparações com dados medidos<br />
visualmente. Cabe aqui ressaltar a importância na obtenção de dados visuais de
ondas durante o experimento, pois possibilitou a necessária verificação dos resultados<br />
calculados pelo procedimento automático nos casos de baixa energia, como acima<br />
mencionado.<br />
Evoluçáo Espectral 3-D (sem correçáo)<br />
No de Ordem dos Arquivos<br />
Figura 9 - Evolução espectral em 30.<br />
Todo o pós-processamento forneceu, para cada estado de mar definido, uma<br />
altura significativa, um período de pico e uma direção principal de ondas.<br />
A Tabela 3 mostra os resultados finais dos ensaios descrevendo, para cada<br />
estado de mar, a distribuição dos arquivos das s6ries de dados, o horário<br />
correspondente ao início do estado de mar e as características das ondas<br />
referenciadas aos estados de mar.<br />
Os arquivos não validados foram desconsiderados no cálculo das médias<br />
espectrais para determinação dos estados de mar. No caso de várias amostras<br />
invalidadas, compreendendo mais de um Estado de Mar consecutivo, foram efetuadas<br />
interpolações de alturas significativas, períodos de pico e direçties principais de ondas.
Tabela 3 - Estados de mar e caractensticas das ondas nos ensaios.<br />
- Propagações para a Zona de Arrebentação<br />
No ponto de observação foram medidos o período de pico (T,), a altura<br />
significativa (H,) e a direção principal de propagação das ondas (a) (direção de onde<br />
vem a onda). A propagação para a zona de arrebentação foi necessária devido a
observação ter sido realizada em águas intermediárias e ser necessário o<br />
conhecimento das características das ondas na arrebentação para estimativa do<br />
transporte litorâneo. Tal procedimento foi feito através da propagação das ondas do<br />
ponto de observação para a zona de arrebentação, utilizando a teoria linear de ondas<br />
de gravidade.<br />
Considerando-se os valores observados de altura significativa (H,), período de<br />
pico (T,) e o ângulo de ataque ao largo (a), a partir da direção principal de propagação,<br />
e os valores medidos da declividade do fundo (B) e da posição do nível médio (NM),<br />
precisa-se determinar, a partir das relações abaixo apresentadas, os valores de ângulo<br />
de ataque na arrebentação (ab) e altura da onda no ponto de arrebentação (Hb):<br />
para ab, temos<br />
onde<br />
onde<br />
sen(a,> - c,<br />
---<br />
sen(a) C<br />
Inicialmente, arbitra-se um valor para altura da onda na arrebentação H,.<br />
H, =H, +0,01m P.71<br />
Com o valor de H b arbitrado, determina-se a profundidade de arrebentação hb<br />
em função de T, e patravés da seguinte expressão:
Em seguida, determina-se o valor do comprimento de onda em águas<br />
profundas L, do numero de ondas e profundidade local em águas profundas e na<br />
arrebentação: $h, e kh, (HUNT, 1979, apud DEAN, 1991 ).<br />
Os valores do coeficiente de transmissão de energia na arrebentação e ao<br />
largo (nb e n) são calculados pelas equações:<br />
Ao final do desenvolvimento, temos um valor de Hb em função de H, que foi<br />
inicialmente arbitrado, tratando-se portanto de uma equação transcendental. Foram<br />
realizadas 10 iterações, tendo sido observado uma estabilização do valor de Hb já na<br />
3a iteração. O resultado final estabeleceu os valores de Hb e ab.<br />
A Tabela 4 apresenta para cada ensaio: os estados de mar, a duração de<br />
cada estado de mar e os descritores de cada um deles tais como período de pico (T,),<br />
altura significativa (H,), altura na arrebentação (Hb), ângulo de ataque no ponto de<br />
medição (a) e ângulo de ataque na arrebentação (ab) e nível médio (NM). A coluna<br />
percentual de tempo (%), descreve o percentual do tempo de ocorrência de um estado<br />
de mar dentro do intervalo de tempo da batimetria.
Tabela 4 - Intwposição entre estados de mar e medições batiméóicas.<br />
3.2 - Dados de Batimetria<br />
A medição da batimetria constou de duas partes: uma medição antes da<br />
colocação do espigão, caracterizando a condição inicial da praia; e, após a colocação<br />
do espigão, três medições de acompanhamento da evolução morfológica das formas<br />
de fundo e da linha de costa, efetuadas em intervalos regulares com horários definidos<br />
(12:30h, 14:30h e 16:30h).
Em todos os levantamentos batimétricos as cotas foram medidas com<br />
espaçamento de 10cm nos primeiros 6m de cada perfilador, a contar do ponto de<br />
terra, e no trecho ao largo a cada 30cm. Também em cada perfilador, a medição<br />
batimétrica foi estendida, na porção terrestre, em Im em direção a terra, e medida<br />
com uma escala removível com espaçamento de IOcm, para computar o movimento<br />
de avanço/recuo da linha de costa, totalizando 81 leituras em cada perfilador. A<br />
Fotografia 26 mostra uma vista parcial da área de medição batimétrica e a Fotografia<br />
27 mostra um detalhe da leitura.<br />
Fotografia 26 - Vista parcial da área de medição.<br />
Fotografia 27 - Detalhe da leitura da batimetria.<br />
42
As leituras batimétricas obtidas no campo durante cada levantamento foram<br />
escrituradas em formulários preparados especialmente para tal fim e os dados são<br />
apresentados no Anexo 7. O tratamento desses dados é apresentado a seguir.<br />
Os valores das cotas batimétricas lidas ao longo dos perfiladores forneceram<br />
um conjunto de dados (no espaço e no tempo) que permitiram a estimativa do volume<br />
de sedimentos carreados no local de estudo durante o experimento.<br />
3.3 - Nível Médio e Parâmetros Auxiliares<br />
Leituras de nível médio e de parâmetros auxiliares, como intensidade e<br />
direção de vento, temperaturas do ar e da água, observações visuais de altura,<br />
período e ângulo de ataque das ondas, foram feitas durante os experimentos, a cada<br />
hora nas meias horas. A Tabela 5 apresenta os dados obtidos nessas observações.<br />
Além disso foram coletadas amostras de sedimento de fundo ao longo do<br />
perfilador P6 (ver Figura 1) cujo material foi levado para análise. Em laboratório foram<br />
determinados os valores de massa específica do sedimento (mistura de quartzo e<br />
calcário) e respectivo índice de vazios para duas amostras de sedimento, coletadas na<br />
região de arrebentação no local do experimento. As amostras foram lavadas com água<br />
destilada, secadas em estufa, quarteadas, e sub-divididas em 5 sub-amostras com<br />
volume de 300ml e 5 sub-amostras com volume de 500ml, para posterior pesagem em<br />
balança de precisão e determinação do índice de vazios.<br />
Foram também medidos parâmetros físicos da água da lagoa: densidade,<br />
salinidade, condutividade e pH. Densidade e salinidade foram determinadas em<br />
laboratório, INPH e UERJ respectivamente, a partir de amostras de água coletadas e<br />
imediatamente enviadas para análise. A densidade foi estabelecida pela média dos<br />
valores obtidos, medidos com densímetro, em 10 amostras de água (água a 26OC). A<br />
salinidade foi determinada pela média de valores calculados em 3 amostras, com uso<br />
de Água Padrão. A condutividade e o pH foram medidos no local com equipamento<br />
portátil de medição, medidos na superfície da água, fora da região de arrebentação<br />
(água a 23,7"C).<br />
A finalidade dessas medições e determinações em laboratório foi a de permitir<br />
condições de correção dos parâmetros principais, mormente aqueles relativos às<br />
medições de ondas, caso fosse necessário. A Tabela 6 apresenta os valores dos<br />
supracitados parâmetros auxiliares.
Tabela 5 - Parâmetros auxiliares medidos no campo.
Tabela 6 - Parâmetros auxiliares determinados em laboratbrio.<br />
Foram coletadas 7 amostras (ldm 3 de volume) de sedimentos do leito ao<br />
longo do perfilador 6, nas posições dos pilares. Foram realizadas duas análises<br />
granulométricas com as amostras coletadas: uma análise contendo material quartzoso<br />
e calcário e outra análise contendo apenas material quartzoso. As curvas<br />
granulométricas das amostras coletadas como também os descritores estatísticos das<br />
mesmas estão apresentadas no Anexo 8 e Anexo 9 respectivamente. A Figura 10<br />
apresenta uma curva granulométrica do perfil 6, pilar 1, para quartzo e calcário.<br />
I,y -TE-<br />
CURVA GRANULOMÉTRICA<br />
Perfil 6, Pilar 1 - Quartzo e Calcário<br />
/ PEDREOULH~<br />
-- AREIA<br />
M~DIA / GROSSA / FINO j M~DIO 1 GROSSO<br />
I FINA<br />
o 001 0.01 O. 1 1 10 1 O0<br />
DIAMETRO DAS PARTICULAS (mm)<br />
Figura 10 - Curva grãnulométrica (Perfil 6, Pilar 1 - Quartzo e Calcário).
Os resultados mostraram que os sedimentos do fundo na região do estudo<br />
têm uma composição média com 90% em peso de material quartzoso e 10% em peso<br />
de calcário. Os maiores sedimentos calcários estão concentrados na região de<br />
arrebentação e possuem dimensões médias de 0,5cm chegando os maiores até 2cm.<br />
Na berma, há uma grande quantidade de conchas e de fragmentos de conchas, cuja<br />
maior dimensão pode atingir valores entre 2 e 3cm. Com exceção da amostra colhida<br />
na face de praia (Pílar 2), onde os sedimentos são mais grossos, em toda a região de<br />
estudo os sedimentos apresentam diâmetro mediano de 0,63mm (estando portanto no<br />
limite entre areia média e areia grossa) com desvio padrão de 0,63mm para as<br />
amostras totais e de 0,38mm para as amostras livres de material calcário, indicando<br />
graus de seleção entre moderadamente selecionada e bem selecionada,<br />
respectivamente.
