19.04.2013 Views

EM ONDAS LONG1TLrE)ICNAIS REGUEARES - Engenharia Naval ...

EM ONDAS LONG1TLrE)ICNAIS REGUEARES - Engenharia Naval ...

EM ONDAS LONG1TLrE)ICNAIS REGUEARES - Engenharia Naval ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

' TRICA DE NAVIOS PESQUEIROS<br />

<strong>EM</strong> <strong>ONDAS</strong> <strong>LONG1TLrE</strong>)<strong>ICNAIS</strong> <strong>REGUEARES</strong><br />

Lenin Juan Carlos Valerio Mena<br />

TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA cOORDENACÃC) DOS<br />

PROGWIAS DE PÓS-GRCU)UA~,ÃO DE ENGENHARIA DA<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PAXTE DOS<br />

REQUIsIToS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇAO DO GRAU DE MESTRE<br />

<strong>EM</strong> CIÊNCIAS <strong>EM</strong> ENGENH-ARIA OCEÂNICR<br />

Aprovada por:<br />

~rof! Cnrlos Antonio Levi<br />

i"<br />

da nçeição, Ph. D.<br />

/<br />

Prof. Antonio CLlos Femandes, Ph. D.<br />

RI8 DE JANEIRO, RJ - BRASIL<br />

AGOSTO DE 1994


VALERIO M. , LENIN J. C.<br />

Estabilidade Parametrica de Navios Pesqueiros em Ondas<br />

Longitudinais Regulares (Rio de Janeiro) 1994.<br />

VI& 61 p. 29.7 cm (COPPE/UFRJ, M. Sc. <strong>Engenharia</strong> Oceânica,<br />

1994).<br />

Tese - Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPE<br />

1. Estabilidade Dinâmica de Navios. I. COPPE/UFRJ II.<br />

Título (série).


Em especial ao professor Marcelo de heida Santos Neves, pelo seu estímulo e a sua<br />

valiosa orientagão.<br />

Aos professores do Programa de <strong>Engenharia</strong> Oceânica da COPPE, pelos ensinamentos,<br />

e aos meus colegas pela amizade e apoio.<br />

financeiro.<br />

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientíko e Tecnológíco, pelo suporte


Resumo da Tese apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos necessários para<br />

obten~ão do grau de Mestre em Ciências @I. Sc.)<br />

ESTABILTDADE PARAMÉTRICA DE NAMOS PESQUEIROS<br />

<strong>EM</strong> <strong>ONDAS</strong> LONGITUDmAIS REGULARES<br />

Leiiin Juan Carlos Valerio Mena<br />

Agosto, 1994<br />

Orientador: MARCELO DE ALMEIDA SANTOS NEVES, Ph. D.<br />

Programa: ENGENHARIA OCEÃMCA<br />

A estabilidade de navios pesqueiros em ondas longitudinais regulares é estudada.<br />

Apresenta-se um método analítico para o cálculo dos parâmetros que governam a<br />

estabilidade do movimento de balango. A taxa de transfericia de energia dos movámentos<br />

do plano vertical para o movimento de balanpo é expressa em função da forma do casco,<br />

seus movitnentos e as características da onda.<br />

A excitaqão paramitrica do movimento de balango e os coeficientes hidrodhâmkos<br />

são calcuIados analiticamente e os Emites de estabilidade de dois navios, imito similares nas<br />

características principais, mas com popas diferentes, são calculados, mostrando substanciais<br />

diferenqas na estabilidade dinâmica.


Abstract of Thesis presented to COPPE/UFRJ as partia1 Nfillment of the requirements<br />

for the degree of Master of Sciençe (M. Sc.)<br />

P-TRIC STABLLITY QF FISKING VESSELS IN<br />

LONGITUDLNBL REG- WAVES<br />

Lexh Juan Carlos Valeria Nleiia<br />

Thesis Supervisar: MARCELO DE AIMEIDA SANTOS NEVES, Ph. D.<br />

Departament: OCEAN ENGFNE.ERING<br />

Stability of fishing vessels in longitudinal regular waves is investigated. An analytical<br />

method of calculation of the parametem govemirig the roíi motion is presented. The rate of<br />

energy transfer fiom the vertical motions to the roíi motim is expressed as a function of huii<br />

form, ship motions and wave characteristics.<br />

Parametric excitation of rol1 motion and hydroáynaixk coeflicients are evaluated<br />

anaiyticdly, and limíts of statnlity for twr, vessek of very sidar rnain characteristics, but with<br />

different sterns, are calculated, showing substantial differences in iheir dynarnical stability.


Cnphla I<br />

Introdução.. ................................................................................................................. Q1<br />

CapituIu 11<br />

r .<br />

Formulação Matematica.. .......................................................................................... .O9<br />

II. 1.1. Equaqões lineares dos ínoWnentos.. ................................................................... ..O3<br />

II. 1.2. Coeficientes hidrodinâinicos, foqas e momentos .................................................. .12<br />

II. 1.3. Resposta do sistema linear.. .................................................................................. 14<br />

w .<br />

II.2. Equagão de rolt nao-linear.. .................................................................................... -15<br />

II. 2.1. Detemllnação dos coeficientes não-lineares.. ........................................................ -16<br />

11.2.1.1 Coeficientes de amortecimento ............................................................................ 16<br />

.............................................................................<br />

m<br />

II. 2.1.2. Coeficientes de restauraqao.. -18<br />

Cap&Ju 111<br />

Estabilidade da equação do movimenta ..................................................................... ..21<br />

r.<br />

IlI. 1. Equaqao de Mathieu.. ............................................................................................ .21<br />

, . .........................................................................................<br />

lII.2. Limites de estabhdade.. -22<br />

~L@&!X~Q 117<br />

.................................................................................................<br />

Testes experimentais.. -25


CqMo V<br />

Análise dos resultados .............................................................................................. 28<br />

V . 1 . Decaimento de roil ............................................................................................... 28<br />

. * r .<br />

V.Z. Exc1tac;ao parametma ......................................................................................... -29<br />

V.3. O movimento de roll ............................................................................................ -32<br />

cíip&#1!0 ?!I<br />

Conclusões ................................................................................................................ 44<br />

Vi . 1 . hoi-tecítnento de roll ........................................................................................ 45<br />

n .<br />

VI.2. Altura melacentIlca transversal ........................................................................... -45<br />

U . VI, 3 . Restaura~ao<br />

Ap2ndts.g A<br />

I .<br />

hárostatica 45<br />

.....................................................................................<br />

Coeficientes de restauração hidrosthtica de segunda ordem em r011 ...................... 50<br />

Apêacdice B<br />

Expoentes característicos da equação de Mathieu ................................................... 56


Por mais de um século o estudo do comportamento no mar de navios e sistemas<br />

oceânicos vem motivando um grande interesse por parte de cientistas, matemáticos,<br />

arquitetos e engenheiros navais. Nessa ásea do conhecimento técnico, a eficiência muitas<br />

vezes é um fator que compromete a vida humana e põe em risco o patrim8nio econômico.<br />

Cabe então ao projetista naval converter os conceitos básicos, idiias e objetivos do armador<br />

em um navio ou veículo oceânico que satisfaça a um variado grupo de requisitos, muitas<br />

vezes antag6nicos, entre eficiência e seguranga.<br />

O problema de garantir uma estabilidade adequada tem sido abordado de forma<br />

"evolucionária", utilizando a experiência de serviço de navios construidos como a principal<br />

base de Ilifonna~ões, e de forma "determinística", procurando def-i, prever e quantificar o<br />

comportamento do navio e a sua interação com o mar.<br />

No sentido "evolucionário", talvez a contribuição mais importante tenha sido a tese de<br />

doutoramento de RahoZa (1939), que deu origem a discussões e novas aproximaqões que<br />

convergiram para os atuais critkrios de estabilidade estabelecidos pela Organização Marítima<br />

Internacional (I.M.0). O estudo de Rahola foi baseado no resultado oficial de 34 inqu6rítos<br />

de naufrágios. Nesse estudo foram analisadas as características de restauração hidrostática<br />

dos navios acidentados e essas foram comparadas com as dos navios em srvigo,<br />

estabelecendo-se valores mínimos de momentos de restauração para garantir a segurança<br />

contra emborcamentos.


É sabido que os atuais critérios de estabilídade não são completamente satisfatórios<br />

para navios operando em condição leve e em especial para navios menores de 24 metros<br />

(Morra1 [I, 21, F3ií-d e Odabasi 131). Esse dado de reafidade, somado à pobreza da base<br />

conceitual dos atuais critérios, tem requerido novos estiados visando o emprego de métodos<br />

"determinísticos" no projeto de navios. Devido As limitapões do modelo linear (Kor\rín-<br />

Kroukovsky [4], Salvesen, Tuck e Faltinsen [SI, Inghs [6]) como elemento de análise da<br />

estabilidade dos movimentos, diferentes tipos de abordagem têm sido empregados, na<br />

investigação da influência de variadas não-linearidades.<br />

Estudos experimentais em tanques de provas ou em águas abertas têm sido realizados<br />

visando verificar resultados obtidos na análise teórica (PPrez, [7], Pérez e Sanguinetti 181)<br />

dou para a identificapão de formas de emborcamento (Pauhg et al. [9], Cohen e Blound<br />

[10], Rutgersson e Ottosson [ll], Yanakoshi et al. [12]).<br />

Experimentos realizados com modelos rádio-controlados por Paulling et ai. [9] entre<br />

os anos 1972 e 1975, na Baia de São Francisco, permitiram identifícar três modos primários<br />

de emborcamento, todos relacionados com o desempenho do navio em ondas, incluindo<br />

incidências pela popa, definidos como;<br />

- perda simples de estabilidade<br />

- "broaching"<br />

- instabilidade paramktrica<br />

O primeiro modo é associado com a presença da crista da onda na região de meia-nau<br />

do navio. O momento de restaurapão sofre então modificapões importantes que implicam em<br />

uma redução de estabilidade (Paulling [13]). Se esta corifiguraqiío perdura por um têmpo<br />

suficientêmente longo, pode-se produzir o emborcamento do navia Esta codiguraqão<br />

usualmente ocorre em mar de popa e em alta velocidade. Neste caso o problema pode ser<br />

bem estudado como um problema essenciahenie esiáiico [22j.


