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RAFAELA MAIA GOMES - UCDB

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As pessoas sempre relataram suas histórias em conversas. Em<br />

todos os tempos, a história tem sido transmitida de boca em boca.<br />

Pais para filhos, mães para filhas, avós para netos; os anciãos do<br />

povoado para geração mais nova, mexeriqueiros para ouvidos<br />

ávidos; todos, aos seus modos, contam sobre acontecimentos do<br />

passado, os interpretam, dão-lhes significado, mantêm viva a<br />

memória coletiva. Mesmo na nossa época de alfabetização<br />

generalizada e de grande penetração dos meios de comunicação “a<br />

real e secreta história da humanidade” é contada em conversas e, a<br />

maioria das pessoas ainda forma seu entendimento básico do próprio<br />

passado, por meio de conversas com outros.<br />

A escolha de tal procedimento deu-se pelo motivo de que a temática<br />

envolve uma população tradicional que efetua seus registros via história oral. Esta<br />

retroage para captar os fatos vivenciados ao logo da história desse povo,<br />

principalmente em relação aos riscos de saúde que vem sendo enfrentados e pelos<br />

relatos colhidos poder inferir análises da problemática e criar propostas de<br />

transformação contributivas para os Terena.<br />

A história oral apresenta várias técnicas, como a gravação de áudio ou de<br />

vídeo. Nesta pesquisa optou-se pela gravação de áudio, pois, de acordo com Alberti<br />

(2000, p. 112), “[...] atualmente não se pode pensar em história oral sem o<br />

equipamento de gravação, de áudio ou de vídeo”. De acordo com o mesmo autor, o<br />

gravador concede falar em produção de documento, ou seja, na autenticidade de<br />

trechos transcritos e na análise de entrevista.<br />

As entrevistas foram gravadas, ressaltando que os entrevistados<br />

autorizaram as gravações. Vale ressaltar que a pesquisa foi considerada aprovada<br />

sem restrições pelo Comitê de Ética da Universidade Católica Dom Bosco- <strong>UCDB</strong>,<br />

conforme anexo. Como garantia, serão considerados sigilosos os dados que foram<br />

coletados, sendo utilizados nomes fictícios para os sujeitos participantes. Essa forma<br />

de coleta de dados foi escolhida objetivando análise dos dados pela pesquisadora e<br />

sob a ótica dos indígenas Terena. Como observa Maurinice Evaristo Wenceslau<br />

(2005, p. 219), “[...] uma vez que a pesquisadora não é indígena [...] embora tenha<br />

convivido com os indígenas desde seu nascimento, sua formação cultural ocorreu<br />

com os valores da sociedade não indígena”. Cabe também salientar que a<br />

pesquisadora deste trabalho partilha dos mesmos termos que a autora citada acima,<br />

tendo em vista que não é indígena, embora tenha convivido desde criança com a<br />

população indígena.

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