4 - Análise dos Resultados<br />
4.1 - Evolução Morfoló~ica dos Perfis de Praia<br />
Durante os dias em que se realizaram os ensaios de campo, o ataque de<br />
ondas esteve sempre do setor SE, promovendo um transporte de sedimentos ao longo<br />
da costa no sentido negativo (ou seja para a esquerda de um observador olhando para<br />
a lagoa). Com isso os perfis P1, P2 e P3 localizam-se a sotamar do espigão e os perfis<br />
P4, P5 e P6 a barlamar do mesmo (vide Figura 1).<br />
Os gráficos mostrados, da Figura 11 a Figura 16 apresentam, para os<br />
alinhamentos de P1 a P6 respectivamente, os dados brutos das leituras de perfil de<br />
praia realizados em todos os ensaios. Nos gráficos estão indicadas as posições das<br />
máximas e mínimas variações na vertical observadas, como também as máximas e<br />
mínimas posições do nível médio. Dessas figuras verifica-se que o perfil P4 é aquele<br />
que apresenta a maior variação na vertical, cujo o valor é de 28,5cm a uma distância<br />
de 300cm da origem (Figura 14); e o perfil P3 é aquele que apresenta a menor<br />
variação na vertical, cujo valor é de 16cm a distância de 130cm da origem (Figura 13).<br />
Outra constatação importante refere-se as variações mínimas na vertical em<br />
todos os perfis. Das figuras supra citadas, verificam-se variações entre 1 e 2cm na<br />
vertical a distâncias da ordem de 400 a 450cm da origem, em todos os perfis, ou seja<br />
em profundidades da ordem de 50cm. Tal resultado remete a verificação da<br />
profundidade de fechamento para o caso.<br />
Considerando que em todo o experimento o sedimento de fundo manteve-se<br />
o mesmo, a determinação da profundidade de fechamento pode ser feita apenas em<br />
função da onda incidente, e nesse caso é apropriado se adotar o critério de<br />
Hallermeier apresentado por NICHOLLS et a/. (1 995) expresso pela equação 14.11, em<br />
função da média e do desvio padrão da altura significativa observada no período. Os<br />
resultados obtidos para a profundidade de fechamento calculada por esse critério<br />
estão indicados nos gráficos da Figura 11 a Figura 16, os quais são da ordem de 50cm<br />
em todos os casos. Nessas figuras pode-se também observar que as mínimas<br />
variações na vertical ocorreram muito próximas desse valor, podendo-se então admitir<br />
que, ao largo dessa profundidade, o fundo não se alterou, dentro do período<br />
observado.<br />
Nessa seqüência de figuras mostrando as leituras de perfil de praia pode-se<br />
também verificar que no perfil P3 (primeiro a sotamar da estrutura) houve recuo da<br />
linha de costa, e no perfil P4 (primeiro a barlamar da estrutura) houve avanço da linha
de costa (vide Figura 13 e Figura 14). A maior variação horizontal foi observada no<br />
perfil P4 com valor de 150cm e aproximadamente a 15cm abaixo do nível d'água.<br />
Entretanto havia uma preocupação com relação ao comportamento dos perfis<br />
extremos, P1 e P6, pois era desejável que os mesmos tivessem o mínimo de alteração<br />
caracterizando uma posição livre da influência do espigão. De fato esses são os perfis<br />
que apresentam a menor mobilidade tanto na vertical como na horizontal em todos os<br />
ensaios realizados durante o experimento. A Figura 16 comprova tal situação para o<br />
caso do perfil P6, mas no caso do perfil P1 pode-se observar pela Figura 11 que há,<br />
em algumas situações, a formação de uma calha longitudinal, assunto esse que é<br />
investigado adiante.<br />
A verificação da "estabilidade n<br />
dos perfis P1 e P6 foi feita através do modelo<br />
de perfil de equilíbrio de DEAN (1977). O perfil de equilíbrio definido por Dean é dado<br />
pela equação [4.2], onde h é a profundidade, x é a distância a linha de costa, A é o<br />
parâmetro de escala do perfil determinado em função da granulometria do sedimento<br />
presente, e m é um expoente empírico igual a 213.<br />
A Figura 17 mostra o conjunto de observações em P1 e a Figura 18 mostra o<br />
conjunto referente às observações em P6. Nessas figuras estão também indicados,<br />
para cada caso, o perfil médio (indicado em azul na figura) e o perfil obtido com o<br />
modelo de Dean (indicado em preto na figura). Os perfis P1 e P6, apesar de mais<br />
afastados do espigão, possuem características qualitativas muito diferentes do perfil<br />
de equilíbrio proposto por Dean, conforme pode ser observado na Figura 17 e Figura<br />
18.<br />
No caso dos ajustes indicados na Figura 17 e Figura 18 o parâmetro de<br />
escala do perfil A utilizado foi de 0,85 e 0,95, para os casos de sotamar e barlamar,<br />
respectivamente. Deve-se ressaltar que os valores utilizados estão muito acima<br />
daqueles indicados por DEAN (1977). Entretanto na presente aplicação há de se<br />
salientar a presença de um efeito de distorção de escala. Os sedimentos nativos têm<br />
diâmetros característicos da ordem de 0,6mm e as ondas incidentes são muito curtas.<br />
Em estudos sobre a teoria da semelhança, MOTTA (1972) salienta que as<br />
declividades da face da praia são mais íngremes quanto maior for o tamanho do grão<br />
e menor a esbeltez das ondas. Tal é a situação que se verifica no local do<br />
experimento, e por esse motivo o valor do fator de escala do modelo de DEAN (1977)<br />
teve que ser exagerado.
Leituras de Perfis de Praia na Posição Pl<br />
-200 O 200 400 600 800 1 O00<br />
Distância Horizontal [cm]<br />
Figura 11 - Leituras de perfil de praia na posição P1.<br />
Leituras de Perfil de Praia na Posição P2<br />
-200 O 200 400 600 800 1000<br />
Distância Horizontal [cm]<br />
Figura 12 - Leituras de perfil de praia na posição P2.<br />
i
Leituras de Perfil de Praia na Posiçlo P3<br />
20 r------ I<br />
-200 O 200 400 600 800 1000<br />
Distância Horizontal [cm]<br />
Figura 13 - Leituras de perfil de praia na posição P3.<br />
-200 O 200 400 600 800 1 O00<br />
Dincia Horizontal [cm]<br />
Figura 14 - Leituras de perfil de praia na posição P4.
Leituras de perfil de Praia na Posiçao PS<br />
-200 O 200 400 600 800 1 O00<br />
Distância Horizontal jcm]<br />
Figura 15 - Leituras de perfil de praia na posição P5.<br />
Leituras de Perfil de Praia na Posição P6<br />
..-.<br />
--- - ---<br />
-200 O 200 400 600 800 I O00<br />
Distância Horizontal [em]<br />
Figura 16 - Leituras de perfíl de praia na posição P6.
20<br />
Perfil Pl (Sotamar)<br />
-200 O 200 400 600 800 1000<br />
Distancia Horizontal [em]<br />
Figura 17 - Perfil P1 (Sotamar).<br />
Perfil P6 (Barlamar)<br />
1 Perfd Médio de 156 1<br />
-200 O 200 400 600 800 1 O00<br />
Distância Horizontal [cm]<br />
Figura 18 - Perfil P6 (Barlamar).
A verificação do estágio moríodinâmico da praia foi feita através dos<br />
parâmetros IR (DEAN, 1973), E (GUZA & INMAN, 1975) e K* (SUNAMURA, 1988 apud<br />
HORIKAWA, 1988) os quais são expressos pelas equações abaixo onde Hb é a altura<br />
da onda na arrebentação, o, é a velocidade de queda do grão, To período da onda, g<br />
a aceleração da gravidade, tan pa declividade do fundo e D o diâmetro do grão.<br />
1,oo -<br />
Limite de Q e K* para praia refletiva = 1<br />
1<br />
Figura 19 - Parâmetros morfodinâmicos 4 E e K*, parametrizados em função de velocidade orbital<br />
para todas as leituras do experimento.<br />
Todos esses parâmetros de alguma forma estão relacionados com a<br />
velocidade orbital das ondas, através da razão HdT, pois as alterações geométricas no<br />
perfil de praia estão relacionadas com as taxas de movimentação de sedimentos, e<br />
estas são dependentes dos movimentos impostos pelo escoamento. Assim, os valores<br />
4
calculados para todos os parâmetros acima descritos estão plotados em função da<br />
razão HdT na Figura 19. De acordo com o resumo apresentado por VITOLA (1998),<br />
em todas as situações analisadas neste trabalho o perfil de praia pode ser classificado<br />
como refletivo, resultado este, aliás, que pode ser comprovado mediante inspeção<br />
visual da Figura 1 1 a Figura 16.<br />
Ainda sobre o tipo de perfil observado durante o experimento há uma<br />
verificação interessante a ser feita. SUNAMURA & HORIKAWA (1974), apud<br />
HORIKAWA (1988), identificaram três tipologias para os perfis de praia observados<br />
durante ensaios em laboratório: Tipo I, na forma de um S deitado, com recuo da linha<br />
de costa (portanto erosivo); Tipo II, na forma de um S deitado com formação de uma<br />
crista de praia, sem recuo da linha de costa (portanto estável); e Tipo III, na forma de<br />
um S deitado com progradação da crista de praia (portanto deposicional). O conjunto<br />
de resultados sobre evolução morfológica dos perfis de praia obtidos por esses<br />
autores foram parametrizados através da esbeltez da onda e de um fator S*<br />
dependente da declividade da praia (tan fl, do diâmetro do grão (D) e do comprimento<br />
de onda ao largo (L,) definido empiricamente pela equação [4.6].<br />
Essa parametrização foi reproduzida com os dados obtidos no presente<br />
experimento e os resultados estão apresentados na Figura 20 em conjunto com<br />
aqueles publicados por HORIKAWA (1988). Na figura também estão apresentadas<br />
(em linhas cheias) os limites superior e inferior entre os estados erosivo e<br />
deposicional. Dessa figura dois aspectos são relevantes:<br />
o primeiro refere-se ao tipo de perfil, se erosivo ou deposicional - os<br />
resultados do presente experimento mostram que os perfis observados<br />
são majoritariamente do Tipo III, portanto deposicionais, com formação<br />
de crista de praia;<br />
o segundo refere-se a escala espaço-temporal envolvida: nos<br />
experimentos de Horikawa, transcritos na Figura 20, os valores limites<br />
expressos para os perfis de erosão e deposição estão baseados em<br />
resultados de laboratório. Segundo o autor os coeficientes das curvas<br />
limites para as áreas de erosão e deposição, impressas na figura em<br />
linha cheia, são iguais a 8 e 4, respectivamente para o limite superior e<br />
inferior. Para o caso de experiências em praias oceânicas, tal<br />
coeficiente é da ordem de 18. Diante disso é de se concluir que as
escalas morfológicas envolvidas no experimento realizado na Lagoa de<br />
Araruama, ora em pauta, são reduzidas.<br />
0,001 0,Ol<br />
Parâmetm de Sunamua 8 Horikawa<br />
Horikawa -Limite Erosão - Limite Acresção Experimento<br />
Figura 20 - Classificação do perfil de praia segundo a parametrização de SUNAMRURA 8<br />
4.2 - Transporte Litorâneo<br />
HORIKA WA (1974), apud HORIKA WA (1988).<br />
O transporte litorâneo foi medido a partir da diferença do volume de<br />
sedimentos acumulado/erodido entre duas medições batimétricas consecutivas, na<br />
região monitorada, com base nas leituras dos perfiladores em intervalos regulares de<br />
tempo. O cálculo da cubagem foi realizado por meio de planilha eletrônica, utilizando-<br />
se a Regra de Integração de Simpson para cálculo das áreas em cada perfil, entre<br />
medições consecutivas. Os valores de batimetria lidos ao longo dos perfiladores P1,<br />
P2, P5 e P6 foram estendidos em Im para cada um de seus lados, e os perfiladores<br />
P3 e P4 (adjacentes ao espigão) foram estendidos em 0,3m na direção do espigão e<br />
Im na direção oposta. A Figura 21 mostra a evolução da linha de costa com o tempo<br />
em cada ensaio do experimento, apresentando predominantemente uma deposição a<br />
direita do espigão e uma erosão à esquerda do mesmo.<br />
O transporte litorâneo foi também calculado utilizando-se a formulação do<br />
CERC para cada estado de mar, em cada intervalo batimétrico. A Figura 22 apresenta<br />
uma comparação entre Volume Medido x Volume Calculado (CERC) para sotamar e<br />
barlamar. Constata-se que os volumes calculados pelo CERC apresentam valores
aproximadamente cinco vezes maiores que os volumes medidos. Para pequenos<br />
valores de transporte litorâneo, as diferenças observadas entre sotamar e barlamar<br />
são bem maiores. O coeficiente angular obtido para a reta de correlação entre volume<br />
calculado e volume medido foi igual a 0,1941 para sotamar e 0,1991 para barlamar<br />
(valor médio igual a 0,1966), e o coeficiente de correlação foi respectivamente 0,5722<br />
e 0,6024.<br />
Posiçbes da Linha de Costa<br />
-200 O 200 400 600 800 1 O00 1200<br />
Distancia ao Longo da Costa [cml<br />
0,OO 0,50 1 ,O0 1,50 2,OO 2.50 3,OO<br />
Volume Calculado (CERC) [m3]<br />
Figura 22 - Relação entre volumes medidos e volumes calculados (CERC).