O " hma~~g" C ~airsado pela instabilidade direcional do navio quando acelerado ao<br />

descer (ou surfar) a superficie da onda (ver. Rutgersson e Ottosson [l 11, Motora et al. [14]).<br />

Este fenômeno é causado pela perda de eficiência do leme devido à velocidade orbital das<br />

partículas fluidas do escoamento das ondas incidentes pela popa, pelo trhado e pela própria<br />

acelerqão longitudinal, produzindo uma guinada brusca, tipicamente não-linear, que<br />

combinada com a ação da onda, provoca o emborcamento do navio. Como no modo de<br />

emborcamento anterior, usualmente o "broaching" ocorre com mar de popa e em velocidade;<br />

nesse caso, a frequência de encontro do navio com a onda tende a zero.<br />

A instabilidade paramétrica deriva da variapão periódica do momento de restauraqão<br />

como resultado da modificac$o da forma submersa produzida pelas ondas, principalmente<br />

quando o navio pega ondas longitudinais ou oblíquas pela popa. Este tipo de fenomeno dj<br />

origem a uma excitação interna do sistêma navio-onda que para alguns valores de fiequência<br />

induz hgulos de roíll que aumentam progressivamente. Dependendo da amplitude da<br />

excitação interna, pode provocar o emborcamento do navio em poucas oscilaqões (ver Pérez<br />

r731-<br />

Outros tipos de instabilidades foram detectados na análise teórica através da inodelac$o<br />

do movimento de roll utilizando restauração não-linear (equaqão de Du&g). Nos trabalhos<br />

de Cardo et al. [15, 16, 171, por exemplo, foram introduzidas não-línearidades de terceira<br />

elou quinta ordem na restauração, encontrando-se zonas instáveis na ressonância principal e<br />

ressonâncias sub-harm6nicas e &a-harmônicas para grandes ângulos de rol, sendo de<br />

interesse principalmente na análise da estabilidade de rol1 em mar de través.<br />

Dos tipos de instabilidades com ondas de popa comentados anteriormente, a<br />

instabilidade paramétrica é um modo particularmente perigoso, pois o navio pode ser<br />

-- -<br />

lNeste texto usaremos as denominapões em inglês dos movimentos do navio, surge, sway e heave para as<br />

translações de avanço, desvio e afundamento; e roll, pitch e yaw para as rotações de jogo, arfagern e guinada,<br />

respectivamente.


exçitado internamente e entrar em ressonância em ondas comparativamente pequenas, como<br />

mostrado por Pérez et al.[l&]. Estudos têm sido desenvolvidos com a finalidade de<br />

determinar situaqões que induzem ressonância paramétrica. Esses estudos surgem como<br />

aprofundamento das teorias de comportamento de navios no mar, desenvolvidas<br />

essencialmente nas ú1timas décadas.<br />

Paulling e Rosemberg [I!?], em 1959, apresentaram uma formulação para o estudo da<br />

excitação paramktrica baseada em equações não-lineares de movimento do navio<br />

empregando três graus de liberdade; heave, pitch e roll. Nesse estudo foi feita uma<br />

aproxima@o de segunda ordem na restauração, sem amortecimento. Estudaram-se os<br />

acoplamentos heave-roll e pitch-rull produzidos pelas forqas hidrostaticas em ágaas calmas. A<br />

análise determinou frequências instáveis quando a frequência de excitação é igual ou &as<br />

vezes o valor da frequência natural de roll. Os testes experimentais conflrinaram<br />

instabilidades no acoplamento heave-roll. Nesses testes o movimento de heave é forçado,<br />

enquanto o navio oscila em rol livremente.<br />

Em 1961, Paulling [20] publicou um estudo de estabilidade em ondas longitudinais.<br />

Nesse estudo, apresentou uma metodologia para a determinação dos momentos de<br />

restauraqão em ondas, demostrando que em certos casos a estabiudade pode ser reduzida<br />

drasticamente. Os resultados teóricos obtidos foram comparados com dados das medições do<br />

momento de restauração versus ângulo de rol experimentais, confírmando os resultados<br />

teóricos. Hamamoto e Nomoto [22], em 1982, apresentaram métodos práticos para o cjilculo<br />

do momento de restauração do navio em ondas longitudinais, baseados na hipótese de<br />

Froude-KPylov com ou sem o efeito da velocidade orbital das particulas. Os resultados<br />

obtidos experimentalmente mostraram concordhcia com os cálculos teóricos e pouca<br />

vantagem na inclusão do efeito de pressão dinâmica da onda.


Aproximapões numéricas caracterizadas pela incorporapão de novos parâmetros, ou<br />

introdução de outros efeitos vêm sendo desenvolvidas nos ÚltVnos anos tentando descrever o<br />

comportamento do navio em condic;ões ciiticas de navegapão.<br />

Uma simula$ío numérica no domínio do têmpo dos movimentos, em seis graus de<br />

liberdade, do navio em ondas senoidais regulares foi usada por Elsifnillawy e hdilier num<br />

estudo publicado em 1986 [24] para identificar situações perigosas que podem emborcar o<br />

navio. A aproximação básica da simulação envolve o cálculo dos coeficientes da equação de<br />

mouímento para cada tempo em concordância com a exata posigão do navio na onda, usando<br />

a teoria das faixas. Nesta simulação se consideram também efeitos viscosos no<br />

amortecimento de roli.<br />

Um autro modelo numéico foi apresentado por de Kat 9; PauIling 1251 em 1989, para<br />

determinar grandes amplitudes de movimento do navio sujeito a severas condições de mar,<br />

incluindo situaqões que podem levar ao emborcamento. As 17árias componentes das fqas<br />

que ocorrem em movimentos de grandes amplitudes foram trahdas, e a sensibilidade da<br />

resposta em roli foi andisada. Particular aienqão foi dada às simulapões em ondas<br />

longitudinais e oblíquas pela popa. A aproximação foi separada no problema potencial e no<br />

problema viscoso, superpondo, posteriormente, as várias contribuipões de forqa. O problema<br />

potencial é baseado na teoria linear, com exceção da integração da pressão da onda incidente<br />

dada pelas forças de Froude-Krylov, que é feita na superficie molhada instantânea do navio.<br />

As forças adicionais viscosas devidas ao movimento relativo do navio e o fluido são<br />

modeladas empiri~arnente.<br />

Em 1993 uma fomulaqão numérica para a simulação da dinâmica do navio avançando<br />

em ondas longitudinais foi publicada por Fang e Lee [26]. Nessa formulação as simulações<br />

numéricas são feitas considerando a elevagão da onda resultante não só da onda incidente<br />

mas também as ondas de difração e radiação. O trabalho descreve uma técnica de simulação<br />

no têmpo baseada na teoria das faixas descrita na ref. [27]. Os coeficientes hidrodinâmicos,


forqas de excitagão e forcas de restauraqão das equaqões acopladas de heave e pitch são<br />

dependentes do têmpo, devido à variação de calado do navio avançando em ondas.<br />

Bloki [21] investigou a excitação paramCtrica no domúiio da frequência em mar regular<br />

e irregular, asswnindo três graus de liberdade como sendo mais significativos, heave, pitch e<br />

roll. Nessa aproximaqão foram considerados acoplamentos do tipo hidrostático na<br />

restauraqão até segunda ordem em águas calmas e amortecimento não-linear. Baseado em<br />

resultados para ondas regulares, deriva-se uma distribuipão de probabilidade de<br />

emborcamento em onda irregulares.<br />

Skomedal[23], em 1982, analisa a influência da excitaqão paramétrica na estabilidade<br />

utilizando a equação de roií desacoplada com variação periódica da restauração. A amplitude<br />

de variação da restauraqão é considerada como sendo funqão da fiequência e seu vd~r<br />

obtido numericamente para posições instantâneas do navio na onda durante um ciclo.<br />

Outros modelos para a análise da estabilidade no domínio da frequência vêm sendo<br />

desenvohidos desde 1985 por Neves eit al. [28, 29, 301. Nesses trabalhos as modelações<br />

consideram acoplamentos hidrostáticos com seis graus de liberdade, obtendo seis equações<br />

de Mathieu acopladas, onde os coeficientes de restaurapão hidrostática são obtidos ate<br />

segunda ordem em águas chas. O sistema de equações de Mathieu acopladas resultante da<br />

modela@o apresenta instabilidades para frequências combinadas de heave e pitch (ver Salas,<br />

[301)-<br />

No presente trabalho uma nova formulação para a análise da estabilidade pmm6trica<br />

no domínio da frequência é feita, dando importânsia ao efeito da passagem da onda. Nesta<br />

formulação utiliza-se a equapão de roll desacoplada com amortecimento quadrático,<br />

restauraqão cúbica e variaqão periádica do momento restaurador. A amplitude de variaqão da<br />

restaura$io é obtida analiticamente considerando a variqão dos parâmetros que determinam<br />

a altura metacêntrica transversal devido aos movimentos de heam e pibh e à eievaqão da


onda. O modelo considera velocidade de avanpo nula e é restrito a ondas longitudinais, mas<br />

pode ser facilmente estendido para incorporar velocidade de avanqo.<br />

Baseado nesse modelo, é feita ma anáíise da influência das formas de navios<br />

pesqueiros na estabílidade parmitrica. Dois modelos são analisados, os mesmos cascos<br />

anteriormente testados por Morra1 [1] e Pdez [7]. Os navios são de características principais<br />

muito similares mas a forma da popa é dxerente. O primeiro naviu % denominado TS, e é o<br />

típico pesqueiro de popa espelhada. O segundo navio, denominado RS, é um navio<br />

convencional de popa arredondada. Os planos de balizas dos navios são mostrados na Fig.<br />

1.1.<br />

A equagão de movimento é apresentada no capitulo II, onde se descrevem efeitos não-<br />

lineares e as simplificap6es feitas na formula@o do modelo matk3mjctíco. Os coefici~ntpx não-<br />

lineares de amortecimento e hidrostáticos da equação de movimento são também descritos<br />

neste capítulo.<br />

ha I&: 25.93<br />

LPP (IA): 22.09<br />

Boca Ia): 6.86<br />

Ponta1 (a>: 3.35<br />

Calado a meia nau h?: 2.43<br />

Daslr~caststrto [tons) : 1W.6<br />

No capítulo Ií é analisada a estabilidade do movimento de rol1 e sua sensibilidade às<br />

condiqões de carregamento e apendices.


No capitulo N descrevêm-se, de modo, geral os testes experimentais dos dois navios,<br />

realizados em tanque de provas [7, 8, 181, envohendo decaimento de rol e excita~ão<br />

paramttrica para velocidade de avanço nula.<br />

A analise dos resultados é feita no capítulo V. O amortecimento obtido<br />

experimentalmente é comparado com o amortecimento derivado da formulapão semi-<br />

empírica proposta por Hhneno [3 11, e os testes experimentais de ressanin~ia pãramdtrilca sk comparados com shu1aqõe.s numdricas. As zonas eslilveis e instáveis do diagrama de<br />

estabiliciade obtido numericamente são comprovadas com os resultados experimentais.<br />

Finalmente, no capítulo VI são apresentadas as conclus0es obtidas neste estudo, em<br />

relapão ao amortecimento e à restauraqão hidrostutica .


Formulação analítica<br />

O objetivo desta fonnulação é obter uma aproximação analítica, no dominio da<br />

frequência, do comportamento do navio (intacto) em ondas longitudinais regulares para<br />

velocidade de avanço nula. De inicio, é assumido que as ondas que incidem no navio são<br />

tratáveis pda teoria linear, não são consideradas cargas de "slafnming", e o efeito de água no<br />

convés é desprezado.<br />

II. 1 Equagões lineares dos movimentos<br />

Dois sistêmas coordenados são considerados para obter as equaqões de movimento do<br />

navio; o sistema Oxyz (não inercial) fixo no navio, e o sistema OXoYoZo (inercial), que<br />

coincide com o sistema Oxyz quando o navio esth na posi@o de equilibrio estávei, como<br />

mostrado na Fig. f[. 1;<br />

Fig. 11.1 Sistê~tras coosdemdos<br />

O ponto G representa a posigão do centro de gravidade. O navio é assumido como<br />

sendo um corpo rígido. As equações do movimento são mtão derivadas A3 segunda lei de<br />

Newton, pela conserva@o de momentum linear,


onde:<br />

M -matriz de massa do navio<br />

V -vetar velocidade linear<br />

I -matriz de inércias de massa<br />

C2 -vetor velocidade andar<br />

rg<br />

-vetar posição do centro de gravidííde em rek%qão ao sístêma oxyz<br />

m -massa do navio<br />

F, -vetor de forças exteims<br />

M, -vetar de momentos externos<br />

Admitindo que a rotaçao assumida pelo navio é resultado das rotações em ym, pitcl? e<br />

roll sequencialmente, como mostrado na Fig. II.2, as velocidades angialares projetadas nos<br />

eixos do sistêma Oxyz são dadas por:


Fig. 11.2 Rotação do sistêma coordenado Oxyz<br />

Na análise dos movimentos do navio em ondas longitudinais foram considerados três<br />

movimentos como sendo mais signiticatitros, com as seguintes ordens de grandeza:<br />

heave z = O(E)<br />

pitch O= O(E)<br />

e para os outros movimentos:<br />

surge x=o(&)<br />

sway y=0(2)<br />

Desta maneira, o segundo grupo de movimentos é de pequena hnportiincia diante do<br />

primeiro, e pode ser desprezado. Uma hipótese similar pode ser feita para as velocidades e<br />

aceleragões. As equagões linearizadas do corpo rígido para os tr6s moWmentos considerados<br />

(heave, pitch e roíí), com respeito ao sistêma Oxyz podem ser expressadas como:


onde :<br />

m -massa do navio<br />

I,<br />

I,?<br />

Z,<br />

-in&cia de massa em relaqão ao eixo x<br />

-inércia de massa em relação ao eixo y<br />

-força externa resultante em heave<br />

Kar -momento externo resultante em roll<br />

Me,, -momento externo resultante em pitch<br />

11.1.2 Coeficientes hidrodinâmicos, forças e momentos<br />

As forqas e os momentos externos nas equa@es (1) e (2) representam as a@es fluidas,<br />

as quak têm componentes hidrodinâmicas devidas aos movimentos do corpo, devidas às<br />

forqas induzidas no casco do navio pela a~ão das ondas, e outras componentes, tais como<br />

a~ão do leme, vento, etc. Usualmente, e com base na teoria linear, assume-se que as forças e<br />

os momentos externos atuando no navio podem ser expressos como a soma de dois efeitos;<br />

um devido aos movimentos do navio, e a outra parcela, devido às ondas incidentes, expressa<br />

como uma hngão explícita do têmpo, na forma:<br />

K,(t)= O.<br />

Em ondas longitudinais, a agão das ondas em roíi é nuia, ou seja, pode-se tomar


Assumllzdo que em torno da posição de equilíbrio inicial as ações devidas ao<br />

movimento do corpo são funções diferenciaveis, estas sIo expandidas em siries de Taylor na<br />

forma:<br />

onde Zo, Ko e Mo, representam as forças e momentos na posiqão de equiíibrio, e são iguais<br />

a zero. No sistêma linear são omitidos os termos de segunda ordem e superiores da expansão.<br />

bso possibilita a decomposição das funções 2, K e AI na forma;<br />

As derivadas de primeira ordem destas funç6es calculadas em torno da posição de<br />

equiiíbiio são os coeficientes hidrodinfimi~os das equaqões lineares de inoimento, eq. (10),<br />

(11) e (12), e detennham as formas clhsicas das equações de comportamento no mar em<br />

heave, roa e pitch. As equações de heave e pitch são mutuamente acopladas, e a de roU<br />

aparece independente das anteriores.


onde por exemplo;<br />

11.1.3. Resposta do sistêma linear<br />

Nesta aproximação, a avaliação dos coeficientes de massa adicionada (Aij) e<br />

amottecllnento (Bo) , e as forgas e momentos de excitaqão dos movimentos no plano vertical<br />

e obtida utilizando a teoria das faixas descrita por Salvesen, Tuck e Faltinsen [5]. As Figs.<br />

11.3 e Ii.4 mostram as funções de transferencia dos movimentos de heave e pitch em ondas<br />

iongitudhzis e com velocidade nula para os dois cascos descritos no capituío I. Como<br />

consequência da sirnilitude dos cascos, as respostas lineares no plano vertical são<br />

aproximadamente iguais.<br />

Fig. 11.3 Função de transfe~Encia no modo Heave


Os coeficientes de massa adicionada e amortecimento potencial da equagão de roll são<br />

calculados utilizando o método tsidimemional desci-ito por Ingiis [d].<br />

11.2 A equação de roll não linear<br />

Devido L Iímitczções da teoria linear no sentido de só ofeseçes soluções hairnônicus<br />

simples das equagões do movimento, outros ef'etos são incoiporados nesta aproximação. As<br />

forças viscosas presentes no amoi-tecitnento de roil são tratadas separa&zmente do problema<br />

potencial, através de uma modelação semi-mph-ica 1311. Na restaura@o é incorporado um<br />

efeito não-linear de terceira ordem, bem como um tamo de excitação parnmétiica. Assim, o<br />

modelo utilizado para ondas longitudinais, ao invés de ser representado pela eqiaagão (121,<br />

será:<br />

(IX +44) ?+D(~)+M,(@,z,Q,G) =o<br />

onde o momento de amortecimento é assumido como sendo:


O momento de restauração é derivado assumindo que os movimentos verticais devido<br />

às ondas de pequena amplitude são pequenos, tal que o deslocamento vertical relativo do<br />

navio pode ser assumido como sendo a soma de três efeitos, o movimento de heave (z), o<br />

movimento de pitch (0) e o perfil da onda (c). O momento de restiiuração de rol2 é<br />

assumido como sendo :<br />

onde:<br />

-coeficiente de roli devido a SOE<br />

-coeficiente de reshuraqão de roll devido a heave<br />

'coeficiente de restauração de roií devido a pitch<br />

C44r -coeficiente de restauração de roií devido à passagem da onda<br />

-<br />

6 -amplitude da onda<br />

11.2.1 Determinação dos coeficientes não-lineares<br />

II.2,1,1 Coeficientes de amortecimento<br />

A h de incorporar efeitos viscosos presentes no momento de amortecimento, uülizou-<br />

se o método proposto por Ikeda, descrito por Himeno na referência [31], que leva em<br />

consideração os efeitos de fricção e vorticidade do casco do navio, e os efeitos das bobas.<br />