Os resultados medidos do transporte litorâneo e os valores calculados pela<br />
formulação do CERC estão apresentados na Tabela 7. Na coluna Validação são<br />
apresentados os dados utilizados ou descartados para determinação de K. Dois<br />
critérios foram usados para descartar uma medição: primeiro, em barlamar, valores<br />
negativos de volume de sedimentos acumulados e, segundo, valores calculados pela<br />
formulação do CERC (K = 0,77) superiores a 20 vezes os valores medidos.<br />
Tabela 7 - Transporte litorâneo.<br />
4.3 - Análise Geral do Experimento<br />
O experimento realizado comprovou a não eficácia no uso de calhas rígidas<br />
para coleta transversal de sedimentos principalmente porque sua forma não<br />
acompanha as feiçães do fundo e porque a operação de retirada do sedimento<br />
acumulado é de extrema dificuldade. Tais características motivaram que a<br />
determinação do transporte litorâneo fosse feita por meio de cubagem (diferença de<br />
batimetria no tempo). Tal procedimento se mostrou bastante satisfatório pela facilidade<br />
das medições na área monitorada a partir de leituras batimétricas ao longo de<br />
perfiladores transversais à linha de costa e instalados em toda a área do experimento.<br />
Os perfiladores não apresentaram quaisquer problemas tanto em sua<br />
instalação quanto em sua operação. O nivelamento transversal e longitudinal entre os<br />
perfiladores também contribuiu para minimizar os erros experimentais. O tempo total<br />
da instalação e nivelamento dos perfiadores foi de 2 dias. O trabalho da medição
atimétrica teve seu rendimento melhorado por ocasião da marcação dos perfiladores<br />
a cada 10cm nos 6m iniciais e a cada 30cm nos 3m finais.<br />
O espigão composto de sacos de algodão cheios de areia ("blocos") não<br />
apresentou problemas de estabilidade pela ação das ondas ao contrário do espigão<br />
com sacos de material sintético (nylon), devido ao baixo coeficiente de atrito entre os<br />
"blocos". A base do espigão foi forrada com uma tela de nylon para proporcionar maior<br />
aderência do conjunto na praia.<br />
O sistema de aquisição de dados de ondas teve seu funcionamento<br />
considerado bom. As leituras dos dados realizados eletronicamente pelo ondógrafo,<br />
corresponderam igualmente as observações visuais também realizadas. Na parte<br />
estrutural, não foram percebidos efeitos de vibração na estrutura suporte do<br />
ondógrafo, apenas uma corrosão acentuada nas peças metálicas em contato direto<br />
com a água. As unidades eletrônicas (diariamente instaladas e desinstaladas) também<br />
não apresentaram problemas em seus encaixes, fixadores, e demais componentes. As<br />
unidades eletrônicas, sujeitas às ações de temperatura, insolação, vento, maresia e<br />
corrosão não sofreram desajustes no decorrer dos ensaios, fato comprovado pela<br />
realização diária das calibragens (inicial e final). Os fios capacitivos são elementos<br />
constituintes muito frágeis e portanto muito cuidado com o seu manuseio deve ser<br />
dispensado. Felizmente nenhum problema com os respectivos fios foi observado. A<br />
aquisição dos dados constou de alguns arquivos com erros ou com informações<br />
duvidosas/inconsistentes, sem contudo comprometer a qualidade geral da coleta dos<br />
dados de ondas. A eficiência na qualidade dos dados coletados foi de 89%. A coleta<br />
se deu pelo método multisequencial de aquisição de dados, ou seja, aquisição<br />
ininterrupta de dados durante todo o período de cada ensaio. Tal procedimento foi de<br />
extrema valia, pois as alterações dos estados de mar no interior da lagoa são muito<br />
rápidas, conforme verificadas nos ensaios 1 e 5. Com a metodologia empregada, toda<br />
e qualquer alteração ocorrida pode ser observada com total clareza.<br />
A equipe empregada constou de três pessoas constantemente envolvidas<br />
com a campanha e mais três pessoas (contratadas no local) para auxiliar na<br />
montagem e desmontagem do espigão. A montagem dos perfiladores e do ondógrafo<br />
foi realizada pelo próprio autor. Cada leitura de batimetria foi realizada com um<br />
anotador em terra e dois leitores na água em aproximadamente 50 minutos, sendo que<br />
no decorrer dos ensaios, as leituras batimétricas tiveram seu tempo reduzido para<br />
cerca de 35 minutos.<br />
O aparato logístico empregado foi de fundamental importância para a<br />
condução do experimento. Poucos problemas foram constatados e os mesmos<br />
devidamente sanados pelo autor com os recursos disponíveis no local.
5 - Conclusões e Recomendacões<br />
5.1 - Conclusões<br />
A escolha do local para realização do experimento, a Praia de Iguabinha na<br />
Lagoa de Araruama, foi positiva pois, em termos ambientais, proporcionou condições<br />
satisfatórias para a realização do experimento e, em termos logísticos, a base de<br />
apoio oferecida pela proximidade do Praia Clube Araruama foi fundamental.<br />
A metodologia aplicada na realização dos ensaios, cujos procedimentos de<br />
rotina estão descritos no item 2.6, poderia ser empregada até mesmo em condições<br />
oceânicas.<br />
A concepção, projeto e construção dos equipamentos utilizados no<br />
experimento foram coroados de sucesso, pois todos apresentaram desempenho<br />
satisfatório durante todo o período de medição. Tal afirmação é especialmente válida<br />
para os sensores de ondas, os quais possuíam elementos frágeis, como os fios<br />
capacitivos, e suportaram todos os ensaios, sem necessidade de substituição. Cabe<br />
dizer que todos os equipamentos construídos para o presente trabalho foram<br />
encaminhados e armazenados no LlOc, acompanhados da respectiva documentação,<br />
portanto em condições de uso futuro.<br />
O processamento dos dados de ondas coletados em campo foi realizado<br />
através de um programa computacional devidamente calibrada com dados obtidos<br />
com o mesmo equipamento em condições controladas de laboratório (ensaios em<br />
canal de ondas). Os dados coletados de forma eletrônica no campo também foram<br />
confrontados com os dados coletados visualmente. Estes procedimentos foram de<br />
importância capital pois possibilitaram comparações eliminando possíveis dúvidas com<br />
os equipamentos empregados e promovendo confiança no trabalho realizado.<br />
A evolução batimétrica analisada no espaço e no tempo comprovaram a<br />
direção predominante de transporte litorâneo. A partir da linha de costa, houve a<br />
sotamar do espigão um recuo de 50cm, e a barlamar do mesmo um avanço de 150cm<br />
ao fim de oito horas de experimento. O transporte litoráneo medido por diferença<br />
batimétrica no tempo comprovou haver um transporte longitudinal de sedimentos<br />
numa praia em equilíbrio dinâmico.<br />
A variação morfológica nos perfis P1 e P6, a exceção do último dia, foi muito<br />
pequena o que caracterizou uma posição livre da influência do espigão, conforme<br />
apresentado na Figura 11 e Figura 16, respectivamente. No último ensaio foi verificado<br />
um aumento nos valores de H, em relação aos demais ensaios, o que estabeleceria<br />
uma necessidade de maior afastamento dos perfis P1 e P6 em relação ao espigão.
Ao longo do tempo o perfil P4 (mais próximo do espigão a barlamar) mostrou<br />
a maior variação vertical. Tal resultado era esperado pois não houve, durante os dias<br />
do experimento, mudança no sentido do ataque de ondas em relação ao alinhamento<br />
da costa, promovendo todo o tempo transporte longitudinal negativo.<br />
A profundidade de fechamento verificada através das medições batimbtricas<br />
realizadas ficou próxima de 50cm, comprovando o critério proposto por Hallermeier e<br />
apresentado por NICHOLLS et a/. (1 995).<br />
Os perfis de praia observados apresentam feições refletivas, e a verificação<br />
com os parâmetros morfológicos Q (DEAN, 1973), E (GUZA & INMAN, 1975) e K*<br />
(SUNAMURA, 1988) foi satisfatória.<br />
0s perfis de praia observados em P1 e P6 permitiram proceder um ajuste<br />
utilizando o modelo de perfil de equilíbrio de DEAN (1977). Em ambos os casos o<br />
parâmetro de escala do perfil obtido (A da ordem de 0,9) foi muito superior aos valores<br />
sugeridos para o caso de praias oceânicas. Tal resultado muito provavelmente está<br />
associado a uma distorção na escala de formação do perfil devida à ação de ondas de<br />
baixa esbeltez sobre fundo composto por sedimentos grossos (D~o = 0,6mm).<br />
A utilização do parâmetro de HORIKAWA (1988) para identificação da<br />
tendência evolutiva do perfil de praia foi realizada com sucesso, resultando na<br />
classificação dos perfis desenvolvidos na área monitorada durante os dias do<br />
experimento como do tipo deposicional com formação de crista de praia (Tipo 111).<br />
O valor médio do transporte litorâneo, medido para o período de tempo de<br />
observação de cada ensaio, foi da ordem de 0,l m3/h. Tal valor pode não corresponder<br />
exatamente as taxas de vazão que de fato ocorrem na praia em questão, mas<br />
estabelece uma ordem de grandeza inicial para estimativas de transporte e estudos<br />
pertinentes. Também foi verificado que a formulação do CERC superestimou os<br />
valores de transporte litorâneo observados.<br />
5.2 - Recomendacões<br />
Vários parâmetros auxiliares foram medidos durante o experimento, tais como<br />
intensidade e direção de vento, temperaturas do ar e da água, granulometria do<br />
sedimento de fundo, salinidade e condutividade da água, além de observações visuais<br />
de altura, período e direção de propagação de ondas. No presente trabalho tais<br />
informações não foram correlacionadas com o conjunto principal de dados, mas<br />
permanece a recomendação de fazê-las em estudos futuros.<br />
Outro aspecto a ser considerado em experimentos de campo é a necessidade<br />
de se dispor de métodos múltiplos de aquisição de dados, implicando em redundância<br />
de informações, que permitam a verificação permanente dos dados coletados.