Os coeficientes de amortecimento são detedados através de regressão linear da<br />

curva de amortecimento em função da amplitude, no domínio da fkequhia. A rela~ão entre<br />

os coeficientes de amortecipnento e os coeficientes da regressão num&ica é determinada pela<br />

linearização equivalente do movimento n5o linear [32]. A Fig. II.5 mostra a curva de<br />

amortecimento do navio TS para um dado valor de fiequêmia.


sendo :<br />

PYavit? TS (GM : '1.08 rn)<br />

w : 1.22 (ris)<br />

com balino<br />

Fig. 11.5 Curva de amortecimento em fimçb áa amplitude do movimento de roll.<br />

Segundo a lineai.íz,~ção equivalente, a cuiw de amortecimento pode ser expressa como<br />

o& os valores de 4 e b2 na equação(l6) deteminam os valores dos coefi~ientes da<br />

equaqão (14). As curvas de amortecimento em fúnqão da amplitude são obtidas segundo a<br />

formuiação de Himeno [3 11, para cada fkquência. A fomulação considera as cornpone;ntes<br />

do amostecimento como sendo;<br />

onde;<br />

Bw<br />

be(#)=~Er+~F +h+ RBK +BE<br />

-componente devido h ondas (potencial)<br />

BF -componente devido à fricção<br />

BL -çomponente devido ao lifi (nula para velosidade de auanp nula)<br />

BBK -componente devido à bolha<br />

BE -componente devido à produção de ~kktices no casco<br />

A Fig. 11.6 mostra a9 cuivas de amortecimento Iúiear dos ri1víos TS e RS, em função<br />

da fi.equ&icia.


.-- '-<br />

4- Ikado Bem b~lirirj<br />

+ Ika& sem br.i!lna -.-<br />

4- lkeda com bolina ,--*- -./t<br />

Ike.& com D~llt?~ /<br />

, /'<br />

Fig. 11.6 Curvas de amortecimento linear dos navios TS e RS<br />

Os resultados num6iJcos indicam que o navio TS é mais amortecido do que o navio RS<br />

na mesma condição de carregamento com e sem bolina.<br />

11.2.1.2 Coeficientes de restauração<br />

Os soeficientes de restauração de primeira e segunda ordem foram obtidos por<br />

expansão em séries de Taylm da fiinqão que descreve o momento de restauração para<br />

pequenos ângulos de rolí do navio em onh, levando em consideração trgs efeitos, como<br />

assinalado anteríomiente; a derivaqiio dos coeficientes pode ser encontrada no apêndice A<br />

deste texto. Os valores dos coeficientes são dados por:<br />

onde;


2 2<br />

10,~ sen(w x)& - zg bO (x) sen(w x)&<br />

8 8<br />

L<br />

Das equações acima pode-se deduzir que para baixas frequências o efeito da passagem<br />

da onda tende a anular o efeito do movimento de heave sobre a excitação paramétrica; isto<br />

pode ser comprovado nas expressões acha de Si e S2, que definem o coeficiente devido à<br />

passagem da onda, obtendo-se S no limite quando a fiequênciíí tende a zero. Para<br />

fiequências póximas a zero os teimos em oss se no tendem a um, enquanto que os teimos em<br />

,I ., A, ,., N,, rcIn\ ,.,.,-.-,.- . A-.. ,I-<br />

sciE tc~iUeEi â zeiu, 5izikUü COZi @ie c: VillVlGS Clu Gcl'qau \L", w*XLl'G'Ll-sG CIUS Uit<br />

equação (18). Desta foirna, se o navio em baixas fiequktcias acompanha o movimento da<br />

onda, os efeitos do movimento de heave e &i passagem da onda tendem a anular-se.<br />

O coeficiente não linear cúbico foi determinado por regressão polinomid da curva de<br />

braço restaurador, utilizando o método dos mínimos quadrados. No cálculo foi considerada<br />

uma função cúbica ímpar. O coeficiente linear foi hdo en relaç5o ao valor da altura<br />

metacêntiica, enquanto que o coeficiente cúbico foi deteirninado rriifumizando-se a distância<br />

aos pontos áa cuwa. A Fig. II.7 mostra como exemplo o ajuste da curva de braço restaurador<br />

do navio TS para um valor de altura metacêntiica de 0.50 m. Nessa figura, C1 é o<br />

coeficiente linear fixado, e C3 é o coeficiente cúbico obtido pelo ajuste.


Fig. 11.7 Ajuste ria cima de restauração do navio TS<br />

A tabela (II. 1) abaixo mostra os valores dos coeficientes cúbicos de restauração<br />

obtidos para os difkrentes valores de altura metacêntrica transversal conqiderados.<br />

VALORES DE C444 /A para. #I,tM = 30*<br />

Navio TS<br />

-<br />

GM 0.32 0.35 0.48 0.54 0.85<br />

C444 / A -0.8772 -0.8821 -0.9035 -0.9134 -0.9644<br />

-<br />

GM 0.27<br />

CM /A -0.6971<br />

Navio RS<br />

Tabela 11.1 Coeficientes de restauração cubica


IIL1 Equagão de Mathieu<br />

Estabilidade da equaqrío do movimento de roZ1<br />

A estabilidade da equação do movimento de roíi é estudada através da equagão de<br />

Mathieu (Eq. 22). Esta equaqão, ainda que não tenha solugões exatas canhecidas, seu<br />

comportamento pode ser analisado através do diagrama de Mathieu, o qual pode ser obtida,<br />

por exemplo, utilizando-se o método das perturbaqões [33]. A equaqão variaciona1 linear da<br />

equação do movimento (Eq. 13) pode ser levada à forma da equação de Mathieu amortecida<br />

através das seguintes transfomagües:<br />

onde é a amplitude de excitação paramétrica e contém contribuições devido aos efeitos de<br />

heave, pitch e passagem da on4 ou seja;<br />

a = -z c os~<br />

+ xBcosp5 +


111.2. Limites de estabilidade<br />

Os limites de estabilidade correspondentes à equagão (22) podem ser determinados, e o<br />

efeito do amortecimento sobre cada região pode ser obtido. Mó apêndice B deste texto são<br />

apresentadas as expressões que definem os limites, obtidos por expansão da equagão de<br />

Mathieu pelo método das perturbações. A Fig. 11.1 mostra ct efeito de três dveis de<br />

amortecimento diferentes, p= O, ;L= 0.035 e p= 0.070, sobre três curvas limites<br />

correspondentes às primeiras três regioes de ressonância paramétrica.<br />

Fig. 111.1 Diagrama de Mathieu, para três níveis de amorteciinento.<br />

Na Fig. m.3. pode ser obsenvado que as regiões são aíètadas de forma diferente pelos<br />

díferentes níveis de amortecimento. A primeira região (w = 2wn) praticamente hão é afetada,<br />

enqua~to que as o~tr;ts regiões são progressivamente mais afetadas pelo amortecimento.<br />

Como consequhcia disso, a terceira re@o de ressonância paramétrica praticamente<br />

desaparece para pequenos valores de amortecimento. Devido às características da curva de<br />

amortecimento de roll (ver Fig.lI.6 ), os lunites de estabdidacle da equação de Mathieu são<br />

tamb6m afetados pela fiequ2ncia natural. A Fig. m.2 mostra os limites de estabilidade nas<br />

regiões de ressonância paramktrica w = 2wn e w = qz, para dois valores de altura


- -<br />

metacêntrica transversal, GM = 0.35~ e GM = 0.85m, para o navio TS, mostrando que o<br />

aumento na altura metacêntrica transversal produz uma redugão das áreas de instabilidade.<br />

1<br />

DIAGRAMA DE MATHI ELI<br />

NAVIO TS<br />

Fig. 111.2. Diagrama de Mathieu pua o navio TS<br />

O nível de amortecipnento na primeira zona é muito miior do que na segiln6~ zona de<br />

instamdade. As Areas de instabilidade podem ser também reduzidas com a ititrodu@o de<br />

apêndices, tais como bohs ou estabilimdores. A Fig. Iíí.3 mostra irma forma prática de<br />

apresentar o diagrama de estabilidade, obsei-vmdo-se a redução da área de instabilidade com<br />

a inclusão de bolinas. Nessa figura, a ordenada é a amplitude da on61, em metros, e â abcissa<br />

é a fequência da onda.


Muvio TS (GM ,851nj<br />

: 0 nos<br />

ondus pela proa<br />

sem bolina<br />

co rn bolino (exp.)