É recomendável em estudos futuros, o teste de outros valores de parâmetros<br />
utilizados na análise espectral, bem como a caracterização de estados de mar<br />
considerando não somente a altura significativa mas também em conjunto com o<br />
período e ângulo de ataque.<br />
Os estados de mar tiveram no decorrer de cada ensaio, uma aumento rápido<br />
nos valores das alturas significativas, justificando a importância na medição sequencial<br />
de dados de ondas. As campanhas de campo devem ter duração maior que 5 dias<br />
devido a grande variação no valor das alturas significativas de ondas da lagoa, o que<br />
estabelece condições diferentes de transporte.<br />
6 desejável que futuramente se investigue fenomenos ligados ao<br />
comportamento da praia em planta, bem como o transporte de sedimentos com a<br />
utilização de outras formulações.<br />
Outra recomendação é o estudo dos efeitos de escala relacionados a<br />
evolução morfológica do perfil de praia (aspecto este identificado neste trabalho).<br />
0s dados de batimetria e de sedimentos permitem uma re-análise para<br />
caracterização do perfil dinâmico, uma vez que, ao longo do perfil, o sedimento possui<br />
granulometria variável em oposição ao perfil de equilíbrio calculado com diâmetro<br />
único.<br />
Para o regime de ondas observados nos ensaios 1 a 4, a utilização de 3<br />
perfiladores foi suficiente para a caracterização morfológica da área monitorada. Caso<br />
se verifique, em visitas preliminares de campo, um regime de ondas semelhantes ao<br />
verificado no ensaio 5, é recomendável a utilização de um quarto perfilador em ambos<br />
os lados. O espaçamento de dois metros foi considerado bom pois permitu uma<br />
melhor qualidade nos cálculos de cubagem e fácil deslocamento de pessoal durante<br />
as leituras batimétricas. Em estudos posteriores os perfiladores devem ser avançados<br />
em 1 metro para terra de forma a compensar o efeito de recuo da linha de costa. Para<br />
comprimentos dos perfiladores maiores que 9m, podem ser verificados problemas de<br />
comunicação entre o leitor e o anotador. Neste caso sugere-se o emprego de um mini-<br />
gravador pelo anotador (junto com o leitor na água) em substituição à caderneta de<br />
campo.<br />
Para investigação com outras formulações de transporte litorâneo, o<br />
sedimento deve ser qualitativamente melhor caracterizado devido a sua composição<br />
(quartzo e calcário) e a grande variação em peso, tamanho e forma.
Glossário<br />
Altura significativa - valor médio das alturas compreendidas no 113 superior<br />
de todas as alturas.<br />
Angulo de ataque - ângulo formado entre a crista da onda e a linha de costa.<br />
Barlamar- lado em que predomina a entrada das ondas.<br />
Barra-terra - barra metálica ligada ao circuito de aterramento elétrico.<br />
Batimetria - representação do relevo subaquático.<br />
Celeridade - velocidade de propagação.<br />
Clima de ondas - conjunto de características (altura significativa, período de<br />
pico e direção de propagação) das ondas.<br />
Dielétrico - isolador de eletricidade.<br />
Espigão - estrutura fixa perpendicular à linha de costa, com o objetivo de<br />
interromper o transporte longitudinal de sedimentos devido as ondas.<br />
Linha de costa - linha ao longo da costa estabelecida pela posição do plano<br />
de nível médio da água.<br />
Mira falante - instrumento sob forma de régua para determinação de<br />
nivelamento terrestre.<br />
Onddgmfo - instrumento de medição de ondas de superfície livre.<br />
Perfilador - estrutura retilínea e horizontal, perpendicular à linha de costa,<br />
destinada a referenciar a medição batimétrica.<br />
espectro.<br />
do sedimento.<br />
Período de pico - período correspondente à maior quantidade de energia do<br />
Profundidade de fechamento - profundidade que define o limite de mobilidade<br />
Sotamar- lado em que predomina a saída das ondas.<br />
Transporte IitorCineo - transporte de sedimentos que ocorre na direção<br />
paralela a linha de costa.<br />
Unidade conversora - sistema eletrônico destinado a converter sinais de<br />
corrente em tensão.<br />
Unidade eletrônica - conjunto eletrdnico constituinte da unidade sensora.<br />
Unidade sensora - sensor de medição de altura de ondas de superfície livre.
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Utilizados<br />
Anexo 1 - Características Técnicas dos Sistemas e Eauipamentos<br />
I) OND~GRAFO<br />
1.1 - Unidade Sensora<br />
Unidade Eletrônica U420 tipo C<br />
Fio Capacitivo Wire-Wrap 30 AWG<br />
Copo com Tampa PVC 82 [mm]<br />
Braçadeira<br />
Aço inox 68-77<br />
Porca<br />
Aço inox borboleta 6 [mm]<br />
Prensa Cabo Plástico 25 [mm]<br />
Cubo<br />
Madeira 45 x 25 x 28 [mm]<br />
Parafuso do Cubo Máquina 3 x 6 [mm]<br />
Haste Cilíndrica Latão 0 5 [mm]<br />
Apoio<br />
Latão 112" x 311 6"<br />
1.2 - Alimentacão<br />
Cabo<br />
Conector<br />
Terminal<br />
Anilhas<br />
Aterramento<br />
Cabo 4 x 26 AWG<br />
Plástico (macholfêmea)<br />
Latão (macholfêmea)<br />
Numéricas<br />
Barra de Latão 0 114" x 1,10 [m]<br />
1.3 - Caixa Conversora Corrente - Tensão<br />
Sinal de Entrada Corrente<br />
Sinal de Saída Tensão<br />
Resistência RS 1<br />
Resistência RS2<br />
Resistência RS3<br />
Resistência RS4<br />
1.4 - Suporte das Unidades Sensores<br />
Pilar Tubo quadrado 1" x 1,5 mm x 2,00 [mj 4 Un<br />
Viga Frontal Cantoneira 112" x 1/16" x 1,25 [m] 4 Un<br />
Viga Lateral Cantoneira 112" x 1/16" x 0,78 [m] 4 Un<br />
Amarração Barra chata 112" x 118" x 0,22 [m] 8 Un<br />
Travamento Barra chata 112" x 118" x 0,22 [m] 8 Un<br />
4a20mA<br />
1A5V<br />
401,2 ohms<br />
399,2 ohms<br />
399,8 ohms<br />
399,5 ohms
Parafuso Máquina Cab. Red. Latão 5/32" x I 314"<br />
Porca Borboleta Latão 5/32"<br />
Arruela Latão 5/32"<br />
2) PERFILADOR E ESPIGAO<br />
2.1 - Perfilador de Praia<br />
Régua Cantoneira 112" x 1116" x 1,50 [m] 6 Un<br />
Pilar Tubo Redondo 314" x 1,5 [mm] x (*) 7 Un<br />
Apoio Cubo de Madeira 6 x 10 x 2 [cm] 7 Un<br />
Braçadeira Plástica Flexível 15 [cm] 7 Un<br />
Parafuso Madeira Cab. Chata 2,5 x 12 [mm] 12 Un<br />
(*) Medida variável em função da profundidade.<br />
2.2 - Espiaão<br />
Comprimento<br />
Largura<br />
Altura<br />
Qtde. Sacos<br />
Volume do Saco<br />
Peso do Saco<br />
Peso do Espigão<br />
Estacas<br />
3) N~VEL D'ÁGUA<br />
Mangueira<br />
Braçadeira<br />
4) EQUIPAMENTOS DE MEDICAO<br />
10 m<br />
I m<br />
0,50 m<br />
60 Un<br />
40 L<br />
60 kgf<br />
3600 kgf<br />
Tubo Redondo 518" x 1,5 [mm] x 1 [m] 8 Un<br />
Transparente flexível 511 6 x 1 ,O [mm] 50 m<br />
Plástica Flexível 15 [cm] 10 Un<br />
Teodolito Wild T2 NO/S 285905 1 Un<br />
Nível Wild N O /S 52276 1 Un<br />
Anemômetro Belfort (portátil) N O /S 84 1 Un<br />
Termômetro ar Máxima-Mínima Incoterm MM5201 1 Un<br />
Termômetro água Epex 1 Un<br />
Analisador de água Horiba U-10 NO/S 5061 00 1 Un
Anexo 2 - Escruema Eletrônico do Ondówafo Direcional<br />
Figura 23 - Desenho esquemático do sistema eletrônico.
P I hl M 1 e<br />
Figura 24 - Desenho esquemático da unidade conversora.
Anexo 3 - Proieto de Construcão e Montaqem do Ondógrafo Direcional<br />
Figura 25 - Suporte vista frontal.
Figura 26 - Suporte vista lateral.
Figura 27 - Corte AA'.
Figura 28 - Copo unidade eletrônica.<br />
sca 11 fios p/ 1"
Figura 29 - Cubo.
Figura 30 - Passa-fio.
Figura 31 - Haste.
L<br />
I-,<br />
I Detalhe<br />
132<br />
"A"<br />
Chapa de latão 1/2" X 3/16"<br />
Figura 32 - Detalheshaste (I).<br />
Detalhe "8"<br />
K I<br />
Detalhe "C"
Figura 33 - Detalheshaste (2).<br />
i{<br />
Detalhe "Y"<br />
Detalhe "X"
Anexo 4 - Curvas de Calibraaem Estática dos Sensores no Cam~o<br />
Tabela 8 - Calibragem dos sensores no campo (Ensaio O).<br />
Tabela 9 - Calibragem dos sensores no campo (Ensaio 1).<br />
Tabela 10 - Calibragem dos sensores no campo (Ensaio 2).