Testes expeiiinenitais<br />

Os testes experimentais foram realizados por Perez et al. [7,8,18] no Canal de Przcebas<br />

da Unhwsidad Azcstral de Chile. O tanque de experimentação dispõe de um gerador de<br />

ondas tipo flap. Detaíhes sobre as características do tanque, assh como da preparação dos<br />

modelos podem ser encontradas em [7].<br />

Os modelos foram construídos na escala 1:30. Os experimentos foram realizados com<br />

velocidade de avanço nula e ondas incidhdo pela proa. Nesses experimentos a distribuição de<br />

pesos, amplitude de ondas e frequencia foram variadas com os seguintes intuítos:<br />

a) Realizar testes de decaimento de roll para diferentes frequências<br />

b) Investigar a sensibilidade de dois cascos de formas similares à ùistabilizaqão<br />

paramétrica na primeira e segunda região de instabilidade do diagrama de Mathieu.<br />

Infelizmente, os testes de decaimento de roll foram reaiizados com ângulos iniciais<br />

máximos - & 12.2 13 gmBj xv;tlot.es de &n,m&s de rol que não pemiit2m a identificação dos<br />

efeitos nio-lineares com precisão.<br />

Para investigar a infíuência do aumento do amortecimento no processo de<br />

estabilização, cada modelo foi testado com e sem bolhas.<br />

As bolinas são id2nticas para os dois cascos, fixas ao longo dos dois terços do<br />

comprimento, na região central do corpo das embarcações, na curvatura do bojo, com uma<br />

largura constante de 15 cm (na escala do protótipo).


Fig. N.1.<br />

Os resultados dos testes de decaimento de roll para os dois navios são apresentados na<br />

Resultados dos testes de decaimento<br />

Fig. IV. 1 Resultados dos testes de decaimento de rol1<br />

Os coeficientes de amortecimento foram obtidos pelo método de Froude [32], mas<br />

considerando-se só o temo linear, devido a que os testes foram realizados envdvendo<br />

pequenos ângulos iniciais, o que dificulta a identificaqão do temo não linear. A tabela IV.l<br />

mostra as condic#es de carregamento dos dois navios nos testes de decaimento de roll.<br />

TESTES DE DECAIMENTO DE ROLL (ESCALA R<strong>EM</strong>,)<br />

Navio TS Navio RS<br />

- -<br />

Condições G'M (4 w, (ds) GM (m) w, (r/s)<br />

1 com boha 1 .O8 1.22 1.92 1.53<br />

2 Ir 0.75 1 .O4 1.13 1 .23<br />

3 " " 0.94 1.14 0.71 0.98<br />

4 " " 0.57 0.88 0.42 0.73<br />

5 " " 0.39 0.79


1 Sem bolha 1.08 1.22 1.92 1.66<br />

2 li 0.75 1 .O4 1.13 1.27<br />

3 " " 0.94 1.14 0.71 1 .O1<br />

4 " " 0.57 0.88 0.42 4.79<br />

5 " 'I 0.39 0.79<br />

Tabela IV. 1 Condições para os testes de decaimento de roll<br />

O procedimento para os testes de ressonância paramétrica foi colocar o modelo<br />

longitudinhente no tanque de experifnenta~ão, com a proa dírecíonada para o extremo do<br />

tanque onde são geradas as ondas. Os deslocamentos angulares foram gravactos com o<br />

modelo oscilando livremente. As condigões de teste são resufnidas na tabela IV.2.<br />

TESTES DE EXCITA@ PARPLMÉTRICA<br />

Navio TS<br />

Navio RS<br />

Tabela IV. 1 Condições para os testes de ressonância paramétrica


Capitulo V<br />

V. 1 Decaimento de rol1<br />

Análise dos resultados<br />

Tanto na fomulagão semi-empírica descrita no capítulo llI, quanto nos testes<br />

experimentais descritos no capítulo IV, observa-se que os valores de amortecimento do navio<br />

TS são maiores quando comparados com os do navio RS, estando ambos sem bolina. Com<br />

bolina o navio TS é mais amortecido para valores de frequencia acima de 1.25 (r/s).<br />

Os resultados da Fig. IV. 1 não podem ser exatamente comparados com os valores da<br />

Fig. It.6, mas podem ser extraídas as seguintes conclusões;<br />

a) O amortecimento para o navío RS sem bolina é bem descrito pelo mdtodo de Ikeda.<br />

b) Para o navio TS sem bolina, o inétodo de Ikeda produz valores de amortecimento<br />

levi2mente inferi0rg.s aos obtidos experimentalmente.<br />

c) O método de Ikeda subestima o efeito no amortecimento da introdução de bolhas<br />

em ambos os modelos.<br />

Nas Figs. V.l e V.2 são plotadas as curvas do momento de amortecimento semi-<br />

empínico (não-linear), e experimental (linear), em funcão do têmpo, para os navios TS e RS<br />

com uma amplitude de oscila@o de 10 graus. Observa-se em ambos os casos que os valores<br />

alcançados pelos coeficientes experimentais aproximam-se dos valores alcançados pelos<br />

coeficientes seiní-empíricos.


Y<br />

E<br />

Nuvio TS (Gv 1.0EIri1)<br />

w : 1,22 (r/s)<br />

urnp.: 10 (graus)<br />

E -sem bulinns<br />

-- linõnr<br />

=.C& nao- lineat-<br />

-<br />

8<br />

o<br />

-2 -a.m<br />

V.2 Excitação paramétrica<br />

Fig. V. 1 Momentos de mortecimento em roll para o navio TS<br />

Fig. V.2 Momentos de amortecimento em roll para o navio RS<br />

A excitagão paramétrica do navio TS é maior quando comparada com o navio RS,<br />

para a faa de frequências considerada. A Fig. V.3 mostra as curvas de amplitude de<br />

excitagão paramétrica dos dois navios, para diferentes fiequências e amplitude de onda igual<br />

a um tnetro (escala real).


Fig. V.3 Amplitude de excitação paramétrica<br />

A Fig. V.4 mostra a influência do movimento de heave, passagem da onda e o<br />

movimento de pitch para o navio TS. Para pequenas fi-equências, menores do que 1 ds, o<br />

efeito do movimento de heave é cancelado pelo efeito da passagem áa onda, e a excitacão<br />

paramétrica é dominada pela. influ2ncia do movimento de pitch.<br />

Fig. V.4 Componentes da excitação param6trica<br />

Pode ser observado (Ver Fig.11. ) que para a faixa de baixas fiequências, as respostas<br />

lineares em pitch para os dois navios si40 praticamente iguais, podendo-se deduzir por análise<br />

comparativa que os diferentes níveis de ex~itapão param&iica encontrados para os dois<br />

navios são devidos às diferenças na forma da popa. De fato, como pode ser observado na


Fig. V.3 Amplitude de excitação paramétrica.<br />

A Fig. V.$ mostra a influGncia do movimento de heave, passagem da onda e o<br />

movimento de pitch para o navio TS. Para pequenas fiequências, menores do que 1 sls, o<br />

efito do movimento de heave é cancelado pelo efeito da passagem da onda, e a excitacão<br />

paramétii~a é doininada pela infiuência do movimento de pítch.<br />

Fig. V.4 Componentes da excitação parmétrica<br />

Pode ser observado (Ver Fig.lI. ) que para a faka de baixas frequências, as respostas<br />

lineares em pitch para os dois navios são praticamente iguais, podendo-se deduzir por análise<br />

comparativa que os diferentes níveis de excitação paramétrica encontrados para os dois<br />

navios são devidos às diferenças na forma da popa. De fato, como pode ser observado na


Fig. V. 5, existe uma acentuada distribuição não-shnétrica da derivada vestical na linha d'água<br />

do navio TS, resultando em um elevado valor para o coeficiente de restriwação Cd4@ , como<br />

descrito na equa~ão (16). Este coeficiente de restauração de segunda ordem é tr6s vezes<br />

maior para o navio TS do que para o navio RS, para uma altura metacêntrica de 0.85 metros.<br />

2.w -<br />

buliras<br />

4.b<br />

Fig V.5 Distribuição lorigituctind da derivada vertical e boca<br />

O navio RS, tendo uma disti.ibuição longitudinal de desivadi vei-tical mais "suave", é<br />

menos exposto à excitagão interna em roll. Para altas frequências, os movimentos verticais<br />

são levhente diferentes para os dois navios, mostrando que as gsandes difwenps na<br />

excitaqão paramétrica são essencialmente geométricas.<br />

Um outro aspecto que surge da analise é que o máximo da amplitude de excitação<br />

paraméhica não coincide com a fiequência natural de pitch.<br />

V.3. O movimento de rol1<br />

Um algoiitmo de integsação baseado no metodo de Runge-Kuth de qua~ti ordem foi<br />

uP;lizud~ para ri integsagiio numérica da equação (13). Integrações numéricas são comparadas<br />

com resultados experimentais nas Figs. V.6, V.7 e V.8, para diférentes codguraç6es de


onda e condições de carregamento, A sintonia nas três figuras é em toino de w= 2w,.<br />

Nessas figuras todos os movimnentos são instáveis.<br />

-<br />

Fig. V. 6. Comparação da integração numérica com experimento para o navio RS, GM = 0.27m<br />

Fig. V. 7. Comparação da integiação numérica com experimento para o navio TS, GM = 0.3%


-<br />

Fig. V. 8. Comparação da integraçiio numérica com experimento para o navio TS, GIM = 0 .85~~<br />

Nas simulações num6ricas obseivou-se uma boa apsoximaqão com os &idos<br />

expesímentais nas frequências consideradas, iticluhdo ondas altas induzindo grandes ângulos<br />

de roll, como mostrado na Fig. V.6; isto é uma boa suipesa, poiq o modelo mathiítico<br />

empregado neste estudo é relativamente simples.<br />

Considerando que o modelo matêmático empregado representa adequadamente a<br />

dinâmica envofvida nos experimentos, um grupo de figuras (Fig. V.9 até V.14) foram<br />

preparadas com o propósito de auxiliar na interpsetat;i~ão dos resultados experimentais. Nessas<br />

figuras, os grificos do dmlocamento angular de roll no domínio do tempo antecedem ao<br />

diagrama de Ivíathieu, onde são apresentadas as condições testadas.<br />

A Fig. V.9 (a) mostra um caso de instabilidade do navio TS, com bohq em uma<br />

-<br />

fi-equência próxima a w = 2wn, com GM = 0.321~. Em seis ciclos o navio alcança ângulos<br />

de roll de aproximadamente 40 graus. Uma condiqão muito perigosa, com red iGco de<br />

emborcamento. Para induzir uma instaIriliz,q5o intensa no navio RS foi necessáiio r ede a<br />

-<br />

sua altura metacêntrica tranmersd para G&f = 0.27~~ e retirar as bohas. A instabilidade<br />

resultante psecisou de mais de 8 ciclos para alcançar um ângulo de roa da ordem de 28 grau,,.