Tabela 11 - Calibragem dos sensores no campo (Ensaio 3).<br />
Tabela 12 - Calibragem dos sensores no campo (Ensaio 4).<br />
Tabela 13 - Calibragem dos sensores no campo (Ensaio 5).
Tabela 14 - Funções de calibragem dos sensores.
Anexo 5 - Evolucão dos Estados de Mar. Funcões de Coerência entre os<br />
Sensores. Es~ectros de Freuüências. e Evolucão Espectral no Tem~o em 30<br />
Ensaio O<br />
Funcao de Coerência - Sensores S I e SZ. Ensaio O<br />
Freqüència [Hz]<br />
Figura 34 - Funçáo de coerência entre os sensores SI e S2 (Ensaio O).<br />
FunçBo de Coerência - Sensoas SI e 53. Ensaio O<br />
I, I I I i<br />
O 0.5 1 1.5 2 2.5<br />
Freqüência [Hz]<br />
Figura 35 - Função de coerência entre os sensores SI e S3 (Ensaio O).<br />
FunçBo de Coerencia - Sensores S2 e S3. Ensaio O<br />
Figura 36 - Função de coerência entre os sensores S2 e S3 (Ensaio O).
Gráfico de EVOIUCBO do Mar - Ensaio O<br />
N' de Ordem dos Arquivos<br />
Figura 37 - Evolução do estado de mar (Ensaio O).<br />
Espectro do Estado de Mar 1<br />
FreqBBncia [Hzj<br />
Figura 38 - Espectro médio representativo do estado de mar 1 (Ensaio O).<br />
70<br />
Espectro do Estado de Mar 2<br />
Freqüência [HzI<br />
Figura 39 - Espectro médio representativo do estado de mar 2 (Ensaio O).
Espectro do Estado de Mar 3<br />
O 0.5 1 1.5 2 2.5<br />
Freqüència [Hr]<br />
Figura 40 - Espectro médio representativo do estado de mar 3 (Ensaio O).<br />
Espectro do Estado de Mar 4<br />
Freqüència [Hr]<br />
Figura 41 - Espectro médio representativo do estado de mar 4 (Ensaio O).<br />
Espectro do Estado de Mar 5<br />
O 0.5 1 1.5 2 2.5<br />
Freqüència [Hz]<br />
Figura 42 - Espectro médio representativo do estado de mar 5 (Ensaio O).
Espectro do Estado de Mar 6<br />
FreqGBncia [Hz]<br />
Figura 43 - Espectro médio representativo do estado de mar 6 (Ensaio O).<br />
1 O0<br />
Espectro do Estado de Mar 7<br />
O 0.5 1 1.5 2 2.5<br />
Freqügncia [Hz]<br />
Figura 44 - Espectro médio representativo do estado de mar 7 (Ensaio O).
100<br />
- 80<br />
- 2<br />
60<br />
0.<br />
V)<br />
W<br />
.- m 40<br />
e<br />
; 20<br />
o<br />
o<br />
Ewlução Espectral 3-D (sem correção)<br />
No de Ordem dos Arquivos<br />
20 0<br />
2.5<br />
Frequéncia [Hz]<br />
Figura 45 - Evolução espectral em 30 sem correção (Ensaio O).<br />
N o de Ordem dos Arquivos<br />
Evoluç%o Espectral 3-D (corrigido)<br />
Figura 46 - Evolução espectral em 30 corrigido (Ensaio O).
Ensaio 1<br />
Funçho de Coerhcia - Sensores SI e S2. Ensaio 1<br />
O 0.5 1 1.5 2 2.5<br />
Freqüência [Hz]<br />
Figura 47 - Função de coerência entre os sensores SI e S2 (Ensaio 1).<br />
1<br />
0.8<br />
0.8<br />
0.7<br />
0.6<br />
0.5<br />
0<br />
o 0.4<br />
0.3<br />
0.2<br />
0.1<br />
o<br />
Funçho de Coerencia - Sensores S I e S3. Ensaio 1<br />
FreqÜBncia [Hz]<br />
Figura 48 - Função de coerência entre os sensores SI e S3 (Ensaio 1).<br />
Funçh de Coerencia - Sensores S2 e S3. Ensaio 1<br />
O 0.5 1 1.5 2 2.5<br />
Freqülncia [Hz]<br />
Figura 49 - Função de coerência entre os sensores S2 e S3 (Ensaio 1).
GrBfKo de Ewluçáo do Mar - Ensaio 1<br />
5 10 15 20 25 30 35<br />
Na de Ordem dos Arqulvos<br />
Figura 50 - Evolução do estado de mar (Ensaio 1).<br />
100<br />
@O<br />
80<br />
70<br />
60<br />
Espectro do Estado de Mar 1<br />
Figura 51 - Espectro médio representativo do estado de mar 1 (Ensaio 1).<br />
Espectro do Estado de Mar 2<br />
Freqühcia [Hz]<br />
Figura 52 - Espectro médio representativo do estado de mar 2 (Ensaio 1).
Esoectro do Estado de Mar 3<br />
Freqihcia [Hz]<br />
Figura 53 - Espectro médio representativo do estado de mar 3 (Ensaio 1).<br />
Espectro do Estado de Mar 4<br />
Freqühcia [Hr]<br />
Figura 54 - Espectro médio representativo do estado de mar 4 (Ensaio I).<br />
Espectro do Estado de Mar 5<br />
FreqüBncia [Hz]<br />
Figura 55 - Espectro médio representativo do estado de mar 5 (Ensaio 1).
Espectro do Estado de Mar 6<br />
Frequ&ncia [Hz]<br />
Figura 56 - Espectro médio representativo do estado de mar 6 (Ensaio 1).
Evolução Espectral 3-D (sem correção)<br />
No de Ordem dos Arquivos<br />
Figura 57 - Evolução espectral em 30 sem correção (Ensaio 1).<br />
N o de Ordem dos Arquivos<br />
Evolução Espectral 3-D (corrigido)<br />
Figura 58 - Evolução espectral em 30 corrigido (Ensaio 1).
Ensaio 2<br />
Func3o de Coer&ncia - Sensores SI e 52. Ensaio 2<br />
O 0.5 1 1.5 2 2.5<br />
Freqüência [Hz]<br />
Figura 59 - Função de coerência entre os sensores SI e S2 (Ensaio 2).<br />
Função de Coerência - Sensores SI e S3. Ensaio 2<br />
Freqühcia [Hz]<br />
Figura 60 - Função de coerência entre os sensores SI e S3 (Ensaio 2).<br />
1<br />
0.9<br />
0.8<br />
0.7<br />
0.6<br />
0.5<br />
0.4<br />
0.3<br />
0.2<br />
0.1<br />
Funcão de CoerBncia - Sensores S2 e S3. Ensaia 2<br />
o<br />
O 0.5 1 1.5 2 2.5<br />
Freqüência [Hz]<br />
Figura 61 - Função de coerência entre os sensores S2 e S3 (Ensaio 2).
-<br />
I<br />
25<br />
20<br />
B 1s<br />
ò<br />
D<br />
,g<br />
5 10<br />
ts<br />
m<br />
(O<br />
4<br />
s<br />
GrBfico de Evoluçáo do Mar - Ensaio 2<br />
o<br />
O 10 15 20 25 30<br />
N o de Ordem dos Arquivas<br />
Figura 62 - Evolução do estado de mar (Ensaio2).<br />
Espectro do Estado de Mar I<br />
Freqüência [Hz]<br />
Figura 63 - Espectro médio representativo do estado de mar 1 (Ensaio 2).<br />
Espectro do Estado de Mar 2<br />
Freqüência [HzJ<br />
Figura 64 - Espectro médio representativo do estado de mar 2 (Ensaio 2).
20<br />
e 15 - O<br />
Q<br />
$ 10<br />
Evolução Espectral 3-D (sem correçáo)<br />
m<br />
.-<br />
L<br />
C 5 2.5<br />
W<br />
-<br />
O<br />
a<br />
o<br />
o<br />
20<br />
3 15<br />
No de Ordem dos Arquivos<br />
40 O<br />
Frequéncia [Hz]<br />
Figura 65 - Evolução espectral em 30 sem correção (Ensaio 2).<br />
Evolução Espectral 3-D (corrigido)<br />
$ 10<br />
m<br />
.- P 5 2.5<br />
W<br />
o<br />
o<br />
No de Ordem dos Arquivos<br />
40 0<br />
Frequência [Hz]<br />
Figura 66 - Evolução espectral em 30 corrigido (Ensaio 2).
Ensaio 3<br />
Funcilo de Coerência - Sensores SI e SZ. Ensaio 3<br />
Freqü&ncia [Hzl<br />
Figura 67 - Função de coerência entre os sensores SI e S2 (Ensaio 3).<br />
Funçlio de Coerencia - Sensores S1 e 53. Ensaio 3<br />
Freqüéncia [Hz]<br />
Figura 68 - Função de coerência entre os sensores SI e S3 (Ensaio 3).<br />
1<br />
0.9<br />
0.8<br />
0.7<br />
0.6<br />
4 0.5<br />
' 0.4<br />
0.3<br />
0.2<br />
0.1<br />
o<br />
O 0.5<br />
Funçilo de Coeréncia - Sensores S2 e S3. Ensaio 3<br />
L<br />
1.5<br />
FreqOdncia [Hz]<br />
2 2.5<br />
Figura 69 - Função de coerência entre os sensores S2 e S3 (Ensaio 3).<br />
\
GrBfico de EwluçBo do Mar - Ensaio 3<br />
No de Ordem dos Arquiws<br />
Figura 70 - Evoluçao do estado de mar (Ensaio 3).<br />
1 O0<br />
00<br />
80<br />
70<br />
80<br />
% 50<br />
W<br />
40<br />
30<br />
20<br />
Espectro do Estado de Mar 1<br />
0.5 1.5 2.5<br />
Freqoência [Hzl<br />
Figura 71 - Espectro médio representativo do estado de mar 1 (Ensaio 3).<br />
100<br />
00<br />
80<br />
70<br />
80<br />
0 50<br />
W<br />
Espectio do Estado de Mar 2<br />
Figura 72 - Espectro médio representativo do estado de mar 2 (Ensaio 3).
Evolução Espectral 3-D (sem correçáo)<br />
No de Ordem dos Arquivos<br />
Figura 73 - Evolução espectral em 30 sem correção (Ensaio 3).<br />
No de Ordem dos Arquivos<br />
Evolução Espectral 3-D (corrigido)<br />
2.5<br />
Frequéncia [Hz]<br />
Figura 74 - Evolução espectral em 30 corrigido (Ensaio 3).