Este resultado é dado na Fig. V.10 (a), e demonstra que o navio TS é mais instável em ondas<br />

longitudinais do que o navio RS.<br />

Comparando a Fig. V. 10 (a) com a Fig. V. 1 l(b), pode-se observar que os dois navios<br />

alcançam agro,Yimadamente 30 graus, mas o navio TS alcança essa inclhagão em 6 ciclos,<br />

enquanto que o naMo RS demora 10 ciclos para alcançar a mesma amplitude de movimento.<br />

Nesta comparaqão ambos os navios estão sem bolhas, e para esses valores de frequh~ias o<br />

navio TS é mais amortecido do que o navio RS. A altura metacentrica é menor e a altura da<br />

onda maior.<br />

O ponto 2 na Fig. VlO(c) é localizado numa região esthvel. A altura da onda é grande<br />

(h, = 2.01~)~ mas como mostra a Fig.VlO(b), não ocone amplificação do movknento de roll.<br />

A influihcia do aumento do amortecimento pode ser observada comparando a<br />

Fig.V.9@) com a Fig.V. 1 l(b). Na Fig.V.9(b) o navio TS é testado som boíina,<br />

-<br />

GM= 0.32~ e & = 2.4m. O movimento de roll alcança uma amplitude de<br />

aproximadamente 32 graus em 9 ciclos. Na Fig.Vll(b) o mesmo navio, sem bolina, mas com<br />

uma altura metacêr~t~ica trammsal maior e uma altura de onda menor (Iz, = 0.9m) alcança<br />

30 graus em apenas 6 ciclos. A introdução de bolinas contribui para reduzir a distância no<br />

diagrama de Mathieu dos pontos plotados 5 curva limite; assim, decresce a intensidade da<br />

ressonância.<br />

Outra çomparação interessante é entre a Fig.Vl1 (b) e a Fig.V13(b). Esses casos<br />

correspondem ao navio TS sem boíína, excitado por ondas de alturas equivalentes, mas a<br />

altura rnetac&trica em ambos os casos é muito diferente. A frequencia da onda na<br />

-<br />

Fig.V13(b) é alta (w = 2.08 r/@, correspondente a uma grande amplitude de excitapão<br />

-<br />

paramétrica (ver Fig.V.3), mas com uma altura metacentrica grande (GM = 0.85m). O<br />

movimento instável resultante é menos intenso do que o movimento mostrado Fig.Vl l(b).<br />

&to é provocado gela diminuição da área de instabilidade do diagrama. Devido ao aumento


da altura metacêntrica transversal, a condigão do navio no teste fica mais perto do limite.<br />

Como consequência do valor da altura metacêntrica transversal na Fig.V.13, os liinites de<br />

estabilidade são relativamente altos, especialmente para a zona w = w,, como mostrado na<br />

Fig.V.l3(c). As ondas testadas na Fig.V.l3(c) são de urna deckidade muito forte,<br />

(F, = A/ 14.8). Isto é comparável com a declividade da oncla gerada no teste da FigV.g(a),<br />

(F, = A./14.1).<br />

Claramente, o fator que determina a intensidade da instabilidade paramétrica de um<br />

sistema amortecido com excitagão interna pode ser assumido como sendo a distância do<br />

ponto plotado A curva limite de estabilidade no diagrama de Mathieu amortecido; esta<br />

distancia defme a amplifica@o do movimento. Este resultado é confirmado em todos os<br />

testes realizados, com a plotagem dos pontos baseado no modelo matêmático proposto aqui.<br />

Isto também é aplicável aos pontos 1 e 2 plotados na Fig.V14(e), representativos dos<br />

movimentos mostrados nas Fig.V14(a) e V. 14(b), respectivamente. Essas duas condiqljes<br />

têm uma amplitude de excitqão paramétrica grande (q=0.55 e q4.72, respectivamente),<br />

maiores que os apresentados nas Figs.VlO(c), V12(c) e V13(c). Não obstante, a<br />

amplificaç50 do movimento não é significativa, devido a que a área de instabilidade em<br />

w = w, é estreita e os pontos estzo muito perto da curva limite. A onda na Fi.g.V.l4(b) tem<br />

uma declividade razoavelmente forte (F, = A/ 26.2), o que pressupõe a ocorrência de<br />

ressonâncias pouco significativas na zona w = w,.


( a?<br />

.---.<br />

--<br />

O<br />

LT<br />

40 >-*-ri rin~rrri rrnn irrrnmr~trm r-rn m-nrnmm* n<br />

sm =.DO 7o.w mm N.QO m,uq riom 1so.w 130.~0 tma~ I W . ~<br />

NAVIO TS (Gh4 .32rn)<br />

i<br />

DIAGRAMA DE M<br />

NAVIO TS<br />

ondas pela pl-o<br />

cum bulii-~u<br />

U = O k n<br />

-<br />

Fig.V.9(c) Navio TS com bolina, GM = 0.32m<br />

/ TH EU


O 'nck<br />

ondas pela proa<br />

sern bbulinu<br />

undus pela proa<br />

sern bolirro<br />

tl = O kil<br />

2: W==1.9'7Wn<br />

Fig.V.10 (c). Navio RS sem boíina,W = 0 .27~~<br />

n


(a) NAVIO TS (GM ,SLtm)<br />

Fig.V. 1 1 (c). navio TS sem boha, GM = 0.3 5m


Q<br />

NAVIO TS (GM .48rn)<br />

W :1.54 (r/s]<br />

Wn : .77 (i- s<br />

hw :I .S4 (m)<br />

peja pruu<br />

sem bolinci<br />

: Q nos<br />

(b) NAVIO TS (GM -48rn)<br />

-<br />

Fig.V. 12 (c). Navio TS sem bolina, GM = O. Lf8m


Fig. V. 13 (c). Navio TS sem bolina, GM = 0.8%


C1 : O 'nos<br />

ondas pela proa<br />

sem holino<br />

(C) NAVIO TC; (GM .54m)<br />

AO.QO -<br />

1-1 : O nos<br />

j Chdas pela proa<br />

sem balinaç


(d? NAVIO TS CGM .54i-11)<br />

Wn : .95<br />

B0.m -<br />

4 ondas uelu LWOQ<br />

-<br />

Fig. V. 14(e) . Navio TS sem bolha, GM = 0.54m


Conclusões<br />

O modo de emborcamento por instabilidade paramétrica do movimento de roa fica<br />

mais uma vez evidenciado como sendo uma situagão de risco real de emborcamento para<br />

navios de pequenas dimens0es. A primeira zona de instabilidade do diagrama de Mathieu<br />

(w = 2w,) evidencia-se como potencialmente mais perigosa. Já a segunda zona (w = w,) não<br />

inciiix ressnn2ncia.q r------- naramétricaa --- fnutesj -- da& a estreita banda de frequências que ocupa.<br />

Apro-a@es numiricas razoavelmente boas foram obtictas, considerando a<br />

simplicidade do modelo matCmático empregado, ficando ciaro que a consideraqão 8a<br />

passagem da onda é fwndamental para uma melhor concordância entre testes experimentais e<br />

simula@es num6ricas. A análise da variaqão da forma devido aos movimentos verticais<br />

relativos entre o navio e a superficie livre , produz infonnagão de grande relevância no<br />

estudo do comportamento de navios pesqueiros em condiqões de excitaqão paramitrica,<br />

conforme discutido no itêm V1.3, adiante. Dois navios de respostas lineares similares podem<br />

ter comportamentos muito diferentes, o que pode ser observado quando consideram-se<br />

termos de segunda ordem na restauragão, como no caso dos navios TS e RS estudados neste<br />

trabalho. Da análise de estabilidade paramétrica dos navios TS e RS pode-se concluír que os<br />

fatores mais importantes que afetam a estabilidade paramétrica são o amortecimento de roll,<br />

a aitura metacêntrica transversal, e os coeficientes de restauragão dependentes da geumetria<br />

do navio.