Ensaio 4<br />
Funç%o de Coerência - Sensores S I e S2. Ensaio 4<br />
Figura 75 - Função de coerência entre os sensores SI e S2 (Ensaio 4).<br />
Funçáo de CoerBncia - Sensores SI e S3. Ensaio 4<br />
Freqüência [Hz]<br />
Figura 76 - Função de coerência entre os sensores SI e S3 (Ensaio 4).<br />
1<br />
0.9<br />
0.8<br />
0.7<br />
0.6<br />
; 0.5<br />
O<br />
0.4<br />
0.3<br />
0.2<br />
0.1<br />
o<br />
O<br />
Funçáo de Coerência - Sensores S2 e 53. Ensaio 4<br />
\n<br />
0.5 1 1.5 2 2.5<br />
FreqüBncia [Hzj<br />
Figura 77 - Função de coerência entre os sensores S2 e S3 (Ensaio 4).
Grifico de EwlucHo do Mar - Ensaio 4<br />
No de Ordem dos Arquivos<br />
Figura 78 - Evoluçáo do estado de mar (Ensaio 4).<br />
1 O0<br />
90<br />
80<br />
70<br />
60<br />
f 50<br />
W<br />
40<br />
30<br />
20<br />
1 o<br />
Espectro do Estado de Mar 1<br />
O O 0.5 1 1.5 2 2.5<br />
Freqüência (Hz]<br />
Figura 79 - Espectro médio representativo do estado de mar I (Ensaio 4).<br />
Espectro do Estado de Mar 2<br />
Freqüência [Hz]<br />
Figura 80 - Espectro médio representativo do estado de mar 2 (Ensaio 4).
1 O0<br />
00<br />
80<br />
70<br />
80<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
1 o<br />
Espectro do Estado de Mar 3<br />
o O 0.5 1 1.5 2.5<br />
Freqtihcia [Hz]<br />
Figura 81 - Espectro médio representativo do estado de mar 3 (Ensaio 4).
Evoluçao Espectral 3-D (sem correçao)<br />
N o de Ordem dos Arquivos<br />
Figura 82 - Evolução espectral em 30 sem correção (Ensaio 4).<br />
N o de Ordem dos Arquivos<br />
Evoluçao Espectral 3-D (corrigido)<br />
Figura 83 - Evolução espectral em 30 corrigido (Ensaio 4).
Ensaio 5<br />
Funçéo de Coerencia - Sensores SI e S2. Ensaio 5<br />
FreqüBncia [Hz]<br />
Figura 84 - Função de coerência entre os sensores SI e S2 (Ensaio 5).<br />
Funç6o de CoerBncla - Sensores S1 e S3. Ensaio 5<br />
Freqüência [Hz]<br />
Figura 85 - Função de coerência entre os sensores S1 e S3 (Ensaio 5).<br />
1<br />
0.0<br />
0.8<br />
0.7<br />
0.6<br />
0.5<br />
D ' 0.4<br />
0.3<br />
FunçBo de Coerência - Sensores S2 e 53. Ensaio 5<br />
O:<br />
0.1 0.5 1.5 2.5<br />
FreqGêncla [Hz]<br />
Figura 86 - Função de coerência entre os sensores S2 e S3 (Ensaio 5).
25<br />
20<br />
I:<br />
; 15<br />
O<br />
O<br />
,$<br />
5 I0<br />
c<br />
o><br />
V><br />
L<br />
2 5<br />
4<br />
o<br />
Grhfico de En>luçBo do Mar- Ensaio 5<br />
No de Ordem dos Arquiws<br />
Figura 87 - Evolução do estado de mar (Ensaio 5).<br />
Espectro do Estado de Mar 1<br />
Freqüência [Hz]<br />
Figura 88 - Espectro mddio representativo do estado de mar 1 (Ensaio 5).<br />
Espectro do Estado de Mar 2<br />
Figura 89 - Espectro médio representativo do estado de mar 2 (Ensaio 5).
Espectm do Estado de Mar 3<br />
Freqüència [Hz]<br />
Figura 90 - Espectro médio representativo do estado de mar 3 (Ensaio 5).<br />
1 O0<br />
00<br />
80<br />
70<br />
e0<br />
E 50<br />
W<br />
40<br />
30<br />
Especlro do Estado de Mar 4<br />
20<br />
'L;<br />
0.5 1.5 2.5<br />
Freqüência [Hz]<br />
Figura 91 - Espectro médio representativo do estado de mar 4 (Ensaio 5).<br />
1:<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
1 o<br />
Espectro do Estado de Mar 5<br />
o O 0.5 1 1.5 2 2.5<br />
Freqüència [Hzl<br />
Figura 92 - Espectro médio representativo do estado de mar 5 (Ensaio 5).
70<br />
Espectro do Estado de Mar 6<br />
Figura 93 - Espectro médio representativo do estado de mar 6 (Ensaio 5).<br />
80<br />
Espectro do Estado de Mar 7<br />
O 0.5 1 1.5 2 2.5<br />
Freqübncia [Hz]<br />
Figura 94 - Espectro médio representativo do estado de mar 7 (Enqio 5).
80<br />
Evoluçáo Espectral 3-D (sem correção)<br />
z 60 .- O<br />
m n<br />
$ 40<br />
.- m<br />
L<br />
20 2.5<br />
W<br />
- O<br />
o<br />
o<br />
80<br />
3 60<br />
No de Ordem dos Arquivos<br />
40 0<br />
Frequência [Hz]<br />
Figura 95 - Evolução espectral em 30 sem correção (Ensaio 5).<br />
Evoluçáo Espectral 3-D (corrigido)<br />
$ 40<br />
.- m<br />
e<br />
20 2.5<br />
W<br />
o<br />
O<br />
No de Ordem dos Arquivos<br />
40 0<br />
Frequência [Hz]<br />
Figura 96 - Evolução espectral em 30 corrigido (Ensaio 5).
Anexo 6 - Programas Computacionais para Cálculo de Função de<br />
Coerência, Estado de Mar, Altura Significativa, Período de Pico e Direção<br />
Principal<br />
................................................................<br />
%PROGRAMA PARA CÁLCULO DE FUNÇÃO DE COERÊNCIA, ESTADO DE MAR,<br />
%ALTURA SIGNIFICATIVA E PERIODO DE PICO<br />
ss 0 0 0 0 ~ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 ~ 0 0 ~ ~ 0 0 0 ~ 0 0 0 ~ 0 0 0 0 0 0<br />
oo%5555o66566666555505500555055506655555555555555555oooooooooooo<br />
%DESCRIÇÃO<br />
% 1)Sistema composto de 3 sensores dispostos em "L", e<br />
%localizados nas extremidades e no vértice do arranjo.<br />
% 2)Visto em planta, a base do "L" é paralela e adjacente a<br />
%praia, e os sensores são ora designados: sensor 1, localizado<br />
no %vértice do arranjo (sensor central); sensor 2, localizado na<br />
%extremidade mais afastada da praia (sensor externo); e sensor<br />
%3, localizado na extremidade mais próxima da praia (sensor<br />
%direito) .<br />
%CONSIDERAÇ~ES<br />
% 1) Este programa foi desenvolvido para atender exclusivamente<br />
uma situação experimental específica. Ajustes e adaptações<br />
poderão ser necessários para funcionamento do programa com<br />
outras bases de dados.<br />
%<br />
clear<br />
%Definições preliminares<br />
dia=O;<br />
while dia6,<br />
dia=input('Efetuar os calculos para qual dia ?I)<br />
if (fix (dia) -dia) -=O, fprintf ( '0 Valor de ser inteiro\n l ) ; dia=-<br />
1; end;<br />
if dia6, fprintf('0 Valor deve estar entre 1 e 6. \r 1 );<br />
end;<br />
end<br />
%<br />
if dia==l, load Mlcor-mat; end;%carrega matriz Mi(Tempo,Sensor)<br />
do dia 1<br />
if dia==2, load M2cor.mat; end;%carrega matriz Mi(Tempo,Sensor)<br />
do dia 2<br />
i£ dia==3, load M3cor.mat; end;%carrega matriz Mi(Tempo,Sensor)<br />
do dia 3<br />
if dia==4, load M4cor.mat; end;%carrega matriz Mi(Tempo,Sensor)<br />
do dia 4<br />
if dia==5, load M5cor.mat; end;%carrega matriz Mi(Tempo,Sensor)<br />
do dia 5<br />
if dia==6, load M6cor.mat; end;%carrega matriz Mi(Tempo,Sensor)<br />
do dia 6<br />
Final=size (M) ;<br />
Final=Final (1,l) ;<br />
Sensor=l ;<br />
Estimador=1.5;<br />
arq=M(:,Sensor); %modifica o nome do arquivo de dados para "arq"<br />
- MUDA PARA O DIA<br />
a=Final; %define o número de registros do arquivo de dados<br />
nf=Fina1/900 %número de files<br />
for i=l:nf,
for j=1: 4,<br />
si (: , (i-i) *4+j)=arq( (i-1) *9OOO+ (j-1) *2048+202*j+l: (i-<br />
1) *9000+j*2048+jf202, 1) ; %registro sensor 1<br />
end<br />
end<br />
%<br />
%Função espectro<br />
P12=spectrum(M(: ,l) ,M(: , 2) ;<br />
P13=spectrum(M(:,l) ,M(:,3) );<br />
P23=spectrum(M(:,2) ,M(:,3) 1;<br />
%<br />
t2=nf / (nf *4) :nf / (nf*4) :nf; % Muda para cada dia<br />
dt=O.l; %taxa de amostragem no domínio do tempo<br />
Fmax=1/(2*dt); %Freqüência máxima<br />
N=size (i, 1) ; %tamanho da série<br />
gl=16; %graus de liberdade<br />
M=2*N/gl; %tamanho da amostra a ser alisada<br />
T=dt*M; %tempo da amostragem<br />
Ov=128; %overlap entre amostras<br />
df=1/(2*128*dt); %taxa de amostragem no domínio da Freqüência;<br />
ld=0.75; %distância entre sensores (central e direito)<br />
le=0.75; %distância entre sensores (central e externo)<br />
ef=df:df :df*63;<br />
%<br />
% Cálculos<br />
% Espectro de Freqüência<br />
ne=4 *nf;<br />
for i=l:ne,<br />
%Cálculo do Espectro de potência<br />
j=2*0.1*spectrurn(sl(: , i) , 256, 128) ;<br />
xz(:,i)=j (2:64,1);<br />
hsl (i)=4*sqrt (sum(xz (: , i) ) *0.0391) ;<br />
end<br />
% Montar matriz zz - Espectros médios<br />
for i=l:nf,<br />
au~(:~l)=xz(:~l);<br />
aux(:,l)=ones(size(aux(:,l))) .*O;<br />
for j=1: 4,<br />
aux(:,l)=a~x(:,l)+xz(:~ ((i-1)*4+j) 1;<br />
end,<br />
zz(:,i)=aux(:,l) ./4;<br />
end<br />
% Plotagem em 3-D<br />
figure;<br />
Titulo= [ 'Evolução Espectral 3-D (sem correção) ' 1 ;<br />
n=size (zz) ;<br />
x=l:l:n(1,2) ;<br />
y=(2.5/n(lI1)): (2.5/n(l,l)) :2.5;<br />
waterfall (x, y, zz) ;view (30,40) ;<br />
title(Titulo);xlabel('NO de Ordem dos<br />
Arquivos');ylabel('Freqüência [Hz]');zlabel('Energia<br />
Espectral');<br />
% Interpolando zzi<br />
for ix=1:63, %Freqüência<br />
y=[l;<br />
x=[l;
ii=l ;<br />
for iy=l :nf, %Número de arquivos<br />
i£ zz (ix, iy) -=O,<br />
x (ii)=iy;<br />
y (ii) =zz (ix, iy) ;<br />
ii=ii+l;<br />
end;<br />
end;<br />
xi=l : nf;<br />
yi=interpl (x, y, xi, ' spline ') ;<br />
zzi (ix, : ) =yi;<br />
end;<br />
for i=l:nf, %Zera Números negativos em zzi<br />
ii=findfzzi(:,i)Estimador,<br />
Estmar (i)=j;<br />
i=i+l;<br />
ii=j<br />
end<br />
j=j+l;<br />
end<br />
end;<br />
% Rotina de Correção dos Arquivos defeituosos<br />
ii=l;<br />
x=[l;<br />
y=[I;
for i=l:nf,<br />
if hs2 (i) -=O,<br />
x (ii) =i;<br />
y (ii) =hs2 (i) ;<br />
ii=ii+l;<br />
end;<br />
end<br />
xi=l : nf;<br />
% Soma 1<br />
Titulol=['Gráfico de Evolução do Mar - Ensaio 'num2str(dia)-11;<br />
figure;plot (t2 (l:Fina1/2250) ,hçl,xi,hs2iI 'r' ) ,axis (Eixos) , title (<br />
Titulol),xlabel('NO de Ordem dos Arquivos'),ylabel('AItura<br />
Significativa das Ondas - Hs [cm]'),text(8,22,'Linha Vermelha -<br />
Hs dos Estados de Mar1),text(8,23,'Linha Azul - Hs das<br />
Amostras ' ) ;<br />
grid;<br />
8 Cálculo do Espectro do Mar<br />
f=df: df: 63*df;<br />
nm=size(Estmar); nm=nm(l,2);<br />
Estmar (nm+l) =nf+l;<br />
aux= [I ;<br />
for i=l:nm,<br />
aux (i) =Estmar (i+l) -Estmar (i) ;<br />
end<br />
i=l;<br />
while 1<br />
Emedio=zz ( : , 1) .*O;<br />
for j=Estmar (i) :Estmar (i+l) -1,<br />
Emedio ( : , 1 ) =Emedio ( : , 1 ) + zzi ( : ,j) ;<br />
end<br />
Espmedio ( : , i) =Emedio ( : ,l) ;<br />
i=i+l;<br />
if i>nm, break, end;<br />
end<br />
for i=l:nm,<br />
Espmedio(:,i)=Espmedio(:,i) ./aux(i);<br />
end<br />
for i=l:nm, %Cálculo da Freqüência Máxima<br />
hs3 (: ,i)=4*sqrt (sum(Espmedio (: ,i) ) *O.O39l) ;<br />
maximo=max (Espmedio ( : ,i) ) ;<br />
ii=f ind (Espmedio ( : , i) ==max (Espmedio ( : ,i) ) ) ;<br />
zl=ii;<br />
Tp(i)=l/f (zl)<br />
;<br />
end<br />
Eixos=[O 2.5 O 1001;<br />
for i=l:nm,<br />
figure;<br />
Titulo=['Espectro do Estado de Mar ' numSstr(i)l;<br />
plot ( f, Espmedio ( : , i) , ' r ' ) , xlabel ( ' Freqüência<br />
[Hz] ' ) , ylabel ( 'Energia ') ; axis (Eixos) ; grid;<br />
title (Titulo) ;<br />
end<br />
% Função Coerência<br />
fl=df:df :129*df;<br />
Eixosl=[O 2.5 O 11;<br />
figure;
Titulo=['Função de Coerência - Sensores S1 e 52. Ensaio<br />
'num2str (dia) -11 ;<br />
plot (£1, P12 ( :, 5) ) ; axis (Eixosl) ; grid;<br />
title (Titulo) ;xlabel ( 'Freqüência [Hz] ' ) ; ylabel ( 'Coerência' ) ;<br />
figure;<br />
Titulo=['Função de Coerência - Sensores S1 e S3. Ensaio<br />
'num2str (dia) -11 ;<br />
plot (i 1, P13 ( : ,5) ) ; axis (Eixosl) ; grid;<br />
title (Titulo) ;xlabel( ' Freqüência [Hz] ' ) ;ylabel ('Coerência' ) ;<br />
figure;<br />
Titulo=['Função de Coerência - Sensores S2 e S3. Ensaio<br />
'num2str (dia) -11 ;<br />
plot(fl,P23(:,5)); axis(Eixos1); grid;<br />
title (Titulo 1 ; xlabel ( ' Freqüência [Hz] ' ) ; ylabel ( ' Coerência ' ) ;<br />
E=Estmar ( 1 : nm) ;<br />
Nome=['Estmarl num2str(dia)];<br />
var='E1;<br />
var2= ' Tp ' ;<br />
save (Nome, var, var2) ;<br />
Estimador<br />
hs 3<br />
T P<br />
Estmar=Estmar(l:nrn);<br />
Estmar<br />
%<br />
...............................................................<br />
%FIM DO PROGRAMA<br />
...............................................................
..................................................................<br />
%PROGRAMA PARA CÁLCULO DA DIREÇÃO PRINCIPAL<br />
................................................................<br />
%DESCRIÇÃO<br />
% 1)Sistema composto de 3 sensores dispostos em "L", e<br />
%localizados nas extremidades e no vértice do arranjo.<br />
% 2)Visto em planta, a base do "L" é paralela e adjacente a<br />
%praia, e os sensores são ora designados: sensor 1, localizado<br />
no %vértice do arranjo (sensor central); sensor 2, localizado na<br />
%extremidade mais afastada da praia (sensor externo); e sensor<br />
%3, localizado na extremidade mais próxima da praia (sensor<br />
%direito).<br />
%CONSIDERAÇ~ES<br />
% 1) Este programa foi desenvolvida para atender exclusivamente<br />
urna situação experimental específica. Ajustes e adaptações<br />
poderão ser necessários para funcionamento do programa com<br />
outras bases de dados.<br />
%<br />
%SELECIONA O DIA PARA O CALCULO DO ESPECTRO DIRECIONAL<br />
clear;<br />
Dia=O;<br />
while Dia6 Dia=input('Efetuar os calculos para qual dia<br />
?I)<br />
if Dia6, fprintf(lVa1or deve estar entre 1 e 6. \r1); end<br />
end<br />
if Dia==l, load Mlcor.mat; load estmarl.mat; end;<br />
if Dia==2, load M2cor.mat; load estmar2.mat; end;<br />
if Dia==3, load M3cor.mat; load estmar3.mat; end;<br />
if Dia==4, load M4cor.mat; load estmar4.mat; end;<br />
if Dia==5, load M5cor.mat; load estmar5.mat; end;<br />
if Dia==6, load M6cor.mat; load estmar6.mat; end;<br />
%DEFINIÇ~ES DE VARIÁVEIS<br />
Final=size (M) ;<br />
Final=Final(l,l); %define o número de registros do arquivo de<br />
dados<br />
Asl=M ( 1 : Final, 1) ; %registro sensor 1<br />
As2=M(l: Final, 2) ; %registro sensor 2<br />
As3=M(l: Final, 3) ; %registro sensor 3<br />
dt=O.l; %taxa de amostragem<br />
Fmax=l/(Z*dt); %frequência máxima<br />
N=Final; %tamanho da amostra<br />
M=256;<br />
T=dtfM; %tempo da amostragem<br />
Ov=128; %overlap entre amostras<br />
ld=0.75; %distância entre sensores (central e direito)<br />
le=0.75; %distância entre sensores (central e externo)<br />
nf=Fina1/9000; %número de files<br />
n=size (E) ;<br />
E (n(l12)+1)=nf+l;<br />
%DIVIDE A SÉRIE TEMPORAL EM VETORES MENORES<br />
for i=l:nf,<br />
for j=1:4,<br />
auxl ( : , (i-1) *4+j) =As1 ( (i-1) *9OOO+ (j-1) *2O48+2O2* j+l: (i-<br />
1)*9000+j*2048+j*202,1); %registro sensor 1<br />
aux2 (:, (i-1) *4+j)=As2 ( (i-1) *9000+(j-1) *2O48+2O2*j+l: (i-<br />
1)*900O+j*2048+j*202,1); %registro sensor 2
aux3 (:, (i-1) *4+j)=As3 ( (i-1) *9000+ (j-1) *2048+202*j+l: (i-<br />
1)*9000+j*2048+j*202,1); %registro sensor 3<br />
end<br />
end<br />
t2=nf / (nf "4) : nf/ (nf *4) : nf; % Muda para cada dia dia<br />
%CÁLCULO :<br />
%Espectro Direcional para cada intervalo<br />
ne=4 *nf;<br />
for i=l:ne,<br />
sl=auxl ( : , i) ;<br />
s2=aux2 ( : , i) ;<br />
s3=aux3 (: ,i) ;<br />
if sum(sl+s2+s3)-=O,%Calcula o espectro se houver si-=O<br />
nts=size (sl) ;<br />
co=sl; %altura da superfície no sensor central<br />
dd=(s3-sl)/ld; %dif. alturas entre sensor direito e central<br />
de=(s2-sl)/le; %dif. alturas entre sensor externo e central<br />
wl=spectrum (dd, cor M, Ov) ; %calcula espectro cruzado entre<br />
sensores direito e central<br />
w2=spectrum(de,co,MIOv); %calcula espectro cruzado entre<br />
sensores externo e central<br />
nw=size (wl) ;<br />
r4 ( : , i) =imag (wl(2 : nw (1& 3) ) ; %calcula imaginário para eixo x<br />
r5 ( : , i) =imag (w2 (2 : nw (1& 3) ) ; %calcula imaginário para eixo y<br />
else<br />
r4 (l:l28,i)=O;<br />
r5 (l:l28,i)=O;<br />
end;<br />
end;<br />
%CALCULANDO OS ESPECTROS DOS MARES<br />
x=l;<br />
nem=size (E) ;<br />