VI, 1. Amortecimento de rol1<br />

A influ6ncia do amortecimento sobre a estabilidade dinamica mostrou-se positiva. O<br />

aumento no nível de amortecimento reduz as zonas de instabilidade no diagrama de Mathieu,<br />

principalmente na segunda e terceira zonas de instabilidade, sendo que esta última<br />

praticamente desaparece só pelo efeito do amotecimento do casco do navio.<br />

O dimensionamento das bolhas 6 um fator que deve ser criteriosamente comiderado<br />

na avaliação da estabilidade dinâmica deste tipo de embarcação, pois tem influência direta<br />

sobre o amortecifnento de roll e consequentêmente sobre os limites de estabilidade.<br />

VI.2 Altura metacêntrica tranwersal.<br />

Constatou-se no diagrama de Mathieu que as zonas de estabitidade são reduzidas com<br />

o aumento da altura metac8ntrica transversal; isto devido às características das curvas de<br />

antortecimento. As zonas de instabilidade mudam em relação à frequência natural de roll,<br />

posicionando, para altos valores de altura metacêntrica, as zonas instáveis em kquências em<br />

que a amplitude de excitação paramétrica é maior, mas os resultados mostraram que o nível<br />

da excitagão paramétrica diminui significativamente com o aumento da altura metac~ntrica,<br />

favorecendo a estabilidade dinânúca do navio.<br />

As instabilidades detectadas com valores de altura metacêntrica maiores são menos<br />

intensas quando comparadas com instabilidades dete~tadas no mesmo navio com altura<br />

metacêntrica menor, e excitado por ondas com declividade equivalente.<br />

VI.3 Restauraçiío hidrostática<br />

A forna do casco acima da linha d'água mostra-se como um fator determinante na<br />

estabilidade dinâmica do navio excitado pararnetricamente. Navios com grande variaqão nas<br />

formas de proa e popa s%o mais afetados do que navios simétricos. A distribuiqão<br />

longitudinal assimétfica da derivada vertical é um fator que contribui diretamente para<br />

aumentar a amplitude da excitaqão interna que afeta o navio em ondas longitudinais, pois


determina a magnitude dos vaíores dos coeficientes de restauraqão de segunda ordem Este<br />

inconveniente, próprio dos navios pesqueiros com popa espelhada, não descarta este tipo de<br />

navio como opçã~ de projeto de formas, do ponto de vista da estabilidade dinâfnica. Para<br />

compensar a vulnerabiíidade deste tipo de navio à excitação paramétrica, recomenda-se<br />

projetj-10s para condiqões de operação em que a distribuição dos pesos a bordo garanta um<br />

valor de altura irtetacêntrica transversal bem acha do critério da Organização Marítima<br />

-<br />

Internacional (GM= 0.351~1, assim como uma área de bolinas maior que em navios<br />

tradicionais.<br />

No que diz respeito a aspectos não incluídos no presente trabalho, inas que<br />

segurament~ necessitam ser incorporados no futuro, podem ser destacados: modificagão da<br />

formulação do problema para a inclusão do efeito de velocidade de avanço, grandes<br />

amplitudes de movimento e ekíto da passagem das ondas em obliquidade . A nível de<br />

engenharia, estudos sistêmáticos de níveis de reduqão de areas de insbbilização com o<br />

aumento da área das bolinas.


1. Morral, A. - "Capsizing of Small Trawlers". The Royal Institution of <strong>Naval</strong> Architects,<br />

Joint Evenhg Meehg, Glasgow and Rina Sprbg Mectings, London, 1979.<br />

2, Morral, A. - "The Gaul Disaster: An Investigation Into the Loss of a Large Stern<br />

Trawler". The Royal Institution of <strong>Naval</strong> Architects, Paper No. 2, Spring Meeting, 1980.<br />

3. Bird, H.; Odabasi, A., - "State of Art: Past, Present and Future". Proceedings<br />

International Conference on Stability of Ship and Ocean Vehides, Glasgow, 1975.<br />

4. Korvín-Kroukovsky, B. V. - "Investígation of Ship Motions in Regular Waves", Trans.<br />

SNAW,,, Vd, 63, 1955.<br />

5. Saluesen, N.; Tuck, E. O.; Faltímen, O. - "Ship Motions and Sea Loads", Trans.<br />

SNAME, Vol. 78,1970.<br />

6. h@s, R. B., - "A Three Dirnensionai Analysis of the Motion of a Ngid Ship in Waves".<br />

Department of Mechanical Engineering, University of London, Ph.D. Thesis, 1980.<br />

7. Pkrez, N. A., - "Desenvolvimento de Algumas T6cnicas Experimentais em Ondas<br />

Regulares". Coppe-Oceânica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Tese de<br />

Mestrado, 198 5.<br />

X Péreg N. A., Sanguinetti, C., "Anilisis Experimental de1 Fenómeno de Resonancia<br />

Pasam&ica dd Movimento de Roll en Buques Pesqueros Menores". Ingenieria <strong>Naval</strong>,<br />

No 700, Dic. 1993.<br />

9. Chou, S. J.; Oakley O. H.; Pauilíng, J. R.; Van Slyke, R.; Wood, P. D.; Zink, P. F. -<br />

"Ship Motion and Capsizing in Astern Seas''. Department of <strong>Naval</strong> Architecture,<br />

University of Calífornia, Final Report, Dec. 1974.<br />

10. Cohen, S; Blound, D. - "Research Plan of the Investigation of Dynarnic htability of<br />

Small High-Speed Craft". Trans. SNAME, Vol. 94, 1986.<br />

11. Rutgersson, O.; Ottosson, P. - "Model Tests and Computer Shulations - An Efective<br />

Combination for Investigation of Broaching". Tram. S NM, Vd. 95, 1987.


12. Yanakoshí, Y.; Takaishi, Y.; Kan, M.; Yoshino, T.; Tsuchiya, T., - "Model Experiinents<br />

on Capsize of Fishing Boats in Waves". Proceedings, Second International Conference<br />

on Stability of Ships and Ocean Vehicles, 1982.<br />

13. Paulling, J. R. - "Transverse Stability of Tuna Clippers". Fishing Boats of the World.<br />

Vol. 2. Fishing News Limited, hndon, 1960.<br />

14. Motora, S.; Fujino, M.; Fuwa, T. - "On the Mechanísm of Broachhg-to Phenomena".<br />

Proceedings, Second International Conference on Stability of Ships and Ocean Vehicles,<br />

1982.<br />

15. Cardo, A.; Francescutto, A.; Nabergoj, R. - " Ultrahamonics and Subhamonics in the<br />

Rolüng Motion of a Ship: Steaáy-State Solution". Int. Shipbuíl. Progr., Vol. 28, 198 1.<br />

16. Cardo, A.; Fransescutto, A.; Nabergoj, R. - "Nonlinear Rollíng Response in a Regular<br />

Sea". Int. Shipbuíl. Progr., Vol. 31, 1984.<br />

17. Cardo, A.; Francescutto, A.; Nabergoj, R. - "Subhamonic Oscillations in Nonlinear<br />

Rolüng" . Ocean Engineering, Vol. 1 1, 1984.<br />

18. Pérez, N.; Ahendra, C.; Sanguinetti, C.; Alvarado, O, - "Algunos Resultados de<br />

Analisis Experimental de Resonancia Parametrica de1 Movimiento de Roll". 3er Congreso<br />

Nacional de Ingenieria <strong>Naval</strong> y Maritima en su Proyeccion Oceanica, Vald~a Mayo de<br />

1993.<br />

19. Paulling, J. R.; Rosemberg, - "On Unstable Ship Motions Resulthg From Nonlinear<br />

Coupling". Journal of Ship Research, June 1959<br />

20. Paulling J. R. - "The Trmerse Stability of a Ship in a Longitudinal Seaway". Journal of<br />

Ship Research, March 1961<br />

21. BloQ W. - "Ship Safe@ in Connection With Parametric Resonance of the Roll". Int.<br />

Shipbuil. Progr., Vol. 27, 1980.<br />

22. Hamamoto, M.; and Nomoto, K. - "Tramerse Stabiíity of Shigs in a Foilowing Sea".<br />

Proceedings, Second Inteinational Conference on Stability of Ships and Ocean Vehicles,<br />

1982.


23. Skompidal, N. G. - "Parametric Excitation of RoU Motion and its Influence on Stabiliy".<br />

Proceedings, Second International Conference on Stability of Ships and Ocean Vehicles,<br />

1982.<br />

24. ElsiPnillawy, Na; Mller, N. S. "Time Shulatíon of Shíp Motions: A Guide to the Factors<br />

Degrading Dynamic Stability". Trans. SNAME, Vol. 94, 1986.<br />

25. Kat, J. O. de; Pauhg, J. R. - "The Shnulation of Ship Motion anrl CapsiziPig in Severe<br />

Seas". Annual Meethg SNAIME, New York, N. Y., Nov. , 1989<br />

26. Fang, M.; Lee, C. - "h the Dynamk Stability of a Ship Advancing in Longitudinal<br />

Waws". Int. Shipbuil. Progr., Vol. 40, 1993.<br />

27. Kim, C. H.; Frank, S.; Tien, D. - "Motions and Hydrodynamic Loads of a Ship<br />

Advancing in Oblique Waves", Trans. SNAME, Vol. 88, 1980<br />

28. Sanguinetti, C. - "Estabilidade Dinâmica de Navios Pesqueiros em Ondas Regulares".<br />

Coppe-Oceânica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Tese de Mestrado. 1985.<br />

29. Pernambuco, T. A. M. - "Estabilidade de Navios em Ondas Oblíquas". Coppe-Oceânica,<br />

Universidade Federal do Rio de Janeiro, Tese de Adestrado. 1990.<br />

30. Salas, M. - "Limites de Estabilidade de Navios Pesqueiros em Frequências Ressonantes".<br />

Coppe-Oceânica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Tese de Mestrado. 1991.<br />

31. Himeno, Y. - "Prediction of Ship Roíl Damping - State of Art". Deparhnent of <strong>Naval</strong><br />

Architecture and Malhe Enginee- The University of Míchigan. Report No. 239,<br />

Sept. 1981.<br />

32. Spouge, J. R. - "ldón-linear Analysis of Largwmplitude Rohg Experiments". Int.<br />

Shipbuil. Progr., Vol. 35, No. 403. 1988.<br />

33. Nayfeh, A. H. - "Pertubations Methods". John Wky & Sons inc. , 1973.<br />

34. Hooft, J. P. - "Advanced Dynamics of Marine Structures". A Wiley-hterscience<br />

Publication, 1982.<br />

35. Abrainowitz, M.; Segun A. - "Handbook of Mathematical Functions". Dover<br />

Publications, Inc., New York,<br />

36. Mc Lachlan, N. W. - "Theory and Aplicatiom of Mathieu Functions". Oxford University<br />

Press, London, 1947.


Coefi


Fig. A.l mostra uma baliza do navio e seu deslocamento vertical relativo, onde q é a<br />

elevação da superficie livre.<br />

Fig. A. 1 IrariaçTío da boca com o deslocamento relativo vertical.<br />

A boca seccional pode ser aproximda m funçiio da derivada vertical do perfil da<br />

baliza, calculada na linha d'água, como sendo:<br />

logo o momento de restaura@o de roii em onáas longitudinais fica caracte~izadlo por:<br />

onde :<br />

Mb = zbv<br />

As variações da inércia, centrbide e volume submeixo são dadas por:


onde as integrais são realizadas ao longo do comprimento da embarcagão.<br />

Tomando apenas os termos lineares das equagões A.5, A.6 e A.7, o momento de<br />

restâuragão hidrostática pode ser aproximado por:<br />

onde C44 # é O termo de restauração em águas calmas.<br />

Assumindo que os movimentos verticais devido às ondas de pequena amplitude são<br />

pequenos, o deslocamento vertical relativo é assumido como a soma do efeito devido ao<br />

movimento de heave (21, o movimento de pitch (8 ) e o efeito da passagem da onda (6 ).<br />

Desta maneira, a componente devido ao heave pode ser expressa como:<br />

ou então:<br />

onde:<br />

KHE~ = c44, 4<br />

(A. 11)<br />

(A. 10)<br />

z = z, cos(wt - B) (A. 12)<br />

Analogamente, a componente da excita930 paramétrica devido ao movimento de pitch<br />

pode ser expressa como sendo:<br />

onde:<br />

xr,, =C,,Q#<br />

(A. 13)<br />

(A. 14)


8 = 8, cos(wt - p5)<br />

e a componente devido à passagem da onda pode ser expressa ~omo sendo:<br />

ou então:<br />

4-<br />

1<br />

L<br />

2<br />

8 g<br />

2 2<br />

Kxe = @p gj(T bo (x) I, - zg0 (x))(uis(-x) coswt + sen("x) sen wt) A) #<br />

sendo:<br />

2<br />

sen wt j(+: (x) -zgbo (x)) sen("s) h)#<br />

8<br />

L<br />

CddC = pg Scos(wt - p)<br />

(A. 17)<br />

(A. 15)<br />

(A. 16)<br />

(A. 18)<br />

(A. 19)<br />

Pode-se observar que em baixas frequências os termos em seno tendem a zero,<br />

enquanto que os termos em cosseno tendem a um, pois se o navio em baixas frequencias<br />

acompanha. o movimento dz onda, o efeito de heave sobre a. excitqlo paramétrica tende a.<br />

anular-se com o efdío da passagem da onda, ou seja, para<br />

então:<br />

2 2<br />

w+O= sen("x)-+O ; cos(c)-+ 1<br />

g g<br />

53


Desde que os movimentos verticais são movimentos harmônicos clefa~ados entre eles, a<br />

soma dos efeitos deve consideras suas amplitudes e fases. A Fig. A.2 mostra que o<br />

deslocamento relativo, para pequenos ângulos de pitch do navio, pode ser aproximado por:<br />

- 2<br />

q= -z+ x8+ 6 cos("x - wt)<br />

g<br />

Fig. 3.2 Deslocamento veiticd relativo<br />

Assumindo que os movimentos de heave e pitch são desacoplados do movimento de<br />

SOU, eles podem ser assumidos como movimentos haimônicos shples com frequência igual à<br />

fi-equência de encontro das onáas. Assim, a amplitude de excitaqão paramétrica composta<br />

pela soma dos três efeitos, pode ser aproxima& como :<br />

(A. 21)


onde:<br />

q=acoswt +b senwf<br />

onde ~3 e pg são as fases dos inovímentos de resposta íinear em heave e pitch,<br />

respectivamente.


Expoentes característicos da equaçiio de Mathieu<br />

A equação de Mathieu pode ser escrita como:<br />

onde os parâmetros a e g são números reais. A equqão de Mathieu é um caso pa-ti~ular do<br />

tipo linear de segunda ordem çom coeficientes periódicos, assim a "Teonía de FloquetW[33] é<br />

aplicável. Uma solução particular da equação pode ser escrita como:<br />

onde ,u é o expoente caracteristico dependente dos parâmetros a e q, e &t) é um função<br />

peiiódiça com período TT ou SE= A solução geral da equagão @. 1) pode-se expressar como:<br />

onde A e B são constantes arbitrárias. A solugão da equapão @.I) é assumida eskivel se<br />

permanece limitada quando z tende ao infinito, caso contrário é assumida como sendo<br />

instável,<br />

Desde que &t) é uma funFão periódica em t, a estabiliáade cia solugão depende de p.<br />

O expoente caracteiistico p pode ser considerado real ou imaginiíiio, mas niio complexo<br />

[33]. Assim, urna solução do tipo dado em (B.3) é instável se p é real e é estável se y é<br />

imaginário.


Funções de Mathieu<br />

Quando a solu@o é periódica com período n ou Sn, ir, dita neutra, e é considerada<br />

um caso especial das soluções estáveis. Estas soluções são chamadas por definíção Funções<br />

de Mathieu. e podem ser obtidas por expansão da equaqão (B.1) utilizando o método das<br />

perturbac;ões, como feito por Nayfeh [33], Hooft [34], Abramovitz e Segun [35] ou<br />

Mclachan [36], por exemplo.<br />

Para valores de q diferentes de zero, as isnq6es de Mathieu são denotadas aquí por<br />

C, ( 5 q) e S,,( z, q) ; estas funções definem os limites de estabilidade da equação (33.1) nas<br />

zonas de instabilidade da equapão de Mathieu dadas por a = n 2 , onde n = 1,2,3.. . .<br />

As funFões de Mathieu e os limites de estabilidade da equação (B.l), obtidos pelo<br />

método das perturbações, são dados nas equações (3.4) e (B.5).<br />

2 1<br />

Sel(r,q)= sen z +qsen3z +p (sen3r -k3sen5r )+<br />

q<br />

3 (-sen3z 1<br />

3<br />

+-sm5z 4 +Esen7z 1<br />

)+<br />

9<br />

q 4 (--sen3z 11<br />

9<br />

+-sen5z 1<br />

6<br />

+-sen7z 1<br />

12<br />

+-sen9z 1<br />

180<br />

)+ ...


Sg3(qq)=sen3.c -q(senz --sen5z 1<br />

2<br />

)+q 2 (-senz +-sen7z 1<br />

10<br />

)-<br />

q 3 (-senz 1 --sen5z 7<br />

2 40<br />

--sen9z 1<br />

90<br />

)+<br />

q<br />

4<br />

(sen z +-sen5z<br />

1<br />

4<br />

+-sen7r<br />

17<br />

360<br />

+-senllz<br />

1<br />

1260<br />

)+ ...<br />

Essa curvas caracte;rísticas áividem o plano em regiões de estaididade e insta~dade.


Sn!riçíks nas regiões instaveis<br />

A estabilidade do equilíbrio em sistemas não-lineares pode ser investigada através do<br />

cálculo do expoente caracteristico de uma solução instável. O metodo de Whittake~ C331 6<br />

prático para encontrar soluções estáveis qirandu Iql é pequeno.<br />

Utíiizando o mktodo de Whíttaker procura-se a solu@o associada com a primeira<br />

regiao instável. Se os parâmetros a e q satisfazem os limites de estabiüdade, definidos pe'las<br />

relações (ver Eq. B.5)<br />

a solução da equação @.I), de acordo com as equações (B.3), tem a f om das equações<br />

(B.6) e (B.7):<br />

Para gerar soluções quasí-periódicas nas zonas instáveis, assume-se uma soluçiio na<br />

forma da equação @.2), onde:<br />

4 (t) = sen(t - cr) + a3 cos(3t - o) + b3 sen(3t - ci)<br />

+u~~0~(5t-o)+h~sen(5f-~)+...


sendo cr um novo parâmetro que assume valores entre O e - n/ 2 para as solugões instáveis.<br />

Como Q , q e jtl são funções de o, pode-se assumir que , para pequenos valores de (ql, na<br />

primeira região instável :<br />

onde f e g são funções de 0- Substituhdo a equação (B.2) na equaqão @.I) 05iem-se:<br />

Substituindo as equações (B.8) e (B.9) na equagão (B.1) e equacionando para a<br />

mesma potência de q , obtém-se:<br />

3<br />

p= 4q sen 0- 12q senso+.. .<br />

2 3<br />

a= l+ 8qcos2o-+ q (-16+ 8cos40)-8q cos2a+ ...<br />

Analogamente, a solução associada à segunda região de instatriliúade, para a,:! e Q, fica<br />

sendo:


Para a terceira região de instabiiidade, entre a,3 e ad, obtém-se:<br />

Eliininando o parâmetro o nas equaçães (B.11), p.13) e (B.15), obtém-se as<br />

equações para a estabilidade do equilíbrio da equação (5.9) para a e em funqb de q, na<br />

forma:

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!