nem=nem(l, 2) -1;<br />
for ii=l:nem,<br />
Soma r4 (1: l28,l) =O;<br />
soma-r5 (l:l28,1)=0;<br />
for i=~(ii) :E(ii+l)-1<br />
for inc=l:4,<br />
Soma - r4=Soma - r4+r4 ( : ,4* (i-1) +inc) ;<br />
Soma - r5=Soma r5+r5 (: ,4* (i-1) +inc) ;<br />
end<br />
end<br />
r4m(:,ii)=Soma - r4(:,1);<br />
r5m(:,ii)=Soma - r5(:,1);<br />
end;<br />
E=[];<br />
nef=size (r4m) ;<br />
T=nef (1,l) *O. 1;<br />
df=1. / (2*0.1*nef (1,l) ) ;<br />
F=O:df: (nef (1,l) -1) *df;<br />
Eixos=[O 2.5 O 1001 ;<br />
%Plotando Gráficos:<br />
for i=l:nem,<br />
Fase=atan(r5m(:,i) ./r4m(:,i) );<br />
Espdir=abs (r4m(:, i) +j*r5m ( : , i) ) ;<br />
Frnax=l./Tp;
Fmax=(fix (E'max*1000) ) /1000;<br />
F= (fix (F*lOOO) ) /lOOO;<br />
xmax=find ( F==Fmax (i) ) ;<br />
Teta (i) =Fase (xmax) ;<br />
if sum(rSm(: ,i)+r4m(:, i) )==O, Teta (i)=1000; end;<br />
reduz=l ;<br />
XLinha (1 ) =O;<br />
XLinha (2) =F (xmax) ;<br />
YLinha (1 : 2) =Fase (xmax) ;<br />
Xcoluna ( 1 ) =Fmax ( i) ;<br />
Xcoluna ( 2 ) =Fmax ( i ) ;<br />
Fcoluna(l:2)=[0 Fase(xmax) 1;<br />
Fcoluna=Fcoluna./reduz;<br />
Titulo=['Est de mar num2str(i) ', Frequência de Pico = '<br />
numZstr(E'max(i)) 'Hz e Direção Principal = '<br />
num2str(fix(~ase(xmax) * (360/ (2*pi) 1) ) ' O ' 1;<br />
figure; hold;<br />
Eixos= [O 2.5 O 1201 ;<br />
plot (F,Fase* (36O/ (2*pi) ) ) ;<br />
plot (XLinha, YLinha* (36O/ (2*pi)<br />
) , 'r' ;<br />
plot (Xcoluna, Fcoluna* (36O/ (2*pi) ) , 'r' 1 ;hold;<br />
axis (Eixos) ;<br />
title (Titulo) ;<br />
xlabel ( ' Frequência (Hz) ' ;<br />
ylabel ( ' Direção Principal ( Graus ) ' ) ;<br />
grid; shg;<br />
end;<br />
on=l ;<br />
for i=l:nem;<br />
if Teta (i) ==1000, on=O; end;<br />
end;<br />
on<br />
if -on,<br />
% Interpolando o ângulo de chegada Teta<br />
y= [I ;<br />
x=[l;<br />
ii=l<br />
for iy=l:nem, %Número de estado de mar<br />
if Teta (iy) -=1000,<br />
x (ii) =iy;<br />
y (ii) =Teta (iy) ;<br />
ii=ii+l;<br />
end;<br />
end;<br />
xi=l :nem;<br />
Tetai=interpl (x, y, xi, 'spline ') ;<br />
else<br />
Tetai=Teta;<br />
end;<br />
E<br />
Tetal=Tetai*360/ (2*pi) ;<br />
figure;plot(Tetal);grid;title('Angulo Interpoladol);shg<br />
%<br />
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%<br />
%FIM DO PROGRAMA<br />
.............................................................
Anexo 7 - Leituras Batimétricas Obtidas no Campo<br />
Obs. 0 s valores em vermelho correspondem a valores interpolados.<br />
Tabela 15 - Batimetria nos perfis (Ensaio 1).
Tabela 16 - Batimetria nos perfis (Ensaio 2).
Tabela 18 - Batimetria nos perfis (Ensaio 4).
Tabela 19 - Batimetria nas perfis (Ensaio 5).
Anexo 8 - Curvas Granulométricas dos Sedimentos de Fundo<br />
Tabela 20 - Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 1, Quartzo e Calcário).
Tabela 21 - Análise granulomiWca por peneiramento (Pilar I, Quartzo).
Tabela 22 - Análise granulom6trica por peneiramento (Pilar 2, Quarko e Calcário).
Tabela 23 - Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 2, Quarho).
Tabela 24 - Análise granulom6trica por peneiramento (Pilar 3, Quarho e Calcário).
Tabela 25 - Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 3, Quarho).
Tabela 26 - Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 4, Quartzo e Calcário).
Tabela 27 - Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 4, Qua-o).
Tabela 28 - Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 5, Quartzo e Calcário).
Tabela 29 - Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 5, Quarho).
Tabela 30 - Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 6, Quartzo e Calcário).
Tabela 31 - Anblise granulométrica por peneiramento (Pilar 6, Quartzo).
Tabela 32 - Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 7, Qua&o e Calcário).
Tabela 33 - Análise granulométrica por peneiramento (Pilar 7, Quarko).
0.001 0.01 0.1 1 10 100<br />
DIAMETRO DAS PARTiCULAS (mm)<br />
Figura 97 - Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar í - Quartzo e Calcário).<br />
/<br />
CURVA GRANULOMÉTRICA<br />
Perfil 6. Pilar I - Quartzo<br />
ARGI SILTE FINA<br />
AREIA<br />
~m / GROSSA I<br />
PEDREOULHO<br />
FINO / MEDI0 / GROSSO<br />
I<br />
1<br />
270 uM 1M) BO 40 30 20 10 4 33 IR 314 1 11R 2
CURVA GRANULOMÉTRICA<br />
Perfil 6. Pilar 2 - Quartzo e Calcário<br />
0.001 0.01 0.1 1 10<br />
DIhlETRO DAS PARTICULAS (mm)<br />
Figura 99 - Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar 2 - Quartzo e Calcário).<br />
CURVA GRANULOMÉTRICA<br />
Perfil 6, Pilar 2 - Quartzo<br />
AREIA<br />
0.001 0.01 0.1 1 10 1 O0<br />
DIAMETRO DAS PART~CULAS (mm)<br />
PEDREGULHO<br />
ARGI SILTE FINA 1 MCD~ 1 GROÇSA I FINO / &DIO I GROSSO<br />
27ü MO 1M) 60 4030M 10 4 3/ôW 3141 11122 3<br />
Figura 100 - Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar 2 - Quartzo).
ARG SILTE<br />
CURVA GRANULOMÉTRICA<br />
Perfil 6, Pilar 3 - Quartzo e Calcário<br />
PEDREGULHO<br />
AREIA<br />
SINA I MPOIA I GROSSA I FINO I MCDIO 1 GROSSO<br />
0.01 0.1 1 10<br />
DIAMETRO DAS PART~CULAS (mm)<br />
Figura 101 - Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar 3 - Quarho e Calcário).<br />
CURVA GRANULOMÉTRICA<br />
Pilar 6, Perfil 3 - Quartzo<br />
AREIA<br />
ARGI SILTE FINA I M~IA<br />
0.001 0.01 0.1 1 10 1 O0<br />
DIÂMETRO DAS PARTíCULAS (mm)<br />
PEDREGULHO<br />
/ GROSSA I FINO / MEDI0 / GROSSO<br />
270 2M) 1W BO 403020 10 4 y8lR3141 llR2 3<br />
Figura 102 - Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar 3 - Quanío).
CURVA GRANULOMÉTRICA<br />
Perfil 6, Pilar 4 - Quartzo e Calcário<br />
AREIA<br />
0.01 o. i 1 10 1 O0<br />
DIAMETRO DAS PARTICUIAS (rnm)<br />
Figura 103 - Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar 4 - Quartzo e Calcário).<br />
CURVA GRANULOMÉTRICA<br />
Perfil 6, Pilar 4 - Quartzo<br />
PEDREGULHO<br />
ARGI SILTE FIM / MEDIA I GROSSA I FINO I MEDI0 / GROSSO<br />
AREIA<br />
PEDREGULHO<br />
ARO1 SILTE FINA / &DV\ i GROSSA I FINO / MEDI0 I GROSSO
CURVA GRANULOMÉTRICA<br />
Perfil 6, Pilar 5 - Quartzo e Calcário<br />
AREIA<br />
I<br />
PEDREGULHO<br />
ARGILA/ SILTE FINA I M~DIA I GROSSA I FINO / MEDO / GROSSO j<br />
0.01 0.1 1 10<br />
DIAMETRO DAS PARTiCULAS (mm)<br />
Figura 105 - Curva granulom6trica (Perfil 6, Pilar 5 - Quartzo e Calcário).<br />
CURVA GRANULOMÉTRICA<br />
Perfil 6, Pilar 5 - Quartzo<br />
AREIA<br />
PEDREGULHO<br />
I FINA 1 MbDlA / GROSSA / FINO I M~DIO I GROSSO<br />
0.001 0.01 0.1 1 10 1 o0<br />
DIÂMETRO DAS PARTiCULAS (mm)<br />
Figura 106 - Curva granulom6trica (Perfil 6, Pilar 5 - Quartzo).<br />
I
CURVA GRANULOMÉTRICA<br />
Perfil 6, Pilar 6 - Quartzo e Calcáno<br />
,AREIA<br />
PEDREGULHO<br />
SILTE FINA MEDIA I GROSSA / FINO I &mo / GROSSO /<br />
DIAMETRO DAS PARTíCULAS (mm)<br />
Figura 107 - Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar 6 - Quartzo e Calcário).<br />
CURVA GRANULOM~TRICA<br />
Perfil 6, Pilar 6 - Quartzo<br />
AREIA<br />
0.01 0.1 1 10<br />
DIhMETRO DAS PARTICULAS (mm)<br />
Figura 108 - Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar 6 - Quartzo).<br />
138<br />
PEDREGULHO<br />
ARGI SILTE FINA i MPM I GROSSA / FINO I WDIO 1 OROSSO
0.001 0.01 o. 1 1 10 1 O0<br />
DIhlETRO DAS PARTíCULAS (mm)<br />
Figura 109 - Curva granulométrica (Perfil 6, Pilar 7- Quartzo e Calcário).<br />
CURVA GRANULOM~TRICA<br />
Perfil 6, Pilar 7 - Quartzo<br />
ARGI SILTE FINA /<br />
AREIA<br />
M~DW I GROSSA I<br />
PEDREC3ULHO<br />
FINO I t&~m 1 G ~ ~ S O<br />
0.01 0.1 1 10<br />
DIhETRO DAS PAR~~CULAS (mm)<br />
Figura 110 - Curva granulom6trica (Perfil 6, Pilar 7 - Quartzo).
- Fundo<br />
Anexo 9 - Descritores Estatísticos das Amostras de Sedimento de<br />
Tabela 34 - Descritores estatísticos.